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dossier turismo residencial & resorts - Vida Imobiliária

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Sector exige<br />

promoção ativa do<br />

turiSmo reSidencial<br />

É preciso reinventar a promoção do produto português<br />

reforço na comunicação e no marketing é o caminho<br />

5ª edição da conferência <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> – desafios e oportunidades<br />

novos projetos e inaugurações<br />

EDIÇÃO PORTUGAL<br />

www.vidaimobiliaria.com | nº 159 JULHO 2011


EDITORIAL<br />

Turismo Residencial<br />

Exportações de uma<br />

“Auto-Europa” com<br />

incorporação nacional<br />

O Turismo Residencial tem o potencial de representar<br />

uma actividade económica baseada<br />

em procura externa, que equivale ao maior exportador<br />

nacional de bens transaccionáveis – a<br />

fábrica de Palmela do Grupo VW, a AutoEuropa.<br />

Mais, a actividade imobiliária tem um grau de<br />

incorporação de bens e serviços de produção<br />

local e uma geração induzida de emprego,<br />

que para o mesmo volume de actividade, gera<br />

muito mais VAB nacional, ou seja, riqueza retida<br />

no nosso país. A imagem do potencial do<br />

<strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> foi apresentada por Diogo<br />

Gaspar Ferreira, novo presidente da Associação<br />

Portuguesa de Resorts, na última Conferência<br />

<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> / VIVA IN Portugal.<br />

A pergunta que resulta desta constatação . Qual<br />

a atenção do Governo e do país para esta realidade?<br />

Tem alguma comparação com a mediatização<br />

e com os apoios públicos concedidos a<br />

qualquer construtor automóvel internacional?<br />

O Turismo Residencial é uma aposta essencial e<br />

estratégica no apoio à recuperação da economia<br />

do país. Porque depende da procura exter-<br />

na; porque tem uma sinergia positiva com a indústria<br />

da hotelaria e do <strong>turismo</strong> contrariando<br />

a sazonalidade; porque tem um efeito positivo<br />

de arrastamento económico pelo efeito de consumo<br />

dos novos residentes.<br />

O essencial neste momento é termos uma<br />

política de promoção do país com o produto<br />

Turismo Residencial, para num momento de<br />

extrema dificuldade de financiamento dos<br />

promotores imobiliários, existir a capacidade<br />

de atrair visitantes e compradores de segunda<br />

residência em Portugal. É um investimento<br />

altamente reprodutivo, que deve ser realizado<br />

num ambiente multi-plataforma com<br />

acções efectivas de contacto nos mercados<br />

de origem.<br />

Foi com esta visão e ambição que a <strong>Vida</strong><br />

<strong>Imobiliária</strong> aceitou o desafio de dinamizar o<br />

Portal de Promoção do Turismo Residencial –<br />

VIVA IN, com os mais qualificados parceiros!<br />

Queremos contribuir para um desígnio do<br />

nosso país, que depende de nós fazermos<br />

cumprir.<br />

António Gil Machado<br />

Diretor, <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong><br />

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66 |<br />

eDitoriAL<br />

Vi NeWS<br />

ÍNDICE<br />

eVeNtoS<br />

SIMA<br />

Almoço-Conferência <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>: «Ajuda Externa obriga<br />

à mudança de paradigma no sector <strong>residencial</strong>»<br />

PoNto De ViStA<br />

Eduardo Abreu<br />

FÓrUM<br />

«Quais as suas expetativas face à abordagem que o novo<br />

governo fará ao Turismo Residencial?»<br />

DoSSier tUriSMo reSiDeNciAL & reSortS<br />

Mercado Resorts<br />

Conferência VI «Turismo Residencial – Desafios e Oportunidades»<br />

VIVA IN Portugal<br />

APR - Associação Portuguesa de Resorts<br />

Bolig i Portugal<br />

Pestana Troia Eco<br />

Westin<br />

Sousa Cunhal Turismo<br />

Cascade Resort<br />

Onyria Palmares Beach & Golf Resort<br />

Intercontinental das Cardosas<br />

Opinião: neoturis<br />

Opinião: Aguirre Newman<br />

MAiS QUe iMoBiLiÁrio<br />

Securitas<br />

eStAtÍSticAS<br />

Lisbon Prime Index<br />

LeGAL & iMoBiLiÁrio<br />

Empreendimentos turísticos em propriedade plural e IVA<br />

MArKetPLAce<br />

eNtiDADeS citADAS<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Director<br />

António Gil Machado<br />

agil@vidaimobiliaria.com<br />

eDição<br />

Susana ribeiro<br />

scorreia@vidaimobiliaria.com<br />

MArKetiNG & NeW BUSiNeSS<br />

osvaldo Nogueira<br />

onogueira@vidaimobiliaria.com<br />

MArKetiNG & iNterNet<br />

Francisco Antunes<br />

ffantunes@vidaimobiliaria.com<br />

GeStão De cLieNteS<br />

clara Marcos<br />

cmarcos@vidaimobiliaria.com<br />

Marta Brandão<br />

mbrandao@vidaimobiliaria.com<br />

coLABorADoreS<br />

Andreia Gonçalves<br />

agoncalves@vidaimobiliaria.com<br />

Paula Moreira<br />

pmoreira@vidaimobiliaria.com<br />

Marc Barros<br />

Pedro campos<br />

DeSiGN GrÁFico<br />

PMD · Design de comunicação<br />

www.pmd.pt<br />

DeSiGN eDitoriAL<br />

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r. Pinheiro de campanhã nº 342<br />

4300-414 Porto<br />

ASSiNAtUrAS<br />

clara Marcos<br />

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e Multimédia, Lda.<br />

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4049-037 Porto<br />

tel. 22 339 94 00<br />

Fax. 22 205 80 98<br />

reDAcção, ADMiNiStrAção<br />

e ASSiNAtUrAS – LiSBoA<br />

Av. Fontes Pereira de Melo nº 6 – 4º andar<br />

1069-106 Lisboa<br />

tel. 21 781 54 10<br />

Fax. 21 781 54 15<br />

registo nº 115734 da entidade<br />

reguladora da comunicação Social


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T: +351 21 321 94 40<br />

F: +351 21 347 06 94<br />

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It includes a web site, communication through national and<br />

international press as well as presence in trade events.


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VI NEWS<br />

Global Approach<br />

Consulting instala-se<br />

no Edifício Alto das<br />

Amoreiras<br />

O Edifício Alto das<br />

Amoreiras conta<br />

com um novo<br />

inquilino que irá<br />

ocupar 150 m² no<br />

4º piso. Trata-se da<br />

Global Approach<br />

Consulting, empresa<br />

de assessoria para<br />

o Financiamento da<br />

Investigação, Desenvolvimento e Inovação em<br />

Portugal, que foi colocada pela CB Richard Ellis.<br />

Atuando em nome da Norfin – sociedade gestora<br />

do fundo proprietário do edifício, a CB<br />

Richard Ellis geriu todo o processo de identificação<br />

e apresentação do novo espaço de escritório,<br />

assim como a intermediação das negociações<br />

entre o proprietário e a GAC.<br />

Novas instalações<br />

da Texsa Portugal<br />

finalizadas<br />

Com projeto do arquiteto Gastão<br />

Cunha Ferreira, o complexo industrial<br />

e de escritórios da Texsa Portugal, que<br />

ocupa uma área total 32.500m² já foi<br />

inaugurado em Alpiarça. A execução<br />

da obra esteve a cargo da Ramos<br />

Catarino e incluiu a construção de<br />

diversos pavilhões industriais, numa<br />

área de 5.100 m² (para fabrico de telas<br />

asfálticas e lajetas com isolamento<br />

térmico), e de vários edifícios para<br />

escritórios e áreas técnicas, bem como<br />

zonas de lazer.<br />

8<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

NEGÓCIOS & PROJECTOS<br />

Pioneer Technology Portugal vende unidade<br />

industrial no Seixal<br />

A Pioneer Technology Portugal vendeu a sua<br />

unidade industrial no Seixal, num negócio mediado<br />

pela Cushman & Wakefield. Em causa, uma<br />

área de terreno de 28.065 m² que engloba um<br />

edifício misto de escritórios, armazéns, áreas de<br />

produção e zonas sociais com uma área total de<br />

construção de 11.066 m². A colocação desta unidade<br />

industrial no mercado veio no seguimento<br />

do encerramento da atividade de produção da<br />

Pioneer em Portugal tendo passado também a<br />

recorrer ao outsourcing logístico para armazenagem<br />

e distribuição dos seus produtos.<br />

A Pioneer deixou o edifício completamente<br />

equipado nas áreas administrativas, de arma-<br />

JULHO 2011<br />

zém, e na rede estruturada de comunicações<br />

e dados. A propriedade foi adquirida por uma<br />

empresa industrial portuguesa da área da<br />

metalomecânica.<br />

High Street coloca ClubeFashion no Príncipe Real<br />

A High Street acaba de fechar negócio com<br />

o ClubeFashion, colocando-a no edifício que<br />

anteriormente albergava a sede da Hugo<br />

Boss, no Príncipe Real. A empresa vai ocupar<br />

a totalidade do edifício, localizado no nº 86 a<br />

88 da Rua da Imprensa Nacional, numa área<br />

de 1.357 m². O imóvel, que já foi alvo de uma<br />

profunda intervenção de reabilitação, é propriedade<br />

do FII Aberto BPN Imonegócios.<br />

Manifestando o seu contentamento com esta<br />

mudança de instalações, Miguel Diniz, sócio<br />

e CEO, e Gonçalo Saudade e Silva, sócio, da<br />

ClubeFashion, realçaram que «estão reunidas as<br />

condições para começar uma nova etapa onde o<br />

offline vai ter uma importância extrema. Nestas<br />

instalações poderão ser desenvolvidas todas as<br />

atividades da ClubeFashion».<br />

Grupo Vila Galé investe no primeiro 5 estrelas<br />

A Vila Galé vai investir na primeira unidade de<br />

cinco estrelas do Grupo em Portugal, o Hotel<br />

Vila Galé Palácio dos Arcos, uma unidade de<br />

charme que resultará da reabilitação integral<br />

e a adaptação do Palácio dos Arcos e respetivo<br />

jardim. Localizado em Paço de Arcos, este<br />

projeto reflete um investimento de cerca de 10<br />

milhões de euros.


VI NEWS<br />

El Corte Inglés já<br />

está em aprovação<br />

na Câmara de Cascais<br />

Após vários anos de impasse, o projeto do<br />

Corte Inglés para Cascais já está para aprovação<br />

final na Câmara Municipal, avança o<br />

Económico. O terceiro projeto da cadeia<br />

espanhola no nosso país deverá erguer-se<br />

num terreno em Carcavelos, no lado sul da<br />

autoestrada do Estoril, junto ao Arneiro.<br />

Prevendo um investimento avultado, na<br />

ordem dos 200 milhões de euros, o projeto<br />

contempla uma área total de construção<br />

de 52.000 m², e além do centro comercial<br />

inclui também um hotel e os novos escritórios<br />

do grupo em Portugal. Entre as contrapartidas<br />

concedidas à autarquia, o retalhista<br />

espanhol ficará obrigado a construir<br />

um equipamento social, ainda a definir.<br />

Estima-se que este complexo venha a<br />

criar 2.000 postos de trabalho diretos e<br />

indiretos no concelho, razão pela qual<br />

a autarquia de Cascais espera que o<br />

projeto tenha um impacto económico<br />

e social significativo na região.<br />

Recorde-se que este é um projeto que há<br />

muito se fala, depois de em 2005 o grupo<br />

ter anunciado a intenção de investir<br />

naquela zona. Ao longo dos últimos seis<br />

anos tem sofrido vários avanços e recuos<br />

e foram várias as localizações prováveis<br />

apontadas, com o investimento a<br />

ser mesmo alvo de disputa pelas autarquias<br />

de Oeiras, Sintra e Cascais.<br />

De acordo com o Diário Económico,<br />

caso as obras arranquem até ao final<br />

do ano e decorram com normalidade, é<br />

expectável que o projeto seja uma realidade<br />

até ao início de 2013.<br />

10<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

NEGÓCIOS & PROJECTOS<br />

Bela Vista Office promete revolucionar mercado<br />

de escritórios<br />

«Uma solução económica e flexível às portas de<br />

Lisboa pensada para ajudar as empresas em tempos<br />

de crise», é este o conceito que o Bela Vista<br />

Office quer impor no mercado de escritórios<br />

da capital. Inaugurado pela Salam Exclusive<br />

Proportie, este novo centro de negócios, localizado<br />

no Cacém, pretende aliar preços baixos<br />

a serviços de qualidade. Os preços do Bela Vista<br />

Office partem dos 9€/m², num espaço onde as<br />

empresas podem criar o seu escritório com áreas<br />

entre os 10 m² e o 300 m² e acesso a outros<br />

serviços como bar, lobby e salas de reunião. O<br />

carácter distintivo deste centro de escritórios é<br />

o preço baixo, onde se associam outros serviços<br />

como água, luz, saneamento, segurança 24h, ar<br />

condicionado e serviço de receção.<br />

«Em período de crise, o Bela Vista Office representa,<br />

assim, uma oportunidade única para as<br />

Edifício Atlantis é a nova sede da CSAV Portugal<br />

A Compañia Sudamericana de Vapores Agencia<br />

Marítima SL (CSAV) acaba de se instalar no segundo<br />

piso do Edifício Atlantis, no Parque das<br />

Nações, ocupando uma área de 260 m². Nesta<br />

transação a Abacus Savills representou a CSAV<br />

Portugal e a Jones Lang LaSalle atuou em<br />

nome de Monsanto Investment, proprietário<br />

do Edifício Atlantis.<br />

«A CSAV Portugal tinha como determinante a<br />

identificação de um espaço inserido num edifício<br />

que conseguisse integrar alguns requisitos<br />

essenciais ao funcionamento da empresa, tais<br />

como, qualidade de acabamentos, flexibilidade,<br />

facilidade de acessos e transportes públicos.<br />

O edifício Atlantis preencheu os requisitos<br />

pré-definidos», comenta João Vargas, diretor<br />

do departamento de escritórios da Abacus<br />

Savills.<br />

Sintra Business Park acolhe três novos inquilinos<br />

O departamento Corporate Solutions da Chamartín <strong>Imobiliária</strong> fechou novos contratos de arrendamento<br />

com as empresas ZAPP, Ariston e Mateldat que escolheram o Sintra Business Park<br />

para acolher as suas novas instalações. Com uma área bruta de mais de 50.000 m², o complexo<br />

concilia no mesmo espaço área de escritórios e de armazéns e é propriedade da Chamartín<br />

<strong>Imobiliária</strong>.<br />

Operadora e fornecedora de serviços de telecomunicações à escala nacional, a ZAPP passa a<br />

contar com um armazém de 1.300 m². No mesmo edifício, foi também arrendado um armazém<br />

de 200 m² Ariston Thermo Portugal, líder no fabrico e comercialização de produtos para o<br />

aquecimento e arrefecimento do ambiente. O terceiro novo ocupante naquele empreendimento<br />

é a Mateldat, que se dedica à compra e venda de material e componentes elétricos e<br />

eletrónicos, para arrendamento de um armazém com 110 m².<br />

JULHO 2011<br />

empresas desfrutarem de um espaço premium<br />

em regime tudo incluído. Os preços baixos ficam<br />

ainda mais reduzidos, pois as despesas básicas<br />

como água, luz, saneamento, segurança 24h, ar<br />

condicionado e serviço de receção estão incluídas<br />

no valor base», explica Manuel Ferrão, sócio do<br />

Grupo Salam.<br />

O Edifício Atlantis é propriedade e foi promovido<br />

pela IOSA Inmuebles, através da Monsanto<br />

Investment, veículo com o qual a empresa de<br />

origem espanhola opera em Portugal.


VI NEWS<br />

Censos 2011: Há mais<br />

habitação que habitantes<br />

O Instituto Nacional de Estatística revelou os<br />

dados preliminares dos Censos 2011, que indicam<br />

existir um elevado crescimento dos alojamentos<br />

e dos edifícios de cerca 16,3% e 12,4%,<br />

respetivamente, uma tendência que se tem verificado<br />

nos últimos 30 anos.<br />

Portugal tem hoje quatro milhões de famílias e<br />

quase seis milhões de alojamentos.<br />

A diminuição da dimensão média da família e o<br />

consequente aumento do número de famílias<br />

podem justificar, pelo menos parcialmente, o<br />

crescimento verificado nos alojamentos.<br />

O número de edifícios cresceu 12,4%, relativamente<br />

a 2001. Este crescimento significa que, na<br />

última década, o território nacional ficou com<br />

mais 390 780 edifícios destinados à habitação.<br />

O Algarve é a região que mais se destaca neste<br />

crescimento, com uma variação de 24,9% que<br />

corresponde a um acréscimo, relativamente a<br />

2001, de 39 938 edifícios destinados a habitação.<br />

BPN vende 32 imóveis<br />

para reduzir prejuízos<br />

O Banco Português de Negócios (BPN) pretende<br />

vender até ao final do ano três dezenas de imóveis,<br />

de Norte a Sul do País, arrecadando com a<br />

venda cerca de dez milhões de euros, escreve o<br />

Diário Económico. Segundo a mesma fonte, esta<br />

informação consta do relatório e contas anual do<br />

banco liderado por Francisco Bandeira, que será<br />

reprivatizado até ao final de julho, se as negociações<br />

para a sua venda forem bem-sucedidas.<br />

No rol dos 32 imóveis, consta um prédio em<br />

Albufeira avaliado em 105 mil euros e outro em<br />

Cascais orçado em 1,5 milhões de euros.<br />

Ao todo, o BPN perdeu três milhões de euros<br />

com a perda de valor destes ativos, segundo o<br />

mesmo relatório e contas.<br />

12<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

EMPRESAS & MERCADOS<br />

Mercado de escritórios em Lisboa recua 54% até maio<br />

A área de escritórios contratada entre janeiro a maio de 2011 (19.607<br />

m²) foi inferior em 54% à registada em igual período do ano transato<br />

(42.736 m²), concluiu a Aguirre Newman. Em maio foram absorvidos<br />

3.058 m² de escritórios, menos 42% do que a área contratada em igual<br />

período de 2010 (5.227 m²).<br />

Foram concretizadas 85 transações de arrendamento de escritórios nos<br />

primeiros cinco meses do ano, mais quatro que no período homólogo de<br />

2010. A zona 1 (Prime CBD) concentrou o maior número de operações,<br />

seguida das zonas 2 e 6.<br />

Uma outra tendência verificada pela análise da Aguirre Newman é a preferência<br />

por edifícios usados que dominaram o número de transações (80%).<br />

CPCI: Programa do Governo não reflete<br />

a importância do sector<br />

Atuar sobre os fatores de competitividade da<br />

economia, o que, para lá do objetivo da redução<br />

do défice, impõe a criação de condições que<br />

permitam implementar uma efetiva estratégia<br />

de recuperação, são os desafios que Portugal<br />

enfrenta no atual contexto. Não descurando<br />

a exigência destes desafios, a Confederação<br />

Portuguesa da Construção e do Imobiliário<br />

(CPCI) considera que o Executivo podia ter sido<br />

mais ambicioso e apresentar uma estratégia de<br />

desenvolvimento que não ignorasse um sector<br />

considerado «fundamental».<br />

O programa do Governo, na opinião desta entidade,<br />

secundariza as atividades de Construção<br />

e do Imobiliário, que se reflete na eliminação do<br />

Ministério das Obras Públicas e no desaparecimento<br />

da comissão parlamentar autónoma de<br />

obras públicas, transportes e comunicações que,<br />

até agora, funcionava na Assembleia da República.<br />

A intervenção defendida pela CPCI assenta no<br />

Planeamento do Investimento, pelo reajustamento<br />

das verbas do QREN, permitindo a utilização<br />

dos cerca de 15 mil milhões de euros por<br />

executar, orientando-os para investimentos de<br />

ERA garante financiamento bancário a 100%<br />

A ERA conta atualmente com um conjunto de<br />

casas em carteira com financiamento garantido<br />

até 100 % do valor do empréstimo, incluindo<br />

pré-avaliação do imóvel, isenção de despesas<br />

de dossiê e spreads mais competitivos.<br />

Isto é resultado do conjunto de parcerias que a<br />

marca de mediação estabeleceu com um conjunto<br />

de entidades bancárias nacionais.<br />

«Os novos contextos económicos exigem que<br />

as empresas procurem parcerias Win/Win que<br />

lhes permitam, focando-se cada uma delas no<br />

seu core-business, otimizar as suas estruturas<br />

e aumentar os níveis de performance», afirmou<br />

Miguel Poisson, diretor-geral da ERA<br />

Portugal. E acrescentou que «no sentido de fidelizar<br />

a atrair novos clientes, temos procurado<br />

desenvolver parcerias que permitam adicionar<br />

valor intrínseco ao serviço de mediação imobiliária,<br />

e ao mesmo tempo criar vantagens comparativas<br />

no mercado em que atua».<br />

JULHO 2011<br />

proximidade e obras de conservação. Além disso,<br />

a dinamização do Mercado da Reabilitação<br />

Urbana/Arrendamento e a promoção da<br />

Internacionalização, bem como, a atuação sobre<br />

os constrangimentos financeiros, garantindo-se,<br />

não só que os apoios concedidos à banca sejam<br />

refletidos nas empresas, como, de igual modo, a<br />

regularização dos atrasos nos pagamentos.<br />

A Confederação revela que o sector responde<br />

por 18,6% do PIB, 16% do volume de negócios<br />

no exterior, 60,6% do Investimento nacional,<br />

por 15,8% do emprego, o que corresponde<br />

a cerca de 800.000 postos de trabalho e por<br />

20% do tecido empresarial português, isto é,<br />

220.000 empresas.


