29.11.2012 Views

dossier - Vida Imobiliária

dossier - Vida Imobiliária

dossier - Vida Imobiliária

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Turismo Residencial estratégico no imobiliário<br />

Resorts disparam<br />

em Portugal<br />

10 Anos de Informação <strong>Imobiliária</strong><br />

www.vidaimobiliaria.com | nº 115 JULHO 2007<br />

Algarve, Alentejo e Oeste são as regiões mais apetecíveis<br />

EVENTOS: Conferência VI sobre os novos desafios do turismo residencial<br />

PONTO DE VISTA: Jaime Lopes, CEO da Chamartin <strong>Imobiliária</strong><br />

Foto capa<br />

Vale do Lobo


EDITORIAL<br />

O turismo residencial…<br />

a “nova corrida” ao ouro?<br />

O turismo residencial ocupa nos últimos dois anos as prioridades da maioria dos operadores imobiliários<br />

com um mínimo de escala, com os promotores imobiliários à frente mas devidamente acompanhados<br />

de toda a fileira do sector, desde a banca, aos investidores, mediadores ou arquitectos.<br />

Como em qualquer nova “corrida ao ouro”, existem operadores que estão há muito tempo no mercado<br />

e entendem este sector como uma “corrida de fundo”, novos operadores que efectivamente estudam o<br />

mercado e têm uma estratégia e depois uma “multidão” que corre atrás de uma promessa.<br />

A nossa vizinha Espanha é um exemplo do potencial que o turismo residencial tem para o nosso país,<br />

bastando para tal acompanhar as estatísticas de produção de habitação… venderam-se em 2006 cerca<br />

de 60 mil habitações a não residentes em Espanha.<br />

No entanto, precisamos de seguir o exemplo mas também aprender com os erros vizinhos. Nos últimos<br />

anos existiu tanta produção de produtos imobiliários de qualidade inferior, que neste momento se discute<br />

a sustentabilidade de tanta construção em áreas ambientalmente sensíveis como são as costas<br />

marítimas. Continua a existir muita produção com elevados padrões de qualidade, mas a devastação<br />

imobiliária que proliferou em todo a costa Sul de Espanha está a marcar pela negativa este destino<br />

como demasiado densificado e destruído.<br />

Em qualquer corrida ao ouro, depois do “filão” esgotar por regra fica um deserto de destruição e pobreza,<br />

que se prolonga por muitos anos!<br />

Em Portugal temos o risco de estar no inicio da corrida, mas é essencial que colectivamente e enquanto<br />

sociedade saibamos promover um desenvolvimento sustentado do turismo residencial. É essencial<br />

termos operadores qualificados que saibam cooperar entre si para criar uma oferta diversificada mas<br />

complementar. É essencial encontrar um equilíbrio ecológico para manter um convívio entre a natureza<br />

e o urbanizado.<br />

A prometida “via verde” do licenciamento dos PIN pode ser um precioso instrumento para dar luz verde<br />

a projectos que coloquem Portugal no mapa do turismo residencial. Mas a sua utilização abusiva e<br />

demasiado permissiva pode significar o “tiro de partida” da corrida ao ouro, para milhares que se precipitam<br />

numa caminhada que destrói mais do que promove.<br />

3


3 |<br />

8 |<br />

14 |<br />

20 |<br />

24 |<br />

26 |<br />

28 |<br />

32 |<br />

33 |<br />

34 |<br />

38 |<br />

42 |<br />

4<br />

ÍNDICE<br />

EDITORIAL<br />

VI NEWS<br />

Negócios & Projectos<br />

Empresas & Mercados<br />

Pessoas & Eventos<br />

Porto<br />

Algarve<br />

Espanha & Europa<br />

OPINIÃO<br />

Eduardo Abreu<br />

Ricardo Roquette<br />

PONTO DE VISTA<br />

Jaime Lopes<br />

EVENTOS<br />

Conferência «Oportunidades de Futuro no Turismo<br />

Residencial»<br />

FÓRUM<br />

Portugal tem capacidade para se desenvolver<br />

enquanto destino de segunda habitação na Europa?<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

JULHO 2007


46 |<br />

48 |<br />

60 |<br />

62 |<br />

63 |<br />

64 |<br />

65 |<br />

66 |<br />

67 |<br />

68 |<br />

70 |<br />

72 |<br />

74 |<br />

76 |<br />

78 |<br />

80 |<br />

81 |<br />

82 |<br />

86 |<br />

88 |<br />

90 |<br />

DOSSIER RESORTS<br />

Projectos de Turismo Residencial<br />

Governo quer dinamizar aprovação<br />

de projectos turísticos e de<br />

imobiliário turístico<br />

Turismo residencial em franco<br />

crescimento<br />

ILM-THR<br />

Sonae Turismo<br />

Vale do Lobo<br />

Grupo Oceânico<br />

Imocom<br />

Grupo CS<br />

MSF<br />

Bom Sucesso<br />

Vale Pisão<br />

Pestana<br />

Garvetur<br />

Grupo Altis<br />

Six Senses Resorts & Spas<br />

ANÁLISE IMOBILIÁRIA<br />

Salão Imobiliário de Madrid 2007<br />

ESTATÍSTICAS<br />

LPI<br />

Confidencial Imobiliário<br />

Legal & Imobiliário<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

DIRECTOR<br />

António Gil Machado<br />

agil@vidaimobiliaria.com<br />

EDIÇÃO<br />

Rita Ribeiro<br />

rribeiro@vidaimobiliaria.com<br />

MARKETING & NEW BUSINESS<br />

Osvaldo Nogueira<br />

onogueira@vidaimobiliaria.com<br />

APOIO COMERCIAL<br />

Rui Santos<br />

rsantos@vidaimobiliaria.com<br />

Clara Marcos<br />

cmarcos@vidaimobiliaria.com<br />

Francisco Antunes<br />

ffantunes@vidaimobiliaria.com<br />

COLABORADORES<br />

Rita Ribeiro<br />

Marc Barros<br />

Pedro Campos<br />

Susana Ribeiro<br />

DESIGN GRÁFICO<br />

PMD - Comunicação e Design<br />

www.pmd.pt<br />

DESIGN EDITORIAL<br />

Brandvalue<br />

IMPRESSÃO<br />

Uniarte Gráfica<br />

R. Pinheiro de Campanhã nº 342<br />

4300-414 Porto<br />

ASSINATURAS<br />

Maria José Teixeira<br />

PROPRIETÁRIO<br />

Imoedições – Publicações Periódicas<br />

e Multimédia, Lda.<br />

(Grupo Editorial <strong>Vida</strong> Económica)<br />

PERIODICIDADE<br />

Mensal<br />

NIPC<br />

507 037 219<br />

PREÇO<br />

Assinatura (11 números) = 94 �<br />

Avulso = 10 �<br />

TIRAGEM<br />

2.500 exemplares<br />

REDACÇÃO, ADMINISTRAÇÃO<br />

E ASSINATURAS – PORTO<br />

Rua Gonçalo Cristovão, 111 – 6º<br />

4049-037 Porto<br />

Tel. 22 339 94 00<br />

Fax. 22 205 80 98<br />

REDACÇÃO, ADMINISTRAÇÃO<br />

E ASSINATURAS – LISBOA<br />

Campo Pequeno, 50 – 4º Esq.<br />

1000-081 Lisboa<br />

Tel. 21 781 54 10<br />

Fax. 21 781 54 15<br />

Registo nº 115734 da Entidade<br />

Reguladora da Comunicação Social


WWW.VIDAIMOBILIARIA.COM


A <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> é um dos sites de informação imobiliária mais visitados<br />

em Portugal, com uma média diária de 1300 visitantes únicos e mais de<br />

130 mil páginas vistas em apenas um mês.<br />

Além de todo o conteúdo desde 2001 da revista <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, o novo site traz<br />

mais novidades e funcionalidades.<br />

Notícias do Mercado // As noticias actualizadas todos os dias<br />

VINews // Os exclusivos <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> publicados na VI News<br />

Conferências // Os eventos do momento que reúnem os profi ssionais do imobiliário.<br />

Agora também com todas as apresentações dos eventos já realizados<br />

Livraria // O Grupo <strong>Vida</strong> Económica é o maior editor de Livros de Imobiliário<br />

publicados em Portugal<br />

Research // O Research dos principais consultores imobiliários disponível na<br />

<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>


VI NEWS<br />

Investimento de<br />

500 milhões para a<br />

Plataforma Multimodal<br />

do Poceirão<br />

O ministro das Obras Públicas, Transportes<br />

e Comunicações, Mário Lino, assinou,<br />

no passado dia 19 de Junho, um contrato<br />

para a construção da maior plataforma<br />

multimodal do país, localizada no Poceirão,<br />

concelho de Palmela, e que faz parte<br />

do Plano Portugal Logístico. O consórcio<br />

formado pelas construtoras portuguesas<br />

Pedroso Construções, Mota-Engil,<br />

Espírito Santo Ambiente e Serviços e<br />

OPCA será o responsável pela edificação<br />

do complexo. Este projecto representa<br />

um investimento global de 500 milhões<br />

de euros, e deverá articular os portos de<br />

Lisboa, Setúbal e Sines.<br />

A plataforma multimodal, articula estruturas<br />

rodoviárias e ferroviárias, e conta<br />

com uma área total de 400 hectares. Esta<br />

primeira fase do projecto deverá estar<br />

concluída em 2009 e prevê a criação de<br />

um total de 12.000 postos de trabalho, dos<br />

quais 5.000 directos e 7.000 indirectos. A<br />

primeira fase desta plataforma entenderse-á<br />

por uma área de 130 hectares, estando<br />

prevista uma área de expansão de 270<br />

hectares.<br />

Inserido no plano Portugal Logístico, este<br />

projecto tem como objectivo potenciar a<br />

dinamização da actividade económica nacional<br />

e regional, através da articulação de<br />

fluxos logísticos internacionais, nacionais<br />

e regionais da região de Lisboa e Vale do<br />

Tejo. Pretende também potenciar o alargamento<br />

do hinterland dos portos por<br />

oferta de actividades logísticas complementares<br />

às portuárias.<br />

8<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

NEGÓCIOS & PROJECTOS<br />

CB Richard Ellis e C&W<br />

instalam Ford na Avenida<br />

da Liberdade<br />

A Ford Lusitana terá uma nova sede na Avenida da<br />

Liberdade. As novas instalações serão no edifício<br />

249 Liberdade, onde ocupará um escritório com<br />

uma área de 2.500 m², distribuídos por três pisos. O<br />

edifício é propriedade da Habiriscos – Investimentos<br />

Imobiliários. Esta operação foi assistida pela CB<br />

Richard Ellis, que actuou em representação da sociedade<br />

proprietária, e pela Cushman & Wakefield<br />

(C&W), que actuou em nome da Ford.<br />

Localizado na avenida da Liberdade, junto à praça<br />

do Marquês do Pombal, em Lisboa, o edifício<br />

já acolheu a sede da Shell Portuguesa. O imóvel compreende uma área total de cerca de 7.250 m²<br />

de escritórios, e recentemente foi sujeito a obras de remodelação, com intervenções ao nível das<br />

áreas públicas da recepção, pisos de escritórios e requalificação de fachadas.<br />

Abacus Savills coloca ADENE<br />

no Edifício Arquiparque<br />

O Departamento de Escritórios da consultora<br />

Abacus Savills fechou um novo contrato de arrendamento<br />

para o Edifício Arquiparque, lote 5, detido<br />

pela Fundimo – Sociedade Gestora de Fundos<br />

de Investimento Imobiliário do universo Caixa<br />

Geral de Depósitos. O novo inquilino é a Agência<br />

para a Energia – ADENE, que irá ocupar uma área<br />

com cerca de 560 m², no sexto piso do edifício.<br />

Participada maioritariamente pelo Ministério da<br />

Economia, a ADENE é a Agência Nacional de Energia,<br />

e tem como missão a promoção e realização de<br />

actividades de interesse público na área de energia.<br />

A agência é a entidade gestora do Sistema Nacional<br />

de Certificação Energética de Edifícios (SCE).<br />

JULHO 2007<br />

Iberestate inicia<br />

o primeiro projecto<br />

em Lisboa<br />

A Iberestate, imobiliária participada em<br />

partes iguais por João Charters e a espanhola<br />

Vara Real Estate, vai iniciar o seu<br />

primeiro projecto em Lisboa. A empresa<br />

foi contratada pela Cepric para reabilitar e<br />

gerir um edifício localizado na Avenida da<br />

República.<br />

O imóvel em questão ocupa uma área de<br />

4.200 m², distribuídos por seis pisos. O projecto<br />

para a intervenção e as obras de recuperação<br />

deverá ser entregue na Câmara Municipal<br />

de Lisboa no prazo de dois meses. Representa<br />

um investimento na ordem dos 17<br />

milhões de euros, um valor que inclui a compra<br />

do imóvel e os trabalhos de reabilitação.<br />

A fachada original será mantida, ocorrendo<br />

as mudanças no interior do imóvel, que irá<br />

dar lugar a apartamentos de tipologias entre<br />

o T2 e o T4. O projecto deverá estar concluído<br />

em 2009.


VI NEWS<br />

Concluída a<br />

comercialização<br />

da Torre Fernão<br />

de Magalhães<br />

Já está concluída a comercialização da Torre Fernão<br />

de Magalhães, em Lisboa, anunciaram as consultoras<br />

CB Richard Ellis e Cushman & Wakefield<br />

(C&W). Situado no centro empresarial da zona do<br />

Parque das Nações, este<br />

edifício de escritórios<br />

encontra-se agora totalmente<br />

arrendado.<br />

Propriedade da Credit<br />

Suisse, o edifício<br />

foi projectado pelo<br />

arquitecto belga Jean-<br />

Michel Wilmotte, e foi<br />

promovido pela Bouygues<br />

<strong>Imobiliária</strong>. Com 15 pisos de escritórios, com<br />

uma área de 582 m² cada, a Torre Fernão de Magalhães<br />

alberga 16 inquilinos, incluindo empresas<br />

multinacionais como a Danone, Bouygues <strong>Imobiliária</strong>,<br />

Levi’s, SCA, Skysoft e Dr. Oetker, entre outros.<br />

10<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

NEGÓCIOS & PROJECTOS<br />

Cosmopolita actua em nome<br />

da ESAF em negócio com a<br />

Mestre Maco em Palmela<br />

O Departamento de Indústria da consultora Cosmopolita<br />

actuou em nome da ESAF – Espírito<br />

Santo Activos Financeiros SGPS, S.A., no negócio<br />

de arrendamento de um armazém de 5.470 m²,<br />

em Palmela, à Mestre Maco – Materiais de Construção,<br />

S.A. O imóvel irá acolher o centro de logística<br />

da Mestre Maco e localiza-se no concelho de<br />

Palmela, entre Lisboa e Setúbal.<br />

Através deste negócio, o departamento de Indústria<br />

da Cosmopolita aumentou para 12.876 m² o<br />

total de área industrial colocada no mercado desde<br />

o início de 2007, o que representa a um acréscimo<br />

superior a 70%.<br />

Worx instala sociedade de advogados NGCS<br />

no Edifício Libersil<br />

A consultora Worx foi a responsável<br />

pela instalação da sociedade de advogados<br />

Nobre Guedes, Costa Freitas,<br />

Mota Soares & Associados (NGCS) no<br />

Edifício Libersil, situado na avenida da<br />

Liberdade, a zona prime de Lisboa.<br />

Constituída no início deste ano, a NGCS<br />

integra um conjunto de conceituados<br />

advogados e colaboradores. Esta sociedade<br />

dedica-se à assessoria jurídica de<br />

empresas e instituições, nacionais e internacionais,<br />

assegurando a prestação<br />

de serviços jurídicos na generalidade<br />

dos ramos do Direito.<br />

Na opinião dos responsáveis da Worx,<br />

o Edifício Libersil «é identificado como um dos mais prestigiantes edifícios de escritórios da capital<br />

portuguesa».<br />

JULHO 2007<br />

Retail Parks de Portugal<br />

prepara investimento<br />

de 50 M�<br />

A Retail Parks de Portugal (RPP) prepara-se<br />

para iniciar, em breve, a construção do Retail<br />

e do Business Park de Santarém, num<br />

investimento previsto que deverá ascender<br />

aos 50 milhões de euros (M�). Após<br />

três anos de impasse, o objectivo é ter<br />

os primeiros espaços para comercializar<br />

antes do final do ano, disse o presidente<br />

da RPP, João Alexandre Alves, citado pela<br />

Lusa.<br />

Para além do Retail Park, o projecto de Santarém<br />

também compreende um Business<br />

Park, numa área total de 50.000 m². O Business<br />

Park será desenvolvido numa área<br />

de 24.264 m², e irá disponibilizar áreas para<br />

instalação de empresas que vão dos 200 aos<br />

1.500 m². Irá funcionar como incubadora e<br />

nicho de empresas, «com todas as preocupações<br />

climáticas, ambientais, económicas e<br />

sociais», sendo dotado de uma central fotovoltaica,<br />

informa a mesma fonte.<br />

Reyal Urbis investe<br />

20 M� na compra de<br />

palácio em Lisboa<br />

A Reyal Urbis investiu 20 milhões de euros<br />

(M�) na compra do Palácio de Silva Amado,<br />

na capital portuguesa. A empresa espanhola<br />

quer transformar o imóvel numa unidade<br />

hoteleira com a classificação de cinco estrelas.<br />

As obras de transformação encontram-se<br />

incluídas no valor de compra do palácio, situado<br />

no Campo Mártires da Pátria e classificado<br />

como Monumento Nacional.<br />

Com uma área total de 9.000 m², o futuro<br />

hotel irá integrar-se na cadeia de luxo Rafaelhoteles.<br />

O projecto prevê 55 quartos,<br />

salões, restaurante, SPA e cerca de 400 m²<br />

de jardins e garagens privadas.<br />

As obras têm um prazo de execução previsto<br />

de 24 meses, estando prevista a entrada<br />

em funcionamento em 2009.


VI NEWS<br />

Braga Retail Center já<br />

abriu ao público<br />

A Bouygues <strong>Imobiliária</strong> inaugurou ontem o<br />

Braga Retail Center, um projecto inserido na<br />

rede de projectos comerciais de retail parks<br />

que a promotora quer implantar no mercado<br />

português até ao final de 2008. Este é o<br />

terceiro projecto comercial a ser inaugurado,<br />

estando já em funcionamento o Albufeira Retail<br />

Park e o Viana Retail Center. Foi adquirido<br />

pelo fundo de investimento alemão Commerz<br />

Grundbesitz, num negócio avaliado em<br />

26 milhões de euros. Localizado na cidade de<br />

Braga, o complexo tem uma área bruta locável<br />

de 18.800 m² e 550 lugares de estacionamento<br />

gratuito, e foi projectado pelo ateliê<br />

Broadway Malyan. O Braga Retail Center está<br />

completamente arrendado e conta com a<br />

presença de 16 retalhistas. A Jones Lang La-<br />

Salle foi a empresa responsável pela comercialização<br />

do complexo.<br />

Almada acolhe centro de negócios<br />

12<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

NEGÓCIOS & PROJECTOS<br />

Ciclum Farma instala<br />

novos escritórios na<br />

Quinta da Fonte<br />

A Ciclum Farma, que actua no ramo dos medicamentos<br />

genéricos, vai instalar-se, este mês, no edifício<br />

D. Amélia, no parque da Quinta da Fonte, em<br />

Oeiras, junto a Lisboa. Após a conclusão das obras<br />

de adaptação do espaço às suas necessidades, a<br />

sucursal portuguesa do grupo farmacêutico alemão<br />

vai ocupar uma área de 798 m².<br />

Propriedade da UBS Real Estate Kapitalanlagegesellschaft,<br />

o Edifício D.Amélia está inserido na<br />

terceira fase do parque de escritórios Quinta da<br />

Fonte, e tem uma área bruta superior a 5.000 m².<br />

Para além dos escritórios, possui ainda dois pisos<br />

para estacionamento, com capacidade para 149<br />

lugares, além de162 lugares no exterior. Entre os<br />

seus inquilinos constam empresas como a LG<br />

Electronics Portugal, a Bergé Automación, a Quick<br />

Win e a Caroptilinea.<br />

A maior cidade da margem sul do Tejo, Almada, vão beneficiar de uma nova centralidade de negócios,<br />

a partir do próximo ano. Trata-se do projecto Almada Business Center, a ser desenvolvido<br />

faseadamente, e que prevê a construção de dois edifícios de escritórios e um hotel, entre outras<br />

valências. O empreendimento representa um investimento na ordem dos 30 milhões de euros.<br />

Localizado junto ao Palácio da Justiça da cidade, o Almada Business Center ocupa uma área de<br />

44.200 m², e está a ser desenvolvido pela JLF Construções, a empresa seleccionada pela Câmara de<br />

Almada para construir este projecto. A primeira fase de execução prevê a construção de dois edifícios<br />

de escritórios com 5.152 m², com três pisos cada, um Health Center, supermercados e espaços<br />

de pequeno comércio. A fase seguinte contempla um hotel com seis pisos e 89 quartos duplos, bar,<br />

restaurante / sala de pequenos-almoços e salas de reuniões. Este conjunto irá estar ligado a uma<br />

praça central, que também será servida de percursos pedonais, bem como a um lago e a um jardim<br />

que integrará árvores. A construção do complexo foi recentemente iniciada, e a sua conclusão está<br />

prevista para meados do próximo ano. O atelier Nuno Leónidas Arquitectos Associados é o responsável<br />

pelo projecto de arquitectura do Almada Business Center.<br />

JULHO 2007<br />

����������������������<br />

de Alcácer<br />

A OPCA ganhou o concurso para a empreitada<br />

e reabilitação e reforço da Ponte<br />

Metálica de Alcácer do Sal, inaugurada em<br />

1945. Construída num estilo semelhante<br />

ao da ponte D.Maria Pia, no Porto, a estrutura<br />

acusa o desgaste de muitos anos<br />

de serviço e beneficiará de uma profunda<br />

intervenção.<br />

Os trabalhos de requalificação contemplam<br />

o reforço e a reparação da estrutura<br />

metálica, incluindo a pintura, a substituição<br />

das lajes de betão e do gradil metálico<br />

do tabuleiro... Adjudicada pela Estradas<br />

de Portugal, esta obra tem um prazo de<br />

execução de 360 dias, e está avaliada em<br />

cerca de três milhões de euros. Depois de<br />

concluída, a obra a realizar pela OPCA irá<br />

permitir que a circulação automóvel na<br />

ponte se faça facilmente nos dois sentidos,<br />

graças a um sistema de sinalização<br />

automática por semáforos.<br />

Premier investe 19 M€<br />

na construção de 56<br />

apartamentos no Belas<br />

Clube de Campo<br />

Um dos maiores promotores imobiliários de<br />

França, o Grupo Premier vai investir 19 milhões<br />

de euros (M ) no desenvolvimento de<br />

um conjunto de 56 apartamentos no Belas<br />

Clube de Campo, com um projecto assinado<br />

pelo arquitecto português Frederico Valssassina.<br />

Com vista à sua comercialização, a empresa<br />

francesa já assinou um contrato com a<br />

Invesplano, a empresa mediadora do Grupo<br />

André Jordan.<br />

Segundo André Jordan, este investimento<br />

do Grupo Premier no Belas Clube de Campo<br />

representa «mais um acto de reconhecimento<br />

a nível internacional da qualidade e da valia<br />

do projecto promovido pela Planbelas».


VI NEWS<br />

Mercado de<br />

escritórios de Lisboa<br />

com performance<br />

«bastante positiva»<br />

no primeiro<br />

trimestre<br />

O primeiro trimestre do ano caracterizou-se<br />

pela «performance bastante<br />

positiva» do mercado de escritórios<br />

da cidade Lisboa, que registou uma<br />

absorção de 45.243 m², correspondentes<br />

a um total de 75 transacções. Estes<br />

dados foram agora revelados pela<br />

consultora Jones Lang LaSalle, no boletim<br />

do Mercado de Escritórios de Lisboa,<br />

relativo aos primeiros três meses<br />

de 2007. Segundo a consultora, este<br />

nível de absorção corresponde a 10%<br />

da oferta disponível, que actualmente<br />

totaliza os 436.486 m² de área locável<br />

de escritórios.<br />

A análise da Jones Lang LaSalle é bastante<br />

optimista: os responsáveis da<br />

consultora prevêem que, caso esta dinâmica<br />

se mantenha, o mercado de escritórios<br />

de Lisboa poderá vir a registar<br />

uma taxa de desocupação para apenas<br />

um dígito, a breve prazo. No final de<br />

Março, a oferta disponível de escritórios<br />

ascendia a 436.486, evidenciado<br />

uma taxa de desocupação de 10,74%<br />

do stock de escritórios da capital, que<br />

actualmente totaliza os 4.145.368 m².<br />

A taxa de desocupação obtida nos primeiros<br />

três meses do ano «evidencia já<br />

uma tendência de diminuição face ao<br />

trimestre anterior», em que este valor<br />

ascendia a 11,4 % do stock total.<br />

14<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

EMPRESAS & MERCADOS<br />

Mercado português de imobiliário turístico<br />

em ascensão<br />

A Aguirre Newman divulgou um estudo acerca do mercado português de imobiliário turístico, no<br />

qual conclui que este sector da economia vive um momento francamente positivo, ao apresentar<br />

um «crescimento exponencial» em qualidade e quantidade. De acordo com a consultora, entre os<br />

diversos projectos actualmente em desenvolvimento, 23 foram já classificados PIN (Projectos de<br />

Interesse Nacional) pelo Governo. Somam mais de 8.000 milhões de euros de investimento neste<br />

sector em Portugal e, em conjunto, representam a criação de 31.000 novos postos de trabalho.<br />

Ao longo dos últimos dez anos, o segmento da segunda habitação tem tido uma procura bastante<br />

expressiva. Actualmente, em Portugal existem 925.000 unidades de segunda habitação, refere a<br />

Aguirre Newman, adiantando que 50.000 proprietários são originários de outros países. Os agentes<br />

económicos têm estado atentos a este potencial. Segundo estes dados, no presente existe, já<br />

concretizados, ou em fase de concretização, um total de 22 resorts turísticos em território nacional.<br />

A consultora adianta ainda que existem actualmente outros 47 empreendimentos a serem desenvolvidos<br />

em Portugal.<br />

JULHO 2007<br />

CB Richard Ellis comercializa<br />

Herdade dos Salgados<br />

A CB Richard Ellis foi a parceira escolhida pelo Grupo CS para proceder à comercialização,<br />

em Portugal, do empreendimento Herdade dos Salgados, no concelho de Albufeira. Localizado<br />

junto à Praia dos Salgados, a Herdade dos Salgados é um projecto habitacional<br />

e turístico constituído por duas unidades hoteleiras de cinco estrelas, centro de congressos,<br />

apartamentos e moradias.<br />

Com uma área de 200 hectares, o empreendimento representa um dos maiores investimentos<br />

de sempre no Algarve, cerca de 300 milhões de euros. De acordo com o Grupo<br />

CS, «a procura tem excedido as perspectivas mais optimistas, sendo o mercado interno responsável<br />

por 70 % das vendas, seguido dos mercados inglês e espanhol».<br />

Centros Comerciais: mais 1,3 milhões de m² até 2009<br />

Os projectos de novos centros comerciais<br />

previstos para o mercado<br />

português durante o período 2007<br />

– 2009 ultrapassam os 1,3 milhões<br />

de m² de nova Área Bruta Locável<br />

(ABL), de acordo com European<br />

Shopping Centre Development, recentemente<br />

divulgado pela Cushman<br />

& Wakefield (C&W). Caso se<br />

concretizem todos os projectos<br />

planeados, a oferta de ABL deverá<br />

aumentar para quase 3,5 milhões<br />

de m², conclui a consultora. A Grande<br />

Lisboa e as regiões Norte e Centro<br />

serão as zonas do país que irão<br />

receber a maior parcela de novos<br />

investimentos neste segmento do<br />

mercado imobiliário.<br />

Actualmente a oferta total deste<br />

formato situa-se nos 2,15 milhões<br />

de m².


VI NEWS<br />

7 Seven SPA investe 8 M� em quatro novas unidades<br />

A 7 Seven SPA vai investir oito milhões de euros (M�) no desenvolvimento de quatro novos<br />

Spa’s em Portugal: o 7 Seven SPA Vilamoura; 7 Seven SPA Monte Santo; 7 Seven Wine SPA e<br />

o 7 Seven SPA Palácio Valverde. Entretanto, a empresa anunciou que se prepara para dar os<br />

primeiros passos no processo de internacionalização, acompanhando a expansão do Grupo<br />

Imocom (do qual é parte integrante), através dos seus investimentos em empreendimentos<br />

turísticos no Brasil e Palop’s.<br />

Fundada em 2006, a 7 Seven Spa faz parte do universo Imocom, e é a primeira empresa portuguesa<br />

«unicamente especializada na exploração e gestão de SPA’s». A marca conta já com<br />

um city Spa, e prepara a abertura, em Setembro, do maior Spa da Península Ibérica, em Vilamoura.<br />

FII portugueses geriram 9.510,3 M� em Maio<br />

O valor sob gestão dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII) portugueses atingiu os 9.510,3<br />

milhões de euros (M�) no final do mês de Maio, o que reflecte um ligeiro acréscimo, na ordem<br />

dos 0,4%, do investimento face ao mês de Abril, segundo os dados divulgados pela Comissão<br />

do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Durante o mês passado, o montante sob gestão<br />

dos Fundos Especiais de Investimento Imobiliário aumentou 4,5%, relativamente ao mês anterior,<br />

atingindo os 545 milhões de euros.<br />

Em Maio, foi constituído um novo fundo de investimento imobiliário fechado, o Galleon Capital<br />

Partners, gerido pela Fund Box, e verificou-se a transferência de gestão do fundo de investimento<br />

imobiliário fechado Estamo, da Fundimo para a Fundiestamo.<br />

Jones Lang LaSalle disponibiliza serviços<br />

de Arquitectura em Portugal<br />

A consultora Jones Lang LaSalle lançou uma oferta de serviços de arquitectura em Portugal. «O<br />

lançamento desta nova área de negócio pretende capitalizar o know how da empresa AreaZero»,<br />

segundo comunicado. Parte integrante do Grupo Jones Lang LaSalle, a AreaZero é líder em<br />

Espanha na concepção e execução de projectos chave-na-mão de escritórios, espaços comerciais<br />

e hotelaria. A partir de agora, a equipa da AreaZero está distribuída entre Lisboa, Barcelona<br />

e Madrid, contando com mais de 35 profissionais. O departamento de Arquitectura da Jones<br />

Lang LaSalle em Portugal é liderado por Francisco Silva Ribeiro.<br />

16<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

EMPRESAS & MERCADOS<br />

Sonae Sierra com resultado líquido de 19,1 M�<br />

no primeiro trimestre de 2007<br />

A Sonae Sierra apresentou os resultados do exercício do primeiro trimestre de 2007. Neste<br />

período, a empresa portuguesa registou um resultado líquido de 19,1 milhões de euros (M�),<br />

num decréscimo de 28% em relação a igual período de 2006. O EBITDA atingiu os 36,3 M� no<br />

mesmo período, contra os 35,4 M� dos primeiros três meses do ano passado, o que representa<br />

um aumento de 3%.<br />

Contudo, a empresa terminou o primeiro trimestre deste ano com um resultado directo de<br />

22,1 M�, o que representa um crescimento de 12% face ao período homólogo. O crescimento<br />

deste resultado foi consequência do aumento do portfólio da empresa, com a incorporação de<br />

novos activos, como os centros comerciais Modelo de Albufeira e Modelo de Portimão, em Janeiro<br />

deste ano. O decréscimo de 28% no Resultado Liquido da Sonae Sierra, em comparação<br />

com o mesmo período de ano passado, «deve-se fundamentalmente a um menor Resultado<br />

Indirecto», segundo comunicado.<br />

JULHO 2007<br />

DBK prevê<br />

recuperação do<br />

mercado residencial a<br />

médio prazo<br />

Um estudo recentemente divulgado pelos<br />

consultores da DBK prevê uma gradual recuperação<br />

do mercado residencial português<br />

a médio prazo. Segundo os consultores,<br />

este facto está directamente associado<br />

à previsão da recuperação da economia<br />

nacional entre 2007 e 2008. Este relatório<br />

revela também que o mercado imobiliário<br />

português irá conhecer progressos no que<br />

concerne à diversificação do sector, sobretudo<br />

pela parte de empresas «que até<br />

agora estavam mais vocacionadas para o<br />

mercado residencial». Desta forma, a curto<br />

prazo, «o caminho passa pelo dinamismo<br />

de uma oferta mista, que envolva a componente<br />

residencial, comercial e de escritórios,<br />

bem como para o aproveitamento<br />

e nichos de mercado, como é o caso da<br />

segunda habitação, promoção associada<br />

a campos de golfe e empreendimentos<br />

residenciais para estudantes».<br />

Gestão e alienação do<br />

património do Estado<br />

têm novas regras<br />

O Governo português aprovou um novo<br />

regime jurídico relativo à gestão e alienação<br />

de bens imóveis do Estado e institutos públicos.<br />

O novo regime privilegia a negociação<br />

e ajuste directo em detrimento da hasta<br />

pública. Nele se prevê também a criação de<br />

um programa de gestão patrimonial e do<br />

programa de inventariação, bem como, de<br />

regras sobre a regularização matricial e o<br />

registo predial.


