dossier turismo residencial & resorts - Vida Imobiliária
dossier turismo residencial & resorts - Vida Imobiliária
dossier turismo residencial & resorts - Vida Imobiliária
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Sector exige<br />
promoção ativa do<br />
turiSmo reSidencial<br />
É preciso reinventar a promoção do produto português<br />
reforço na comunicação e no marketing é o caminho<br />
5ª edição da conferência <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> – desafios e oportunidades<br />
novos projetos e inaugurações<br />
EDIÇÃO PORTUGAL<br />
www.vidaimobiliaria.com | nº 159 JULHO 2011
EDITORIAL<br />
Turismo Residencial<br />
Exportações de uma<br />
“Auto-Europa” com<br />
incorporação nacional<br />
O Turismo Residencial tem o potencial de representar<br />
uma actividade económica baseada<br />
em procura externa, que equivale ao maior exportador<br />
nacional de bens transaccionáveis – a<br />
fábrica de Palmela do Grupo VW, a AutoEuropa.<br />
Mais, a actividade imobiliária tem um grau de<br />
incorporação de bens e serviços de produção<br />
local e uma geração induzida de emprego,<br />
que para o mesmo volume de actividade, gera<br />
muito mais VAB nacional, ou seja, riqueza retida<br />
no nosso país. A imagem do potencial do<br />
<strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> foi apresentada por Diogo<br />
Gaspar Ferreira, novo presidente da Associação<br />
Portuguesa de Resorts, na última Conferência<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> / VIVA IN Portugal.<br />
A pergunta que resulta desta constatação . Qual<br />
a atenção do Governo e do país para esta realidade?<br />
Tem alguma comparação com a mediatização<br />
e com os apoios públicos concedidos a<br />
qualquer construtor automóvel internacional?<br />
O Turismo Residencial é uma aposta essencial e<br />
estratégica no apoio à recuperação da economia<br />
do país. Porque depende da procura exter-<br />
na; porque tem uma sinergia positiva com a indústria<br />
da hotelaria e do <strong>turismo</strong> contrariando<br />
a sazonalidade; porque tem um efeito positivo<br />
de arrastamento económico pelo efeito de consumo<br />
dos novos residentes.<br />
O essencial neste momento é termos uma<br />
política de promoção do país com o produto<br />
Turismo Residencial, para num momento de<br />
extrema dificuldade de financiamento dos<br />
promotores imobiliários, existir a capacidade<br />
de atrair visitantes e compradores de segunda<br />
residência em Portugal. É um investimento<br />
altamente reprodutivo, que deve ser realizado<br />
num ambiente multi-plataforma com<br />
acções efectivas de contacto nos mercados<br />
de origem.<br />
Foi com esta visão e ambição que a <strong>Vida</strong><br />
<strong>Imobiliária</strong> aceitou o desafio de dinamizar o<br />
Portal de Promoção do Turismo Residencial –<br />
VIVA IN, com os mais qualificados parceiros!<br />
Queremos contribuir para um desígnio do<br />
nosso país, que depende de nós fazermos<br />
cumprir.<br />
António Gil Machado<br />
Diretor, <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong><br />
3
3 |<br />
8 |<br />
22 |<br />
26 |<br />
28 |<br />
30 |<br />
34 |<br />
36 |<br />
38 |<br />
42 |<br />
43 |<br />
44 |<br />
45 |<br />
46 |<br />
47 |<br />
50 |<br />
51 |<br />
52 |<br />
54 |<br />
55 |<br />
56 |<br />
60 |<br />
62 |<br />
64 |<br />
66 |<br />
eDitoriAL<br />
Vi NeWS<br />
ÍNDICE<br />
eVeNtoS<br />
SIMA<br />
Almoço-Conferência <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>: «Ajuda Externa obriga<br />
à mudança de paradigma no sector <strong>residencial</strong>»<br />
PoNto De ViStA<br />
Eduardo Abreu<br />
FÓrUM<br />
«Quais as suas expetativas face à abordagem que o novo<br />
governo fará ao Turismo Residencial?»<br />
DoSSier tUriSMo reSiDeNciAL & reSortS<br />
Mercado Resorts<br />
Conferência VI «Turismo Residencial – Desafios e Oportunidades»<br />
VIVA IN Portugal<br />
APR - Associação Portuguesa de Resorts<br />
Bolig i Portugal<br />
Pestana Troia Eco<br />
Westin<br />
Sousa Cunhal Turismo<br />
Cascade Resort<br />
Onyria Palmares Beach & Golf Resort<br />
Intercontinental das Cardosas<br />
Opinião: neoturis<br />
Opinião: Aguirre Newman<br />
MAiS QUe iMoBiLiÁrio<br />
Securitas<br />
eStAtÍSticAS<br />
Lisbon Prime Index<br />
LeGAL & iMoBiLiÁrio<br />
Empreendimentos turísticos em propriedade plural e IVA<br />
MArKetPLAce<br />
eNtiDADeS citADAS<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Director<br />
António Gil Machado<br />
agil@vidaimobiliaria.com<br />
eDição<br />
Susana ribeiro<br />
scorreia@vidaimobiliaria.com<br />
MArKetiNG & NeW BUSiNeSS<br />
osvaldo Nogueira<br />
onogueira@vidaimobiliaria.com<br />
MArKetiNG & iNterNet<br />
Francisco Antunes<br />
ffantunes@vidaimobiliaria.com<br />
GeStão De cLieNteS<br />
clara Marcos<br />
cmarcos@vidaimobiliaria.com<br />
Marta Brandão<br />
mbrandao@vidaimobiliaria.com<br />
coLABorADoreS<br />
Andreia Gonçalves<br />
agoncalves@vidaimobiliaria.com<br />
Paula Moreira<br />
pmoreira@vidaimobiliaria.com<br />
Marc Barros<br />
Pedro campos<br />
DeSiGN GrÁFico<br />
PMD · Design de comunicação<br />
www.pmd.pt<br />
DeSiGN eDitoriAL<br />
Brandvalue<br />
iMPreSSão<br />
Uniarte Gráfica<br />
r. Pinheiro de campanhã nº 342<br />
4300-414 Porto<br />
ASSiNAtUrAS<br />
clara Marcos<br />
ProPrietÁrio<br />
imoedições – Publicações Periódicas<br />
e Multimédia, Lda.<br />
PerioDiciDADe<br />
Mensal<br />
NiPc<br />
507 037 219<br />
Preço<br />
Assinatura (11 números) = 94 €<br />
Avulso = 10 €<br />
tirAGeM<br />
3.000 exemplares<br />
reDAcção, ADMiNiStrAção<br />
e ASSiNAtUrAS – Porto<br />
rua Gonçalo cristovão, 111 – 6º<br />
4049-037 Porto<br />
tel. 22 339 94 00<br />
Fax. 22 205 80 98<br />
reDAcção, ADMiNiStrAção<br />
e ASSiNAtUrAS – LiSBoA<br />
Av. Fontes Pereira de Melo nº 6 – 4º andar<br />
1069-106 Lisboa<br />
tel. 21 781 54 10<br />
Fax. 21 781 54 15<br />
registo nº 115734 da entidade<br />
reguladora da comunicação Social
Marina English Point - Mombaça, Quénia<br />
Kalmshore Resort - Tronoh, Malásia<br />
Hotel no Aeroporto de Nova Deli - Índia<br />
Hibiscus Resort - Port Dickson, Malásia<br />
Damos uma<br />
abordagem<br />
inovadora e de<br />
grande qualidade ao<br />
design de hotéis e<br />
<strong>resorts</strong><br />
Estação do Rossio<br />
Largo Duque de Cadaval, 17 - 1º E<br />
1200-160 Lisboa<br />
Portugal<br />
T: +351 21 321 94 40<br />
F: +351 21 347 06 94<br />
lisboa@broadwaymalyan.com<br />
London/Madrid/Warsaw/Abu Dhabi/Singapore/<br />
São Paulo/Shanghai/Mumbai<br />
and throughout the UK<br />
www.BroadwayMalyan.com
Looking for a house<br />
in Portugal?<br />
Discover the view and the home of your dreams...<br />
“VIVA IN PORTUGAL” is a multiplatform concept with the<br />
mission of promoting Residential Tourism in Portugal.<br />
It includes a web site, communication through national and<br />
international press as well as presence in trade events.
Find out more on our site vivainportugal.com
VI NEWS<br />
Global Approach<br />
Consulting instala-se<br />
no Edifício Alto das<br />
Amoreiras<br />
O Edifício Alto das<br />
Amoreiras conta<br />
com um novo<br />
inquilino que irá<br />
ocupar 150 m² no<br />
4º piso. Trata-se da<br />
Global Approach<br />
Consulting, empresa<br />
de assessoria para<br />
o Financiamento da<br />
Investigação, Desenvolvimento e Inovação em<br />
Portugal, que foi colocada pela CB Richard Ellis.<br />
Atuando em nome da Norfin – sociedade gestora<br />
do fundo proprietário do edifício, a CB<br />
Richard Ellis geriu todo o processo de identificação<br />
e apresentação do novo espaço de escritório,<br />
assim como a intermediação das negociações<br />
entre o proprietário e a GAC.<br />
Novas instalações<br />
da Texsa Portugal<br />
finalizadas<br />
Com projeto do arquiteto Gastão<br />
Cunha Ferreira, o complexo industrial<br />
e de escritórios da Texsa Portugal, que<br />
ocupa uma área total 32.500m² já foi<br />
inaugurado em Alpiarça. A execução<br />
da obra esteve a cargo da Ramos<br />
Catarino e incluiu a construção de<br />
diversos pavilhões industriais, numa<br />
área de 5.100 m² (para fabrico de telas<br />
asfálticas e lajetas com isolamento<br />
térmico), e de vários edifícios para<br />
escritórios e áreas técnicas, bem como<br />
zonas de lazer.<br />
8<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
NEGÓCIOS & PROJECTOS<br />
Pioneer Technology Portugal vende unidade<br />
industrial no Seixal<br />
A Pioneer Technology Portugal vendeu a sua<br />
unidade industrial no Seixal, num negócio mediado<br />
pela Cushman & Wakefield. Em causa, uma<br />
área de terreno de 28.065 m² que engloba um<br />
edifício misto de escritórios, armazéns, áreas de<br />
produção e zonas sociais com uma área total de<br />
construção de 11.066 m². A colocação desta unidade<br />
industrial no mercado veio no seguimento<br />
do encerramento da atividade de produção da<br />
Pioneer em Portugal tendo passado também a<br />
recorrer ao outsourcing logístico para armazenagem<br />
e distribuição dos seus produtos.<br />
A Pioneer deixou o edifício completamente<br />
equipado nas áreas administrativas, de arma-<br />
JULHO 2011<br />
zém, e na rede estruturada de comunicações<br />
e dados. A propriedade foi adquirida por uma<br />
empresa industrial portuguesa da área da<br />
metalomecânica.<br />
High Street coloca ClubeFashion no Príncipe Real<br />
A High Street acaba de fechar negócio com<br />
o ClubeFashion, colocando-a no edifício que<br />
anteriormente albergava a sede da Hugo<br />
Boss, no Príncipe Real. A empresa vai ocupar<br />
a totalidade do edifício, localizado no nº 86 a<br />
88 da Rua da Imprensa Nacional, numa área<br />
de 1.357 m². O imóvel, que já foi alvo de uma<br />
profunda intervenção de reabilitação, é propriedade<br />
do FII Aberto BPN Imonegócios.<br />
Manifestando o seu contentamento com esta<br />
mudança de instalações, Miguel Diniz, sócio<br />
e CEO, e Gonçalo Saudade e Silva, sócio, da<br />
ClubeFashion, realçaram que «estão reunidas as<br />
condições para começar uma nova etapa onde o<br />
offline vai ter uma importância extrema. Nestas<br />
instalações poderão ser desenvolvidas todas as<br />
atividades da ClubeFashion».<br />
Grupo Vila Galé investe no primeiro 5 estrelas<br />
A Vila Galé vai investir na primeira unidade de<br />
cinco estrelas do Grupo em Portugal, o Hotel<br />
Vila Galé Palácio dos Arcos, uma unidade de<br />
charme que resultará da reabilitação integral<br />
e a adaptação do Palácio dos Arcos e respetivo<br />
jardim. Localizado em Paço de Arcos, este<br />
projeto reflete um investimento de cerca de 10<br />
milhões de euros.
VI NEWS<br />
El Corte Inglés já<br />
está em aprovação<br />
na Câmara de Cascais<br />
Após vários anos de impasse, o projeto do<br />
Corte Inglés para Cascais já está para aprovação<br />
final na Câmara Municipal, avança o<br />
Económico. O terceiro projeto da cadeia<br />
espanhola no nosso país deverá erguer-se<br />
num terreno em Carcavelos, no lado sul da<br />
autoestrada do Estoril, junto ao Arneiro.<br />
Prevendo um investimento avultado, na<br />
ordem dos 200 milhões de euros, o projeto<br />
contempla uma área total de construção<br />
de 52.000 m², e além do centro comercial<br />
inclui também um hotel e os novos escritórios<br />
do grupo em Portugal. Entre as contrapartidas<br />
concedidas à autarquia, o retalhista<br />
espanhol ficará obrigado a construir<br />
um equipamento social, ainda a definir.<br />
Estima-se que este complexo venha a<br />
criar 2.000 postos de trabalho diretos e<br />
indiretos no concelho, razão pela qual<br />
a autarquia de Cascais espera que o<br />
projeto tenha um impacto económico<br />
e social significativo na região.<br />
Recorde-se que este é um projeto que há<br />
muito se fala, depois de em 2005 o grupo<br />
ter anunciado a intenção de investir<br />
naquela zona. Ao longo dos últimos seis<br />
anos tem sofrido vários avanços e recuos<br />
e foram várias as localizações prováveis<br />
apontadas, com o investimento a<br />
ser mesmo alvo de disputa pelas autarquias<br />
de Oeiras, Sintra e Cascais.<br />
De acordo com o Diário Económico,<br />
caso as obras arranquem até ao final<br />
do ano e decorram com normalidade, é<br />
expectável que o projeto seja uma realidade<br />
até ao início de 2013.<br />
10<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
NEGÓCIOS & PROJECTOS<br />
Bela Vista Office promete revolucionar mercado<br />
de escritórios<br />
«Uma solução económica e flexível às portas de<br />
Lisboa pensada para ajudar as empresas em tempos<br />
de crise», é este o conceito que o Bela Vista<br />
Office quer impor no mercado de escritórios<br />
da capital. Inaugurado pela Salam Exclusive<br />
Proportie, este novo centro de negócios, localizado<br />
no Cacém, pretende aliar preços baixos<br />
a serviços de qualidade. Os preços do Bela Vista<br />
Office partem dos 9€/m², num espaço onde as<br />
empresas podem criar o seu escritório com áreas<br />
entre os 10 m² e o 300 m² e acesso a outros<br />
serviços como bar, lobby e salas de reunião. O<br />
carácter distintivo deste centro de escritórios é<br />
o preço baixo, onde se associam outros serviços<br />
como água, luz, saneamento, segurança 24h, ar<br />
condicionado e serviço de receção.<br />
«Em período de crise, o Bela Vista Office representa,<br />
assim, uma oportunidade única para as<br />
Edifício Atlantis é a nova sede da CSAV Portugal<br />
A Compañia Sudamericana de Vapores Agencia<br />
Marítima SL (CSAV) acaba de se instalar no segundo<br />
piso do Edifício Atlantis, no Parque das<br />
Nações, ocupando uma área de 260 m². Nesta<br />
transação a Abacus Savills representou a CSAV<br />
Portugal e a Jones Lang LaSalle atuou em<br />
nome de Monsanto Investment, proprietário<br />
do Edifício Atlantis.<br />
«A CSAV Portugal tinha como determinante a<br />
identificação de um espaço inserido num edifício<br />
que conseguisse integrar alguns requisitos<br />
essenciais ao funcionamento da empresa, tais<br />
como, qualidade de acabamentos, flexibilidade,<br />
facilidade de acessos e transportes públicos.<br />
O edifício Atlantis preencheu os requisitos<br />
pré-definidos», comenta João Vargas, diretor<br />
do departamento de escritórios da Abacus<br />
Savills.<br />
Sintra Business Park acolhe três novos inquilinos<br />
O departamento Corporate Solutions da Chamartín <strong>Imobiliária</strong> fechou novos contratos de arrendamento<br />
com as empresas ZAPP, Ariston e Mateldat que escolheram o Sintra Business Park<br />
para acolher as suas novas instalações. Com uma área bruta de mais de 50.000 m², o complexo<br />
concilia no mesmo espaço área de escritórios e de armazéns e é propriedade da Chamartín<br />
<strong>Imobiliária</strong>.<br />
Operadora e fornecedora de serviços de telecomunicações à escala nacional, a ZAPP passa a<br />
contar com um armazém de 1.300 m². No mesmo edifício, foi também arrendado um armazém<br />
de 200 m² Ariston Thermo Portugal, líder no fabrico e comercialização de produtos para o<br />
aquecimento e arrefecimento do ambiente. O terceiro novo ocupante naquele empreendimento<br />
é a Mateldat, que se dedica à compra e venda de material e componentes elétricos e<br />
eletrónicos, para arrendamento de um armazém com 110 m².<br />
JULHO 2011<br />
empresas desfrutarem de um espaço premium<br />
em regime tudo incluído. Os preços baixos ficam<br />
ainda mais reduzidos, pois as despesas básicas<br />
como água, luz, saneamento, segurança 24h, ar<br />
condicionado e serviço de receção estão incluídas<br />
no valor base», explica Manuel Ferrão, sócio do<br />
Grupo Salam.<br />
O Edifício Atlantis é propriedade e foi promovido<br />
pela IOSA Inmuebles, através da Monsanto<br />
Investment, veículo com o qual a empresa de<br />
origem espanhola opera em Portugal.
VI NEWS<br />
Censos 2011: Há mais<br />
habitação que habitantes<br />
O Instituto Nacional de Estatística revelou os<br />
dados preliminares dos Censos 2011, que indicam<br />
existir um elevado crescimento dos alojamentos<br />
e dos edifícios de cerca 16,3% e 12,4%,<br />
respetivamente, uma tendência que se tem verificado<br />
nos últimos 30 anos.<br />
Portugal tem hoje quatro milhões de famílias e<br />
quase seis milhões de alojamentos.<br />
A diminuição da dimensão média da família e o<br />
consequente aumento do número de famílias<br />
podem justificar, pelo menos parcialmente, o<br />
crescimento verificado nos alojamentos.<br />
O número de edifícios cresceu 12,4%, relativamente<br />
a 2001. Este crescimento significa que, na<br />
última década, o território nacional ficou com<br />
mais 390 780 edifícios destinados à habitação.<br />
O Algarve é a região que mais se destaca neste<br />
crescimento, com uma variação de 24,9% que<br />
corresponde a um acréscimo, relativamente a<br />
2001, de 39 938 edifícios destinados a habitação.<br />
BPN vende 32 imóveis<br />
para reduzir prejuízos<br />
O Banco Português de Negócios (BPN) pretende<br />
vender até ao final do ano três dezenas de imóveis,<br />
de Norte a Sul do País, arrecadando com a<br />
venda cerca de dez milhões de euros, escreve o<br />
Diário Económico. Segundo a mesma fonte, esta<br />
informação consta do relatório e contas anual do<br />
banco liderado por Francisco Bandeira, que será<br />
reprivatizado até ao final de julho, se as negociações<br />
para a sua venda forem bem-sucedidas.<br />
No rol dos 32 imóveis, consta um prédio em<br />
Albufeira avaliado em 105 mil euros e outro em<br />
Cascais orçado em 1,5 milhões de euros.<br />
Ao todo, o BPN perdeu três milhões de euros<br />
com a perda de valor destes ativos, segundo o<br />
mesmo relatório e contas.<br />
12<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
EMPRESAS & MERCADOS<br />
Mercado de escritórios em Lisboa recua 54% até maio<br />
A área de escritórios contratada entre janeiro a maio de 2011 (19.607<br />
m²) foi inferior em 54% à registada em igual período do ano transato<br />
(42.736 m²), concluiu a Aguirre Newman. Em maio foram absorvidos<br />
3.058 m² de escritórios, menos 42% do que a área contratada em igual<br />
período de 2010 (5.227 m²).<br />
Foram concretizadas 85 transações de arrendamento de escritórios nos<br />
primeiros cinco meses do ano, mais quatro que no período homólogo de<br />
2010. A zona 1 (Prime CBD) concentrou o maior número de operações,<br />
seguida das zonas 2 e 6.<br />
Uma outra tendência verificada pela análise da Aguirre Newman é a preferência<br />
por edifícios usados que dominaram o número de transações (80%).<br />
CPCI: Programa do Governo não reflete<br />
a importância do sector<br />
Atuar sobre os fatores de competitividade da<br />
economia, o que, para lá do objetivo da redução<br />
do défice, impõe a criação de condições que<br />
permitam implementar uma efetiva estratégia<br />
de recuperação, são os desafios que Portugal<br />
enfrenta no atual contexto. Não descurando<br />
a exigência destes desafios, a Confederação<br />
Portuguesa da Construção e do Imobiliário<br />
(CPCI) considera que o Executivo podia ter sido<br />
mais ambicioso e apresentar uma estratégia de<br />
desenvolvimento que não ignorasse um sector<br />
considerado «fundamental».<br />
O programa do Governo, na opinião desta entidade,<br />
secundariza as atividades de Construção<br />
e do Imobiliário, que se reflete na eliminação do<br />
Ministério das Obras Públicas e no desaparecimento<br />
da comissão parlamentar autónoma de<br />
obras públicas, transportes e comunicações que,<br />
até agora, funcionava na Assembleia da República.<br />
A intervenção defendida pela CPCI assenta no<br />
Planeamento do Investimento, pelo reajustamento<br />
das verbas do QREN, permitindo a utilização<br />
dos cerca de 15 mil milhões de euros por<br />
executar, orientando-os para investimentos de<br />
ERA garante financiamento bancário a 100%<br />
A ERA conta atualmente com um conjunto de<br />
casas em carteira com financiamento garantido<br />
até 100 % do valor do empréstimo, incluindo<br />
pré-avaliação do imóvel, isenção de despesas<br />
de dossiê e spreads mais competitivos.<br />
Isto é resultado do conjunto de parcerias que a<br />
marca de mediação estabeleceu com um conjunto<br />
de entidades bancárias nacionais.<br />
«Os novos contextos económicos exigem que<br />
as empresas procurem parcerias Win/Win que<br />
lhes permitam, focando-se cada uma delas no<br />
seu core-business, otimizar as suas estruturas<br />
e aumentar os níveis de performance», afirmou<br />
Miguel Poisson, diretor-geral da ERA<br />
Portugal. E acrescentou que «no sentido de fidelizar<br />
a atrair novos clientes, temos procurado<br />
desenvolver parcerias que permitam adicionar<br />
valor intrínseco ao serviço de mediação imobiliária,<br />
e ao mesmo tempo criar vantagens comparativas<br />
no mercado em que atua».<br />
JULHO 2011<br />
proximidade e obras de conservação. Além disso,<br />
a dinamização do Mercado da Reabilitação<br />
Urbana/Arrendamento e a promoção da<br />
Internacionalização, bem como, a atuação sobre<br />
os constrangimentos financeiros, garantindo-se,<br />
não só que os apoios concedidos à banca sejam<br />
refletidos nas empresas, como, de igual modo, a<br />
regularização dos atrasos nos pagamentos.<br />
A Confederação revela que o sector responde<br />
por 18,6% do PIB, 16% do volume de negócios<br />
no exterior, 60,6% do Investimento nacional,<br />
por 15,8% do emprego, o que corresponde<br />
a cerca de 800.000 postos de trabalho e por<br />
20% do tecido empresarial português, isto é,<br />
220.000 empresas.