ETAP.Schréder - Iluminação Interior, LDA<br />

Apartado 1021 | 2790-076 Carnaxide | Portugal<br />

Tel: + 351 21 424 26 00 | Fax: + 351 21 417 12 03<br />

Website: www.etaplighting.com<br />

KARDO<br />

K7<br />

WA<br />

FLARE<br />

Asseguramos que os sistemas de iluminação da ETAP são sempre os mais vantajosos em termos de eficiência<br />

energética.<br />

A nossa iluminação é um elemento relevante da arquitectura do seu edifício.<br />

KARDÓ: Uma combinação infinita de Luz<br />

Com o sistema modular Kardó pode utilizar consistentemente um único perfil de iluminação central em todo o edifício,<br />

suspenso ou para encastrar, como luminária de parede ou de tecto, individual, em linha ou angular.<br />

K7: Um estilo harmonioso por todo o edifício<br />

A série K7 oferece uma solução adaptada para cada aplicação, com esta gama completa de luminárias de emergência<br />

e sinalização baseada na tecnologia LED oferecemos-lhe um estilo único harmonioso nos seus projectos e edifícios.<br />

WA?: Pequeno mas agradável...<br />

A simplicidade do design e a luminosidade elevada fazem da WA? uma luminária de parede bastante versátil, pode<br />

iluminar o chão, a parede ou o tecto, instalando a luminária conforme lhe convier. A sua instalação é extremamente<br />

fácil uma vez que possui um LED de 4W que funciona com a tensão da rede.<br />

FLARE: uma viragem para os LED na iluminação geral<br />

O Flare utiliza LED individuais com lentes patenteadas que permitem uma distribuição de luz específica para diferentes<br />

aplicações de carácter geral com ausência de encandeamento (UGR ≤19)


VI NEWS<br />

14<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

EMPRESAS & MERCADOS<br />

Ultima década marcada pela maturação do mercado<br />

de escritórios<br />

A última década pode ser associada ao período<br />

de maturação e consolidação do mercado<br />

de escritórios de Lisboa, que sofreu profundas<br />

transformações até se tornar num mercado<br />

altamente profissional hoje. Passou-se de uma<br />

situação em que a maioria dos espaços de escritórios<br />

eram adaptações de edifícios residenciais<br />

para um stock qualificado e adequado às exigências<br />

de uma procura que passou das pequenas<br />

empresas para as multinacionais e grandes<br />

empresas que se sediaram em Portugal ou que<br />

cresceram neste período.<br />

Estas são algumas das conclusões avançadas<br />

pela Worx na sua mais recente análise ao sector.<br />

Nesse período o Corredor Oeste foi a zona em<br />

maior destaque ao aumentar consideravelmente<br />

a oferta e moldando-se aos interesses da procura,<br />

ao oferecer espaços de escritórios de qualidade<br />

elevada e um valor competitivo. E o resultado<br />

foi que esta zona veio a revelar-se uma das com<br />

maior aceitação, sendo responsável por cerca de<br />

31% do take up total verificado neste período.<br />

Recuando um pouco mais, para os últimos 12<br />

anos, o take-up da cidade de Lisboa situou-se<br />

em cerca de 2,1 milhões de m² num total de<br />

3.164 transações. No final de 2010 o volume total<br />

de escritórios em stock em Lisboa ascendia a<br />

4.400.000 m². O stock de escritórios no final de<br />

2010 ascendia a cerca de 4,4 milhões de m², ou<br />

seja, nesse período foi ocupado praticamente<br />

metade do stock.<br />

Câmara de Lisboa quer vender casas devolutas a jovens<br />

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai analisar<br />

um projeto de regulamento para vender casas<br />

municipais devolutas a jovens. A proposta é<br />

da autoria da vereadora da Habitação, Helena<br />

Roseta, e prevê que se possam candidatar ao<br />

concurso (por sorteio) os jovens que à data da<br />

candidatura não tenham mais de 35 anos de<br />

idade ou os menores emancipados, desde que<br />

nenhum dos elementos do agregado familiar<br />

(ou ele próprio, se concorrer sozinho) seja proprietário<br />

de habitação.<br />

Os jovens que queiram concorrer devem igualmente<br />

ter uma situação profissional ativa, estando<br />

definidos intervalos mínimos e máximos<br />

de rendimentos per capita que, no caso dos<br />

que concorrem sozinhos, fica entre os 727 e os<br />

2.547 euros.<br />

No texto do documento é reconhecido que o<br />

anterior regulamento relativo ao programa de<br />

reabilitação de imóveis por parte de jovens,<br />

aprovado em 2004, revelou algumas dificuldades<br />

de aplicação, sobretudo por não permitir<br />

aos candidatos candidatar-se isoladamente.<br />

Até porque os jovens ficavam «preteridos em relação<br />

às cooperativas de habitação, entidades já<br />

constituídas e vocacionadas para a recuperação<br />

de imóveis e com um poder económico e incentivo<br />

diferentes».<br />

As casas disponíveis para venda farão parte de<br />

uma bolsa que a CML vai constituir com frações<br />

devolutas para cada concurso.<br />

JULHO 2011<br />

Obriverca já vendeu 25%<br />

do Real Forte III<br />

A Obriverca Mediação já colocou 25% das 49<br />

frações que constituem o empreendimento <strong>residencial</strong><br />

Real Forte III, que o grupo está a promover<br />

através do FII fechado Beirafundo. Ainda<br />

em construção, que deverá ficar concluída no<br />

primeiro trimestre de 2012, este condomínio<br />

representa um investimento na ordem dos 15<br />

milhões de euros.<br />

Direcionado para uma classe de poder de compra<br />

médio-alto, o empreendimento é constituído<br />

por 49 apartamentos T1 a T4 com áreas<br />

entre os 125 e os 287 m², e está a ser comercializado<br />

a um preço médio de 2.100 € /m². Além da<br />

componente <strong>residencial</strong> contempla também<br />

uma área comercial de 3.468 m².<br />

Localizado no núcleo histórico de Sacavém,<br />

junto ao antigo Quartel, foi projetado pelo ateliê<br />

Tetractys Arquitetos. O edifício é constituído<br />

por cinco a sete pisos acima do solo e um piso<br />

em embasamento semienterrado. O piso 0 incorpora<br />

as lojas, ao passo que o embasamento<br />

inclui o estacionamento para as habitações,<br />

com 124 lugares.<br />

CBRE ganha gestão<br />

do Edifício D. João II<br />

A CB Richard Ellis foi a consultora selecionada<br />

para gerir o Edifício D. João II, um edifício de<br />

escritórios localizado no Parque das Nações,<br />

junto à Gare do Oriente.<br />

O edifício D. João II, propriedade do Finipredial,<br />

Fundo de Investimento Imobiliário gerido pela<br />

Finivalor (Grupo Montepio), conta com sete<br />

pisos de escritórios acima do solo, dois espaços<br />

comerciais adaptados a restauração no<br />

rés do chão e 102 lugares de estacionamento,<br />

numa área de construção total de 7.690m 2 . No<br />

mesmo edifício, encontram-se a delegação de<br />

Lisboa da Exponor e empresas como a Douglas<br />

Perfumarias, a Orangina Schweppes, Imperial<br />

Tobacco, a Addwise, a Booking.<br />

«Temos como prioridade manter em bom estado<br />

o edifício, maximizando a sua rentabilidade<br />

a curto e a longo prazo», explica Ondina Melo,<br />

Diretora de Administração de Imóveis da CB<br />

Richard Ellis.


COMEÇA A PULSAR EM LISBOA<br />

Lisboa pulsa com novas emoções. A Roca abriu um novo<br />

espaço onde poderá viver uma experiência única, visual e<br />

interativa: o Roca Lisboa Gallery.<br />

Venha conhecer tudo sobre o mundo do banho, desde os<br />

rituais do ser humano às últimas novidades. Um espaço<br />

único em Lisboa que não o deixará indiferente.<br />

ATÉ OUTUBRO DE 2011:<br />

Exposição inaugural<br />

“O banho. Uma retrospetiva histórica”<br />

Praça dos Restauradores, 46, Lisboa.<br />

Horário: de segunda a sexta das 10 às 20h; sábados das 10 às 17h; encerrado aos domingos. Tel. +351 213 404 260<br />

Entrada livre


VI NEWS<br />

André Lopes reforça<br />

equipa de Capital<br />

Markets<br />

A CB Richard Ellis reforçou a sua<br />

equipa de Capital Markets, com a<br />

entrada do novo consultor André<br />

Lopes. Licenciado em Relações<br />

Internacionais no ISCSP / Universidade<br />

Técnica de Lisboa e especializou-se<br />

em Mercados Financeiros no INDEG /<br />

ISCTE. Com experiência no sector do<br />

investimento imobiliário, anteriormente<br />

trabalhou na Engel & Völkers<br />

Commercial.<br />

Fernando Santo é<br />

Secretário de Estado<br />

da Administração<br />

Patrimonial<br />

Com um vasto currículo no sector imobiliário,<br />

Fernando Santo foi nomeado<br />

Secretário de Estado da Administração<br />

Patrimonial do Ministério da Justiça.<br />

Engenheiro Civil, pertencia aos quadros<br />

da EPUL desde 1983, onde cessou<br />

agora as funções como Administrador.<br />

No seu currículo constam também<br />

o cargo de Bastonário da Ordem<br />

dos Engenheiros e de Presidente do<br />

Observatório Imobiliário de Lisboa.<br />

16<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

PESSOAS E EVENTOS<br />

© Fernando Piçarra<br />

Scott Malkin é o novo Chairman da ULI Europe<br />

Scott Malkin, fundador e chairman da Value<br />

Retail (empresa especializada no desenvolvimento<br />

e gestão de outlet centres) foi eleito<br />

pelo Urban Land Institute (ULI) para as<br />

funções de Chairman da ULI Europe. O novo<br />

responsável da ULI no Velho Continente sucede<br />

no cargo a Alexander Otto, CEO da ECE<br />

Projektmanagement, que desempenhou as<br />

mesmas funções nos últimos dois anos e meio.<br />

A ULI é uma organização global sem fins lucrativos<br />

que tem como objetivo a investigação e<br />

a educação no que toca ao uso responsável do<br />

uso do solo e do desenvolvimento imobiliário<br />

sustentável. Atualmente conta com uma rede<br />

de 30.000 membros a nível mundial, incluindo<br />

mais de 2.000 distribuídos por 16 países eu-<br />

ICSC distingue Rafael Pelote<br />

O International Council of Shopping Centres<br />

(ICSC) distinguiu Rafael Pelote, Head of Market<br />

Intelligence da Sonae Sierra, com o prémio<br />

«Research Award for Outstanding Service»,<br />

pelo seu contributo para o avanço e melhorias<br />

dos estudos de mercado e estratégias de marketing<br />

realizados no sector dos centros comerciais<br />

a nível mundial.<br />

Um galardão que distingue researchers e<br />

marketeers que contribuem para o avanço<br />

dos estudos de mercado e estratégias de<br />

JULHO 2011<br />

ropeus. As operações na Europa são geridas a<br />

partir dos escritórios de Londres e Frankfurt.<br />

O novo Chairman da Europa é membro da ULI<br />

desde 1986 e atualmente desempenhava funções<br />

no comité executivo global da organização,<br />

e já iniciou as novas funções.<br />

Conceição Nunes é a nova Administradora da EPUL<br />

Maria da Conceição dos Santos Nunes é a<br />

nova Administradora da Empresa Pública de<br />

Urbanização de Lisboa (EPUL), substituindo<br />

Fernando Santo. Licenciada em Engenharia Civil<br />

pelo Instituto Superior Técnico da Universidade<br />

de Lisboa, a nova responsável tem 49 anos e é<br />

quadro da empresa.<br />

A Administração da EPUL passa a ser constituída<br />

por Luís Sequeira, Presidente do Conselho<br />

de Administração; Luís Bento, 1º vogal da<br />

Administração e agora Conceição Nunes.<br />

retiFicAção:<br />

ii conferência ePUL sobre a contratação Pública<br />

marketing no sector dos centros comerciais<br />

a nível mundial. Rafael Pelote entrou para a<br />

Sonae Sierra em 1992 como Market Research<br />

Analyst. Atualmente lidera uma equipa de<br />

12 especialistas, incluindo sociólogos, economistas<br />

ou geógrafos, que analisam diariamente<br />

um grande manancial de informação,<br />

desde o comportamento dos consumidores,<br />

estudos de mercado, até às localizações<br />

e estudos de viabilidade de novos centros<br />

comerciais.<br />

Por lapso, na edição 158 da <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, de Junho de 2011, a legenda da fotografia do Presidente<br />

da EPUL, que acompanha o artigo da página 28 - «II Conferência EPUL sobre a Contratação Pública»,<br />

continha uma incorreção, estando indicado o nome de um ex responsável da empresa, que já não<br />

se encontra em funções naquela instituição. A fotografia é, sim, do atual presidente Luís Augusto<br />

Sequeira. Pelo sucedido, apresentamos um pedido de desculpas aos visados.


VI NEWS<br />

First Oporto Urban<br />

Regeneration<br />

Fund vai reabilitar<br />

Cardosas<br />

Alavancar a reabilitação do centro histórico<br />

do Porto é o objetivo do recém<br />

criado First Oporto Urban Regeneration<br />

Fund (4F), gerido, administrado e representado<br />

pela Fundbox SGFII. Com<br />

um capital inicial de 5 milhões de euros<br />

este veículo de investimento entrou em<br />

atividade a 16 de junho e já adquiriu 40<br />

prédios no emblemático Quarteirão<br />

das Cardosas, cuja reabilitação constituirá<br />

o seu investimento inicial.<br />

O 4F foi totalmente subscrito pela Lúcio<br />

da Silva Azevedo & Filhos, a empresa<br />

vencedora do concurso para a reabilitação<br />

urbana da área lançado pela Porto<br />

Vivo SRU. A ABBC prestou apoio jurídico<br />

à Fundbox na transação dos imóveis.<br />

«Com o lançamento do 4F, apenas um mês<br />

após o arranque do Coimbra Viva I, demonstramos<br />

de novo que a reabilitação urbana,<br />

área de que muitos falam mas quem<br />

poucos praticam, tem mais encanto através<br />

de fundos de investimento», afirmou<br />

Rui Alpalhão, Presidente da Comissão<br />

Executiva da Fundbox. «Sendo o nosso<br />

primeiro fundo exclusivamente dedicado à<br />

cidade do Porto, temos fundadas esperanças<br />

de um desempenho invicto», rematou.<br />

Condomínio Tapada<br />

do Mar comercializado<br />

pela ERA<br />

Na zona da Madalena, em Vila Nova<br />

de Gaia, já está em comercialização o<br />

condomínio Tapada do Mar, num processo<br />

dirigido pela ERA Gaia Canidelo.<br />

O empreendimento foi concebido pela<br />

arquiteto Sidónio Pardal e é composto<br />

por 16 moradias T3, servidas por piscina<br />

aquecida, uma piscina de crianças, sauna,<br />

jacuzzi, banho turco, salão de festas<br />

e, ainda, uma área verde de 5000m².<br />

Sistema anti-intrusão, domótica e piso<br />

radiante completam a oferta de serviços<br />

disponibilizados neste condomínio.<br />

18<br />

PORTO<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Casas de Serralves «abrem portas» à arte<br />

de Pedro Proença<br />

Nos passados dias 17 e 18 de junho, o empreendimento<br />

Casas de Serralves foi o palco do «surpreendente<br />

caso picto-arquitetónico», uma<br />

iniciativa conjunta da promotora C. Fernandes<br />

& Q.Lima e de Pedro Proença, com uma exposição<br />

do pintor e autor da intervenção artística<br />

nas portas das doze casas que constituem o<br />

empreendimento.<br />

Em pleno centro nevrálgico do Porto, entre a<br />

Boavista e Serralves, conceptualmente o condomínio<br />

encaixa numa proposta de habitação<br />

moderna e urbana. O edifício está já comercializado<br />

em 80%.<br />

Edifício ANF Centro Empresarial lança novo<br />

Meeting Center<br />

A cidade do Porto vê reforçada a oferta de<br />

espaços para reuniões e encontros empresariais,<br />

com o novo Meeting Center do Edifício<br />

ANF Centro Empresarial. Localizado na Zona<br />

Industrial do Porto, junto aos principais acessos<br />

de entrada e saída do Porto, este novo espaço<br />

é composto por um auditório com capacidade<br />

para 270 pessoas e conta com seus salas de reunião<br />

com capacidades e formatos polivalentes.<br />

Uma oferta que pode ainda ser complementada<br />

com mais cinco salas de formação e um espaço<br />

para catering com vista panorâmica.<br />

Este espaço está a ser promovido comercialmente<br />

pela Leading, empresa organizadora de<br />

congressos do grupo Ambity.<br />

EGP ganha novo edifício<br />

em 2013<br />

No ano letivo de 2013 / 2014 a EGP – University<br />

of Porto Business School (EGP – UPBS) deverá<br />

já estar na sua nova «casa» que que será construída<br />

na Senhora da Hora, Matosinhos. A informação<br />

foi revelada por Nuno Sousa Pereira,<br />

da direção da escola, no âmbito da cerimónia<br />

de assinatura do protocolo/contrato com a<br />

Câmara de Matosinhos – que cedeu os terrenos<br />

da Quinta das Sedas para a construção do novo<br />

pólo universitário.<br />

As obras do novo edifício, que será construído<br />

de raiz, deverão arrancar ainda em 2011, prevendo-se<br />

um investimento total na ordem dos<br />

13 milhões de euros.<br />

JULHO 2011<br />

Construções Maia & Maia<br />

vende unidade industrial<br />

a FII<br />

A Sociedade de Construções Maia & Maia vendeu<br />

uma unidade industrial a um fundo de<br />

investimento imobiliário nacional.<br />

A CB Richard Ellis foi a consultora responsável<br />

pela venda de unidade industrial e também<br />

pela procura de um novo ocupante para<br />

o espaço, que será a empresa Dorel, multinacional<br />

canadiana dedicada ao comércio de<br />

artigos infantis, nesse espaço. «Ficámos muito<br />

satisfeitos com a eficácia deste negócio. Um<br />

inquilino que sabia exatamente o que queria e<br />

o FII onde investir.»<br />

A Dorel irá ocupar uma área de 10.500m² no<br />

Parque Industrial, em Vila do Conde. Esta unidade<br />

industrial fica contígua ao atual Centro<br />

de Distribuição do Grupo.


qualidade e inovação<br />

são determinantes para a sua competitividade<br />

a promoção imobiliária enfrenta Grandes desafios. a Gestão da qualidade e a inovação são duas ferramentas essenciais para<br />

a eficiência e competitividade da sua orGanização.<br />

em todo mundo são Já mais de 100.000 orGanizaçÕes que confiam a sua certificação À sGs.<br />

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* seg. a sex. das 8h30 às 18h30.<br />

Textos elaborados segundo o novo Acordo Ortográfico


VI NEWS<br />

Olhão quer mais<br />

1.170 camas turísticas<br />

Em breve será lançado o concurso público<br />

para a criação de um núcleo de<br />

desenvolvimento turístico no concelho<br />

de Olhão, prevendo a criação de 1.170<br />

novas camas turísticas naquela região<br />

do Algarve.<br />

Em declarações à imprensa, o presidente<br />

da Câmara Municipal de Olhão explicou<br />

que «é um concurso que obriga a ter<br />

uma área com o mínimo de 25 hectares,<br />

porque aquilo que é pretendido pela autarquia<br />

é que seja feito um projeto com<br />

a qualidade urbanística e ambiental,<br />

visto que toda a envolvência a este tipo<br />

de crescimento tem como pano de fundo<br />

a Ria Formosa, uma das 7 Maravilhas<br />

Naturais de Portugal. Acreditamos que o<br />

futuro da economia passa pelo aproveitamento<br />

das potencialidades ambientais<br />

do concelho», defende.<br />

Uma decisão englobada na estratégia<br />

de desenvolvimento turístico daquele<br />

concelho do Sotavento, na qual encaixa<br />

também a ampliação do porto de<br />

recreio.<br />

Primeiro lifestyle<br />

hotel em Portugal<br />

chega a Portimão<br />

Localizado na primeira linha junto à<br />

praia da Rocha, Portimão, o Bela Vista<br />

Hotel & Spa é o primeiro lifestyle hotel<br />

gerido pelo grupo francês Phoniz Hotels<br />

em Portugal. Constituído por um palacete,<br />

a Casa Azul, e uma novíssima ala<br />

designada Bela Vista Jardim, disponibiliza<br />

38 quartos e suites decorados por<br />

Graça Viterbo. No palacete, construído<br />

em 1918, onde estão situados a receção,<br />

o bar, o restaurante com o seu terraço<br />

sobre o mar e a piscina exterior com um<br />

lounge bar, encontram-se 11 quartos. A<br />

Casa Azul tem apenas 7 quartos.<br />

O preço médio, por noite, de um quarto<br />

no Bela Vista Hotel & SPA oscila entre os<br />

150 e 500 euros. A partir de 2012, este<br />

lifestyle hotel contará ainda com o Bela<br />

Vista SPA.<br />

20<br />

ALGARVE<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

Primeiro resort da Obriverca avança em março<br />

de 2012<br />

A Obriverca está prestes estrear-se no desenvolvimento<br />

de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>, com o Golfe<br />

Praia da Marinha Resort, na zona de Lagoa,<br />

Algarve. O Presidente do Grupo, Eduardo<br />

Rodrigues, contou à VI que «é nosso objetivo<br />

arrancar com as obras em março de 2012», ressalvando<br />

contudo que a escolha dessa data «é<br />

uma opção estratégica, pois temos reunidas as<br />

condições para poder avançar ainda em 2011».<br />

Um projeto que «alia dimensão, pacatez e uma<br />

das melhores praias de Portugal», o Golfe Praia<br />

da Marinha Resort estará implantado num terreno<br />

com 2.500.000 m², e caracterizar-se-á pela<br />

baixa densidade de construção, prevendo-se<br />

que só venham a ser edificados até um máximo<br />

de 80.000 m². A localização é um dos pontos<br />

fortes do projetos, num terreno com 3 km de<br />

frente mar e com acesso à praia da Marinha,<br />

«considerada uma das 100 praias mais bonitas a<br />

nível mundial».<br />

Concebido pela WATG (Wimberly Allison Tong<br />

& Goo), o masterplan prevê que a circulação automóvel<br />

dentro do resort se faça aterrada, isto<br />

é, que os automóveis sejam deixados debaixo<br />

da superfície e que na zona do resort apenas de<br />

circule a pé ou em buggies, um fator distintivo<br />

que Eduardo Rodrigues considera ser «altamen-<br />

te diferenciador, além de ser um input importante<br />

para qualificar ainda mais o usufruto do espaço<br />

comum e de lazer». A oferta distribuir-se-á pelo<br />

alojamento em unidade hoteleira tradicional<br />

(hotel 5 estrelas) e pela componente imobiliária,<br />

com villas e apartamentos turísticos. «A comercialização<br />

deverá arrancar seis meses após o<br />

início da construção».<br />

Estimando um investimento na ordem dos 200<br />

milhões de euros, «o projeto deverá ficar pronto<br />

em 2014/ 15 e acreditamos que essa será uma<br />

altura fantástica para vender. A recuperação<br />

económica da Europa já vai dando os primeiros<br />

sinais e acontece a um ritmo diferente do de<br />

Portugal, e este é um produto muito orientado<br />

para exportação», explica Eduardo Rodrigues.<br />

«A nossa expetativa é colocar cerca de 70% do<br />

produto imobiliário junto de compradores internacionais<br />

e alocar 30% para consumo interno».<br />

Requalificação do Eurotel Altura custou 7 milhões<br />

de euros<br />

A zona oriental do Algarve vê reforçada a sua<br />

oferta hoteleira de gama alta, agora que já está<br />

concluída a remodelação e reestruturação do<br />

Eurotel Altura, um processo que representou<br />

um investimento de 7 milhões de euros pelo<br />

grupo Eurotel.<br />

Fundado em 1978, o Eutorel Altura está localizado<br />

na primeira linha da praia de Altura e<br />

sofreu, ao longo do ano 2010 e do primeiro<br />

trimestre de 2011, grandes e produndas remodelações,<br />

ao mesmo tempo que foi alvo<br />

da remodelação da sua imagem corporativa.<br />

O resultado é uma unidade hoteleira completamente<br />

renovada, adaptada às solicitações<br />

atuais do mercado, com 135 quartos, dos quais<br />

18 suítes, 54 quartos familiares superiores e 63<br />

quartos standart. Passou também a integrar<br />

um Spa & Wellness Center.<br />

Depois desta intervenção o Grupo Eurotel tem<br />

também previstas obras gerais de remodelação<br />

na sua outra unidade hoteleira, o Eurotel Tavira,<br />

«consolidando assim a aposta na sua estratégia<br />

de crescimento e reposicionamento».