VI NEWS<br />

Prea ganha a gestão de dois novos edifícios na avenida<br />

da Liberdade<br />

A Prea – Portuguese Real Estate Advisors ganhou a gestão de dois novos edifícios localizados<br />

na avenida da Liberdade, em Lisboa, reforçando a sua presença no Central Business<br />

District da capital. Tratam-se do Edifício Liberdade 249 e do Edifício Skandia.<br />

Antiga sede da Shell portuguesa, o Edifício Liberdade 249 foi recentemente submetido a obras<br />

de remodelação, que incluíram a requalificação de fachadas. Com uma área total de cerca de<br />

9.000 m², o imóvel tem oito pisos com cerca de 800 m² cada. Originalmente desenvolvido por<br />

um promotor sueco na primeira metade da década, o Edifício Skandia é constituído por dois<br />

corpos distintos, localizados na Av. da Liberdade e Rua de São José. No total disponibiliza uma<br />

área de cerca de 4.500 m² de escritórios e 1.500 m² de comércio. Presente no mercado português<br />

há cinco anos, a Prea gere actualmente uma carteira com cerca de 500.000 m² para vários<br />

clientes institucionais. Gere um portfólio imobiliário avaliado em mais de 1.500 milhões de<br />

euros, relativos a uma série de investidores nacionais e internacionais, entre os quais se destacam<br />

a Pramerica, UBS, Meag, DEGI, BCP, BPI, BPN, BANIF e Chamartín, San José, Imorendimento<br />

e Imopólis / JP Morgan, entre outros.<br />

Aguirre Newman fecha comercialização do edifício<br />

MiraLisboa<br />

A consultora portuguesa Aguirre Newman anunciou a conclusão da comercialização do Edifício<br />

MiraLisboa, localizado na avenida Fontes Pereira de Melo, na capital portuguesa. Propriedade<br />

da promotora espanhola Hercesa, o imóvel conta com nove pisos, (oito dos quais para arrendamento)<br />

com 2.225 m² destinados a uso de escritórios e 246 m² a espaços comerciais. O imóvel<br />

alberga a sede da Hercesa em Portugal.<br />

Em Setembro de 2006, a proprietária instruiu a Aguirre Newman para proceder à comercialização,<br />

em regime de exclusividade, deste imóvel. Nos primeiros cinco meses, a consultora colocou<br />

quatro empresas em cinco pisos deste edifício: o Cartório Notarial Frederico Sousa Franco, a<br />

Agni, a Pedro Pinto Reis e Associados, e a Arthur D. Little. Passados nove meses, a Aguirre Newman<br />

completa agora a comercialização do MiraLisboa, com a colocação, nos últimos pisos disponíveis,<br />

das empresas Bodaclic, Fortunália e Vertical One.<br />

Recorde-se que o edifício MiraLisboa foi adquirido pela Hercesa no final de 2005, sendo posteriormente<br />

alvo de profundas obras de remodelação.<br />

18<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

EMPRESAS & MERCADOS<br />

CGD e Turismo de Portugal lançam linha de crédito<br />

para projectos turísticos<br />

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Turismo de Portugal (TP) lançaram uma nova linha<br />

de crédito com vista ao financiamento de projectos turísticos «que contribuam para<br />

o aumento da qualidade, diversificação e competitividade da oferta do sector turístico<br />

nacional». A linha de crédito vigorará pelo prazo de dois anos, e destina-se ao financiamento<br />

de projectos nas áreas da hotelaria, restauração, animação turística e golfe.<br />

Relativamente à linha de crédito anterior, as principais vantagens são as taxas de juro mais baixas.<br />

Outras das suas vantagens incluem prazos alargados de financiamento (de 6 a 15 anos), consoante<br />

a tipologia de projectos e a possibilidade de cumulação com quaisquer incentivos e apoios. Este<br />

apoio pode atingir os oito milhões de euros por operação, sendo que os montantes de financiamento<br />

poderão ascender a 75% do valor total dos investimento a realizar, não podendo os capitais<br />

próprios a afectar ao projecto ser inferiores a 25% do investimento. Em regra, o montante concedido<br />

será suportado em 75% pela CGD e em 25% pelo TP. No caso de Pequenas e Médias Empresas, a<br />

repartição será suportada na proporção de 50% pela CGD e de 50% pelo TP.<br />

JULHO 2007<br />

Grupo Pestana<br />

apresenta o «novo»<br />

Pestana Sauípe<br />

Beach Pousadas<br />

Um dos maiores players nacionais do<br />

sector do turismo e um dos maiores<br />

investidores no mesmo sector em<br />

território brasileiro, o grupo Pestana<br />

apresenta o recém remodelado Pestana<br />

Sauípe Beach Pousadas, explorado<br />

através da marca hoteleira Pestana<br />

Hotels & Resorts. Recorde-se que o<br />

grupo português é o responsável pela<br />

gestão das Pousadas de Sauípe desde<br />

Outubro do ano passado.<br />

Nos últimos meses, o Grupo Pestana<br />

tem vindo a desenvolver uma operação<br />

de implementação do conceito<br />

Pestana nesta unidade. O projecto<br />

estratégico para a unidade da rede<br />

portuguesa no complexo incluiu a<br />

mudança de nome da unidade que, a<br />

partir de agora, passa a chamar-se Pestana<br />

Sauípe Beach Pousadas.<br />

«Concluídos os primeiros meses de<br />

implantação do conceito Pestana ao<br />

hotel, a alteração do nome era um passo<br />

já aguardado. O hotel contará com a<br />

força do branding Pestana e terá maior<br />

exposição e dinamismo no mercado»,<br />

sublinha Francisco Lopes, Administrador<br />

do Grupo Pestana para a América<br />

do Sul.<br />

Implantado na «melhor localização do<br />

complexo da Costa do Sauípe», junto<br />

a Vila Nova da Praia, o Pestana Sauípe<br />

Beach Pousadas é um hotel temático<br />

com seis edifícios, e com uma oferta<br />

de 168 apartamentos e suites. No hotel<br />

existe um vasto leque de infra-estrturas<br />

de lazer para a prática de golfe,<br />

desportos náuticos e equestres, para<br />

além de um Spa.


����������������������������������<br />

��������������������������������������<br />

���������������������������������������<br />

�������������������������������������������������������������������������������<br />

�����������������������������������������������������������<br />

�������������������������������������������������������������<br />

���������������������������������<br />

��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������<br />

�������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������


VI NEWS<br />

France Terre visitou o<br />

Belas Clube de Campo<br />

A France Terre, uma das maiores promotoras<br />

imobiliárias residenciais francesas,<br />

comemorou o seu 30º aniversário com<br />

uma deslocação a Lisboa de 150 dos seus<br />

colaboradores. O programa da viagem<br />

incluiu uma visita de trabalho ao Belas<br />

Clube de Campo, «por ser considerado um<br />

projecto de referência e um empreendimento<br />

exemplar em termos de qualidade<br />

arquitectónica e ambiental», refere o comunicado.<br />

Daniel Monteiro<br />

distinguido com o<br />

Prémio Nacional de<br />

Arquitectura Paisagista<br />

O arquitecto paisagista Daniel Monteiro,<br />

do atelier Arqt.Of, é o vencedor da edição<br />

deste ano do Prémio Nacional de Arquitectura<br />

Paisagista (PNAP), pela concepção<br />

do projecto do Estádio Municipal de Braga.<br />

O troféu foi entregue em Lisboa, por<br />

Gilberto Jordan.<br />

SIMA volta a bater<br />

recordes em 2007<br />

A edição de 2007 do Salão Imobiliário de<br />

Madrid (SIMA), que decorreu entre 29 de<br />

Maio e 2 de Junho, voltou a bater recordes,<br />

quer ao nível de visitantes, quer ao nível de<br />

expositores. Com um total de 800 expositores<br />

presentes, distribuídos por 500 stands,<br />

o salão de Madrid recebeu um total de<br />

159.827 visitantes, dos quais 21.810 profissionais,<br />

num aumento de 1,9% em relação<br />

ao ano anterior.<br />

A área útil de exposição também cresceu<br />

na nona edição, aumentando 20% em relação<br />

a 2006, passando para os 57.000 m²<br />

distribuídos pelos seis pavilhões do Parque<br />

Juan Carlos I, na capital espanhola. A superfície<br />

média contratada por cada stand aumentou<br />

8,2% face ao ano passado.<br />

20<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

PESSOAS & EVENTOS<br />

Apresentadas as<br />

novidades do SIL 2007<br />

Já foi apresentada a décima edição do Salão<br />

Imobiliário de Lisboa (SIL) e da sua Comissão<br />

Organizadora. Este ano, a maior feira do sector<br />

imobiliário em Portugal irá contar com quatro<br />

pavilhões de exposições e o pavilhão multiusos,<br />

prevendo-se a participação de 325 expositores,<br />

prevendo-se a vinda de cerca de 30 mil<br />

visitantes. A Comissão Organizadora, presidida<br />

por João Dotti, da AIP, prevê um crescimento<br />

de 28% nos expositores internacionais, consolidando<br />

a presença dos mercados de Espanha,<br />

Brasil e Angola.<br />

O SIL2007 vai realizar-se de 24 a 28 de Outubro,<br />

e terá lugar nas instalações da Feira Internacional<br />

de Lisboa (FIL), no Parque das Nações.<br />

Jaime Lopes sucede a<br />

Rui Alegre na Chamartin<br />

<strong>Imobiliária</strong><br />

Jaime Lopes foi<br />

nomeado CEO<br />

da Chamartín<br />

<strong>Imobiliária</strong> SGPS<br />

SA para Portugal,<br />

sucedendo a<br />

Rui Alegre como<br />

responsável pela<br />

condução global<br />

dos negócios<br />

da empresa em<br />

Portugal. O novo<br />

CEO irá manter<br />

o cargo de responsável<br />

pelos Centros Comerciais da marca<br />

Dolce Vita.<br />

Em comunicado, a Chamartín <strong>Imobiliária</strong> «reconhece<br />

o trabalho desenvolvido por Rui Alegre<br />

no momento em que este cessa as suas funções»,<br />

explicando que a nomeação de Jaime Lopes «é<br />

o reconhecimento da qualidade da estrutura em<br />

Portugal e reflecte o compromisso que a Chamartín<br />

tem com os seus stakeholders na continuação<br />

das excelentes relações empresariais e institucionais»,<br />

que a empresa quer «consolidar e continuar<br />

a expandir».<br />

Administrador da empresa em Portugal, Jaime<br />

Lopes desempenha há vários anos o cargo de<br />

Vice-Presidente Executivo, e é responsável pelos<br />

centros comerciais Dolce Vita.<br />

JULHO 2007<br />

ULI Portugal visita<br />

empreendimento da Sonae<br />

em Tróia<br />

No passado dia 24 de Maio, uma comitiva<br />

composta por 32 representantes do Urban<br />

Land Institute (ULI) Portugal visitou o empreendimento<br />

Tróia Resort, na Península de<br />

Tróia. O encontro decorreu no local onde<br />

estão já a decorrer as obras daquele empreendimento<br />

promovido pela Sonae Turismo.<br />

O administrador da Sonae Turismo,<br />

Rui D’Ávila, foi o anfitrião deste encontro<br />

que reuniu arquitectos, investidores, consultores<br />

e promotores, entre outros profissionais<br />

Isabel Vasconcelos<br />

responsável pelo<br />

Marketing e Vendas<br />

do Pestana Residence<br />

Desde o início do mês de Junho, Isabel Vasconcelos<br />

é a nova responsável pela área de Marketing<br />

e Vendas da recém criada marca Pestana<br />

Residence, que actuará no mercado do imobiliário<br />

turístico e turismo residencial. «Este é um<br />

desafio profissional irrecusável, já que se trata<br />

de uma oportunidade única de desenvolver,<br />

de raiz, um projecto de grande importância<br />

estratégica para o Grupo Pestana», comenta a<br />

responsável.<br />

Integrada no Grupo Pestana desde 1999, Isabel<br />

Vasconcelos é licenciada em Direcção e<br />

Gestão Hoteleira pela escola Superior de Hotelaria<br />

e Turismo do Estoril, e conta com uma<br />

vasta experiência profissional nos mercados<br />

internacionais, tendo já passado por diferentes<br />

unidades hoteleiras na Madeira, Sintra, Londres<br />

e Santiago do Chile.


Especialistas em Imobiliário<br />

www.sil.pt


VI NEWS<br />

Ann Charnock é a nova<br />

Associate Director da<br />

Jones Lang LaSalle<br />

A Jones Lang LaSalle nomeou Ann Charnock,<br />

Directora de Office Agency & Corporate<br />

Solutions, para o cargo de Associate Director<br />

da consultora em Portugal. A partir de agora,<br />

o escritório de Lisboa passa a contar com<br />

quatro Associate Directors: Patrícia Araújo<br />

(departamento de Retail Leasing), Cristina<br />

Cristóvão (departamento de Estudos), e Pedro<br />

Lancastre (Capital Markets). Actualmente,<br />

Ann Charnock é responsável por todas as<br />

aquisições de espaço, serviço de projecto e<br />

promoções, consultoria de arrendamento e<br />

serviços de Corporate Solutions para o mercado<br />

português.<br />

Matilde Valadares reforça<br />

equipa da DTZ em Portugal<br />

A DTZ acaba de reforçar a sua equipa em Portugal,<br />

com a recente contratação de Matilde<br />

Valadares, que irá desempenhar as funções<br />

de Director Financeira da consultora. Licenciada<br />

em Organização e Gestão de Empresas<br />

pelo ISCTE, a nova directora financeira tem<br />

34 anos, e iniciou a sua carreira na área financeira<br />

em 1996. Desde há nove anos que desenvolvia<br />

a função de Assistant Controller na<br />

BCG – Bóston Consulting Group, tendo como<br />

principais funções a coordenação e revisão<br />

da actividade contabilística. Em 1996, ano<br />

de licenciatura, integrou o Departamento de<br />

Estatística do Ministério para a Qualificação<br />

e o Emprego como Técnica Superior na Divisão<br />

de Coordenação de Projectos. Em 1997,<br />

foi nomeada Assistente do Departamento Financeiro<br />

da Ketrans Transitários, Lda.<br />

22<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

PESSOAS & EVENTOS<br />

CB Richard Ellis no indice<br />

Business Week 50<br />

O grupo CB Richard Ellis foi seleccionado como um<br />

dos «50 melhores do índice S&P 500», divulgado<br />

pela Business Week, na edição de Março de 2007.<br />

Os editores da conceituada publicação classificaram<br />

estas 50 empresas como as «melhores em<br />

cada um dos 10 sectores de actividade diferentes<br />

que analisámos». A CB Richard Ellis foi classificada<br />

como a 16ª de uma elite de 50 empresas, à frente<br />

de grandes grupos como a Oracle, a Morgan<br />

Stanley, a AT&T, a Microsoft ou a Apple. Ao longo<br />

do exercício de 2006, o grupo CB Richard Ellis foi<br />

responsável por mais de 224 mil milhões de dólares<br />

em transacções de venda e arrendamento de<br />

propriedade imobiliária e pela gestão de mais de<br />

17 mil milhões de metros quadrados de imóveis.<br />

Instituto Real Britânico de<br />

Arquitectos premeia Casa<br />

da Música<br />

Projectada pelo arquitecto holandês Rem<br />

Koolhaas, a Casa da Música, na cidade do<br />

Porto, foi distinguida com o Prémio Europeu<br />

do Instituto Real Britânico de Arquitectura. O<br />

prémio foi anunciado durante o jantar anual<br />

dos Prémios Nacionais e Internacionais de<br />

2007 do Royal Institute of British Architects.<br />

Para o administrador – delegado da Casa da<br />

Música, Nuno Azevedo, este «é um prémio<br />

que em muito prestigia a Casa da Música, na<br />

medida em que reconhece não só o trabalho<br />

do arquitecto Rem Koolhaas, como também<br />

o empenho de toda uma equipa que desde<br />

que o projecto se iniciou esteve envolvida na<br />

concepção, construção e operação da Casa<br />

da Música», disse à Agência Lusa.<br />

JULHO 2007<br />

Gilberto Jordan<br />

presidiu debate sobre<br />

o Resort do Futuro<br />

O administrador do Grupo André Jordan,<br />

Gilberto Jordan, presidiu, no passado dia<br />

6 de Junho, na cidade alemã de Hamburgo,<br />

a um workshop subordinado ao tema<br />

«O Resort do Futuro». Na qualidade de<br />

co-chairman do European Resort Development<br />

Council do Urban Land Institute<br />

(ULI), o gestor português presidiu aos trabalhos<br />

de um encontro que foi moderado<br />

por Chris Lubkeman, director de Foresight<br />

& Innovation da ARUP. Durante a sessão,<br />

cerca de duas dezenas de especialista europeus<br />

projectaram as principais tendências<br />

dos consumidores nas áreas das férias<br />

e do lazer para as próximas duas décadas,<br />

analisando os conceitos que presidirão<br />

ao desenho da oferta turística ao longo<br />

desse período. Enquanto co-chairman do<br />

ULI Europe Resort Development Council,<br />

Gilberto Jordan tem como missão «ajudar<br />

a promover a criação de um fórum paneuropeu<br />

para empreendedores inovadores<br />

da indústria imobiliária, especialmente<br />

ligados ao desenvolvimento de resorts,<br />

hotelaria e turismo», refere o comunicado.<br />

Praia d’El Rey é o<br />

melhor Golf Resort<br />

da Europa em 2007<br />

O empreendimento Praia D’El Rey Golf & Beach<br />

Resort recebeu o prémio de melhor Golf<br />

Resort da Europa em 2007. A distinção foi obtida<br />

durante os International Golf Travel Market<br />

Awards, prémios instituídos pela International<br />

Association on Golf Tour Operators. Em<br />

comunicado, os responsáveis deste projecto<br />

afirmam que «o prémio destaca a qualidade<br />

do conjunto global das infra-estruturas turísticas<br />

do empreendimento». Segundo o administrador<br />

do grupo Béltico, José Pampolim,<br />

«conseguimos o nosso objectivo principal,<br />

que era criar um resort de grande qualidade,<br />

bem integrado na paisagem e riqueza<br />

natural envolvente, bem sucedido e que se<br />

transformou num pólo dinamizador para o<br />

desenvolvimento da região». Localizado na<br />

Costa da Prata, perto de Óbidos, o Praia D’El<br />

Rey é propriedade do Grupo Béltico.


���������������������������������������������<br />

�����������������������������������������������<br />

��������������������������������������������������������������<br />

�<br />

��� ��������� ��������� ��� ���������<br />

���������������������������������<br />

��������� ��� �������� ��� �� ������ ���<br />

�������������������������������������<br />

������������� ����� ������ ��� ���������<br />

�����������������������������������<br />

����������� ������������ ��� ������� ���<br />

������� ��� ����������� �� ��� ���������<br />

������������<br />

���� �� ������������ ��� ������ ����<br />

���������� �� ��������� ���������� ���<br />

�������� �� ��������� ��������������<br />

������������������������������������<br />

�����������������������������������<br />

����������������������������������������<br />

������������<br />

�����������������������������������������<br />

��������������������������������������<br />

������������������������������������������<br />

�����������������������������������������<br />

��������������������������������<br />

������������������������������������������<br />

����������������������������������������������<br />

����������������������������������������<br />

������������<br />

��������������������<br />

��������������������������������������������<br />

������<br />

��������������������������������������<br />

�������������������<br />

������������������������������������������<br />

���������<br />

�������<br />

���������������������������������������������<br />

������������������������������������������������<br />

������������������������������������<br />

�� ����������������������������������<br />

�������������������������<br />

� ����������������������<br />

� ��������������������������������������<br />

���������<br />

� �����������������������<br />

�� ��������������������������������<br />

�����������<br />

� ����������������������<br />

� ��������������������������������������<br />

������������������<br />

� ����������������<br />

�� ��������������������������<br />

� ���������������������<br />

� ����������������������<br />

���������� �����������������<br />

�����������������������������<br />

�� ����������������������������������<br />

� ���������������������<br />

� ����������������������������������������<br />

� ���������������������������������������<br />

�������������<br />

�� �����������������������������������<br />

������������������<br />

� ���������������������<br />

� �������������������<br />

������������������<br />

�����������������������������������<br />

��������������<br />

������������������������������������<br />

�������������������<br />

�������������<br />

�������������������������������<br />

�����������������������������������������<br />

�������������<br />

�<br />

��������������������������������<br />

���������������������������������<br />

�� ������������������������<br />

� ����������������������<br />

� �������������������������<br />

� ���������������<br />

�� �������������������������������<br />

���������������������������<br />

� ����������������������<br />

� ����������������<br />

� �������������������<br />

�� ����������������������������<br />

�����������������<br />

� ����������������������<br />

� ������������������������������������<br />

� ���������������������������������������<br />

�������������<br />

�� ������������������������������������<br />

� ����������������������<br />

� ���������������<br />

� ���������������<br />

�� �������������������������������<br />

� ����������������������<br />

� �����������������������������<br />

� ����������������<br />

�<br />

� ����������������������������������������<br />

����������������������<br />

��������������������������������������<br />

����������������������������������������<br />

��������������������������������������<br />

���������������������������������������������<br />

��������������������������������������������<br />

���������������������������������<br />

������


VI NEWS<br />

Parque da Cidade...<br />

desportiva<br />

O Parque da Cidade albergará, em<br />

cerca de 40 mil m² da sua área, uma<br />

cidade desportiva. A área será cedida<br />

em direito de superfície pela Câmara<br />

do Porto ao Sport Club do Porto, visando<br />

a requalificação de uma zona<br />

actualmente degradada, correspondente<br />

ao estaleiro, e também a disponibilização<br />

de apoios estruturais ao<br />

designado Queimódromo. Os terrenos<br />

serão cedidos por um prazo de 27<br />

anos, contados a partir da celebração<br />

do protocolo entre ambas as partes,<br />

e por um valor de 508,3 mil euros. O<br />

valor total do investimento na construção<br />

da futura cidade desportiva<br />

ascende a 10 ME. Já o valor para a cedência<br />

dos terrenos foi fixado em cerca<br />

de 3,5 ME e o montante a atribuir à<br />

utilização do equipamento por parte<br />

da Câmara do Porto, num período de<br />

25 anos, em cerca de 3 ME.<br />

O projecto pretende ser um empreendimento<br />

de multifuncionalidade e<br />

requalificador da área onde será implantado,<br />

dinamizando uma parte esquecida<br />

da Circunvalação. Com este<br />

contrato, o Sport Club do Porto fica<br />

obrigado a construir, numa primeira<br />

fase e no prazo de 12 meses, um empreendimento<br />

que integrará um campo<br />

desportivo de relva sintética com<br />

4950 metros quadrados, um polidesportivo<br />

com 1260 metros quadrados,<br />

dois campos de voleibol, três campos<br />

de ténis ao ar livre e quatro campos<br />

cobertos. Numa segunda fase deste<br />

projecto, o Sport Club comprometese<br />

a, em cinco anos, ampliar o empreendimento<br />

construído por via da<br />

criação de diversos ginásios, piscinas,<br />

restaurante, zonas administrativas,<br />

sociais e de lazer, auditório, biblioteca<br />

e outras valências que se revelem necessárias<br />

à finalidade do edifício.<br />

24<br />

PORTO<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Squarestone investe 80 ME em Gaia<br />

A promotora britânica Squarestone vai investir 80 ME no Centro Histórico de Gaia nos próximos quatro anos.<br />

A construção de três empreendimentos habitacionais de luxo (um dos quais resultará de uma parceria com<br />

a sociedade The Fladgate Partnership) criará 160 habitações novas. Também do outro lado do Douro a empresa<br />

espreita novas oportunidades de investimento. O investimento de reconstrução de velhos armazéns<br />

será possível devido aos incentivos fiscais da Câmara e do Governo, em particular com a redução do IVA de<br />

21% para 5%. Os trabalhos arrancam no Outono, com a conversão da antiga fábrica da Destilaria do Álcool<br />

em 48 habitações de luxo. O investimento é de 21 ME e o preço estimado de comercialização ascende a 2750<br />

euros/m². A urbanização Rei Ramiro Terraces conta com 19 casas triplex, num investimento de 19 ME. O preço<br />

de venda do empreendimento revelado é de 3000/m². Além destes , o grupo Squarestone vai promover em<br />

parceria com o grupo Fladgate Partnership a reabilitação das antigas Caves Croft num condomínio fechado<br />

com moradias de luxo com 14 mil metros quadrados de área total.<br />

Obras avançam no Palácio<br />

da Bolsa<br />

O Palácio da Bolsa do Porto, sede da Associação<br />

Comercial do Porto, entrou oficialmente em obras<br />

de reabilitação. O investimento, que se estima que<br />

atinja os 1,7 ME, prevê correcções e melhoramentos<br />

estruturais relevantes ao nível das coberturas,<br />

clarabóias e caixilharias do Palácio da Bolsa do<br />

Porto. As obras, já visíveis do exterior, irão prolongar-se<br />

até ao mês de Dezembro. Por outro lado,<br />

as visitas e as restantes actividades não serão<br />

nunca interrompidas. Recorde-se que, em 2006,<br />

os turistas franceses foram os principais visitantes<br />

do Palácio da Bolsa (23.684), logo seguidos dos<br />

portugueses (16.884), dos italianos (10.440), dos<br />

espanhóis (9.510) e dos alemães (8.247).<br />

JULHO 2007<br />

Teleférico de Gaia<br />

concluído dentro de um ano<br />

A instalação do teleférico entre o Jardim do Morro<br />

e o Cais de Gaia, na margem esquerda do rio Douro,<br />

deverá estar concluida dentro de um ano. O Executivo<br />

gaiense atribuiu a construção do projecto<br />

à empresa Etermar, única que se apresentou no<br />

concurso público. Das duas alternativas de execução<br />

apresentadas pela Etermar - proposta-base e<br />

variante - a Câmara optou pela segunda hipótese.<br />

Assim, o teleférico terá 14 cabines de oito lugares e<br />

a autarquia receberá um milhão de euros durante a<br />

concessão de 20 anos (50 mil euros por ano). No que<br />

diz respeito à estrutura do teleférico, refira-se que,<br />

além dos terminais, serão implantados dois pilares<br />

de suporte um na Calçada da Serra, outro na Rua de<br />

Guilherme Gomes Fernandes, num terreno municipal.<br />

A concessão da Etermar incluirá a exploração<br />

de parcómetros, pelos quais a empresa entregará à<br />

Câmara 36 mil euros por ano (720 mil euros no total).<br />

O prazo de construção e de instalação destes equipamentos<br />

é de 90 dias.