ETAP.Schréder - Iluminação Interior, LDA<br />
Apartado 1021 | 2790-076 Carnaxide | Portugal<br />
Tel: + 351 21 424 26 00 | Fax: + 351 21 417 12 03<br />
Website: www.etaplighting.com<br />
KARDO<br />
K7<br />
WA<br />
FLARE<br />
Asseguramos que os sistemas de iluminação da ETAP são sempre os mais vantajosos em termos de eficiência<br />
energética.<br />
A nossa iluminação é um elemento relevante da arquitectura do seu edifício.<br />
KARDÓ: Uma combinação infinita de Luz<br />
Com o sistema modular Kardó pode utilizar consistentemente um único perfil de iluminação central em todo o edifício,<br />
suspenso ou para encastrar, como luminária de parede ou de tecto, individual, em linha ou angular.<br />
K7: Um estilo harmonioso por todo o edifício<br />
A série K7 oferece uma solução adaptada para cada aplicação, com esta gama completa de luminárias de emergência<br />
e sinalização baseada na tecnologia LED oferecemos-lhe um estilo único harmonioso nos seus projectos e edifícios.<br />
WA?: Pequeno mas agradável...<br />
A simplicidade do design e a luminosidade elevada fazem da WA? uma luminária de parede bastante versátil, pode<br />
iluminar o chão, a parede ou o tecto, instalando a luminária conforme lhe convier. A sua instalação é extremamente<br />
fácil uma vez que possui um LED de 4W que funciona com a tensão da rede.<br />
FLARE: uma viragem para os LED na iluminação geral<br />
O Flare utiliza LED individuais com lentes patenteadas que permitem uma distribuição de luz específica para diferentes<br />
aplicações de carácter geral com ausência de encandeamento (UGR ≤19)
VI NEWS<br />
14<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
EMPRESAS & MERCADOS<br />
Ultima década marcada pela maturação do mercado<br />
de escritórios<br />
A última década pode ser associada ao período<br />
de maturação e consolidação do mercado<br />
de escritórios de Lisboa, que sofreu profundas<br />
transformações até se tornar num mercado<br />
altamente profissional hoje. Passou-se de uma<br />
situação em que a maioria dos espaços de escritórios<br />
eram adaptações de edifícios residenciais<br />
para um stock qualificado e adequado às exigências<br />
de uma procura que passou das pequenas<br />
empresas para as multinacionais e grandes<br />
empresas que se sediaram em Portugal ou que<br />
cresceram neste período.<br />
Estas são algumas das conclusões avançadas<br />
pela Worx na sua mais recente análise ao sector.<br />
Nesse período o Corredor Oeste foi a zona em<br />
maior destaque ao aumentar consideravelmente<br />
a oferta e moldando-se aos interesses da procura,<br />
ao oferecer espaços de escritórios de qualidade<br />
elevada e um valor competitivo. E o resultado<br />
foi que esta zona veio a revelar-se uma das com<br />
maior aceitação, sendo responsável por cerca de<br />
31% do take up total verificado neste período.<br />
Recuando um pouco mais, para os últimos 12<br />
anos, o take-up da cidade de Lisboa situou-se<br />
em cerca de 2,1 milhões de m² num total de<br />
3.164 transações. No final de 2010 o volume total<br />
de escritórios em stock em Lisboa ascendia a<br />
4.400.000 m². O stock de escritórios no final de<br />
2010 ascendia a cerca de 4,4 milhões de m², ou<br />
seja, nesse período foi ocupado praticamente<br />
metade do stock.<br />
Câmara de Lisboa quer vender casas devolutas a jovens<br />
A Câmara Municipal de Lisboa (CML) vai analisar<br />
um projeto de regulamento para vender casas<br />
municipais devolutas a jovens. A proposta é<br />
da autoria da vereadora da Habitação, Helena<br />
Roseta, e prevê que se possam candidatar ao<br />
concurso (por sorteio) os jovens que à data da<br />
candidatura não tenham mais de 35 anos de<br />
idade ou os menores emancipados, desde que<br />
nenhum dos elementos do agregado familiar<br />
(ou ele próprio, se concorrer sozinho) seja proprietário<br />
de habitação.<br />
Os jovens que queiram concorrer devem igualmente<br />
ter uma situação profissional ativa, estando<br />
definidos intervalos mínimos e máximos<br />
de rendimentos per capita que, no caso dos<br />
que concorrem sozinhos, fica entre os 727 e os<br />
2.547 euros.<br />
No texto do documento é reconhecido que o<br />
anterior regulamento relativo ao programa de<br />
reabilitação de imóveis por parte de jovens,<br />
aprovado em 2004, revelou algumas dificuldades<br />
de aplicação, sobretudo por não permitir<br />
aos candidatos candidatar-se isoladamente.<br />
Até porque os jovens ficavam «preteridos em relação<br />
às cooperativas de habitação, entidades já<br />
constituídas e vocacionadas para a recuperação<br />
de imóveis e com um poder económico e incentivo<br />
diferentes».<br />
As casas disponíveis para venda farão parte de<br />
uma bolsa que a CML vai constituir com frações<br />
devolutas para cada concurso.<br />
JULHO 2011<br />
Obriverca já vendeu 25%<br />
do Real Forte III<br />
A Obriverca Mediação já colocou 25% das 49<br />
frações que constituem o empreendimento <strong>residencial</strong><br />
Real Forte III, que o grupo está a promover<br />
através do FII fechado Beirafundo. Ainda<br />
em construção, que deverá ficar concluída no<br />
primeiro trimestre de 2012, este condomínio<br />
representa um investimento na ordem dos 15<br />
milhões de euros.<br />
Direcionado para uma classe de poder de compra<br />
médio-alto, o empreendimento é constituído<br />
por 49 apartamentos T1 a T4 com áreas<br />
entre os 125 e os 287 m², e está a ser comercializado<br />
a um preço médio de 2.100 € /m². Além da<br />
componente <strong>residencial</strong> contempla também<br />
uma área comercial de 3.468 m².<br />
Localizado no núcleo histórico de Sacavém,<br />
junto ao antigo Quartel, foi projetado pelo ateliê<br />
Tetractys Arquitetos. O edifício é constituído<br />
por cinco a sete pisos acima do solo e um piso<br />
em embasamento semienterrado. O piso 0 incorpora<br />
as lojas, ao passo que o embasamento<br />
inclui o estacionamento para as habitações,<br />
com 124 lugares.<br />
CBRE ganha gestão<br />
do Edifício D. João II<br />
A CB Richard Ellis foi a consultora selecionada<br />
para gerir o Edifício D. João II, um edifício de<br />
escritórios localizado no Parque das Nações,<br />
junto à Gare do Oriente.<br />
O edifício D. João II, propriedade do Finipredial,<br />
Fundo de Investimento Imobiliário gerido pela<br />
Finivalor (Grupo Montepio), conta com sete<br />
pisos de escritórios acima do solo, dois espaços<br />
comerciais adaptados a restauração no<br />
rés do chão e 102 lugares de estacionamento,<br />
numa área de construção total de 7.690m 2 . No<br />
mesmo edifício, encontram-se a delegação de<br />
Lisboa da Exponor e empresas como a Douglas<br />
Perfumarias, a Orangina Schweppes, Imperial<br />
Tobacco, a Addwise, a Booking.<br />
«Temos como prioridade manter em bom estado<br />
o edifício, maximizando a sua rentabilidade<br />
a curto e a longo prazo», explica Ondina Melo,<br />
Diretora de Administração de Imóveis da CB<br />
Richard Ellis.
COMEÇA A PULSAR EM LISBOA<br />
Lisboa pulsa com novas emoções. A Roca abriu um novo<br />
espaço onde poderá viver uma experiência única, visual e<br />
interativa: o Roca Lisboa Gallery.<br />
Venha conhecer tudo sobre o mundo do banho, desde os<br />
rituais do ser humano às últimas novidades. Um espaço<br />
único em Lisboa que não o deixará indiferente.<br />
ATÉ OUTUBRO DE 2011:<br />
Exposição inaugural<br />
“O banho. Uma retrospetiva histórica”<br />
Praça dos Restauradores, 46, Lisboa.<br />
Horário: de segunda a sexta das 10 às 20h; sábados das 10 às 17h; encerrado aos domingos. Tel. +351 213 404 260<br />
Entrada livre
VI NEWS<br />
André Lopes reforça<br />
equipa de Capital<br />
Markets<br />
A CB Richard Ellis reforçou a sua<br />
equipa de Capital Markets, com a<br />
entrada do novo consultor André<br />
Lopes. Licenciado em Relações<br />
Internacionais no ISCSP / Universidade<br />
Técnica de Lisboa e especializou-se<br />
em Mercados Financeiros no INDEG /<br />
ISCTE. Com experiência no sector do<br />
investimento imobiliário, anteriormente<br />
trabalhou na Engel & Völkers<br />
Commercial.<br />
Fernando Santo é<br />
Secretário de Estado<br />
da Administração<br />
Patrimonial<br />
Com um vasto currículo no sector imobiliário,<br />
Fernando Santo foi nomeado<br />
Secretário de Estado da Administração<br />
Patrimonial do Ministério da Justiça.<br />
Engenheiro Civil, pertencia aos quadros<br />
da EPUL desde 1983, onde cessou<br />
agora as funções como Administrador.<br />
No seu currículo constam também<br />
o cargo de Bastonário da Ordem<br />
dos Engenheiros e de Presidente do<br />
Observatório Imobiliário de Lisboa.<br />
16<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
PESSOAS E EVENTOS<br />
© Fernando Piçarra<br />
Scott Malkin é o novo Chairman da ULI Europe<br />
Scott Malkin, fundador e chairman da Value<br />
Retail (empresa especializada no desenvolvimento<br />
e gestão de outlet centres) foi eleito<br />
pelo Urban Land Institute (ULI) para as<br />
funções de Chairman da ULI Europe. O novo<br />
responsável da ULI no Velho Continente sucede<br />
no cargo a Alexander Otto, CEO da ECE<br />
Projektmanagement, que desempenhou as<br />
mesmas funções nos últimos dois anos e meio.<br />
A ULI é uma organização global sem fins lucrativos<br />
que tem como objetivo a investigação e<br />
a educação no que toca ao uso responsável do<br />
uso do solo e do desenvolvimento imobiliário<br />
sustentável. Atualmente conta com uma rede<br />
de 30.000 membros a nível mundial, incluindo<br />
mais de 2.000 distribuídos por 16 países eu-<br />
ICSC distingue Rafael Pelote<br />
O International Council of Shopping Centres<br />
(ICSC) distinguiu Rafael Pelote, Head of Market<br />
Intelligence da Sonae Sierra, com o prémio<br />
«Research Award for Outstanding Service»,<br />
pelo seu contributo para o avanço e melhorias<br />
dos estudos de mercado e estratégias de marketing<br />
realizados no sector dos centros comerciais<br />
a nível mundial.<br />
Um galardão que distingue researchers e<br />
marketeers que contribuem para o avanço<br />
dos estudos de mercado e estratégias de<br />
JULHO 2011<br />
ropeus. As operações na Europa são geridas a<br />
partir dos escritórios de Londres e Frankfurt.<br />
O novo Chairman da Europa é membro da ULI<br />
desde 1986 e atualmente desempenhava funções<br />
no comité executivo global da organização,<br />
e já iniciou as novas funções.<br />
Conceição Nunes é a nova Administradora da EPUL<br />
Maria da Conceição dos Santos Nunes é a<br />
nova Administradora da Empresa Pública de<br />
Urbanização de Lisboa (EPUL), substituindo<br />
Fernando Santo. Licenciada em Engenharia Civil<br />
pelo Instituto Superior Técnico da Universidade<br />
de Lisboa, a nova responsável tem 49 anos e é<br />
quadro da empresa.<br />
A Administração da EPUL passa a ser constituída<br />
por Luís Sequeira, Presidente do Conselho<br />
de Administração; Luís Bento, 1º vogal da<br />
Administração e agora Conceição Nunes.<br />
retiFicAção:<br />
ii conferência ePUL sobre a contratação Pública<br />
marketing no sector dos centros comerciais<br />
a nível mundial. Rafael Pelote entrou para a<br />
Sonae Sierra em 1992 como Market Research<br />
Analyst. Atualmente lidera uma equipa de<br />
12 especialistas, incluindo sociólogos, economistas<br />
ou geógrafos, que analisam diariamente<br />
um grande manancial de informação,<br />
desde o comportamento dos consumidores,<br />
estudos de mercado, até às localizações<br />
e estudos de viabilidade de novos centros<br />
comerciais.<br />
Por lapso, na edição 158 da <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, de Junho de 2011, a legenda da fotografia do Presidente<br />
da EPUL, que acompanha o artigo da página 28 - «II Conferência EPUL sobre a Contratação Pública»,<br />
continha uma incorreção, estando indicado o nome de um ex responsável da empresa, que já não<br />
se encontra em funções naquela instituição. A fotografia é, sim, do atual presidente Luís Augusto<br />
Sequeira. Pelo sucedido, apresentamos um pedido de desculpas aos visados.
VI NEWS<br />
First Oporto Urban<br />
Regeneration<br />
Fund vai reabilitar<br />
Cardosas<br />
Alavancar a reabilitação do centro histórico<br />
do Porto é o objetivo do recém<br />
criado First Oporto Urban Regeneration<br />
Fund (4F), gerido, administrado e representado<br />
pela Fundbox SGFII. Com<br />
um capital inicial de 5 milhões de euros<br />
este veículo de investimento entrou em<br />
atividade a 16 de junho e já adquiriu 40<br />
prédios no emblemático Quarteirão<br />
das Cardosas, cuja reabilitação constituirá<br />
o seu investimento inicial.<br />
O 4F foi totalmente subscrito pela Lúcio<br />
da Silva Azevedo & Filhos, a empresa<br />
vencedora do concurso para a reabilitação<br />
urbana da área lançado pela Porto<br />
Vivo SRU. A ABBC prestou apoio jurídico<br />
à Fundbox na transação dos imóveis.<br />
«Com o lançamento do 4F, apenas um mês<br />
após o arranque do Coimbra Viva I, demonstramos<br />
de novo que a reabilitação urbana,<br />
área de que muitos falam mas quem<br />
poucos praticam, tem mais encanto através<br />
de fundos de investimento», afirmou<br />
Rui Alpalhão, Presidente da Comissão<br />
Executiva da Fundbox. «Sendo o nosso<br />
primeiro fundo exclusivamente dedicado à<br />
cidade do Porto, temos fundadas esperanças<br />
de um desempenho invicto», rematou.<br />
Condomínio Tapada<br />
do Mar comercializado<br />
pela ERA<br />
Na zona da Madalena, em Vila Nova<br />
de Gaia, já está em comercialização o<br />
condomínio Tapada do Mar, num processo<br />
dirigido pela ERA Gaia Canidelo.<br />
O empreendimento foi concebido pela<br />
arquiteto Sidónio Pardal e é composto<br />
por 16 moradias T3, servidas por piscina<br />
aquecida, uma piscina de crianças, sauna,<br />
jacuzzi, banho turco, salão de festas<br />
e, ainda, uma área verde de 5000m².<br />
Sistema anti-intrusão, domótica e piso<br />
radiante completam a oferta de serviços<br />
disponibilizados neste condomínio.<br />
18<br />
PORTO<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Casas de Serralves «abrem portas» à arte<br />
de Pedro Proença<br />
Nos passados dias 17 e 18 de junho, o empreendimento<br />
Casas de Serralves foi o palco do «surpreendente<br />
caso picto-arquitetónico», uma<br />
iniciativa conjunta da promotora C. Fernandes<br />
& Q.Lima e de Pedro Proença, com uma exposição<br />
do pintor e autor da intervenção artística<br />
nas portas das doze casas que constituem o<br />
empreendimento.<br />
Em pleno centro nevrálgico do Porto, entre a<br />
Boavista e Serralves, conceptualmente o condomínio<br />
encaixa numa proposta de habitação<br />
moderna e urbana. O edifício está já comercializado<br />
em 80%.<br />
Edifício ANF Centro Empresarial lança novo<br />
Meeting Center<br />
A cidade do Porto vê reforçada a oferta de<br />
espaços para reuniões e encontros empresariais,<br />
com o novo Meeting Center do Edifício<br />
ANF Centro Empresarial. Localizado na Zona<br />
Industrial do Porto, junto aos principais acessos<br />
de entrada e saída do Porto, este novo espaço<br />
é composto por um auditório com capacidade<br />
para 270 pessoas e conta com seus salas de reunião<br />
com capacidades e formatos polivalentes.<br />
Uma oferta que pode ainda ser complementada<br />
com mais cinco salas de formação e um espaço<br />
para catering com vista panorâmica.<br />
Este espaço está a ser promovido comercialmente<br />
pela Leading, empresa organizadora de<br />
congressos do grupo Ambity.<br />
EGP ganha novo edifício<br />
em 2013<br />
No ano letivo de 2013 / 2014 a EGP – University<br />
of Porto Business School (EGP – UPBS) deverá<br />
já estar na sua nova «casa» que que será construída<br />
na Senhora da Hora, Matosinhos. A informação<br />
foi revelada por Nuno Sousa Pereira,<br />
da direção da escola, no âmbito da cerimónia<br />
de assinatura do protocolo/contrato com a<br />
Câmara de Matosinhos – que cedeu os terrenos<br />
da Quinta das Sedas para a construção do novo<br />
pólo universitário.<br />
As obras do novo edifício, que será construído<br />
de raiz, deverão arrancar ainda em 2011, prevendo-se<br />
um investimento total na ordem dos<br />
13 milhões de euros.<br />
JULHO 2011<br />
Construções Maia & Maia<br />
vende unidade industrial<br />
a FII<br />
A Sociedade de Construções Maia & Maia vendeu<br />
uma unidade industrial a um fundo de<br />
investimento imobiliário nacional.<br />
A CB Richard Ellis foi a consultora responsável<br />
pela venda de unidade industrial e também<br />
pela procura de um novo ocupante para<br />
o espaço, que será a empresa Dorel, multinacional<br />
canadiana dedicada ao comércio de<br />
artigos infantis, nesse espaço. «Ficámos muito<br />
satisfeitos com a eficácia deste negócio. Um<br />
inquilino que sabia exatamente o que queria e<br />
o FII onde investir.»<br />
A Dorel irá ocupar uma área de 10.500m² no<br />
Parque Industrial, em Vila do Conde. Esta unidade<br />
industrial fica contígua ao atual Centro<br />
de Distribuição do Grupo.
qualidade e inovação<br />
são determinantes para a sua competitividade<br />
a promoção imobiliária enfrenta Grandes desafios. a Gestão da qualidade e a inovação são duas ferramentas essenciais para<br />
a eficiência e competitividade da sua orGanização.<br />
em todo mundo são Já mais de 100.000 orGanizaçÕes que confiam a sua certificação À sGs.<br />
a sGs É lÍder mundial em inspeção, verificação, análise e certificação.<br />
pt.info@sgs.com<br />
WWW.pt.sGs.com<br />
707 200 747*<br />
* seg. a sex. das 8h30 às 18h30.<br />
Textos elaborados segundo o novo Acordo Ortográfico
VI NEWS<br />
Olhão quer mais<br />
1.170 camas turísticas<br />
Em breve será lançado o concurso público<br />
para a criação de um núcleo de<br />
desenvolvimento turístico no concelho<br />
de Olhão, prevendo a criação de 1.170<br />
novas camas turísticas naquela região<br />
do Algarve.<br />
Em declarações à imprensa, o presidente<br />
da Câmara Municipal de Olhão explicou<br />
que «é um concurso que obriga a ter<br />
uma área com o mínimo de 25 hectares,<br />
porque aquilo que é pretendido pela autarquia<br />
é que seja feito um projeto com<br />
a qualidade urbanística e ambiental,<br />
visto que toda a envolvência a este tipo<br />
de crescimento tem como pano de fundo<br />
a Ria Formosa, uma das 7 Maravilhas<br />
Naturais de Portugal. Acreditamos que o<br />
futuro da economia passa pelo aproveitamento<br />
das potencialidades ambientais<br />
do concelho», defende.<br />
Uma decisão englobada na estratégia<br />
de desenvolvimento turístico daquele<br />
concelho do Sotavento, na qual encaixa<br />
também a ampliação do porto de<br />
recreio.<br />
Primeiro lifestyle<br />
hotel em Portugal<br />
chega a Portimão<br />
Localizado na primeira linha junto à<br />
praia da Rocha, Portimão, o Bela Vista<br />
Hotel & Spa é o primeiro lifestyle hotel<br />
gerido pelo grupo francês Phoniz Hotels<br />
em Portugal. Constituído por um palacete,<br />
a Casa Azul, e uma novíssima ala<br />
designada Bela Vista Jardim, disponibiliza<br />
38 quartos e suites decorados por<br />
Graça Viterbo. No palacete, construído<br />
em 1918, onde estão situados a receção,<br />
o bar, o restaurante com o seu terraço<br />
sobre o mar e a piscina exterior com um<br />
lounge bar, encontram-se 11 quartos. A<br />
Casa Azul tem apenas 7 quartos.<br />
O preço médio, por noite, de um quarto<br />
no Bela Vista Hotel & SPA oscila entre os<br />
150 e 500 euros. A partir de 2012, este<br />
lifestyle hotel contará ainda com o Bela<br />
Vista SPA.<br />
20<br />
ALGARVE<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
Primeiro resort da Obriverca avança em março<br />
de 2012<br />
A Obriverca está prestes estrear-se no desenvolvimento<br />
de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>, com o Golfe<br />
Praia da Marinha Resort, na zona de Lagoa,<br />
Algarve. O Presidente do Grupo, Eduardo<br />
Rodrigues, contou à VI que «é nosso objetivo<br />
arrancar com as obras em março de 2012», ressalvando<br />
contudo que a escolha dessa data «é<br />
uma opção estratégica, pois temos reunidas as<br />
condições para poder avançar ainda em 2011».<br />
Um projeto que «alia dimensão, pacatez e uma<br />
das melhores praias de Portugal», o Golfe Praia<br />
da Marinha Resort estará implantado num terreno<br />
com 2.500.000 m², e caracterizar-se-á pela<br />
baixa densidade de construção, prevendo-se<br />
que só venham a ser edificados até um máximo<br />
de 80.000 m². A localização é um dos pontos<br />
fortes do projetos, num terreno com 3 km de<br />
frente mar e com acesso à praia da Marinha,<br />
«considerada uma das 100 praias mais bonitas a<br />
nível mundial».<br />
Concebido pela WATG (Wimberly Allison Tong<br />
& Goo), o masterplan prevê que a circulação automóvel<br />
dentro do resort se faça aterrada, isto<br />
é, que os automóveis sejam deixados debaixo<br />
da superfície e que na zona do resort apenas de<br />
circule a pé ou em buggies, um fator distintivo<br />
que Eduardo Rodrigues considera ser «altamen-<br />
te diferenciador, além de ser um input importante<br />
para qualificar ainda mais o usufruto do espaço<br />
comum e de lazer». A oferta distribuir-se-á pelo<br />
alojamento em unidade hoteleira tradicional<br />
(hotel 5 estrelas) e pela componente imobiliária,<br />
com villas e apartamentos turísticos. «A comercialização<br />
deverá arrancar seis meses após o<br />
início da construção».<br />
Estimando um investimento na ordem dos 200<br />
milhões de euros, «o projeto deverá ficar pronto<br />
em 2014/ 15 e acreditamos que essa será uma<br />
altura fantástica para vender. A recuperação<br />
económica da Europa já vai dando os primeiros<br />
sinais e acontece a um ritmo diferente do de<br />
Portugal, e este é um produto muito orientado<br />
para exportação», explica Eduardo Rodrigues.<br />
«A nossa expetativa é colocar cerca de 70% do<br />
produto imobiliário junto de compradores internacionais<br />
e alocar 30% para consumo interno».<br />
Requalificação do Eurotel Altura custou 7 milhões<br />
de euros<br />
A zona oriental do Algarve vê reforçada a sua<br />
oferta hoteleira de gama alta, agora que já está<br />
concluída a remodelação e reestruturação do<br />
Eurotel Altura, um processo que representou<br />
um investimento de 7 milhões de euros pelo<br />
grupo Eurotel.<br />
Fundado em 1978, o Eutorel Altura está localizado<br />
na primeira linha da praia de Altura e<br />
sofreu, ao longo do ano 2010 e do primeiro<br />
trimestre de 2011, grandes e produndas remodelações,<br />
ao mesmo tempo que foi alvo<br />
da remodelação da sua imagem corporativa.<br />
O resultado é uma unidade hoteleira completamente<br />
renovada, adaptada às solicitações<br />
atuais do mercado, com 135 quartos, dos quais<br />
18 suítes, 54 quartos familiares superiores e 63<br />
quartos standart. Passou também a integrar<br />
um Spa & Wellness Center.<br />
Depois desta intervenção o Grupo Eurotel tem<br />
também previstas obras gerais de remodelação<br />
na sua outra unidade hoteleira, o Eurotel Tavira,<br />
«consolidando assim a aposta na sua estratégia<br />
de crescimento e reposicionamento».