EVENTOS<br />

22<br />

SIMA<br />

Saldo positivo no final<br />

da 2ª edição do SIMA<br />

Após quatro dias de certame, intensos em contactos de negócios e troca de<br />

experiências entre expositores e visitantes, muitos dos quais resultaram na<br />

concretização de negócios e parcerias, o balanço da segunda edição do SIMA<br />

– Salão Imobiliário de Angola teve um impacto positivo, garante a organização.<br />

E, à semelhança de 2010, este ano as empresas portuguesas voltaram a<br />

distinguir-se, reunindo a maior participação internacional.<br />

Reconhecido como o maior certame do sector<br />

imobiliário em Angola, o evento decorreu de 23<br />

a 26 de junho na FILDA – Feira Internacional de<br />

Luanda e contou a participação de pelo menos<br />

100 empresas oriundas de Angola, Portugal,<br />

Brasil e China. E, se a esmagadora maioria eram<br />

empresas de direito angolano (70%), mais uma<br />

vez Portugal distinguiu-se como o participante<br />

internacional mais fortemente representado.<br />

A realização deste Salão é mais uma prova<br />

do crescente esforço de profissionalização do<br />

mercado imobiliário angolano, que reconhece<br />

a importância de comunicar os projetos e de<br />

potenciar o networking.<br />

Funcionando como um instrumento de promoção<br />

e captação de investimento para o<br />

país, o SIMA é gerador de negócios. Contudo,<br />

e à data de fecho da edição, não estavam ainda<br />

disponíveis os valores finais relativos volume<br />

de negócios gerado nesta feira, a organização<br />

realça que os ganhos conseguidos na feira<br />

estão fundamentalmente assentes na abordagem<br />

que se fez em torno do lema «Habitação é<br />

para todos», dos contactos mantidos e das parcerias<br />

estabelecidas.<br />

Em 2011, a FIL – Feira Internacional de Luanda<br />

voltou a associar-se à APIMA – Associação dos<br />

Profissionais Imobiliários de Angola e à AIP<br />

FCE – Associação Industrial Portuguesa, Feiras<br />

Congressos e Eventos para a segunda edição<br />

do maior certame do sector em território<br />

angolano.<br />

Não perca a reportagem alargada do maior<br />

certame imobiliário de Angola, em exclusivo<br />

nas edição online da <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> Portugal<br />

e da VI-News Angola de julho. Saiba mais em:<br />

www.vidaimobiliaria.com<br />

www.vidaimobiliariaangola.com<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Odebrecht, Escom, Park Gest e Província<br />

do Huambo distinguidas pela organização<br />

A organização decidiu distinguir algumas<br />

das empresas e projetos em<br />

exposição no SIMA. O prémio Melhor<br />

Participação SIMA 2011 foi atribuído<br />

à Odebrecht, ao passo que os galardões<br />

para Melhor Projeto Imobiliário<br />

Habitacional e Melhor Projeto Imobiliário<br />

Comercial foram atribuídos à Escom<br />

e à Park Gest, respetivamente.<br />

Também a Província do Huambo esteve<br />

na ribalta, arrecadando o prémio de<br />

Melhor Participação Provincial.<br />

Foram também destacadas mais empresas e projetos, que a organização da feira considerou<br />

serem merecedoras de menções honrosas. Foi o caso do Consórcio SCI (Melhor Projeto<br />

Social), da portuguesa ADENE (Melhor Participação em Tecnologia) e da Mar Grandioso –<br />

Uniprev (Melhor Participação Internacional).<br />

<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> lança primeira revista de Angola<br />

O SIMA foi também o palco escolhido<br />

para a apresentação da primeira revista<br />

<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> Angola, totalmente<br />

dedicada ao mercado imobiliário angolano.<br />

Depois da aposta nos formatos<br />

online, tendo já um site (www.vidaimobiliariaangola.com)<br />

e uma newsletter<br />

mensal dedicadas ao mercado imobiliário<br />

de Angola, a publicação da primeira<br />

revista em formato físico (papel) representa<br />

um importante passo na aposta da<br />

<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> naquele mercado africano, ao mesmo tempo que vem solidificar a estratégia<br />

de internacionalização e a presença do título português no eixo Portugal – Brasil – Angola.<br />

JULHO 2011


MAIS INFORMAÇÕES<br />

www.epul.pt ● info@epul.pt ● 21 751 45 00<br />

REGENERAÇÃO<br />

E REABILITAÇÃO URBANA<br />

MARÇO 2011<br />

CICLO DE CONFERÊNCIAS EPUL<br />

REVISÃO<br />

DE PROJECTO<br />

27.SETEMBRO.2011<br />

AUDITÓRIO DO LNEC<br />

CONTRATAÇÃO<br />

PÚBLICA<br />

MAIO 2011<br />

GESTÃO DE<br />

EMPREENDIMENTOS<br />

NOVEMBRO 2011<br />

APOIO MEDIA PARTNER


EVENTOS ALMOÇO-CONFERÊNCIA VIDA IMOBILIÁRIA<br />

João Duque foi o key-note speaker<br />

do Almoço-Conferência <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong><br />

Ajuda Externa obriga<br />

à mudança de paradigma<br />

no sector <strong>residencial</strong><br />

O pacote de medidas impostas pela Troika no Memoradum of Understanding<br />

(MoU) terá um efeito benéfico na recuperação das finanças do país, mas a curto e<br />

médio prazo terá sérias implicações no desenvolvimento do sector imobiliário tal<br />

como o conhecemos. E é no sector <strong>residencial</strong> que se farão sentir as mudanças<br />

mais profundas, defende o professor e economista João Duque.<br />

O professor João Duque, um dos mais conceituados<br />

economistas portugueses, foi o key-<br />

-note speaker do primeiro almoço-conferência<br />

<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> de 2011, realizado a 28 de junho<br />

e que reuniu mais de 130 pessoas no Hotel<br />

Sofitel Lisbon Liberdade, em Lisboa.<br />

Sob o tema «Impacto do Acordo com a Troika<br />

no sector Imobiliário Português», o evento contou<br />

com os apoios da Aveleda, da CB Richard<br />

Ellis, do Eurohypo, Grupo SIL, Schmitt+Sohn,<br />

ULI Portugal, Sofitel e da Uría Menendez –<br />

Proença de Carvalho.<br />

Maior mobilidade dos<br />

portugueses impulsionará<br />

o arrendamento<br />

Um dos efeitos esperados das medidas impostas<br />

pela Troika no Mou passa pelo aumento<br />

da mobilidade das pessoas, «o que vai ser um<br />

26<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

João Duque, economista e professor no iSeG<br />

JULHO 2011


grande input para a alteração do paradigma<br />

habitacional» e, consequentemente, se espera<br />

que venha a estimular o mercado de arrendamento.<br />

Além de que «a redução do rendimento<br />

das famílias terá seguramente implicações no<br />

imobiliário».<br />

A continuação da posição defensiva pela banca<br />

será outro dos vetores a ter em conta, da<br />

mesma forma que a reforma do sistema judicial<br />

será fundamental para a área da habitação,<br />

considera o professor do ISEG, pois permitirá<br />

essencialmente agilizar os licenciamentos e reestruturar<br />

o regime de arrendamento. Mas, «de<br />

um modo geral, no capitulo dedicado ao mercado<br />

de arrendamento todas as medidas me parecem<br />

bem», afirmou João Duque.<br />

Atualmente e contrariamente ao que é o cenário<br />

comum à maioria da Europa, em Portugal<br />

dominam os proprietários de habitação, e<br />

este fracionamento da propriedade pode vir a<br />

revelar-se problemático no futuro. «Reconstruir<br />

e recuperar a copropriedade (condomínios) vai<br />

revelar-se um problema grave daqui a algumas<br />

dezenas de anos», devido à falta de fundos e à<br />

dificuldade de não só identificar os múltiplos<br />

proprietários, como de chegar a consenso.<br />

Financiamento: diferenciação<br />

entre na Banca vai aumentar<br />

Uma das grandes questões que dominam este<br />

Memorando de Entendimento prende-se com<br />

as consequências que a sua ação terá sobre o<br />

financiamento pela Banca, já bastante condicionado.<br />

João Duque é perentório ao defender<br />

que «de agora em diante vão notar-se mais<br />

as diferenças entre as ofertas de financiamento.<br />

Os bancos vão ser mais diferentes entre si nas<br />

propostas que apresentam, pois têm estruturas<br />

também diferentes». E deixou o alerta à plateia:<br />

«estejam atentos, pois provavelmente o<br />

processo de procura de fundos será mais demorado,<br />

mas isso talvez até possa vir a revelar-se<br />

benéfico».<br />

cerca de 130 pessoas reuniram-se no Hotel Sofitel para ouvir a opinião do key-note speaker<br />

sobre o impacto do MoU no desenvolvimento do sector imobiliário nacional<br />

«Portugal poderá ser<br />

um espaço logístico<br />

forte»<br />

Todas as crises encerram em si oportunidades,<br />

e face ao momento negativo<br />

que o nosso país vive é altura de<br />

repensar a visão estratégica do território<br />

português como espaço logístico,<br />

defende João Duque. Atendendo à localização<br />

do país, à entrada da Europa<br />

e na confluência de rotas vindas de<br />

África e da América, é sem dúvidas que<br />

o economista defende que «Portugal<br />

poderá ser um espaço logístico forte». O<br />

que, além de ser benéfico para o sector<br />

imobiliário, pode também empurrar o<br />

mercado nacional no caminho do aumento<br />

das exportações. Além de uma<br />

expetável «redução de custos para as<br />

empresas».<br />

Mas neste âmbito é preciso «reestruturar<br />

o que está feito e articular melhor<br />

com as ligações marítimas, rodo e<br />

ferroviárias».<br />

Estado tem impacto<br />

negativo na construção<br />

e imobiliário<br />

A curto e médio prazo «é muito provável<br />

que o Estado venha a ter um impacto muito<br />

negativo no sector da construção e do imobiliário»,<br />

dada a diminuição de encomendas<br />

de bens e serviços e uma quebra esperada<br />

no investimento. Além de que «é expetável<br />

que todas estas medidas de restrição se<br />

venham a fazer sentir até 2014, pois a atual<br />

estratégia orçamental deverá manter-se até<br />

aos próximos quatro anos».<br />

Não obstante os efeitos negativos mais<br />

imediatos, mesmo em cenários financeiramente<br />

negativos, «há sempre oportunidades<br />

e ameaças», pelo que «o MoU<br />

pode ser tenebroso para alguns, mas pode<br />

significar também uma oportunidade para<br />

outros».<br />

E, o que é facto é que «mercados mais<br />

confiantes atiram-se para investimentos<br />

de maior peso, e o imobiliário é um deles»,<br />

concluiu.<br />

27


28<br />

PONTO VISTA<br />

Para tornar este um mercado mais<br />

competitivo «é importante desenvolver<br />

uma marca de Turismo Residencial em<br />

Portugal», defende Eduardo Abreu,<br />

sócio da Neoturis, uma das mais<br />

conceituadas consultoras de Turismo<br />

portuguesas, e que em 2011 também já<br />

chegou ao Brasil.<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

Eduardo Abreu<br />

Sócio da Neoturis<br />

«É importante desenvolver<br />

uma marca de Turismo<br />

Residencial em Portugal»<br />

Na opinião do especialista, «pode ser interessante pensar numa forma de<br />

desenvolver uma marca de Turismo Residencial em Portugal que garanta<br />

níveis de qualidade e sustentabilidade de longo prazo aos projetos / imóveis<br />

em comercialização». Uma ação que pode, e deve, acontecer «independentemente<br />

das marcas que cada um dos empreendimentos promovam».<br />

Além de que «podem inclusivamente ser convidadas para o processo associações<br />

internacionais que promovem o desenvolvimento do mercado<br />

imobiliário».<br />

É voz corrente a intenção de posicionar Portugal como um destino premium<br />

de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>. Mas, para isso, não será necessário atrair o<br />

interesse de mais chancelas de luxo? E de que forma a saída de algumas<br />

marcas hoteleiras internacionais (ex: Westin ou Marriot) de <strong>resorts</strong> portugueses<br />

pode afetar a imagem no exterior?<br />

Não são notícias positivas a saída de marcas deste nível de Portugal. No<br />

entanto pode também referir-se a intenção já contratualizada de mar-


cas como a Aman, Hyatt ou Banyan Tree, assim como outras em processo<br />

de contratualização. Diria que a esse nível o caminho percorrido por<br />

Portugal e os seus promotores vai ser recompensado a prazo.<br />

Face à crise financeira e imagem negativa de Portugal no exterior,<br />

nesta fase continuam a haver investidores internacionais interessados<br />

em vir aplicar o seu dinheiro em projetos turísticos portugueses?<br />

Existem dois perfis de investidores internacionais a analisar projetos em<br />

Portugal. Por um lado, aqueles que antecipam oportunidades de adquirir<br />

a preços muito descontados projetos bem localizados e que esperam pelo<br />

timing certo para apresentar as suas propostas a proprietários, promotores<br />

e instituições financeiras. Por outro, aqueles que procuram parceiros nacionais<br />

para desenvolver projetos de média – grande dimensão, não tão<br />

agressivos em termos de valor descontado, mas que “exigem” modelos de<br />

negócio que associem parte do pagamento ao sucesso do projeto.<br />

recentemente a Neoturis expandiu-se para o Brasil. esta presença<br />

em São Paulo já resultou na atração de investimento para o sector<br />

em Portugal?<br />

Já estamos a trabalhar atualmente com investidores de origem brasileira<br />

que admitem investir em Portugal.<br />

e qual é o efeito que a crise em Portugal tem no comprador estrangeiro?<br />

o atual momento político e económico prejudica ou não o<br />

negócio aqui?<br />

2009 e 2010 foram anos de quebra acentuada da procura (2009 toda<br />

a Europa esteve em recessão, incluindo Reino Unido que é o principal<br />

cliente estrangeiro para segunda habitação em Portugal); em 2011 começa<br />

a verificar-se um regresso ao mercado ao nível de pedidos de informação<br />

e visita, regresso esse que está naturalmente longe de atingir a<br />

dinâmica de 2004 – 2008.<br />

O atual momento político e económico não é favorável ao negócio,<br />

nomeadamente em projetos não consolidados e/ou destinos ainda<br />

embrionários.<br />

Quais são os mercados mais compradores e quais aqueles que oferecem<br />

maior potencial de crescimento?<br />

O principal mercado externo é o Reino Unido que, mesmo perdendo<br />

quota de mercado, se manterá como o principal adquirente de segunda<br />

habitação em Portugal. Outros mercados que podem e devem ser trabalhados<br />

por Portugal e seus promotores, dividia em três grandes Grupos:<br />

um constituído pela Alemanha, Escandinávia e Benelux, um segundo<br />

pelo Brasil e Angola e um terceiro por Rússia, China e países de Leste.<br />

Importa, no entanto, assumir que, por exemplo Angola e Brasil em conjunto<br />

dificilmente absorvem mais de 5% do total da oferta que seja lançada<br />

no mercado nos próximos anos. Ou seja, se o Reino Unido representar<br />

50% do mercado, os restantes grupos representarão 45% do total.<br />

Hoje qual é, na sua perspetiva, o melhor modelo de desenvolvimento<br />

e de sustentabilidade financeira de um resort: avançar primeiro com<br />

a componente turística (hotel, golfe) ou dar prioridade à componente<br />

imobiliária e a venda desta (como era comum num passado recente)?<br />

Nas atuais condições de mercado a venda Turismo Residencial em planta<br />

não terá uma expressão significativa. Os compradores, mais prudentes,<br />

querem assegurar a irreversibilidade do projeto antes da aquisição pelo<br />

que naturalmente tendem para projetos já consolidados ou, pelo menos,<br />

para aqueles que tenham no terreno investimento efetuado em infraestruturas,<br />

golfe, hotel, marinas, etc. É uma reação natural à turbulência<br />

sentida no mercados nos últimos anos.<br />

tem tido notícias de muitas desistências de investimentos neste<br />

sector? Se sim, esse suposto efeito de «filtragem» dos investimentos<br />

/ projetos poderá ter um efeito benéfico?<br />

Não existem notícias públicas de desistências. É muito natural que nem<br />

todos os projetos anunciados avancem nos próximos 2/3 anos, mas também<br />

não deixa de ser verdade que alguns dos projetos anunciados nunca<br />

foram licenciados para promoção do responsável do licenciamento,<br />

mas sim para colocação em mercado. O mercado encarregar-se-á de demonstrar<br />

a capacidade de carga e timing de desenvolvimento dos vários<br />

projetos e destinos.<br />

Além dos tradicionais Sol & Mar e o Golfe, que outros produtos<br />

acredita terem maior potencial para serem desenvolvidos nos<br />

<strong>resorts</strong> portugueses, servindo-lhes como âncora de atração de<br />

turistas?<br />

Julgo que para além desses dois, naturais, existem possibilidades no<br />

sector da saúde / bem-estar que devem ser explorados. Mas mais importante<br />

que segmentar de forma estanque estes produtos, importa<br />

apostar na diversidade e fatores de atração de Portugal. A experiência<br />

de Golfe para quem mora há 20 anos em Vale de Lobo é diferente de<br />

quem vem passar um fim de semana a Portugal para jogar. A oferta de<br />

infraestruturas na área de influência, a programação cultural, o regime<br />

fiscal, a regularidade do transporte aéreo, entre muitos outros, constituem<br />

fatores de ponderação importantes na seleção do destino para<br />

uma segunda casa.<br />

Qual é, no seu entender, o potencial de crescimento (em vendas de<br />

unidades residenciais) do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> português nos próximos<br />

5 anos?<br />

É uma pergunta, no atual contexto, quase impossível de responder.<br />

Arriscaria que ter como objetivo comercializar 50 000 unidades residenciais<br />

até 2020 pode constituir um ponto de partida com possibilidade de<br />

concretização.<br />

o Alentejo é um dos principais pontos de interesse dos investidores<br />

em <strong>resorts</strong>, mas a verdade é que nesta fase (com exceção do<br />

troiaresort) ainda é praticamente inexistente a oferta nesta zona.<br />

Acredita que a maior parte dos projetos anunciados para aqui (especialmente<br />

os da zona do Alqueva) se vão concretizar?<br />

Julgo que se irão concretizar de forma mais lenta e com fases iniciais porventura<br />

mais reduzidas, não tão alavancadas em vendas imobiliárias, mas<br />

na criação de um destino turístico de perfil mais tradicional.<br />

e o novo aeroporto de Beja terá algum efeito dinamizador na<br />

procura?<br />

O novo Aeroporto de Beja terá um papel que pode ser positivo na dinamização<br />

do destino, sendo que não podemos depender da sua existência<br />

e tráfego gerado para desenvolver o destino Alqueva.<br />

29


30<br />

FORUM TURISMO RESIDENCIAL<br />

«Quais as suas expetativas<br />

face à abordagem que<br />

o novo governo fará ao<br />

Turismo Residencial?»<br />

reinaldo teixeira<br />

Garvetur, Administrador<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Gilberto Jordan<br />

Grupo Jordan, CEO<br />

O Turismo é reconhecidamente uma atividade<br />

essencial e de grande valor económico,<br />

para a maioria dos países. É portanto hoje em<br />

dia uma atividade muitíssimo competitiva e<br />

no hemisfério ocidental norte uma industria<br />

abrangente e madura. Portugal conseguiu no<br />

último meio século criar uma oferta bastante<br />

completa e em alguns poucos sectores coloca-<br />

-se na vanguarda. Em muitos países mais desenvolvidos,<br />

o rendimento disponível permite<br />

a um importante conjunto da população desfrutar<br />

das suas férias e dos seus tempos livres<br />

em localidades mais distantes da sua residência.<br />

Para estas famílias, economicamente mais<br />

abastadas, de determinados países e com uma<br />

JULHO 2011<br />

propensão maior à detenção de propriedade<br />

imobiliária isto significa o desejo e a eventual<br />

possibilidade de investir num bem imobiliário<br />

numa destas localidades, onde se fixará<br />

permanente ou pelo menos num prazo mais<br />

longo, para desfrutar este “tempo livre”. Em alguns<br />

casos assume até o caráter de “quase” <strong>residencial</strong>.<br />

Seja pela duração, natureza, dimensão<br />

ou valor desta opção. Não sendo Portugal<br />

competitivo em todos os segmentos da procura,<br />

vale a pena destacar e apostar naqueles no<br />

qual pode, de facto, conquistar uma quota de<br />

mercado interessante e de valia para a nossa<br />

economia e população. O <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />

é claramente um destes segmentos.<br />

O Turismo Residencial, tem vindo paulatinamente a conceptualizar-se e posicionar-se como<br />

um dos pilares da nossa oferta turística, principalmente na Região do Algarve.<br />

Relativamente à abordagem do novo governo, as expectativas só podem ser animadoras pois<br />

julgo estarem reunidas as condições para o país ocupar uma posição de relevo neste sector,<br />

desde que seja dada a devida importância a este produto que, ao longo dos anos, tem sido<br />

relegado para segundo plano, nomeadamente a nível da promoção.<br />

Urge por isso maior cooperação entre entidades públicas e privadas, no sentido de obter melhoria<br />

em diferentes vertentes na concepção do produto imobiliário e zonas públicas envolventes,<br />

de forma a satisfazer os níveis de exigência da procura actual e futura dos mercados<br />

investidores.<br />

Requalificação das zonas urbanas, aliando as questões ambientais/sustentabilidade ao desenvolvimento<br />

do território, e delimitando as zonas de construção e tipo de uso do solo, bem como a instalação de equipamentos de interesse<br />

público, tendo especial atenção às acessibilidades e paisagismo, de forma a ganharmos mais qualidade competitiva.<br />