VI NEWS<br />

Grupo Artagón vai<br />

investir 41 M� no<br />

Algarve<br />

O grupo espanhol Artagón vai realizar<br />

uma injecção de capital de 41 milhões<br />

de euros na construção de 450 fogos<br />

em duas cidades do Algarve, a partir do<br />

segundo semestre deste ano. O projecto<br />

do grupo empresarial para a região<br />

algarvia prevê a construção de 250 habitações<br />

em Armação de Pêra, em segunda<br />

linha de praia, e 200 unidades em<br />

Portimão.<br />

De acordo com o presidente do grupo,<br />

José Maria Terrón, «o principal objectivo<br />

deste empreendimento é a venda de<br />

habitação orientada para o turista britânico,<br />

em particular, e o português, em<br />

geral». Este projecto seguirá o modelo<br />

que o grupo está desenvolver nos seus<br />

empreendimentos em Espanha.<br />

Pine Cliffs Residence já<br />

está colocado em 75%<br />

O consórcio IFA, que detém o Pine Cliffs<br />

Resort, em Albufeira, no Algarve já vendeu<br />

75% dos 154 apartamentos T2 e T3<br />

do Pine Cliffs Residence. Com preços a<br />

partir dos 600 mil euros, os apartamentos<br />

têm garantido uma rentabilidade<br />

de 5% do investimento, nos primeiros<br />

três anos. Este empreendimento representa<br />

um investimento na ordem dos<br />

50 milhões de euros. Os proprietários<br />

destes apartamentos beneficiarão do<br />

apoio da Casa Pine Cliffs, que incluirá<br />

uma recepção, um restaurante, bar,<br />

terraço, ginásio, health centre, minimercado,<br />

piscina. Além disso, poderão<br />

usufruir das facilidades proporcionadas<br />

pelo Sheraton Algarve Hotel & Pine Cliffs<br />

Resort.<br />

26<br />

ALGARVE<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Engel & Völkers vai abrir duas lojas no Algarve<br />

A rede de imediação imobiliária alemã vai abrir<br />

três novas lojas em Portugal durante o Verão de<br />

2007, duas das quais localizadas na região do Algarve,<br />

em Almancil e Lagos. A terceira loja situase<br />

mais a norte, em Penafiel. Para além das lojas<br />

de Setúbal e Cascais, actualmente, a rede conta<br />

já com três lojas no Algarve, localizadas em Loulé,<br />

Albufeira e Lagoa.<br />

Direccionada para o segmento residencial de luxo, a rede mediação tem como objectivo para<br />

2007 a inauguração de dez lojas em Portugal e Espanha. Presente no mercado português desde<br />

2005, a Engel & Völkers prevê inaugurar mais 12 a 15 escritórios em 2008, e em 2009 quer<br />

entrar num ritmo anual de crescimento de 15 lojas com vista a chegar a um total de 75 escritórios<br />

em Portugal.<br />

�����������������<br />

Portinho da Arrifana<br />

������������������������<br />

do Verão<br />

Os trabalhos de requalificação e reforço de<br />

segurança do Portinho da Arrifana, no concelho<br />

de Aljezur, já começaram, e deverão estar<br />

concluídos antes do final do Verão.<br />

Este projecto representa um investimento de<br />

cerca de um milhão de euros, e prevê a construção<br />

de uma nova rampa e de um cais de<br />

embarque. Será também construído um pequeno<br />

molhe de protecção em pedra solta,<br />

bem como novas instalações sanitárias e um<br />

pequeno farol para auxiliar a navegação.<br />

JULHO 2007<br />

IFA prepara projecto<br />

da Quinta do Freixo<br />

A IFA, através da United Investments Portugal,<br />

que promove o Pine Cliffs Resort Sheraton<br />

Algarve, está a desenvolver mais um megaempreendimento<br />

de turismo e imobiliário de<br />

luxo na região do Algarve. Trata-se do projecto<br />

da Quinta do Freixo, a 15 minutos do Pine<br />

Cliffs, em Albufeira.<br />

Localizado na serra, o empreendimento desenvolve-se<br />

numa área de 400 hectares. Os<br />

trabalhos deverão ter início dentro de 18 meses,<br />

altura em que se prevê que o processo de<br />

licenciamento esteja concluído.<br />

Aprovado o Plano de Urbanização do resort<br />

de Palmares<br />

A Assembleia Municipal de Lagos deu luz verde ao Plano de Urbanização do resort turístico de<br />

Palmares, promovido pelo Grupo Onyria. O projecto, que pode agora avançar, representa um investimento<br />

global na ordem dos 300 milhões de euros, e será edificado na zona da Meia-Praia.<br />

Classificado pelo Governo de Projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN), o Palmares Resort desenvolve-se<br />

numa área de 200 hectares, e vai integrar um Hotel de cinco estrelas com 200 quartos,<br />

um Spa e um novo campo de golfe de nove buracos, a acrescentar aos 18 buracos já existentes.<br />

Também serão construídas 450 unidades residenciais. Comprado pelo Grupo Onyria à Sonae Turismo<br />

há quatro anos, este projecto já pertenceu a diversas entidades bancárias, e deverá começar a<br />

ser desenvolvido ainda este ano. A conclusão dos trabalhos está prevista para 2012.


VI NEWS<br />

Espanha é o pais europeu<br />

que mais centros comerciais<br />

inaugurará até 2008<br />

Até ao final do próximo ano, está prevista a abertura<br />

de 17 milhões de metros quadrados de nova<br />

área bruta locável (ABL) de centros comerciais na<br />

Europa, dos quais 6,34 milhões irão abrir ainda<br />

este ano, segundo o estudo European Shopping<br />

Centre Development, recentemente divulgado<br />

pela Cushman & Wakefield. Com um total de 1,93<br />

milhões de metros quadrados previstos, Espanha<br />

lidera o ranking dos países que mais inaugurações<br />

de espaços comerciais terão em 2007 e 2008.<br />

Actualmente existem na Europa 97 milhões de<br />

metros quadrados de centros comerciais, 5,8 milhões<br />

dos quais foram inaugurados durante o ano<br />

passado. Os 17 milhões de metros quadrados de<br />

nova ABL prevista para 2007-2008, representa um<br />

crescimento de 13% em relação aos espaços comerciais<br />

que abriram em 2007.<br />

GTM entra no mercado romeno<br />

28<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

ESPANHA E EUROPA<br />

Retornos imobiliários<br />

totais na Europa atingiram<br />

os 13,3% em 2006<br />

O mercado Pan-Europeu de investimento<br />

imobiliário teve um forte desempenho ao<br />

longo do ano passado 2006. De acordo com<br />

o IPD Pan European Index 2006, no ano de<br />

2006, os retornos imobiliários totais na Europa<br />

em divisas locais, excederam os valores<br />

de 2005, atingindo os 13,3%, contra os 11,8%<br />

do ano anterior. Em 2006, a componente de<br />

valorização do capital cresceu para os 7,8%,<br />

embora o retorno das rendas tenha ficado<br />

ligeiramente abaixo do valor de 2005, situando-se<br />

nos 5,1%.<br />

De acordo com os responsáveis do IPD (Investment<br />

Property Databank) Global, estes resultados<br />

evidenciam os efeitos dos movimentos das<br />

taxas de câmbio nos retornos do investidor. A<br />

forte depreciação do dólar em 2006 levou a que<br />

os retornos totais nesta divisa tenham sido significativamente<br />

mais altos face ao ano anterior:<br />

passando dos -2,1% em 2005 para os 27,6% em<br />

2006. Da mesma forma,<br />

os retornos totais<br />

em ienes também tiveram<br />

uma excelente<br />

performance, atingindo<br />

os 28,8%, segundo<br />

o índice IPD.<br />

A construtora espanhola GTM abriu uma filial em Bucareste, na Roménia, que se soma às outras<br />

quatro que a companhia tem no estrangeiro, nas cidades de Londres, Lisboa, Estocolmo e Andorra.<br />

O seu primeiro projecto naquele país do leste da Europa será a construção do Palácio de Exposições<br />

e Congressos de Galati, orçado em cerca de 6,3 milhões de euros (M�). O objectivo da GTM é<br />

alcançar os 120 M� de investimento nos próximos três anos.<br />

Para a empresa, que se encontra a ultimar a aquisição de terrenos naquele país, a Roménia oferece<br />

excelentes oportunidades de negócio, sobretudo no segmento residencial, explicou o conselheiro<br />

delegado da GTM, Javier Cirac. Esta nova abertura, no mercado romeno, insere-se na estratégia<br />

empresarial da GTM, cujos objectivos para este ano passam por fazer com que «15% do negócio<br />

provenham da actividade fora de Espanha», diz este responsável.<br />

Banco Santander quer encaixar 4.000 M� com a venda<br />

de imobiliário em Espanha<br />

O banco Santander Central Hispano, presente em Portugal, está a preparar uma das maiores operações<br />

imobiliárias jamais realizadas em Espanha. Segundo informações avançadas pelo jornal El<br />

País, a instituição vai alienar todos os seus imóveis, prevendo encaixar mais 4.000 milhões de euros<br />

(M�) com este negócio.<br />

Desta forma, o maior banco da Península Ibérica quer vender um conjunto de 44 edifícios relevantes,<br />

localizados em todo o território espanhol, e que inclui a sede do próprio Santander, em Madrid.<br />

Graças a este negócio, o banco estima obter uma mais valia de 1,4 mil M�.<br />

JULHO 2007<br />

Morgan Stanley Real<br />

Estate anuncia o primeiro<br />

investimento na Polónia<br />

O Morgan Stanley Real Estate’s Special Situations<br />

Fund III anunciou o seu primeiro<br />

investimento na Polónia. O fundo imobiliário<br />

comprou 25% do WAN SA, uma<br />

empresa imobiliária sedeada na cidade de<br />

Varsóvia, activa nos sectores de habitação,<br />

escritórios e logística.<br />

De acordo com a informação disponibilizada<br />

pela Morgan Stanley, o fundo concretizou<br />

este investimento através de um aumento<br />

do capital da empresa e da compra<br />

de quotas a alguns dos accionistas. Esta<br />

parceria entre a Morgan Stanley Real Estate<br />

e a WAN tem como objectivo fortalecer<br />

a estratégia de crescimento da WAN na Polónia,<br />

durante os próximos anos.<br />

John Carrafiell, Global Co-Head da Morgan<br />

Stanley Real Estate Investing, explicou que<br />

«acreditamos no forte crescimento económico<br />

da Polónia, e na sua forte procura por<br />

imobiliário de qualidade, o que constitui<br />

uma oportunidade atractiva para expandir<br />

a nossa plataforma de investimento».<br />

Evans Randall investe 165<br />

M� na compra do edifício<br />

The Rock em Amsterdão<br />

A Evans Randall Investment Management<br />

comprou o edifício de escritórios arrendado<br />

pela firma de advogados De Brauw Blackstone<br />

Westbroek em Amsterdão, num<br />

negócio avaliado em 165 milhões de euros<br />

(M�). O vendedor foi o consórcio Mahler4,<br />

que resulta de uma colaboração da Fortis<br />

Vastgoed ontwikkeling, G&S Vastgoed e da<br />

ING Real Estate.<br />

Designado de The Rock, este edifício ainda<br />

se encontra a ser construído, e compreende<br />

uma área de 30.000 m², dos<br />

quais 21.000 m² foram arrendados à De<br />

Braw Blackstone Westbroke.<br />

A CB Richard Ellis representou a Evans<br />

Randall neste negócio, e a Van Gool Elburg<br />

Vastgoedspecialisten representou<br />

os vendedores. Para a Evans Rendall este<br />

negócio representa a sua segunda maior<br />

compra em território holandês. Há um<br />

ano, o banco de investimento privado<br />

britânico também comprou o edifício De<br />

Haagse Poort (67.000 m²) por 203 M�.


AMOREIRAS PLAZA<br />

AMOREIRAS<br />

ZONA 2: EIXO DA PRAÇA DO<br />

SALDANHA A ENTRECAMPOS E<br />

AMOREIRAS<br />

O edifício Amoreiras Plaza é constituído<br />

por 5 pisos de escritórios com áreas<br />

entre os 407 m2 e os 734m2 por<br />

piso, com um total de 1875 m2 ainda<br />

disponíveis, 2 pisos de área comercial,<br />

restauração e um ginásio. Dispõe<br />

ainda de 4 pisos de estacionamento e<br />

arrecadações em cave.<br />

Áreas disponíveis<br />

de 407 m² a 1.876 m²<br />

Preço arrendamento<br />

desde: 19 �/m²<br />

Pisos disponíveis<br />

4, 5 e 7<br />

Estacionamento<br />

234<br />

Data disponibilidade<br />

imediata<br />

Tel. 213114400<br />

andre.almada@cbre.com<br />

www.cbre.pt<br />

www.escritorios.com.pt<br />

encontre o seu novo escritório<br />

EDIFÍCIO AMÉRICA<br />

RUA SOEIRO PEREIRA GOMES<br />

ZONA 3: EIXO DA 2ª CIRCULAR<br />

AO CAMPO GRANDE, INCLUINDO<br />

PRAÇA DE ESPANHA / JOSÉ<br />

MALHOA<br />

Localizado perto da Praça de Espanha,<br />

o Edifício América dispõe<br />

de escritórios para arrendamento<br />

com áreas entre os 400 e 3700m2<br />

com estacionamento em cave. Este<br />

centro de escritórios com cerca de<br />

15 anos, é constituído por 11.500<br />

m² de área de escritórios e 6.500<br />

m² de área de estacionamentos. O<br />

centro de escritórios tem serviço de<br />

recepção e segurança durante 24<br />

horas/dia.<br />

Áreas disponíveis<br />

de 400 m² a 3.700 m²<br />

Proprietário:<br />

Silvip<br />

Data disponibilidade<br />

imediata<br />

Preço arrendamento<br />

11 �/m²<br />

Tel. 213555555<br />

�����������������<br />

www.sil.pt<br />

EDIFÍCIO PRIME<br />

AVENIDA DA QUINTA GRANDE<br />

ZONA 6: EIXO DA<br />

AUTO-ESTRADA A5 DE<br />

MIRAFLORES A PAÇO D’ARCOS<br />

Edifício novo com uma área total de<br />

6.500 m2, todo ele espelhado.<br />

Este edifício tem três pisos subterrâneos<br />

para Parque de estacionamento<br />

com a possibilidade de<br />

oferecer 283 lugares. O piso 0 é<br />

constituido por uma área comercial<br />

com 1.500 m2.<br />

Áreas disponíveis<br />

de 400 m² a 480 m²<br />

Preço arrendamento<br />

12.5 €/m²<br />

Pisos disponíveis<br />

1, 2, 3 e 4<br />

Estacionamentos<br />

283<br />

Data disponibilidade<br />

Imediata<br />

Proprietário<br />

Refundos - Soc. Gestora<br />

Fundos<br />

Tel. 213139000<br />

portugal@aguirrenewman.com<br />

www.aguirrenewman.com<br />

Mais de 200.000 m ² de escritórios disponíveis online!<br />

TORRE ZENITH<br />

ARQUIPARQUE<br />

ZONA 6: EIXO DA<br />

AUTO-ESTRADA A5 DE<br />

MIRAFLORES A PAÇO D’ARCOS<br />

O Edifício Zenith é um dos mais em-<br />

�����������������������������������-<br />

��������������������������������������dade<br />

de fachada e bons acessos pela<br />

CRIL e A5.<br />

Possui 12 pisos de escritórios acima<br />

do solo, que se apresentam num<br />

misto de áreas em “open-space” com<br />

alguns gabinetes já instalados, estando<br />

equipados com calhas técnicas e<br />

cablagem estruturada já instalada no<br />

pavimento, ar condicionado, sistema<br />

de controlo de acessos de entrada,<br />

instalações sanitárias e copa.<br />

Em termos de serviços de apoio, o<br />

edifício oferece Segurança 24h/365<br />

dias, manutenção residente, auditório<br />

com capacidade para 75 pessoas e<br />

uma cafetaria. Tem disponibilidade de<br />

estacionamento privativo no interior e<br />

���������<br />

Áreas disponíveis<br />

de 68 m² a 5.258 m²<br />

Preço arrendamento<br />

11,5 �/m²<br />

Pisos disponíveis<br />

0, 4, 6, 7, 8 e 12<br />

Preço arrendamento<br />

11 �/m²<br />

Data disponibilidade<br />

Imediata<br />

Tel. 213583222<br />

ann.charnock@eu.joneslanglasalle.com<br />

www.joneslanglasalle.pt<br />

Tel. 213224757<br />

lisbon@eur.cushwake.com<br />

�����������������������


DUQUE D’ÁVILA 185<br />

AVENIDA DUQUE D’AVILA, 185<br />

ZONA 2: EIXO DA PRAÇA DO<br />

SALDANHA A ENTRECAMPOS E<br />

AMOREIRAS<br />

Localizada na Av. Duque d’ Ávila 185<br />

(em frente à futura estação de metro),<br />

��������������������������������������<br />

condições e uma relação ímpar preço/<br />

qualidade. Disponível para venda ou<br />

arrendamento.<br />

Áreas disponíveis<br />

352 m²<br />

Preço arrendamento<br />

desde 20 �/m²<br />

Data disponibilidade<br />

imediata<br />

Pisos disponíveis<br />

Loja<br />

Tel. 217999960<br />

���������������������������<br />

�����������<br />

EDIFÍCIO ORANGE<br />

TAGUSPARK<br />

ZONA 6: EIXO DA<br />

AUTO-ESTRADA A5 DE<br />

MIRAFLORES A PAÇO D’ARCOS<br />

O Edifício tem uma área de implantação<br />

de 2.379,50 m2.<br />

O edifício tem três pisos de escritórios<br />

e três pisos de estacionamento em<br />

cave, permitindo uma área de construção<br />

de 7.670 m2 (área de escritórios),<br />

220 lugares de parqueamento em<br />

�������������������������������<br />

Este edifício permite pela sua forma<br />

arquitectónica uma versatilidade na<br />

utilização em termos de disposição<br />

de espaços para escritório, podendo<br />

ser utilizado como: um único bloco<br />

(tendo 7.670 m² de área de escritórios<br />

e 220 lugares de parqueamento),<br />

ou; dividido em dois ou três<br />

blocos distintos com entradas, escadas<br />

e elevadores próprios (mas com<br />

estacionamento comum a todos os<br />

blocos), com áreas entre os 400 m²<br />

e os 5.000 m².<br />

Áreas disponíveis<br />

de 400 m² a 7.670 m²<br />

Preço arrendamento<br />

12.5 €/m²<br />

Data disponibilidade<br />

Fevereiro 2007<br />

Estacionamentos<br />

220<br />

Tel. 213224757<br />

lisbon@eur.cushwake.com<br />

�����������������������<br />

NEOPARK<br />

- BLOCO 1 B<br />

AVENIDA TOMÁS RIBEIRO<br />

- CARNAXIDE<br />

ZONA 6: EIXO DA<br />

AUTO-ESTRADA A5 DE<br />

MIRAFLORES A PAÇO D’ARCOS<br />

O Neopark é um condomínio fechado<br />

composto por dois edifícios com<br />

�������������������������������te<br />

11.7000 m2<br />

É um edifício de arquitectura moderna<br />

construído com materiais<br />

nobres como a madeira e o vidro e<br />

�������������������������������������<br />

ao mais alto nível;<br />

Dotado de um estacionamento com<br />

587 lugares, o Neopark destaca-se<br />

ainda pela ampla área verde que<br />

pode funcionar como um prolongamento<br />

de escritório;<br />

As áreas poderão ser estruturadas<br />

quer na vertical como na horizontal;<br />

Para além de lhe ser possível articular<br />

o seu espaço de forma a ter<br />

a sua empresa com uma recepção<br />

independente, o empreendimento<br />

tem um esquema de circulação<br />

com um núcleo central a assegurar<br />

����������� �� ������������� �� ���<br />

núcleo em cada edifício que serve<br />

directamente os escritórios.<br />

Áreas disponíveis<br />

de 141 m² a 1.283 m²<br />

Data disponibilidade<br />

imediata<br />

Preço arrendamento<br />

12 �/m²<br />

Pisos disponíveis<br />

0 3º 4º<br />

Tel. 213114000<br />

escritorios@cosmopolita.pt<br />

www.cosmopolita.pt<br />

EDIFICIO RAMAZOTTI<br />

CARNAXIDE<br />

ZONA 6: EIXO DA<br />

AUTO-ESTRADA A5 DE<br />

MIRAFLORES A PAÇO D’ARCOS<br />

O Edifício Ramazzotti situa-se em<br />

����������� ������ �� ������ ��� ���<br />

(Lisboa - Cascais). Perfeitamente<br />

integrado numa zona consolidada<br />

de serviços e comércio, o Edifício<br />

����������� ���������� ��� ���� ��celente<br />

accessibilidade ao centro<br />

da cidade.<br />

Com uma área total de 12.746m2<br />

e 332 estacionamentos, o Edifício<br />

Ramazzotti tem quatro pisos de escritórios,<br />

um piso térreo de comércio<br />

e dois pisos de estacionamento<br />

Áreas disponíveis<br />

de 122 m² a 2.300 m²<br />

Pisos disponíveis<br />

2º e 3º<br />

Data disponibilidade<br />

imediata<br />

Preço arrendamento<br />

Desde 14 �/m²<br />

Estacionamentos<br />

40<br />

Tel. 217999960<br />

���������������������������<br />

�����������<br />

Tel. 213555555<br />

�����������������<br />

www.sil.pt


32<br />

OPINIÃO<br />

Por Eduardo Abreu<br />

Sócio da Neoturis – consultoria em turismo<br />

2ª Residência e Hotelaria:<br />

uma fórmula perfeita?<br />

A junção, no mesmo empreendimento, de hotelaria<br />

tradicional e produtos imobiliários destinados a<br />

2ª residência, é uma tendência que veio para ficar<br />

no mercado de resorts a nível global. Mais do que<br />

explicar a junção, o objectivo do presente artigo<br />

passa pela tentativa de demonstrar as vantagens<br />

– Estratégicas, Operacionais e Económicas – desta<br />

convivência. Sendo a hotelaria uma valência normalmente<br />

mais céptica em relação a esta realidade<br />

(com receio de uma canibalização do produto<br />

hoteleiro pelas 2ª residências no mesmo espaço<br />

geográfico ou sob a marca umbrella do empreendimento),<br />

comecemos por analisar as vantagens<br />

existentes, observadas a partir da hotelaria.<br />

Vantagens para a componente<br />

hoteleira (da proximidade e gestão<br />

integrada com produto imobiliário<br />

de 2ª residência)<br />

Estratégicas: através da promoção – agressiva e<br />

com meios financeiros normalmente muito significativos<br />

– das componentes residenciais, o hotel é<br />

promovido em mercados emissores, em segmentos<br />

de mercado e utilizando canais de distribuição/comunicação<br />

onde não actua tradicionalmente. Por<br />

outro lado, permite desenvolver unidades em destinos<br />

onde a equação económica de um hotel stand<br />

alone pode não ser atractiva quando comparada<br />

com destinos tradicionais. Acresce ainda o facto de<br />

poder, através do alinhamento estratégico com promotores<br />

imobiliários, levar a marca para novos destinos<br />

– para onde o promotor se desloca – com custos<br />

de desenvolvimento mais reduzidos.<br />

Operacionais: é evidente a existência de um<br />

maior número de pessoas (proprietários de 2ª residência,<br />

mas também seus familiares e amigos<br />

ou turistas que se alojam na habitação quando o<br />

proprietário se encontra ausente), e por isso mais<br />

oportunidades de negócio, na área de influência<br />

do hotel, assim como ao longo de um período do<br />

ano mais extenso. Sendo razoável admitir que a<br />

unidade hoteleira pode vir a ser responsável pela<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

comercialização das componentes de 2ª residência,<br />

pode diversificar também o seu mercado alvo<br />

com novos produtos (ex. vilas com 3/4 quartos para<br />

famílias numerosas ou grupos de amigos). Por último,<br />

a massa crítica que deriva da existência de um<br />

conjunto de 2ª residências permite (1) que o resort<br />

possa suportar economicamente uma maior variedade<br />

de equipamentos de entretenimento e lazer<br />

– valorizados e utilizados pelo hóspede do hotel e<br />

(2) diluir custos operacionais de espaços e equipamentos<br />

por um maior número de utilizadores.<br />

Económicas: o Hotel terá a possibilidade de aumentar<br />

a sua receita pela utilização de não hóspedes<br />

das suas infra-estruturas (ex. restaurantes,<br />

SPA,...), mas também pode posicionar-se como<br />

prestador de serviços fora da unidade, ou seja, directamente<br />

nas casas que se encontram na área<br />

de influência (ex. limpeza, room service, alimentação,...).<br />

Podem também as unidades hoteleiras<br />

beneficiar de sinergias operacionais e economias<br />

de escala ao nível da promoção ou da negociação<br />

com fornecedores, para mencionar os mais evidentes.<br />

Por último, pode constituir uma forma de<br />

alavancar financeiramente a promoção hoteleira; a<br />

existência de produto imobiliário pode tornar “bancável”,<br />

no mesmo pacote negocial, e com melhores<br />

condições, a construção de uma unidade hoteleira.<br />

E na perspectiva do promotor de 2ª residência<br />

quais serão, no contexto actual, as vantagens desta<br />

associação?<br />

Vantagens para a componente<br />

imobiliária (da proximidade e gestão<br />

integrada com hotelaria tradicional)<br />

Estratégicas: pode tirar partido do reconhecimento<br />

e exposição global de uma marca hoteleira<br />

(web-site, brochuras, participação em feiras,<br />

outros hotéis da rede...) para promoção do produto<br />

de 2ª residência. Por outro lado, a existência<br />

de uma unidade hoteleira permite “solicitar” ao<br />

mercado um premium por m² comercializado<br />

JULHO 2007<br />

(com casos de sucesso já demonstráveis). Por último,<br />

mas não menos importante, existe a garantia<br />

teórica de uma manutenção cuidada de toda<br />

a envolvente do empreendimento (o promotor<br />

e gestor hoteleiro necessitam de assegurar essa<br />

vertente ao longo de todo o ano).<br />

Operacionais: há uma menor necessidade de<br />

investimento – ou pelo menos uma sua partilha –<br />

em equipamentos e serviços de suporte, entretenimento<br />

e lazer; os existentes na unidade hoteleira<br />

dão resposta a parte das necessidades dos clientes<br />

de 2ª residência. Os clientes hoteleiros, por outro<br />

lado, sustentam operacionalmente investimentos<br />

significativos necessários à promoção imobiliária,<br />

de que são exemplos mais evidentes os campos<br />

de golfe. Existe também a possibilidade de partilha<br />

de recursos humanos ao nível da manutenção e da<br />

prestação de serviços hoteleiros.<br />

Económicas: são demonstráveis, através de<br />

exemplos existentes, as vantagens da presença<br />

hoteleira ao nível do aumento do valor e da velocidade<br />

de vendas do produto de 2ª residência.<br />

São também possíveis de alavancar redes hoteleiras<br />

globalmente consolidadas, nomeadamente<br />

os espaços existentes em hotéis e as bases de<br />

dados de clientes fidelizados, para a promoção<br />

eficaz de produtos imobiliários. Por último, o aumento<br />

da receita proveniente da inclusão de serviços<br />

hoteleiros no package associado à venda e<br />

posterior operação de uma 2ª residência, encerra<br />

com chave de ouro esta relação.<br />

Muitos promotores imobiliários e grupos hoteleiros<br />

de referência mundial já identificaram estas<br />

oportunidades, sendo cada vez mais difícil dissociar<br />

uma componente de outra. Marcas hoteleiras<br />

com sub-marcas dedicadas à imobiliária turística<br />

(como a Four Seasons, Aman, W ou Kempinski a<br />

nível internacional ou a nova marca Pestana Residences,<br />

em Portugal) demonstram esta oportunidade<br />

e têm vindo a aumentar a sua representatividade<br />

no mercado global de resorts.<br />

Porque o negócio hoteleiro, em determinados destinos<br />

e contextos, evolui para estadas longas e, no limite,<br />

permanentes; e porque o negócio imobiliário<br />

necessita de integrar os serviços tradicionalmente<br />

associados à hotelaria... não é então a fórmula perfeita<br />

uma crescente integração das duas valências<br />

ao nível da concepção, desenvolvimento, promoção<br />

e gestão de resorts no nosso século?


Por Ricardo Roquette<br />

Director do Departamento de Residencial, Cushman & Wakefield<br />

Gestão e Serviço<br />

– Factores decisivos<br />

para o sucesso de um<br />

Resort Turístico<br />

É cada vez mais comum ouvir dizer que a compra<br />

de uma segunda habitação será o acto mais emocional<br />

e menos racional que se pode fazer.<br />

Efectivamente, se dividirmos o custo de aquisição<br />

e manutenção de uma 2ª Habitação pelo número<br />

de dias que a mesma receberá a visita dos seus<br />

proprietários, rapidamente se conclui que provavelmente<br />

estamos a falar de um custo de utilização<br />

diário bem mais alto do que imaginamos e<br />

talvez mesmo irracional.<br />

A esta conclusão já chegaram há muito tanto os promotores<br />

como a grande maioria dos potenciais clientes<br />

compradores de uma segunda habitação em Resorts<br />

Turísticos e a resposta passa sem dúvida pelas já<br />

conhecidas fracções de utilização temporária.<br />

Quer se trate de “Time Sharing”, “Fractional”, simplesmente<br />

“buy to let” ou outra, não há dúvida<br />

que esta forma de vender produto imobiliário já<br />

se tornou sobejamente conhecida por quem promove<br />

resorts turísticos em Portugal, quanto mais<br />

não seja porque o tipo de enquadramento legal<br />

que regula o licenciamento deste tipo de projectos<br />

assim o obriga, mas o que parece pertinente<br />

saber é se a simples colocação no mercado de<br />

unidades afectas à exploração turística inseridas<br />

num empreendimento bem projectado e com<br />

uma localização geográfica privilegiada se traduzirá<br />

obrigatoriamente num sucesso de vendas.<br />

Ora, se a expectativa de quem adquire este tipo<br />

de habitação se traduz numa oportunidade de<br />

rendimento e numa ocupação chave-na-mão,<br />

então a promessa de uma Gestão e Serviço de<br />

excelência serão com certeza factores cruciais no<br />

momento da aquisição.<br />

A Gestão de sucesso deste tipo de unidades passa<br />

essencialmente pela forma eficaz com que é feita<br />

a promoção, divulgação da disponibilidade e ges-<br />

tão no arrendamento deste tipo de unidades de<br />

um Resort. Sem uma boa operação não se podem<br />

esperar níveis de ocupação que satisfaçam o rendimento<br />

esperado pelos seus proprietários, nem<br />

as semanas de férias sem os problemas e custos<br />

que uma 2ª habitação geralmente traz.<br />

Um nível de Serviço de Excelência é o garante de que<br />

quem visitou o resort e ocupou uma destas unidades,<br />

voltará, contribuindo para o rendimento gerado<br />

por estas unidades ou poderá mesmo tornar-se um<br />

potencial cliente para a aquisição de uma delas.<br />

A existência de bons níveis de Gestão e Serviço<br />

são o factor mais importante quando se trata de<br />

criar valor acrescentado a um produto imobiliário<br />

turístico. Este valor acrescentado reverterá naturalmente<br />

para o promotor na altura da primeira<br />

venda, e para o proprietário enquanto usufrui da<br />

sua casa e mais tarde quando a decide vender.<br />

Importa então saber como responder a esta questão<br />

que parece ser tão importante para garantir o<br />

sucesso dos Resorts Turísticos em desenvolvimento.<br />

A maioria dos promotores activos neste negócio,<br />

com honrosas excepções, tem no seu percurso<br />

profissional a promoção imobiliária “pura e dura”,<br />

quer seja na área de habitação, retalho ou escritórios,<br />

e o mais perto que terá estado da necessidade<br />

de facultar uma gestão e um conjunto<br />

de serviços aos seus clientes terá sido através do<br />

tradicional condomínio montado para gerir esse<br />

mesmo tipo de situações.<br />

Num Resort Turístico, também os serviços de condomínio<br />

são essenciais. A segurança, limpeza e manutenção<br />

das infra estruturas de uso comum, e outros<br />

serviços associados serão sempre necessários<br />

e, caso exista alguma experiência por parte do promotor,<br />

até poderão ser asseguradas por este, quer<br />

directamente, quer através de subcontratação.<br />

Já no que diz respeito à operação Turística a historia<br />

é bem diferente, pelo que a solução está longe<br />

de poder ser encontrada nas Páginas Amarelas.<br />

Geralmente, para além da obrigatoriedade de<br />

afectação de unidades à exploração turística, o<br />

enquadramento legal de um Resort Turístico implica<br />

a existência de um hotel.<br />

Este hotel, que para além de estar aberto ao público<br />

em geral deverá contar com a população interna<br />

do resort, pode igualmente ser a solução para a<br />

questão da Gestão e Serviço a prestar às unidades<br />

afectas à exploração Turística.<br />

Se à entidade exploradora ou proprietária do hotel<br />

for entregue a responsabilidade de gerir as ocupações<br />

e prestar serviços às unidades turísticas, então,<br />

estas áreas ficarão entregues aos verdadeiros profissionais<br />

aumentado assim a possibilidade de sucesso<br />

Quanto melhor e mais experiente for a entidade<br />

nomeada para a gestão do hotel, mais eficaz será a<br />

sua força de marketing e vendas que, paralelamente<br />

aos quartos de hotel, poderá e deverá promover e<br />

gerir a exploração das restantes unidades turísticas.<br />

Por outro lado, é com as infra-estruturas do hotel e<br />

com o seu mais qualificado pessoal que se deverão<br />

garantir os níveis de serviço tão ambicionados.<br />

Se bem negociada entre as partes (marca hoteleira e<br />

proprietário do resort) esta opção será seguramente<br />

muito positiva, deixando o promotor concentrar-se<br />

exclusivamente naquilo que é o seu “Core Business”<br />

– promover e vender produto imobiliário, ficando<br />

gestão e os serviços do resort para quem faz deles o<br />

seu principal negócio, a entidade hoteleira.<br />

Para o promotor, as vantagens são ainda maiores<br />

quando este se apercebe que ao seu produto<br />

imobiliário turístico se pode agora “colar” uma<br />

marca de prestígio que garantirá aos seus futuros<br />

proprietário o rendimento expectável e a certeza<br />

de umas férias bem passadas.<br />

Para o hotel, os benefícios de uma associação<br />

deste tipo também serão interessantes, podendo<br />

contar com uma maior capacidade de alojamento,<br />

com todas as vantagens que isso representa, e<br />

podendo aumentar a sua facturação através do<br />

“fee” de gestão que cobrará aos proprietários das<br />

fracções afectas à exploração.<br />

Uma certeza podemos todos ter, na altura da aquisição,<br />

a pergunta sobre quem ficará responsável sobre<br />

a gestão e os serviços do Resort será levantada<br />

por todos os compradores. Será talvez boa ideia ter a<br />

resposta mais adequada para lhes dar.<br />

33


PONTO DE VISTA<br />

Correr por gosto:<br />

��������������������������<br />

Jaime Lopes<br />

34<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

O novo CEO da Chamartin <strong>Imobiliária</strong> é também responsável pela<br />

expansão internacional da área de centros comerciais do Grupo<br />

Chamartin. Jaime Lopes divide o tempo entre Lisboa, Madrid e<br />

o Porto e considera que importante é gostar daquilo que se faz.<br />

Além do imobiliário, o ensino é uma das áreas que mais acarinha.<br />

JULHO 2007


Jaime Lopes<br />

assume a<br />

presidência<br />

da Chamartin<br />

em Portugal<br />

e a expansão<br />

internacional de<br />

shoppings do<br />

Grupo Espanhol<br />

Jaime Lopes é, desde Junho, o novo CEO da Chamartín <strong>Imobiliária</strong> em Portugal, uma função<br />

que acumula com a direcção da expansão internacional do sector de centros comerciais do<br />

grupo Chamartín, actualmente delineada para Espanha, Portugal, Alemanha e Polónia.<br />