EVENTOS<br />
22<br />
SIMA<br />
Saldo positivo no final<br />
da 2ª edição do SIMA<br />
Após quatro dias de certame, intensos em contactos de negócios e troca de<br />
experiências entre expositores e visitantes, muitos dos quais resultaram na<br />
concretização de negócios e parcerias, o balanço da segunda edição do SIMA<br />
– Salão Imobiliário de Angola teve um impacto positivo, garante a organização.<br />
E, à semelhança de 2010, este ano as empresas portuguesas voltaram a<br />
distinguir-se, reunindo a maior participação internacional.<br />
Reconhecido como o maior certame do sector<br />
imobiliário em Angola, o evento decorreu de 23<br />
a 26 de junho na FILDA – Feira Internacional de<br />
Luanda e contou a participação de pelo menos<br />
100 empresas oriundas de Angola, Portugal,<br />
Brasil e China. E, se a esmagadora maioria eram<br />
empresas de direito angolano (70%), mais uma<br />
vez Portugal distinguiu-se como o participante<br />
internacional mais fortemente representado.<br />
A realização deste Salão é mais uma prova<br />
do crescente esforço de profissionalização do<br />
mercado imobiliário angolano, que reconhece<br />
a importância de comunicar os projetos e de<br />
potenciar o networking.<br />
Funcionando como um instrumento de promoção<br />
e captação de investimento para o<br />
país, o SIMA é gerador de negócios. Contudo,<br />
e à data de fecho da edição, não estavam ainda<br />
disponíveis os valores finais relativos volume<br />
de negócios gerado nesta feira, a organização<br />
realça que os ganhos conseguidos na feira<br />
estão fundamentalmente assentes na abordagem<br />
que se fez em torno do lema «Habitação é<br />
para todos», dos contactos mantidos e das parcerias<br />
estabelecidas.<br />
Em 2011, a FIL – Feira Internacional de Luanda<br />
voltou a associar-se à APIMA – Associação dos<br />
Profissionais Imobiliários de Angola e à AIP<br />
FCE – Associação Industrial Portuguesa, Feiras<br />
Congressos e Eventos para a segunda edição<br />
do maior certame do sector em território<br />
angolano.<br />
Não perca a reportagem alargada do maior<br />
certame imobiliário de Angola, em exclusivo<br />
nas edição online da <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> Portugal<br />
e da VI-News Angola de julho. Saiba mais em:<br />
www.vidaimobiliaria.com<br />
www.vidaimobiliariaangola.com<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Odebrecht, Escom, Park Gest e Província<br />
do Huambo distinguidas pela organização<br />
A organização decidiu distinguir algumas<br />
das empresas e projetos em<br />
exposição no SIMA. O prémio Melhor<br />
Participação SIMA 2011 foi atribuído<br />
à Odebrecht, ao passo que os galardões<br />
para Melhor Projeto Imobiliário<br />
Habitacional e Melhor Projeto Imobiliário<br />
Comercial foram atribuídos à Escom<br />
e à Park Gest, respetivamente.<br />
Também a Província do Huambo esteve<br />
na ribalta, arrecadando o prémio de<br />
Melhor Participação Provincial.<br />
Foram também destacadas mais empresas e projetos, que a organização da feira considerou<br />
serem merecedoras de menções honrosas. Foi o caso do Consórcio SCI (Melhor Projeto<br />
Social), da portuguesa ADENE (Melhor Participação em Tecnologia) e da Mar Grandioso –<br />
Uniprev (Melhor Participação Internacional).<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> lança primeira revista de Angola<br />
O SIMA foi também o palco escolhido<br />
para a apresentação da primeira revista<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> Angola, totalmente<br />
dedicada ao mercado imobiliário angolano.<br />
Depois da aposta nos formatos<br />
online, tendo já um site (www.vidaimobiliariaangola.com)<br />
e uma newsletter<br />
mensal dedicadas ao mercado imobiliário<br />
de Angola, a publicação da primeira<br />
revista em formato físico (papel) representa<br />
um importante passo na aposta da<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> naquele mercado africano, ao mesmo tempo que vem solidificar a estratégia<br />
de internacionalização e a presença do título português no eixo Portugal – Brasil – Angola.<br />
JULHO 2011
MAIS INFORMAÇÕES<br />
www.epul.pt ● info@epul.pt ● 21 751 45 00<br />
REGENERAÇÃO<br />
E REABILITAÇÃO URBANA<br />
MARÇO 2011<br />
CICLO DE CONFERÊNCIAS EPUL<br />
REVISÃO<br />
DE PROJECTO<br />
27.SETEMBRO.2011<br />
AUDITÓRIO DO LNEC<br />
CONTRATAÇÃO<br />
PÚBLICA<br />
MAIO 2011<br />
GESTÃO DE<br />
EMPREENDIMENTOS<br />
NOVEMBRO 2011<br />
APOIO MEDIA PARTNER
EVENTOS ALMOÇO-CONFERÊNCIA VIDA IMOBILIÁRIA<br />
João Duque foi o key-note speaker<br />
do Almoço-Conferência <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong><br />
Ajuda Externa obriga<br />
à mudança de paradigma<br />
no sector <strong>residencial</strong><br />
O pacote de medidas impostas pela Troika no Memoradum of Understanding<br />
(MoU) terá um efeito benéfico na recuperação das finanças do país, mas a curto e<br />
médio prazo terá sérias implicações no desenvolvimento do sector imobiliário tal<br />
como o conhecemos. E é no sector <strong>residencial</strong> que se farão sentir as mudanças<br />
mais profundas, defende o professor e economista João Duque.<br />
O professor João Duque, um dos mais conceituados<br />
economistas portugueses, foi o key-<br />
-note speaker do primeiro almoço-conferência<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> de 2011, realizado a 28 de junho<br />
e que reuniu mais de 130 pessoas no Hotel<br />
Sofitel Lisbon Liberdade, em Lisboa.<br />
Sob o tema «Impacto do Acordo com a Troika<br />
no sector Imobiliário Português», o evento contou<br />
com os apoios da Aveleda, da CB Richard<br />
Ellis, do Eurohypo, Grupo SIL, Schmitt+Sohn,<br />
ULI Portugal, Sofitel e da Uría Menendez –<br />
Proença de Carvalho.<br />
Maior mobilidade dos<br />
portugueses impulsionará<br />
o arrendamento<br />
Um dos efeitos esperados das medidas impostas<br />
pela Troika no Mou passa pelo aumento<br />
da mobilidade das pessoas, «o que vai ser um<br />
26<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
João Duque, economista e professor no iSeG<br />
JULHO 2011
grande input para a alteração do paradigma<br />
habitacional» e, consequentemente, se espera<br />
que venha a estimular o mercado de arrendamento.<br />
Além de que «a redução do rendimento<br />
das famílias terá seguramente implicações no<br />
imobiliário».<br />
A continuação da posição defensiva pela banca<br />
será outro dos vetores a ter em conta, da<br />
mesma forma que a reforma do sistema judicial<br />
será fundamental para a área da habitação,<br />
considera o professor do ISEG, pois permitirá<br />
essencialmente agilizar os licenciamentos e reestruturar<br />
o regime de arrendamento. Mas, «de<br />
um modo geral, no capitulo dedicado ao mercado<br />
de arrendamento todas as medidas me parecem<br />
bem», afirmou João Duque.<br />
Atualmente e contrariamente ao que é o cenário<br />
comum à maioria da Europa, em Portugal<br />
dominam os proprietários de habitação, e<br />
este fracionamento da propriedade pode vir a<br />
revelar-se problemático no futuro. «Reconstruir<br />
e recuperar a copropriedade (condomínios) vai<br />
revelar-se um problema grave daqui a algumas<br />
dezenas de anos», devido à falta de fundos e à<br />
dificuldade de não só identificar os múltiplos<br />
proprietários, como de chegar a consenso.<br />
Financiamento: diferenciação<br />
entre na Banca vai aumentar<br />
Uma das grandes questões que dominam este<br />
Memorando de Entendimento prende-se com<br />
as consequências que a sua ação terá sobre o<br />
financiamento pela Banca, já bastante condicionado.<br />
João Duque é perentório ao defender<br />
que «de agora em diante vão notar-se mais<br />
as diferenças entre as ofertas de financiamento.<br />
Os bancos vão ser mais diferentes entre si nas<br />
propostas que apresentam, pois têm estruturas<br />
também diferentes». E deixou o alerta à plateia:<br />
«estejam atentos, pois provavelmente o<br />
processo de procura de fundos será mais demorado,<br />
mas isso talvez até possa vir a revelar-se<br />
benéfico».<br />
cerca de 130 pessoas reuniram-se no Hotel Sofitel para ouvir a opinião do key-note speaker<br />
sobre o impacto do MoU no desenvolvimento do sector imobiliário nacional<br />
«Portugal poderá ser<br />
um espaço logístico<br />
forte»<br />
Todas as crises encerram em si oportunidades,<br />
e face ao momento negativo<br />
que o nosso país vive é altura de<br />
repensar a visão estratégica do território<br />
português como espaço logístico,<br />
defende João Duque. Atendendo à localização<br />
do país, à entrada da Europa<br />
e na confluência de rotas vindas de<br />
África e da América, é sem dúvidas que<br />
o economista defende que «Portugal<br />
poderá ser um espaço logístico forte». O<br />
que, além de ser benéfico para o sector<br />
imobiliário, pode também empurrar o<br />
mercado nacional no caminho do aumento<br />
das exportações. Além de uma<br />
expetável «redução de custos para as<br />
empresas».<br />
Mas neste âmbito é preciso «reestruturar<br />
o que está feito e articular melhor<br />
com as ligações marítimas, rodo e<br />
ferroviárias».<br />
Estado tem impacto<br />
negativo na construção<br />
e imobiliário<br />
A curto e médio prazo «é muito provável<br />
que o Estado venha a ter um impacto muito<br />
negativo no sector da construção e do imobiliário»,<br />
dada a diminuição de encomendas<br />
de bens e serviços e uma quebra esperada<br />
no investimento. Além de que «é expetável<br />
que todas estas medidas de restrição se<br />
venham a fazer sentir até 2014, pois a atual<br />
estratégia orçamental deverá manter-se até<br />
aos próximos quatro anos».<br />
Não obstante os efeitos negativos mais<br />
imediatos, mesmo em cenários financeiramente<br />
negativos, «há sempre oportunidades<br />
e ameaças», pelo que «o MoU<br />
pode ser tenebroso para alguns, mas pode<br />
significar também uma oportunidade para<br />
outros».<br />
E, o que é facto é que «mercados mais<br />
confiantes atiram-se para investimentos<br />
de maior peso, e o imobiliário é um deles»,<br />
concluiu.<br />
27
28<br />
PONTO VISTA<br />
Para tornar este um mercado mais<br />
competitivo «é importante desenvolver<br />
uma marca de Turismo Residencial em<br />
Portugal», defende Eduardo Abreu,<br />
sócio da Neoturis, uma das mais<br />
conceituadas consultoras de Turismo<br />
portuguesas, e que em 2011 também já<br />
chegou ao Brasil.<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
Eduardo Abreu<br />
Sócio da Neoturis<br />
«É importante desenvolver<br />
uma marca de Turismo<br />
Residencial em Portugal»<br />
Na opinião do especialista, «pode ser interessante pensar numa forma de<br />
desenvolver uma marca de Turismo Residencial em Portugal que garanta<br />
níveis de qualidade e sustentabilidade de longo prazo aos projetos / imóveis<br />
em comercialização». Uma ação que pode, e deve, acontecer «independentemente<br />
das marcas que cada um dos empreendimentos promovam».<br />
Além de que «podem inclusivamente ser convidadas para o processo associações<br />
internacionais que promovem o desenvolvimento do mercado<br />
imobiliário».<br />
É voz corrente a intenção de posicionar Portugal como um destino premium<br />
de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>. Mas, para isso, não será necessário atrair o<br />
interesse de mais chancelas de luxo? E de que forma a saída de algumas<br />
marcas hoteleiras internacionais (ex: Westin ou Marriot) de <strong>resorts</strong> portugueses<br />
pode afetar a imagem no exterior?<br />
Não são notícias positivas a saída de marcas deste nível de Portugal. No<br />
entanto pode também referir-se a intenção já contratualizada de mar-
cas como a Aman, Hyatt ou Banyan Tree, assim como outras em processo<br />
de contratualização. Diria que a esse nível o caminho percorrido por<br />
Portugal e os seus promotores vai ser recompensado a prazo.<br />
Face à crise financeira e imagem negativa de Portugal no exterior,<br />
nesta fase continuam a haver investidores internacionais interessados<br />
em vir aplicar o seu dinheiro em projetos turísticos portugueses?<br />
Existem dois perfis de investidores internacionais a analisar projetos em<br />
Portugal. Por um lado, aqueles que antecipam oportunidades de adquirir<br />
a preços muito descontados projetos bem localizados e que esperam pelo<br />
timing certo para apresentar as suas propostas a proprietários, promotores<br />
e instituições financeiras. Por outro, aqueles que procuram parceiros nacionais<br />
para desenvolver projetos de média – grande dimensão, não tão<br />
agressivos em termos de valor descontado, mas que “exigem” modelos de<br />
negócio que associem parte do pagamento ao sucesso do projeto.<br />
recentemente a Neoturis expandiu-se para o Brasil. esta presença<br />
em São Paulo já resultou na atração de investimento para o sector<br />
em Portugal?<br />
Já estamos a trabalhar atualmente com investidores de origem brasileira<br />
que admitem investir em Portugal.<br />
e qual é o efeito que a crise em Portugal tem no comprador estrangeiro?<br />
o atual momento político e económico prejudica ou não o<br />
negócio aqui?<br />
2009 e 2010 foram anos de quebra acentuada da procura (2009 toda<br />
a Europa esteve em recessão, incluindo Reino Unido que é o principal<br />
cliente estrangeiro para segunda habitação em Portugal); em 2011 começa<br />
a verificar-se um regresso ao mercado ao nível de pedidos de informação<br />
e visita, regresso esse que está naturalmente longe de atingir a<br />
dinâmica de 2004 – 2008.<br />
O atual momento político e económico não é favorável ao negócio,<br />
nomeadamente em projetos não consolidados e/ou destinos ainda<br />
embrionários.<br />
Quais são os mercados mais compradores e quais aqueles que oferecem<br />
maior potencial de crescimento?<br />
O principal mercado externo é o Reino Unido que, mesmo perdendo<br />
quota de mercado, se manterá como o principal adquirente de segunda<br />
habitação em Portugal. Outros mercados que podem e devem ser trabalhados<br />
por Portugal e seus promotores, dividia em três grandes Grupos:<br />
um constituído pela Alemanha, Escandinávia e Benelux, um segundo<br />
pelo Brasil e Angola e um terceiro por Rússia, China e países de Leste.<br />
Importa, no entanto, assumir que, por exemplo Angola e Brasil em conjunto<br />
dificilmente absorvem mais de 5% do total da oferta que seja lançada<br />
no mercado nos próximos anos. Ou seja, se o Reino Unido representar<br />
50% do mercado, os restantes grupos representarão 45% do total.<br />
Hoje qual é, na sua perspetiva, o melhor modelo de desenvolvimento<br />
e de sustentabilidade financeira de um resort: avançar primeiro com<br />
a componente turística (hotel, golfe) ou dar prioridade à componente<br />
imobiliária e a venda desta (como era comum num passado recente)?<br />
Nas atuais condições de mercado a venda Turismo Residencial em planta<br />
não terá uma expressão significativa. Os compradores, mais prudentes,<br />
querem assegurar a irreversibilidade do projeto antes da aquisição pelo<br />
que naturalmente tendem para projetos já consolidados ou, pelo menos,<br />
para aqueles que tenham no terreno investimento efetuado em infraestruturas,<br />
golfe, hotel, marinas, etc. É uma reação natural à turbulência<br />
sentida no mercados nos últimos anos.<br />
tem tido notícias de muitas desistências de investimentos neste<br />
sector? Se sim, esse suposto efeito de «filtragem» dos investimentos<br />
/ projetos poderá ter um efeito benéfico?<br />
Não existem notícias públicas de desistências. É muito natural que nem<br />
todos os projetos anunciados avancem nos próximos 2/3 anos, mas também<br />
não deixa de ser verdade que alguns dos projetos anunciados nunca<br />
foram licenciados para promoção do responsável do licenciamento,<br />
mas sim para colocação em mercado. O mercado encarregar-se-á de demonstrar<br />
a capacidade de carga e timing de desenvolvimento dos vários<br />
projetos e destinos.<br />
Além dos tradicionais Sol & Mar e o Golfe, que outros produtos<br />
acredita terem maior potencial para serem desenvolvidos nos<br />
<strong>resorts</strong> portugueses, servindo-lhes como âncora de atração de<br />
turistas?<br />
Julgo que para além desses dois, naturais, existem possibilidades no<br />
sector da saúde / bem-estar que devem ser explorados. Mas mais importante<br />
que segmentar de forma estanque estes produtos, importa<br />
apostar na diversidade e fatores de atração de Portugal. A experiência<br />
de Golfe para quem mora há 20 anos em Vale de Lobo é diferente de<br />
quem vem passar um fim de semana a Portugal para jogar. A oferta de<br />
infraestruturas na área de influência, a programação cultural, o regime<br />
fiscal, a regularidade do transporte aéreo, entre muitos outros, constituem<br />
fatores de ponderação importantes na seleção do destino para<br />
uma segunda casa.<br />
Qual é, no seu entender, o potencial de crescimento (em vendas de<br />
unidades residenciais) do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> português nos próximos<br />
5 anos?<br />
É uma pergunta, no atual contexto, quase impossível de responder.<br />
Arriscaria que ter como objetivo comercializar 50 000 unidades residenciais<br />
até 2020 pode constituir um ponto de partida com possibilidade de<br />
concretização.<br />
o Alentejo é um dos principais pontos de interesse dos investidores<br />
em <strong>resorts</strong>, mas a verdade é que nesta fase (com exceção do<br />
troiaresort) ainda é praticamente inexistente a oferta nesta zona.<br />
Acredita que a maior parte dos projetos anunciados para aqui (especialmente<br />
os da zona do Alqueva) se vão concretizar?<br />
Julgo que se irão concretizar de forma mais lenta e com fases iniciais porventura<br />
mais reduzidas, não tão alavancadas em vendas imobiliárias, mas<br />
na criação de um destino turístico de perfil mais tradicional.<br />
e o novo aeroporto de Beja terá algum efeito dinamizador na<br />
procura?<br />
O novo Aeroporto de Beja terá um papel que pode ser positivo na dinamização<br />
do destino, sendo que não podemos depender da sua existência<br />
e tráfego gerado para desenvolver o destino Alqueva.<br />
29
30<br />
FORUM TURISMO RESIDENCIAL<br />
«Quais as suas expetativas<br />
face à abordagem que<br />
o novo governo fará ao<br />
Turismo Residencial?»<br />
reinaldo teixeira<br />
Garvetur, Administrador<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Gilberto Jordan<br />
Grupo Jordan, CEO<br />
O Turismo é reconhecidamente uma atividade<br />
essencial e de grande valor económico,<br />
para a maioria dos países. É portanto hoje em<br />
dia uma atividade muitíssimo competitiva e<br />
no hemisfério ocidental norte uma industria<br />
abrangente e madura. Portugal conseguiu no<br />
último meio século criar uma oferta bastante<br />
completa e em alguns poucos sectores coloca-<br />
-se na vanguarda. Em muitos países mais desenvolvidos,<br />
o rendimento disponível permite<br />
a um importante conjunto da população desfrutar<br />
das suas férias e dos seus tempos livres<br />
em localidades mais distantes da sua residência.<br />
Para estas famílias, economicamente mais<br />
abastadas, de determinados países e com uma<br />
JULHO 2011<br />
propensão maior à detenção de propriedade<br />
imobiliária isto significa o desejo e a eventual<br />
possibilidade de investir num bem imobiliário<br />
numa destas localidades, onde se fixará<br />
permanente ou pelo menos num prazo mais<br />
longo, para desfrutar este “tempo livre”. Em alguns<br />
casos assume até o caráter de “quase” <strong>residencial</strong>.<br />
Seja pela duração, natureza, dimensão<br />
ou valor desta opção. Não sendo Portugal<br />
competitivo em todos os segmentos da procura,<br />
vale a pena destacar e apostar naqueles no<br />
qual pode, de facto, conquistar uma quota de<br />
mercado interessante e de valia para a nossa<br />
economia e população. O <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />
é claramente um destes segmentos.<br />
O Turismo Residencial, tem vindo paulatinamente a conceptualizar-se e posicionar-se como<br />
um dos pilares da nossa oferta turística, principalmente na Região do Algarve.<br />
Relativamente à abordagem do novo governo, as expectativas só podem ser animadoras pois<br />
julgo estarem reunidas as condições para o país ocupar uma posição de relevo neste sector,<br />
desde que seja dada a devida importância a este produto que, ao longo dos anos, tem sido<br />
relegado para segundo plano, nomeadamente a nível da promoção.<br />
Urge por isso maior cooperação entre entidades públicas e privadas, no sentido de obter melhoria<br />
em diferentes vertentes na concepção do produto imobiliário e zonas públicas envolventes,<br />
de forma a satisfazer os níveis de exigência da procura actual e futura dos mercados<br />
investidores.<br />
Requalificação das zonas urbanas, aliando as questões ambientais/sustentabilidade ao desenvolvimento<br />
do território, e delimitando as zonas de construção e tipo de uso do solo, bem como a instalação de equipamentos de interesse<br />
público, tendo especial atenção às acessibilidades e paisagismo, de forma a ganharmos mais qualidade competitiva.<br />
O marketing deve ser planeado e executado de forma a capitalizar a nossa oferta complementar. Portugal deverá ser amplamente promovido<br />
como destino de segunda habitação, em conjunto com o Turismo de Portugal, através de campanhas por segmentos de <strong>turismo</strong>/ região.<br />
As expetativas passam ainda por uma retoma económica a nível mundial, com especial incidência nos principais mercados emissores, pelo<br />
que urge posicionar Portugal e principalmente o Algarve, como o melhor destino de imobiliário <strong>residencial</strong> da Europa.