O marketing deve ser planeado e executado de forma a capitalizar a nossa oferta complementar. Portugal deverá ser amplamente promovido<br />

como destino de segunda habitação, em conjunto com o Turismo de Portugal, através de campanhas por segmentos de <strong>turismo</strong>/ região.<br />

As expetativas passam ainda por uma retoma económica a nível mundial, com especial incidência nos principais mercados emissores, pelo<br />

que urge posicionar Portugal e principalmente o Algarve, como o melhor destino de imobiliário <strong>residencial</strong> da Europa.


eduardo Abreu<br />

Neoturis, Partner<br />

Ann charnock<br />

Jones Lang LaSalle, Diretora de Corporate Solutions<br />

Os profissionais do sector já estarão, com certeza,<br />

a trabalhar junto do governo para desenvolver<br />

um programa para o Turismo Residencial compatibilizado<br />

com os objetivos da Troika, pelo que farei<br />

apenas uns comentários marginais ao assunto.<br />

Num recente estudo internacional sobre o <strong>turismo</strong><br />

em Portugal, 45% dos inquiridos continuam<br />

a associar sol e mar à imagem de Portugal,<br />

e 42 % preza a boa relação qualidade/preço. Ou<br />

seja, sol, praia, boa comida e dormida a um preço<br />

mais ou menos razoável.<br />

Os resultados não são maus, mas não são propriamente<br />

agitantes e considero que poderiam<br />

ser melhores, se fossem feitas associações a<br />

outros fatores relacionados com a imagem de<br />

Portugal. Devemos ser muito mais para muito<br />

mais pessoas, ou seja, uma diversificação de fatores<br />

de atração para segmentos do mercado,<br />

por sua vez, diversificados e alargados, porque<br />

temos as melhores condições climatéricas e geográficas<br />

para tal. A relação qualidade / preço<br />

requer uma política de preço muito bem desenvolvida<br />

e estruturada a médio e longo prazo, o<br />

que implica um compromisso a vários níveis.<br />

Para desenvolver o Turismo Residencial, terá de<br />

ser integrado numa política de <strong>turismo</strong> virada<br />

para o século XXI . Este segmento económico<br />

tem as melhores potencialidades para ser o<br />

segmento económico.<br />

A nível imobiliário, e até 2009, foram desenvolvidos<br />

projetos, alguns com classificação<br />

PIN, bastante assustadores. Lotes de terreno<br />

para complexos turísticos com densidades de<br />

construção onde o turista, ou comprador de<br />

<strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>, praticamente partilhava<br />

a sua intimidade com o vizinho. Projetos com<br />

características muito pouco atrativas, sobretudo<br />

para os segmentos estrangeiros, para<br />

os quais foram destinados a nível de preço,<br />

sendo muito caros e com cada vez menos<br />

qualidade.<br />

Deveria haver um trabalho de identificação<br />

e caracterização de segmentos etários para<br />

desenvolver produtos diversificados (sénior,<br />

famílias, jovens), benchmarking com países e<br />

propriedades concorrentes para assegurar posicionamento<br />

e um prazo mais curto de aprovação<br />

a nível camarário para poder ser concorrencial<br />

financeiramente, não apenas a nível<br />

nacional mas também internacional, com um<br />

preço que permita vender e com devida atenção<br />

para a questão dos impostos.<br />

O programa do Governo, no que concerne ao capítulo do Turismo, não explicita de forma direta<br />

ou indireta o Turismo Residencial enquanto objeto de qualquer política / iniciativa, facto que<br />

pode causar alguma preocupação em relação à prioridade dada ao produto.<br />

Não obstante, a ênfase dada ao longo do programa no crescimento económico/exportações,<br />

apoio ao investimento estrangeiro, criação de emprego e desburocratização dos processos de<br />

licenciamento, deixa clara a contribuição que o Turismo Residencial pode ter no atual contexto.<br />

Haverá poucos sectores de atividade que cumpram estes objetivos (ou que deles necessitem<br />

no caso da desburocratização) como o Turismo Residencial. Capta investimento estrangeiro de<br />

promotores e investidores em produto final, enquadra-se no cluster turístico que é inequivocamente<br />

exportador (e com elevado nível de incorporação nacional) e é criador de emprego<br />

intensivo e qualificado.<br />

Acresce que o Ministro da Economia, em textos recentes, tem defendido a atração de reformados do Norte da Europa como podendo ter impacto<br />

estrutural na nossa economia (fala mesmo na Flórida da Europa) pelo que a expectativa é elevada em relação a políticas de promoção, apoio ao<br />

financiamento e enquadramento fiscal que serão implementadas nos próximos meses (inclusive no orçamento de Estado para 2012).<br />

Será também importante que o sector apresente as suas propostas e a argumentação do fit do Turismo Residencial com as preocupações expressas<br />

pelo Governo, no sentido de evoluir para uma explicitação direta do Turismo Residencial como estratégico para a economia nacional<br />

nos vários documentos / iniciativas que decorrerão do programa do Governo.<br />

31


32<br />

FORUM TURISMO RESIDENCIAL<br />

Jorge Botelho Monis<br />

BES, Responsável Bolig i Portugal<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Margarida caldeira<br />

Broadway Malyan Portugal, Diretora Geral<br />

No novo Plano Estratégico Nacional do Turismo,<br />

aprovado ainda na anterior legislatura, o Turismo<br />

Residencial e os Resorts Integrados foram pela<br />

primeira vez considerados produto estratégico,<br />

integrado nas linhas de desenvolvimento do<br />

sector. O objetivo para Portugal deverá ser crescer<br />

em qualidade e não em quantidade, tirando<br />

o maior partido dos elementos diferenciadores<br />

(clima e luz; história e cultura; hospitalidade; e<br />

diversidade concentrada) e qualificadores (autenticidade<br />

moderna, segurança e excelência na<br />

relação qualidade/preço).<br />

As nossas expectativas vão no sentido de que<br />

esta visão ambiciosa seja de facto exequível!<br />

Para tal será desejável a tomada de medidas con-<br />

Os primeiros sinais são muito positivos, percebemos que existe vontade efetiva de trabalhar<br />

este sector de forma estratégica – notamos essa atitude também da parte do Turismo de<br />

Portugal. Simultaneamente, a recente criação da Associação Nacional de Resorts irá seguramente<br />

dar um excelente impulso ao sector, a começar pelo estudo do mesmo em conjunção<br />

com outras entidades.<br />

Andrew Heard<br />

HN Hospitality, Business Development Diretor<br />

Entendo que este governo deve fazer uma análise<br />

SWOT profunda dos últimos 10 anos e do<br />

momento presente antes de anunciar planos<br />

generalizados para o <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>. De<br />

facto, vivemos num período em que nos defrontamos<br />

com ameaças de diferentes ângulos<br />

que se não forem eliminadas irão destruir esta<br />

área tão vital para a economia portuguesa.<br />

O governo socialista simplificou o processo de<br />

licenciamento, mas existem ainda aspetos na lei<br />

que precisam de se tornar mais práticos, como a<br />

atribuição de subsídios e até mesmo do QREN,<br />

sem os quais é extremamente difícil investir em<br />

hotéis 4 e 5 estrelas de referência. Por outro lado,<br />

sem o Turismo Residencial é muito complicado<br />

construir hotéis, na medida em que o dinheiro<br />

que advém da venda das casas constitui uma parte<br />

importante do financiamento.<br />

JULHO 2011<br />

cretas que impulsionem este produto turístico,<br />

atualmente estagnado no mercado imobiliário.<br />

Tudo poderá passar pelo incentivo à criação de<br />

Resorts integrados associados com outras ofertas<br />

turísticas (Turismo Náutico, “Culturtainment”,<br />

Sáude e Wellness, etc), não confundindo o<br />

Turismo Residencial com negócio imobiliário.<br />

Estas soluções serão sempre apoiadas num design<br />

de excelência, tanto na vertente ambiental<br />

e urbanística. No entanto, esta aposta na qualificação<br />

só será real se o produto nacional assegurar<br />

também a excelência na relação qualidade/<br />

preço, devendo para tal ser assumidas medidas<br />

fiscais – redução de IMI e IMT – que complementem<br />

a estratégia definida.<br />

Para o Turismo Residencial do Algarve ainda<br />

há muito a fazer em matéria de voos e rotas.<br />

Os baby boomers do mercado escandinavo<br />

querem comprar no Algarve, mas precisam<br />

de voos diretos. Os alemães, por sua vez, só<br />

têm voos diretos para Faro em parte do ano;<br />

nos meses de inverno têm que recorrer a vários<br />

voos de ligação o que torna o destino<br />

pouco atrativo.<br />

Além disso, é importante haver uma promoção<br />

consistente de Portugal no exterior, que<br />

transmita a imagem de um país moderno e sofisticado,<br />

com uma oferta turística e <strong>residencial</strong><br />

variada.<br />

Em suma, precisamos que o Governo tenha<br />

uma abordagem integrada que englobe áreas<br />

desde as infraestruturas, legislação e incentivos,<br />

até ao marketing.


DOSSIER<br />

TURISMO<br />

RESIDENCIAL<br />

& RESORTS<br />

Entrando na esfera quer do imobiliário, quer do <strong>turismo</strong>, o Turismo Residencial é um dos produtos<br />

com maior potencial de crescimento em Portugal e que pode ser um importante contributo<br />

positivo para a recuperação do estado das finanças portugueses, ao estar direcionado sobretudo<br />

para a exportação.<br />

Se, no seio do imobiliário este potencial é francamente reconhecido, há agora muito trabalho a<br />

desenvolver junto das autoridades competentes e opinião pública, com vista a fortalecer a imagem<br />

– interna e externa – do sector e a criar mecanismos que aumentem a competitividade do<br />

mercado português.<br />

A recente criação da Associação Portuguesa de Resorts foi um importante passo nesse sentido, e<br />

estão já a ser desenvolvidos contactos com o Turismo de Portugal com vista à criação de uma estratégia<br />

de comunicação comum, que beneficie todos, o país, o <strong>turismo</strong> e o <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>.<br />

Ao contrário de anos anteriores, o dossiê de 2011 terá uma listagem muito mais reduzida de<br />

projetos de <strong>resorts</strong> planeados e em desenvolvimento em Portugal. É que à sombra da profunda<br />

crise financeira que afeta o nosso país, multiplicam-se as dúvidas quanto à sobrevivência (no<br />

caso, à concretização) de muitas das intenções de investimento anunciadas. Uma dúvida que se<br />

adensa quando começam a surgir na imprensa notícias da insolvência de promotores e projetos<br />

dos mais emblemáticos.<br />

O cenário mudou! E, como consequência, também terá de mudar a estratégia dos investidores<br />

e promotores. Reposicionar e redimensionar projetos, atrair chancelas internacionais reconhecidas,<br />

reforçar muito nas vendas e marketing… mais do que ideias, são estas as tendências atuais<br />

neste mercado onde a força deixou de estar do lado do vendedor, para se tornar autenticamente<br />

num «mercado do comprador».<br />

34<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011


Moradia da autoria do arquiteto Gonçalo Salazar de Souza<br />

35<br />

© Pestana Eco Tróia Resort


36<br />

DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />

Mercado quer comprovar a irreversibilidade dos projetos<br />

Oferta continua a crescer,<br />

mas com maior cautela no<br />

lançamento de novos <strong>resorts</strong><br />

Com o aprofundar da crise, arrefeceu o lançamento de novos projetos de <strong>resorts</strong><br />

em Portugal. E, apesar do volume de projetos em pipeline, poucos são os que nos<br />

últimos meses avançaram para obras. É que os tempos ditam uma maior cautela,<br />

e numa altura em que o financiamento continua restringido, muitos promotores<br />

optam por recalendarizar e reformular os seus projetos.<br />

Mas, isto não significa de todo que o mercado esteja parado, apenas mais lento.<br />

E, a comprová-lo, nos últimos meses iniciaram-se os trabalhos em alguns<br />

dos mais ansiados empreendimentos, caso do Verdelago Resort, em Altura<br />

(Algarve) ou do Pestana Troia Eco-Residences (Costa Alentejana). Passos mais<br />

avançados já foram dados em complexos como o L’And Vineyards, cujas primeiras<br />

infraestruturas já entraram em funcionamento, no Onyria Palmares<br />

Beach & Golf Resort ou no Cascade Resort, ambos na zona de Lagos.<br />

ALGArVe<br />

concelho Projeto Promotor<br />

Portimão<br />

Lagos<br />

Lagoa<br />

Loulé<br />

castro<br />

Marim<br />

invest.<br />

(previsão)<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

Pelas suas condições naturais, Algarve e Alentejo mantêm-se como as zonas<br />

preferidas dos investidores para futuros projetos, sendo também aí que<br />

se encontram os empreendimentos em fase mais avançada. Mais a Norte, o<br />

Oeste mantém-se também como um destino privilegiado para a prática de<br />

golfe e, consequente, atrativo para o desenvolvimento de <strong>resorts</strong> integrados.<br />

Abaixo, conheça a súmula de alguns dos mais emblemáticos investimentos<br />

projetados ou em curso nestes destinos.<br />

oferta Hoteleiro<br />

Quinta da Praia (22,5 ha) HN 150 M€ hotel 5* Hilton (175 �), 197 unidades residenciais Hilton<br />

CS Morgado do Reguengo<br />

Resort (1.400 ha)<br />

Grupo CS<br />

57 M€<br />

(1ª fase)<br />

717 unidades turísticas<br />

CS Hotels<br />

& Resorts<br />

Palmares Resort (180 ha) � Grupo Onyria 300 M€ 1.740 camas turísticas Onyria Resorts<br />

Meia Praia Bay Resort (13,7 ha) Grupo SDTL 100 M€ 291 quartos de hotel, 152 moradias em aldeamento turístico sd<br />

Cascade Resort (38 ha) Espaço 2200 100 M€ hotel 5* (86 un), 12 moradias, 53 apartamentos sd<br />

Praia da Marinha Resort (200 ha) Obriverca 200 M€ 3 Núcleos de desenvolvimento imobiliário sd<br />

Marina de Ferragudo Resort & Spa Temple 54 M€ Hotel (161�), 185 apartamentos turisticos sd<br />

Cidade Lacustre (850 ha) Lusort<br />

1.292<br />

M€<br />

316.000 m² edificáveis. Área <strong>residencial</strong> (188.500 m²)<br />

com moradias, 14.000 m² de zonas comerciais.<br />

113.500 m² para unidades turísticas (3.000 camas)<br />

sd<br />

Quinta da Ombria Hotel Spa<br />

& Golf Resort<br />

Pontos Group 200 M€ Até 1.785 camas turísticas sd<br />

Conrad Algarve Palácio da Quinta � Imocom 89 M€ hotel 6* (150 �), 115 unidades residenciais Conrad<br />

Vale do Lobo II e III (400 ha) � Vale do Lobo 500 M€ 500 moradias e um novo hotel 5* (180 �) sd<br />

Vilamoura Golf & Garden Resort (69 ha) � Grupo Oceânico 600 M€ 700 unidades residenciais sd<br />

VerdeLago Resort (97 ha) � Inland 259 M€<br />

340 unidades imobiliárias entre apartamentos e moradias;<br />

hotel 5 * (197 �), centro de congressos<br />

Westin<br />

Quinta do Vale Golf Resort (100 ha) �<br />

Golf Quinta<br />

do Vale SA<br />

91 M€<br />

Campo golfe 18 buracos championship, hotel 5* (125 �),<br />

66 moradias, aldeamento turístico (57 moradias) marina<br />

Sol Meliã


ALeNteJo<br />

concelho Projeto Promotor<br />

Grândola<br />

Alcácer<br />

do Sal<br />

reguengos<br />

de<br />

Monsaraz<br />

Mourão<br />

Montemor-<br />

-o-Novo<br />

Ponte<br />

de Sôr<br />

reGião oeSte<br />

Pestana Troia<br />

Eco-Resort &<br />

Residences<br />

(100 ha) �<br />

TroiaResort<br />

(486 ha) �<br />

Pinheirinho ,<br />

a Hyatt Golf &<br />

Beach Resort<br />

(800 ha) �<br />

Herdade da<br />

Comporta<br />

(12.500 ha, dos<br />

quais 742 são<br />

as 2 ADIT) �<br />

Barrosinha<br />

Nature Farm<br />

Resort<br />

(2.000 ha)<br />

Roncão<br />

d’El Rey �<br />

L’ And Reserve<br />

(283 ha)<br />

L’And Vineyards<br />

(66ha) �<br />

CS Montargil<br />

Lake Resort �<br />

Pestana Hotels<br />

& Resorts<br />

Sonae<br />

Turismo<br />

invest.<br />

(previsão)<br />

90 M€<br />

450 M€<br />

Pelicano 250 M€<br />

Grupo<br />

Espírito<br />

Santo<br />

1.130 M€<br />

Imovia 600 M€<br />

SAIP<br />

Sousa<br />

Cunhal<br />

Turismo<br />

Sousa<br />

Cunhal<br />

Turismo<br />

Grupo CS<br />

80 M€<br />

(1ª fase)<br />

142 M€<br />

44 M€<br />

30 M€<br />

(hotel)<br />

concelho Projeto Promotor<br />

Óbidos<br />

oferta Hoteleiro<br />

82 lotes para moradias, 34 apartamentos,<br />

43 moradias geminadas e aparthotel com 150 quartos<br />

3 hotéis apartamento 4* (376 Ñ), hotel 5* (Amorim Turismo)<br />

727 apartamentos turísticos e moradias, centro de congressos, Casino,<br />

Business Center, centro comercial, marina (184 postos de amarração),<br />

campo de golfe 18 buracos, centro de observação natureza, complexo<br />

desportivo, Spa, clube de praia<br />

204 moradias, apartamentos, residências, hotel 5* Park Hyatt (106 Ñ),<br />

Pure Spa, beach club, zona comercial, campo de golfe<br />

2 áreas de desenvolvimento turístico (ADIT). ADIT2 (365 ha, mais orientada<br />

para o golfe): 2 hotéis, 2 hotel-apartamento, 350 unidades em aldeamento<br />

turístico, 250 moradias, 2 campos de golfe de 18 buracos. ADIT 3 (377 ha,<br />

mais perto da praia e mais orientado para a natureza): 4 hotéis, 1 hotel apartamento,<br />

760 casas em aldeamento turístico, 210 lotes de moradias, campo<br />

de golfe de 18 buracos (100 ha) capacidade até 12.500 camas turísticas<br />

199.500 m² de ABC: 1 hotel resort 5* (150 quartos e 160 villas), 1 hotel 4*<br />

(80 Ñ) e um Spa de vinoterapia, 11 aldeamentos turísticos de 4*, 1 campo<br />

de golfe de 18 buracos, centro médico, oficinas de ofícios, equipamentos<br />

de lazer e animação, restauração, bares<br />

1ª fase - Hotel do Monte (81Ñ), Campo de Golfe com Club House, Wine<br />

Club. Quando concluído: 7 hotéis, 4 campos de golfe, aldeamentos<br />

turísticos, 2 marinas, centro equestre, campo de férias. Unidades de<br />

saúde, produção de agricultura biológica, centro de avifauna e percursos<br />

de observação da natureza, centros de conferências, praia fluvial, parque<br />

arqueológico, reserva animal e uma quinta pedagógica<br />

Hotel & Spa Banyan Tree 5*(55 quartos e 20 unidades para venda),<br />

215 unidades em aldeamentos turísticos, campo de golfe de 18 buracos,<br />

espaços para eventos, centro naútico. Vinha, micro-adega, restaurante,<br />

clube de vinho<br />

290 unidades de alojamento turístico<br />

aldeamento turístico de 5* constuído por 7 núcleos de moradias (145<br />

unidades) 1 zona de moradias em banda de um só piso, restaurante,<br />

wineclub, organic Spa, fitness center, piscina, adega, hotel<br />

CS Montargil Lake Hotel 5 * (105 Ñ), SPA, centro náutico (49 postos de<br />

amarração), 3 aldeamentos turísticos, golfe e centro hípico<br />

Conceitos: náutica, golfe e <strong>turismo</strong> equestre<br />

invest.<br />

(previsão)<br />

37<br />

Pestana<br />

Hotels &<br />

Resorts<br />

Blue &<br />

Green;<br />

Aqualuz<br />

Hyatt<br />

Hotels &<br />

Resorts<br />

sd<br />

sd<br />

Alila<br />

Hotels &<br />

Resorts<br />

Banyan<br />

Tree<br />

CS Hotels<br />

& Resorts<br />

oferta Hoteleiro<br />

Falésia D’el Rey (230 ha) Grupo Béltico 230 M€ 475 unidades residenciais. Hotel 5* sd<br />

Royal Óbidos, Spa & Golfe<br />

(136 ha) �<br />

MSF Tur.Im / 200 M€<br />

condominium hotel 4*, hotel 5*<br />

(100 quartos), 600 unidades imobiliárias. Golfe<br />

Bom Sucesso (157 ha) � Acordo SGPS 398 M€ 1.100 unidades residenciais, Hotel (120 �) Hilton<br />

Quintas de Óbidos –<br />

Country Club (57,6 ha)<br />

Quintas de Óbidos - Investimentos<br />

Turísticos e Imobiliários<br />

100 M€ 79 villas hotel 5* (80 quartos) sd<br />

sd


DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />

Conferência «Turismo Residencial – Desafios e Oportunidades»<br />

Promoção Ativa do Turismo<br />

Residencial Português<br />

no exterior precisa-se<br />

Reconhecido que está o potencial de crescimento e desenvolvimento que o<br />

<strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> pode ter na economia portuguesa, para que se fortaleça<br />

como exportador, é preciso agora investir forte na comunicação e marketing<br />

do produto a nível internacional. Mais do que nunca, hoje é fundamental uma<br />

promoção ativa do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> no exterior, com vista a atrair mais e mais<br />

investidores ao país.<br />

Esta foi uma das grandes conclusões retiradas da<br />

5ª edição da conferência «Turismo Residencial<br />

– Desafios e Oportunidades», organizada anualmente<br />

pela <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> em parceria com<br />

a Viva In Portugal e a Neoturis | CB Richard Ellis.<br />

Este ano, a península de Troia voltou a ser o palco<br />

escolhido, desta feita no Centro de Eventos<br />

Aqualuz, onde no dia 8 de julho estive reunida<br />

uma plateia de cerca de 80 pessoas.<br />

O evento contou com o patrocínio da Adene –<br />

Agência para a Energia, Roca, Schmitt+Sohn,<br />

Zon, Securitas e do TroiaResort.<br />

reforçar no Marketing e Vendas<br />

No que toca ao marketing e comunicação<br />

internacional do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> português,<br />

«o sector está muito atrasado em relação<br />

ao Turismo, no geral, que está muito mais desenvolvido».<br />

Aliás, «até agora Portugal nunca<br />

fez campanhas de marketing internacionais<br />

especialmente direcionadas para a promoção<br />

do país como destino de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>»,<br />

disse Diogo Gaspar Ferreira, Presidente<br />

da Associação Portuguesa de Resorts e<br />

Presidente do Conselho de Administração de<br />

Vale do Lobo.<br />

38<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

Mesa de debate. Da esquerda para a direita: teresa Ferreira, ricardo Diniz, Pedro Seabra,<br />

João carvalho das Neves e rui D’Ávila<br />

De facto, «nos últimos 20 anos tem-se feito uma<br />

enorme campanha para atrair turistas para<br />

Portugal. E está agora na hora de fazer também<br />

uma aposta em campanhas que atraiam turistas<br />

para investir em segunda residência cá».<br />

Considerando que «o <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> é um<br />

dos sectores onde Portugal tem bastante know-<br />

-how e uma franca capacidade de crescimento»,<br />

o especialista lamenta que «Portugal nunca tenha<br />

feito nada verdadeiramente importante em<br />

relação à promoção externa deste produto, e por<br />

isso há muito trabalho para desenvolver neste<br />

âmbito. Mais do que nunca, é preciso reforçar a<br />

aposta no Marketing e nas vendas».