A marca Dolce Vita, criada em Portugal e parte do espólio da Amorim <strong>Imobiliária</strong>, será a bandeira<br />

da expansão internacional dos centros comerciais da Chamartin. Jaime Lopes assume<br />

que a força da marca Dolce Vita é uma das principais conquistas do seu percurso profissional.<br />

Responsável pela área de centros comerciais na Amorim <strong>Imobiliária</strong>, foi responsável pela criação<br />

e desenvolvimento desta marca em Portugal, marca que agora se vai expandir internacionalmente.<br />

O sucesso do conceito levou a Chamartin a inverter a sua estratégia para os centros<br />

comerciais – inicialmente delineada para promoção e alienação –, que agora pretende promover<br />

e gerir. Para tal, convidou Jaime Lopes para, a partir de Espanha, coordenar a implantação<br />

de projectos na Espanha, Polónia, Alemanha e Portugal. Mas ainda que seja dirigido a partir de<br />

Espanha, vai contar, sobretudo, com o know-how português. A equipa portuguesa responsável<br />

pelo desenvolvimento de centros comerciais vai liderar este processo, embora conte com o<br />

envolvimento de profissionais locais.<br />

Para além do cargo de CEO da Chamartin em Portugal, a direcção da expansão internacional<br />

de shoppings é um dos principais desafios. A presidência da Chamartin irá beneficiar da experiência<br />

enquanto Vice-Presidente e co-responsável pela gestão da Amorim <strong>Imobiliária</strong>. «Um<br />

dos grandes desafios tem a ver com a internacionalização, que embora já estivesse nos planos<br />

da empresa enquanto Amorim <strong>Imobiliária</strong>, foi agora muita mais acelerada com a compra<br />

pela Chamartin», diz Jaime Lopes. «Vai permitir-nos confrontar com outras culturas, com novas<br />

formas de gestão e conseguirmos ver Portugal desde fora. Entusiasma-me muito esta nova<br />

perspectiva».<br />

A agenda de Jaime Lopes é, por isso, agora, muito mais preenchida do que anteriormente.<br />

Levanta-se todos os dias às 6 horas da manhã e a sua semana é passada entre três cidades:<br />

segunda e terça em Madrid, quarta e quinta em Lisboa e sexta no Porto. Mas o ritmo acelerado<br />

não assusta o novo CEO da Chamartin. «Tenho muito trabalho, mas encaro-o com satisfação.<br />

Gosto muito do que faço e isso é muito importante e uma vantagem enorme. Trabalhar com<br />

gosto e assumir a paixão pelo que se faz».<br />

Aprender e ensinar sempre<br />

O ensino – quer enquanto professor quer enquanto aluno – é uma das paixões de Jaime Lopes.<br />

Cursa Economia na Faculdade de Economia do Porto (FEP) e em 1980, logo que acaba<br />

a licenciatura, inicia a sua vida profissional. À indústria de artigos de papelaria, segue-se a<br />

experiência numa metalurgia de Águeda e, depois de sete anos de carreira, Jaime Lopes decide<br />

interromper o percurso profissional por achar que «era preciso fazer uma reflexão mais<br />

aprofundada sobre as questões de gestão e funcionamento das empresas». Assim, durante<br />

um ano interrompe totalmente todas as actividades profissionais e faz «um investimento» em<br />

si próprio, realizando um MBA na EGP da Universidade do Porto. «Foi uma das decisões mais<br />

acertadas da minha vida. Fiz esta reflexão na altura certa e serviu também para aumentar a minha<br />

rede de contactos». Quando termina esta formação, Jaime Lopes é convidado por Américo<br />

Amorim para ingressar na Amorim <strong>Imobiliária</strong>, que então dava os primeiros passos. Assume<br />

o cargo de Administrador da empresa, na qual se manteve durante mais de 15 anos. Um dos<br />

primeiros projectos foi o Arrábida Shopping, um «centro comercial emblemático» e a empresa<br />

estava também com uma actividade muito forte em Lisboa, onde se estavam a desenvolver as<br />

Torres de Lisboa e a Nova Campolide.<br />

Já em 1998, faz um segundo MBA em Gestão Internacional desta vez em Inglaterra, na London<br />

Business School. «Foi uma experiência fantástica. Tratava-se de um curso modelar, onde de<br />

35


36<br />

PONTO DE VISTA<br />

dois em dois meses, tínhamos três semanas de internamento full time. Eram 35 alunos de 21<br />

nacionalidades e o intercâmbio internacional e cultural foi de uma riqueza extraordinária».<br />

Esta experiência mudou a forma de ver a gestão e as relações internacionais de Jaime Lopes, e<br />

coincidiu também com o facto de Américo Amorim ter decido dar uma grande autonomia de<br />

gestão à divisão <strong>Imobiliária</strong> do Grupo e «avançarmos com projectos muito importantes para<br />

o nosso portfólio».<br />

Mas este é apenas uma das faces da moeda. Jaime Lopes vestiu, durante cerca de 10 anos, a<br />

pele de professor. Deu aulas de Análise de Projectos de Investimento (uma cadeira que criou)<br />

no âmbito da Licenciatura de Gestão na FEP, que estava então no seu início. Ao fim de 10 anos<br />

de ensino, o elevado ritmo profissional e as constantes deslocações entre Lisboa e o Porto<br />

«obrigam-no» a deixar esta actividade. «Consegui conciliar as vida académica e a profissional<br />

enquanto as minhas aulas eram às 8 da manhã. Quando foram alteradas para as 18 horas, tive<br />

de desistir pois não conseguia conciliar o ritmo de trabalho entre Lisboa e o Porto com as aulas<br />

nesta última cidade». Mas, apesar de já não dar aulas com regularidade, Jaime Lopes continua<br />

ligado a uma Pós-Gradução em Gestão <strong>Imobiliária</strong> leccionada na FEP e na qual dá, todos os<br />

anos, um seminário. «Gosto muito de ensinar, porque me obriga a preparar e a estudar e sempre<br />

que posso participo em actividades ligadas ao ensino», explica Jaime Lopes.<br />

Um aspecto importante na formação de Jaime Lopes foi a prática de basquetebol durante 20<br />

anos. «Foi uma das coisas mais importantes na minha vida. Dos 12 anos aos 30 anos pratiquei<br />

este desporto, essencialmente de equipa e no qual aprendemos as regras de solidariedade. Foi<br />

muito importante para a minha formação».<br />

Centros comerciais e a responsabilidade social<br />

A Chamartin <strong>Imobiliária</strong> vai continuar no mercado português com «uma postura de inovação<br />

e a desenvolver projectos com paixão, dentro de uma linha de sustentabilidade, uma área que<br />

temos trabalhado intensivamente a nível interno», revela Jaime Lopes.<br />

Esta linha de sustentabilidade assenta em três vectores essenciais: «consciência ambiental,<br />

respeito pelas entidades com que nos relacionamos e responsabilidade social». Na Chamartin,<br />

«não queremos desenvolver projectos apenas por desenvolver, sem uma perspectiva do seu<br />

impacto a longo-prazo. Queremos contribuir, com os nossos projectos, para criar uma sociedade<br />

melhor para as gerações vindouras», afirma Jaime Lopes.<br />

«Assumimos uma responsabilidade social e consideramos que os nossos projectos devem interagir<br />

com as comunidades em que se integram». Esta questão é especialmente visível nos<br />

centros comerciais. «Apoiamos as actividades desportivas e culturais de várias localidades<br />

onde temos centros comerciais», refere Jaime Lopes, dando como exemplo o apoio à equipa<br />

de basquetebol da Ovarense, à equipa de futebol da Académica de Coimbra, ao Teatro de Vila<br />

Real, ao Festróia ou a Serralves em Coimbra. Além disso, «os nossos centros comerciais desenvolvem<br />

imensas actividades para crianças, na generalidade dos casos, de forma gratuita. Se,<br />

por alguma razão, temos que cobrar ingressos, esse dinheiro reverte sempre a favor de crianças<br />

desfavorecidas ou vítimas de doença». Exemplo disso foi uma exposição da boneca Barbie<br />

no Dolce Vita Porto, que por questões de gestão do número de pessoas e do bom funcionamento<br />

do centro, teve que impor um ingresso pago. «Toda a receita desta exposição reverteu<br />

a favor do Hospital Maria Pia. Cerca de 40 mil euros foram doados a esta instituição», sublinha<br />

Jaime Lopes, não escondendo a satisfação.<br />

«Os centros comerciais têm que se envolver com a comunidade e contribuir para o seu desenvolvimento»,<br />

considera.«Não são as catedrais de consumo que muitas pessoas referem, e<br />

podemos dizer que são mesmo dos locais mais democráticos que existem – todas as raças,<br />

credos e religiões podem circular livremente.<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

Foi professor<br />

universitário<br />

durante 10 anos<br />

Divide o seu<br />

tempo entre<br />

Lisboa, Porto e<br />

Madrid


Requalificação<br />

Valorização<br />

Patrimonial<br />

EDIFÍCIO ESTAÇÃO DO ROSSIO<br />

CENTRO DE ESCRITÓRIOS, RESTAURAÇÃO, CULTURA E LAZER<br />

Candidato a melhor empreendimento do ano<br />

nos “Óscares” do Imobiliário 2007<br />

Renovação<br />

www.invesfer.pt


EVENTOS<br />

38<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

O tema do Turismo Residencial esteve na ordem<br />

do dia na conferência «Oportunidades de Futuro<br />

no Turismo Residencial», que decorreu no passado<br />

dia 4 de Julho, no Pestana Palace, em Lisboa.<br />

Organizado pela <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, o evento contou<br />

com o patrocínio da CB Richard Ellis, Broadway<br />

Malyan, Caixa Geral de Depósitos, Grupo Imocom,<br />

Pestana Residence, Securitas e Uponor.<br />

Turismo Residencial promete<br />

dinamizar imobiliário português<br />

Conferência <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong><br />

Perante um elenco de oradores constituído<br />

por James Rayner (Broadway Malyan), Eduardo<br />

Abreu (Neoturis), Cláudio Monteiro (Uria Menendéz),<br />

Paulo Sousa (Caixa Geral de Depósitos),<br />

Pedro Viriato (Grupo Imocom) e José Roquette<br />

(Grupo Pestana), uma audiência de mais de 150<br />

pessoas assistiu a apresentações focadas nas<br />

temáticas da promoção, arquitectura, fiscalidade,<br />

exploração, consultoria e financiamento do<br />

turismo residencial.<br />

A sessão foi aberta por António Gil Machado, da<br />

<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, e Pedro Seabra, director-geral<br />

da CB Richard Ellis, que destacaram a importância<br />

deste sector para o mercado imobiliário<br />

português. Para Pedro Seabra, esta é «uma excelente<br />

oportunidade de ter uma indústria séria e<br />

muito competente», disse, referindo-se ao turismo<br />

residencial.<br />

O Resort do século XXI<br />

Tendo em conta que «globalmente, assistimos<br />

a uma procura cada vez maior de resorts<br />

de luxo de turismo residencial», James Rayner,<br />

da Broadway Malyan, falou acerca das novas<br />

CONFERÊNCIA<br />

tendências do desenvolvimento deste tipo<br />

de projectos. Ao longo dos últimos 20 anos,<br />

as tendências de design de resorts «mudaram<br />

muito», e hoje em dia «criar um resort é um verdadeiro<br />

desafio», pois «queremos resorts bonitos,<br />

especiais e diferentes».<br />

Uma das principais tendências dos resorts<br />

para o século XXI é a sustentabilidade: os<br />

promotores e projectistas devem «trabalhar<br />

os projectos de modo a reduzir ao máximo o<br />

seu impacto ambiental». Outra das tendências<br />

é a «criação de valor para as comunidades locais»:<br />

os promotores têm que trabalhar com<br />

as comunidades locais, compreendendo as<br />

suas necessidades, providenciando benefícios<br />

económicos, respeitando e divulgando a<br />

herança cultural...<br />

Segundo James Rayner, hoje em dia, «para<br />

criar um resort fantástico, temos que trabalhar<br />

muito o local onde está integrado, jogando<br />

com as características do lugar para criar espaços<br />

especiais». O autor deve estar atento às<br />

necessidades do utilizador, que procura algo<br />

diferente, ou seja «um resort que seja mais do<br />

JULHO 2007<br />

que lugar físico, mas um local que apele aos<br />

sentidos, e onde se pode relaxar».<br />

Mercado de segunda habitação<br />

com excelentes perspectivas de<br />

crescimento<br />

A segunda intervenção esteve focada nas<br />

«perspectivas de evolução da oferta de Turismo<br />

Residencial em Portugal e Espanha – a perspectiva<br />

portuguesa», e foi apresentada por Eduardo<br />

Abreu, da Neoturis. De acordo com este responsável,<br />

«o mercado de segunda habitação tem<br />

excelentes perspectivas de crescimento».<br />

Segundo indicam as estimativas da Neoturis,<br />

nos próximos 25 anos «há um potencial de procura,<br />

por parte dos compradores estrangeiros, de<br />

300 mil casas em Portugal». A Irlanda e o Reino<br />

Unido são os principais países de origem dos<br />

consumidores internacionais, e é aí que se concentram<br />

muitas das estratégias de promoção<br />

relativas a novos produtos.<br />

No mesmo período, «serão 360.000 os portugueses<br />

que equacionam adquirir segunda habitação»,<br />

disse ainda este responsável.


De acordo com Paulo Sousa, do grupo Caixa<br />

Geral de Depósitos, «no mercado de acesso ao<br />

crédito imobiliário, o turismo residencial é o segmento<br />

que mais tem crescido nos últimos meses»,<br />

referindo-se ao aumento de pedidos de crédito<br />

para compra de segunda habitação, quer «pela<br />

parte de nacionais, quer de estrangeiros que querem<br />

investir no nosso país».<br />

Comprador Life- style vs o Investidor<br />

Racional<br />

Eduardo Abreu distinguiu entre dois tipos de<br />

consumidores destes produtos imobiliários,<br />

fazendo a separação entre o «comprador – investidor»<br />

e o «comprador de life style». Predominantemente<br />

estrangeiro, o primeiro é aquele<br />

que adquire uma unidade de turismo residencial<br />

segundo uma lógica de investimento puro,<br />

a curto prazo: ou seja, ele compra um ou vários<br />

activos financeiros, sobretudo apartamentos,<br />

não para usufruto próprio, mas dos quais vai<br />

tirar rendimentos, seja da valorização, seja do<br />

aluguer. Por seu turno, o comprador de «lifestyle»,<br />

é um comprador mais «emocional», para<br />

O Pestana Palace foi o palco<br />

de mais uma iniciativa da VI<br />

O evento reuniu mais de 150 pessoas<br />

quem comprar uma casa num resort é encarado<br />

como um luxo, da qual irá desfrutar e que<br />

consiste num investimento a longo prazo. Na<br />

opinião do responsável da Neoturis, é muito importante<br />

encetar esta distinção, na medida em<br />

que «é da combinação destas perspectivas que se<br />

podem desenhar convenientemente os produtos<br />

de resorts turísticos de segunda habitação e chegar<br />

mais perto do comprador».<br />

Legislação não acompanhou a<br />

evolução do mercado<br />

Cláudio Monteiro, da Uria & Menendez reflectiu<br />

sobre os aspectos jurídicos na promoção<br />

e gestão de resorts», e começou por chamar<br />

a atenção para o facto de «o promotor não ser<br />

forçosamente o gestor do resort. Contudo, mesmo<br />

nessa situação, os aspectos jurídicos da gestão<br />

irão sempre condicionar a promoção».<br />

Na sua perspectiva, «a tipologia legal ainda não<br />

acompanhou a evolução deste mercado», uma<br />

vez que «a lei centra-se fundamentalmente nos<br />

conceitos de empreendimentos turísticos, e oferece<br />

um cardápio de tipologias que, além de rígido,<br />

nem sempre se apresenta com toda a clareza».<br />

Para o responsável da Uria & Menendez, esta<br />

situação deve-se ao facto de «a lei ter sido feita<br />

tendo em conta a realidade do sector nos anos 90,<br />

estando completamente desactualizada na actualidade».<br />

Como referiu Cláudio Monteiro, «a questão da<br />

classificação do solo é um aspecto fundamental<br />

na escolha da localização de projectos de actividades<br />

turísticas». Neste ponto, os participantes<br />

foram unânimes, reconhecendo que este é um<br />

campo no qual ainda há muito trabalho a fazer.<br />

«É necessário rever os principais instrumentos de<br />

ordenamento do território», defendeu Eduardo<br />

Abreu, lembrando as dificuldades que a maioria<br />

dos promotores enfrenta durante o processo<br />

de licenciamento de novos projectos.<br />

Case Study:<br />

Hilton Cascatas Hotel & Spa<br />

Da Imocom Turismo, Pedro Viriato falou da<br />

actividade de promoção de resorts, referindo<br />

que «só compramos projectos em bruto, de<br />

modo a podermos começa-los do zero. Primei-<br />

39


EVENTOS CONFERÊNCIA<br />

Pedro Viriato<br />

James Rayner<br />

ro adquirimos o terreno e só depois desenvolvemos<br />

o projecto e a sua construção. Só então<br />

partimos para uma parceria com uma marca<br />

hoteleira internacional, que explorará a componente<br />

hoteleira, mantendo-se a Imocom<br />

como a proprietária de todo o complexo». Este<br />

modelo foi seguido no projecto que foi apresentado<br />

como case-study: o Hilton Cascatas<br />

Hotel & Spa, que integra a primeira unidade<br />

da cadeia norte-americana de luxo Hilton em<br />

Portugal.<br />

Localizado em Vilamoura, este projecto integra<br />

cinco áreas de funcionamento: Spa, Hotel, Vacations<br />

Club, Turismo Residencial e Kids Club.<br />

De acordo com este responsável, neste projecto<br />

«foi feito um grande investimento em lazer e<br />

apostámos fortemente em novas tendências de<br />

turismo, ao nível do Vacation Club, do Turismo<br />

residencial, da componente de Wellness & Bem<br />

Estar, entre outros serviços».<br />

A Imocom Turismo fará a gestão integrada deste<br />

resort, no qual estarão presentes quatro marcas<br />

distintas – As Cascatas Residence, 7 Seven<br />

Spa, Hilton Hotels, Hilton Residences Vilamoura<br />

40<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Cláudio Monteiro<br />

Eduardo Abreu<br />

–, que farão a gestão operacional de cada uma<br />

das suas unidades.<br />

Explorado pela marca Hilton, e com a tipologia<br />

de 5 estrelas, o hotel terá uma oferta de<br />

154 quartos, salas de conferências e de banquetes,<br />

ballroom com capacidade para 483<br />

pessoas, seis salas Hilton Meetings e um Business<br />

Centre. O Vacations Club irá integrar 69<br />

apartamentos nas tipologias T1 e T2, e poderá<br />

funcionar com o sistema de trocas de pontos<br />

Hilton. Sob a marca As Cascatas Residence,<br />

as unidades de turismo residencial para comercialização<br />

integram 69 apartamentos nas<br />

tipologias T1 a T4. O Kids Club também estará<br />

aberto ao exterior, e integra um espaço de<br />

3.000 m² com vários equipamentos infantis.<br />

Com uma área de 2.000 m² o Spa funcionará<br />

sob a chancela 7Seven Spa, marca do grupo<br />

Imocom.<br />

Com vários projectos em curso no sector do<br />

Turismo Residencial, o Grupo Imocom ambiciona<br />

atingir a fasquia das 5.000 camas turísticas<br />

nos próximos três anos, até 2010, revelou<br />

Pedro Viriato.<br />

JULHO 2007<br />

José Roquette<br />

Paulo Sousa<br />

«Turismo Residencial deve ser<br />

liderado pelos hoteleiros»<br />

Para José Roquette, do Grupo Pestana, a<br />

aposta na nova marca «Pestana Residence»<br />

é a prova do «reconhecimento do valor do<br />

imobiliário enquanto acelerador financeiro na<br />

área do turismo, mas que jamais deve ser desvinculado<br />

da hotelaria». Este responsável chamou<br />

ainda a atenção para a importância de<br />

fazer a distinção entre o turismo residencial<br />

e o «imobiliário puro», pois, na sua óptica, «o<br />

turismo residencial, para ser sustentável, deve<br />

ser liderado pelos hoteleiros, numa lógica de<br />

longo prazo».<br />

Na sua perspectiva, só isso garante a «qualidade<br />

e consistência no tempo, bem como a continuidade<br />

dos empreendimentos a longo prazo e a sua<br />

valorização». Para José Roquette, a questão da<br />

distribuição do rendimento é fulcral, e, «se não<br />

houver um operador hoteleiro investidor, a própria<br />

volatilidade dos operadores hoteleiros vai<br />

influenciar a componente de distribuição de rendimento»,<br />

explicou.


42<br />

FORUM TURISMO RESIDENCIAL<br />

Portugal tem<br />

capacidade para se<br />

desenvolver enquanto<br />

destino de segunda<br />

habitação na Europa?<br />

Online dá destaque ao «sim» com 85%<br />

Desta feita, o Fórum <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> debruça-se sobre a capacidade de Portugal se afirmar como<br />

destino de segunda habitação no contexto europeu.<br />

Com um total de 42 respostas à questão colocada em www.vidaimobiliaria.com durante parte do<br />

mês de Junho, a votação online dá uma vitória esmagadora ao «sim», que reúne 85% das preferências<br />

dos participantes. Entre estes, vários leitores deixaram a sua opinião, sublinhando que, «apesar<br />

do bom clima, necessitamos de reestruturação e planificação urbana rigorosa em determinadas<br />

zonas para não ocorrer o que acontece no sul de Espanha e no nosso Algarve». Um outro votante<br />

defende que «falta ainda um pouco de consciencialização dos políticos para Portugal descolar,<br />

pois trata-se de um País com extrema vocação turística». Ainda um terceiro leitor considera que «é<br />

necessária a aposta em investimentos com qualidade na oferta e maior celeridade por parte das<br />

instituições administrativas relativamente ao despacho de vários PIN localizados na Costa Vicentina<br />

e Algarve».<br />

O «não, por sua vez», reuniu apenas 15% das preferências, para um total de 6 respostas.<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

JULHO 2007<br />

Não:<br />

15%<br />

Sim:<br />

85%


José Roquette<br />

Administrador, Pestana Residence<br />

César Neto<br />

Director, Planbelas<br />

Rui D’Ávila<br />

Administrador, Sonae Turismo<br />

Sim! Definitivamente sim. Portugal tem características formidáveis, como a segurança, a gastronomia, as praias<br />

com areia e, nas zonas novas em desenvolvimento, o ordenamento territorial, que está a ter em atenção os<br />

erros do passado, cometidos quer cá quer, por exemplo, em Espanha. Necessitamos de aumentar a oferta de<br />

golfe e de marinas de recreio.<br />

«Portugal já deu alguns passos para dinamizar a promoção como destino de segunda habitação,<br />

embora tenha ainda muitos passos para dar. O Algarve é uma boa oportunidade, mas sobretudo a<br />

Costa Alentejana, que oferece grandes potencialidades. A chave é planeamento e isso não significa<br />

não deixar fazer nada É preciso decidir o que se pode fazer, estabelecer regras claras. Temos uma<br />

oportunidade única, com uma das mais belas costas da Europa e um clima muito bom e ainda vamos<br />

muito a tempo de qualificar as regiões mais enfraquecidas e desenvolver as regiões que ainda<br />

têm um imenso potencial de crescimento.<br />

Reinaldo Teixeira<br />

Administrador, Garvetur<br />

«Julgo que sim. O Algarve é um exemplo onde a apetência pelo investimento na segunda habitação tem já um longo<br />

historial, sendo por isso possível - noutras zonas do País - surgirem núcleos que permitam a segunda habitação. Devido à localização<br />

geográfica do nosso País, a apenas 2.30 horas do centro da Europa, às facilidade do transporte aéreo, rodoviário e<br />

ferroviário, as existentes e as que se prevêem vir a existir, as condições naturais, para além das várias motivações como o sol,<br />

praias, golfe, gastronomia, a afabilidade das gentes assim como infra-estruturas e a questão fundamental que é a segurança<br />

são factores que nos distinguem, e determinantes para atrair investidores. É importante que seja encontrada legislação<br />

adequada de forma a enquadrar a segunda habitação existente e futura como produto utilizado por turistas, permitindo<br />

assim a sua exploração e gestão de forma legal criando mais receitas para Portugal».<br />

Tem. Potencialidades, temos e enormes. Comparativamente com outros destinos concorrentes, até reunimos mais e<br />

melhores condições. A maior parte destes factores resultam de questões geográficas e naturais. Quanto à capacidade<br />

para retirar o máximo dessas potencialidades, já me parece que temos sido menos capazes. Aí conta muito ter visão<br />

estratégica para o negócio, ter liderança e iniciativa na tomada de decisão, fazer planeamento, ter capacidade organizacional.<br />

Mas há alguns sinais de viragem. É cada vez maior o desejo que as famílias têm de desfrutar de uma segunda<br />

residência, longe da tensão da actividade profissional ou mesmo como prémio de uma carreira de trabalho e de vida.<br />

É importante ir ao encontro dessa extensa procura, mas sempre com a ambição de descobrir e explorar, rapidamente,<br />

nichos por satisfazer, sabendo que as ameaças são enormes, quer na diversidade de propostas, quer em novas zonas<br />

geográficas (Croacia, Bulgaria, etc.).<br />

43


Eduardo Abreu<br />

Sócio, Neoturis<br />

44<br />

FORUM TURISMO RESIDENCIAL<br />

Sim. Porque concentra de forma cumulativa os factores essenciais ao desenvolvimento do mercado de 2ª habitação. Destacam-se, o Clima, a Segurança,<br />

a Diversidade de Espaços/Ambientes para Desenvolvimento, a Diversidade de Produtos / Motivações Turísticas num espaço geograficamente confinado,<br />

o nível de desenvolvimento do turismo “tradicional”, a percepção de qualidade existente dos projectos actuais e a imagem/oferta de campos de<br />

golfe (um dos principais drivers da procura). Existe também uma convergência da oferta e procura para alavancar o desenvolvimento deste sector em<br />

Portugal. Ter como objectivo, até 2030, a promoção de 300.000 novas unidades de alojamento destinadas à 2ª habitação não é uma impossibilidade.<br />

Importa, se esse objectivo for assumido, (1) actuar de forma rápida na atracção de investimento/promotores internacionais para Portugal (2) agilizar o<br />

processo de licenciamento de empreendimentos turístico-imobiliários integrados e (3) aumentar a capacidade do transporte aéreo para Portugal.<br />

Luís Infante da Câmara<br />

Director de Hotéis e Resorts, Abacus Savills<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Diogo Gaspar Ferreira<br />

Presidente do Conselho de Administração, Vale do Lobo<br />

«Portugal, e o Algarve em particular, têm potencial para nos próximos dez anos, conquistar um<br />

lugar de destaque no mercado imobiliário europeu e ser reconhecido como um dos principais<br />

destinos de qualidade da Europa. Factores como clima, baixa densidade de construção, localização<br />

(curta distância dos principais países europeus), a tão importante segurança, e a nossa própria<br />

cultura, são factores de sucesso de valor inestimável, que marcam a diferença num mercado global.<br />

Os numerosos projectos em desenvolvimento no Algarve, como por exemplo, o surgimento<br />

de grandes cadeias hoteleiras internacionais de luxo, demonstram a capacidade e atractividade<br />

da nossa região. Naturalmente, há ainda muito por fazer em termos de acessibilidades, arranjos<br />

urbanísticos, etc. – um trabalho de fundo e estruturante – que ultrapassa a qualidade do empreendimento<br />

turístico A, B ou C, mas que contribuirá num todo, para aumentar a qualidade do nosso<br />

país e consecutivamente, a sua atractividade enquanto destino de segunda habitação.<br />

Num estudo recente, Portugal foi apontado como o 9º país mais seguro do mundo. Tem as melhores praias da Península<br />