eduardo Abreu<br />
Neoturis, Partner<br />
Ann charnock<br />
Jones Lang LaSalle, Diretora de Corporate Solutions<br />
Os profissionais do sector já estarão, com certeza,<br />
a trabalhar junto do governo para desenvolver<br />
um programa para o Turismo Residencial compatibilizado<br />
com os objetivos da Troika, pelo que farei<br />
apenas uns comentários marginais ao assunto.<br />
Num recente estudo internacional sobre o <strong>turismo</strong><br />
em Portugal, 45% dos inquiridos continuam<br />
a associar sol e mar à imagem de Portugal,<br />
e 42 % preza a boa relação qualidade/preço. Ou<br />
seja, sol, praia, boa comida e dormida a um preço<br />
mais ou menos razoável.<br />
Os resultados não são maus, mas não são propriamente<br />
agitantes e considero que poderiam<br />
ser melhores, se fossem feitas associações a<br />
outros fatores relacionados com a imagem de<br />
Portugal. Devemos ser muito mais para muito<br />
mais pessoas, ou seja, uma diversificação de fatores<br />
de atração para segmentos do mercado,<br />
por sua vez, diversificados e alargados, porque<br />
temos as melhores condições climatéricas e geográficas<br />
para tal. A relação qualidade / preço<br />
requer uma política de preço muito bem desenvolvida<br />
e estruturada a médio e longo prazo, o<br />
que implica um compromisso a vários níveis.<br />
Para desenvolver o Turismo Residencial, terá de<br />
ser integrado numa política de <strong>turismo</strong> virada<br />
para o século XXI . Este segmento económico<br />
tem as melhores potencialidades para ser o<br />
segmento económico.<br />
A nível imobiliário, e até 2009, foram desenvolvidos<br />
projetos, alguns com classificação<br />
PIN, bastante assustadores. Lotes de terreno<br />
para complexos turísticos com densidades de<br />
construção onde o turista, ou comprador de<br />
<strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>, praticamente partilhava<br />
a sua intimidade com o vizinho. Projetos com<br />
características muito pouco atrativas, sobretudo<br />
para os segmentos estrangeiros, para<br />
os quais foram destinados a nível de preço,<br />
sendo muito caros e com cada vez menos<br />
qualidade.<br />
Deveria haver um trabalho de identificação<br />
e caracterização de segmentos etários para<br />
desenvolver produtos diversificados (sénior,<br />
famílias, jovens), benchmarking com países e<br />
propriedades concorrentes para assegurar posicionamento<br />
e um prazo mais curto de aprovação<br />
a nível camarário para poder ser concorrencial<br />
financeiramente, não apenas a nível<br />
nacional mas também internacional, com um<br />
preço que permita vender e com devida atenção<br />
para a questão dos impostos.<br />
O programa do Governo, no que concerne ao capítulo do Turismo, não explicita de forma direta<br />
ou indireta o Turismo Residencial enquanto objeto de qualquer política / iniciativa, facto que<br />
pode causar alguma preocupação em relação à prioridade dada ao produto.<br />
Não obstante, a ênfase dada ao longo do programa no crescimento económico/exportações,<br />
apoio ao investimento estrangeiro, criação de emprego e desburocratização dos processos de<br />
licenciamento, deixa clara a contribuição que o Turismo Residencial pode ter no atual contexto.<br />
Haverá poucos sectores de atividade que cumpram estes objetivos (ou que deles necessitem<br />
no caso da desburocratização) como o Turismo Residencial. Capta investimento estrangeiro de<br />
promotores e investidores em produto final, enquadra-se no cluster turístico que é inequivocamente<br />
exportador (e com elevado nível de incorporação nacional) e é criador de emprego<br />
intensivo e qualificado.<br />
Acresce que o Ministro da Economia, em textos recentes, tem defendido a atração de reformados do Norte da Europa como podendo ter impacto<br />
estrutural na nossa economia (fala mesmo na Flórida da Europa) pelo que a expectativa é elevada em relação a políticas de promoção, apoio ao<br />
financiamento e enquadramento fiscal que serão implementadas nos próximos meses (inclusive no orçamento de Estado para 2012).<br />
Será também importante que o sector apresente as suas propostas e a argumentação do fit do Turismo Residencial com as preocupações expressas<br />
pelo Governo, no sentido de evoluir para uma explicitação direta do Turismo Residencial como estratégico para a economia nacional<br />
nos vários documentos / iniciativas que decorrerão do programa do Governo.<br />
31
32<br />
FORUM TURISMO RESIDENCIAL<br />
Jorge Botelho Monis<br />
BES, Responsável Bolig i Portugal<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Margarida caldeira<br />
Broadway Malyan Portugal, Diretora Geral<br />
No novo Plano Estratégico Nacional do Turismo,<br />
aprovado ainda na anterior legislatura, o Turismo<br />
Residencial e os Resorts Integrados foram pela<br />
primeira vez considerados produto estratégico,<br />
integrado nas linhas de desenvolvimento do<br />
sector. O objetivo para Portugal deverá ser crescer<br />
em qualidade e não em quantidade, tirando<br />
o maior partido dos elementos diferenciadores<br />
(clima e luz; história e cultura; hospitalidade; e<br />
diversidade concentrada) e qualificadores (autenticidade<br />
moderna, segurança e excelência na<br />
relação qualidade/preço).<br />
As nossas expectativas vão no sentido de que<br />
esta visão ambiciosa seja de facto exequível!<br />
Para tal será desejável a tomada de medidas con-<br />
Os primeiros sinais são muito positivos, percebemos que existe vontade efetiva de trabalhar<br />
este sector de forma estratégica – notamos essa atitude também da parte do Turismo de<br />
Portugal. Simultaneamente, a recente criação da Associação Nacional de Resorts irá seguramente<br />
dar um excelente impulso ao sector, a começar pelo estudo do mesmo em conjunção<br />
com outras entidades.<br />
Andrew Heard<br />
HN Hospitality, Business Development Diretor<br />
Entendo que este governo deve fazer uma análise<br />
SWOT profunda dos últimos 10 anos e do<br />
momento presente antes de anunciar planos<br />
generalizados para o <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>. De<br />
facto, vivemos num período em que nos defrontamos<br />
com ameaças de diferentes ângulos<br />
que se não forem eliminadas irão destruir esta<br />
área tão vital para a economia portuguesa.<br />
O governo socialista simplificou o processo de<br />
licenciamento, mas existem ainda aspetos na lei<br />
que precisam de se tornar mais práticos, como a<br />
atribuição de subsídios e até mesmo do QREN,<br />
sem os quais é extremamente difícil investir em<br />
hotéis 4 e 5 estrelas de referência. Por outro lado,<br />
sem o Turismo Residencial é muito complicado<br />
construir hotéis, na medida em que o dinheiro<br />
que advém da venda das casas constitui uma parte<br />
importante do financiamento.<br />
JULHO 2011<br />
cretas que impulsionem este produto turístico,<br />
atualmente estagnado no mercado imobiliário.<br />
Tudo poderá passar pelo incentivo à criação de<br />
Resorts integrados associados com outras ofertas<br />
turísticas (Turismo Náutico, “Culturtainment”,<br />
Sáude e Wellness, etc), não confundindo o<br />
Turismo Residencial com negócio imobiliário.<br />
Estas soluções serão sempre apoiadas num design<br />
de excelência, tanto na vertente ambiental<br />
e urbanística. No entanto, esta aposta na qualificação<br />
só será real se o produto nacional assegurar<br />
também a excelência na relação qualidade/<br />
preço, devendo para tal ser assumidas medidas<br />
fiscais – redução de IMI e IMT – que complementem<br />
a estratégia definida.<br />
Para o Turismo Residencial do Algarve ainda<br />
há muito a fazer em matéria de voos e rotas.<br />
Os baby boomers do mercado escandinavo<br />
querem comprar no Algarve, mas precisam<br />
de voos diretos. Os alemães, por sua vez, só<br />
têm voos diretos para Faro em parte do ano;<br />
nos meses de inverno têm que recorrer a vários<br />
voos de ligação o que torna o destino<br />
pouco atrativo.<br />
Além disso, é importante haver uma promoção<br />
consistente de Portugal no exterior, que<br />
transmita a imagem de um país moderno e sofisticado,<br />
com uma oferta turística e <strong>residencial</strong><br />
variada.<br />
Em suma, precisamos que o Governo tenha<br />
uma abordagem integrada que englobe áreas<br />
desde as infraestruturas, legislação e incentivos,<br />
até ao marketing.
DOSSIER<br />
TURISMO<br />
RESIDENCIAL<br />
& RESORTS<br />
Entrando na esfera quer do imobiliário, quer do <strong>turismo</strong>, o Turismo Residencial é um dos produtos<br />
com maior potencial de crescimento em Portugal e que pode ser um importante contributo<br />
positivo para a recuperação do estado das finanças portugueses, ao estar direcionado sobretudo<br />
para a exportação.<br />
Se, no seio do imobiliário este potencial é francamente reconhecido, há agora muito trabalho a<br />
desenvolver junto das autoridades competentes e opinião pública, com vista a fortalecer a imagem<br />
– interna e externa – do sector e a criar mecanismos que aumentem a competitividade do<br />
mercado português.<br />
A recente criação da Associação Portuguesa de Resorts foi um importante passo nesse sentido, e<br />
estão já a ser desenvolvidos contactos com o Turismo de Portugal com vista à criação de uma estratégia<br />
de comunicação comum, que beneficie todos, o país, o <strong>turismo</strong> e o <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>.<br />
Ao contrário de anos anteriores, o dossiê de 2011 terá uma listagem muito mais reduzida de<br />
projetos de <strong>resorts</strong> planeados e em desenvolvimento em Portugal. É que à sombra da profunda<br />
crise financeira que afeta o nosso país, multiplicam-se as dúvidas quanto à sobrevivência (no<br />
caso, à concretização) de muitas das intenções de investimento anunciadas. Uma dúvida que se<br />
adensa quando começam a surgir na imprensa notícias da insolvência de promotores e projetos<br />
dos mais emblemáticos.<br />
O cenário mudou! E, como consequência, também terá de mudar a estratégia dos investidores<br />
e promotores. Reposicionar e redimensionar projetos, atrair chancelas internacionais reconhecidas,<br />
reforçar muito nas vendas e marketing… mais do que ideias, são estas as tendências atuais<br />
neste mercado onde a força deixou de estar do lado do vendedor, para se tornar autenticamente<br />
num «mercado do comprador».<br />
34<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011
Moradia da autoria do arquiteto Gonçalo Salazar de Souza<br />
35<br />
© Pestana Eco Tróia Resort
36<br />
DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />
Mercado quer comprovar a irreversibilidade dos projetos<br />
Oferta continua a crescer,<br />
mas com maior cautela no<br />
lançamento de novos <strong>resorts</strong><br />
Com o aprofundar da crise, arrefeceu o lançamento de novos projetos de <strong>resorts</strong><br />
em Portugal. E, apesar do volume de projetos em pipeline, poucos são os que nos<br />
últimos meses avançaram para obras. É que os tempos ditam uma maior cautela,<br />
e numa altura em que o financiamento continua restringido, muitos promotores<br />
optam por recalendarizar e reformular os seus projetos.<br />
Mas, isto não significa de todo que o mercado esteja parado, apenas mais lento.<br />
E, a comprová-lo, nos últimos meses iniciaram-se os trabalhos em alguns<br />
dos mais ansiados empreendimentos, caso do Verdelago Resort, em Altura<br />
(Algarve) ou do Pestana Troia Eco-Residences (Costa Alentejana). Passos mais<br />
avançados já foram dados em complexos como o L’And Vineyards, cujas primeiras<br />
infraestruturas já entraram em funcionamento, no Onyria Palmares<br />
Beach & Golf Resort ou no Cascade Resort, ambos na zona de Lagos.<br />
ALGArVe<br />
concelho Projeto Promotor<br />
Portimão<br />
Lagos<br />
Lagoa<br />
Loulé<br />
castro<br />
Marim<br />
invest.<br />
(previsão)<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
Pelas suas condições naturais, Algarve e Alentejo mantêm-se como as zonas<br />
preferidas dos investidores para futuros projetos, sendo também aí que<br />
se encontram os empreendimentos em fase mais avançada. Mais a Norte, o<br />
Oeste mantém-se também como um destino privilegiado para a prática de<br />
golfe e, consequente, atrativo para o desenvolvimento de <strong>resorts</strong> integrados.<br />
Abaixo, conheça a súmula de alguns dos mais emblemáticos investimentos<br />
projetados ou em curso nestes destinos.<br />
oferta Hoteleiro<br />
Quinta da Praia (22,5 ha) HN 150 M€ hotel 5* Hilton (175 �), 197 unidades residenciais Hilton<br />
CS Morgado do Reguengo<br />
Resort (1.400 ha)<br />
Grupo CS<br />
57 M€<br />
(1ª fase)<br />
717 unidades turísticas<br />
CS Hotels<br />
& Resorts<br />
Palmares Resort (180 ha) � Grupo Onyria 300 M€ 1.740 camas turísticas Onyria Resorts<br />
Meia Praia Bay Resort (13,7 ha) Grupo SDTL 100 M€ 291 quartos de hotel, 152 moradias em aldeamento turístico sd<br />
Cascade Resort (38 ha) Espaço 2200 100 M€ hotel 5* (86 un), 12 moradias, 53 apartamentos sd<br />
Praia da Marinha Resort (200 ha) Obriverca 200 M€ 3 Núcleos de desenvolvimento imobiliário sd<br />
Marina de Ferragudo Resort & Spa Temple 54 M€ Hotel (161�), 185 apartamentos turisticos sd<br />
Cidade Lacustre (850 ha) Lusort<br />
1.292<br />
M€<br />
316.000 m² edificáveis. Área <strong>residencial</strong> (188.500 m²)<br />
com moradias, 14.000 m² de zonas comerciais.<br />
113.500 m² para unidades turísticas (3.000 camas)<br />
sd<br />
Quinta da Ombria Hotel Spa<br />
& Golf Resort<br />
Pontos Group 200 M€ Até 1.785 camas turísticas sd<br />
Conrad Algarve Palácio da Quinta � Imocom 89 M€ hotel 6* (150 �), 115 unidades residenciais Conrad<br />
Vale do Lobo II e III (400 ha) � Vale do Lobo 500 M€ 500 moradias e um novo hotel 5* (180 �) sd<br />
Vilamoura Golf & Garden Resort (69 ha) � Grupo Oceânico 600 M€ 700 unidades residenciais sd<br />
VerdeLago Resort (97 ha) � Inland 259 M€<br />
340 unidades imobiliárias entre apartamentos e moradias;<br />
hotel 5 * (197 �), centro de congressos<br />
Westin<br />
Quinta do Vale Golf Resort (100 ha) �<br />
Golf Quinta<br />
do Vale SA<br />
91 M€<br />
Campo golfe 18 buracos championship, hotel 5* (125 �),<br />
66 moradias, aldeamento turístico (57 moradias) marina<br />
Sol Meliã
ALeNteJo<br />
concelho Projeto Promotor<br />
Grândola<br />
Alcácer<br />
do Sal<br />
reguengos<br />
de<br />
Monsaraz<br />
Mourão<br />
Montemor-<br />
-o-Novo<br />
Ponte<br />
de Sôr<br />
reGião oeSte<br />
Pestana Troia<br />
Eco-Resort &<br />
Residences<br />
(100 ha) �<br />
TroiaResort<br />
(486 ha) �<br />
Pinheirinho ,<br />
a Hyatt Golf &<br />
Beach Resort<br />
(800 ha) �<br />
Herdade da<br />
Comporta<br />
(12.500 ha, dos<br />
quais 742 são<br />
as 2 ADIT) �<br />
Barrosinha<br />
Nature Farm<br />
Resort<br />
(2.000 ha)<br />
Roncão<br />
d’El Rey �<br />
L’ And Reserve<br />
(283 ha)<br />
L’And Vineyards<br />
(66ha) �<br />
CS Montargil<br />
Lake Resort �<br />
Pestana Hotels<br />
& Resorts<br />
Sonae<br />
Turismo<br />
invest.<br />
(previsão)<br />
90 M€<br />
450 M€<br />
Pelicano 250 M€<br />
Grupo<br />
Espírito<br />
Santo<br />
1.130 M€<br />
Imovia 600 M€<br />
SAIP<br />
Sousa<br />
Cunhal<br />
Turismo<br />
Sousa<br />
Cunhal<br />
Turismo<br />
Grupo CS<br />
80 M€<br />
(1ª fase)<br />
142 M€<br />
44 M€<br />
30 M€<br />
(hotel)<br />
concelho Projeto Promotor<br />
Óbidos<br />
oferta Hoteleiro<br />
82 lotes para moradias, 34 apartamentos,<br />
43 moradias geminadas e aparthotel com 150 quartos<br />
3 hotéis apartamento 4* (376 Ñ), hotel 5* (Amorim Turismo)<br />
727 apartamentos turísticos e moradias, centro de congressos, Casino,<br />
Business Center, centro comercial, marina (184 postos de amarração),<br />
campo de golfe 18 buracos, centro de observação natureza, complexo<br />
desportivo, Spa, clube de praia<br />
204 moradias, apartamentos, residências, hotel 5* Park Hyatt (106 Ñ),<br />
Pure Spa, beach club, zona comercial, campo de golfe<br />
2 áreas de desenvolvimento turístico (ADIT). ADIT2 (365 ha, mais orientada<br />
para o golfe): 2 hotéis, 2 hotel-apartamento, 350 unidades em aldeamento<br />
turístico, 250 moradias, 2 campos de golfe de 18 buracos. ADIT 3 (377 ha,<br />
mais perto da praia e mais orientado para a natureza): 4 hotéis, 1 hotel apartamento,<br />
760 casas em aldeamento turístico, 210 lotes de moradias, campo<br />
de golfe de 18 buracos (100 ha) capacidade até 12.500 camas turísticas<br />
199.500 m² de ABC: 1 hotel resort 5* (150 quartos e 160 villas), 1 hotel 4*<br />
(80 Ñ) e um Spa de vinoterapia, 11 aldeamentos turísticos de 4*, 1 campo<br />
de golfe de 18 buracos, centro médico, oficinas de ofícios, equipamentos<br />
de lazer e animação, restauração, bares<br />
1ª fase - Hotel do Monte (81Ñ), Campo de Golfe com Club House, Wine<br />
Club. Quando concluído: 7 hotéis, 4 campos de golfe, aldeamentos<br />
turísticos, 2 marinas, centro equestre, campo de férias. Unidades de<br />
saúde, produção de agricultura biológica, centro de avifauna e percursos<br />
de observação da natureza, centros de conferências, praia fluvial, parque<br />
arqueológico, reserva animal e uma quinta pedagógica<br />
Hotel & Spa Banyan Tree 5*(55 quartos e 20 unidades para venda),<br />
215 unidades em aldeamentos turísticos, campo de golfe de 18 buracos,<br />
espaços para eventos, centro naútico. Vinha, micro-adega, restaurante,<br />
clube de vinho<br />
290 unidades de alojamento turístico<br />
aldeamento turístico de 5* constuído por 7 núcleos de moradias (145<br />
unidades) 1 zona de moradias em banda de um só piso, restaurante,<br />
wineclub, organic Spa, fitness center, piscina, adega, hotel<br />
CS Montargil Lake Hotel 5 * (105 Ñ), SPA, centro náutico (49 postos de<br />
amarração), 3 aldeamentos turísticos, golfe e centro hípico<br />
Conceitos: náutica, golfe e <strong>turismo</strong> equestre<br />
invest.<br />
(previsão)<br />
37<br />
Pestana<br />
Hotels &<br />
Resorts<br />
Blue &<br />
Green;<br />
Aqualuz<br />
Hyatt<br />
Hotels &<br />
Resorts<br />
sd<br />
sd<br />
Alila<br />
Hotels &<br />
Resorts<br />
Banyan<br />
Tree<br />
CS Hotels<br />
& Resorts<br />
oferta Hoteleiro<br />
Falésia D’el Rey (230 ha) Grupo Béltico 230 M€ 475 unidades residenciais. Hotel 5* sd<br />
Royal Óbidos, Spa & Golfe<br />
(136 ha) �<br />
MSF Tur.Im / 200 M€<br />
condominium hotel 4*, hotel 5*<br />
(100 quartos), 600 unidades imobiliárias. Golfe<br />
Bom Sucesso (157 ha) � Acordo SGPS 398 M€ 1.100 unidades residenciais, Hotel (120 �) Hilton<br />
Quintas de Óbidos –<br />
Country Club (57,6 ha)<br />
Quintas de Óbidos - Investimentos<br />
Turísticos e Imobiliários<br />
100 M€ 79 villas hotel 5* (80 quartos) sd<br />
sd
DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />
Conferência «Turismo Residencial – Desafios e Oportunidades»<br />
Promoção Ativa do Turismo<br />
Residencial Português<br />
no exterior precisa-se<br />
Reconhecido que está o potencial de crescimento e desenvolvimento que o<br />
<strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> pode ter na economia portuguesa, para que se fortaleça<br />
como exportador, é preciso agora investir forte na comunicação e marketing<br />
do produto a nível internacional. Mais do que nunca, hoje é fundamental uma<br />
promoção ativa do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> no exterior, com vista a atrair mais e mais<br />
investidores ao país.<br />
Esta foi uma das grandes conclusões retiradas da<br />
5ª edição da conferência «Turismo Residencial<br />
– Desafios e Oportunidades», organizada anualmente<br />
pela <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> em parceria com<br />
a Viva In Portugal e a Neoturis | CB Richard Ellis.<br />
Este ano, a península de Troia voltou a ser o palco<br />
escolhido, desta feita no Centro de Eventos<br />
Aqualuz, onde no dia 8 de julho estive reunida<br />
uma plateia de cerca de 80 pessoas.<br />
O evento contou com o patrocínio da Adene –<br />
Agência para a Energia, Roca, Schmitt+Sohn,<br />
Zon, Securitas e do TroiaResort.<br />
reforçar no Marketing e Vendas<br />
No que toca ao marketing e comunicação<br />
internacional do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> português,<br />
«o sector está muito atrasado em relação<br />
ao Turismo, no geral, que está muito mais desenvolvido».<br />
Aliás, «até agora Portugal nunca<br />
fez campanhas de marketing internacionais<br />
especialmente direcionadas para a promoção<br />
do país como destino de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>»,<br />
disse Diogo Gaspar Ferreira, Presidente<br />
da Associação Portuguesa de Resorts e<br />
Presidente do Conselho de Administração de<br />
Vale do Lobo.<br />
38<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
Mesa de debate. Da esquerda para a direita: teresa Ferreira, ricardo Diniz, Pedro Seabra,<br />
João carvalho das Neves e rui D’Ávila<br />
De facto, «nos últimos 20 anos tem-se feito uma<br />
enorme campanha para atrair turistas para<br />
Portugal. E está agora na hora de fazer também<br />
uma aposta em campanhas que atraiam turistas<br />
para investir em segunda residência cá».<br />
Considerando que «o <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> é um<br />
dos sectores onde Portugal tem bastante know-<br />
-how e uma franca capacidade de crescimento»,<br />
o especialista lamenta que «Portugal nunca tenha<br />
feito nada verdadeiramente importante em<br />
relação à promoção externa deste produto, e por<br />
isso há muito trabalho para desenvolver neste<br />
âmbito. Mais do que nunca, é preciso reforçar a<br />
aposta no Marketing e nas vendas».