Diogo Gaspar Ferreira, Presidente<br />

da Associação Portuguesa de <strong>resorts</strong> eduardo Abreu, Partner da Neoturis<br />

Uma perspetiva partilhada por Rui D’Ávila, administrador<br />

da Sonae Turismo, que acrescentou<br />

que «em Portugal há muito produto construído<br />

e disponível para venda. É mesmo preciso<br />

fazer agora uma campanha forte que transmita<br />

a mensagem “Buy House in Portugal”».<br />

Potencial para ganhar 10%<br />

de quota de mercado<br />

«Acredito que Portugal esteja hoje em quarto<br />

lugar no Turismo Residencial da Europa», logo<br />

atrás de Espanha, França e Itália, diz Diogo<br />

Gaspar Ferreira. «Temos uma forte posição dentro<br />

deste sector, e provavelmente somos o segundo<br />

destino mais conhecido no mercado inglês,<br />

logo após Espanha».<br />

Nas contas apresentadas pelo Presidente da<br />

APR, «em situações normais o mercado de segunda<br />

habitação vende cerca de 100.000 unidades<br />

por ano na Europa, metade das quais em<br />

Espanha. Nesses períodos, Portugal é responsável<br />

pela venda de 3.000 casas ano, garantindo assim<br />

uma quota de mercado de 3%». Na posse destes<br />

números, Diogo Gaspar Ferreira não hesita<br />

em afirmar que «temos potencial de crescimento,<br />

para aumentar a nossa quota de mercado de<br />

Portugal tem de estar coordenado<br />

Ricardo Diniz, cofundador e presidente da<br />

regata Portugal Ocean Race foi um dos convidados<br />

na mesa redonda, onde partilhou a<br />

sua experiência de divulgação de Portugal<br />

nos eventos que promove. Se queremos<br />

crescer no Turismo «Portugal tem de estar<br />

coordenado», começou por dizer.<br />

Não obstante as dificuldades que se apresentam,<br />

é fundamental não ser dominado<br />

pelo negativismo. «Quem faz Portugal são<br />

os portugueses, e não devíamos precisar de<br />

«Retoma Económica do País passa<br />

pelo Turismo Residencial»<br />

A encerrar a sessão esteve presente a recém-empossada<br />

Secretária de Estado do<br />

Turismo, Cecília Meireles, que sublinhou<br />

a importância do sector ao afirmar que<br />

A Secretária de estado do <strong>turismo</strong>,<br />

cecília Meireles, encerrou a sessão<br />

estímulos negativos externos para nos unirmos<br />

em defesa do nosso país», rematou.<br />

A importância dos grandes eventos realizados<br />

em Portugal na promoção da imagem<br />

do destino foi um dos temas em destaque<br />

na conferência. Até porque estes<br />

«são mecanismos que ajudam a posicionar<br />

o país, e é preciso continuar a trabalhar<br />

para crescer neste âmbito, pois os eventos<br />

dinamizam um destino», explicou Teresa<br />

Ferreira.<br />

«a retoma económica do país passa pelo<br />

Turismo, que tem um peso de 12% no PIB.<br />

E, inevitavelmente, terá de passar também<br />

pelo produto do Turismo Residencial».<br />

39


DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />

3.000 para 10.000 casas por ano no médio prazo,<br />

ou seja, crescer de 3% para 10% no médio prazo,<br />

e para atacar uma faixa no segmento médio-alto<br />

e alto».<br />

A venda de 10.000 unidades de Turismo<br />

Residencial por ano pode representar para<br />

Portugal exportações na ordem dos 2.000<br />

milhões de euros diretos (mais que a Auto<br />

Europa), criando paralelamente milhares de<br />

postos de trabalho diretos e indiretos.<br />

Mas, para isso «é necessário implementar uma<br />

estratégia a 10 anos, com sucesso. E que obriga<br />

a uma forte aliança entre todos os players: sector<br />

público, promotores, construção civil, banca e<br />

<strong>turismo</strong>».<br />

João Carvalho das Neves, economista e professor<br />

do ISEG, considera que «é preciso fazer<br />

uma boa gestão do stock existente do Turismo<br />

Residencial, isto é, dar prioridade a vender o que<br />

já está feito». Reforçando a ideia «que é preciso<br />

fazê-lo de forma a que todos os agentes participem»,<br />

o economista considera que «os bancos<br />

têm de perceber que isto também será um bom<br />

negócio para eles. Pois, ao invés de ficarem com<br />

um grande passivo alocado a um bom projeto,<br />

vão distribuir o risco».<br />

União faz a força também<br />

no <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />

A necessidade de união dos diferentes players<br />

do sector na promoção deste produto turístico<br />

é evidente, sendo esta uma ideia que reúne<br />

o consenso de todos os intervenientes nesta<br />

conferência. Por isso, daqui para frente «temos<br />

de trabalhar de forma mais consertada a promoção<br />

do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> em Portugal», realçou<br />

Teresa Ferreira, diretora do departamento de<br />

produtos e destinos do Turismo de Portugal.<br />

«Um bom sinal que este sector já está numa fase<br />

de maturação interessante é o facto de os promotores<br />

de <strong>resorts</strong> já se estarem a unir numa<br />

associação que lhes dá voz como um todo e que<br />

já manifestou o interesse em trabalhar conjuntamente<br />

com o Turismo de Portugal», considera<br />

a responsável. «A constituição da Associação<br />

Portuguesa de Resorts é um bom sinal do amadurecimento<br />

do sector, até porque graças a ela<br />

já temos agora um interlocutor definido para<br />

discutir as questões mais importantes para o desenvolvimento<br />

deste mercado, permitindo-nos<br />

trabalhar de forma mais articulada e, consequentemente,<br />

avançar nos nossos propósitos de<br />

uma forma mais célere».<br />

40<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

o evento decorreu no centro de eventos Aqualuz, no troiaresort<br />

Portugal tem de saber<br />

«vender-se» lá fora<br />

Embora até ao período 2006-2007 tenha existido,<br />

no global, mais procura do que oferta no<br />

Turismo Residencial, o que aconteceu, considera<br />

Eduardo Abreu, é que «mais do que vendermos,<br />

nós fomos comprados», situação que hoje<br />

tem de ser invertida. Daí a necessidade de «alocar<br />

verbas a Marketing e a distribuição proporcionais<br />

ao volume de negócios esperado».<br />

Contudo, o especialista deixou uma nota de<br />

alerta, já que «devido à associação de Portugal<br />

«Há uma megalomania reguladora»<br />

O administrador da Sonae Turismo criticou<br />

aquilo que considera ser «a megalomania<br />

reguladora que existe em Portugal,<br />

sobretudo no que toca à edificabilidade, e<br />

que torna caríssimo investir no nosso país».<br />

Sendo este um aspeto irreversível nos <strong>resorts</strong><br />

já existentes, há um conjunto de tópicos<br />

que podem ser alterados com vista a<br />

tornar o nosso país mais «friendly» para os<br />

investidores.<br />

Em primeiro lugar, defende Rui D’Ávila, «é<br />

preciso rever a regulamentação inerente à<br />

ao risco financeiro, nos próximos dois a três anos<br />

a tendência deverá ser um bocadinho reverter a<br />

estratégia que tem sido “normal” até aqui – que<br />

é vender o destino Portugal – e passar antes a<br />

vender o Turismo Residencial em Portugal», defende.<br />

E, mais uma vez, aqui o Marketing pode<br />

desempenhar um papel muito importante, e<br />

deve caber-lhe «disponibilizar pack de informação<br />

que responde às dúvidas dos compradores».<br />

Além disso, acrescentou Rui Ávila, «a capacidade<br />

de criar uma mensagem emocional a quem<br />

nos visita é muito importante».<br />

edificabilidade». Depois, importa «retirar<br />

tudo o que é ruído no que toca ao ordenamento<br />

e urbanismo» disse, reconhecendo<br />

contudo que «urbaniza-se e ordena-se muito<br />

melhor hoje, mas não nos podemos dar<br />

ao luxo de ter de esperar largos anos para<br />

planear o desenvolvimento de uma região».<br />

Por fim, considera Rui D’Ávila é também importante<br />

a questão da «adaptabilidade de<br />

horários» aquando da fase de exploração, e<br />

«compensar na época baixa o que será necessário<br />

trabalhar a mais na época alta».


DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />

Suportes online ganham terreno<br />

nas vendas e marketing<br />

VIVA IN Portugal reinventa<br />

a promoção do <strong>turismo</strong><br />

<strong>residencial</strong> português<br />

Com uma nova estrutura acionista, a VIVA IN Portugal<br />

reposicionou-se e quer ser o meio de referência,<br />

nacional e internacional, na procura de informação<br />

sobre produtos de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> em Portugal.<br />

E, como sublinha o administrador-delegado, Francisco<br />

Virgolino, a missão é «reinventar a promoção turística<br />

do país por via da sua capacidade aglutinadora».<br />

Se, por um lado, «o mercado de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />

em Portugal é um dos segmentos económicos<br />

com maior potencial de exportação e, portanto,<br />

com a possibilidade de poder dar um enorme<br />

impulso à tão fragilizada economia», por outro<br />

lado, «os suportes online todos os dias ganham<br />

terreno na área das vendas e marketing. Na internet,<br />

a informação sobre o produto português está<br />

à distância de um click para os potenciais clientes<br />

internacionais, pelo que a existência de uma plataforma<br />

aglutinadora de informação do sector<br />

como a VIVA IN ganha especial importância».<br />

Fortemente ancorada na internet, e tendo no<br />

site www.vivainportugal.com o seu principal<br />

suporte de comunicação, «a VIVA IN Portugal<br />

pretende ser um agente dinamizador do sector<br />

do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> português, promovendo,<br />

divulgando e tornando mais acessível aos consumidores<br />

nacionais e internacionais, toda a informação<br />

que existe sobre a oferta de qualidade<br />

neste mercado e as suas formas de comercialização»,<br />

explica o administrador-delegado. E<br />

remata, «acima de tudo, constitui-se como uma<br />

ferramenta importante para os stakeholders do<br />

<strong>turismo</strong> em Portugal».<br />

42<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

Promoção do sector<br />

em várias frentes<br />

Constituindo-se como uma «plataforma comunicacional<br />

agregada», e não obstante a grande<br />

importância do site, a VIVA IN conjuga vários<br />

suportes, agilizando a coordenação da informação<br />

e contactos e garantindo a promoção<br />

do sector em várias frentes em simultâneo.<br />

Assim, para além do sítio na internet, o seu raio<br />

de ação passa também por presenças em imprensa<br />

nacional e internacional e a participação<br />

em eventos do trade.<br />

O objetivo de cada uma destas intervenções, é<br />

comum: «levar mais longe a informação sobre o<br />

mercado do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> português, reforçar<br />

a promoção deste produto e fomentar e potenciar<br />

as vendas para os parceiros que integram<br />

a nossa resort collection», realça o administrador.<br />

Atualmente, esta «coleção» já integra alguns dos<br />

mais conceituados <strong>resorts</strong> em funcionamento<br />

no nosso país, que incluem, entre outros, o<br />

TroiaResort, o Vale do Lobo, o Longevity Wellness<br />

Resort Monchique, o Praia D’El Rey, o Bom<br />

Sucesso, o Campo Real, o L’And Vineyards ou o<br />

Aquapura Douro Valley.<br />

Posicionando-se como uma «montra qualificada<br />

e aglutinadora do imobiliário <strong>residencial</strong> turístico<br />

português», a ação da VIVA IN é «disponibilizar<br />

informação aos potenciais consumidores<br />

do produto resort, reforçando a divulgação dos<br />

produtos deste mercado e a dinamização dos respetivos<br />

processos de comercialização e canais de<br />

venda».<br />

Aproveitando a mudança acionista, e porque<br />

«hoje em dia a organização e a qualidade da informação<br />

são fulcrais num cenário de excesso de<br />

ruído informativo e de fontes», recentemente o<br />

site foi alvo de um intervenção mais profunda<br />

para «facilitar e tornar mais intuitiva a navegação<br />

dos utilizadores consumidores de produtos<br />

de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>, quer nacionais, quer<br />

internacionais».<br />

Neste caso, o objetivo foi «dotar a plataforma<br />

online de uma vantagem estratégica na captação<br />

e atração de um maior número de consumidores,<br />

posicionando-o como o meio de eleição<br />

de pesqueisa de produtos neste mercado e uma<br />

ferramenta essencial no apoio ao processo de comercialização<br />

do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> português»,<br />

explica Francisco Virgolino.


Criada em março, a APR dá voz a 26 promotores de <strong>resorts</strong><br />

Promotores unem-se na<br />

Associação Portuguesa de<br />

Resorts para fortalecer o sector<br />

A Associação Portuguesa de Resorts (APR) nasceu em março e já traçou a sua<br />

missão: dinamizar e impulsionar o crescimento e o peso deste mercado na<br />

economia nacional. São já 26 os <strong>resorts</strong> que se associaram neste organismo que<br />

se constituiu como um interlocutor forte e reconhecido junto das autoridades.<br />

Presidida por Diogo Gaspar Ferreira, a APR vem<br />

dar voz, em uníssono, às principais reivindicações<br />

do sector. Até porque permite «criar uma<br />

união de esforços num sector que tem muitas<br />

particularidades e em que nunca houve propriamente<br />

uma estratégia de promoção organizada<br />

e especialmente pensada e direcionada para este<br />

subsector do <strong>turismo</strong>», realçou o Presidente.<br />

O que se pretende «é a partilha de informações<br />

entre os membros, mas acima de tudo uma forma<br />

de conseguirmos convencer o Turismo de<br />

Portugal a promover um dos produtos que está<br />

identificado há já alguns anos no PENT, como<br />

um dos dez produtos prioritários, que é o Turismo<br />

Residencial».<br />

combater a concorrência<br />

com outros destinos<br />

«O que estamos aqui a tentar fazer é unir-nos<br />

para tentar combater a concorrência, que não<br />

é entre <strong>resorts</strong> em Portugal, mas sim entre diferentes<br />

destinos turísticos», disse Diogo Gaspar<br />

Ferreira. E, nesta fase do mercado, Espanha,<br />

França e Itália são os principais concorrentes a<br />

ter em consideração.<br />

Convictos que Portugal tem margem para ganhar<br />

quota de mercado e crescer enquanto<br />

destino de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> da Europa, os<br />

promotores que integram a associação estão<br />

plenamente empenhados em apostar forte na<br />

promoção externa do produto e do destino.<br />

Mas isso terá de ser feito de forma muito bem<br />

consertada e em moldes diferentes do passado,<br />

como explica o Presidente da APR.<br />

«Até agora a promoção do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />

português lá fora tem acontecido de forma mui-<br />

Diogo Gaspar Ferreira, Presidente da<br />

Associação Portuguesa de <strong>resorts</strong><br />

to fraturada, de forma isolada, em períodos limitados<br />

de tempo e sempre pela iniciativa das<br />

próprias entidades e empresas que desenvolvem<br />

e vendem o empreendimento. O grande objetivo<br />

desta associação é exatamente o de alterar isto,<br />

e juntar todos os <strong>resorts</strong> com projetos de qualidade<br />

aos que já existem, de maneira a promover<br />

de forma mais forte o destino Portugal», disse.<br />

«Obviamente que depois faz mais sentido que<br />

este trabalho seja complementado e fortalecido<br />

com o desenvolvimento de outras campanhas a<br />

nível regional».<br />

Além da ação virada para o exterior, a Associação<br />

tem também muito trabalho a desenvolver internamente,<br />

onde «importa sensibilizar as pessoas<br />

que o <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> é de facto um dos<br />

poucos clusters que Portugal já dispõe e onde<br />

pode crescer e ser mais competitivo, até porque<br />

é um produto made in Portugal que não se pode<br />

deslocalizar para outros países».<br />

Criar mecanismos<br />

para atrair mais<br />

compradores<br />

Todos os players deverão estar totalmente<br />

envolvidos nesta estratégia de<br />

atratibilidade. E, na ótica do presidente<br />

da APR, o Estado deve ter um papel ativo<br />

na campanha de promoção internacional<br />

(Turismo de Portugal e Turismos<br />

Regionais), na criação de vantagens<br />

fiscais para estrangeiros e no envolvimento<br />

das Embaixadas neste esforço.<br />

Já no caso da Banca, que quer reduzir<br />

o passivo de promotores, caber-lhe-á financiar<br />

os compradores estrangeiros e<br />

promotores credíveis; colocar as redes<br />

internacionais a ajudarem na promoção<br />

e participar em reuniões internacionais,<br />

para credibilizarem os projetos.<br />

Por fim, aos promotores que querem<br />

«salvar as suas empresas e postos de<br />

trabalho, libertar o stock e concretizar<br />

projetos que têm em standby», as prioridades<br />

deverão ser: elaborar planos de<br />

negócio exequíveis, com preços e ritmos<br />

de venda realistas; o sector tem de<br />

estar unido numa estratégia comum de<br />

divulgação internacional; atrair talento<br />

para o sector, profissionalizar e formar,<br />

especialmente a nível estratégico, equipas<br />

de marketing e vendas, e, por fim,<br />

reforçar capitais próprios.<br />

43


DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />

Objetivo é colocar o mercado nacional no radar de noruegueses e suecos<br />

Bolig i Portugal nasce<br />

para impulsionar vendas<br />

na Escandinávia<br />

Criada «com o intuito de impulsionar as vendas de imobiliário turístico nos<br />

países escandinavos», a Bolig i Portugal é uma iniciativa do BES, «que identificou<br />

uma clara oportunidade de negócio» naqueles mercados, explica o responsável<br />

do projeto, Jorge Botelho Moniz.<br />

Salientando que «o ponto de partida com que nos defrontámos foi a ausência<br />

de esforço promocional de Portugal na Suécia e na Noruega», o responsável<br />

do BES por este projeto garante que «neste contexto, sabemos<br />

que temos um longo caminho a percorrer para colmatar este défice de imagem<br />

e colocar Portugal no radar do Turismo Residencial dos Noruegueses e<br />

Suecos».<br />

Apresentado formalmente na Escandinávia no final do passado mês de<br />

fevereiro, e embora ainda seja «cedo para avaliar resultados, tanto mais<br />

que esta parceria tem um horizonte temporal mínimo de dois anos», Jorge<br />

Botelho Moniz garante que «os primeiros resultados são animadores, com<br />

mais de 200 leads gerados e 12 inspections trips organizados».<br />

Portugal pode ter uma quota natural de 3 a 4%<br />

nos mercados escandinavos<br />

De acordo com um estudo recente da Bolig i Utlandet, anualmente a<br />

Noruega e a Suécia representam cerca de 25.000 unidades comercializadas<br />

de Turismo Residencial. «Portugal apresenta uma quota de mercado<br />

manifestamente baixa nestes mercados», realça aquele responsável, com<br />

apenas 0,5% do total das vendas de imobiliário estrangeiro (incluindo<br />

revendas entre escandinavos), o que compara com 25% de Espanha, ou<br />

até 2% da Croácia.<br />

44<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

Neste cenário, «Portugal é claramente um underperformer em relação à sua<br />

quota natural, a qual rondará em nossa opinião 3-4%». Além de que «existe<br />

claramente potencial para, pelo menos, quadruplicar as vendas a curto prazo,<br />

fazendo o matching entre determinados segmentos da procura escandinava<br />

e a nossa oferta», defende o responsável.<br />

Sendo inegável que «a crise financeira Portuguesa, ampliada pela enorme<br />

mediatização de que tem sido alvo, afeta muito negativamente a perceção<br />

de Portugal no exterior e, consequentemente, a sua atratividade<br />

enquanto destino de aquisição de imobiliário», contudo «existem fatores<br />

competitivos naturais que obviamente se mantêm como muito positivos».<br />

Por isso, considera Jorge Botelho Moniz, «o grande desafio que se coloca a<br />

Portugal é dissociar-se do discount market espanhol». Até porque «Espanha<br />

e Portugal registaram comportamentos de preços totalmente diferentes na<br />

última década. No entanto, o buyer estrangeiro (incluindo o escandinavo) espera<br />

obter descontos em Portugal na mesma ordem de grandeza. Este é um esforço<br />

pedagógico de diferenciação entre os dois mercados que importa prosseguir…».<br />

Leia esta entrevista na íntegra em exclusivo<br />

na edição online da <strong>Vida</strong> imobiliária<br />

Stock português ainda tem pouca visibilidade na Escandinávia<br />

Tipicamente, «um dos problemas que afeta<br />

Portugal na Escandinávia é a inexistência de<br />

agentes locais interessados em representar e promover<br />

empreendimentos portugueses de forma<br />

isolada, dada a fraca visibilidade dos produtos<br />

nacionais face ao stock oferecido por outros destinos»,<br />

considera o responsável.<br />

Daí a parceria com a Bolig i Utlandet, que «permitiu<br />

ultrapassar esta situação, tirando partido<br />

do network do grupo Bolig e utilizando a sua<br />

estrutura comercial (com um sales executive<br />

exclusivamente alocado a este projeto) – sem<br />

concorrência in house de outros destinos. Assim<br />

nasceu um spin-off especializado deste grupo, a<br />

Bolig i Portugal, que gere localmente o projeto no<br />

quotidiano».<br />

Por isso, «era fundamental constituir um pool de<br />

oito empreendimentos ajustados à procura dos<br />

mercados escandinavos – apresentando uma<br />

oferta de qualidade em vários subsegmentos».<br />

São estes o Pinheirinho – a Hyatt Golf and Beach<br />

Resort, o Pine Cliffs Resort, The Residences<br />

at Victoria Clube de Golfe, o Palheiro Estate,<br />

Village Marina de Olhão, Cascade Wellness &<br />

Lifestyle Resort, L’And Vineyards e a Comporta.<br />

A seleção dos empreendimentos «esteve a<br />

cargo dos nossos parceiros na Noruega e Suécia,<br />

e obedeceu a um critério muito simples: o potencial<br />

de vendas face às especificidades da procura<br />

escandinava».