Ibérica e os melhores campos de golfe. Somos de longe dos povos mais hospitaleiros. Mantemos uma oferta de segunda<br />

habitação com preços competitivos, mas estamos claramente vocacionados para os segmentos mais altos do mercado,<br />

no qual deveremos apostar. A oferta de produto de baixo preço em destinos emergentes tira qualquer possibilidade ao<br />

desenvolvimento em grande escala de projectos “low-cost” em Portugal. O resultado de massificação de projectos de<br />

segunda habitação está á vista em Espanha com a situação actual e muito mediática de perda de valor. O país necessita<br />

de se organizar ainda melhor ao nível da promoção externa dirigida aos mercados de segunda habitação. O Turismo residencial<br />

vai ocupando uma fatia cada vez maior do PIB nacional e as instituições directamente ligadas a este sector devem<br />

criar os mecanismos necessários para que o segmento funcione bem para os investidores/promotores. Será importante<br />

que os projectos tenham todos uma “personalidade” própria, fundamental para cativar segmentos mais altos.<br />

Nuno Santiago<br />

Director, CPU Tourism Consulting, Lda.<br />

«Portugal não só tem condições para se afirmar como um destino turístico de 2ª habitação como consideramos<br />

que este deverá ser um dos seus principais motores de desenvolvimento. É inegável que o turismo<br />

constitui uma das nossas vocações “naturais”, fruto de um conjunto de condições que nos permite assumir<br />

um posicionamento realmente interessante no turismo mundial. De entre essas inúmeras condições,<br />

podemos destacar as seguintes: segurança; património natural e cultural; clima; diversidade de produtos<br />

turísticos; proximidade aos principais mercados emissores; hospitalidade; forte notoriedade; e qualidade<br />

da oferta. Trata-se de um “sector” em que Portugal é já fortemente competitivo, e que, fruto das condições<br />

de que dispõe, apresenta forte potencial de crescimento.<br />

JULHO 2007


DOSSIER RESORTS<br />

DOSSIER<br />

Resorts<br />

46<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

JULHO 2007


Eleito pelo Governo como um sector estratégico, o turismo residencial está hoje<br />

também na ordem do dia do sector imobiliário. O mercado de resorts integrados<br />

está na agenda dos principais promotores imobiliários nacionais, que, em muitos<br />

casos, estão a desenvolver produtos de elevada qualidade em parceria com grupos<br />

hoteleiros de renome, quer nacionais quer internacionais, muito dos quais em<br />

estreia em Portugal.<br />

A ILM -THR, consultora na área de turismo e imobiliário estima que a oferta de<br />

resorts em Portugal, nos próximos 10 anos, possa ascender a 61 novos resorts<br />

num investimento superior a 13,5 mil milhões de euros, o que implicará a criação<br />

de 40.000 novas unidades imobiliárias numa área global de 45.000 hectares. As<br />

conclusões da consultora consideram as regiões do Algarve, Alentejo, Lisboa,<br />

Centro e Norte. Ao todo, fala-se de 48 novos campos de golfe e 67 novas unidades<br />

hoteleiras.<br />

Também a Aguirre Newman, consultora imobiliária, aponta o sector como um<br />

dos mais promissores, sublinhando o seu crescimento exponencial, quer em qualidade<br />

quer em quantidade. A consultora sublinha que o mercado de segunda<br />

residência em Portugal cifra-se apenas nas 925.000 unidades, das quais apenas<br />

50.000 serão detidas por estrangeiros, o que demonstra o potencial latente para<br />

a expansão deste mercado.<br />

Os principais promotores imobiliários nacionais neste área como o Grupo Imocom,<br />

a Sonae Turismo, a Oceânico, a Vale de Lobo, o Grupo CS ou o Grupo Pestana<br />

estão a investir neste sector, sendo que as regiões do Alentejo e do Oeste,<br />

a par do Algarve, constituem os alvos preferenciais. O Golfe é uma das principais<br />

âncoras de um imenso leque de projectos que se pauta pela qualidade.<br />

47


DOSSIER RESORTS<br />

Projectos de Turismo Residencial<br />

«disparam» em Portugal<br />

48<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

Os resorts imobiliário-turistícos parecem ser a nova «sensação»<br />

do mercado nacional. Ao longo do último ano, sucederam-se os<br />

anúncios de novos projectos, e, de acordo com a Análise Futura<br />

de Resorts em Portugal, da ILM / THR, o mercado português<br />

poderá vir a receber 61 novos empreendimentos do género<br />

durante os próximos dez anos. Os diferentes projectos planeados<br />

contemplam o desenvolvimento das componentes hoteleira e de<br />

imobiliário turístico, e, a concretizarem-se todos, irão dar origem<br />

a 67 novos hotéis e a 40.000 unidades de turismo residencial.<br />

As regiões costeiras apresentam-se como as mais «apetecíveis»<br />

para os promotores, nomeadamente as zonas do Oeste, litoral<br />

Alentejano e Algarve. Contudo, o interior também já está na mira<br />

de alguns investidores, que estão a desenvolver projectos para<br />

a região do Alqueva. A <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> apresenta-lhe alguns dos<br />

principais projectos de resorts planeados e em desenvolvimento<br />

Mercado dos resorts é um dos que mais promete<br />

TRÓIA RESORT<br />

Localização: Península de Tróia, concelho de Grândola. Junto à Reserva Natural do Estuário do<br />

Sado.<br />

Promotor: Sonae Turismo<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: Para além de moradias e apartamentos, integra unidades hoteleiras, campo de<br />

golfe, ténis e centro equestre, Marina, equipamentos comerciais e de restauração, centro de<br />

congressos e Casino, centro ecológico e arqueológico, além de todas as valências relacionadas<br />

com o usufruto da praia. Criação de 7.500 novas camas. 5 Hotéis com uma oferta de<br />

2.200 camas. Os alojamentos distribuídos por apartamentos e moradias trarão ao mercado<br />

5.200 novas camas<br />

Programa: 4 núcleos de desenvolvimento que se desenvolverão numa área superior a 450<br />

ha. Núcleo central, núcleo de praia, núcleo golfe e núcleo ecológico<br />

Investimento: 400 M�<br />

Obs: O Casino Hotel Tróia é desenvolvido pela Amorim Turismo, que aí vai investir 130 M�.<br />

Com conclusão prevista para 2008, vai ocupar uma área total de construção de 68.000 m², e<br />

inclui um casino, um centro de espectáculos e outro de conferências, além de um hotel de<br />

cinco estrelas com a marca Blue & Green, que terá uma altura total de 14 pisos e uma oferta<br />

de 550 camas. Obras do resort em curso. Totalmente concluído em 2011.


COSTA TERRA<br />

Localização: Melides, concelho de Grândola<br />

Promotor: Grupo Volkart (Suíça)<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: 3 condomínios de suites, 4 condomínios de apartamentos turísticos, centro de<br />

talassoterapia / clínica / health club, estalagem, fórum, zona de lojas e escritórios, supermercados,<br />

armazéns e lojas, golfe club, campo de golfe, centro hípico e 2 clubes de ténis. Centro<br />

de documentação da natureza, observatório de pássaros. Vários jardins.<br />

Programa: Implantado numa área de 1.350 ha, o resort turístico irá desenvolver-se numa<br />

área de 200 ha e prevê 1.150 ha de zonas florestais. Beneficiará de 5 km de praias.<br />

Investimento: 535 M�<br />

Obs: Desenvolvido em quatro fases, em 10 a 12 anos. O volume total de negócios acumulados<br />

ao longo de 20 anos estimado entre os 2.300 e os 3.000 M�.<br />

HERDADE DO PINHEIRINHO<br />

Localização: Melides, concelho de Grândola<br />

Promotor: Pelicano<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: 2 hotéis (150 a 180 quartos), 3 aldeamentos (400 a 500 quartos), 260 apartamentos<br />

e moradias em banda e 240 moradias. Championship Golf Course de 27 buracos<br />

Programa: 120 ha de área construída. 90 ha de Golfe<br />

Investimento: 167 M�<br />

PESTANA TRÓIA<br />

Localização: concelho de Grândola, entre o antigo Parque de Campismo de Tróia e o empreendimento<br />

Soltróia<br />

Promotor: Sociedade Tróia B3 (detida em 80% pelo Grupo Pestana)<br />

Hoteleiro: Grupo Pestana<br />

Conceito: Hotel 4 ou 5 estrelas (300 camas), 2 aldeamentos turísticos com mais de 665<br />

camas distribuídas por moradias e 4 unidades de apartamentos. Vários equipamentos de<br />

apoio, desportivos e de lazer. Campo de Golfe com 9 buracos (á espera de aprovação).<br />

Programa: área de 104 ha, dos quais apenas 26% são urbanizáveis.<br />

Investimento: 70 M�<br />

QUINTA DA ABRIGADA<br />

Localização: Alenquer<br />

Promotor: João Cyrillo Machado<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: 2 aldeamentos turísticos de luxo. Hotel de 5 estrelas (200 quartos), villas (242)<br />

e apartamentos turísticos (72). Campo de Golfe de 18 buracos. Clube de golfe. Piscinas, 7<br />

campos de ténis, lojas e serviços. Clubhouse e health club.<br />

Programa: 282 ha<br />

Investimento: sd<br />

49


50<br />

DOSSIER RESORTS<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

CONRAD, PALÁCIO DE VALVERDE,<br />

RESORT & SPA, HOTEL APARTAMENTO<br />

Localização: Frente ao shopping da Quinta do Lago. Concelho de Loulé.<br />

Promotor: Grupo Imocom.<br />

Hoteleiro: Grupo Hilton, sob a insígnia de topo Conrad.<br />

Conceito: hotel apartamento de luxo de 6 estrelas (160 quartos e 115 apartamentos). Inclui<br />

um Spa da marca 7 Seven Spa com uma área superior a 1.000 m². Jardins Temáticos.<br />

Programa: 30.990 m² de área total.<br />

Investimento: 120 M�<br />

Obs: Primeiro projecto do género em Portugal e na Europa. Obras a iniciar em Setembro.<br />

Conclusão entre 2009 e 2010.<br />

HERDADE DA COMPORTA<br />

Localização: Península de Tróia. Concelhos de Alcácer do Sal e de Grândola<br />

Promotor: Espírito Santo Turismo<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: 2 áreas de desenvolvimento turístico com capacidade projectada para 12.600<br />

camas. Vários hotéis, aparthotéis, aldeamentos turísticos, residências turísticas, campos de<br />

golfe e respectivas infra-estruturas de apoio.<br />

Programa: Herdade com 12.500 hectares e 12 km de costa. O projecto imobiliário e turístico<br />

desenvolve-se em 920 hectares. 850 mil m² de área bruta de construção.<br />

Investimento: sd<br />

PÊGOS CLAROS<br />

Localização: Palmela<br />

Promotor: sd<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: 600 unidades de turismo residencial. Inclui um hotel com 110 quartos. Spa, Sport<br />

Center, Centro Equestre, Adega com produção vínicola. Campo de golfe de 18 buracos.<br />

Programa: 230 ha<br />

Investimento: sd<br />

HOTEL PESTANA PORTO SANTO<br />

Localização: Porto Santo, arquipélago da Madeira<br />

Promotor: Grupo Pestana<br />

Hoteleiro: Pestana Hotels & Resorts<br />

Conceito: resort turístico localizado em frente ao mar. Hotel de 5 estrelas com 250 quartos<br />

(metade dos quais são suites). Infra-estruturas de apoio e de lazer.<br />

Programa: 6 ha (200 metros de frente de praia)<br />

Investimento: 35 M�


AS CASCATAS RESORT & SPA<br />

Localização: Vilamoura. Concelho de Loulé<br />

Promotor: Grupo Imocom<br />

Hoteleiro: Grupo Hilton<br />

Conceito: Hotel de 5 estrelas (154 quartos, 10 suites júnior, 1 suite presidencial e 2 quartos<br />

para deficientes motores). 2 áreas de turismo residencial: o Vacation Club (69 apartamentos<br />

a gerir pelo Grupo Hilton) e 69 apartamentos geridos pela Imocom. Centro de Conferências<br />

com mais de 1.000 m², 6 salas de reunião, 5 piscinas, Golf Centre, restaurantes, bares e Kids<br />

Club.<br />

Programa: 40.000 m² de área bruta. 8.500 m² de área de implantação<br />

Investimento: 75 M�<br />

Obs: inclui o primeiro hotel com da cadeia Hilton em Portugal e o maior SPA do país, da<br />

marca 7 Seven Spa, com 2.000 m². Inaugurado em Julho.<br />

MONTE SANTO RESORT<br />

Localização: Carvoeiro, a 1 km da praia<br />

Promotor: Grupo Imocom<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: empreendimento de turismo residencial de 5 estrelas (552 camas). 121 unidades<br />

residenciais (67 apartamentos e 54 moradias). 6 piscinas exteriores, SPA Express, health<br />

club, campo de ténis, campo de jogos e manutenção, lounge bar<br />

Programa: lote com 82.000 m².<br />

Investimento: 35 M�<br />

Obs: Conclusão em 2008. Obras em curso.<br />

RESORT TURÍSTICO DE PALMARES<br />

Localização: zona da Meia Praia. Concelho de Lagos<br />

Promotor: Grupo Onyria<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: Hotel de 5 estrelas (200 quartos). 450 unidades turísticas e residenciais. Spa. Novo<br />

campo de golfe de 9 buracos a juntar aos 18 buracos já existentes.<br />

Programa: sd<br />

Investimento: 300 M�<br />

QUINTA DO GUALDIM<br />

Localização: Azóia de Baixo, Santarém<br />

Promotor: Pelicano<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: empreendimento com 1 hotel (125 quartos), moradias, apartamentos e aldeamento<br />

turístico com apartamentos (204), moradias em banda (219) e moradias isoladas<br />

(235), 1 edifício para comércio e serviços. Campo de Golfe com 18 buracos, 2 complexos de<br />

piscinas com 2 campos de ténis e 2 polidesportivos.<br />

Programa: 120 ha<br />

Investimento: 65 M�<br />

51


Crédito: Vale do lobo<br />

52<br />

DOSSIER RESORTS<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

AZORES GOLF ISLANDS – I FASE<br />

Localização: Batalha, São Miguel. Arquipélago dos Açores<br />

Promotor: joint venture entre o Grupo Siram e a Oceânico Developments<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: apartamentos em condomínios privados (210), moradias de luxo (10), centro hoteleiro<br />

com unidade central (100 quartos), conjunto de apartamentos anexo ao hotel, Spa<br />

5 estrelas, Centro de Conferências. Club Members composto por moradias reservadas a<br />

associados. Campos de Golfe. Infra-estruturas de desporto e lazer.<br />

Programa: sd<br />

Investimento: 300 M�<br />

Obs: posteriormente serão construídos a segunda fase do projecto imobiliário da Batalha,<br />

um terceiro campo de golfe e projecto imobiliário na ilha do Faial e um quarto Campo de<br />

Golfe em local ainda a determinar. Prazo de conclusão previsto: 10 anos.<br />

VERDE LAGO<br />

Localização: Altura, Praia Verde. Concelho de Castro Marim<br />

Promotor: InLand – Promoção <strong>Imobiliária</strong><br />

Hoteleiro: Westin Hotels & Resorts<br />

Conceito: Resort com 2041 camas turísticas. Hotel 5 estrelas (197 quartos) e aldeamento<br />

turístico com 340 unidades de alojamento. Spa, campo de golfe com 18 buracos e outras<br />

componentes de lazer.<br />

Programa: 93 ha<br />

Investimento: 60 M�<br />

AMENDOEIRA GOLF RESORT<br />

Localização: Alcantarilha. Concelho de Silves<br />

Promotor: Grupo Oceânico<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: Resort de Golfe e lazer de 5 estrelas. 800 unidades habitacionais divididas em<br />

cinco fases. 2 campos de golfe de tour internacionais desenhados por Nick Faldo e Christy<br />

O’Connor Jr.<br />

Programa: 260 ha<br />

Investimento: 500 M�<br />

Obs: Infra-estruturas em construção. Primeiros trabalhos imobiliários a iniciar-se em breve.<br />

VALE DO LOBO<br />

Localização: Vale do Lobo. Almancil<br />

Promotor: Grupo de Empresas do Vale do Lobo<br />

Hoteleiro: nd<br />

Conceito: resort turístico de luxo com hotel de 5 estrelas e 1.500 propriedades em pleno e 50<br />

em regime de co-propriedade. Tem planos para a construção de mais 500 moradias e de um<br />

novo hotel de 5 estrelas (180 suites). Conjunto de infra-estruturas de lazer e de desporto, incluindo<br />

três campos de golfe, centro de ténis, ginásio, piscinas, centro desportivo, entre outros.<br />

Programa: 400 ha (área total). 2 km de zona costeira.<br />

Investimento: 500 M� (Vale do Lobo II e III)


HERDADE DOS SALGADOS<br />

Localização: Praia dos Salgados. Concelho de Albufeira.<br />

Promotor: Grupo CS<br />

Hoteleiro: CS Hóteis<br />

Conceito: projecto habitacional e turístico composto por 2 unidades hoteleiras de 5 estrelas<br />

e por apartamentos e moradias. 7 piscinas exteriores e 1 piscina interior aquecida, bares,<br />

restaurantes, zona comercial, clube de ténis, health club, spa, kids club. Campo de Golfe.<br />

Programa: 200 ha. 7 km de areal<br />

Investimento: 300 M�<br />

MONTE REI GOLF & COUNTRY CLUB<br />

Localização: Vila Nova da Cacela<br />

Promotor: Aliber<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: complexo de golfe com componente imobiliária, turismo residencial e hotelaria<br />

com 5.446 camas turísticas. 15 áreas turísticas, 5 áreas residenciais e turísticas, e 2 unidades<br />

hoteleiras tradicionais. 2 campos de golfe. Gama de serviços de apoio.<br />

Programa: 415 ha<br />

Investimento: 1,5 mil M�<br />

AQUAPURA DOURO VALLEY<br />

Localização: Douro<br />

Promotor: Aquapura Hotels, Villas & Spa<br />

Hoteleiro: Aquapura<br />

Conceito: empreendimento turístico-residencial. Hotel com 41 quartos com áreas entre os<br />

40 e os 50 m², e 9 suítes com áreas entre os 80 e os 165 m². 21 villas para comercialização,<br />

do tipo townhouse e com áreas entre os 140 e os 234 m². Spa da Syntax. Centro de Negócios,<br />

restaurantesm piscinas e wine room.<br />

Programa: 8 ha nas margens do rio Douro<br />

Investimento: 21 M�<br />

VILAMOURA XXI<br />

Localização: Vilamoura. Concelho de Loulé<br />

Promotor: Lusort<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: mega operação urbanística. Contempla o desenvolvimento de 434.000 m² de<br />

áreas residenciais, incluindo apartamentos, moradias em banda e lotes de terreno. 213.000<br />

m² de aldeamentos turísticos e hoteleiros e 24.000 m² de zonas comerciais. Centros de<br />

Wellness, Spa’s e centros desportivos.<br />

Programa: área total de 1.700 ha, dos quais 900 serão alvo de actuação urbanística<br />

Investimento: 750 M�<br />

53


54<br />

DOSSIER RESORTS<br />

CASCADE RESORT<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

Localização: Lagos, junto à zona da Ponta da Piedade e sobre a Praia do Canavial<br />

Promotor: Grupo Fibeira<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: resort turístico com hotel de 5 estrelas (86 quartos e salas de reunião). Componente<br />

imobiliária com 121 apartamentos turísticos e 20 lotes de moradias. Welness Center,<br />

piscinas.<br />

Programa: área de intervenção de 14 ha. 22 ha para espaços verdes e actividades desportivas.<br />

Investimento: sd<br />

CORTE VELHO BY SIX SENSES<br />

Localização: lugar do Azinhal. Castro Marim<br />

Promotor: joint venture entre a Corte Velho Lda e a Six Senses Resorts & Spas<br />

Hoteleiro: Six Senses Resorts & Spas, sob a marca Evason<br />

Conceito: Boutique Resort de 6 estrelas. Inclui: campo de golfe de 18 buracos, resort village<br />

centre com hotel Evason, 1 destination Spa com 2.000 m², 1 hotel Evason Hideway, um<br />

clubhotel ligado ao golfe, moradias em banda e «maisonettes». 30 villas da marca Soneva.<br />

Total de 2.100 camas.<br />

Programa: 135 ha contínuos ao Rio Guadiana e a 16 km do mar<br />

Investimento: 200 M�<br />

Obs: Masterplan em aprovação, responsabilidade da Terraforma – Professor Paulo Correia<br />

e WATG.<br />

QUINTA DO FREIXO<br />

Localização: Albufeira, a 15 minutos da Praia da Falésia<br />

Promotor: IFA, através da United Investment Portugal<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: mega-empreendimento de turismo e imobiliário de luxo<br />

Programa: 400 ha<br />

Investimento: sd<br />

Obs: os trabalhos deverão ter início dentro de 18 meses, altura em que se prevê que o<br />

processo esteja concluído.<br />

PARQUE ALQUEVA<br />

Localização: Alqueva<br />

Promotor: SAIP – Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: um dos maiores resorts do país. 5 Hotéis (640 quartos), 500 unidades de imobiliário.<br />

Houseboats. 4 campos de golfe. Portos de recreio e centro de desportos náuticos. Zona<br />

comercial. Infra-estruturas de desporto e lazer. Centro de Conferências. Campo de férias,<br />

Instituto Ambiental e Cultural, reservas naturais.<br />

Programa: 2.050 ha (17.200.000 m² de área bruta de construção)<br />

Investimento: 940 M�


CASTELO GOLF RESORT<br />

Localização: Querença. Concelho de Loulé.<br />

Promotor: Castelo Golf Real Estate BV (Finlândia)<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: Golf Resort Community. Aldeamentos turísticos em redor de um campo de golfe<br />

de 18 buracos. Composto por unidades individuais (31 lotes e 370 unidades), 1 hotel de 4<br />

ou 5 estrelas (200 quartos) e um clubhouse de golfe.<br />

Programa: 56.000 m² de área bruta de construção<br />

Investimento: 160 M�<br />

Obs: está em fase de negociação de um Plano de Pormenor<br />

PARKALGAR – PARQUE DE DESPORTOS MOTORIZADOS<br />

Localização: Mexilhoeira Grande. Portimão<br />

Promotor: Parkalgar – Parques Tecnológicos<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: Autódromo Internacional do Algarve. Construção do autódromo, kartódromo,<br />

complexo turístico com hotel e conjunto de apartamentos turísticos e de um parque tecnológico<br />

(I&D associado ao automobilismo e motociclismo de competição).<br />

Programa: sd<br />

Investimento: 130 M�<br />

HERDADE DO REGUENGO<br />

Localização: concelho de Portimão<br />

Promotor: Grupo CS<br />

Hoteleiro: CS Hotéis<br />

Conceito: vertente imobiliária, turística e de lazer. 2 hotéis (560 camas), aldeamentos turísticos<br />

(470 fogos), moradias turísticas (26 fogos), moradias (41 fogos). 2 campos de golfe,<br />

2 barragens. Infra-estruturas para desportos náuticos, pesca desportiva e caça turística.<br />

Herdade agrícola e ganadaria. Observação da Natureza, Monumentos Arqueológicos, entre<br />

outros.<br />

Programa: 1.000 ha (Núcleo de Desenvolvimento Turístico do Reguengo: 380 ha)<br />

Investimento: sd<br />

COLOMBOS’S RESORT<br />

Localização: Porto Santo. Arquipélago da Madeira<br />

Promotor: Grupo Siram<br />

Hoteleiro: Starwood Hotels & Resorts, sob a chancela Luxury Collection<br />

Conceito: empreendimento 5 estrelas, com apartamentos (193), moradias (12), aparthotel,<br />

Spa e Hotel. Centro de Congressos. Área central de animação e várias infra-estruturas de<br />

lazer.<br />

Programa: 140.000 m² (frente de mar com mais de 500 metros).<br />

Investimento: 125 M�<br />

55


56<br />

DOSSIER RESORTS<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

BOM SUCESSO DESIGN RESORT, LEISURE, GOLF & SPA<br />

Localização: Óbidos<br />

Promotor: Acordo SGPS<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: projecto turístico imobiliário que aposta na Arquitectura Contemporânea. 3 aldeamentos<br />

turísticos compostos por moradias isoladas e em banda. Hotel e 1 conjunto de<br />

equipamentos de lazer. 601 moradias individuais e em banda.<br />

Programa: 270 ha<br />

Investimento: sd<br />

Obs: Projectado por um conjunto de conceituados arquitectos nacionais e internacionais, tem<br />

na arquitectura contemporânea a vertente central da sua estratégia de concepção.<br />

HN ALVOR<br />

Localização: Alvor, Portimão<br />

Promotor: sd<br />

Hoteleiro: HN Hotels<br />

Conceito: hotel de 5 estrelas (140 quartos). SPA. Unidades de turismo residencial (250).<br />

Programa: 22,5 ha<br />

Investimento: sd<br />

HERDADE DA CORTE DO BISPO<br />

Localização: Bensafrim, Lagos<br />

Promotor: Lagoabeachresort – Centro Internacional Desportivo (consórcio entre Sven Goran<br />

Ericksson e Stig Blomquist)<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: Centro Internacional Desportivo: 9 campos de futebol, 2 meios campos de treino,<br />

arena central com bancadas, polidesportivo, infra-estruturas para hipismo e prática de<br />

atletismo, campo de golfe, campos de ténis e piscina olímpica. Hotel e aldeamento turístico<br />

(1.400 camas). Spa, Sala de Conferências e Clínica.<br />

Programa: 610 ha<br />

Investimento: 85 M�<br />

FALÉSIA D’EL REY<br />

Localização: Óbidos<br />

Promotor: joint venture entre o Grupo Béltico e a Crissier<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: conjunto turístico com 500 unidades residenciais (villas, moradias em banda e<br />

apartamentos), restaurantes, zona comercial, campo de golfe de 18 buracos e respectivo<br />

clube. 1 hotel de 5 estrelas (100 quartos) e 1 Spa. 1 hotel de charme de 5 estrelas (60 quartos).<br />

Programa: 230 ha<br />

Investimento: 400 M�


PROJECTO SIZANDRO VILLAGE CENTRE RESORT<br />

Localização: Torres Vedras<br />

Promotor: MIP<br />

Hoteleiro: Intercontinental Hotels & resorts<br />

Conceito: primeiro village centred resort em Portugal planeado com base em princípios<br />

ecológicos e de desenvolvimento sustentável internacionais. Campo de golfe de 18 buracos,<br />

academia de golfe. Boutique Golf Hotel & Country Club 5 estrelas, Conference, Golf &<br />

Spa Resort Hotel 5 estrelas. 3 aldeamentos turísticos.<br />

Programa: sd<br />

Investimento: sd<br />

Obs: estudo de mercado e de viabilidade financeira ainda em desenvolvimento.<br />

ROYAL ÓBIDOS GOLF RESORT<br />

Localização: Óbidos<br />

Promotor: joint venture entre a MSF e o Grupo Oceânico<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: conjunto turístico com hotel de 5 estrelas, aldeamentos, campo de golfe de 18<br />

buracos (60 ha) e um conjunto de equipamentos e infra-estruturas complementares. 2.700<br />

camas turísticas e 120 quartos.<br />

Programa: 130 ha (90 ha de espaços verdes)<br />

Investimento: 194 M�<br />

Obs: Primeiros trabalhos de construção em inicio de 2008<br />

CAMPO REAL<br />

Localização: Turcifal. Concelho de Torres Vedras<br />

Promotor: Turcifez<br />

Hoteleiro: Starwoord Hotels & Resorts, sob a insígnia Westin<br />

Conceito: empreendimento turístico-imobiliário<br />

Programa: 88 moradias isoladas, 116 moradias em banda e 168 apartamentos, para além<br />

de um campo de golfe de 18 buracos e de um hotel de 5 estrelas.<br />

Investimento: 110 M�<br />

Obs: Está prevista a expansão do resort numa área de 73 ha e num investimento de 120 M�,<br />

com 90.000 m² de construção, onde serão construídos um hotel (70 quartos) e um aparthotel<br />

(90 suites). Estão também previstas 81 moradias isoladas e cerca de 240 apartamentos e<br />

moradias em banda. Ampliação do campo de golfe para 27 buracos. Em construção.<br />

VALE PISÃO<br />

Localização: Água Longa, Porto<br />

Promotor: Norte Golfe<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: moradias de elevada qualidade, para habitação permanente ou segunda habitação,<br />

bem como um conjunto de infra-estruturas das quais se destacam um Campo de Golfe,<br />

Chubhouse, Praça de Comércio, Clube de Ténis, Piscinas, escolas<br />

Programa: 110 ha<br />

Investimento: 100 M�<br />

Obs: primeiro nature resort da região norte. Primeira fase em construção.<br />

57


58<br />

DOSSIER RESORTS<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

GOLDEN EAGLE RESIDENCE & GOLF RESORT<br />

Localização: Rio Maior<br />

Promotor: Camin – Promoção <strong>Imobiliária</strong> e Turística<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: projecto de turismo residencial que combina as componentes de imobiliário<br />

residencial, turismo e hotelaria, serviços, comércio, desporto e lazer. Lotes de terreno com<br />