Diogo Gaspar Ferreira, Presidente<br />
da Associação Portuguesa de <strong>resorts</strong> eduardo Abreu, Partner da Neoturis<br />
Uma perspetiva partilhada por Rui D’Ávila, administrador<br />
da Sonae Turismo, que acrescentou<br />
que «em Portugal há muito produto construído<br />
e disponível para venda. É mesmo preciso<br />
fazer agora uma campanha forte que transmita<br />
a mensagem “Buy House in Portugal”».<br />
Potencial para ganhar 10%<br />
de quota de mercado<br />
«Acredito que Portugal esteja hoje em quarto<br />
lugar no Turismo Residencial da Europa», logo<br />
atrás de Espanha, França e Itália, diz Diogo<br />
Gaspar Ferreira. «Temos uma forte posição dentro<br />
deste sector, e provavelmente somos o segundo<br />
destino mais conhecido no mercado inglês,<br />
logo após Espanha».<br />
Nas contas apresentadas pelo Presidente da<br />
APR, «em situações normais o mercado de segunda<br />
habitação vende cerca de 100.000 unidades<br />
por ano na Europa, metade das quais em<br />
Espanha. Nesses períodos, Portugal é responsável<br />
pela venda de 3.000 casas ano, garantindo assim<br />
uma quota de mercado de 3%». Na posse destes<br />
números, Diogo Gaspar Ferreira não hesita<br />
em afirmar que «temos potencial de crescimento,<br />
para aumentar a nossa quota de mercado de<br />
Portugal tem de estar coordenado<br />
Ricardo Diniz, cofundador e presidente da<br />
regata Portugal Ocean Race foi um dos convidados<br />
na mesa redonda, onde partilhou a<br />
sua experiência de divulgação de Portugal<br />
nos eventos que promove. Se queremos<br />
crescer no Turismo «Portugal tem de estar<br />
coordenado», começou por dizer.<br />
Não obstante as dificuldades que se apresentam,<br />
é fundamental não ser dominado<br />
pelo negativismo. «Quem faz Portugal são<br />
os portugueses, e não devíamos precisar de<br />
«Retoma Económica do País passa<br />
pelo Turismo Residencial»<br />
A encerrar a sessão esteve presente a recém-empossada<br />
Secretária de Estado do<br />
Turismo, Cecília Meireles, que sublinhou<br />
a importância do sector ao afirmar que<br />
A Secretária de estado do <strong>turismo</strong>,<br />
cecília Meireles, encerrou a sessão<br />
estímulos negativos externos para nos unirmos<br />
em defesa do nosso país», rematou.<br />
A importância dos grandes eventos realizados<br />
em Portugal na promoção da imagem<br />
do destino foi um dos temas em destaque<br />
na conferência. Até porque estes<br />
«são mecanismos que ajudam a posicionar<br />
o país, e é preciso continuar a trabalhar<br />
para crescer neste âmbito, pois os eventos<br />
dinamizam um destino», explicou Teresa<br />
Ferreira.<br />
«a retoma económica do país passa pelo<br />
Turismo, que tem um peso de 12% no PIB.<br />
E, inevitavelmente, terá de passar também<br />
pelo produto do Turismo Residencial».<br />
39
DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />
3.000 para 10.000 casas por ano no médio prazo,<br />
ou seja, crescer de 3% para 10% no médio prazo,<br />
e para atacar uma faixa no segmento médio-alto<br />
e alto».<br />
A venda de 10.000 unidades de Turismo<br />
Residencial por ano pode representar para<br />
Portugal exportações na ordem dos 2.000<br />
milhões de euros diretos (mais que a Auto<br />
Europa), criando paralelamente milhares de<br />
postos de trabalho diretos e indiretos.<br />
Mas, para isso «é necessário implementar uma<br />
estratégia a 10 anos, com sucesso. E que obriga<br />
a uma forte aliança entre todos os players: sector<br />
público, promotores, construção civil, banca e<br />
<strong>turismo</strong>».<br />
João Carvalho das Neves, economista e professor<br />
do ISEG, considera que «é preciso fazer<br />
uma boa gestão do stock existente do Turismo<br />
Residencial, isto é, dar prioridade a vender o que<br />
já está feito». Reforçando a ideia «que é preciso<br />
fazê-lo de forma a que todos os agentes participem»,<br />
o economista considera que «os bancos<br />
têm de perceber que isto também será um bom<br />
negócio para eles. Pois, ao invés de ficarem com<br />
um grande passivo alocado a um bom projeto,<br />
vão distribuir o risco».<br />
União faz a força também<br />
no <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />
A necessidade de união dos diferentes players<br />
do sector na promoção deste produto turístico<br />
é evidente, sendo esta uma ideia que reúne<br />
o consenso de todos os intervenientes nesta<br />
conferência. Por isso, daqui para frente «temos<br />
de trabalhar de forma mais consertada a promoção<br />
do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> em Portugal», realçou<br />
Teresa Ferreira, diretora do departamento de<br />
produtos e destinos do Turismo de Portugal.<br />
«Um bom sinal que este sector já está numa fase<br />
de maturação interessante é o facto de os promotores<br />
de <strong>resorts</strong> já se estarem a unir numa<br />
associação que lhes dá voz como um todo e que<br />
já manifestou o interesse em trabalhar conjuntamente<br />
com o Turismo de Portugal», considera<br />
a responsável. «A constituição da Associação<br />
Portuguesa de Resorts é um bom sinal do amadurecimento<br />
do sector, até porque graças a ela<br />
já temos agora um interlocutor definido para<br />
discutir as questões mais importantes para o desenvolvimento<br />
deste mercado, permitindo-nos<br />
trabalhar de forma mais articulada e, consequentemente,<br />
avançar nos nossos propósitos de<br />
uma forma mais célere».<br />
40<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
o evento decorreu no centro de eventos Aqualuz, no troiaresort<br />
Portugal tem de saber<br />
«vender-se» lá fora<br />
Embora até ao período 2006-2007 tenha existido,<br />
no global, mais procura do que oferta no<br />
Turismo Residencial, o que aconteceu, considera<br />
Eduardo Abreu, é que «mais do que vendermos,<br />
nós fomos comprados», situação que hoje<br />
tem de ser invertida. Daí a necessidade de «alocar<br />
verbas a Marketing e a distribuição proporcionais<br />
ao volume de negócios esperado».<br />
Contudo, o especialista deixou uma nota de<br />
alerta, já que «devido à associação de Portugal<br />
«Há uma megalomania reguladora»<br />
O administrador da Sonae Turismo criticou<br />
aquilo que considera ser «a megalomania<br />
reguladora que existe em Portugal,<br />
sobretudo no que toca à edificabilidade, e<br />
que torna caríssimo investir no nosso país».<br />
Sendo este um aspeto irreversível nos <strong>resorts</strong><br />
já existentes, há um conjunto de tópicos<br />
que podem ser alterados com vista a<br />
tornar o nosso país mais «friendly» para os<br />
investidores.<br />
Em primeiro lugar, defende Rui D’Ávila, «é<br />
preciso rever a regulamentação inerente à<br />
ao risco financeiro, nos próximos dois a três anos<br />
a tendência deverá ser um bocadinho reverter a<br />
estratégia que tem sido “normal” até aqui – que<br />
é vender o destino Portugal – e passar antes a<br />
vender o Turismo Residencial em Portugal», defende.<br />
E, mais uma vez, aqui o Marketing pode<br />
desempenhar um papel muito importante, e<br />
deve caber-lhe «disponibilizar pack de informação<br />
que responde às dúvidas dos compradores».<br />
Além disso, acrescentou Rui Ávila, «a capacidade<br />
de criar uma mensagem emocional a quem<br />
nos visita é muito importante».<br />
edificabilidade». Depois, importa «retirar<br />
tudo o que é ruído no que toca ao ordenamento<br />
e urbanismo» disse, reconhecendo<br />
contudo que «urbaniza-se e ordena-se muito<br />
melhor hoje, mas não nos podemos dar<br />
ao luxo de ter de esperar largos anos para<br />
planear o desenvolvimento de uma região».<br />
Por fim, considera Rui D’Ávila é também importante<br />
a questão da «adaptabilidade de<br />
horários» aquando da fase de exploração, e<br />
«compensar na época baixa o que será necessário<br />
trabalhar a mais na época alta».
DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />
Suportes online ganham terreno<br />
nas vendas e marketing<br />
VIVA IN Portugal reinventa<br />
a promoção do <strong>turismo</strong><br />
<strong>residencial</strong> português<br />
Com uma nova estrutura acionista, a VIVA IN Portugal<br />
reposicionou-se e quer ser o meio de referência,<br />
nacional e internacional, na procura de informação<br />
sobre produtos de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> em Portugal.<br />
E, como sublinha o administrador-delegado, Francisco<br />
Virgolino, a missão é «reinventar a promoção turística<br />
do país por via da sua capacidade aglutinadora».<br />
Se, por um lado, «o mercado de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />
em Portugal é um dos segmentos económicos<br />
com maior potencial de exportação e, portanto,<br />
com a possibilidade de poder dar um enorme<br />
impulso à tão fragilizada economia», por outro<br />
lado, «os suportes online todos os dias ganham<br />
terreno na área das vendas e marketing. Na internet,<br />
a informação sobre o produto português está<br />
à distância de um click para os potenciais clientes<br />
internacionais, pelo que a existência de uma plataforma<br />
aglutinadora de informação do sector<br />
como a VIVA IN ganha especial importância».<br />
Fortemente ancorada na internet, e tendo no<br />
site www.vivainportugal.com o seu principal<br />
suporte de comunicação, «a VIVA IN Portugal<br />
pretende ser um agente dinamizador do sector<br />
do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> português, promovendo,<br />
divulgando e tornando mais acessível aos consumidores<br />
nacionais e internacionais, toda a informação<br />
que existe sobre a oferta de qualidade<br />
neste mercado e as suas formas de comercialização»,<br />
explica o administrador-delegado. E<br />
remata, «acima de tudo, constitui-se como uma<br />
ferramenta importante para os stakeholders do<br />
<strong>turismo</strong> em Portugal».<br />
42<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
Promoção do sector<br />
em várias frentes<br />
Constituindo-se como uma «plataforma comunicacional<br />
agregada», e não obstante a grande<br />
importância do site, a VIVA IN conjuga vários<br />
suportes, agilizando a coordenação da informação<br />
e contactos e garantindo a promoção<br />
do sector em várias frentes em simultâneo.<br />
Assim, para além do sítio na internet, o seu raio<br />
de ação passa também por presenças em imprensa<br />
nacional e internacional e a participação<br />
em eventos do trade.<br />
O objetivo de cada uma destas intervenções, é<br />
comum: «levar mais longe a informação sobre o<br />
mercado do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> português, reforçar<br />
a promoção deste produto e fomentar e potenciar<br />
as vendas para os parceiros que integram<br />
a nossa resort collection», realça o administrador.<br />
Atualmente, esta «coleção» já integra alguns dos<br />
mais conceituados <strong>resorts</strong> em funcionamento<br />
no nosso país, que incluem, entre outros, o<br />
TroiaResort, o Vale do Lobo, o Longevity Wellness<br />
Resort Monchique, o Praia D’El Rey, o Bom<br />
Sucesso, o Campo Real, o L’And Vineyards ou o<br />
Aquapura Douro Valley.<br />
Posicionando-se como uma «montra qualificada<br />
e aglutinadora do imobiliário <strong>residencial</strong> turístico<br />
português», a ação da VIVA IN é «disponibilizar<br />
informação aos potenciais consumidores<br />
do produto resort, reforçando a divulgação dos<br />
produtos deste mercado e a dinamização dos respetivos<br />
processos de comercialização e canais de<br />
venda».<br />
Aproveitando a mudança acionista, e porque<br />
«hoje em dia a organização e a qualidade da informação<br />
são fulcrais num cenário de excesso de<br />
ruído informativo e de fontes», recentemente o<br />
site foi alvo de um intervenção mais profunda<br />
para «facilitar e tornar mais intuitiva a navegação<br />
dos utilizadores consumidores de produtos<br />
de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>, quer nacionais, quer<br />
internacionais».<br />
Neste caso, o objetivo foi «dotar a plataforma<br />
online de uma vantagem estratégica na captação<br />
e atração de um maior número de consumidores,<br />
posicionando-o como o meio de eleição<br />
de pesqueisa de produtos neste mercado e uma<br />
ferramenta essencial no apoio ao processo de comercialização<br />
do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> português»,<br />
explica Francisco Virgolino.
Criada em março, a APR dá voz a 26 promotores de <strong>resorts</strong><br />
Promotores unem-se na<br />
Associação Portuguesa de<br />
Resorts para fortalecer o sector<br />
A Associação Portuguesa de Resorts (APR) nasceu em março e já traçou a sua<br />
missão: dinamizar e impulsionar o crescimento e o peso deste mercado na<br />
economia nacional. São já 26 os <strong>resorts</strong> que se associaram neste organismo que<br />
se constituiu como um interlocutor forte e reconhecido junto das autoridades.<br />
Presidida por Diogo Gaspar Ferreira, a APR vem<br />
dar voz, em uníssono, às principais reivindicações<br />
do sector. Até porque permite «criar uma<br />
união de esforços num sector que tem muitas<br />
particularidades e em que nunca houve propriamente<br />
uma estratégia de promoção organizada<br />
e especialmente pensada e direcionada para este<br />
subsector do <strong>turismo</strong>», realçou o Presidente.<br />
O que se pretende «é a partilha de informações<br />
entre os membros, mas acima de tudo uma forma<br />
de conseguirmos convencer o Turismo de<br />
Portugal a promover um dos produtos que está<br />
identificado há já alguns anos no PENT, como<br />
um dos dez produtos prioritários, que é o Turismo<br />
Residencial».<br />
combater a concorrência<br />
com outros destinos<br />
«O que estamos aqui a tentar fazer é unir-nos<br />
para tentar combater a concorrência, que não<br />
é entre <strong>resorts</strong> em Portugal, mas sim entre diferentes<br />
destinos turísticos», disse Diogo Gaspar<br />
Ferreira. E, nesta fase do mercado, Espanha,<br />
França e Itália são os principais concorrentes a<br />
ter em consideração.<br />
Convictos que Portugal tem margem para ganhar<br />
quota de mercado e crescer enquanto<br />
destino de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> da Europa, os<br />
promotores que integram a associação estão<br />
plenamente empenhados em apostar forte na<br />
promoção externa do produto e do destino.<br />
Mas isso terá de ser feito de forma muito bem<br />
consertada e em moldes diferentes do passado,<br />
como explica o Presidente da APR.<br />
«Até agora a promoção do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />
português lá fora tem acontecido de forma mui-<br />
Diogo Gaspar Ferreira, Presidente da<br />
Associação Portuguesa de <strong>resorts</strong><br />
to fraturada, de forma isolada, em períodos limitados<br />
de tempo e sempre pela iniciativa das<br />
próprias entidades e empresas que desenvolvem<br />
e vendem o empreendimento. O grande objetivo<br />
desta associação é exatamente o de alterar isto,<br />
e juntar todos os <strong>resorts</strong> com projetos de qualidade<br />
aos que já existem, de maneira a promover<br />
de forma mais forte o destino Portugal», disse.<br />
«Obviamente que depois faz mais sentido que<br />
este trabalho seja complementado e fortalecido<br />
com o desenvolvimento de outras campanhas a<br />
nível regional».<br />
Além da ação virada para o exterior, a Associação<br />
tem também muito trabalho a desenvolver internamente,<br />
onde «importa sensibilizar as pessoas<br />
que o <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> é de facto um dos<br />
poucos clusters que Portugal já dispõe e onde<br />
pode crescer e ser mais competitivo, até porque<br />
é um produto made in Portugal que não se pode<br />
deslocalizar para outros países».<br />
Criar mecanismos<br />
para atrair mais<br />
compradores<br />
Todos os players deverão estar totalmente<br />
envolvidos nesta estratégia de<br />
atratibilidade. E, na ótica do presidente<br />
da APR, o Estado deve ter um papel ativo<br />
na campanha de promoção internacional<br />
(Turismo de Portugal e Turismos<br />
Regionais), na criação de vantagens<br />
fiscais para estrangeiros e no envolvimento<br />
das Embaixadas neste esforço.<br />
Já no caso da Banca, que quer reduzir<br />
o passivo de promotores, caber-lhe-á financiar<br />
os compradores estrangeiros e<br />
promotores credíveis; colocar as redes<br />
internacionais a ajudarem na promoção<br />
e participar em reuniões internacionais,<br />
para credibilizarem os projetos.<br />
Por fim, aos promotores que querem<br />
«salvar as suas empresas e postos de<br />
trabalho, libertar o stock e concretizar<br />
projetos que têm em standby», as prioridades<br />
deverão ser: elaborar planos de<br />
negócio exequíveis, com preços e ritmos<br />
de venda realistas; o sector tem de<br />
estar unido numa estratégia comum de<br />
divulgação internacional; atrair talento<br />
para o sector, profissionalizar e formar,<br />
especialmente a nível estratégico, equipas<br />
de marketing e vendas, e, por fim,<br />
reforçar capitais próprios.<br />
43
DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />
Objetivo é colocar o mercado nacional no radar de noruegueses e suecos<br />
Bolig i Portugal nasce<br />
para impulsionar vendas<br />
na Escandinávia<br />
Criada «com o intuito de impulsionar as vendas de imobiliário turístico nos<br />
países escandinavos», a Bolig i Portugal é uma iniciativa do BES, «que identificou<br />
uma clara oportunidade de negócio» naqueles mercados, explica o responsável<br />
do projeto, Jorge Botelho Moniz.<br />
Salientando que «o ponto de partida com que nos defrontámos foi a ausência<br />
de esforço promocional de Portugal na Suécia e na Noruega», o responsável<br />
do BES por este projeto garante que «neste contexto, sabemos<br />
que temos um longo caminho a percorrer para colmatar este défice de imagem<br />
e colocar Portugal no radar do Turismo Residencial dos Noruegueses e<br />
Suecos».<br />
Apresentado formalmente na Escandinávia no final do passado mês de<br />
fevereiro, e embora ainda seja «cedo para avaliar resultados, tanto mais<br />
que esta parceria tem um horizonte temporal mínimo de dois anos», Jorge<br />
Botelho Moniz garante que «os primeiros resultados são animadores, com<br />
mais de 200 leads gerados e 12 inspections trips organizados».<br />
Portugal pode ter uma quota natural de 3 a 4%<br />
nos mercados escandinavos<br />
De acordo com um estudo recente da Bolig i Utlandet, anualmente a<br />
Noruega e a Suécia representam cerca de 25.000 unidades comercializadas<br />
de Turismo Residencial. «Portugal apresenta uma quota de mercado<br />
manifestamente baixa nestes mercados», realça aquele responsável, com<br />
apenas 0,5% do total das vendas de imobiliário estrangeiro (incluindo<br />
revendas entre escandinavos), o que compara com 25% de Espanha, ou<br />
até 2% da Croácia.<br />
44<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
Neste cenário, «Portugal é claramente um underperformer em relação à sua<br />
quota natural, a qual rondará em nossa opinião 3-4%». Além de que «existe<br />
claramente potencial para, pelo menos, quadruplicar as vendas a curto prazo,<br />
fazendo o matching entre determinados segmentos da procura escandinava<br />
e a nossa oferta», defende o responsável.<br />
Sendo inegável que «a crise financeira Portuguesa, ampliada pela enorme<br />
mediatização de que tem sido alvo, afeta muito negativamente a perceção<br />
de Portugal no exterior e, consequentemente, a sua atratividade<br />
enquanto destino de aquisição de imobiliário», contudo «existem fatores<br />
competitivos naturais que obviamente se mantêm como muito positivos».<br />
Por isso, considera Jorge Botelho Moniz, «o grande desafio que se coloca a<br />
Portugal é dissociar-se do discount market espanhol». Até porque «Espanha<br />
e Portugal registaram comportamentos de preços totalmente diferentes na<br />
última década. No entanto, o buyer estrangeiro (incluindo o escandinavo) espera<br />
obter descontos em Portugal na mesma ordem de grandeza. Este é um esforço<br />
pedagógico de diferenciação entre os dois mercados que importa prosseguir…».<br />
Leia esta entrevista na íntegra em exclusivo<br />
na edição online da <strong>Vida</strong> imobiliária<br />
Stock português ainda tem pouca visibilidade na Escandinávia<br />
Tipicamente, «um dos problemas que afeta<br />
Portugal na Escandinávia é a inexistência de<br />
agentes locais interessados em representar e promover<br />
empreendimentos portugueses de forma<br />
isolada, dada a fraca visibilidade dos produtos<br />
nacionais face ao stock oferecido por outros destinos»,<br />
considera o responsável.<br />
Daí a parceria com a Bolig i Utlandet, que «permitiu<br />
ultrapassar esta situação, tirando partido<br />
do network do grupo Bolig e utilizando a sua<br />
estrutura comercial (com um sales executive<br />
exclusivamente alocado a este projeto) – sem<br />
concorrência in house de outros destinos. Assim<br />
nasceu um spin-off especializado deste grupo, a<br />
Bolig i Portugal, que gere localmente o projeto no<br />
quotidiano».<br />
Por isso, «era fundamental constituir um pool de<br />
oito empreendimentos ajustados à procura dos<br />
mercados escandinavos – apresentando uma<br />
oferta de qualidade em vários subsegmentos».<br />
São estes o Pinheirinho – a Hyatt Golf and Beach<br />
Resort, o Pine Cliffs Resort, The Residences<br />
at Victoria Clube de Golfe, o Palheiro Estate,<br />
Village Marina de Olhão, Cascade Wellness &<br />
Lifestyle Resort, L’And Vineyards e a Comporta.<br />
A seleção dos empreendimentos «esteve a<br />
cargo dos nossos parceiros na Noruega e Suécia,<br />
e obedeceu a um critério muito simples: o potencial<br />
de vendas face às especificidades da procura<br />
escandinava».