Mais um passo na alavancagem de Tróia<br />

como destino de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />

Pestana Troia Eco-Resort<br />

& Residences já está no terreno<br />

Foi dado mais um passo decisivo para a alavancagem de Tróia como destino de<br />

<strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> de excelência em Portugal: o início da construção do Pestana<br />

Troia Eco-Resort & Residences, que arrancou nos últimos dias de maio.<br />

O lançamento da primeira pedra daquele que<br />

será o primeiro Eco-Resort de cinco estrelas da<br />

Península de Troia aconteceu no dia 30 de maio,<br />

na presença de Dionísio Pestana, Presidente<br />

do Grupo Pestana, Bernardo Trindade, o então<br />

Secretário de Estado do Turismo, e Carlos Beato,<br />

Presidente da Câmara Municipal de Grândola.<br />

«Este dia marca uma nova fase neste projeto que<br />

começou com um sonho há cerca de 10 anos<br />

atrás. Hoje, passados muitos obstáculos e alguns<br />

desafios, lançamos a primeira pedra desta realidade<br />

de potencial único que se chama Pestana<br />

Troia Eco-Resort», disse Dionísio Pestana.<br />

Conscientes que «esta área de atividade é comparável<br />

a uma maratona, pois nem sempre quem<br />

sai primeiro terá de ser necessariamente quem<br />

chega primeiro à final. É preciso uma visão de<br />

longo prazo e perceber o que o mercado quer»,<br />

realçou José Roquette, administrador do grupo<br />

Pestana, acrescentando que este «é o segredo<br />

do sucesso do negócio».<br />

Englobando todas as fases, incluindo terreno,<br />

infraestruturas, dois aldeamentos turísticos e<br />

um aparthotel, o investimento excede os 90 milhões<br />

de euros. Recentemente, o Grupo Pestana<br />

passou a controlar a totalidade do capital deste<br />

projeto, tendo adquirido os 20% que pertenciam<br />

ao Grupo Sonae.<br />

Sustentabilidade é a âncora<br />

diferenciadora<br />

Com um masterplan diferenciador, o Pestana<br />

Troia Eco-Resort & Residences elege a sustentabilidade<br />

e a localização, num terreno de 100<br />

hectares com uma frente de 2 quilómetros de<br />

praia virgem, como âncoras diferenciadoras. O<br />

masterplan define que toda a construção será<br />

de baixa densidade e em perfeita harmonia<br />

com a envolvente natural.<br />

«Não há já muitos spots no país que reúnam estas<br />

mesmas condições e que permita a escala<br />

de desenvolvimento que o Grupo Pestana aqui<br />

beneficia», salientou José Roquette. No total<br />

«serão 50.000 m² de área de construção e mais de<br />

50 hectares de área alocada a reserva ecológica.<br />

E, se inicialmente isto foi um handicap, hoje não<br />

temos dúvidas que é uma das grandes mais valias<br />

do projeto», conclui aquele responsável.<br />

A primeira (de três) fase de desenvolvimento<br />

inclui zona imobiliária - 35 moradias geminadas<br />

e 28 lotes de terreno para moradias exclusivas,<br />

com término da construção prevista para o verão<br />

de 2012 - hoteleira, zona comercial e zonas<br />

de lazer. No final, a oferta será composta por 82<br />

lotes com áreas entre 1000 e 2500 m2 com ca-<br />

pacidade construtiva de 200 a 300 m2, 34 apartamentos,<br />

43 moradias geminadas e Aparthotel<br />

com 150 quartos.<br />

Na componente imobiliária e hoteleira, o projeto<br />

deverá ter a assinatura de ateliês de arquitetura<br />

de renome, tais como, João de Almeida<br />

& Pedro Ferreira Pinto, Open Book, Rui Pinto<br />

Gonçalves, RRCRS Arquitetos, Miguel Passos de<br />

Almeida, Gonçalo Salazar de Sousa Arquitetos,<br />

Modular Systems e Promontório Architecture.<br />

A CB Richard Ellis (CBRE) é a empresa responsável<br />

pela comercialização do Pestana Troia<br />

Eco-Resort & Residences. Nesta fase «estão já<br />

reservadas 80% das townhouses, um resultado<br />

que nos satisfaz imenso», revelou José Roquette,<br />

«sobretudo nesta fase que o país vive».<br />

45


DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />

Construção do projeto da Inland avança no terreno<br />

Westin de regresso a Portugal<br />

no Verdelago Resort<br />

A Westin, chancela de luxo do grupo Starwood Hotels, está de regresso a<br />

Portugal, e prepara-se para abrir o primeiro hotel da marca no Algarve no<br />

primeiro trimestre de 2013. A cadeia norte-americana fechou o acordo com a<br />

Inland para explorar o hotel do Verdelago Resort, que o grupo português já tem<br />

em construção na zona de Altura.<br />

Com inauguração prevista para 2014, o The<br />

Westin Verdelago Resort comprova que as<br />

grandes cadeias e investidores internacionais<br />

continuam a acreditar na qualidade e potencialidade<br />

de Portugal enquanto destino turístico.<br />

Recorde-se que entre 2007 e 2009 a Westin<br />

estreou-se em Portugal, operando no resort do<br />

Campo Real, tendo entretanto abandonado<br />

este projeto, mas reiterando a intenção de voltar<br />

ao mercado português.<br />

Na zona de Altura, no Sotavento Algarvio, prosseguem<br />

a bom ritmo as obras do Verdelago<br />

Resort, que arrancaram ainda em 2010. O objetivo<br />

é que a primeira fase possa estar concluída<br />

no final de 2012, «com todos os elementos<br />

em funcionamento», até porque assim obriga o<br />

compromisso que o grupo português firmou<br />

com a multinacional norte-americana.<br />

Uma única fase de obras<br />

Contrariamente ao que é comum neste tipo de<br />

projetos e desta dimensão, o Verdelago Resort<br />

não será desenvolvido faseadamente. «O que<br />

está previsto é fazer tudo de uma vez», explicou<br />

46<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

o administrador da Inland, Tiago Vieira, em declarações<br />

a alguma imprensa.<br />

A sua oferta será composta pelo hotel Westin, com<br />

197 quartos de cinco estrelas, um centro de congressos<br />

e um total de 340 unidades imobiliárias,<br />

entre apartamentos e moradias. Realçando que<br />

«isto é um projeto turístico», o responsável da Inland<br />

disse que «por isso, mesmo que não se vendam as<br />

casas, há sempre a possibilidade de gerar rendimen-<br />

Custos da morosidade burocrática têm de se refletir no preço final<br />

Este ano celebra-se o 10º aniversário da compra do projeto Verdelago<br />

pela Inland, em 2011, que, à semelhança de outros players, lamenta a<br />

morosidade burocrática e dos processos de licenciamento a que estão<br />

sujeitos os promotores neste sector. Um facto que tem consequências<br />

pesadas e que tem de se refletir no preço final do produto.<br />

to, colocando-as para exploração hoteleira. No limite,<br />

se quiséssemos, não vendíamos nenhuma casa».<br />

Classificado projeto de Potencial Interesse<br />

Nacional (PIN), o resort da Inland representa um<br />

investimento na ordem dos 259 milhões de euros.<br />

E, numa fase em que o crédito bancário é<br />

ministrado a conta-gotas, este não parece ser um<br />

entrave para a Inland que, garante Tiago Vieira, já<br />

havia fechado este processo no final de 2008.<br />

«Quando o comprámos, tínhamos a expetativa de, em três anos arrancar<br />

com a construção», começou por dizer. «Entretanto passaram nove,<br />

logo temos mais seis anos de encargos de que não estávamos à espera.<br />

Este custo terá de se repercutir em alguém e normalmente é no comprador<br />

final», realçou o responsável.


Primeiro Wine Resort no Alentejo abriu a 30 de abril<br />

Sousa Cunhal Turismo já<br />

inaugurou o L’AND Vineyards<br />

Desde o passado dia 30 de abril que já está em funcionamento a primeira fase<br />

do L’AND Vineyards, o primeiro resort desenvolvido pela Sousa Cunhal Turismo<br />

e que marca uma viragem no processo de qualificação da oferta turística do<br />

Alentejo, apresentando o primeiro wine resort da região.<br />

Apresentando um conceito inovador de experiência<br />

rural, o L’AND Vineyards Resorts desenvolve-se<br />

na Herdade das Valadas, concelho de<br />

Montemor-o-Novo. O empreendimento, que<br />

pretende qualificar o <strong>turismo</strong> no Alentejo, tem<br />

já a funcionar um novo hotel de cinco estrelas,<br />

com a chancela Small Luxury Hotels of the<br />

World e 22 quartos. O resort engloba também<br />

um empreendimento <strong>residencial</strong> que totalizará<br />

145 habitações e um wine club.<br />

A âncora vínica é o grande ponto diferenciador<br />

aqui. E a escolha surgiu porque «fazia sentido<br />

criar um conceito de desenvolvimento turístico<br />

que não fosse ancorado nas valências tradicionais,<br />

como o golfe ou a praia, ligando-o à identidade<br />

da região», começou por explicar José<br />

Cunhal Sendim, diretor executivo da Sousa<br />

Cunhal Turismo.<br />

No total foram investidos 44 milhões de euros<br />

neste projeto em que a componente imobiliária<br />

é «baseada num conceito inovador em que<br />

cada proprietário terá a oportunidade de usufruir<br />

de uma zona individual de vinha, podendo<br />

produzir o seu vinho de forma personalizada»,<br />

explicou. Os hóspedes do hotel também vão<br />

poder desfrutar da experiência vínica e «perceber<br />

como se produz, conhecer as várias castas, a<br />

cultura da vinha e participar em provas de vinho<br />

e cursos de enologia», disse à Lusa o mesmo<br />

responsável.<br />

50 % das casas da primeira fase<br />

já foram vendidas<br />

Além do hotel esta primeira fase engloba a<br />

construção de 75 casas, algumas das quais<br />

já estão concluídas e as restantes em fase de<br />

construção. Estas unidades podem atingir preços<br />

até aos 790.000 euros, sendo que «já foram<br />

vendidas cerca de 50% das unidades desta fase»,<br />

revelou José Cunhal Sendim.<br />

O responsável lembrou que «lançámos o projeto<br />

em julho de 2008, antes da crise, e conseguimos<br />

vender ainda em planta oito unidades, mas depois<br />

as vendas pararam e só voltamos a vender<br />

no final de 2009 e 2010», frisando que atualmente<br />

na ótica do comprador o risco do empreendimento<br />

«é muito reduzido», pois já está<br />

«consolidado».<br />

Ao passo que o hotel está mais virado para<br />

um mercado internacional, «mais exclusivo e<br />

L’And Reserve é a próxima aposta<br />

Dando mais um passo para atingir o objetivo<br />

de implementar a marca L’AND «como uma<br />

referência no mercado de <strong>resorts</strong> em Portugal»,<br />

como realçou à imprensa a diretora de marketing<br />

e vendas, Marlene Tavares, a Sousa Cunhal<br />

Turismo já deu a conhecer aquela que será a<br />

próxima aposta nesta área: o L’AND Reserve.<br />

O novo e futuro projeto irá nascer na<br />

Herdade do Mercador, na zona do Alqueva,<br />

que valoriza o produto», a componente habitacional<br />

tem sido «vendida, essencialmente, a<br />

portugueses».<br />

De acordo com o diretor executivo da Sousa<br />

Cunhal Turismo, «o hotel é bastante exclusivo<br />

só com 22 suítes e que tem também um conceito<br />

muito diferenciado, não ostensivo, baseado na excelência<br />

do serviço e na qualidade dos materiais.<br />

Associado a isto temos as residências que foram<br />

vendidas, mas que têm o serviço do hotel».<br />

e resultará de uma parceria com a cadeia<br />

asiática Banyan Tree, que explorará a componente<br />

hoteleira. Este será «um produto<br />

que é diferenciado, quer em termos de marca,<br />

quer em termos de fatores de diferenciação,<br />

desde a arquitetura, a parte do vinho e da<br />

vinha, a sustentabilidade ambiental e temos<br />

uma cadeia muito forte», acrescentou José<br />

Cunhal Sendim.<br />

47


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e um vizinho pacato.<br />

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DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />

Hotel e primeiras unidades imobiliárias já abriram<br />

Cascade Resort reforça oferta<br />

de cinco estrelas em Lagos<br />

O hotel e as primeiras unidades residenciais do Cascade Resort já recebem<br />

turistas. A entrada em funcionamento da primeira fase deste resort de cinco<br />

estrelas – inaugurada a 28 de junho - representa um importante upgrade da<br />

oferta turística da zona de Lagos, no Algarve.<br />

Anfitrião da cerimónia de inauguração, o mentor<br />

deste projeto e administrador da detentora<br />

do resort, a Espaço 2200, o hoteleiro suíço Urs<br />

Wild mostrou-se visivelmente satisfeito com o<br />

resultado da sua ideia de criar, numa localização<br />

privilegiada, «uma unidade hoteleira igualmente<br />

excecional». Embora lamente a morosidade<br />

da concretização deste projeto – 12 anos<br />

– e as dificuldades burocráticas que tiveram de<br />

ser superados para que o projeto se tornasse<br />

realidade, Urs Wilde está confiante quanto ao<br />

sucesso do empreendimento, salientando «o<br />

efeito positivo» que terá na notoriedade e capacidade<br />

de atração daquele destino algarvio.<br />

Representando um investimento global de<br />

100 milhões de euros, o Cascade Resort ocupa<br />

uma localização privilegiada, em cima de uma<br />

falésia com cerca de 1,5 quilómetros de frente<br />

de mar situada entre Porto de Mós e a Ponta<br />

da Piedade. Para o empresário suíço, que se<br />

apaixonou pelo Algarve há mais de 20 anos,<br />

esta localização é um dos fatores chave para o<br />

sucesso, salientando que o barlavento algar-<br />

50<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

vio é «uma zona intocada e com um potencial<br />

natural imenso».<br />

restantes projetos do resort<br />

estão em curso<br />

Mas, e como é comum neste tipo de projetos, não<br />

obstante a inauguração destas primeiras infraestruturas,<br />

o resort ainda está longe de ficar totalmente<br />

concluído, como reconheceu o diretor de<br />

marketing, Julian Jacquenoud. «Ainda não há data<br />

para a inauguração total do resort, mas todos os projetos<br />

que contemplam o Cascade estão em curso».<br />

Conceptualmente, a arquitetura do resort é de<br />

inspiração romana, árabe e mourisca, predominando<br />

os tons terra. Uma escolha influenciada por<br />

Urs Wild, que quis desta maneira prestar uma homenagem<br />

e relembrar a importância histórica de<br />

Lagos no período dos Descobrimentos.<br />

Em regime de soft-opening desde o passado mês<br />

de abril, o hotel de cinco estrelas agora inaugurado<br />

tem 86 quartos, comercializados a um preço médio<br />

que ronda os 300 euros. A promoção do hotel<br />

tem sido feita junto de operadores internacionais,<br />

além de que, explicou Julian Jacquenoud, os responsáveis<br />

contam com «o apoio na Alemanha e em<br />

Inglaterra de duas empresas que representam o hotel<br />

e o divulgam aos operadores e entidades locais».<br />

O Cascade já conta também com 53 apartamentos<br />

T1 e T2 e quatro villas – estão previstas 12,<br />

no total, mas que serão construídas à medida da<br />

procura -que poderão ser vendidas ou alugadas<br />

numa lógica de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>. O complexo é<br />

servido por SPA com 1.200 m² e de exploração própria,<br />

ginásios, campo de golfe, campos de futebol,<br />

lojas e restaurantes.<br />

A comercialização da componente imobiliária<br />

já está em curso, colocando no mercado apartamentos<br />

disponíveis a partir de 350.000 euros e<br />

com preços que podem ir até aos 500.000 euros.<br />

No caso das moradias os valores pedidos são mais<br />

elevados, custando em média 1.200.000 euros.<br />

Fortemente dirigido ao mercado internacional, o<br />

Cascade Resort tem como objetivo atrair sobretudo<br />

turistas alemães, ingleses, espanhóis, escandinavos,<br />

suíços, franceses e russos, mas também<br />

sem descurar o mercado nacional.


Vendas arrancam com a entrada em funcionamento do golfe<br />

Golfistas já podem jogar<br />

e comprar casa no Onyria<br />

Palmares Beach & Golf Resort<br />

Desde o início deste verão que os golfistas já podem jogar no Onyria Palmares<br />

Golfe, a primeira infraestrutura âncora a entrar em funcionamento no Onyria<br />

Palmares Beach & Golf Resort. E os interessados já podem comprar a sua casa<br />

naquele resort desenvolvido pelo grupo Onyria Golf Resorts, em Lagos, pois a<br />

primeira fase de vendas arrancou entretanto.<br />

Em declarações à imprensa, José Carlos Pinto<br />

Coelho, presidente da Onyria Golf Resorts, explica<br />

que «a inauguração do Onyria Palmares<br />

Golf é o primeiro passo da concretização de um<br />

sonho que será complementado com a construção<br />

das restantes vertentes: hoteleira e <strong>residencial</strong>.<br />

Considerado de Potencial Interesse Nacional,<br />

este projeto é sem dúvida, um importante contributo<br />

para a região algarvia, que conta com um<br />

campo de golfe exclusivo de 27 buracos».<br />

Nesta primeira fase de vendas imobiliárias foram<br />

colocados no mercado 15 lotes com áreas<br />

médias de 3.500 m² e uma capacidade construtiva<br />

de 340 a 500 m². E de acordo com a Onyria<br />

«as vistas únicas para a Baía de Lagos, Ria de<br />

Alvor, a proximidade da praia, bem como a integração<br />

no campo de golfe assumem os principais<br />

argumentos de venda».<br />

Inaugurado a 11 e 12 de junho de 2011, com a<br />

realização de dois torneios de shot gun, o projeto<br />

do Onyria Palmares Golfe arrancou em janeiro<br />

de 2009. Com 27 buracos, o campo concebido<br />

pelo arquiteto Robert Trent Jones Jr representou<br />

um investimento de 10 milhões de euros.<br />

Hotel ficará concluído<br />

no verão de 2013<br />

O Onyria Palmares Beach & Golf Resort é um<br />

resort integrado em pleno desenvolvimento e<br />

cujo projeto, além da componente imobiliária,<br />

golfe e das infraestruturas de lazer, inclui ainda<br />

um hotel de cinco estrelas com 172 quartos (todos<br />

vista mar), salas de reunião, spa, restaurantes<br />

e piscinas.<br />

A construção deste último deverá arrancar até<br />

ao final deste ano, estando a sua conclusão prevista<br />

para o verão de 2013. O projeto de arquitetura<br />

é da autoria de Juan Morro.<br />

O investimento global de 300 milhões de euros<br />

a aplicar neste projeto contempla o desenvolvimento<br />

da componente de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />

que, no conjunto, dará origem a 463 unidades.<br />

É o caso das Onyria Palmares Beach Villas, um<br />

conjunto de 16 serviced twin-villas com 145 m²<br />

cada, em formato duplex, que o grupo vai construir<br />

junto ao hotel.<br />

Frederico Valsassina, Duarte Nuno Simões e<br />

João Silva Garcia são os arquitetos selecionados<br />

pela Onyria para desenvolverem os projetos na<br />

componente <strong>residencial</strong>.<br />

Beneficiando de paisagem para o mar ou ria,<br />

o resort desenvolve-se num terreno com uma<br />

área de cerca de 200 hectares e está projetado<br />

para uma baixa densidade de construção, que<br />

não deverá exceder os 5,5%.<br />

51


DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />

20 anos depois, a chancela de luxo regressa ao mercado português<br />

Intercontinental das<br />

Cardosas já atrai turistas<br />

para o centro do Porto<br />

Vinte anos após a saída da marca de Lisboa, o luxo da Intercontinental está de<br />

regresso a Portugal, desta vez à Invicta. O hotel Intercontinental Porto – Palácio<br />

das Cardosas entrou em soft-opening a 7 de junho, constituindo um passo<br />

fundamental na requalificação do casco histórico do Porto, mas também um<br />

upgrade decisivo na oferta hoteleira nacional.<br />

Fruto de um investimento português, a cargo<br />

da Solitaire Hotels que assinou um contrato<br />

de gestão com a IHG – InterContinental Hotels<br />

Group – por 20 anos, a nova unidade hoteleira<br />

está instalada no Palácio das Cardosas, em<br />

plena Avenida dos Aliados, ocupando uma<br />

área de 11.000 m² naquele quarteirão. Entre a<br />

compra do Palácio, a sua remodelação e todo<br />

o equipamento, foram aqui aplicados 30 milhões<br />

de euros.<br />

«Este projeto foi criado para enriquecer o <strong>turismo</strong><br />

da cidade», afirma Pilar Monzon, a diretora<br />

do hotel e a cara da marca de luxo em<br />

Portugal. Constituindo uma «âncora na reabilitação<br />

do centro histórico do Porto, todo o projeto<br />

foi muito discutido entre a Solitaire, a IHG e<br />

a Porto Vivo, SRU», até porque o objetivo era<br />

«criar uma unidade hoteleira de luxo, com standard<br />

de qualidade internacional mas que mantivesse<br />

um espírito português», um objetivo que<br />

considera ter sido atingido.<br />

trazer mais visitantes<br />

internacionais para a região<br />

Embora o mercado nacional também faça parte<br />

das projeções da Intercontinental para o Porto,<br />

esta unidade também está fortemente direcionada<br />

para os viajantes internacionais. «Nesta<br />

fase inicial contamos com os mercados naturais<br />

da cidade, que são a Espanha, Inglaterra, França,<br />

Alemanha e Brasil».<br />

A crise que arrasa a economia portuguesa não<br />

foi razão para adiar a abertura do hotel, mas<br />

«obviamente que é muito mais desafiante iniciar<br />

uma operação neste entorno económico e dirigir<br />

52<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

o negócio ao mercado português é muito mais<br />

difícil nesta fase. Não mudámos os nossos prazos<br />

e os compromissos com os investidores e a<br />

cidade, adaptámos sim as nossas projeções de<br />

negócio. E, por isso, estamos preparados para<br />

reforçar o trabalho da equipa comercial em mercados<br />

alternativos, como os EUA ou a Suíça, de<br />

forma a compensar algum decréscimo nos mercados<br />

locais».<br />

Em todo o caso, «entrámos no mercado com<br />

discrição e não esperamos resultados impressionantes<br />

nestes dois primeiros meses de ocupação.<br />

Estimamos obter um rácio de ocupação de quartos<br />

de 17% em julho e de 35% em agosto. Em<br />

setembro ou outubro, gostaríamos de já estar a<br />

acompanhar o ritmo normal do mercado».<br />

Reconhecendo que «existe alguma pressão do<br />

mercado sobre os preços da hotelaria de cinco<br />

estrelas no Porto, à semelhança do que se verifica<br />

no resto do país», Pilar Monzon conta que «este<br />

ano gostaríamos de obter um Average Daily Rate<br />

na ordem dos 140 euros». Estrategicamente «o<br />

que vamos procurar fazer, e porque temos um<br />

produto com um conceito e localização únicos<br />

e bem distinto do dos nossos concorrentes, é<br />

diferenciar-nos também por via do preço», o que<br />

acontecerá sobretudo para os mercados internacionais.<br />

«Isso será mais difícil a nível corporativo<br />

em Portugal, até porque as empresas estão<br />

mais preocupadas e exigentes com os gastos».<br />

Leia a versão alargada deste artigo em<br />

exclusivo em www.vidaimobiliaria.com<br />

«Estamos abertos a<br />

novas oportunidades<br />

em Portugal»<br />

A expansão no mercado português faz<br />

parte dos planos do IHG, que já tem sete<br />

hotéis no nosso país e tem já confirmado<br />

um plano de desenvolvimento de<br />

mais cinco unidades das redes Holiday<br />

Inn, Holiday Inn Express e Indigo. Mas, o<br />

objetivo é continuar a crescer também<br />

na marca Intercontinental, afiançou<br />

Pilar Monzon, embora não haja ainda<br />

projetos concretos.<br />

«Faz parte dos nossos planos a abertura<br />

de mais um hotel Intercontinental<br />

em Portugal, certamente em Lisboa.<br />

Mas estamos também abertos para poder<br />

vir a desenvolver a marca de luxo<br />

Intercontinental Hotels & Resorts no<br />

Algarve, pois acreditamos que há espaço<br />

para crescer», concluiu.