áreas entre os 1.400 e os 4.700 m² para a construção de moradias unifamiliares isoladas,<br />

moradias em banda e apartamentos. 2 hotéis (um dos quais nascerá da reconversão de<br />

um imóvel já existente). 2 campos de golfe, campos de ténis, centros de estágio de futebol,<br />

pistas de jogging e manutenção. Quinta pedagógica.<br />

Programa: 540 ha<br />

Investimento: 900 M� (investidos faseadamente)<br />

MARTINGIL<br />

Localização: Leiria<br />

Promotor: Poligreen S.A.<br />

Hoteleiro: Four Points by Sheraton<br />

Conceito: hotel de 4 estrelas com 120 quartos (dos quais 15 suítes). Inclui componente<br />

imobiliária, em tiplogias T1 a T5. Criação de centros de conferências e health club, Spa e<br />

outras componentes de lazer.<br />

Programa: 5.360 m²<br />

Investimento: 19 M� (não inclui investimento da componente imobiliária)<br />

Obs: estudo de mercado e de viabilidade financeira em desenvolvimento.<br />

COMPLEXO TURÍSTICO DO VIMIEIRO<br />

Localização: Torres Vedras<br />

Promotor: GES – Grupo Espírito Santo<br />

Hoteleiro: sd<br />

Conceito: renovação do complexo existente. Renovação do hotel Golf Mar (280 quartos),<br />

novo hotel de charme (42 quartos e 5 suítes). Centro internacional de Talassoterapia, Renovação<br />

do Campo de Golfe para 18 buracos. Novo complexo termal e hotel termal. Centro<br />

hípico internacional. Novo centro de congressos. Novo aparthotel (150 camas). Aldeamento<br />

turístico com 90 villas. Campos de Ténis. Health Club<br />

Programa: 220 ha<br />

Investimento: sd


���������������������<br />

�����������������<br />

���������<br />

�������� ���������<br />

��� �� ������ �� �� �<br />

�������� ������<br />

��������<br />

���� �� ��� �� ��<br />

�������������������������<br />

����������������<br />

����� ������ ���������� �� � � ������<br />

����� ������<br />

������<br />

��� �� ��� �� ��<br />

�������������������������<br />

������������������<br />

�������<br />

��������<br />

��� �����<br />

�� ���� � ����� �����<br />

�����������<br />

����������<br />

���������


DOSSIER RESORTS<br />

Governo quer dinamizar<br />

aprovação de projectos<br />

turísticos e de<br />

imobiliário turístico<br />

Jorge Lacão, Secretário de Estado da Presidência<br />

do Conselho de Ministros, afirmou durante<br />

a apresentação de um livro editado pela <strong>Vida</strong><br />

Económica no passado mês de Maio, que o Governo<br />

reconhece a importância de actuar «no<br />

levantamento de obstáculos que a iniciativa<br />

privada encontra na promoção de projectos<br />

turísticos», uma vez que esta última «é a mola<br />

real do desenvolvimento de um sector que se<br />

classificou de estratégico para o país».<br />

Para tal, e mantendo o lema do «rigor, exigência<br />

e qualidade», o executivo de José Sócrates<br />

está a rever uma série de instrumentos jurídicos<br />

no âmbito do ordenamento e gestão territorial,<br />

bem como os regimes de urbanização e<br />

edificação, tendo ainda criado a figura do PIN+,<br />

que traz algumas novidades face à já instituída<br />

figura PIN.<br />

60<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

O governo liderado por José Sócrates, que estabeleceu o<br />

turismo como uma área estratégica para o país, está a dar<br />

passos para a dinamização da promoção desta actividade<br />

económica, com medidas que visam sobretudo actuar ao<br />

nível da flexibilização e desburocratização na aprovação<br />

dos projectos turísticos e de imobiliário turístico.<br />

PIN+ acelera apreciação<br />

de projectos<br />

Jorge Lacão explicou que o PIN+ é uma «iniciativa<br />

legislativa que visa criar mecanismos de<br />

maior celeridade na apreciação dos projectos<br />

em relação aos quais tenha recaído a classificação<br />

de Potencial Interesse Estratégico Nacional<br />

(PIN). Com isso, serão definidos mecanismos de<br />

maior flexibilização e maior ritmo de acompanhamento<br />

dos projectos, pelo que implica uma<br />

maior capacidade de resolução de questões<br />

relacionadas com o licenciamento destes projectos.<br />

Desta forma, projectos que tradicionalmente<br />

se arrastavam por anos, lidarão com uma<br />

maior compactação dos tempos de apreciação,<br />

para que possamos aprovar em meses projectos<br />

que tenham relevância reconhecida para<br />

o desenvolvimento da economia portuguesa»,<br />

sustenta Jorge Lacão.<br />

O Governo, em reunião de Conselho de Ministros<br />

do dia 14 de Junho, aprovou já a versão<br />

final do Decreto- Lei que estabelece o regime<br />

jurídico dos projectos de Potencial Interesse<br />

Nacional classificados como PIN+. O executivo<br />

explica em comunicado que os projectos PIN+,<br />

projectos PIN com reconhecida importância<br />

estratégica, deverão «preencher um conjunto<br />

de critérios, como sejam a sua integração nas<br />

prioridades de desenvolvimento definidas em<br />

planos e documentos de orientação estratégica<br />

em vigor e a realização de um montante de<br />

investimento mínimo de 200 milhões de Euros<br />

ou, em certos casos especiais, de 60 milhões de<br />

euros». Sem prejuízo da plena eficácia dos regimes<br />

jurídicos especificamente aplicáveis em


função da natureza do projecto, estabelece-se<br />

um modelo de procedimento que se caracteriza<br />

pela simultaneidade da tramitação dos diversos<br />

procedimentos aplicáveis. Prevê-se o funcionamento<br />

em conferência de serviços das diversas<br />

entidades da Administração Central competentes<br />

para a prática de todos os actos necessários<br />

à apreciação e decisão do projecto, o que<br />

possibilita a emissão de um documento único<br />

incorporando todos os pareceres, autorizações,<br />

aprovações, decisões e licenças da responsabilidade<br />

daquelas entidades.A concentração dos<br />

procedimentos e a redução de prazos intercalares<br />

para metade permite a consagração de um<br />

prazo global de decisão que será de 60 dias a<br />

120 dias.<br />

���������������������������<br />

dinamizar instrumentos<br />

territoriais e de urbanismo<br />

Além da criação do PIN+, o Governo está a preparar<br />

instrumentos que visam «tornar mais flexível,<br />

simples e eficaz» as questões ligadas aos<br />

empreendimentos turísticos, nomeadamente<br />

a nível da gestão, planeamento e ordenamento<br />

do território, assim como nas actividades de<br />

urbanização e edificação, «instrumentos indispensáveis<br />

para dar eficiência à actividade dos<br />

promotores», nas palavras de Jorge Lacão.<br />

Desta forma, apresentou-se na reunião de<br />

Conselho de Ministros de 14 de Junho, a proposta<br />

de lei que altera a Lei n.º 48/98, de 11<br />

de Agosto, que estabelece as bases da política<br />

do ordenamento do território e de urbanismo.<br />

Ainda a submeter à Assembleia da<br />

República, esta proposta pretende promover<br />

a eliminação da fase processual de ratificação<br />

pelo Governo dos planos municipais de ordenamento<br />

do território, com excepção dos<br />

casos em que a própria câmara municipal o<br />

solicite para obter derrogação de normas<br />

constantes de instrumentos de gestão territorial<br />

de âmbito nacional ou regional com as<br />

quais a proposta de plano director municipal<br />

seja desconforme.<br />

O Governo aprovou ainda o Decreto-Lei que<br />

procede à quarta alteração ao Decreto-Lei<br />

n.º380/99, de 22 de Setembro, que estabelece<br />

o regime jurídico dos instrumentos de gestão<br />

territorial, uma alteração que visa a eficiência<br />

do sistema de gestão territorial através da simplificação<br />

dos procedimentos e de uma maior<br />

descentralização e responsabilização municipal<br />

na gestão do território. Assim, elimina-se a<br />

ratificação pelo Governo dos planos intermunicipais<br />

e municipais de ordenamento do território,<br />

excepto para o plano director municipal.<br />

O controlo de legalidade dos planos municipais<br />

passa, agora, a ser assegurado pela emissão de<br />

pareceres por parte das entidades competentes<br />

em razão da matéria e pela verificação a efectuar<br />

pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento<br />

Regional (CCDR). Elimina-se, ainda, a<br />

chamada «concertação» como fase autónoma e<br />

obrigatória, antecipando-a para o momento do<br />

acompanhamento, «com inegáveis vantagens,<br />

quer do ponto de vista da celeridade, quer do<br />

ponto de vista da construção de soluções partilhadas»,<br />

refere o Governo.<br />

Teve ainda lugar a apresentação da Proposta de<br />

Lei que procede à sexta alteração ao Decreto-Lei<br />

n.º555/99, de 16 de Dezembro, que estabelece<br />

o regime jurídico da urbanização e edificação.<br />

Esta proposta, que será ainda apresentada em<br />

Assembleia da República, visa simplificar o procedimento<br />

de licenciamento urbanístico através da<br />

redefinição dos modelos de controlo prévio administrativo,<br />

introduzindo soluções compatíveis<br />

com o desenvolvimento económico, o controlo<br />

da legalidade urbanística e a utilização de novas<br />

tecnologias e formas de relacionamento entre as<br />

diversas entidades envolvidas.<br />

Assim, são propostas alterações profundas ao<br />

regime actualmente em vigor, destacando-se<br />

a eliminação do procedimento de autorização<br />

e a nova delimitação do âmbito de aplicação<br />

dos procedimentos de licenciamento e de comunicação<br />

prévia. Assim, promove-se uma sig-<br />

Reforma do<br />

sistema de gestão<br />

do território e do<br />

licenciamento<br />

nificativa diminuição do controlo prévio, o qual<br />

é contrabalançado pelo reforço da fiscalização<br />

municipal e da responsabilização dos técnicos<br />

subscritores dos projectos e responsáveis técnicos<br />

pela direcção das obras.<br />

Neste contexto, passam a estar isentas de qualquer<br />

controlo ou comunicação prévia as pequenas<br />

obras de escassa relevância urbanística,<br />

bem como as obras de conservação e de alteração<br />

no interior dos edifícios ou suas fracções<br />

autónomas que não impliquem modificações<br />

da estrutura dos edifícios, das cérceas e das fachadas.<br />

Por outro lado, ficam sujeitas a simples comunicação<br />

prévia, dispensando-se a actual exigência<br />

de autorização municipal, as obras de<br />

reconstrução com preservação de fachadas,<br />

bem como as obras de urbanização quando<br />

pré-exista operação de loteamento e, ainda,<br />

as obras de construção que ocorram em área<br />

abrangida por operação de loteamento ou por<br />

plano de pormenor que disciplinem suficientemente<br />

as condições da construção a realizar.<br />

O reforço da responsabilidade dos técnicos<br />

subscritores dos projectos e responsáveis técnicos<br />

pela direcção das obras é assegurado,<br />

nomeadamente, pelo agravamento da contraordenação<br />

aplicável às falsas declarações e pela<br />

ampliação da sanção acessória de interdição do<br />

exercício da profissão, que pode atingir os quatro<br />

anos.<br />

Por último, importa salientar que a simplificação<br />

do licenciamento urbanístico agora proposta<br />

introduz uma nova forma de funcionamento<br />

da Administração, em especial entre os<br />

seus diversos níveis e com o cidadão, assente na<br />

utilização de tecnologias da informação, com a<br />

necessária desmaterialização do procedimento<br />

administrativo, desde a recepção ao tratamento<br />

subsequente, e na criação de uma nova figura,<br />

o gestor do procedimento, que acompanha os<br />

procedimentos, verifica o cumprimento dos<br />

prazos, identifica os obstáculos ao normal desenrolar<br />

de cada procedimento e presta informações<br />

aos interessados.<br />

61


DOSSIER RESORTS<br />

Turismo residencial<br />

em franco crescimento<br />

O mercado de turismo residencial foi eleito como um sector estratégico para a Economia<br />

portuguesa e consta, hoje também, na lista de prioridades do sector imobiliário e do<br />

sector hoteleiro. A oferta de resorts integrados para os próximos 10 anos é vasta, com<br />

regiões como o Alentejo e o Oeste a emergirem em força ao lado do confirmado Algarve,<br />

segundo a ILM-THR. A <strong>Vida</strong> imobiliária apresenta-lhe alguns dos dados mais importantes<br />

revelados sobre este mercado, que segundo um estudo da IRG e da Prime Yield está<br />

na rota do sucesso em termos de vendas e níveis de preços.<br />

Preços de venda em Resorts<br />

Turísticos (IRG/Prime Yield)<br />

Apartamentos: Em termos de valores médios<br />

de unidade por metro quadrado, aponta-se os<br />

3.000�/m² em todas as áreas analisadas como<br />

sustentável. No Algarve (Triângulo Dourado –<br />

Almancil, Vale do Lobo e Quinta do Lago) e na<br />

Costa Azul, atingem-se já valores na ordem dos<br />

4.000�/m²<br />

Townhouses (moradias geminadas): É o<br />

produto mais uniforme em termos de valores<br />

médios nas áreas analisadas, com um valor de<br />

referência na ordem dos 3.000 �/m².<br />

Villas (moradias isoladas): Há uma certa uniformidade<br />

de valores no Barlavento e Sotavento<br />

Algarvio e em Vilamoura. No Triângulo Dourado,<br />

na oferta de tipologias V4 e V5, foi superada<br />

a barreira dos 2,5 milhões de euros.<br />

Lotes de terreno: Os lotes referenciados têm<br />

um índice de construção médio de 0,5. O Sotavento<br />

Algarvio regista o valor exponencial mais<br />

elevado, com 2.500�/m².<br />

62<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

Preços de venda em Condomínios<br />

Turísticos (IRG/Prime Yield)<br />

Apartamentos: Observa-se um preço alvo por<br />

metro quadrado acima dos 3.000�/m². em localizações<br />

prime no Algarve (Triângulo Dourado),<br />

pode compreender transacções de T2 acima<br />

dos 5.000�/m².<br />

Villas (moradias isoladas): O preço alvo médio<br />

consolidado ronda os 2.500�/m², mas na área<br />

de Estoril/Cascais algumas moradias com tipologias<br />

V4 podem alcançar valores superiores a<br />

4.000�/m².<br />

Lotes de terreno: Os lotes referenciados têm<br />

um índice de construção médio de 0,5. O Triângulo<br />

Dourado regista o valor médio mais elevado<br />

(1.500�/m²).<br />

Imométrica prepara novo sistema de informação<br />

para resorts e um SIR Algarve<br />

A Imométrica está a preparar o lançamento de um novo produto SIR (Sistema de Informação<br />

Residencial) para o mercado algarvio. Este sistema de informação reúne a informação<br />

das transacções realizadas por mediadores, promotores e avaliadores imobiliários aderentes<br />

e depois dos mercados das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, está agora na<br />

calha o tratamento de dados referentes ao mercado algarvio de habitação.<br />

Também para breve estará o arranque de um sistema de informação destinado concretamente<br />

ao mercado de Resorts em Portugal, um projecto que está a ser desenvolvido em<br />

parceria com a consultora de turismo Neoturis e que irá apresentar resultados deste mercado<br />

trimestralmente. O SIR assume-se como uma ferramenta para os profissionais do sector<br />

conhecerem com maior rigor a realidade do mercado residencial. O tratamento agregado<br />

da informação permite a obtenção de informação micro-estatísticas, com detalhe de informação<br />

por zona / tipologia / estado de uso para uma diversidade de variáveis alvo: O SIR<br />

oferece aos participantes uma informação de “benchmarking”, ou seja, compara a performance<br />

comercial de cada empresa com a realidade do mercado onde opera.<br />

Oferta de resorts prevista para os próximos 10 anos<br />

61 Resorts<br />

67 Hotéis<br />

48 Campos de golfe<br />

40.000 Unidades imobiliárias<br />

45.000 Hectares<br />

13,5 Mil milhões de euros<br />

Principais regiões de oferta de novos resorts<br />

Preços médios (�/m²) e áreas de Apartamentos T3 em resorts turísticos<br />

Preços médios (�/m²) e áreas de Apartamentos T3 em condomínios turísticos<br />

NOTAS:<br />

Fonte: ILM-THR<br />

Fonte: ILM-THR<br />

Fonte: IRG/ Prime Yield<br />

Fonte: IRG/ Prime Yield<br />

O estudo apresentado pela ILM-THR, empresa de consultoria<br />

na área de turismo, analisa a oferta futuro do<br />

mercado de resorts em Portugal, tendo em conta apenas<br />

projectos com a dimensão mínima igual ou superior<br />

a 70 hectares. Abarca as regiões do Algarve, Alentejo,<br />

Lisboa, Centro e Norte.<br />

O estudo apresentado pela IRG (International Realty<br />

Group) e pela Prime Yield é feito com base na informação<br />

de vendas da primeira e na informação de avaliações<br />

da última. As zonas analisadas são o Algarve, a<br />

Costa Azul, a Costa de Prata e a linha de Cascais/Estoril.<br />

O estudo compreende os conceitos de:<br />

Resorts Turísticos: empreendimentos cuja principal<br />

âncora é o golfe e/ou a praia. Projectos imobiliários desenvolvidos<br />

de forma integrada e que tem uma oferta<br />

imobiliária diferenciada pelos produtos oferecidos, nomeadamente<br />

apartamentos, townhouses, villas e lotes<br />

Condomínios Turísticos: projectos imobiliários desenvolvidos<br />

em linha com o conceito de condomínio, o que<br />

inclui uma gestão conjunta de todas as infra-estruturas,<br />

nomeadamente, a segurança, os espaços comuns (incluindo<br />

jardins) e os espaços sociais.


O produto imobiliário turístico em Espanha –<br />

cujo desenvolvimento tem o seu forte na costa<br />

sul – apesar de estar, actualmente, conotado<br />

como sendo de massas e competitivo pelo preço,<br />

está a «reposicionar-se» e prepara-se para<br />

ser um forte concorrente de Portugal em termos<br />

de captação de turismo residencial. «Espanha<br />

não é um gigante adormecido, ao contrário<br />

do que muita gente pensa», alerta Lucília Cruz<br />

Pinto, Directora na ILM-THR, consultora na área<br />

de turismo, hotelaria e resorts. Por isso, «quem<br />

espera que Espanha não ofereça concorrência<br />

em termos da nova oferta que Portugal está a<br />

preparar na área de turismo residencial, enganase».<br />

A responsável explica que o país identificou<br />

já os principais problemas do mercado – aumento<br />

dos preços (os preços baixos eram uma<br />

das suas principais vantagens competitivas), a<br />

diminuição da rentabilidade, a imagem de massificação,<br />

um sistema de comercialização obsoleto<br />

– e que está já a encetar acções em várias<br />

frentes. «Espanha reconheceu que é importante<br />

trabalhar aspectos como a imagem do sector, a<br />

criação de produtos adequados e a profissionalização<br />

do sistema de comercialização». Uma<br />

das faces mais visíveis deste reposicionamento<br />

é o desenvolvimento de produtos na Costa Verde<br />

(a norte), com «resorts integrados, de baixa<br />

densidade, com grandes preocupações em termos<br />

de conceitos e sustentabilidade», explica<br />

Lucília Cruz Pinto.<br />

Portugal está agora a acordar para o mercado de turismo<br />

residencial, apostando em produtos de grande qualidade<br />

e como uma oferta prevista para os próximos 10 anos<br />

na ordem dos 61 resorts que representam investimentos<br />

superiores a 13,5 mil milhões de euros, segundo dados<br />

da consultora ILM-THR. Lucília Cruz Pinto, Directora na<br />

consultora, fala sobre o mercado português e alerta para<br />

a concorrência vinda de Espanha que, ao contrário do que<br />

se possa pensar, não é «um gigante adormecido».<br />

«Espanha não é um<br />

gigante adormecido»<br />

Portugal tem que criar<br />

experiências e diversificar<br />

mercados emissores<br />

Por isso mesmo, «Portugal tem que se diferenciar»<br />

e apostar em produtos que «permitam<br />

criar experiências que exploram muito mais que<br />

o produto sol e praia. Podemos mesmo falar de<br />

mercados de terceira residência, de públicos<br />

que já têm uma casa na praia e que procuram<br />

ter uma casa em maior contacto com a natureza<br />

ou com outras formas de lazer».<br />

Outra forma de vingar é apostar em «mercados<br />

emissores diferenciados. Apesar do imenso potencial<br />

dos mercados do Reino Unido e da Irlanda,<br />

estes são mercados a que todos os destinos estão<br />

a dirigir-se. Para Portugal, o mercado espanhol,<br />

por exemplo, é um dos mercados emissores em<br />

que se deveria apostar, além dos já tradicionais».<br />

Na opinião de Lucília Cruz Pinto, Portugal continua<br />

a ter «grandes vantagens competitivas» face<br />

a mercado emergentes como a Croácia, a Turquia<br />

ou Marrocos, ainda que «estes países possam<br />

construir sobre a praia e nós já não o possamos<br />

fazer. Somos um país de União Europeia, com a<br />

respectiva segurança e qualidade de vida que isso<br />

implica. Cada vez mais, os europeus vão querer fazer<br />

turismo dentro da Europa e Portugal, tendo as<br />

vantagens de ser Europeu é suficientemente periférico<br />

para se ter a noção de que se saiu do país de<br />

origem para um destino diferente».<br />

Face a uma oferta no mínimo volumosa, Lucília<br />

Cruz Pinto considera que «esta não é em excesso<br />

se a promoção do destino for bem feita», o<br />

que poderá ser mais eficiente através de iniciativas<br />

público-privadas. «A cooperação entre<br />

todos os “players” de uma determinada área<br />

geográfica pode maximizar em grande escala<br />

a promoção e qualificação do destino. “To win<br />

in the future companies must stop competing<br />

with each other” ».<br />

Quanto à qualidade da oferta prevista, Lucília Cruz<br />

Pinto defende que os «promotores demonstram<br />

uma grande preocupação com os conceitos e<br />

com os profissionais que envolvem nos seus projectos.<br />

Cada componente de um resort tem que<br />

ser tratado com uma unidade de negócio, com os<br />

devidos especialistas: golfe, imobiliário, hoteleiro…É<br />

importante estudar os nichos de mercado<br />

e as potencialidades do local e pensar o produto<br />

para os mercados que queremos atrair.»<br />

Lucília Pinto,<br />

Directora da<br />

ILM-THR, alerta<br />

sobre concorrência de<br />

turismo residencial<br />

63


DOSSIER RESORTS<br />

Primeiros moradores do Tróia<br />

Resort já no próximo Verão<br />

64<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

Em entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, Rui D’Ávila,<br />

Administrador da Sonae Turismo, revelou que<br />

o Tróia Resort estará totalmente concluído em<br />

2011, embora grande parte do complexo fique<br />

concluído já no próximo Verão. O investimento<br />

global é de 400 milhões de euros e implica a<br />

criação de 7.500 novas camas.<br />

Rui D’Ávila, Administrador da Sonae Turismo, em entrevista<br />

Os primeiros moradores do Tróia Resort poderão vir já no Verão do próximo<br />

ano, altura em que «uma grande parte do resort estará pronta», revelou o Administrador<br />

da Sonae Turismo, Rui D’Ávila, em entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>. A<br />

empresa conta concluir toda a intervenção em Tróia até 2011, altura em que<br />

se terminará o eco-resort e a parte nascente do núcleo urbano.<br />

O investimento global terá sido, no final do projecto, de 400 milhões de euros<br />

(M�), dos quais 260 milhões estão já em curso. No total, o resort oferecerá<br />

7.500 camas, das quais 2.200 em equipamentos hoteleiros.<br />

Neste momento, a azáfama é grande na Península de Tróia e os Apartamentos<br />

Turísticos da Praia, da Marina e do Parque Cental têm já a estrutura concluída<br />

e deu-se já inicio à fase de acabamentos, sendo que os andares modelo<br />

dos dois primeiros edifícios estarão concluídos no final de Julho. Para além<br />

destes trabalhos, os activos já existentes – casos dos aparthotéis Rosamar<br />

e Tulipamar – estão ser remodelados no seu interior e exterior, de forma a<br />

ficarem «nivelados com um unidade de quatro estrelas de qualidade», explica<br />

Rui D’Ávila. Em curso está também a obra de ligação entre o Rosamar e<br />

o Magnoliamar, onde haverá piscinas exterior e interior, um fitness centre e<br />

estacionamento em cave. Da parte da Amorim Turismo, estão a decorrer as<br />

obras do Casino, Hotel e Centro de Espectáculos.<br />

Rui D’Ávila explica ainda que as obras de infra-estruturação da Península estão<br />

também em curso e que no próximo ano se dará inicio a todos os trabalhos<br />

de paisagismo, um projecto a cargo do arquitecto Hipólito Bettencourt,<br />

e que é «o eixo unificador das diversas intervenções urbanísticas, cuidando<br />

de as integrar e interrelacioonar».<br />

Rui D’Ávila revelou ainda que a Sonae Turismo está a «a acompanhar os<br />

planos de pormenor de uma propriedade com cerca de 200 ha, mais a sul,<br />

na continuidade da Soltróia, que queremos desenvolver no seguimento do<br />

troiaresort».<br />

Portugueses reelegem Tróia como destino e representam<br />

70% das vendas<br />

Os primeiros passos de comercialização já foram dados e os resultados mostram<br />

que os Portugueses voltaram a colocar Tróia no mapa do turismo. A<br />

comercialização dos apartamentos turísticos da Praia e da Marina, na Área<br />

Central, teve início em Agosto de 2006 e a estratégia comercial tem apostado<br />

em «vendas faseadas para garantir um inventário diversificado em todas as<br />

fases», sendo que, à data, cerca de 40% do inventário está já comercializado,<br />

garante Rui D’Ávila.<br />

O responsável garantiu que o «público português tem mostrado excelente<br />

receptividade, logo seguido dos Ingleses e Alemães», revela. De tal forma,<br />

que apenas 30% das vendas já realizadas dizem respeito a compradores<br />

internacionais, de acordo com as informações reveladas por Rui D’Ávila. Em<br />

termos de mercado estrangeiro, os Ingleses, Irlandeses e Alemães foram considerados<br />

prioritários, embora a empresa esteja a desenvolver acções junto<br />

dos mercados Espanhol e Chinês.<br />

A marina de Tróia será um dos pontos de lazer do resort<br />

O Golfe inclui também uma área residencial<br />

A oferta residencial terá uma área localizada junto à Praia


O resort de luxo Vale do<br />

Lobo, um dos mais antigos<br />

do Algarve e que mudou<br />

recentemente de estrutura<br />

accionista, deverá estar<br />

concluído dentro de 10<br />

anos. Em entrevista à <strong>Vida</strong><br />

<strong>Imobiliária</strong>, Diogo Gaspar<br />

Ferreira, Presidente do<br />

Conselho de Administração<br />

da Vale do Lobo, revelou que<br />

as vendas de imobiliário no<br />

resort deverão totalizar os 90<br />

milhões de euros durante o<br />

ano corrente.<br />

Vale do Lobo com vendas<br />

de 90 M� em 2007<br />

Diogo Gaspar Ferreira, Presidente do Conselho de Administração<br />

O responsável máximo de Vale do Lobo (que<br />

tem uma nova estrutura accionista desde final<br />

do ano passado, a qual é composta de investidores<br />

portugueses e internacionais, com larga<br />

experiência nacional e internacional nas áreas<br />

da imobiliária e turismo, bem como o maior<br />

banco português, a Caixa Geral de Depósitos),<br />

revelou que «as expectativas de vendas para<br />

2007 atingem dos 90 milhões de euros. Seguindo<br />

a tendência geral do mercado imobiliário,<br />

tem havido uma procura mais acentuada por<br />

parte do mercado Irlandês, seguido do Inglês,<br />

Holandês e uma pequena percentagem de Portugueses».<br />

Mas o peso de nacionalidades pode alterar-se, já<br />

que uma das principais linhas estratégicas traçada<br />

pela nova estrutura accionista é «abrir as portas ao<br />

mundo, inclusive uma maior abertura ao mercado<br />

nacional. Vale do Lobo está agora em mãos portuguesas<br />

e, por isso mesmo, ajustámos os preços do<br />

alojamento – sem reduzir a receita – porque não<br />

podemos aceitar que os preços em Vale do Lobo<br />

Vista Geral do resort Vale de Lobo<br />

Crédito: Vale do Lobo<br />

Campo de golfe Ocean<br />

Crédito: Vale do Lobo<br />

sejam tão caros que os portugueses não possam<br />

passar aqui as férias».<br />

Além deste objectivo, a estratégia aposta agora<br />

também na «melhoria do relacionamento entre<br />

proprietários e residentes em Vale do Lobo, com<br />

o próprio empreendimento»; além de apostar na<br />

primazia do sector imobiliário, «fundamental para<br />

o progresso, desenvolvimento e inovação do empreendimento»;<br />

seguindo-se o golfe como vector<br />

«igualmente fundamental, e um produto âncora».<br />

Em marcha estão as fases II e III do empreendimento,<br />

que Diogo Gaspar Ferreira espera estejam<br />

totalmente colocadas no mercado nos próximos<br />

dez anos. O responsável explicou que «o interesse<br />

demonstrado por potenciais investidores em<br />

relação a Vale do Lobo III tem vindo a ser muito<br />

elevado, com os primeiros lotes ainda em fase de<br />

projecto, a serem já comercializados». A empresa<br />

está já a analisar outros projectos e encontra-se<br />

neste momento a negociar a compra de terrenos<br />

para um novo resort no Algarve com as mesmas<br />

características de Vale do Lobo.<br />

Uma das villas do resort<br />

Crédito: Vale do Lobo<br />

Medidas para travar erosão da praia<br />

em estudo<br />

«Temos como objectivo travar a erosão da<br />

praia, que está a perder 40 cm por ano e corre<br />

risco de desaparecer no prazo de 30 a 50 anos,<br />

devido a decisões erradas na construção de<br />

molhes e pontões em Vilamoura e Quarteira»,<br />

explica este responsável. Da ilha que já<br />

se falou, Diogo Gaspar Ferreira diz «não ter a<br />

certeza se esse é um modelo viável», contudo<br />

terá de «haver alguma solução para resolver<br />

o problema, um problema que não foi criado<br />

por nós mas que nos afecta directamente. Esperamos<br />

obter algumas alternativas e respostas<br />

com o estudo de Protecção Costeira, que<br />

recentemente encomendámos», explica. Os<br />

primeiros resultados deste estudo deverão<br />

ser apresentados ainda em Julho, de forma «a<br />

programar os passos seguintes que nos permitam<br />

atingir os objectivos de protecção e<br />

valorização da costa de Vale do Lobo».<br />

65


DOSSIER RESORTS<br />

Gerry Fagan, Administrador do<br />

Grupo Oceânico, em entrevista<br />

Programa de investimento<br />

em resorts portugueses<br />

supera 2 mil milhões de euros<br />

O programa de investimento do<br />

Grupo Oceânico no mercado de<br />

resorts português supera os 2<br />

mil milhões de euros, de acordo<br />

com Gerry Fagan, Administrador<br />

do grupo, em entrevista à <strong>Vida</strong><br />

<strong>Imobiliária</strong>. O Algarve concentra<br />

a principal fatia – dois dos<br />

resorts em desenvolvimento<br />

concentram cerca de 950 milhões<br />

de euros -, mas Óbidos e os Açores<br />

são localizações na lista de<br />

projectos.<br />

O grupo está a investir em Óbidos, num resort<br />

denominado Royal Óbidos<br />

Vilamoura vai acolher o próximo resort<br />

da Oceânico no Algarve<br />

66<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

Um dos projectos mais emblemáticos do grupo é o Amendoeira Golf Resort, em Alcantarilha, no Algarve,<br />

que concentra investimentos na ordem dos 500 milhões de euros e está neste momento em<br />

curso a construção dos dois campos de golfe e para breve o inicio dos trabalhos da primeira fase de<br />

imobiliário. Os campos de golfe – ambos de 18 buracos – foram desenhados um por Christy O’Connor<br />

Jnr e outro por Nick Faldo, devendo estar concluídos dentro de um ano. A parte das infra-estruturas de<br />

todo o empreendimento estará, por sua vez, concluída dentro de seis meses, enquanto que a primeira<br />

fase de imobiliário - 248 unidades residenciais – arrancará em breve e tem um programa de 18 meses<br />

de construção.<br />

Gerry Fagan revelou que a comercialização do resort está a ter resultados muito positivos e mais de 50%<br />

da oferta imobiliária está já vendida, o que equivale a cerca de 300 unidades imobiliárias e entra já na<br />

segunda fase do empreendimento, que foi lançada já este ano e que contempla 126 unidades residenciais.<br />