Mais um passo na alavancagem de Tróia<br />
como destino de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />
Pestana Troia Eco-Resort<br />
& Residences já está no terreno<br />
Foi dado mais um passo decisivo para a alavancagem de Tróia como destino de<br />
<strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> de excelência em Portugal: o início da construção do Pestana<br />
Troia Eco-Resort & Residences, que arrancou nos últimos dias de maio.<br />
O lançamento da primeira pedra daquele que<br />
será o primeiro Eco-Resort de cinco estrelas da<br />
Península de Troia aconteceu no dia 30 de maio,<br />
na presença de Dionísio Pestana, Presidente<br />
do Grupo Pestana, Bernardo Trindade, o então<br />
Secretário de Estado do Turismo, e Carlos Beato,<br />
Presidente da Câmara Municipal de Grândola.<br />
«Este dia marca uma nova fase neste projeto que<br />
começou com um sonho há cerca de 10 anos<br />
atrás. Hoje, passados muitos obstáculos e alguns<br />
desafios, lançamos a primeira pedra desta realidade<br />
de potencial único que se chama Pestana<br />
Troia Eco-Resort», disse Dionísio Pestana.<br />
Conscientes que «esta área de atividade é comparável<br />
a uma maratona, pois nem sempre quem<br />
sai primeiro terá de ser necessariamente quem<br />
chega primeiro à final. É preciso uma visão de<br />
longo prazo e perceber o que o mercado quer»,<br />
realçou José Roquette, administrador do grupo<br />
Pestana, acrescentando que este «é o segredo<br />
do sucesso do negócio».<br />
Englobando todas as fases, incluindo terreno,<br />
infraestruturas, dois aldeamentos turísticos e<br />
um aparthotel, o investimento excede os 90 milhões<br />
de euros. Recentemente, o Grupo Pestana<br />
passou a controlar a totalidade do capital deste<br />
projeto, tendo adquirido os 20% que pertenciam<br />
ao Grupo Sonae.<br />
Sustentabilidade é a âncora<br />
diferenciadora<br />
Com um masterplan diferenciador, o Pestana<br />
Troia Eco-Resort & Residences elege a sustentabilidade<br />
e a localização, num terreno de 100<br />
hectares com uma frente de 2 quilómetros de<br />
praia virgem, como âncoras diferenciadoras. O<br />
masterplan define que toda a construção será<br />
de baixa densidade e em perfeita harmonia<br />
com a envolvente natural.<br />
«Não há já muitos spots no país que reúnam estas<br />
mesmas condições e que permita a escala<br />
de desenvolvimento que o Grupo Pestana aqui<br />
beneficia», salientou José Roquette. No total<br />
«serão 50.000 m² de área de construção e mais de<br />
50 hectares de área alocada a reserva ecológica.<br />
E, se inicialmente isto foi um handicap, hoje não<br />
temos dúvidas que é uma das grandes mais valias<br />
do projeto», conclui aquele responsável.<br />
A primeira (de três) fase de desenvolvimento<br />
inclui zona imobiliária - 35 moradias geminadas<br />
e 28 lotes de terreno para moradias exclusivas,<br />
com término da construção prevista para o verão<br />
de 2012 - hoteleira, zona comercial e zonas<br />
de lazer. No final, a oferta será composta por 82<br />
lotes com áreas entre 1000 e 2500 m2 com ca-<br />
pacidade construtiva de 200 a 300 m2, 34 apartamentos,<br />
43 moradias geminadas e Aparthotel<br />
com 150 quartos.<br />
Na componente imobiliária e hoteleira, o projeto<br />
deverá ter a assinatura de ateliês de arquitetura<br />
de renome, tais como, João de Almeida<br />
& Pedro Ferreira Pinto, Open Book, Rui Pinto<br />
Gonçalves, RRCRS Arquitetos, Miguel Passos de<br />
Almeida, Gonçalo Salazar de Sousa Arquitetos,<br />
Modular Systems e Promontório Architecture.<br />
A CB Richard Ellis (CBRE) é a empresa responsável<br />
pela comercialização do Pestana Troia<br />
Eco-Resort & Residences. Nesta fase «estão já<br />
reservadas 80% das townhouses, um resultado<br />
que nos satisfaz imenso», revelou José Roquette,<br />
«sobretudo nesta fase que o país vive».<br />
45
DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />
Construção do projeto da Inland avança no terreno<br />
Westin de regresso a Portugal<br />
no Verdelago Resort<br />
A Westin, chancela de luxo do grupo Starwood Hotels, está de regresso a<br />
Portugal, e prepara-se para abrir o primeiro hotel da marca no Algarve no<br />
primeiro trimestre de 2013. A cadeia norte-americana fechou o acordo com a<br />
Inland para explorar o hotel do Verdelago Resort, que o grupo português já tem<br />
em construção na zona de Altura.<br />
Com inauguração prevista para 2014, o The<br />
Westin Verdelago Resort comprova que as<br />
grandes cadeias e investidores internacionais<br />
continuam a acreditar na qualidade e potencialidade<br />
de Portugal enquanto destino turístico.<br />
Recorde-se que entre 2007 e 2009 a Westin<br />
estreou-se em Portugal, operando no resort do<br />
Campo Real, tendo entretanto abandonado<br />
este projeto, mas reiterando a intenção de voltar<br />
ao mercado português.<br />
Na zona de Altura, no Sotavento Algarvio, prosseguem<br />
a bom ritmo as obras do Verdelago<br />
Resort, que arrancaram ainda em 2010. O objetivo<br />
é que a primeira fase possa estar concluída<br />
no final de 2012, «com todos os elementos<br />
em funcionamento», até porque assim obriga o<br />
compromisso que o grupo português firmou<br />
com a multinacional norte-americana.<br />
Uma única fase de obras<br />
Contrariamente ao que é comum neste tipo de<br />
projetos e desta dimensão, o Verdelago Resort<br />
não será desenvolvido faseadamente. «O que<br />
está previsto é fazer tudo de uma vez», explicou<br />
46<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
o administrador da Inland, Tiago Vieira, em declarações<br />
a alguma imprensa.<br />
A sua oferta será composta pelo hotel Westin, com<br />
197 quartos de cinco estrelas, um centro de congressos<br />
e um total de 340 unidades imobiliárias,<br />
entre apartamentos e moradias. Realçando que<br />
«isto é um projeto turístico», o responsável da Inland<br />
disse que «por isso, mesmo que não se vendam as<br />
casas, há sempre a possibilidade de gerar rendimen-<br />
Custos da morosidade burocrática têm de se refletir no preço final<br />
Este ano celebra-se o 10º aniversário da compra do projeto Verdelago<br />
pela Inland, em 2011, que, à semelhança de outros players, lamenta a<br />
morosidade burocrática e dos processos de licenciamento a que estão<br />
sujeitos os promotores neste sector. Um facto que tem consequências<br />
pesadas e que tem de se refletir no preço final do produto.<br />
to, colocando-as para exploração hoteleira. No limite,<br />
se quiséssemos, não vendíamos nenhuma casa».<br />
Classificado projeto de Potencial Interesse<br />
Nacional (PIN), o resort da Inland representa um<br />
investimento na ordem dos 259 milhões de euros.<br />
E, numa fase em que o crédito bancário é<br />
ministrado a conta-gotas, este não parece ser um<br />
entrave para a Inland que, garante Tiago Vieira, já<br />
havia fechado este processo no final de 2008.<br />
«Quando o comprámos, tínhamos a expetativa de, em três anos arrancar<br />
com a construção», começou por dizer. «Entretanto passaram nove,<br />
logo temos mais seis anos de encargos de que não estávamos à espera.<br />
Este custo terá de se repercutir em alguém e normalmente é no comprador<br />
final», realçou o responsável.
Primeiro Wine Resort no Alentejo abriu a 30 de abril<br />
Sousa Cunhal Turismo já<br />
inaugurou o L’AND Vineyards<br />
Desde o passado dia 30 de abril que já está em funcionamento a primeira fase<br />
do L’AND Vineyards, o primeiro resort desenvolvido pela Sousa Cunhal Turismo<br />
e que marca uma viragem no processo de qualificação da oferta turística do<br />
Alentejo, apresentando o primeiro wine resort da região.<br />
Apresentando um conceito inovador de experiência<br />
rural, o L’AND Vineyards Resorts desenvolve-se<br />
na Herdade das Valadas, concelho de<br />
Montemor-o-Novo. O empreendimento, que<br />
pretende qualificar o <strong>turismo</strong> no Alentejo, tem<br />
já a funcionar um novo hotel de cinco estrelas,<br />
com a chancela Small Luxury Hotels of the<br />
World e 22 quartos. O resort engloba também<br />
um empreendimento <strong>residencial</strong> que totalizará<br />
145 habitações e um wine club.<br />
A âncora vínica é o grande ponto diferenciador<br />
aqui. E a escolha surgiu porque «fazia sentido<br />
criar um conceito de desenvolvimento turístico<br />
que não fosse ancorado nas valências tradicionais,<br />
como o golfe ou a praia, ligando-o à identidade<br />
da região», começou por explicar José<br />
Cunhal Sendim, diretor executivo da Sousa<br />
Cunhal Turismo.<br />
No total foram investidos 44 milhões de euros<br />
neste projeto em que a componente imobiliária<br />
é «baseada num conceito inovador em que<br />
cada proprietário terá a oportunidade de usufruir<br />
de uma zona individual de vinha, podendo<br />
produzir o seu vinho de forma personalizada»,<br />
explicou. Os hóspedes do hotel também vão<br />
poder desfrutar da experiência vínica e «perceber<br />
como se produz, conhecer as várias castas, a<br />
cultura da vinha e participar em provas de vinho<br />
e cursos de enologia», disse à Lusa o mesmo<br />
responsável.<br />
50 % das casas da primeira fase<br />
já foram vendidas<br />
Além do hotel esta primeira fase engloba a<br />
construção de 75 casas, algumas das quais<br />
já estão concluídas e as restantes em fase de<br />
construção. Estas unidades podem atingir preços<br />
até aos 790.000 euros, sendo que «já foram<br />
vendidas cerca de 50% das unidades desta fase»,<br />
revelou José Cunhal Sendim.<br />
O responsável lembrou que «lançámos o projeto<br />
em julho de 2008, antes da crise, e conseguimos<br />
vender ainda em planta oito unidades, mas depois<br />
as vendas pararam e só voltamos a vender<br />
no final de 2009 e 2010», frisando que atualmente<br />
na ótica do comprador o risco do empreendimento<br />
«é muito reduzido», pois já está<br />
«consolidado».<br />
Ao passo que o hotel está mais virado para<br />
um mercado internacional, «mais exclusivo e<br />
L’And Reserve é a próxima aposta<br />
Dando mais um passo para atingir o objetivo<br />
de implementar a marca L’AND «como uma<br />
referência no mercado de <strong>resorts</strong> em Portugal»,<br />
como realçou à imprensa a diretora de marketing<br />
e vendas, Marlene Tavares, a Sousa Cunhal<br />
Turismo já deu a conhecer aquela que será a<br />
próxima aposta nesta área: o L’AND Reserve.<br />
O novo e futuro projeto irá nascer na<br />
Herdade do Mercador, na zona do Alqueva,<br />
que valoriza o produto», a componente habitacional<br />
tem sido «vendida, essencialmente, a<br />
portugueses».<br />
De acordo com o diretor executivo da Sousa<br />
Cunhal Turismo, «o hotel é bastante exclusivo<br />
só com 22 suítes e que tem também um conceito<br />
muito diferenciado, não ostensivo, baseado na excelência<br />
do serviço e na qualidade dos materiais.<br />
Associado a isto temos as residências que foram<br />
vendidas, mas que têm o serviço do hotel».<br />
e resultará de uma parceria com a cadeia<br />
asiática Banyan Tree, que explorará a componente<br />
hoteleira. Este será «um produto<br />
que é diferenciado, quer em termos de marca,<br />
quer em termos de fatores de diferenciação,<br />
desde a arquitetura, a parte do vinho e da<br />
vinha, a sustentabilidade ambiental e temos<br />
uma cadeia muito forte», acrescentou José<br />
Cunhal Sendim.<br />
47
Mar, sol, praia, piscina, sauna<br />
e um vizinho pacato.<br />
Para além da natureza, a menos de uma hora de Lisboa,<br />
há um apartamento de sonho, mobilado e equipado, pronto a habitar.<br />
Até 30 de Setembro aproveite os preços de lançamento dos Apartamentos Turísticos Ácala e tenha uma<br />
piscina interior aquecida, sauna e banho turco, exclusivos deste edifício. Visite-nos na hora e dia que mais<br />
lhe convier. Ligue para a nossa linha 24h: 935 838 040<br />
Para mais informações visite o nosso stand de vendas, ligue 265 105 507, envie um e-mail<br />
para: info@troiaresort.pt ou vá a www.troiaresort.pt.
APROVEITE OS PREÇOS<br />
DE LANÇAMENTO, DESDE:<br />
198.000€ *<br />
*Valor para apartamento tipologia T0 com 71 m2
DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />
Hotel e primeiras unidades imobiliárias já abriram<br />
Cascade Resort reforça oferta<br />
de cinco estrelas em Lagos<br />
O hotel e as primeiras unidades residenciais do Cascade Resort já recebem<br />
turistas. A entrada em funcionamento da primeira fase deste resort de cinco<br />
estrelas – inaugurada a 28 de junho - representa um importante upgrade da<br />
oferta turística da zona de Lagos, no Algarve.<br />
Anfitrião da cerimónia de inauguração, o mentor<br />
deste projeto e administrador da detentora<br />
do resort, a Espaço 2200, o hoteleiro suíço Urs<br />
Wild mostrou-se visivelmente satisfeito com o<br />
resultado da sua ideia de criar, numa localização<br />
privilegiada, «uma unidade hoteleira igualmente<br />
excecional». Embora lamente a morosidade<br />
da concretização deste projeto – 12 anos<br />
– e as dificuldades burocráticas que tiveram de<br />
ser superados para que o projeto se tornasse<br />
realidade, Urs Wilde está confiante quanto ao<br />
sucesso do empreendimento, salientando «o<br />
efeito positivo» que terá na notoriedade e capacidade<br />
de atração daquele destino algarvio.<br />
Representando um investimento global de<br />
100 milhões de euros, o Cascade Resort ocupa<br />
uma localização privilegiada, em cima de uma<br />
falésia com cerca de 1,5 quilómetros de frente<br />
de mar situada entre Porto de Mós e a Ponta<br />
da Piedade. Para o empresário suíço, que se<br />
apaixonou pelo Algarve há mais de 20 anos,<br />
esta localização é um dos fatores chave para o<br />
sucesso, salientando que o barlavento algar-<br />
50<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
vio é «uma zona intocada e com um potencial<br />
natural imenso».<br />
restantes projetos do resort<br />
estão em curso<br />
Mas, e como é comum neste tipo de projetos, não<br />
obstante a inauguração destas primeiras infraestruturas,<br />
o resort ainda está longe de ficar totalmente<br />
concluído, como reconheceu o diretor de<br />
marketing, Julian Jacquenoud. «Ainda não há data<br />
para a inauguração total do resort, mas todos os projetos<br />
que contemplam o Cascade estão em curso».<br />
Conceptualmente, a arquitetura do resort é de<br />
inspiração romana, árabe e mourisca, predominando<br />
os tons terra. Uma escolha influenciada por<br />
Urs Wild, que quis desta maneira prestar uma homenagem<br />
e relembrar a importância histórica de<br />
Lagos no período dos Descobrimentos.<br />
Em regime de soft-opening desde o passado mês<br />
de abril, o hotel de cinco estrelas agora inaugurado<br />
tem 86 quartos, comercializados a um preço médio<br />
que ronda os 300 euros. A promoção do hotel<br />
tem sido feita junto de operadores internacionais,<br />
além de que, explicou Julian Jacquenoud, os responsáveis<br />
contam com «o apoio na Alemanha e em<br />
Inglaterra de duas empresas que representam o hotel<br />
e o divulgam aos operadores e entidades locais».<br />
O Cascade já conta também com 53 apartamentos<br />
T1 e T2 e quatro villas – estão previstas 12,<br />
no total, mas que serão construídas à medida da<br />
procura -que poderão ser vendidas ou alugadas<br />
numa lógica de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong>. O complexo é<br />
servido por SPA com 1.200 m² e de exploração própria,<br />
ginásios, campo de golfe, campos de futebol,<br />
lojas e restaurantes.<br />
A comercialização da componente imobiliária<br />
já está em curso, colocando no mercado apartamentos<br />
disponíveis a partir de 350.000 euros e<br />
com preços que podem ir até aos 500.000 euros.<br />
No caso das moradias os valores pedidos são mais<br />
elevados, custando em média 1.200.000 euros.<br />
Fortemente dirigido ao mercado internacional, o<br />
Cascade Resort tem como objetivo atrair sobretudo<br />
turistas alemães, ingleses, espanhóis, escandinavos,<br />
suíços, franceses e russos, mas também<br />
sem descurar o mercado nacional.
Vendas arrancam com a entrada em funcionamento do golfe<br />
Golfistas já podem jogar<br />
e comprar casa no Onyria<br />
Palmares Beach & Golf Resort<br />
Desde o início deste verão que os golfistas já podem jogar no Onyria Palmares<br />
Golfe, a primeira infraestrutura âncora a entrar em funcionamento no Onyria<br />
Palmares Beach & Golf Resort. E os interessados já podem comprar a sua casa<br />
naquele resort desenvolvido pelo grupo Onyria Golf Resorts, em Lagos, pois a<br />
primeira fase de vendas arrancou entretanto.<br />
Em declarações à imprensa, José Carlos Pinto<br />
Coelho, presidente da Onyria Golf Resorts, explica<br />
que «a inauguração do Onyria Palmares<br />
Golf é o primeiro passo da concretização de um<br />
sonho que será complementado com a construção<br />
das restantes vertentes: hoteleira e <strong>residencial</strong>.<br />
Considerado de Potencial Interesse Nacional,<br />
este projeto é sem dúvida, um importante contributo<br />
para a região algarvia, que conta com um<br />
campo de golfe exclusivo de 27 buracos».<br />
Nesta primeira fase de vendas imobiliárias foram<br />
colocados no mercado 15 lotes com áreas<br />
médias de 3.500 m² e uma capacidade construtiva<br />
de 340 a 500 m². E de acordo com a Onyria<br />
«as vistas únicas para a Baía de Lagos, Ria de<br />
Alvor, a proximidade da praia, bem como a integração<br />
no campo de golfe assumem os principais<br />
argumentos de venda».<br />
Inaugurado a 11 e 12 de junho de 2011, com a<br />
realização de dois torneios de shot gun, o projeto<br />
do Onyria Palmares Golfe arrancou em janeiro<br />
de 2009. Com 27 buracos, o campo concebido<br />
pelo arquiteto Robert Trent Jones Jr representou<br />
um investimento de 10 milhões de euros.<br />
Hotel ficará concluído<br />
no verão de 2013<br />
O Onyria Palmares Beach & Golf Resort é um<br />
resort integrado em pleno desenvolvimento e<br />
cujo projeto, além da componente imobiliária,<br />
golfe e das infraestruturas de lazer, inclui ainda<br />
um hotel de cinco estrelas com 172 quartos (todos<br />
vista mar), salas de reunião, spa, restaurantes<br />
e piscinas.<br />
A construção deste último deverá arrancar até<br />
ao final deste ano, estando a sua conclusão prevista<br />
para o verão de 2013. O projeto de arquitetura<br />
é da autoria de Juan Morro.<br />
O investimento global de 300 milhões de euros<br />
a aplicar neste projeto contempla o desenvolvimento<br />
da componente de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />
que, no conjunto, dará origem a 463 unidades.<br />
É o caso das Onyria Palmares Beach Villas, um<br />
conjunto de 16 serviced twin-villas com 145 m²<br />
cada, em formato duplex, que o grupo vai construir<br />
junto ao hotel.<br />
Frederico Valsassina, Duarte Nuno Simões e<br />
João Silva Garcia são os arquitetos selecionados<br />
pela Onyria para desenvolverem os projetos na<br />
componente <strong>residencial</strong>.<br />
Beneficiando de paisagem para o mar ou ria,<br />
o resort desenvolve-se num terreno com uma<br />
área de cerca de 200 hectares e está projetado<br />
para uma baixa densidade de construção, que<br />
não deverá exceder os 5,5%.<br />
51
DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />
20 anos depois, a chancela de luxo regressa ao mercado português<br />
Intercontinental das<br />
Cardosas já atrai turistas<br />
para o centro do Porto<br />
Vinte anos após a saída da marca de Lisboa, o luxo da Intercontinental está de<br />
regresso a Portugal, desta vez à Invicta. O hotel Intercontinental Porto – Palácio<br />
das Cardosas entrou em soft-opening a 7 de junho, constituindo um passo<br />
fundamental na requalificação do casco histórico do Porto, mas também um<br />
upgrade decisivo na oferta hoteleira nacional.<br />
Fruto de um investimento português, a cargo<br />
da Solitaire Hotels que assinou um contrato<br />
de gestão com a IHG – InterContinental Hotels<br />
Group – por 20 anos, a nova unidade hoteleira<br />
está instalada no Palácio das Cardosas, em<br />
plena Avenida dos Aliados, ocupando uma<br />
área de 11.000 m² naquele quarteirão. Entre a<br />
compra do Palácio, a sua remodelação e todo<br />
o equipamento, foram aqui aplicados 30 milhões<br />
de euros.<br />
«Este projeto foi criado para enriquecer o <strong>turismo</strong><br />
da cidade», afirma Pilar Monzon, a diretora<br />
do hotel e a cara da marca de luxo em<br />
Portugal. Constituindo uma «âncora na reabilitação<br />
do centro histórico do Porto, todo o projeto<br />
foi muito discutido entre a Solitaire, a IHG e<br />
a Porto Vivo, SRU», até porque o objetivo era<br />
«criar uma unidade hoteleira de luxo, com standard<br />
de qualidade internacional mas que mantivesse<br />
um espírito português», um objetivo que<br />
considera ter sido atingido.<br />
trazer mais visitantes<br />
internacionais para a região<br />
Embora o mercado nacional também faça parte<br />
das projeções da Intercontinental para o Porto,<br />
esta unidade também está fortemente direcionada<br />
para os viajantes internacionais. «Nesta<br />
fase inicial contamos com os mercados naturais<br />
da cidade, que são a Espanha, Inglaterra, França,<br />
Alemanha e Brasil».<br />
A crise que arrasa a economia portuguesa não<br />
foi razão para adiar a abertura do hotel, mas<br />
«obviamente que é muito mais desafiante iniciar<br />
uma operação neste entorno económico e dirigir<br />
52<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
o negócio ao mercado português é muito mais<br />
difícil nesta fase. Não mudámos os nossos prazos<br />
e os compromissos com os investidores e a<br />
cidade, adaptámos sim as nossas projeções de<br />
negócio. E, por isso, estamos preparados para<br />
reforçar o trabalho da equipa comercial em mercados<br />
alternativos, como os EUA ou a Suíça, de<br />
forma a compensar algum decréscimo nos mercados<br />
locais».<br />
Em todo o caso, «entrámos no mercado com<br />
discrição e não esperamos resultados impressionantes<br />
nestes dois primeiros meses de ocupação.<br />
Estimamos obter um rácio de ocupação de quartos<br />
de 17% em julho e de 35% em agosto. Em<br />
setembro ou outubro, gostaríamos de já estar a<br />
acompanhar o ritmo normal do mercado».<br />
Reconhecendo que «existe alguma pressão do<br />
mercado sobre os preços da hotelaria de cinco<br />
estrelas no Porto, à semelhança do que se verifica<br />
no resto do país», Pilar Monzon conta que «este<br />
ano gostaríamos de obter um Average Daily Rate<br />
na ordem dos 140 euros». Estrategicamente «o<br />
que vamos procurar fazer, e porque temos um<br />
produto com um conceito e localização únicos<br />
e bem distinto do dos nossos concorrentes, é<br />
diferenciar-nos também por via do preço», o que<br />
acontecerá sobretudo para os mercados internacionais.<br />
«Isso será mais difícil a nível corporativo<br />
em Portugal, até porque as empresas estão<br />
mais preocupadas e exigentes com os gastos».<br />
Leia a versão alargada deste artigo em<br />
exclusivo em www.vidaimobiliaria.com<br />
«Estamos abertos a<br />
novas oportunidades<br />
em Portugal»<br />
A expansão no mercado português faz<br />
parte dos planos do IHG, que já tem sete<br />
hotéis no nosso país e tem já confirmado<br />
um plano de desenvolvimento de<br />
mais cinco unidades das redes Holiday<br />
Inn, Holiday Inn Express e Indigo. Mas, o<br />
objetivo é continuar a crescer também<br />
na marca Intercontinental, afiançou<br />
Pilar Monzon, embora não haja ainda<br />
projetos concretos.<br />
«Faz parte dos nossos planos a abertura<br />
de mais um hotel Intercontinental<br />
em Portugal, certamente em Lisboa.<br />
Mas estamos também abertos para poder<br />
vir a desenvolver a marca de luxo<br />
Intercontinental Hotels & Resorts no<br />
Algarve, pois acreditamos que há espaço<br />
para crescer», concluiu.