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mais atractiva a oferta de uma loja para os seus clientes,<br />

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José António Rousseau<br />

Coordenador da Pós-Graduação


Eduardo Abreu<br />

Partner Neoturis<br />

54<br />

DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />

Os próximos 18 meses…<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

O mercado turístico-imobiliário atravessa um<br />

período complexo, como todos os que acumulam<br />

escassez de recursos e incerteza no futuro.<br />

Não obstante, julgamos poder dividir em três<br />

grandes áreas os drivers que devem presidir<br />

à reflexão sobre o mercado nos próximos 18<br />

meses:<br />

Promoção: sendo o Turismo Residencial (1)<br />

um produto estratégico definido por Portugal<br />

e (2) com necessidade de promoção distinta<br />

do <strong>turismo</strong> “tradicional”, importa implementar<br />

um Plano de Marketing Operacional. Este,<br />

promovido e cofinanciado pelo Turismo de<br />

Portugal, AICEP e promotores privados, tem<br />

que valorizar, em paralelo com os empreendimentos,<br />

as vantagens comparativas de<br />

Portugal como destino de aquisição de segunda<br />

habitação. Quais? o Clima, a Proximidade,<br />

a Segurança, a consolidação do Destino e o<br />

Custo de <strong>Vida</strong>. A especificidade do produto e<br />

do mercado-alvo não permite uma “diluição”<br />

na promoção global. A qualidade dos projetos<br />

fará o resto. Não há razão para que não possa<br />

ser desenhado num período de 8 semanas.<br />

enquadramento legal: a este nível devem ser<br />

nos próximos meses definidos um conjunto<br />

de incentivos ao investimento de promotores<br />

e aquisição de produto final. Ao nível de IRC,<br />

IMT e IMI, mas também ao nível da moldura<br />

fiscal atribuída a compradores de segunda<br />

residência [por exemplo em mercados extra<br />

- comunitários que queiram obter visto] um<br />

package fiscal devidamente desenhado pode<br />

fazer a diferença… ser só similar aos outros<br />

não é suficiente para fazer descolar o mercado.<br />

Não há razão para que não possa ser incluído<br />

no orçamento de Estado para 2012.<br />

Financiamento: são necessários capitais próprios<br />

adicionais; alguns existirão em Portugal<br />

– poucos – mas outros poderão ser objeto de<br />

atração através da conjunção de esforços entre<br />

AICEP e sector privado. O risco é de não<br />

avançarem a esmagadora maioria dos projetos<br />

já iniciados, perdendo-se mais uma janela<br />

de oportunidade para colocação de produto<br />

numa próxima recuperação de mercado, seja<br />

ela em 2012 ou 2013. Também a este nível<br />

importa perceber como o Governo pretende<br />

corporizar um dos objetivos do seu programa,<br />

ou seja,“ … promover junto do sistema financeiro<br />

nacional a necessidade de financiamento das<br />

empresas com taxas de juro comportáveis para<br />

o seu saudável desenvolvimento.”. É sem dúvida<br />

um sector em que o retorno pode ter um<br />

efeito multiplicador importante na economia,<br />

para além de não ser um sector por natureza<br />

importador (antes pelo contrário), onde o<br />

nível de incorporação nacional é superior à<br />

maioria das indústrias tradicionais ou de base<br />

tecnológica e a criação de emprego é elevada.<br />

Não há razão para que não possa ser definida<br />

uma estratégia que comece a ser implementada<br />

no quarto trimestre.<br />

Em relação à procura, o crescimento da economia<br />

europeia (nomeadamente do Reino Unido<br />

e Alemanha) aliada às notícias de aumento de<br />

pedidos de informação e visitas aos empreendimentos<br />

em comercialização, podem, entre<br />

outros, antecipar uma ligeira retoma. Esta, no<br />

entanto, é acompanhada de um forte poder<br />

negocial por parte dos investidores/compradores,<br />

pelo que importa também assumir margens<br />

diferentes no negócio face aos business<br />

plans de 2008.<br />

Esperam-nos 18 meses complexos, onde a<br />

incerteza é enorme, mas onde a resposta aos<br />

três eixos apresentados é condição necessária<br />

(embora possa não ser suficiente) para atravessar<br />

as dificuldades. Mãos – à – Obra!


Paula Sequeira<br />

Departamento de Estudos de Mercado<br />

O papel do <strong>turismo</strong><br />

(<strong>residencial</strong>) na<br />

economia nacional<br />

O mercado de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> em Portugal<br />

possui essencialmente dois destinos consolidados:<br />

Algarve e Oeste (em função de questões<br />

como a notoriedade, acessibilidade, proximidade<br />

da costa e oferta de golfe), os quais registaram<br />

uma forte procura dos mercados nacionais<br />

e internacionais até 2008. Nos últimos anos o<br />

litoral alentejano (eixo Troia-Comporta) tem-se<br />

igualmente tentado afirmar como destino, porém<br />

com sucesso limitado e restrito ao mercado<br />

nacional.<br />

No entanto, o Algarve continua a ser o principal<br />

destino turístico nacional e o que colhe maior<br />

reconhecimento a nível internacional. Todavia,<br />

a crise económica e financeira mundial, com<br />

impacto no mercado imobiliário desde meados<br />

de 2008, conduziu à quebra dos números de<br />

venda em praticamente todos os empreendimentos,<br />

independentemente de localizações<br />

geográficas ou posicionamentos.<br />

A aquisição de segunda habitação tornou-se assim<br />

uma decisão tendencialmente mais racional,<br />

tendo em atenção fatores como o custo de manutenção<br />

da propriedade, condomínio e impostos,<br />

bem como a rentabilidade da mesma.<br />

As repercussões deste enquadramento começam<br />

a vir a público, nomeadamente através das<br />

recentes notícias acerca do risco de insolvência<br />

de dois grupos empresariais com um histórico<br />

importante no sector do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />

nacional – o Grupo Imocom, parceiro da marca<br />

Hilton em Portugal, e o Grupo Orizon, detentor<br />

do resort Campo Real, empreendimento de cinco<br />

estrelas em Torres Vedras, que chegou a ser o<br />

único hotel com a insígnia Westin no país.<br />

É neste contexto que surge a recém criada<br />

Associação Portuguesa de Resorts (APR).<br />

Segundo a qual, embora o <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />

tenha sido reconhecido como um segmento diferenciado<br />

e esteja identificado no último Plano<br />

Estratégico Nacional do Turismo (PENT) como<br />

um dos 10 produtos chave, a promoção internacional<br />

de Portugal como destino de <strong>turismo</strong><br />

<strong>residencial</strong> foi praticamente inexistente.<br />

Entre os fundadores da APR estão cerca de 25<br />

<strong>resorts</strong> e seus investidores, designadamente<br />

Vale do Lobo, Quinta do Lago, Grupo Oceânico,<br />

Grupo Pestana, Sonae Turismo, Grupo Espírito<br />

Santo e Amorim Turismo, entre outros. O principal<br />

objetivo da APR é o de promover internacionalmente<br />

Portugal como destino de <strong>turismo</strong><br />

<strong>residencial</strong>.<br />

Esta promoção deverá assentar em fatores<br />

diferenciadores para quem adquira uma residência<br />

no país, tais como incentivos fiscais que<br />

poderão passar por reduções no IMI e IMT. O<br />

potencial comprador deverá ser europeu, privilegiando<br />

a distância do país de origem, a segurança<br />

e fatores culturais, pelo que os mercados<br />

alvo identificados são Inglaterra, Alemanha,<br />

Escandinávia, Áustria e Suíça.<br />

Adicionalmente, tem-se vindo a verificar um<br />

maior enfoque do turista na experiência e diversidade,<br />

em detrimento do destino. O turista<br />

procura experiências mais autênticas e atividades<br />

criativas no destino. Desta forma, é fundamental<br />

a construção de ofertas diferenciadoras,<br />

através de experiências marcantes e genuínas,<br />

e que sejam difíceis de replicar em mercados<br />

concorrentes.<br />

Outra característica que valoriza cada vez mais<br />

Portugal como destino turístico é a questão da<br />

segurança. Quando comparado com outros<br />

destinos emergentes e outros destinos europeus,<br />

este é um fator que sobressai na decisão<br />

do turista pelo país a visitar.<br />

Portugal tem assim identificado um veículo<br />

potencial para contrariar a atual conjuntura e<br />

fomentar a economia nacional – a atividade<br />

do <strong>turismo</strong> em geral, e em particular o <strong>turismo</strong><br />

<strong>residencial</strong>.<br />

Reforçam esta ideia os dados divulgados pelas<br />

instâncias nacionais e internacionais acerca do<br />

impacto do <strong>turismo</strong> na economia nacional.<br />

Assim, no período de janeiro a maio do ano em<br />

curso, e segundo dados publicados pelo INE, a<br />

hotelaria alojou cerca de 5 milhões de hóspedes,<br />

que originaram 13,1 milhões de dormidas,<br />

traduzindo crescimentos homólogos de 4,4% e<br />

7,1%, respetivamente. Destaca-se a contribuição<br />

dos não residentes, que tendo evidenciado<br />

um crescimento de 12%, representam 2/3 do<br />

total de dormidas.<br />

Ainda, de acordo com dados do World Travel<br />

& Tourism Council (WTTC), a indústria do<br />

Turismo terá em 2011 um impacto (direto e indireto)<br />

de 14,7% (25.700 milhões de euros) no<br />

PIB nacional, aumentando para 16,2% (32.600<br />

milhões de euros) num horizonte temporal de<br />

dez anos, ou seja, em 2021. Prevê-se ainda que<br />

a indústria do Turismo venha a contribuir (direta<br />

e indiretamente) para a criação de empregos<br />

na próxima década, passando de 18,4%<br />

(911.000 empregos) para 20,6% (1.071.000<br />

empregos) da população ativa nacional.<br />

55<br />

The World of Property


56<br />

MAIS qUE IMOBILIÁRIO<br />

Sector da Hotelaria e Turismo é estratégico para a empresa de segurança<br />

Segmentação, inovação<br />

e formação são as prioridades<br />

da Securitas<br />

O sector da hotelaria e <strong>turismo</strong> é crucial para a Securitas, que tem uma forte<br />

presença neste área. Elegendo como prioridades estratégias a segmentação,<br />

a inovação e a formação, a empresa disponibiliza um conjunto de soluções<br />

específicas para responder às solicitações neste mercado.<br />

«Acrescentar valor aos serviços», permitindo «fazer<br />

mais, com menos dinheiro» é uma das grandes<br />

mais valias dos serviços prestados pela Securitas,<br />

explicou o diretor comercial, António Freitas<br />

Sampaio. Desta forma, a otimização na vigilância<br />

especializada, cumpre-se através do processo<br />

de segmentação do mercado, com a empresa a<br />

capitalizar o seu know-how para mais facilmente<br />

satisfazer as reais necessidades dos seus clientes.<br />

Por isso, atualmente, em Portugal a marca<br />

internacional de segurança privada disponibiliza<br />

soluções específicas para cada um dos<br />

segmentos como a Banca e Seguros, Indústria,<br />

Segurança Marítima e Logística, Administração<br />

Pública, Retail, Saúde, Educação e Serviços,<br />

Energia, Hotelaria e Turismo, Multinacionais e<br />

Transportes Públicos.<br />

Segurança em <strong>resorts</strong><br />

Em Portugal, a Securitas tem vindo a desenvolver<br />

o seu know-how na segurança e vigilância<br />

de <strong>resorts</strong>. Trata-se de uma área de mercado<br />

muito específica, e onde a estratégia de segurança<br />

tem vindo a acompanhar a evolução dos<br />

tempos e dos projetos, como explica António<br />

Freitas Sampaio.<br />

«Há 20 anos uma vigilância de um resort baseava-se<br />

na vigilância humana e hoje em dia já não<br />

é assim. Os equipamentos evoluíram e consegue-<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

António Freitas Sampaio,<br />

diretor comercial da Securitas<br />

-se um bom equilíbrio entre a vigilância humana<br />

e os equipamentos», acrescenta o diretor<br />

comercial. De facto, considera, este é um dos<br />

segmentos de negócio onde, além da inovação<br />

dos equipamentos técnicos, a aposta na formação<br />

dos vigilantes assume um papel crucial.<br />

A Securitas admite os seus vigilantes em função<br />

do segmento que se dirige. E o processo<br />

de formação ministrado pela empresa tem em<br />

conta o segmento de mercado a que se dirige,<br />

ao selecionar os candidatos com as características<br />

mais adequadas a cada função. O objetivo<br />

é garantir que os níveis de aptidão profissional<br />

dos colaboradores correspondam aos padrões<br />

de desempenho e competência exigidos.<br />

JULHO 2011<br />

«Além da formação técnica, de primeira intervenção<br />

e primeiros socorros, um vigilante para o segmento<br />

de <strong>turismo</strong> também tem de ter outros requisitos<br />

como boa apresentação e o conhecimento<br />

de línguas», realça António Freitas Sampaio. A<br />

estas características acresce a prevenção e a visibilidade<br />

no interior do empreendimento, de<br />

forma a transmitir «uma imagem de segurança e<br />

conforto», não esquecendo que um vigilante representa<br />

sempre duas empresas: a Securitas e a<br />

empresa que contrata o serviço.<br />

Leque de serviços abrangentes<br />

para hotelaria e <strong>turismo</strong><br />

Para o sector da hotelaria e <strong>turismo</strong>, a Securitas<br />

oferece um pacote de serviços muito direcionado<br />

que vão desde a vigilância especializada, vigilância<br />

mobile e com caninos, serviço de intervenção,<br />

proteção contra incêndio, consultoria<br />

de segurança e segurança integrada, até ao controlo<br />

através de uma central de monotorização.<br />

Presente em todo o território nacional, a Securitas<br />

procura novas oportunidades, tanto no sector público<br />

como no privado, no que respeita ao mercado<br />

em expansão dos serviços de segurança. «Ao<br />

focarmos a nossa atenção nas tendências e forças<br />

que moldam o mercado, a Securitas está bem posicionada<br />

para prosseguir como líder do sector da<br />

segurança privada», conclui o responsável.


Pilates<br />

As férias são uns dias mas<br />

o seu corpo é para<br />

toda a vida<br />

Ficar em forma é como reservar as suas férias: o melhor é não deixar<br />

para a última hora. Assim este Verão um dos seus destinos de férias<br />

tem de ser num dos 19 Holmes Place em Portugal.<br />

Piscina<br />

holmesplace.pt


Edifício libErtas Edifício 5 dE<br />

Edifício<br />

Edifício foNtEs<br />

outubro, 202<br />

Mar VErMElho<br />

PErEira dE MElo, 14<br />

Zona 1: Eixo da aV. da<br />

liBErdadE à Praça do<br />

Saldanha<br />

o Edifício libertas situa-se na mais<br />

prestigiada avenida de lisboa. com<br />

fachada datada de 1890 mantém o<br />

elevado cachet, sem sacrificar o conforto<br />

moderno e a segurança.<br />

É constituído por 6 pisos acima do<br />

solo, sendo um destino de eleição<br />

para sedes de empresas nacionais e<br />

internacionais.<br />

Zona prime da cidade, no principal<br />

corredor de escritórios de lisboa.<br />

Será o primeiro edifício de escritórios<br />

da Avenida com eficiência energética<br />

“a”, e o primeiro em lisboa no caso<br />

de uma reconstrução.<br />

maiS SErViçoS: o edifício libertas<br />

contará com um centro de escritórios<br />

Liberoffice no primeiro andar, possibilitando<br />

aos inquilinos beneficiar<br />

de serviços “à la carte” sem que isto<br />

encareça os custos de condomínio.<br />

acESSiBilidadES: a excelente<br />

localização permite o acesso às<br />

principais vias de comunicação e de<br />

transportes públicos, possibilitando<br />

uma fácil deslocação na cidade de<br />

lisboa. Proximidade a parque de estacionamento<br />

público.<br />

Áreas disponíveis: de 209 m² a 970 m²<br />

Pisos disponíveis: 1 a 6<br />

data disponibilidade: imediata<br />

Preço arrendamento desde: 21 €/m²<br />

The World of Property<br />

tel. 21 313 9000<br />

portugal@aguirrenewman.com<br />

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encontre o seu novo escritório<br />