O empreendimento terá cerca de 600 apartamentos, villas e townhouses, para além de cerca de 200<br />

unidades em aparthotel.<br />

Os ingleses e irlandeses são os principais compradores deste resort, cobrindo cerca de 95% das vendas<br />

já concretizadas. Os portugueses representam uma fatia muito diminuta nos 5% restantes, que são divididos<br />

com franceses, espanhóis e canadianos.<br />

O Amendoeira estende-se por uma área de 260 hectares e para além de outras valências, vai integrar<br />

ainda uma unidade hoteleira de cinco estrelas, cuja exploração está neste momento a ser negociada<br />

pela Oceânico com alguns operadores hoteleiros, segundo avançou Gerry Fagan à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>. A<br />

conclusão do total do resort deverá ter lugar dentro de três anos.<br />

Vilamoura acolhe novo projecto no Algarve<br />

Para além do Amendoeira e uma série de projectos mais pequenos na zona de Lagos, a Oceânico tem<br />

um novo projecto de grande dimensão no Algarve, apostando agora em Vilamoura, onde detém cinco<br />

campos de golfe, resultado da aquisição da Lusotur Golfes em Março. O investimento neste novo<br />

projecto, localizado junto ao campo de golfe Pinhal, ronda os 450 milhões de euros, para um programa<br />

de 70 hectares, onde se desenvolverão cerca de 700 unidades imobiliárias, entre moradias de grande<br />

dimensão e apartamentos. Denominado «Vilamoura Golf & Gardens Resort», o empreendimento está<br />

neste momento em fase final de projecto. De acordo com Gerry Fagan, o paisagismo será uma das<br />

principais componentes deste empreendimento e foi mesmo contratado um reputado arquitecto paisagista<br />

irlandês para dar o seu cunho ao novo projecto da Oceânico.<br />

Ainda no Algarve, o Grupo tem em desenvolvimento ou já concluídos projectos como o Belmar (em<br />

Porto de Mós), o Vila Baía (na Praia da Luz e recentemente concluído), Quinta do Monte Funchal (Praia<br />

da Luz), Jardim da Meia Praia e o Estrela da Luz (Praia da Luz).<br />

Fora do Algarve, os investimentos contemplam Óbidos e os Açores. Em Óbidos, numa parceria com a<br />

MSF, a Oceânico está a desenvolver o Royal Óbidos, que se estende por 130 hectares e que incluirá hotel,<br />

imobiliário e golfe, além de outras valências.<br />

Nos Açores, o grupo está em parceria com a Siram no desenvolvimento do Azores Golf Islands, cuja<br />

primeira fase implica um investimento de 300 milhões de euros. Esta primeira fase integra 210 apartamentos,<br />

10 moradias de luxo e um centro hoteleiro, com hotel, aparthotel, spa, centro de conferências e<br />

zonas desportivas e de lazer.com


O Grupo Imocom está a investir no mercado de resorts,<br />

elegendo o Algarve como um destino preferencial. No<br />

total, o investimento do grupo em resorts ascende a 248<br />

milhões de euros, dos quais 230 resultantes de projectos<br />

localizados no Algarve. O primeiro empreendimento do<br />

grupo na área de turismo residencial inaugura já em<br />

Julho e marca a entrada da cadeia Hilton em Portugal.<br />

Imocom investe 248 milhões<br />

em resorts e inaugura primeiro<br />

projecto já em Julho<br />

Pedro Viriato, Administrador do Grupo Imocom, em entrevista<br />

O empreendimento<br />

Conrad nascerá incluído<br />

na Quinta do Lago<br />

As Cascatas inauguram em Julho<br />

O Monte Santo, no Carvoeiro, inclui apenas<br />

componente imobiliária<br />

Em entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, Pedro Viriato,<br />

Administrador do Grupo Imocom, esclarece<br />

que o investimento mais avultado é no projecto<br />

Conrad na Quinta do Lago, com 120 milhões de<br />

euros, seguindo-se o resort «Hilton Vilamoura<br />

As Cascatas Resort & Spa», em Vilamoura, com um<br />

investimento de 75 milhões de euros, e, por último,<br />

o Monte Santo Resort, no Carvoeiro, com 35<br />

milhões de euros. O grupo tem ainda em curso<br />

um investimento de 18 milhões de euros no Cartaxo,<br />

num Wine Resort & Spa.<br />

A primeira face visível deste investimento é o projecto<br />

de Vilamoura, cuja inauguração tem lugar no<br />

dia 15 de Julho. Pedro Viriato revelou que o resort<br />

está comercializado a 100%. Este resort tem cinco<br />

componentes: um SPA com 2.000 m² sob a marca<br />

7 Spa, detida pela própria Imocom; um hotel Hilton<br />

com 154 quartos, que será o primeiro da insígnia<br />

em Portugal; uma de unidades destinadas<br />

ao vacation club explorado pela Hilton; uma área<br />

residencial e uma área de Kids club; incorporando<br />

ainda uma área de 30.000 m² de arranjos exteriores.<br />

A área residencial terá 69 apartamentos T1 a<br />

T4, enquanto que a de Vacation Club terá tipologias<br />

T1 e T2, no total igualmente de 69 unidades.<br />

De acordo com o Administrador da Imocom, o<br />

grupo «tem um ambicioso plano de expansão», já<br />

que pretende ter «5.000 camas até 2010», esclarecendo<br />

que a insígnia Hilton é o parceiro hoteleiro<br />

para os projectos de Portugal e Palop’s.<br />

O próximo projecto a ficar concluído é o Monte<br />

Santo Resort, que tem apenas componente residencial,<br />

e não integra serviços hoteleiros. Actual-<br />

mente em desenvolvimento, este projecto «tem<br />

já 40% comercializado», e cerca de 45% dos 35<br />

milhões de euros do investimento está já concretizado.<br />

Este empreendimento, localizado no Carvoeiro,<br />

deverá estar concluído em 2008.<br />

Um terceiro projecto, também no Algarve, denomina-se<br />

CONRAD, Palácio de Valverde, Resort<br />

& Spa, Hotel Apartamento, localizado junto ao<br />

Shopping da Quinta do Lago. Tem por objecto a<br />

construção e exploração de um hotel apartamento<br />

de luxo equiparado a um Hotel de seis estrelas,<br />

de acordo com a classificação utilizada internacionalmente,<br />

e corresponde a um investimento global<br />

de 120 milhões de euros e apresenta-se como<br />

o primeiro do género em Portugal e na Europa<br />

e tem características que o habilitam a tornar-se<br />

uma referência hoteleira mundial. Vai ocupar uma<br />

área total de 30.990 m², e será constituído por 160<br />

quartos e 115 apartamentos. A construção do resort<br />

será iniciado já em Setembro deste ano e as<br />

vendas da componente imobiliária deverão ter<br />

inicio também ainda em 2007. As perspectivas da<br />

Imocom apontam para que o projecto esteja concluído<br />

entre 2009 e 2010.<br />

Por último, o Grupo está a investir num Wine Resort&<br />

Spa, no Cartaxo, orçado em 18 milhões de euros,<br />

concluindo um projecto hoteleiro de luxo com<br />

48 quartos e que se espera estar concluído em 2008.<br />

Refira-se que a Imocom espera que a sua marca de<br />

Spa’s tenha 10 estruturas abertas até 2009.<br />

Fora de Portugal, a Imocom está a analisar oportunidades<br />

de negócio no Brasil, Argentina, Marrocos<br />

e Angola.<br />

67


68<br />

DOSSIER RESORTS<br />

Grupo CS com investimentos<br />

de 1.500 M� em imobiliário<br />

turístico até 2010<br />

Para além dos negócios no segmento de hotelaria<br />

Segundo explicou Carlos Saraiva, «até 2010 todo<br />

o projecto hoteleiro estará concluído, embora<br />

continuemos sempre atentos a novas oportunidades<br />

de negócio. O nosso projecto de imobiliário<br />

turístico vai continuar além disso, e para além<br />

dos projectos actualmente em desenvolvimento,<br />

existem outras oportunidades interessantes, que<br />

temos vindo a avaliar e a estudar».<br />

Consciente de que «Portugal tem uma capacidade<br />

enorme em poder afirmar-se enquanto destino<br />

prime de segunda habitação», Carlos Saraiva disse<br />

à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> que vai continuar a investir<br />

neste sector, no qual existirá «um trabalho de<br />

continuidade para além de 2010».<br />

Embora consciente da importância da internacionalização<br />

para as empresas nacionais, Carlos<br />

Saraiva explicou que este é «um caminho que<br />

não está fora dos nossos planos», mas que apenas<br />

será iniciado «quando aparecer uma oportunidade<br />

que realmente valha a pena, e que pode<br />

aparecer de várias formas». Para já, «estamos a<br />

fazer o caminho mais difícil, que é a criação de<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

A Herdade do Reguengo é um<br />

novo projecto no Algarve<br />

uma marca de valor, e essa é a nossa prioridade,<br />

consolidar a marca CS». Entre os destinos mais<br />

«atraentes» para a expansão, o presidente da CS<br />

apontou Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e o<br />

Brasil, referindo ainda que «a Europa também<br />

ainda não está ‘acabada’». Por enquanto, o grupo<br />

está presente apenas no mercado nacional.<br />

Herdade do Reguengo é o novo<br />

projecto para a região do Algarve<br />

A região do Algarve concentra dois dos principais<br />

projectos imobiliário-turísticos do grupo: a Herdade<br />

dos Salgados e a Herdade do Reguengo. Este<br />

último é o projecto mais recente do grupo CS, e<br />

ainda está em fase de elaboração. «Actualmente<br />

ainda estamos a estudar o conceito, que é a parte<br />

mais importante», referiu Carlos Saraiva, dizendo<br />

que este empreendimento irá «requalificar Portimão<br />

como destino turístico». De acordo com este<br />

responsável, a Herdade do Reguengo irá desenvolver-se<br />

numa área total de 1.000 hectares, e terá<br />

pelo menos dois hotéis, para além de um conjun-<br />

Um dos principais grupos<br />

hoteleiros e turísticos nacionais,<br />

o Grupo CS continua a apostar<br />

forte no mercado de imobiliário<br />

turístico em Portugal. O plano<br />

de investimentos para o período<br />

2004-2010 contempla uma<br />

injecção de 1.500 milhões de<br />

euros (M�) neste segmento de<br />

mercado, revelou o presidente<br />

do grupo, Carlos Saraiva, em<br />

entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>.<br />

Este valor não contempla o<br />

projecto hoteleiro e diz respeito<br />

aos empreendimentos que a CS<br />

está a desenvolver nas regiões<br />

do Algarve, Alentejo e Douro.<br />

to de aldeamentos. No presente já existem dois<br />

campos de golfe a funcionar, estando em estudo<br />

«a possibilidade de construir um terceiro campo». Na<br />

perspectiva do presidente do grupo CS, «este é um<br />

projecto muito desafiante, que também terá parte<br />

agrícola e uma parte arqueológica, e para o qual<br />

temos previsto um investimento muito avultado».<br />

Segundo as previsões deste responsável, «para o<br />

final do ano deveremos ter condições para fazer a<br />

apresentação formal deste projecto».<br />

Também no Algarve, mas na zona de Albufeira,<br />

o grupo está a desenvolver a Herdade dos Salgados,<br />

cuja primeira fase está a entrar na recta<br />

final, e deverá estar inteiramente concluída até<br />

ao final do Verão. «Estamos agora a dar início ao<br />

resto da Herdade dos Salgados, o que significa<br />

que dentro de dois anos, em 2009, o projecto estará<br />

concluído na sua globalidade».<br />

Para além destes dois empreendimentos na<br />

região algarvia, o Grupo CS também está a investir<br />

no segmento do imobiliário residencial<br />

turístico nas regiões do Alentejo e do Douro.


O líder no aluguer de casas para férias entre particulares na Internet apresenta<br />

já resultados positivos para a época, ainda alguns meses antes do Verão.<br />

De facto, mais de 170.000 pedidos de aluguer são enviados cada mês, por<br />

e-mail, aos proprietários inscritos no site Homelidays.com. Portugal é um dos<br />

destinos mais requisitados este ano: mais de 75.000 pesquisas são efectuadas<br />

para este destino – 7 vezes mais do que em 2005!<br />

O site de alojamentos para férias compromete-se com os proprietários: 30<br />

dias de ensaio, satisfeito ou reembolsado. Se o proprietário não receber nenhum<br />

e-mail por parte de inquilinos durante os primeiros 30 dias de publicação<br />

do seu anúncio, a Homelidays reembolsa a totalidade da quantia paga<br />

pela fórmula de assinatura.<br />

98% dos proprietários estão satisfeitos com os alugueres efectuados através<br />

da Homelidays.<br />

As vantagens detectadas pelos membros<br />

A forte visibilidade dos seus anúncios – 80.000 pessoas vêm cada dia preparar<br />

as suas férias ou curtas estadias na Homelidays: mais de 2.000.000 de<br />

pessoas por mês.<br />

Um serviço eficaz e de qualidade – 7 anos de experiência no aluguer para férias,<br />

um posicionamento internacional: cerca de 70% da audiência é internacional.<br />

A audiência internacional permite aos arrendadores aumentar o número de<br />

reservas e melhorar a rentabilidade do aluguer:<br />

�<br />

�<br />

Mais feriados, fins-de-semana prolongados, calendários escolares dife-<br />

rentes: Aumentar a época alta & melhorar os lucros dos arrendadores<br />

em época baixa<br />

Reservas com antecipação ou de última hora, cada país tem os seus hábitos:<br />

os arrendadores podem, assim, proteger-se contra cancelamentos tardios<br />

A publicação do anúncio é personalizada:<br />

� Descrição detalhada<br />

� 10 fotos<br />

� Calendário de disponibilidades e preços<br />

� A tradução automática do site em 7 línguas: Português, Francês, Espanhol,<br />

Inglês, Italiano, Alemão e Holandês.<br />

� A actualização do anúncio é ilimitada e gratuita<br />

Um espaço pessoal para os proprietários permite conservar todos os pedidos<br />

de aluguer recebidos por e-mail e seguir as estatísticas de consulta do<br />

anúncio<br />

A confiança e a satisfação dos proprietários – 35.000 proprietários confiam<br />

na Homelidays<br />

Uma melhor rentabilidade no aluguer para férias – a Homelidays gerou mais<br />

de 200.000 reservas em 2006<br />

170.000 pedidos de aluguer foram enviados aos arrendadores em Abril de 2007.<br />

Razões de sobra para destacar o seu alojamento sazonal, no site www.homelidays.pt,<br />

ao passar pela revista VIDA IMOBILIARIA, o site de alojamentos para<br />

férias oferece 2 meses de ensaio grátis aos nossos leitores.<br />

PUBLIREPORTAGEM<br />

A empresa de aluguer entre particulares acaba de lançar um novo<br />

site, agregador de ofertas de alojamentos para férias: Villanao.pt<br />

Homelidays.pt duplica<br />

dimensão e audiência<br />

internacional<br />

Sofia Dias é a “embaixadora” portuguesa dos países lusófonos. Na Homelidays.com,<br />

Sofia Dias administra os cerca de 1300 anúncios em língua portuguesa,<br />

validando cada anúncio após leitura do conteúdo e visualização das<br />

fotos. Tem 25 anos, é oriunda de S. Brás de Alportel, no Algarve e vai a Portugal<br />

todos os anos de férias e cada vez mais aquando de Salões do turismo a<br />

decorrer no país. Licenciada em línguas estrangeiras aplicadas em tradução,<br />

pela Sorbonne. “Estou muito satisfeita por representar o meu país e poder<br />

praticar a minha língua diariamente” diz com um sorriso.<br />

Para concluir Sofia Dias acrescenta que espera alcançar para o próximo ano<br />

2008 os 2.000 anúncios em Portugal e desenvolver este destino de férias junto<br />

dos internautas.<br />

A estreia de um novo site, agregador de ofertas<br />

de alojamentos para férias: VILLANAO.com ,<br />

apoiando-se na experiência da Homelidays<br />

Villanao reúne 100.000 ofertas de alojamentos para férias provenientes dos<br />

maiores Operadores Turísticos, residências para férias, agências imobiliárias e<br />

particulares. Villanao oferece actualmente a maior escolha no mercado entre<br />

30 países na Europa e na costa Mediterrânica.<br />

Villanao.pt foi criada em 2006 por Florent Mamelle, fundador de Homelidays.<br />

com. Uma equipa internacional especializada no turismo procura as melhores<br />

ofertas na Europa para propor cada vez mais escolhas.<br />

A facilidade:<br />

� Cerca de 50 critérios para uma pesquisa pormenorizada e eficaz<br />

� Mapas interactivos do Via Michelin para localizar o alojamento ao quilómetro<br />

� Um potente comparador de ofertas de alojamentos para ajudar o internauta<br />

a determinar a sua escolha<br />

� Um site acessível em 7 línguas<br />

A tranquilidade:<br />

� A pesquisa de um alojamento tranquilamente a partir de casa<br />

� “A minha selecção Villanao”: uma pasta pessoal onde as selecções são<br />

conservadas durante meses para que o internauta possa recuperar,<br />

comparar, partilhar com amigos.<br />

Finalmente, Sofia Dias acrescenta que espera ultrapassar no próximo ano para<br />

este novo site: villanao.pt, as 2.000 ofertas de alojamentos em Portugal, desenvolver<br />

parcerias com operadores turísticos e outros especialistas do turismo portugueses,<br />

e desenvolver este destino para férias assim como outras também elas<br />

lusófonas tais como o Brasil, junto de internautas muito brevemente.<br />

www.homelidays.pt & www.villanao.com<br />

Serviço de atendimento ao cliente em português<br />

Telefone : 0033 1.70.75.34.05<br />

69


DOSSIER RESORTS<br />

Com alguma experiência em imobiliário<br />

turístico, a MSF TUR.IM, holding do<br />

Grupo MSF para o imobiliário e turismo,<br />

está a apostar em força no mercado<br />

de resorts, e estima que as vendas<br />

neste segmento possam atingir os 360<br />

milhões de euros nos próximos 8 anos.<br />

MSF aposta no mercado<br />

de resorts e estima<br />

vendas de 360 M�<br />

até 2014<br />

José Fortunato, Administrador da empresa<br />

Em entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, José Fortunato, Administrador<br />

da MSF revelou que a MSF TUR.IM, holding<br />

criada para o mercado imobiliário e turístico,<br />

considera que o mercado de resorts como um sector<br />

estratégico para a empresa, que espera obter com os<br />

projectos nesta área cerca de 360 milhões de euros<br />

de vendas, num prazo que se estende até 2014.<br />

O seu primeiro projecto nesta área é a Marina de<br />

Lagos, iniciada há cerca de uma década e hoje<br />

totalmente concluída. «Fomos responsáveis pelo<br />

projecto, construção, vendas e exploração», sublinha<br />

José Fortunato. Mais recentemente, a empresa<br />

deu inicio a um projecto habitacional que funcionará<br />

em ligação com o empreendimento da Marina<br />

de Lagos. Trata-se da reconversão de um antiga<br />

fábrica de cerâmica num complexo habitacional,<br />

que engloba 50 fogos distribuídos por 3 blocos.<br />

A área bruta do empreendimento será de 8.190<br />

metros quadrados, apresentando o mesmo uma<br />

zona comum com esplanada, piscina, bar e jardim.<br />

A aposta no mercado de resorts tem a ver com o<br />

facto de este ser «um produto muito equilibrado,<br />

que combina a componente de imobiliário com<br />

a de um negócio turístico e hoteleiro que permite<br />

uma visão de mais longo-prazo», refere o<br />

70<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

A MSF está a reconverter em habitação<br />

uma antiga fábrica de cerâmica em Lagos<br />

responsável. Neste momento, a empresa tem em<br />

desenvolvimento um projecto em parceria com o<br />

Grupo Oceânico em Óbidos, um projecto já classificado<br />

de PIN.<br />

Trata-se do empreendimento imobiliário-turístico<br />

Royal Óbidos. Representando um investimento<br />

na ordem dos 160 milhões de euros no concelho<br />

de Óbidos, o projecto inclui um campo de golfe<br />

assinado por Severiano Ballesteros, uma unidade<br />

hoteleira e aldeamentos turísticos de quatro e cinco<br />

estrelas. A construção das infra-estruturas e do<br />

campo de golfe deverá ser iniciada no princípio<br />

de 2008. Implantado numa área de 130 hectares,<br />

o Royal Óbidos prevê a construção de 620 unidades<br />

residenciais e 2.252 camas, cujo desenvolvimento<br />

será dividido em duas fases. A sua oferta<br />

residencial inclui condomínios de apartamentos<br />

com diversas tipologias, desde T1 a T3, para além<br />

de casas geminadas, moradias e aparthotel. Este<br />

empreendimento contempla também a construção<br />

de um variado conjunto de infra-estruturas<br />

de apoio e lazer, que incluem um clubhouse com<br />

equipamentos de lazer, academia de golfe, clube<br />

de ténis, Spa e Health Club, zona desportiva multiusos,<br />

country club com creche e sala de jogos<br />

A empresa está a desenvolver o<br />

Royal Óbidos Spa & Golf Resort em<br />

parceria com a Oceânico<br />

A Marina de Lagos foi o primeiro<br />

projecto na área de turismo<br />

residencial<br />

infantis, cibercafé, biblioteca, restaurante e bar e<br />

zona comercial.<br />

De acordo com José Fortunato, a comercialização<br />

da primeira fase do empreendimento arranca já<br />

em Setembro na Irlanda, onde «a expectativa é<br />

para conseguir logo no lançamento um volume<br />

importante de vendas». Seguir-se-ão os mercados<br />

inglês e português.<br />

Além deste projecto, o grupo tem em carteira um<br />

empreendimento em Évora, numa parceria com<br />

Nuno Camacho, proprietário do Convento do Espinheiro.<br />

De acordo com José Fortunato, este projecto<br />

está ainda dependente de uma operação de<br />

aquisição que poderá ser concluída em breve.<br />

O mercado algarvio está «em estudo», bem como<br />

outras localizações em Portugal, já que, antes do<br />

final do ano, a MSF TUR.IM «gostaria de fazer a<br />

aquisição de um novo projecto em Portugal». O<br />

mercado de resorts internacional está também<br />

nos planos da empresa, que tem já em curso um<br />

projecto de pequena dimensão em Cabo Verde e<br />

que pretende desenvolver novos empreendimentos<br />

neste arquipélago africano, bem como avançar<br />

com um projecto na Europa do Leste, onde estão<br />

em estudo algumas oportunidades.


DOSSIER RESORTS<br />

Terceira fase do Bom Sucesso<br />

arranca no início de 2008<br />

72<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

O Bom Sucesso – Design Resort, Leisure, Golf & Spa, localizado<br />

na região Oeste, iniciará em breve a construção da sua terceira<br />

fase, dada a «reacção do mercado ao lançamento das duas<br />

primeiras», afirmou Gonçalo Castelo Branco, administrador da<br />

Acordo, que promove o complexo.<br />

Boa performance comercial dinamiza desenvolvimento do complexo<br />

O balanço que este responsável faz ao desempenho<br />

comercial do empreendimento<br />

até ao momento é «o melhor possível». Iniciada<br />

em 2005, a comercialização do Bom<br />

Sucesso, na sua primeira fase, «esgotou as<br />

360 unidades um ano depois». Em Abril de<br />

2006 foi lançada a segunda fase, com 240<br />

unidades, tendo já sido comercializadas 150.<br />

«No total de 600 unidades, já vendemos<br />

510», afirmou Gonçalo Castelo Branco.<br />

Desta forma, «a reacção do mercado na segunda<br />

fase mostrou que as moradias em<br />

banda tiveram mais procura que as individuais,<br />

pois estão associadas a um regime de<br />

arrendamento e exploração turística, particularmente<br />

nos mercados internacionais,<br />

que representam cerca de 70% das reservas<br />

de compra». Por outro lado, «continuamos<br />

a ter um ritmo muito interessante do mercado<br />

nacional, pois das aproximadamente<br />

500 unidades vendidas, cerca de 200 correspondem<br />

ao mercado português». Em Junho<br />

de 2008 estarão concluídas as primeiras habitações<br />

do empreendimento. Já o campo<br />

de golfe de 18 buracos estará concluído e<br />

jogável em Março do próximo ano.<br />

A terceira fase, que tem a designação ainda<br />

provisória de Aldeamento da Floresta, deverá ter início em 2008, contando<br />

com 250 unidades de habitação, para além de campo de golfe com 9 buracos<br />

e um jardim histórico. Uma quarta fase terá início cerca de um ano depois.<br />

«Até final de 2009, 80% do empreendimento estará concluído, pois a<br />

construção das moradias em banda é da nossa responsabilidade. Mesmo<br />

quanto às moradias individuais, a construção terá que começar até Dezembro<br />

de 2010», revelou Gonçalo Castelo Branco. Quanto à unidade hoteleira<br />

de cinco estrelas projectada para o empreendimento, o administrador da<br />

Acordo referiu que «estamos em negociações com uma cadeia internacional<br />

para a celebração de um acordo de gestão, sendo que o anúncio<br />

será feito depois do Verão». Neste sentido, todo o empreendimento deverá<br />

estar concluído por volta de 2014/2015. Recorde-se que a área total do<br />

empreendimento ronda os 266 hectares,<br />

representando um investimento global de<br />

390 milhões de euros (M�)<br />

Mercados internacionais<br />

em expansão<br />

O bom desempenho do empreendimento<br />

junto dos mercados internacionais levou os<br />

seus responsáveis a procurar novos países<br />

para promoção, como seja a Alemanha. «Em<br />

Maio de 2005 arrancámos com a promoção<br />

do empreendimento no Reino Unido e Irlan-<br />

Projecto do arquitecto português Carlos Prata<br />

da e, mais tarde, em Espanha. Seguiram-se a<br />

Holanda, Bélgica e Dinamarca. A breve prazo,<br />

entraremos no mercado alemão». A estratégia<br />

comercial passa por estabelecer parcerias<br />

com agentes relevantes desses mercados,<br />

«excepto no Reino Unido, onde actuamos,<br />

desde há pouco tempo, de forma directa». A<br />

Acordo pretende mesmo abrir um escritório<br />

em Londres no próximo mês de Agosto. A<br />

empresa fez recentemente uma apresentação<br />

na Holanda com «muito bons resultados»,<br />

disse Gonçalo Castelo Branco.<br />

Projecto do arquitecto David Chipperfield O mercado português, por seu lado, e apesar<br />

do peso que detém no volume de transacções<br />

do Bom Sucesso, não será alvo de<br />

uma promoção particular, «uma vez que se trata de um empreendimento<br />

que, dada a sua localização e o nome dos arquitectos que o projectou, tem<br />

registado um grande sucesso junto do público nacional». No entanto, continuou,<br />

Portugal «será um mercado muito interessante quando estiverem concluídos<br />

o hotel e as moradias em banda, com a dinamização da exploração<br />

turística consequente». A empresa encontra-se actualmente a analisar várias<br />

oportunidades no segmento do turismo residencial, pois «foi onde fizemos a<br />

nossa aprendizagem e temos estruturada uma rede internacional de vendas,<br />

com um conceito inovador mas similar». Quanto a localizações, «desde o Algarve,<br />

passando pela Costa Vicentina até ao norte do país, estamos a procurar<br />

oportunidades para um projecto de qualidade, indo ao encontro do que<br />

sabemos e do que a nossa rede de clientes pretende», concluiu.


DOSSIER RESORTS<br />

Vale Pisão antecipa lançamento<br />

da segunda fase de vendas<br />

Pedro Sottomayor, Administrador da Norte Golfe, revela<br />

Para Pedro Sottomayor, esta antecipação «demonstra o sucesso de vendas»<br />

da primeira fase do resort, que está, no momento, com mais de 80% da oferta<br />

colocada, uma oferta que totaliza as 128 unidades habitacionais. A segunda<br />

fase de vendas coloca no mercado cerca de mais 130 fogos e apresenta já<br />

«uma valorização de cerca de 10% face aos produtos vendidos na fase anterior»,<br />

revelou o Administrador da empresa promotora do resort. De acordo<br />

com o mesmo responsável, as duas primeiras fases – resta ainda uma terceira<br />

fase de vendas – têm como principal público-alvo o mercado português, sendo<br />

que, apenas na última fase, se realizarão acções dirigidas aos mercados<br />

estrangeiros, nomeadamente irlandês, inglês, alemão e nórdico.<br />

Segundo o promotor, o Vale Pisão Nature Resort, a ser construído e comercializado<br />

em três fases, representa um investimento total de 100 milhões de<br />

Euros que originará receitas que deverão atingir os 120 milhões de Euros. Localizado<br />

a norte da cidade do Porto e a sul de Sto. Tirso, o Vale Pisão apresenta<br />

74<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

o conceito inovador de Nature Resort que foi criado de forma a oferecer aos<br />

seus residentes proximidade com a natureza e os benefícios de uma vida<br />

saudável, tranquila e segura. A primeira fase do empreendimento cuja construção<br />

teve início em Junho de 2006 e tem a conclusão prevista para Julho<br />

de 2008. Nesta fase serão construídas 128 moradias, o clubhouse e o campo<br />

de golfe; a segunda fase, que integra igualmente moradias, hotel de charme,<br />

Spa e a área comercial, iniciará a construção em Julho de 2008, e deverá estar<br />

concluída 12 meses depois; a terceira fase do Vale Pisão, com habitação unifamiliar,<br />

terá início em Julho de 2009 e será concluída em Julho de 2010.<br />

Recentemente, as empresas promotoras do Vale Pisão assinaram um protocolo<br />

com a Câmara de Stº Tirso que resultará na construção de escolas, um<br />

aparthotel, um Hotel e Centro de Congressos e um imóvel destinado a um<br />

clube de saúde e ainda o alargamento e beneficiação da estrada municipal e<br />

respectivas infra-estruturas, que farão a ligação à Estrada Nacional 105


DOSSIER RESORTS<br />

Pestana lança marca para a<br />

área de imobiliário turístico<br />

Por isso mesmo, a parceria entre promotores<br />

e hoteleiros que concordem com este modelo<br />

é uma oportunidade que deve ser explorada,<br />

defende o Administrador do Pestana Residence.<br />

José Roquette explica que «o primeiro<br />

passo é a localização, mas o último é sem<br />

dúvida, a prestação de serviços associados<br />

ao imobiliário» e que «a compra de habitação<br />

Pestana Palace, um<br />

dos hotéis mais<br />

emblemáticos do<br />

Grupo Pestana<br />

76<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

O Grupo Pestana lançou recentemente o Pestana<br />

Residence, marca criada para o desenvolvimento de<br />

projectos de imobiliário turístico e turismo residencial.<br />

José Roquette, Administrador do Pestana Residence,<br />

destacou a importância de garantir serviço em<br />

projectos desta natureza, pois «a continuidade do<br />

empreendimento e a consistência global do projecto<br />

assim o exigem», defende.<br />

turística deve estar associada a um serviço turístico»,<br />

pois só assim se consegue ligar «lazer<br />

e rendimento» e promover turismo residencial<br />

de qualidade.<br />

Portugal e o Brasil são, para já, os países preferenciais<br />

para o desenvolvimento de projectos<br />

com a chancela Pestana Residence, que aposta<br />

em três pilares importantes: escolha de localizações<br />

privilegiadas e diversificadas, em projectos<br />

com potencial de valorização; a experiência de<br />

gestão da marca hoteleira associada; e a qualidade<br />

de serviço inerente e a credibilidade empresarial,<br />

competência de gestão e solidez do<br />

grupo que os desenvolve e que neles permanece<br />

como investidor.<br />

Brasil acolhe primeiros projectos<br />

Os primeiros projectos a lançar sob a marca<br />

«Pestana Residence» são o Pestana Ipojuca Beach<br />

Resort & Bungalows, em Porto Galinhas, e o<br />

Bahia Lodge Residence, em Salvador da Bahia.<br />

Integrados em complexos hoteleiros de quatro<br />

e cinco estrelas, ambos os empreendimentos<br />

permitem o usufruto de todos os serviços e facilities<br />

destas unidades hoteleiras. Ao adquirir<br />

apartamentos, bungalows ou moradias nestes<br />

complexos, o investidor poderá confiar ao Grupo<br />

Pestana a exploração turística do seu activo<br />

(do qual beneficia de uso gratuito durante três<br />

semanas), sendo que o Grupo garante um rendimento<br />

mínimo de 6% durante os primeiros<br />

cinco anos do investimento.<br />

O Bahia Lodge Residence oferece 100 apartamentos<br />

de luxo, integrados no complexo que<br />

inclui o hotel de cinco estrelas Pestana Bahia.<br />

O Pestana Ipojuca inclui uma unidade hoteleira<br />

de cinco estrelas com 120 quartos, além de 80 a<br />

100 bungalows familiares com tipologias entre<br />

o T1 e o T3, estando a total conclusão do empreendimento<br />

prevista para o final de 2008.<br />

De acordo com José Roquette, outras localizações<br />

brasileiras onde o Grupo Pestana está já presente<br />

com hotelaria – nomeadamente São Luís, Natal<br />

e Angra dos Reis – poderá também ser alvo de<br />

investimento numa segunda fase de desenvolvimento<br />

de projectos com a marca Pestana Residence,<br />

uma lógica igualmente possível de ser<br />

aplicada noutros mercados internacionais<br />

Algarve, Tróia e Porto Santo são os<br />

destinos portugueses<br />

Para além do Brasil, os projectos Pestana Residence<br />

incluem ainda o Algarve, Tróia e Porto<br />

Santo. O projecto do Grupo já existente no<br />

Carvoeiro irá acolher um projecto Pestana Residence,<br />

e os futuros projectos Pestana em Silves,<br />

Tróia e Porto Santo irão também integrar uma<br />

componente imobiliária.<br />

Quanto aos públicos alvo para a venda de<br />

projectos de turismo residencial em Portugal,<br />

José Roquette explicou à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong><br />

que tudo dependerá das localizações dos<br />

projectos. Desta forma, no Algarve faz sentido<br />

abordar os públicos oriundos de Inglaterra,<br />

Alemanha, Irlanda, bem como, numa perspectiva<br />

de diversificação da procura do Algarve,<br />

um público escandinavo. Já no que se refere a<br />

Tróia, José Roquette pensa que os portugueses<br />

e os espanhóis possam ser os principais<br />

compradores de segunda habitação.