Pós Graduação / Executive Master<br />
VISUAL MERCHANDISING &<br />
STORE DESIGN<br />
‘’Para melhorar a imagem de uma organização e tornar<br />
mais atractiva a oferta de uma loja para os seus clientes,<br />
através da implementação de acções de design criativas ou<br />
da prestação de actividades de consultadoria. (..)’’<br />
Inscrições Abertas<br />
218360030 csviana@talentuniversities.com www.IPAM.pt<br />
José António Rousseau<br />
Coordenador da Pós-Graduação
Eduardo Abreu<br />
Partner Neoturis<br />
54<br />
DOSSIER TURISMO RESIDENCIAL & RESORTS<br />
Os próximos 18 meses…<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
O mercado turístico-imobiliário atravessa um<br />
período complexo, como todos os que acumulam<br />
escassez de recursos e incerteza no futuro.<br />
Não obstante, julgamos poder dividir em três<br />
grandes áreas os drivers que devem presidir<br />
à reflexão sobre o mercado nos próximos 18<br />
meses:<br />
Promoção: sendo o Turismo Residencial (1)<br />
um produto estratégico definido por Portugal<br />
e (2) com necessidade de promoção distinta<br />
do <strong>turismo</strong> “tradicional”, importa implementar<br />
um Plano de Marketing Operacional. Este,<br />
promovido e cofinanciado pelo Turismo de<br />
Portugal, AICEP e promotores privados, tem<br />
que valorizar, em paralelo com os empreendimentos,<br />
as vantagens comparativas de<br />
Portugal como destino de aquisição de segunda<br />
habitação. Quais? o Clima, a Proximidade,<br />
a Segurança, a consolidação do Destino e o<br />
Custo de <strong>Vida</strong>. A especificidade do produto e<br />
do mercado-alvo não permite uma “diluição”<br />
na promoção global. A qualidade dos projetos<br />
fará o resto. Não há razão para que não possa<br />
ser desenhado num período de 8 semanas.<br />
enquadramento legal: a este nível devem ser<br />
nos próximos meses definidos um conjunto<br />
de incentivos ao investimento de promotores<br />
e aquisição de produto final. Ao nível de IRC,<br />
IMT e IMI, mas também ao nível da moldura<br />
fiscal atribuída a compradores de segunda<br />
residência [por exemplo em mercados extra<br />
- comunitários que queiram obter visto] um<br />
package fiscal devidamente desenhado pode<br />
fazer a diferença… ser só similar aos outros<br />
não é suficiente para fazer descolar o mercado.<br />
Não há razão para que não possa ser incluído<br />
no orçamento de Estado para 2012.<br />
Financiamento: são necessários capitais próprios<br />
adicionais; alguns existirão em Portugal<br />
– poucos – mas outros poderão ser objeto de<br />
atração através da conjunção de esforços entre<br />
AICEP e sector privado. O risco é de não<br />
avançarem a esmagadora maioria dos projetos<br />
já iniciados, perdendo-se mais uma janela<br />
de oportunidade para colocação de produto<br />
numa próxima recuperação de mercado, seja<br />
ela em 2012 ou 2013. Também a este nível<br />
importa perceber como o Governo pretende<br />
corporizar um dos objetivos do seu programa,<br />
ou seja,“ … promover junto do sistema financeiro<br />
nacional a necessidade de financiamento das<br />
empresas com taxas de juro comportáveis para<br />
o seu saudável desenvolvimento.”. É sem dúvida<br />
um sector em que o retorno pode ter um<br />
efeito multiplicador importante na economia,<br />
para além de não ser um sector por natureza<br />
importador (antes pelo contrário), onde o<br />
nível de incorporação nacional é superior à<br />
maioria das indústrias tradicionais ou de base<br />
tecnológica e a criação de emprego é elevada.<br />
Não há razão para que não possa ser definida<br />
uma estratégia que comece a ser implementada<br />
no quarto trimestre.<br />
Em relação à procura, o crescimento da economia<br />
europeia (nomeadamente do Reino Unido<br />
e Alemanha) aliada às notícias de aumento de<br />
pedidos de informação e visitas aos empreendimentos<br />
em comercialização, podem, entre<br />
outros, antecipar uma ligeira retoma. Esta, no<br />
entanto, é acompanhada de um forte poder<br />
negocial por parte dos investidores/compradores,<br />
pelo que importa também assumir margens<br />
diferentes no negócio face aos business<br />
plans de 2008.<br />
Esperam-nos 18 meses complexos, onde a<br />
incerteza é enorme, mas onde a resposta aos<br />
três eixos apresentados é condição necessária<br />
(embora possa não ser suficiente) para atravessar<br />
as dificuldades. Mãos – à – Obra!
Paula Sequeira<br />
Departamento de Estudos de Mercado<br />
O papel do <strong>turismo</strong><br />
(<strong>residencial</strong>) na<br />
economia nacional<br />
O mercado de <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong> em Portugal<br />
possui essencialmente dois destinos consolidados:<br />
Algarve e Oeste (em função de questões<br />
como a notoriedade, acessibilidade, proximidade<br />
da costa e oferta de golfe), os quais registaram<br />
uma forte procura dos mercados nacionais<br />
e internacionais até 2008. Nos últimos anos o<br />
litoral alentejano (eixo Troia-Comporta) tem-se<br />
igualmente tentado afirmar como destino, porém<br />
com sucesso limitado e restrito ao mercado<br />
nacional.<br />
No entanto, o Algarve continua a ser o principal<br />
destino turístico nacional e o que colhe maior<br />
reconhecimento a nível internacional. Todavia,<br />
a crise económica e financeira mundial, com<br />
impacto no mercado imobiliário desde meados<br />
de 2008, conduziu à quebra dos números de<br />
venda em praticamente todos os empreendimentos,<br />
independentemente de localizações<br />
geográficas ou posicionamentos.<br />
A aquisição de segunda habitação tornou-se assim<br />
uma decisão tendencialmente mais racional,<br />
tendo em atenção fatores como o custo de manutenção<br />
da propriedade, condomínio e impostos,<br />
bem como a rentabilidade da mesma.<br />
As repercussões deste enquadramento começam<br />
a vir a público, nomeadamente através das<br />
recentes notícias acerca do risco de insolvência<br />
de dois grupos empresariais com um histórico<br />
importante no sector do <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />
nacional – o Grupo Imocom, parceiro da marca<br />
Hilton em Portugal, e o Grupo Orizon, detentor<br />
do resort Campo Real, empreendimento de cinco<br />
estrelas em Torres Vedras, que chegou a ser o<br />
único hotel com a insígnia Westin no país.<br />
É neste contexto que surge a recém criada<br />
Associação Portuguesa de Resorts (APR).<br />
Segundo a qual, embora o <strong>turismo</strong> <strong>residencial</strong><br />
tenha sido reconhecido como um segmento diferenciado<br />
e esteja identificado no último Plano<br />
Estratégico Nacional do Turismo (PENT) como<br />
um dos 10 produtos chave, a promoção internacional<br />
de Portugal como destino de <strong>turismo</strong><br />
<strong>residencial</strong> foi praticamente inexistente.<br />
Entre os fundadores da APR estão cerca de 25<br />
<strong>resorts</strong> e seus investidores, designadamente<br />
Vale do Lobo, Quinta do Lago, Grupo Oceânico,<br />
Grupo Pestana, Sonae Turismo, Grupo Espírito<br />
Santo e Amorim Turismo, entre outros. O principal<br />
objetivo da APR é o de promover internacionalmente<br />
Portugal como destino de <strong>turismo</strong><br />
<strong>residencial</strong>.<br />
Esta promoção deverá assentar em fatores<br />
diferenciadores para quem adquira uma residência<br />
no país, tais como incentivos fiscais que<br />
poderão passar por reduções no IMI e IMT. O<br />
potencial comprador deverá ser europeu, privilegiando<br />
a distância do país de origem, a segurança<br />
e fatores culturais, pelo que os mercados<br />
alvo identificados são Inglaterra, Alemanha,<br />
Escandinávia, Áustria e Suíça.<br />
Adicionalmente, tem-se vindo a verificar um<br />
maior enfoque do turista na experiência e diversidade,<br />
em detrimento do destino. O turista<br />
procura experiências mais autênticas e atividades<br />
criativas no destino. Desta forma, é fundamental<br />
a construção de ofertas diferenciadoras,<br />
através de experiências marcantes e genuínas,<br />
e que sejam difíceis de replicar em mercados<br />
concorrentes.<br />
Outra característica que valoriza cada vez mais<br />
Portugal como destino turístico é a questão da<br />
segurança. Quando comparado com outros<br />
destinos emergentes e outros destinos europeus,<br />
este é um fator que sobressai na decisão<br />
do turista pelo país a visitar.<br />
Portugal tem assim identificado um veículo<br />
potencial para contrariar a atual conjuntura e<br />
fomentar a economia nacional – a atividade<br />
do <strong>turismo</strong> em geral, e em particular o <strong>turismo</strong><br />
<strong>residencial</strong>.<br />
Reforçam esta ideia os dados divulgados pelas<br />
instâncias nacionais e internacionais acerca do<br />
impacto do <strong>turismo</strong> na economia nacional.<br />
Assim, no período de janeiro a maio do ano em<br />
curso, e segundo dados publicados pelo INE, a<br />
hotelaria alojou cerca de 5 milhões de hóspedes,<br />
que originaram 13,1 milhões de dormidas,<br />
traduzindo crescimentos homólogos de 4,4% e<br />
7,1%, respetivamente. Destaca-se a contribuição<br />
dos não residentes, que tendo evidenciado<br />
um crescimento de 12%, representam 2/3 do<br />
total de dormidas.<br />
Ainda, de acordo com dados do World Travel<br />
& Tourism Council (WTTC), a indústria do<br />
Turismo terá em 2011 um impacto (direto e indireto)<br />
de 14,7% (25.700 milhões de euros) no<br />
PIB nacional, aumentando para 16,2% (32.600<br />
milhões de euros) num horizonte temporal de<br />
dez anos, ou seja, em 2021. Prevê-se ainda que<br />
a indústria do Turismo venha a contribuir (direta<br />
e indiretamente) para a criação de empregos<br />
na próxima década, passando de 18,4%<br />
(911.000 empregos) para 20,6% (1.071.000<br />
empregos) da população ativa nacional.<br />
55<br />
The World of Property
56<br />
MAIS qUE IMOBILIÁRIO<br />
Sector da Hotelaria e Turismo é estratégico para a empresa de segurança<br />
Segmentação, inovação<br />
e formação são as prioridades<br />
da Securitas<br />
O sector da hotelaria e <strong>turismo</strong> é crucial para a Securitas, que tem uma forte<br />
presença neste área. Elegendo como prioridades estratégias a segmentação,<br />
a inovação e a formação, a empresa disponibiliza um conjunto de soluções<br />
específicas para responder às solicitações neste mercado.<br />
«Acrescentar valor aos serviços», permitindo «fazer<br />
mais, com menos dinheiro» é uma das grandes<br />
mais valias dos serviços prestados pela Securitas,<br />
explicou o diretor comercial, António Freitas<br />
Sampaio. Desta forma, a otimização na vigilância<br />
especializada, cumpre-se através do processo<br />
de segmentação do mercado, com a empresa a<br />
capitalizar o seu know-how para mais facilmente<br />
satisfazer as reais necessidades dos seus clientes.<br />
Por isso, atualmente, em Portugal a marca<br />
internacional de segurança privada disponibiliza<br />
soluções específicas para cada um dos<br />
segmentos como a Banca e Seguros, Indústria,<br />
Segurança Marítima e Logística, Administração<br />
Pública, Retail, Saúde, Educação e Serviços,<br />
Energia, Hotelaria e Turismo, Multinacionais e<br />
Transportes Públicos.<br />
Segurança em <strong>resorts</strong><br />
Em Portugal, a Securitas tem vindo a desenvolver<br />
o seu know-how na segurança e vigilância<br />
de <strong>resorts</strong>. Trata-se de uma área de mercado<br />
muito específica, e onde a estratégia de segurança<br />
tem vindo a acompanhar a evolução dos<br />
tempos e dos projetos, como explica António<br />
Freitas Sampaio.<br />
«Há 20 anos uma vigilância de um resort baseava-se<br />
na vigilância humana e hoje em dia já não<br />
é assim. Os equipamentos evoluíram e consegue-<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
António Freitas Sampaio,<br />
diretor comercial da Securitas<br />
-se um bom equilíbrio entre a vigilância humana<br />
e os equipamentos», acrescenta o diretor<br />
comercial. De facto, considera, este é um dos<br />
segmentos de negócio onde, além da inovação<br />
dos equipamentos técnicos, a aposta na formação<br />
dos vigilantes assume um papel crucial.<br />
A Securitas admite os seus vigilantes em função<br />
do segmento que se dirige. E o processo<br />
de formação ministrado pela empresa tem em<br />
conta o segmento de mercado a que se dirige,<br />
ao selecionar os candidatos com as características<br />
mais adequadas a cada função. O objetivo<br />
é garantir que os níveis de aptidão profissional<br />
dos colaboradores correspondam aos padrões<br />
de desempenho e competência exigidos.<br />
JULHO 2011<br />
«Além da formação técnica, de primeira intervenção<br />
e primeiros socorros, um vigilante para o segmento<br />
de <strong>turismo</strong> também tem de ter outros requisitos<br />
como boa apresentação e o conhecimento<br />
de línguas», realça António Freitas Sampaio. A<br />
estas características acresce a prevenção e a visibilidade<br />
no interior do empreendimento, de<br />
forma a transmitir «uma imagem de segurança e<br />
conforto», não esquecendo que um vigilante representa<br />
sempre duas empresas: a Securitas e a<br />
empresa que contrata o serviço.<br />
Leque de serviços abrangentes<br />
para hotelaria e <strong>turismo</strong><br />
Para o sector da hotelaria e <strong>turismo</strong>, a Securitas<br />
oferece um pacote de serviços muito direcionado<br />
que vão desde a vigilância especializada, vigilância<br />
mobile e com caninos, serviço de intervenção,<br />
proteção contra incêndio, consultoria<br />
de segurança e segurança integrada, até ao controlo<br />
através de uma central de monotorização.<br />
Presente em todo o território nacional, a Securitas<br />
procura novas oportunidades, tanto no sector público<br />
como no privado, no que respeita ao mercado<br />
em expansão dos serviços de segurança. «Ao<br />
focarmos a nossa atenção nas tendências e forças<br />
que moldam o mercado, a Securitas está bem posicionada<br />
para prosseguir como líder do sector da<br />
segurança privada», conclui o responsável.
Pilates<br />
As férias são uns dias mas<br />
o seu corpo é para<br />
toda a vida<br />
Ficar em forma é como reservar as suas férias: o melhor é não deixar<br />
para a última hora. Assim este Verão um dos seus destinos de férias<br />
tem de ser num dos 19 Holmes Place em Portugal.<br />
Piscina<br />
holmesplace.pt
Edifício libErtas Edifício 5 dE<br />
Edifício<br />
Edifício foNtEs<br />
outubro, 202<br />
Mar VErMElho<br />
PErEira dE MElo, 14<br />
Zona 1: Eixo da aV. da<br />
liBErdadE à Praça do<br />
Saldanha<br />
o Edifício libertas situa-se na mais<br />
prestigiada avenida de lisboa. com<br />
fachada datada de 1890 mantém o<br />
elevado cachet, sem sacrificar o conforto<br />
moderno e a segurança.<br />
É constituído por 6 pisos acima do<br />
solo, sendo um destino de eleição<br />
para sedes de empresas nacionais e<br />
internacionais.<br />
Zona prime da cidade, no principal<br />
corredor de escritórios de lisboa.<br />
Será o primeiro edifício de escritórios<br />
da Avenida com eficiência energética<br />
“a”, e o primeiro em lisboa no caso<br />
de uma reconstrução.<br />
maiS SErViçoS: o edifício libertas<br />
contará com um centro de escritórios<br />
Liberoffice no primeiro andar, possibilitando<br />
aos inquilinos beneficiar<br />
de serviços “à la carte” sem que isto<br />
encareça os custos de condomínio.<br />
acESSiBilidadES: a excelente<br />
localização permite o acesso às<br />
principais vias de comunicação e de<br />
transportes públicos, possibilitando<br />
uma fácil deslocação na cidade de<br />
lisboa. Proximidade a parque de estacionamento<br />
público.<br />
Áreas disponíveis: de 209 m² a 970 m²<br />
Pisos disponíveis: 1 a 6<br />
data disponibilidade: imediata<br />
Preço arrendamento desde: 21 €/m²<br />
The World of Property<br />
tel. 21 313 9000<br />
portugal@aguirrenewman.com<br />
www.aguirrenewman.com<br />
www.escritorios.com.pt<br />
encontre o seu novo escritório<br />
Zona 2: Eixo da Praça do<br />
Saldanha a EntrEcamPoS<br />
E amorEiraS<br />
Este edifício está localizado numa<br />
das principais zonas de escritórios<br />
da cidade.<br />
Em 2010, o imóvel foi alvo de uma<br />
remodelação de forma a oferecer<br />
condições modernas e eficientes de<br />
funcionamento.<br />
o imóvel é composto por 9 pisos<br />
acima do solo. os primeiros 8 são<br />
destinados a escritórios, com uma<br />
área bruta de cerca de 221m². o 9º<br />
piso tem 137m² de área bruta e um<br />
terraço com 84 m². Possui ainda 3<br />
caves de estacionamento.<br />
caracterização da zona envolvente<br />
(a menos de 500 metros):<br />
• Banco;<br />
• centro comercial;<br />
• Estação de metro;<br />
• Paragem de autocarro;<br />
• cinema;<br />
• Farmácia.<br />
Áreas disponíveis: de 137 m² a 221 m²<br />
data disponibilidade: imediata<br />
Pisos disponíveis: 1º ao 9º<br />
Preço arrendamento desde: 14 €/m²<br />
tel. 211 570 000<br />
bprime@bprime.pt<br />
www.bprime.pt<br />
ParquE das NaçõEs<br />
Zona 5: rEcinto do ParquE<br />
daS naçõES<br />
o edifício mar Vermelho (av. d. João<br />
ii), possui grande visibilidade de fachada<br />
e uma forte imagem corporativa.<br />
caracterizado essencialmente pela<br />
oferta que dispõe em termos de serviços,<br />
comércio e restauração, o Parque<br />
das nações é servido por excelentes<br />
acessibilidades, devido não só a proximidade<br />
à Gare do oriente (que disponibiliza<br />
transportes públicos de metropolitano,<br />
autocarro e comboio), mas<br />
também aos principais eixos viários da<br />
cidade, tais como a a1 (norte), o ic17<br />
e a Ponte Vasco da Gama (Sul).<br />
o edifício apresenta uma área bruta<br />
de construção de aproximadamente<br />
7.000 m 2 divididos em 9 pisos acima<br />
do solo e 176 lugares de estacionamento<br />
privativos em 3 pisos de cave.<br />
Em termos de serviços e infra-estruturas,<br />
o edifício tem vigilância 24h/24h,<br />
estando os escritórios equipados com<br />
sistema de ar condicionado a 4 tubos,<br />
detecção de incêndios, piso técnico<br />
sobre elevado, tectos falsos com iluminação<br />
embutida, instalações sanitárias<br />
privativas e copa.<br />
Áreas disponíveis: de 356 m² a 3.773 m²<br />
data disponibilidade: imediata<br />
Pisos disponíveis: 1º, 2º, 3º, 7º e 8º Piso<br />
Preço arrendamento desde: 16 €/m²<br />
tel. 213 114 400<br />
barbara.abreu@cbre.com<br />
www.cbre.pt<br />
mais de 100.000 m 2 de escritórios disponíveis on line!<br />
Edifício foNtEs PErEira dE<br />
MElo, 14 (sEMaPa)<br />
Zona 1: Eixo da aVEnida da<br />
liBErdadE à Praça do Saldanha<br />
localizado na principal e mais prestigiada<br />
artéria de escritórios da capital, o<br />
eixo – avenida da liberdade, Saldanha,<br />
o edifício da Fontes Pereira de melo disponibiliza<br />
cerca de 2.000 m² de áreas de<br />
escritórios para arrendamento, nos pisos<br />
4, 5 e 6 , com áreas por piso em torno<br />
dos 600 m² e com ligação interna.<br />
o edifício foi recentemente alvo de uma<br />
remodelação, nomeadamente na zona<br />
da entrada, que agora se destaca no<br />
conjunto da Fontes Pereira de melo, e na<br />
configuração da iluminação exterior, que<br />
será ainda objecto de melhorias complementares<br />
o objectivo é conferir ainda<br />
maior nobreza e modernidade ao edifício,<br />
configurando-o como um “corporate<br />
building” de grande qualidade, cujos<br />
espaços foram claramente valorizados<br />
com estas intervenções.<br />
Áreas disponíveis: de 628 m² a 1.890 m²<br />
data disponibilidade: imediata<br />
Preço arrendamento desde: 14 €/m²<br />
tel. 217 999 960<br />
pedro.salemagarcao@worx.pt<br />
www.worx.pt<br />
tel. 213 583 222<br />
monica.almeida@eu.jll.com<br />
www.joneslanglasalle.pt
Edificio d. João ii<br />
Edificio d. João ii<br />
Zona 5: rEcinto do ParquE<br />
daS naçõES<br />
Edifício localizado na zona central<br />
do Parque das nações. os espaços<br />
de escritórios estão em open Space.<br />
cada espaço possui iS e copa.<br />
Excelentes acessibilidades e junto ao<br />
interface da Gare do oriente e centro<br />
comercial Vasco da Gama.<br />
características: Pavimento técnico;<br />
tectos falsos; climatização; segurança<br />
24h.; Estacionamentos.<br />
caracterização da zona envolvente<br />
(a menos de 500 metros): Banco;<br />
centro comercial; Polícia; Estação<br />
de metro; Paragem de autocarro; cinema;<br />
complexo desportivo; creche;<br />
Escola Primária; universidade; Farmácia;<br />
hospital; Ginásio; Parque de<br />
Estacionamento; rio; Jardim Público.<br />
Áreas disponíveis: de 192 m² a 488 m²<br />
Pisos disponíveis: 1, 2, 3 e 6<br />
data disponibilidade: imediata<br />
Preço arrendamento desde: 15,5 €/m²<br />
The World of Property<br />
tel. 219 327 808<br />
bruno.mata@bestplace.pt<br />
www.bestplace.com.pt<br />
tel. 21 313 9000<br />
portugal@aguirrenewman.com<br />
www.aguirrenewman.com<br />