Zona 2: Eixo da Praça do<br />

Saldanha a EntrEcamPoS<br />

E amorEiraS<br />

Este edifício está localizado numa<br />

das principais zonas de escritórios<br />

da cidade.<br />

Em 2010, o imóvel foi alvo de uma<br />

remodelação de forma a oferecer<br />

condições modernas e eficientes de<br />

funcionamento.<br />

o imóvel é composto por 9 pisos<br />

acima do solo. os primeiros 8 são<br />

destinados a escritórios, com uma<br />

área bruta de cerca de 221m². o 9º<br />

piso tem 137m² de área bruta e um<br />

terraço com 84 m². Possui ainda 3<br />

caves de estacionamento.<br />

caracterização da zona envolvente<br />

(a menos de 500 metros):<br />

• Banco;<br />

• centro comercial;<br />

• Estação de metro;<br />

• Paragem de autocarro;<br />

• cinema;<br />

• Farmácia.<br />

Áreas disponíveis: de 137 m² a 221 m²<br />

data disponibilidade: imediata<br />

Pisos disponíveis: 1º ao 9º<br />

Preço arrendamento desde: 14 €/m²<br />

tel. 211 570 000<br />

bprime@bprime.pt<br />

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ParquE das NaçõEs<br />

Zona 5: rEcinto do ParquE<br />

daS naçõES<br />

o edifício mar Vermelho (av. d. João<br />

ii), possui grande visibilidade de fachada<br />

e uma forte imagem corporativa.<br />

caracterizado essencialmente pela<br />

oferta que dispõe em termos de serviços,<br />

comércio e restauração, o Parque<br />

das nações é servido por excelentes<br />

acessibilidades, devido não só a proximidade<br />

à Gare do oriente (que disponibiliza<br />

transportes públicos de metropolitano,<br />

autocarro e comboio), mas<br />

também aos principais eixos viários da<br />

cidade, tais como a a1 (norte), o ic17<br />

e a Ponte Vasco da Gama (Sul).<br />

o edifício apresenta uma área bruta<br />

de construção de aproximadamente<br />

7.000 m 2 divididos em 9 pisos acima<br />

do solo e 176 lugares de estacionamento<br />

privativos em 3 pisos de cave.<br />

Em termos de serviços e infra-estruturas,<br />

o edifício tem vigilância 24h/24h,<br />

estando os escritórios equipados com<br />

sistema de ar condicionado a 4 tubos,<br />

detecção de incêndios, piso técnico<br />

sobre elevado, tectos falsos com iluminação<br />

embutida, instalações sanitárias<br />

privativas e copa.<br />

Áreas disponíveis: de 356 m² a 3.773 m²<br />

data disponibilidade: imediata<br />

Pisos disponíveis: 1º, 2º, 3º, 7º e 8º Piso<br />

Preço arrendamento desde: 16 €/m²<br />

tel. 213 114 400<br />

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www.cbre.pt<br />

mais de 100.000 m 2 de escritórios disponíveis on line!<br />

Edifício foNtEs PErEira dE<br />

MElo, 14 (sEMaPa)<br />

Zona 1: Eixo da aVEnida da<br />

liBErdadE à Praça do Saldanha<br />

localizado na principal e mais prestigiada<br />

artéria de escritórios da capital, o<br />

eixo – avenida da liberdade, Saldanha,<br />

o edifício da Fontes Pereira de melo disponibiliza<br />

cerca de 2.000 m² de áreas de<br />

escritórios para arrendamento, nos pisos<br />

4, 5 e 6 , com áreas por piso em torno<br />

dos 600 m² e com ligação interna.<br />

o edifício foi recentemente alvo de uma<br />

remodelação, nomeadamente na zona<br />

da entrada, que agora se destaca no<br />

conjunto da Fontes Pereira de melo, e na<br />

configuração da iluminação exterior, que<br />

será ainda objecto de melhorias complementares<br />

o objectivo é conferir ainda<br />

maior nobreza e modernidade ao edifício,<br />

configurando-o como um “corporate<br />

building” de grande qualidade, cujos<br />

espaços foram claramente valorizados<br />

com estas intervenções.<br />

Áreas disponíveis: de 628 m² a 1.890 m²<br />

data disponibilidade: imediata<br />

Preço arrendamento desde: 14 €/m²<br />

tel. 217 999 960<br />

pedro.salemagarcao@worx.pt<br />

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tel. 213 583 222<br />

monica.almeida@eu.jll.com<br />

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Edificio d. João ii<br />

Edificio d. João ii<br />

Zona 5: rEcinto do ParquE<br />

daS naçõES<br />

Edifício localizado na zona central<br />

do Parque das nações. os espaços<br />

de escritórios estão em open Space.<br />

cada espaço possui iS e copa.<br />

Excelentes acessibilidades e junto ao<br />

interface da Gare do oriente e centro<br />

comercial Vasco da Gama.<br />

características: Pavimento técnico;<br />

tectos falsos; climatização; segurança<br />

24h.; Estacionamentos.<br />

caracterização da zona envolvente<br />

(a menos de 500 metros): Banco;<br />

centro comercial; Polícia; Estação<br />

de metro; Paragem de autocarro; cinema;<br />

complexo desportivo; creche;<br />

Escola Primária; universidade; Farmácia;<br />

hospital; Ginásio; Parque de<br />

Estacionamento; rio; Jardim Público.<br />

Áreas disponíveis: de 192 m² a 488 m²<br />

Pisos disponíveis: 1, 2, 3 e 6<br />

data disponibilidade: imediata<br />

Preço arrendamento desde: 15,5 €/m²<br />

The World of Property<br />

tel. 219 327 808<br />

bruno.mata@bestplace.pt<br />

www.bestplace.com.pt<br />

tel. 21 313 9000<br />

portugal@aguirrenewman.com<br />

www.aguirrenewman.com<br />

www.escritorios.com.pt<br />

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Edifício 5 dE<br />

outubro, 124 a 126<br />

Edifício 5 dE outubro,<br />

124 a 126<br />

Zona 2: Eixo da Praça do<br />

Saldanha a EntrEcamPoS E<br />

amorEiraS<br />

Situada numa das principais zonas<br />

de escritórios da cidade, este é um<br />

edifício central e com acabamentos<br />

modernos e funcionais.<br />

Está também optimamente servido<br />

de transportes públicos.<br />

o Edifício 5 de outubro 124-126 tem<br />

uma área bruta de 3.930m2 m².<br />

Edifício com 4 caves de estacionamento<br />

com 62 lugares.<br />

Áreas disponíveis: de 180 m² a 235 m²<br />

Preço arrendamento desde: 15 €/m²<br />

Pisos disponíveis: 3º, 5º, 6º e 7º<br />

data disponibilidade: imediata<br />

tel. 213 555 555<br />

silfiducia@sil.pt<br />

www.silfiducia.pt<br />

tel. 211 568 774<br />

geral@high-street.pt<br />

www.high-street.pt<br />

Edifício MultitEch<br />

Edifício MultitEch<br />

o Ed. multitEch está inserido<br />

no conjunto identificado como Pólo<br />

tecnológico de lisboa - liSPoliS,<br />

junto ao inEti na zona do Paço do<br />

lumiar.<br />

o edifício é composto por 3 pisos<br />

destinados a escritórios e uma cave<br />

destinada a estacionamento.<br />

o átrio de entrada é vazado até à<br />

cobertura, e os dois elevadores que<br />

fazem a interligação dos pisos são<br />

panorâmicos para o átrio.<br />

a área disponível encontra-se ao nível<br />

do primeiro piso, com orientação<br />

nascente/sul, usufruindo de uma excelente<br />

iluminação natural.<br />

o Ed. multitEch oferece ainda<br />

uma grande visibilidade para a Estrada<br />

envolvente de carnide, com<br />

possibilidade de sinalética exterior<br />

na fachada principal.<br />

o escritório possui uma área em<br />

open-space, e outra com gabinetes.<br />

Está equipado com pavimento técnico<br />

sobrelevado com caixas equipadas,<br />

climatização por zonas e tecto<br />

falso com iluminação embutida.<br />

de referir também que já possui bastidor<br />

e rede estruturada já distribuída.<br />

Áreas disponíveis: de 220 m²<br />

Número de Estacionamentos: 20<br />

data disponibilidade: imediata<br />

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Edifício atlaNtis<br />

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Zona 5: rEcinto do ParquE<br />

daS naçõES<br />

localizado no Parque das nações<br />

na av. d. João ii, junto ao centro<br />

comercial Vasco da Gama. o Edifício<br />

atlantis disponibilizará 8.500<br />

m 2 de escritórios distribuídos em 7<br />

pisos. apresentando uma estrutura<br />

interior de elevada flexibilidade,<br />

onde os valores estéticos e de conforto<br />

se conjugam com os mais exigentes<br />

requisitos técnicos. dispõe<br />

ainda de 3 pisos subterrâneos para<br />

parqueamento.<br />

Áreas disponíveis: de 420 m² a 1200 m²<br />

Pisos disponíveis: 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º<br />

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Área Renda Média Renda Máximo<br />

ESTATISTICAS: LISBON PRIME INDEX<br />

LISBON PRIME INDEX<br />

Absorção atinge 31.000m2 Out Town Novo • OTN<br />

15 €/m<br />

no 1º Semestre<br />

2<br />

12 €/m2 15 m2 12 m2 60<br />

9 m 2<br />

No primeiro semestre de 2011, a absorção de escri-<br />

6 m<br />

tórios em Lisboa foi de 31.000m², o que representa<br />

uma quebra de 44% face ao período homólogo de<br />

2010. O período em análise ficou marcado pela ausência<br />

de negócios em edifícios usados no Corredor<br />

Oeste. Na análise da ocupação total, 48% realizou-se<br />

no eixo Miraflores Porto Área Salvo Renda e cerca Média de Renda 23% Máximo aconteceu<br />

no CBD de Lisboa. Com absorção mais modesta,<br />

neste primeiro semestre de 2011, a zona 2 (Eixo da<br />

Praça do Saldanha a Entrecampos; Amoreiras) e o<br />

Parque das Nações registaram, respetivamente, 14%<br />

e 9% do total absorvido pelo mercado. As restantes<br />

zonas delineadas pelo LPI registaram valores inferiores<br />

a 3%. O 1º Semestre de 2011 fica marcado pelo<br />

registo mais baixo de absorção de escritórios desde<br />

que o LPI foi criado.<br />

2<br />

3 m2 0 m2 edifícios com maior dinâmica<br />

de mercado<br />

Desde o início de 2011, o edifício situado na Avenida<br />

das Túlipas (Miraflores Office Center), na zona 6, foi o<br />

que registou o maior número de operações. Até maio<br />

de 2011, este edifício registou 5 negócios, seguido<br />

pelos edifícios do Lagoas Park (zona 6), Liberty (zona<br />

1) e Conselheiro Fernando Sousa (zona 2) com 4 negócios<br />

registados. Um grupo de 3 edifícios registou<br />

3 negócios neste período, os edifícios são: Atrium<br />

Saldanha e o Monumental, na zona 1, e o Edifício<br />

Duque de Ávila 185, na zona 2. No entanto, em termos<br />

de volume de área transacionada, o edifício com<br />

melhor performance foi o Espace, no Parque das<br />

Nações, com cerca de 1.200m² arrendados. Também<br />

se verificou uma dinâmica interessante no Atrium do<br />

Saldanha com o registo de mais de 1.000m² e no edi-<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />

8.000 m 2<br />

7.000 m 2<br />

6.000 m 2<br />

5.000 m 2<br />

4.000 m 2<br />

3.000 m 2<br />

2.000 m 2<br />

1.000 m 2<br />

0 m 2<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />

Absorção<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />

9 €/m 2<br />

Área<br />

5.000 m 2<br />

4.000 m 2<br />

3.000 m 2<br />

fício Castil com o registo de 1.000 m², ambos localiza-<br />

2.000 m<br />

dos no CBD de Lisboa.<br />

2<br />

6 €/m2 3 €/m 2<br />

1.000 m 2<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11<br />

outros Serviços foi o sector com maior<br />

registo no 1ºt<br />

0 m<br />

No mercado de escritórios de Lisboa, as empresas de<br />

“Outros Serviços” tiveram a maior dinâmica de mercado<br />

no 1º trimestre de 2011, com cerca de 2.600 m² de<br />

absorção num total de 11 negócios. Outros sectores<br />

em destaque foram: Serviços Financeiros, que registou<br />

uma absorção de cerca de 2.300 m² num total de<br />

3 transações e o sector das TMT’s & Utilities que absorveu<br />

cerca de 2.100m² num total de 8 transações.<br />

Numa análise em termos de estado de uso, de um total<br />

de 56 negócios realizados no 1º trimestre de 2011,<br />

90% das transações foram efetuadas em edifícios<br />

usados e apenas 10% foram efetuadas em edifícios<br />

novos na cidade de Lisboa.<br />

2<br />

0 €/m2 Performance do corredor oeste<br />

O 1º trimestre de 2010 do Lisbon Prime Index ficou<br />

marcado pela boa performance registada no eixo de<br />

Miraflores – Porto Salvo (Zona 6), com uma absorção<br />

de 3.777m² em espaços de escritórios, representando<br />

28% do total absorvido pelo mercado de Lisboa.<br />

Foram realizadas 17 transações nesta zona, onde a área<br />

média negociada foi de 222m², com uma área máxima<br />

de 780m² e uma área mínima de 21m². Quanto ao número<br />

de operações por intervalos em área, foram colocadas<br />

12 empresas em áreas até 300m², perfazendo<br />

um total de 1.477m². Já nas áreas entre 300m² e 800m²<br />

foram instaladas 5 empresas, com um total de 2.300m²<br />

arrendados. Não houve arrendamentos efetuados em<br />

áreas superiores a 800m².<br />

Área Renda Média<br />

Out Town Usa<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11<br />

Área Renda Média


2.500 m 2<br />

2 000 m 2<br />

1 500 m 2<br />

1 000 m 2<br />

500 m 2<br />

0 m 2<br />

15 m 2<br />

12 m 2<br />

9 m 2<br />

6 m 2<br />

3 m 2<br />

0 m 2<br />

15 m 2<br />

12 m 2<br />

9 m 2<br />

6 m 2<br />

3 m 2<br />

0 m 2<br />

Área Renda Média Renda Máximo Área Renda Média Renda Máximo<br />

Lisboa Novo • LN<br />

15 €/m<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />

2<br />

0 m<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />

2<br />

0 m<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />

2<br />

Área Renda Média Renda Máximo<br />

Out Town Novo • OTN<br />

8.000 m 2<br />

7.000 m 2<br />

6.000 m 2<br />

5.000 m 2<br />

4.000 m 2<br />

3.000 m 2<br />

2.000 m 2<br />

1.000 m 2<br />

The World of Property<br />

The World of Property<br />

20 €/m 2<br />

Absorção<br />

0 m<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />

2<br />

0 m<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />

2<br />

0 €/m<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />

2<br />

Área Renda Média Renda Máximo<br />

Out Town Novo • OTN<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />

Área Renda Média Renda Máximo<br />

8.000 m 2<br />

7.000 m 2<br />

6.000 m 2<br />

5.000 m 2<br />

4.000 m 2<br />

3.000 m 2<br />

2.000 m 2<br />

1.000 m 2<br />

15 €/m 2<br />

12 €/m 2<br />

9 €/m 2<br />

6 €/m 2<br />

3 €/m 2<br />

15 €/m 2<br />

12 €/m 2<br />

9 €/m 2<br />

6 €/m 2<br />

3 €/m 2<br />

0 €/m 2<br />

Absorção<br />

Área<br />

Área<br />

3.500 m 2<br />

3.000 m 2<br />

2.500 m 2<br />

2.000 m 2<br />

1.500 m 2<br />

1.000 m 2<br />

500 m 2<br />

5.000 m 2<br />

4.000 m 2<br />

3.000 m 2<br />

2.000 m 2<br />

1.000 m 2<br />

5.000 m 2<br />

4.000 m 2<br />

3.000 m 2<br />

2.000 m 2<br />

1.000 m 2<br />

Out Town Usado • OTU<br />

JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />

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Área Renda Média Renda Máximo<br />

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Área Renda Média Renda Máximo<br />

61<br />

SHOPPING<br />

25 €/m 2<br />

20 €/m 2<br />

15 €/m 2<br />

10 €/m 2<br />

15 €/m 2<br />

12 €/m 2<br />

9 €/m 2<br />

15 €/m 2<br />

12 €/m 2<br />

9 €/m 2


62<br />

LEGAL & IMOBILIÁRIO<br />

Empreendimentos turísticos<br />

em propriedade plural e IVA<br />

Por: Filipe Romão e António Castro Caldas<br />

Advogados, Uría Menéndez - Proença de Carvalho<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

O regime jurídico da instalação, exploração e<br />

funcionamento dos empreendimentos turísticos<br />

consta do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de<br />

março (“DL 39/2008”) 1 . Nos termos do artigo<br />

52.º do DL 39/2008, os empreendimentos turísticos<br />

podem ser constituídos em propriedade<br />

plural, caso em que tais empreendimentos<br />

compreenderão lotes e / ou frações autónomas<br />

de um ou mais edifícios, podendo as respetivas<br />

unidades de alojamento constituir-se como<br />

frações autónomas e ser detidas por diferentes<br />

proprietários. Nestes casos, e ao contrário do<br />

que sucede nos empreendimentos construídos<br />

e explorados pela mesma entidade, os empreendimentos<br />

são normalmente construídos por<br />

um promotor que, posteriormente, comercializa<br />

as unidades de alojamento e, por outro lado,<br />

explora o empreendimento enquanto um todo,<br />

celebrando contratos de exploração turística<br />

com os proprietários das unidades de alojamento<br />

para o efeito.<br />

Colocam-se nestas situações diversas questões<br />

relacionadas com a recuperação do IVA suportado<br />

na construção dos empreendimentos.<br />

Com efeito, se nos casos de empreendimentos<br />

destinados a serem propriedade da entidade<br />

exploradora que contrate a construção não se<br />

colocam normalmente questões relacionadas<br />

com a recuperação do IVA suportado (já que<br />

tais empreendimentos ficarão claramente afetos<br />

a atividades hoteleiras, que são sujeitas a<br />

IVA - ainda que a taxas reduzidas - e conferem o<br />

direito à dedução do imposto), já nos casos de<br />

empreendimentos turísticos em propriedade<br />

1 Com a redação que lhe foi conferida pelo Decreto-<br />

-Lei n.º 228/2009, de 14 de setembro.<br />

JULHO 2011<br />

plural cujas unidades de alojamento se destinem<br />

a venda a recuperação do IVA suportado<br />

com o projeto e a construção de tais unidades<br />

enfrenta normalmente mais dificuldades. De<br />

facto, nestes casos, a transmissão das unidades<br />

de alojamento aos respetivos adquirentes<br />

encontra-se normalmente isenta de IVA, não<br />

conferindo, portanto, o direito à dedução do<br />

IVA suportado com a construção.<br />

Assim, e de forma a assegurar a efetiva recuperação<br />

do IVA suportado com a construção do<br />

empreendimento, as partes deverão acordar<br />

na renúncia à isenção de IVA nos termos do<br />

Decreto-Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro.<br />

No entanto, a renúncia à isenção de IVA na operações<br />

imobiliárias depende de diversos requisitos<br />

que poderão dificultar na prática a efetiva<br />

renúncia.<br />

Desde logo, é necessário que o adquirente seja<br />

um sujeito passivo de IVA e que o imóvel em<br />

questão fique afeto a uma atividade sujeita a<br />

IVA. Na medida em que, tal como decorre da lei,<br />

as unidades de alojamento em empreendimentos<br />

turísticos estão permanentemente em regime<br />

de exploração turística, devendo a entidade<br />

exploradora obter de todos os proprietários<br />

um título jurídico que a habilite à exploração<br />

de tais unidades e que, por outro lado, os proprietários<br />

participam nos resultados da exploração<br />

da unidade de alojamento (e, portanto,<br />

realizam operações sujeitas a IVA), parece-nos<br />

que não se deveriam colocar dúvidas acerca<br />

da possibilidade de renunciar à isenção de IVA,<br />

desde que se verifiquem os demais requisitos<br />

para a renúncia à isenção.


No entanto, os contratos de exploração normalmente<br />

celebrados neste tipo de situações<br />

preveem a possibilidade de os proprietários fazerem<br />

uma utilização pessoal das unidades de<br />

alojamento, o que poderia fazer concluir que<br />

tais unidades não se encontram permanentemente<br />

afetas à exploração turística e, portanto,<br />

a uma atividade sujeita a IVA. Os contratos<br />

de exploração turística devem, assim, ser cuidadosamente<br />

estruturados de forma a evitar<br />

quaisquer dúvidas sobre a afetação das unidades<br />

a uma atividade tributada em IVA e sobre a<br />

recuperação do IVA por parte da entidade que<br />

transmita tais unidades.<br />

Por outro lado, é também requisito da renúncia<br />

à isenção que os adquirentes disponham de<br />

contabilidade organizada, o que poderá causar<br />

dificuldades na comercialização das unidades.<br />

Também se poderão colocar questões relacionadas<br />

com a recuperação do IVA suportado<br />

com a construção de equipamentos e<br />

infraestruturas que sejam consideradas como<br />

partes comuns do empreendimento (ou<br />

seja, que sejam da cotitularidade dos vários<br />

proprietários das unidades de alojamento).<br />

Entendemos que, em geral, o IVA respeitante<br />

a tais infraestruturas poderá ser recuperado<br />

na proporção das unidades de alojamento<br />

que sejam transmitidas com renúncia à isenção<br />

de IVA. No entanto, nos casos em que não<br />

seja viável alienar as unidades de alojamento<br />

com renúncia à isenção de IVA, colocar-se-ão<br />

novamente dificuldades ao nível da recuperação<br />

de IVA que obrigam a uma estruturação<br />

cuidada.<br />

Em conclusão, a estruturação correta de empreendimentos<br />

turísticos em regime de propriedade<br />

plural pode permitir, em geral, a recuperação<br />

da generalidade do IVA suportado<br />

com os mesmos, embora introduza alguma<br />

complexidade acrescida na comercialização<br />

e desenvolvimento deste tipo de empreendimentos.<br />

Tendo em conta a importância estratégica<br />

que o desenvolvimento deste tipo de<br />

projetos representa para o futuro de Portugal,<br />

seria importante sensibilizar as autoridades<br />

para estas questões, por forma a simplificar o<br />

processo de recuperação de IVA nestes casos.


F<br />

P<br />

A<br />

A<br />

D<br />

R<br />

64<br />

MARKETPLACE<br />

I<br />

T<br />

G<br />

N<br />

A<br />

E<br />

S<br />

R<br />

+<br />

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65


Abacus Savills: 10<br />

Acordo SGPS: 36-37<br />

ADeNe: 22, 38-40<br />

Aguirre Newman: 12, 55<br />

Alila Hotels & <strong>resorts</strong>: 36-37<br />

AMeS: 20<br />

Andre Jordan Group: 30-32<br />

APeMiP: 22<br />

Ariston: 10<br />

Associação Portuguesa de <strong>resorts</strong>:<br />

38-40, 43<br />

Aveleda: 26-27<br />

Banyan tree: 36-37, 47<br />

Béltico: 36-37<br />

Bolig i Portugal: 30-32, 44<br />

BPN: 12<br />

BPN imonegócios Fii - 8<br />

Broadway Malyan: 30-32<br />

66<br />

ENTIDADES CITADAS<br />

câmara Municipal de cascais: 10<br />

câmara Municipal de Grândola: 45<br />

câmara Municipal de Lisboa: 14<br />

câmara Municipal de olhão: 20<br />

câmara Municipal de Sintra: 20<br />

c.Fernandes & Q. Lima: 18<br />

cB richard ellis: 8, 14, 16, 18, 38-40, 45<br />

chamartin imobiliária: 10<br />

clube Fashion: 8<br />

conrad: 36-37<br />

cPci: 12<br />

cS Hotels & <strong>resorts</strong>: 36-37<br />

cSAV: 10<br />

cushman & Wakefield: 8<br />

Dorel: 18<br />

eGP: 18<br />

el corte inglès: 10<br />

ePUL: 16<br />

erA: 12, 18<br />

espaço 2200: 36-37, 50<br />

eurohypo: 26-27<br />

Finivalor: 14<br />

Fundbox SGFii: 18<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />

Garvetur: 30-32<br />

Global Aproach consulting: 8<br />

Golfe Quinta do Vale SA: 36-37<br />

Gonçalo Salazar de Sousa Arquitetos: 45<br />

Grupo eurotel: 20<br />

Grupo espírito Santo: 36-37<br />

Grupo SiL: 26-27<br />

Grupo Sonae: 45<br />

Grupo Vila Galé: 8<br />

High Street: 8<br />

Hilton: 36-37<br />

HN: 30-32, 36-37<br />

Hyatt Hotels & <strong>resorts</strong> : 36-37<br />

icSc: 16<br />

iHG: 52<br />

iSeG: 26-27, 38-40<br />

imocom: 36-37<br />

imovia: 36-37<br />

iNe: 12<br />

inland: 36-37, 46<br />

ioSA inmuebles: 10<br />

iSeG: 26-27<br />

João de Almeida & Pedro Ferreira Pinto: 45<br />

Jones Lang LaSalle: 10, 30-32<br />

Leading: 18<br />

Lúcio da Silva Azevedo & Filhos: 18<br />

Lusort: 36-37<br />

Maia & Maia: 18<br />

Mateldat: 10<br />

Miguel Passos de Almeida: 45<br />

Modular Systems: 45<br />

MSF tur.iM: 36-37<br />

Neoturis: 28-29, 30-32,38-40, 54<br />

Norfin: 8<br />

obriverca: 14, 20, 36-37<br />

ocêanico: 36-37<br />

onyria Golf <strong>resorts</strong>: 36-37, 51<br />

open Book: 45<br />

Phoniz Hotels: 20<br />

Pioneer technology Portugal: 8<br />

Pelicano: 36-37<br />

Pestana Hotels & <strong>resorts</strong>: 36-37, 45<br />

Planbelas: 22<br />

Pontos Group: 36-37<br />

Portugal ocean race: 38-40<br />

Promontório Architecture: 45<br />

Quintas de Óbidos: 36-37<br />

ramos catarino: 8<br />

rocA: 38-40<br />

rrcrS Arquitetos: 45<br />

rui Pinto Gonçalves: 45<br />

SAiP: 36-37<br />

Salam exclusive Proportie: 10<br />

Schmitt+Sohn: 26-27, 38-40<br />

SDtL: 36-37<br />

Secretaria de estado do <strong>turismo</strong>: 38-40<br />

Securitas: 38-40, 56<br />

Sofitel: 26-27<br />

Sonae <strong>turismo</strong>: 36-37, 38-40<br />

Sol Meliã: 36-37<br />

Sousa cunhal <strong>turismo</strong>: 36-37, 47<br />

Starwood Hotels: 46<br />

temple: 36-37<br />

tetractys Arquitetos: 14<br />

texsa Portugal: 8<br />

troiaresort: 38-40<br />

<strong>turismo</strong> de Portugal: 38-40<br />

tÜV rheinland: 22<br />

ULi: 16, 26-27<br />

Uría Menendez – Proença de carvalho:<br />

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