www.escritorios.com.pt<br />
encontre o seu novo escritório<br />
Edifício 5 dE<br />
outubro, 124 a 126<br />
Edifício 5 dE outubro,<br />
124 a 126<br />
Zona 2: Eixo da Praça do<br />
Saldanha a EntrEcamPoS E<br />
amorEiraS<br />
Situada numa das principais zonas<br />
de escritórios da cidade, este é um<br />
edifício central e com acabamentos<br />
modernos e funcionais.<br />
Está também optimamente servido<br />
de transportes públicos.<br />
o Edifício 5 de outubro 124-126 tem<br />
uma área bruta de 3.930m2 m².<br />
Edifício com 4 caves de estacionamento<br />
com 62 lugares.<br />
Áreas disponíveis: de 180 m² a 235 m²<br />
Preço arrendamento desde: 15 €/m²<br />
Pisos disponíveis: 3º, 5º, 6º e 7º<br />
data disponibilidade: imediata<br />
tel. 213 555 555<br />
silfiducia@sil.pt<br />
www.silfiducia.pt<br />
tel. 211 568 774<br />
geral@high-street.pt<br />
www.high-street.pt<br />
Edifício MultitEch<br />
Edifício MultitEch<br />
o Ed. multitEch está inserido<br />
no conjunto identificado como Pólo<br />
tecnológico de lisboa - liSPoliS,<br />
junto ao inEti na zona do Paço do<br />
lumiar.<br />
o edifício é composto por 3 pisos<br />
destinados a escritórios e uma cave<br />
destinada a estacionamento.<br />
o átrio de entrada é vazado até à<br />
cobertura, e os dois elevadores que<br />
fazem a interligação dos pisos são<br />
panorâmicos para o átrio.<br />
a área disponível encontra-se ao nível<br />
do primeiro piso, com orientação<br />
nascente/sul, usufruindo de uma excelente<br />
iluminação natural.<br />
o Ed. multitEch oferece ainda<br />
uma grande visibilidade para a Estrada<br />
envolvente de carnide, com<br />
possibilidade de sinalética exterior<br />
na fachada principal.<br />
o escritório possui uma área em<br />
open-space, e outra com gabinetes.<br />
Está equipado com pavimento técnico<br />
sobrelevado com caixas equipadas,<br />
climatização por zonas e tecto<br />
falso com iluminação embutida.<br />
de referir também que já possui bastidor<br />
e rede estruturada já distribuída.<br />
Áreas disponíveis: de 220 m²<br />
Número de Estacionamentos: 20<br />
data disponibilidade: imediata<br />
Preço arrendamento desde: 2.750 € | 12.5 €/m²<br />
tel. 217 999 960<br />
acunha@novimednegocios.com<br />
www.novimednegocios.com<br />
Edifício atlaNtis<br />
Edifício atlaNtis<br />
Zona 5: rEcinto do ParquE<br />
daS naçõES<br />
localizado no Parque das nações<br />
na av. d. João ii, junto ao centro<br />
comercial Vasco da Gama. o Edifício<br />
atlantis disponibilizará 8.500<br />
m 2 de escritórios distribuídos em 7<br />
pisos. apresentando uma estrutura<br />
interior de elevada flexibilidade,<br />
onde os valores estéticos e de conforto<br />
se conjugam com os mais exigentes<br />
requisitos técnicos. dispõe<br />
ainda de 3 pisos subterrâneos para<br />
parqueamento.<br />
Áreas disponíveis: de 420 m² a 1200 m²<br />
Pisos disponíveis: 1º, 2º, 3º, 4º, 5º, 6º e 7º<br />
data disponibilidade: imediata<br />
Preço arrendamento desde: 16,5€/m²<br />
tel. 213 583 222<br />
monica.almeida@eu.jll.com<br />
www.joneslanglasalle.pt
Área Renda Média Renda Máximo<br />
ESTATISTICAS: LISBON PRIME INDEX<br />
LISBON PRIME INDEX<br />
Absorção atinge 31.000m2 Out Town Novo • OTN<br />
15 €/m<br />
no 1º Semestre<br />
2<br />
12 €/m2 15 m2 12 m2 60<br />
9 m 2<br />
No primeiro semestre de 2011, a absorção de escri-<br />
6 m<br />
tórios em Lisboa foi de 31.000m², o que representa<br />
uma quebra de 44% face ao período homólogo de<br />
2010. O período em análise ficou marcado pela ausência<br />
de negócios em edifícios usados no Corredor<br />
Oeste. Na análise da ocupação total, 48% realizou-se<br />
no eixo Miraflores Porto Área Salvo Renda e cerca Média de Renda 23% Máximo aconteceu<br />
no CBD de Lisboa. Com absorção mais modesta,<br />
neste primeiro semestre de 2011, a zona 2 (Eixo da<br />
Praça do Saldanha a Entrecampos; Amoreiras) e o<br />
Parque das Nações registaram, respetivamente, 14%<br />
e 9% do total absorvido pelo mercado. As restantes<br />
zonas delineadas pelo LPI registaram valores inferiores<br />
a 3%. O 1º Semestre de 2011 fica marcado pelo<br />
registo mais baixo de absorção de escritórios desde<br />
que o LPI foi criado.<br />
2<br />
3 m2 0 m2 edifícios com maior dinâmica<br />
de mercado<br />
Desde o início de 2011, o edifício situado na Avenida<br />
das Túlipas (Miraflores Office Center), na zona 6, foi o<br />
que registou o maior número de operações. Até maio<br />
de 2011, este edifício registou 5 negócios, seguido<br />
pelos edifícios do Lagoas Park (zona 6), Liberty (zona<br />
1) e Conselheiro Fernando Sousa (zona 2) com 4 negócios<br />
registados. Um grupo de 3 edifícios registou<br />
3 negócios neste período, os edifícios são: Atrium<br />
Saldanha e o Monumental, na zona 1, e o Edifício<br />
Duque de Ávila 185, na zona 2. No entanto, em termos<br />
de volume de área transacionada, o edifício com<br />
melhor performance foi o Espace, no Parque das<br />
Nações, com cerca de 1.200m² arrendados. Também<br />
se verificou uma dinâmica interessante no Atrium do<br />
Saldanha com o registo de mais de 1.000m² e no edi-<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />
8.000 m 2<br />
7.000 m 2<br />
6.000 m 2<br />
5.000 m 2<br />
4.000 m 2<br />
3.000 m 2<br />
2.000 m 2<br />
1.000 m 2<br />
0 m 2<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />
Absorção<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />
9 €/m 2<br />
Área<br />
5.000 m 2<br />
4.000 m 2<br />
3.000 m 2<br />
fício Castil com o registo de 1.000 m², ambos localiza-<br />
2.000 m<br />
dos no CBD de Lisboa.<br />
2<br />
6 €/m2 3 €/m 2<br />
1.000 m 2<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11<br />
outros Serviços foi o sector com maior<br />
registo no 1ºt<br />
0 m<br />
No mercado de escritórios de Lisboa, as empresas de<br />
“Outros Serviços” tiveram a maior dinâmica de mercado<br />
no 1º trimestre de 2011, com cerca de 2.600 m² de<br />
absorção num total de 11 negócios. Outros sectores<br />
em destaque foram: Serviços Financeiros, que registou<br />
uma absorção de cerca de 2.300 m² num total de<br />
3 transações e o sector das TMT’s & Utilities que absorveu<br />
cerca de 2.100m² num total de 8 transações.<br />
Numa análise em termos de estado de uso, de um total<br />
de 56 negócios realizados no 1º trimestre de 2011,<br />
90% das transações foram efetuadas em edifícios<br />
usados e apenas 10% foram efetuadas em edifícios<br />
novos na cidade de Lisboa.<br />
2<br />
0 €/m2 Performance do corredor oeste<br />
O 1º trimestre de 2010 do Lisbon Prime Index ficou<br />
marcado pela boa performance registada no eixo de<br />
Miraflores – Porto Salvo (Zona 6), com uma absorção<br />
de 3.777m² em espaços de escritórios, representando<br />
28% do total absorvido pelo mercado de Lisboa.<br />
Foram realizadas 17 transações nesta zona, onde a área<br />
média negociada foi de 222m², com uma área máxima<br />
de 780m² e uma área mínima de 21m². Quanto ao número<br />
de operações por intervalos em área, foram colocadas<br />
12 empresas em áreas até 300m², perfazendo<br />
um total de 1.477m². Já nas áreas entre 300m² e 800m²<br />
foram instaladas 5 empresas, com um total de 2.300m²<br />
arrendados. Não houve arrendamentos efetuados em<br />
áreas superiores a 800m².<br />
Área Renda Média<br />
Out Town Usa<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11<br />
Área Renda Média
2.500 m 2<br />
2 000 m 2<br />
1 500 m 2<br />
1 000 m 2<br />
500 m 2<br />
0 m 2<br />
15 m 2<br />
12 m 2<br />
9 m 2<br />
6 m 2<br />
3 m 2<br />
0 m 2<br />
15 m 2<br />
12 m 2<br />
9 m 2<br />
6 m 2<br />
3 m 2<br />
0 m 2<br />
Área Renda Média Renda Máximo Área Renda Média Renda Máximo<br />
Lisboa Novo • LN<br />
15 €/m<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />
2<br />
0 m<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />
2<br />
0 m<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />
2<br />
Área Renda Média Renda Máximo<br />
Out Town Novo • OTN<br />
8.000 m 2<br />
7.000 m 2<br />
6.000 m 2<br />
5.000 m 2<br />
4.000 m 2<br />
3.000 m 2<br />
2.000 m 2<br />
1.000 m 2<br />
The World of Property<br />
The World of Property<br />
20 €/m 2<br />
Absorção<br />
0 m<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />
2<br />
0 m<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />
2<br />
0 €/m<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />
2<br />
Área Renda Média Renda Máximo<br />
Out Town Novo • OTN<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />
Área Renda Média Renda Máximo<br />
8.000 m 2<br />
7.000 m 2<br />
6.000 m 2<br />
5.000 m 2<br />
4.000 m 2<br />
3.000 m 2<br />
2.000 m 2<br />
1.000 m 2<br />
15 €/m 2<br />
12 €/m 2<br />
9 €/m 2<br />
6 €/m 2<br />
3 €/m 2<br />
15 €/m 2<br />
12 €/m 2<br />
9 €/m 2<br />
6 €/m 2<br />
3 €/m 2<br />
0 €/m 2<br />
Absorção<br />
Área<br />
Área<br />
3.500 m 2<br />
3.000 m 2<br />
2.500 m 2<br />
2.000 m 2<br />
1.500 m 2<br />
1.000 m 2<br />
500 m 2<br />
5.000 m 2<br />
4.000 m 2<br />
3.000 m 2<br />
2.000 m 2<br />
1.000 m 2<br />
5.000 m 2<br />
4.000 m 2<br />
3.000 m 2<br />
2.000 m 2<br />
1.000 m 2<br />
Out Town Usado • OTU<br />
JAN 11 FEV 11 MAR 11 ABR 11 MAI 11 JUN 11<br />
Área Renda Média Renda Máximo<br />
Tel.: (+351) 218 912 416<br />
www.chamartinimobiliaria.com<br />
Residencial · Escritórios ·<br />
0 m 2<br />
Lisboa Usado • LU<br />
Área Renda Média Renda Máximo<br />
Out Town Usado • OTU<br />
Área Renda Média Renda Máximo<br />
61<br />
SHOPPING<br />
25 €/m 2<br />
20 €/m 2<br />
15 €/m 2<br />
10 €/m 2<br />
15 €/m 2<br />
12 €/m 2<br />
9 €/m 2<br />
15 €/m 2<br />
12 €/m 2<br />
9 €/m 2
62<br />
LEGAL & IMOBILIÁRIO<br />
Empreendimentos turísticos<br />
em propriedade plural e IVA<br />
Por: Filipe Romão e António Castro Caldas<br />
Advogados, Uría Menéndez - Proença de Carvalho<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
O regime jurídico da instalação, exploração e<br />
funcionamento dos empreendimentos turísticos<br />
consta do Decreto-Lei n.º 39/2008, de 7 de<br />
março (“DL 39/2008”) 1 . Nos termos do artigo<br />
52.º do DL 39/2008, os empreendimentos turísticos<br />
podem ser constituídos em propriedade<br />
plural, caso em que tais empreendimentos<br />
compreenderão lotes e / ou frações autónomas<br />
de um ou mais edifícios, podendo as respetivas<br />
unidades de alojamento constituir-se como<br />
frações autónomas e ser detidas por diferentes<br />
proprietários. Nestes casos, e ao contrário do<br />
que sucede nos empreendimentos construídos<br />
e explorados pela mesma entidade, os empreendimentos<br />
são normalmente construídos por<br />
um promotor que, posteriormente, comercializa<br />
as unidades de alojamento e, por outro lado,<br />
explora o empreendimento enquanto um todo,<br />
celebrando contratos de exploração turística<br />
com os proprietários das unidades de alojamento<br />
para o efeito.<br />
Colocam-se nestas situações diversas questões<br />
relacionadas com a recuperação do IVA suportado<br />
na construção dos empreendimentos.<br />
Com efeito, se nos casos de empreendimentos<br />
destinados a serem propriedade da entidade<br />
exploradora que contrate a construção não se<br />
colocam normalmente questões relacionadas<br />
com a recuperação do IVA suportado (já que<br />
tais empreendimentos ficarão claramente afetos<br />
a atividades hoteleiras, que são sujeitas a<br />
IVA - ainda que a taxas reduzidas - e conferem o<br />
direito à dedução do imposto), já nos casos de<br />
empreendimentos turísticos em propriedade<br />
1 Com a redação que lhe foi conferida pelo Decreto-<br />
-Lei n.º 228/2009, de 14 de setembro.<br />
JULHO 2011<br />
plural cujas unidades de alojamento se destinem<br />
a venda a recuperação do IVA suportado<br />
com o projeto e a construção de tais unidades<br />
enfrenta normalmente mais dificuldades. De<br />
facto, nestes casos, a transmissão das unidades<br />
de alojamento aos respetivos adquirentes<br />
encontra-se normalmente isenta de IVA, não<br />
conferindo, portanto, o direito à dedução do<br />
IVA suportado com a construção.<br />
Assim, e de forma a assegurar a efetiva recuperação<br />
do IVA suportado com a construção do<br />
empreendimento, as partes deverão acordar<br />
na renúncia à isenção de IVA nos termos do<br />
Decreto-Lei n.º 21/2007, de 29 de janeiro.<br />
No entanto, a renúncia à isenção de IVA na operações<br />
imobiliárias depende de diversos requisitos<br />
que poderão dificultar na prática a efetiva<br />
renúncia.<br />
Desde logo, é necessário que o adquirente seja<br />
um sujeito passivo de IVA e que o imóvel em<br />
questão fique afeto a uma atividade sujeita a<br />
IVA. Na medida em que, tal como decorre da lei,<br />
as unidades de alojamento em empreendimentos<br />
turísticos estão permanentemente em regime<br />
de exploração turística, devendo a entidade<br />
exploradora obter de todos os proprietários<br />
um título jurídico que a habilite à exploração<br />
de tais unidades e que, por outro lado, os proprietários<br />
participam nos resultados da exploração<br />
da unidade de alojamento (e, portanto,<br />
realizam operações sujeitas a IVA), parece-nos<br />
que não se deveriam colocar dúvidas acerca<br />
da possibilidade de renunciar à isenção de IVA,<br />
desde que se verifiquem os demais requisitos<br />
para a renúncia à isenção.
No entanto, os contratos de exploração normalmente<br />
celebrados neste tipo de situações<br />
preveem a possibilidade de os proprietários fazerem<br />
uma utilização pessoal das unidades de<br />
alojamento, o que poderia fazer concluir que<br />
tais unidades não se encontram permanentemente<br />
afetas à exploração turística e, portanto,<br />
a uma atividade sujeita a IVA. Os contratos<br />
de exploração turística devem, assim, ser cuidadosamente<br />
estruturados de forma a evitar<br />
quaisquer dúvidas sobre a afetação das unidades<br />
a uma atividade tributada em IVA e sobre a<br />
recuperação do IVA por parte da entidade que<br />
transmita tais unidades.<br />
Por outro lado, é também requisito da renúncia<br />
à isenção que os adquirentes disponham de<br />
contabilidade organizada, o que poderá causar<br />
dificuldades na comercialização das unidades.<br />
Também se poderão colocar questões relacionadas<br />
com a recuperação do IVA suportado<br />
com a construção de equipamentos e<br />
infraestruturas que sejam consideradas como<br />
partes comuns do empreendimento (ou<br />
seja, que sejam da cotitularidade dos vários<br />
proprietários das unidades de alojamento).<br />
Entendemos que, em geral, o IVA respeitante<br />
a tais infraestruturas poderá ser recuperado<br />
na proporção das unidades de alojamento<br />
que sejam transmitidas com renúncia à isenção<br />
de IVA. No entanto, nos casos em que não<br />
seja viável alienar as unidades de alojamento<br />
com renúncia à isenção de IVA, colocar-se-ão<br />
novamente dificuldades ao nível da recuperação<br />
de IVA que obrigam a uma estruturação<br />
cuidada.<br />
Em conclusão, a estruturação correta de empreendimentos<br />
turísticos em regime de propriedade<br />
plural pode permitir, em geral, a recuperação<br />
da generalidade do IVA suportado<br />
com os mesmos, embora introduza alguma<br />
complexidade acrescida na comercialização<br />
e desenvolvimento deste tipo de empreendimentos.<br />
Tendo em conta a importância estratégica<br />
que o desenvolvimento deste tipo de<br />
projetos representa para o futuro de Portugal,<br />
seria importante sensibilizar as autoridades<br />
para estas questões, por forma a simplificar o<br />
processo de recuperação de IVA nestes casos.
F<br />
P<br />
A<br />
A<br />
D<br />
R<br />
64<br />
MARKETPLACE<br />
I<br />
T<br />
G<br />
N<br />
A<br />
E<br />
S<br />
R<br />
+<br />
S<br />
planeamento - arquitectura paisagista<br />
spa development & operations<br />
www.fadigasandpartners.com<br />
Torres de Lisboa<br />
Rua Tomás da Fonseca, torre G - 1.º<br />
1600-209 Lisboa<br />
info@fadigasandpartners.com<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
JULHO 2011<br />
Consultora <strong>Imobiliária</strong><br />
UMA RELAÇÃO DE CONFIANÇA<br />
REAL ESTATE CONSULTING | CONSULTING INVESTMENT BANK<br />
PROJECT FINANCE| CORPORATE SOLUTIONS<br />
HOSPITALITY CONSULTING | PROPERTY VALUATION<br />
Avenida de Boavista, n.º 2121 - 4º SL 401 4100-134 Porto<br />
www.imoalves.pt Tel. +351 226 090 268 geral@imoalves.pt<br />
PROMOÇÃO IMOBILIÁRIA E TURÍSTICA<br />
RESIDENCIAL | RESORTS | ESCRITÓRIOS E ARMAZÉNS<br />
T. +351 217 826 850<br />
mail@inland.pt<br />
www.inland.pt<br />
Rua José Ferrão<br />
Castelo Branco, 26 A<br />
2770-096 PAço de ARCos<br />
T. +351 214 462 190<br />
F. +351 214 462 199<br />
www.guedol.pt<br />
PublicidadeMARKETPLACE.indd 1 10/18/10 5:23 PM
Rua Cidade de Tete, 17<br />
1800-128 LISBOA<br />
Tel.: 218 503 160<br />
Fax: 218 520 278<br />
E-mail: geral@schmid.pt<br />
Construções, Lda.<br />
www.joneslanglasalle.pt<br />
Tel: 21 358 32 22<br />
www.schmitt-elevadores.com<br />
SCHMITT – Elevadores, Lda.<br />
Arroteia · Via Norte · Apartado 1034<br />
4466-953 · S. Mamede de Infesta · Portugal<br />
Tel. + 351 22 957 80 30 · Fax +351 22 951 22 50<br />
Rua do Passeio Alegre 600 Porto · Tlf: 226 190 530<br />
geral@rarimobiliaria.pt · www.imobiliaria.rar.pt<br />
65
Abacus Savills: 10<br />
Acordo SGPS: 36-37<br />
ADeNe: 22, 38-40<br />
Aguirre Newman: 12, 55<br />
Alila Hotels & <strong>resorts</strong>: 36-37<br />
AMeS: 20<br />
Andre Jordan Group: 30-32<br />
APeMiP: 22<br />
Ariston: 10<br />
Associação Portuguesa de <strong>resorts</strong>:<br />
38-40, 43<br />
Aveleda: 26-27<br />
Banyan tree: 36-37, 47<br />
Béltico: 36-37<br />
Bolig i Portugal: 30-32, 44<br />
BPN: 12<br />
BPN imonegócios Fii - 8<br />
Broadway Malyan: 30-32<br />
66<br />
ENTIDADES CITADAS<br />
câmara Municipal de cascais: 10<br />
câmara Municipal de Grândola: 45<br />
câmara Municipal de Lisboa: 14<br />
câmara Municipal de olhão: 20<br />
câmara Municipal de Sintra: 20<br />
c.Fernandes & Q. Lima: 18<br />
cB richard ellis: 8, 14, 16, 18, 38-40, 45<br />
chamartin imobiliária: 10<br />
clube Fashion: 8<br />
conrad: 36-37<br />
cPci: 12<br />
cS Hotels & <strong>resorts</strong>: 36-37<br />
cSAV: 10<br />
cushman & Wakefield: 8<br />
Dorel: 18<br />
eGP: 18<br />
el corte inglès: 10<br />
ePUL: 16<br />
erA: 12, 18<br />
espaço 2200: 36-37, 50<br />
eurohypo: 26-27<br />
Finivalor: 14<br />
Fundbox SGFii: 18<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2011<br />
Garvetur: 30-32<br />
Global Aproach consulting: 8<br />
Golfe Quinta do Vale SA: 36-37<br />
Gonçalo Salazar de Sousa Arquitetos: 45<br />
Grupo eurotel: 20<br />
Grupo espírito Santo: 36-37<br />
Grupo SiL: 26-27<br />
Grupo Sonae: 45<br />
Grupo Vila Galé: 8<br />
High Street: 8<br />
Hilton: 36-37<br />
HN: 30-32, 36-37<br />
Hyatt Hotels & <strong>resorts</strong> : 36-37<br />
icSc: 16<br />
iHG: 52<br />
iSeG: 26-27, 38-40<br />
imocom: 36-37<br />
imovia: 36-37<br />
iNe: 12<br />
inland: 36-37, 46<br />
ioSA inmuebles: 10<br />
iSeG: 26-27<br />
João de Almeida & Pedro Ferreira Pinto: 45<br />
Jones Lang LaSalle: 10, 30-32<br />
Leading: 18<br />
Lúcio da Silva Azevedo & Filhos: 18<br />
Lusort: 36-37<br />
Maia & Maia: 18<br />
Mateldat: 10<br />
Miguel Passos de Almeida: 45<br />
Modular Systems: 45<br />
MSF tur.iM: 36-37<br />
Neoturis: 28-29, 30-32,38-40, 54<br />
Norfin: 8<br />
obriverca: 14, 20, 36-37<br />
ocêanico: 36-37<br />
onyria Golf <strong>resorts</strong>: 36-37, 51<br />
open Book: 45<br />
Phoniz Hotels: 20<br />
Pioneer technology Portugal: 8<br />
Pelicano: 36-37<br />
Pestana Hotels & <strong>resorts</strong>: 36-37, 45<br />
Planbelas: 22<br />
Pontos Group: 36-37<br />
Portugal ocean race: 38-40<br />
Promontório Architecture: 45<br />
Quintas de Óbidos: 36-37<br />
ramos catarino: 8<br />
rocA: 38-40<br />
rrcrS Arquitetos: 45<br />
rui Pinto Gonçalves: 45<br />
SAiP: 36-37<br />
Salam exclusive Proportie: 10<br />
Schmitt+Sohn: 26-27, 38-40<br />
SDtL: 36-37<br />
Secretaria de estado do <strong>turismo</strong>: 38-40<br />
Securitas: 38-40, 56<br />
Sofitel: 26-27<br />
Sonae <strong>turismo</strong>: 36-37, 38-40<br />
Sol Meliã: 36-37<br />
Sousa cunhal <strong>turismo</strong>: 36-37, 47<br />
Starwood Hotels: 46<br />
temple: 36-37<br />
tetractys Arquitetos: 14<br />
texsa Portugal: 8<br />
troiaresort: 38-40<br />
<strong>turismo</strong> de Portugal: 38-40<br />
tÜV rheinland: 22<br />
ULi: 16, 26-27<br />
Uría Menendez – Proença de carvalho:<br />
26-27, 62-63<br />
Vale do Lobo: 36-37, 38-40<br />
Viva in Portugal: 38-40, 42<br />
WAtG: 20<br />
Westin: 36-37, 46<br />
Worx: 14<br />
ZAPP: 10<br />
ZoN: 38-40
www.schmitt-elevadores.com Schmitt-Elevadores, Lda Porto<br />
Arroteia Via Norte - Apartado 1034 4466-953 S. Mamede de Infesta<br />
Tel +351/ 22 / / 957 957 80 80 30 30 Fax Fax +351/ +351/ 22 / 951 22 50<br />
Ascensores<br />
panorâmicos<br />
e em vidro<br />
Qualidade máxima<br />
para uma<br />
Arquitectura exigente<br />
C M Y CM MY CY CMY K