DOSSIER RESORTS<br />

Vendas da Lusort em Vilamoura<br />

acima das expectativas<br />

78<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

Em entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>,<br />

Reinaldo Teixeira, Administrador<br />

da Garvetur, empresa que é<br />

responsável por toda a assessoria<br />

em termos de projecto e de<br />

comercialização dos produtos da<br />

Lusort em Vilamoura, revelou que<br />

«as vendas para os produtos em<br />

comercialização foram acima das<br />

expectativas».<br />

Reinaldo Teixeira, Administrador da Garvetur, revela<br />

Na perspectiva do responsável, esta boa performance<br />

deve-se ao facto de «haver uma maior<br />

apetência e motivação para estes produtos, que<br />

apresentam elevados padrões de qualidade e<br />

o facto de serem em Vilamoura, agregados ao<br />

conjunto de infra-estruturas e factores como a<br />

segurança, hospitalidade e qualidade ambiental<br />

são determinantes para a decisão de investimento».<br />

Neste momento, a Garvetur está a comercializar<br />

quatro empreendimentos e prevê arrancar<br />

com a comercialização de um novo produto<br />

em Outubro, por altura do Salão Imobiliário<br />

de Lisboa. Neste momento, estão em venda a<br />

segunda fase do Monte Laguna – localizado<br />

no campo de golfe Millennium –; o empreendimento<br />

Victoria Gardens – junto aos campos<br />

de golfe Victoria e Millennium e que inclui 48<br />

apartamentos e 8 moradias em banda –; e o empreendimento<br />

Sunset Vilas, inserido no Vila Sol<br />

SPA & Golf Resort. Mais recentemente – no final<br />

de Junho – teve lugar o lançamento do «Orangerie»,<br />

junto ao Victoria Clube de Golfe. Trata-se<br />

de um conjunto de 93 unidades, a desenvolver<br />

em duas fases (a primeira com 61 unidades).<br />

O empreendimento «Cidade Lacustre» será o<br />

próximo projecto a ser lançado comercialmente.<br />

De acordo com Reinaldo Teixeira, «Trata-se de<br />

uma obra que envolve um espelho de água de<br />

cerca de 30 hectares e está neste momento em<br />

fase muito adiantada de execução». O mesmo<br />

responsável considera que este projecto será<br />

certamente um factor de valorização de todo o<br />

resort de Vilamoura e mesmo do Algarve». Será<br />

constituído por áreas comerciais, restaurantes,<br />

Reinaldo Teixeira, Administrador da Garvetur<br />

A Garvetur é responsável pela comercialização de<br />

todos os produtos da Lusort em Vilamoura<br />

bares, zonas de entretenimento, infra-estruturas<br />

marítimas para cerca de 150 embarcações,<br />

além de uma oferta residencial composta por<br />

moradias, apartamentos e dois empreendimentos<br />

turísticos.<br />

Comprador de imobiliário no<br />

Algarve mais exigente<br />

Reinaldo Teixeira defende que, desde o abrandamento<br />

das vendas a portugueses em 2004, o<br />

Algarve voltou a conquistar os portugueses e o<br />

Administrador da Garvetur, que oferece produtos<br />

para todos os gostos na região algarvia (des-<br />

de terrenos, casas rústicas, quintas e herdades,<br />

apartamentos, moradias, comércio e indústria<br />

na faixa litoral, ao barrocal e serra), afirma, desde<br />

então, sentir «uma maior confiança na recuperação<br />

do mercado». Vários empreendimentos<br />

de qualidade estão a ser lançados, face a «um<br />

cliente muito mais esclarecido e conhecedor do<br />

que procura, exigindo em simultâneo qualidade<br />

no produto. Isso tem obrigado os promotores<br />

e outros intervenientes da cadeia de valor<br />

do imobiliário a preocupar-se muito mais com<br />

os níveis de qualidade dos seus produtos». Por<br />

isso, «o principal investidor em segunda habitação<br />

no Algarve continuam a ser os portugueses,<br />

incluindo os residentes no estrangeiro».<br />

Mas os estrangeiros não abrandaram a compra<br />

de propriedades no Algarve. De facto, nos<br />

últimos anos, «o crescimento de investidores<br />

estrangeiros tem sido muito mais significativo,<br />

quer para habitação quer para comércio, no litoral<br />

e no interior», refere Reinaldo Teixeira. Neste<br />

âmbito, Reino Unido, Irlanda, Alemanha e Holanda<br />

e, mas recentemente, os Países Nórdicos,<br />

sãos os principais compradores estrangeiros de<br />

imobiliário na região algarvia. O mercado espanhol<br />

tem vindo também a crescer neste âmbito.<br />

Quanto à oferta de novos resorts, Reinaldo Teixeira<br />

considera que o mercado tem capacidade<br />

de absorção para o que está planeado, uma vez<br />

que «falamos de resorts de grande qualidade<br />

com garantia de boa prestação de serviços, quer<br />

em termos de gestão de condomínios quer em<br />

termos de gestão hoteleira, trazendo mais valias<br />

aos empreendimentos em termos de rentabilidade,<br />

valorização e qualidade de vida.


DOSSIER RESORTS<br />

Grupo Altis reforça aposta em<br />

Lisboa com novo hotel em Belém<br />

80<br />

VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />

O Grupo hoteleiro português Altis volta a apostar em<br />

Lisboa. Numa localização privilegiada, junto à Doca do<br />

Bom Sucesso e entre a Torre de Belém e o Padrão dos<br />

Descobrimentos, estão já a decorrer os trabalhos de<br />

construção do hotel Altis Belém, um hotel de design<br />

com 44 quartos e suites. Com um investimento avaliado<br />

em 15 milhões de euros, este projecto está integrado<br />

no projecto de requalificação da zona ribeirinha do<br />

Porto de Lisboa, e resulta da cooperação entre o grupo<br />

Altis e várias entidades públicas, com destaque para a<br />

Administração do Porto de Lisboa.<br />

Entre a Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos<br />

Num terreno concessionado pela Administração<br />

do Porto de Lisboa, o Altis Belém será um<br />

«hotel de resort na cidade, integrado numa zona<br />

de turismo e cultura por excelência». Os responsáveis<br />

do grupo português pretendem que este<br />

hotel venha marcar uma nova era da oferta hoteleira<br />

da cidade de Lisboa. Durante a cerimónia<br />

de lançamento da primeira pedra do edifício,<br />

que decorreu no início de Maio, o secretário de<br />

Estado do Turismo, Bernardo Trindade, afirmou<br />

que «este é um projecto que vem requalificar a<br />

oferta turística da cidade de Lisboa, para além de<br />

melhorar a imagem do turismo português».<br />

Com design exclusivamente português, o projecto<br />

de arquitectura tem a assinatura de Manuel<br />

Salgado, e os interiores são da autoria de<br />

Fernando Sanchéz Salvador e Margarida Grácio<br />

Nunes. De acordo com o arquitecto Tomás<br />

Salgado, do atelier Risco (liderado por Manuel<br />

Salgado), «uma das principais preocupações durante<br />

a concepção deste projecto teve a ver com<br />

a volumetria. Procurou-se manter as vistas da cidade<br />

e da marginal para o rio e para a Torre de<br />

Belém e o Padrão dos Descobrimentos. Por isso, no<br />

final optámos por alinhar o edifício com o Museu<br />

de Arte Popular».<br />

Para além da oferta a nível de alojamentos, este<br />

empreendimento irá acolher um vasto conjunto<br />

de infra-estruturas de lazer, que incluem um<br />

restaurante de cozinha de autor, um bar lounge,<br />

cafetaria com esplanada, Spa e piscina, salas de<br />

reuniões e lojas.<br />

Quatro novos hotéis<br />

com a marca Altis<br />

Fundada na década de 1970, a cadeia Altis Hotels<br />

Portugal é gerida pelo seu fundador, Fernando<br />

Martins e seus filhos. Actualmente, o grupo<br />

conta com três unidades de 4 e 5 estrelas em<br />

funcionamento, localizadas em áreas privilegiadas<br />

na cidade de Lisboa, com uma oferta que<br />

totaliza as 1.200 camas. A curto e médio prazo,<br />

os planos de crescimento do grupo português<br />

contemplam a abertura de quatro novos hotéis:<br />

o Altis Belém, o Altis Avenida, o Altis Prime e o<br />

Altis Marquês.<br />

A actividade do grupo iniciou-se com a abertura<br />

do Hotel Altis, em 1973, uma unidade de cinco<br />

estrelas situada na rua Castilho. Este hotel foi projectado<br />

por Fernando Miranda e Daciano Costa,<br />

que foram, respectivamente, o arquitecto e o designer<br />

de interiores, e disponibiliza 303 quartos<br />

e suites. Em 1994, a cadeia inaugurou a segunda<br />

unidade na capital portuguesa: o Altis Park Hotel,<br />

um quatro estrelas moderno com uma oferta de<br />

300 quartos, localizado no empreendimento da<br />

Encosta das Olaias. Este hotel destaca-se pela sua<br />

arquitectura moderna e pelos seus interiores, que<br />

albergam obras de artistas plásticos nacionais<br />

como José de Guimarães e Luís Pinto Coelho.<br />

Quatro anos mais tarde, foi inaugurado o Altis Suites.<br />

Situadas ao lado do Hotel Altis, trata-se de um<br />

empreendimento com 42 apartamentos de luxo,<br />

sendo dois T2 e os restantes T1, totalmente equipados<br />

e cujos utentes beneficiam dos serviços do<br />

hotel Altis.<br />

O Altis Belém é a nova aposta da cadeia<br />

hoteleira portuguesa em Belém.<br />

O investimento ascende a 15 M�


Six Senses Resorts & Spas<br />

estreia-se no mercado português<br />

Uma das mais exclusivas e luxuosas marcas hoteleiras,<br />

a Six Senses Resorts & Spas irá estrearse<br />

em Portugal com o «Corte Velho by Six Senses»,<br />

descrito pelos seus promotores como «um<br />

Boutique Resort seis estrelas, que inclui três hotéis,<br />

spa, golfe e turismo residencial». Este empreendimento<br />

será erguido no lugar de Azinhal, em<br />

Castro Marim, descrito por Sonu Shivadasani<br />

como sendo «o lado mais atraente do Algarve,<br />

por ainda conservar o charme do clima mediterrânico».<br />

Promovido por uma joint-venture entre a Corte<br />

Velho Lda e a Six Senses Resorts & Spas, o projecto<br />

Corte Velho localiza-se em pleno Sotavento Algarvio,<br />

num terreno com uma área total de aproximadamente<br />

135 hectares, contíguos ao rio Guadiana<br />

e a cerca de 16 quilómetros da linha costeira, e<br />

que apresentará uma densidade de construção<br />

de apenas 1%. A área a urbanizar ocupará apenas<br />

32,6 hectares.<br />

Segundo explicou Andrew Coutts, Assistant Manager<br />

da Corte Velho Lda, que também esteve presente<br />

O grupo hoteleiro internacional Six Senses está a preparar a sua<br />

entrada no mercado português, com o projecto «Corte Velho by Six<br />

Senses», que representa um investimento global na ordem dos 200<br />

milhões de euros e prevê a criação de mais de 600 postos de trabalho<br />

directos e indirectos. O fundador da marca, Sonu Shivdasani, esteve em<br />

Portugal durante o mês de Maio, onde falou com os jornalistas acerca<br />

da sua empresa e dos seus projectos mais recentes, com destaque para<br />

o Corte Velho, localizado na região do Algarve.<br />

na sessão de apresentação, «os programas de projecto<br />

e de construção da Six Senses são muito exigentes»,<br />

e à semelhança de todos os resorts que ostentam a<br />

marca, este empreendimento também será desenvolvido<br />

dentro dos critérios e standards ambientais<br />

e económicos do grupo hoteleiro.<br />

Terraforma e WATG são os<br />

responsáveis pelo novo Master-Plan<br />

Recorde-se que o projecto do Corte Velho foi<br />

chumbado em meados do ano passado, e o parecer<br />

desfavorável do Estudo de Impacto Ambiental,<br />

levou os promotores a reformularem o Master<br />

Plan do resort. A nova versão do Master-Plan está<br />

a cargo da Terraforma – Professor Paulo Correia e<br />

da WATG (Wimberly Alison Tong & Goo), gabinete<br />

internacional especializado em conceito, arquitectura<br />

e planeamento de alguns dos mais conceituados<br />

hotéis e resorts do mundo.<br />

Andrew Coutts contou que «prevemos ter um<br />

parecer positivo acerca do Estudo de Impacto Ambiental<br />

e o projecto aprovado até ao final de 2007».<br />

Um dos resorts da Six Senses, nas Maldivas<br />

Este responsável explicou que «depois, será preciso<br />

pelo menos mais um ano para definir o projecto<br />

de arquitectura». Entre os arquitectos convidados<br />

a participar neste projecto, incluem-se nomes<br />

portugueses como José Baganha, Souto Moura<br />

e Aires Mateus. Os promotores contaram ainda<br />

que «será dado privilégio a projectos que recorram<br />

ao uso de materiais locais e naturais, como rocha e<br />

pedras, com vista a integrar os edifícios com a paisagem».<br />

Os arquitectos Arthur Hills & Steve Forrest<br />

serão os responsáveis pelo projecto do campo de<br />

golfe de 18 buracos.<br />

O início dos trabalhos de construção ainda não<br />

tem uma data definida, e «se conseguirmos avançar<br />

com as obras das primeiras infra-estruturas no<br />

início de 2009, ficaremos muito contentes», disse o<br />

Assistant Manager da Corte Velho.<br />

De sublinhar que todo o empreendimento Corte<br />

Velho será auditado pela Audubon International,<br />

com vista à obtenção da certificação ambiental<br />

máxima internacional de «Gold Signature Sanctuary<br />

Resort».<br />

81


82<br />

ANÁLISE IMOBILIÁRIA<br />

A principal feira de<br />

imobiliário em Espanha, e<br />

uma das maiores da Europa,<br />

a nona edição do Salão<br />

Imobiliário de Madrid (SIMA)<br />

realizou-se entre os dias 29<br />

de Maio e 2 de Junho, no<br />

Parque Juan Carlos I, na<br />

capital espanhola. Mais uma<br />

vez, o salão voltou a bater<br />

recordes, quer ao nível de<br />

visitantes, quer ao nível dos<br />

expositores presentes, entre<br />

outros aspectos.<br />

Salão Imobiliário de<br />

Madrid volta a bater<br />

recordes em 2007<br />

Uma das maiores<br />

feiras imobiliárias<br />

da Europa<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Pelo segundo ano consecutivo, o Salão Imobiliário<br />

de Madrid ultrapassou a barreira dos<br />

150 mil visitantes. Durante os cinco dias de<br />

feira, o certame registou um total de 159.827<br />

visitantes, um valor 1,9% acima do regista-<br />

do na edição de 2006. Destes, 138.017, mais<br />

0,7% do que na edição anterior, corresponderam<br />

a público final, e 21.810 eram visitantes<br />

profissionais, num crescimento de 9,9%<br />

em relação a 2006.<br />

Para o director deste evento, Eloy Bohúa, «é<br />

inquestionável que o SIMA conseguiu manter<br />

o número e a qualidade dos seus visitantes»,<br />

considerando que este é «o local privilegiado<br />

para se estabelecerem contactos entre profissionais<br />

nacionais e internacionais do sector<br />

imobiliário».<br />

O número de expositores também bateu<br />

recordes. No total, foram 800 os expositores<br />

que participaram neste evento, distribuídos<br />

por uma área útil de exposição 20% maior<br />

do que na edição do ano passado, com<br />

57.000 m² distribuídos pelos seis pavilhões<br />

do Parque Juan Carlos I.<br />

JULHO 2007<br />

Este ano, o Salão Imobiliário de Madrid recebeu cerca de 160 mil visitantes<br />

Este ano, o tamanho médio de cada stand<br />

contratado no SIMA foi de 178 m², um crescimento<br />

de 34% em relação ao SIMA06, quando<br />

a área média foi de 132 m². Na Área Geral,<br />

a área de um stand médio também aumentou<br />

em 24%, chegando aos 191 m².<br />

Esta é uma tendência que se vem generalizando<br />

ao longo das últimas edições do certame,<br />

e que parece resultar de «uma maior<br />

aposta, pela parte das empresas presentes, em<br />

chamarem a atenção do público para os seus<br />

stands», que marcam pela «espectacularidade<br />

e pela complexidade dos seus desenhos»,<br />

adiantou Eloy Bohúa.<br />

Inmotur foi a área que registou o<br />

maior crescimento<br />

À semelhança de anos anteriores, a área da<br />

feira que registou o maior crescimento foi<br />

o Inmotur, dedicada ao sector de habitação<br />

turística, e que se realizou no âmbito do<br />

SIMA. Em 2007, a superfície bruta de exposição<br />

desta área ascendeu aos 18.423 m², num<br />

crescimento de 17% em relação à edição anterior.<br />

No total, foram colocadas para venda 135.567<br />

unidades de segunda habitação, que representaram<br />

53% da oferta total do SIMA07 e<br />

que supõem um crescimento de 18% face às<br />

116.000 unidades disponibilizadas na edição<br />

do ano passado.<br />

Segundo a informação disponibilizada pela<br />

organização, os dados finais da Inmotur Internacional<br />

são bastante significativos, com<br />

2.194 m² de área de exposição, ocupando<br />

12% do espaço Inmotur, e num crescimento<br />

de 121% em relação a 2006. Além disto, o


Inauguração oficial do SIMA07<br />

número de unidades habitacionais turísticas no estrangeiro<br />

ali colocadas para comercialização quadriplicou, ascendendo<br />

a 45.000, contra as 10.838 unidades apresentadas na oitava<br />

edição.<br />

Campanhas profissionais foram uma constante<br />

ao longo dos cinco dias da feira<br />

Como já vem sendo hábito, as campanhas profissionais foram<br />

uma constante ao longo dos cinco dias do SIMA 2007. As estratégias<br />

de marketing escolhidas pelas empresas expositores<br />

foram bastante variadas, e, em muitos casos com recurso a<br />

soluções bastante originais.<br />

Desde a entrega gratuita de carros topo de gama aos compradores<br />

de moradias, até descontos de dois pontos na taxa<br />

Euribor para novos contratos de crédito à habitação, tudo parecia<br />

servir para «convencer» os clientes a comprar uma das<br />

257.918 unidades habitacionais que estiveram em comercialização<br />

durante o certame. Este valor representa um crescimento<br />

na ordem dos 38% em relação ao ano anterior.<br />

Muitas destas campanhas tiveram lugar na Inmotur, que decorreu<br />

no âmbito do SIMA, e que era dedicada ao turismo residencial.<br />

Em geral, o balanço geral dos expositores parece ser positivo.<br />

«Estamos muito satisfeitos com os resultados que alcançámos,<br />

assim como com as vendas que efectuámos durante o SIMA»,<br />

afirmou Maria Vinals, directora comercial a promotora Ibercom.<br />

Esta é uma opinião partilhada por Maria José Molina,<br />

directora de marketing da Calidona, que contou que «nesta<br />

edição tivemos mais reservas e a nossa presença naquela que é<br />

a maior feira de imobiliário do mundo ajudou-nos a consolidar<br />

a marca».<br />

Mais expositores com produtos<br />

não-residenciais<br />

Embora o segmento habitacional tenha estado em destaque,<br />

o número de expositores que apresentaram a sua oferta de<br />

espaços comerciais, escritórios, naves industriais, hotéis e solo<br />

83


A Sonae Turismo<br />

apresentou o Tróia<br />

Resort em Madrid<br />

Vista do stand da<br />

portuguesa Orchidea<br />

84<br />

ANÁLISE IMOBILIÁRIA<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

no SIMA07 também cresceu face a 2006, num<br />

aumento de 16%. A oferta de escritórios foi<br />

a que registou o maior crescimento no segmento<br />

não residencial, totalizando 41 expositores,<br />

que apresentaram 112 projectos.<br />

Por outro lado, este ano a oferta de naves<br />

industriais era 65% superior à apresentada<br />

no SIMA06, e a oferta de espaços comerciais<br />

também registou um crescimento de 19%.<br />

Além disto, na nona edição do Salão Imobiliário<br />

de Madrid foram colocados para comercialização<br />

31 hotéis, com um total de 3.034<br />

unidades de alojamento, e dos quais cerca<br />

de 50% correspondem a unidades de quatro<br />

estrelas.<br />

Presença de empresas e visitantes<br />

internacionais também aumentou<br />

em 2007<br />

Tendo tudo isto em conta, é evidente que<br />

carácter cada vez mais internacional desta<br />

feira foi outra das notas dominantes. A edição<br />

de 2007 «contou com a presença de 120<br />

empresas estrangeiras e duplicámos o número<br />

de visitantes internacionais», referiu o director<br />

do SIMA.<br />

Para além dos expositores e visitantes internacionais,<br />

profissionais de mais de 50 países<br />

estiveram presentes no ciclo de conferências<br />

que decorreu em paralelo com o Salão<br />

Imobiliário de Madrid.<br />

«Dentro da Europa, e sobretudo fora dela, o<br />

SIMA é uma referência para os profissionais<br />

do imobiliário. O Programa Internacional dá a<br />

oportunidade aos visitantes de aprender com<br />

as experiências de cada um e de fazer negócio»,<br />

comentou Frans Burgering, presidente<br />

JULHO 2007<br />

A Lusort promoveu Vilamoura na capital espanhola<br />

do Conselho Europeu de Profissionais Imobiliários.<br />

A edição deste ano do Programa Internacional<br />

de Conferências, organizado pelo SIMA,<br />

em conjunto com a National Association of<br />

Realtor e com a Confederação Europeia do<br />

Sector Imobiliário (CEI), contou com a presença<br />

do Conselho Europeu de Profissionais<br />

Imobiliários (CEPI).<br />

Portugueses apostam no SIMA<br />

De acordo com a Organização, Portugal foi<br />

um dos países com maior representação no<br />

SIMA. A SRU Porto Vivo foi uma das instituições<br />

presentes no certame. «Viemos integrados<br />

num projecto da Área Metropolitana do<br />

Porto, e dos nossos principais objectivos é dar<br />

a conhecer o projecto de reabilitação urbana<br />

na Baixa do Porto e captar investimento espanhol»,<br />

disse o presidente da Comissão Executiva<br />

da Porto Vivo, Joaquim Branco. Segundo<br />

este responsável, «pudemos confirmar, através<br />

dos contactos que temos tido, que existe<br />

um conjunto de investidores espanhóis muito<br />

interessados em investir na Baixa do Porto».<br />

Desta forma, «o balanço é muito positivo, e<br />

iremos voltar a esta feira com projectos mais<br />

concretos, tendo em conta a forte vertente comercial<br />

deste Salão, mas também o facto de o<br />

mercado espanhol estar cada vez mais voltado<br />

para o exterior».<br />

Outra das instituições portuguesas representadas<br />

foi a Câmara Municipal de Vila Nova<br />

de Gaia. O presidente da autarquia, Luís Filipe<br />

Menezes, explicou que a participação no<br />

SIMA visou «dar continuidade a uma presença<br />

que temos tido em várias cidades espanho-


O Grande Porto esteve em destaque<br />

las e em vários mercados europeus. De facto, aqui em Madrid já<br />

temos ligações consolidadas com alguns grupos empresariais,<br />

portanto não faria qualquer sentido que, havendo essas portas<br />

abertas, não estivéssemos aqui presentes». Assim, explicou o<br />

autarca, «viemos aqui para manter a continuidade de contactos<br />

numa lógica institucional, nomeadamente com grupos que já<br />

estão em Portugal», embora este continue a ser um local privilegiado<br />

«atrair investimento espanhol». No futuro, os planos<br />

da autarquia passam por «reforçar a nossa presença no SIMA,<br />

numa lógica institucionalmente mais forte».<br />

O grupo FDO, promotor e construtor português também esteve<br />

presente, para «mostrar o grupo fora de Portugal, já que<br />

estes eventos são sempre importantes para divulgar aquilo que<br />

fazemos», disse Manuel Ferreira Dias, presidente do conselho<br />

de administração da empresa. Presente em Portugal, Espanha,<br />

França, Angola e Marrocos, o grupo tem como objectivo «expor<br />

os nossos produtos nos países onde actuamos, com vista a<br />

dar alguma notoriedade à FDO e também para poder mostrar<br />

o que fazemos». Com um balanço desta participação «muito<br />

positivo», o Manuel Ferreira Dias manifestou «o desejo de que<br />

esta feira tenha cada vez mais promotores portugueses a expor<br />

aquilo que fazem, e que cá venham sem o complexo de competir<br />

com os espanhóis».<br />

Manuel Luís Rouxinol, da Empril <strong>Imobiliária</strong>, explicou que<br />

«na sequência das participações em anos anteriores, onde<br />

temos sempre estado presentes com um stand, o nosso principal<br />

objectivo para o SIMA é captar investimento para o mercado<br />

português. Temos tido algum sucesso, e por isso mesmo<br />

voltámos a Madrid para apresentar os nossos projectos ao<br />

mercado espanhol, aproveitando para actualizar e criar novos<br />

contactos».<br />

Entre as participações portuguesas, destaque também para o<br />

stand da Área Metropolitana do Porto, que reuniu uma série<br />

de empresas e instituições da região, bem como para os stands<br />

da Sonae Turismo, que apresentou o projecto Tróia Resort.<br />

A Caixa Geral de Depósitos, foi uma das instituições bancárias<br />

presentes.<br />

85


86<br />

ESTATISTICAS LPI<br />

LISBON PRIME INDEX<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

JULHO 2007<br />

50000 m2<br />

40000 m2<br />

30000 m2<br />

20000 m2<br />

10000 m2<br />

0 m2<br />

Dec-06<br />

Jan-07<br />

Absorção<br />

Mais negócios nos escritórios<br />

de Lisboa<br />

A ocupação de escritórios em Lisboa atingiu<br />

uma absorção recorde de 82,5 mil m² até<br />

ao mês de Maio, o que representa um nível<br />

de actividade claramente acima dos 83 mil<br />

m² que se verificaram no decorrer do 1º<br />

semestre do ano transacto, que por sua vez<br />

já tinha sido um excelente ano.<br />

Os indicadores macro-económicos de<br />

revitalização da economia das empresas, com<br />

retoma dos valores de investimento de forma<br />

consistente nos últimos doze meses, parece<br />

assim estar a ter uma tradução no volume de<br />

procura por novos espaços de escritórios na<br />

região de Lisboa.<br />

Área<br />

Feb-07<br />

Mar-07<br />

Área<br />

Mais negócios nos edifícios novos…<br />

Apr-07<br />

May-07<br />

Cerca de metade da área ocupada dirige-se para edifícios novos, com as<br />

empresas a inaugurarem os espaços que chegam ao mercado. Os edifícios<br />

novos na cidade de Lisboa têm uma ocupação de cerca de 26 mil m²,<br />

o que representa uma excelente performance. Destaque para a ocupação<br />

integral de dois edifícios, pelo grupo BES na Praça Marquês do Pombal e a<br />

Novabase que acaba de contratar no Parque das Nações um edifício para<br />

ocupação integral, sendo que estas duas operações representam cerca<br />

de 13 mil m².<br />

O Parque das Nações recuperou algum protagonismo com a colocação<br />

de mais de 10 mil m² de espaços novos num total de 9 negócios de venda<br />

ou arrendamento.<br />

Também no corredor Oeste os edifícios novos para primeira ocupação<br />

registaram uma assinalável performance, com a colocação de 14,3 mil m²<br />

para mais de 15 empresas. Mais uma vez a colocação de dois edifícios<br />

representa mais de 9 mil m².<br />

… e pior desempenho nos edifícios usados!<br />

O mercado de escritórios usados tem assim um desempenho menos<br />

destacado, com a colocação de cerca de 30 mil m² em Lisboa, mas<br />

onde mais de 14 mil m² dizem respeito apenas à ocupação de mais<br />

um edifício nas Torres de Lisboa pela Petrogal. Da mesma forma no<br />

corredor Oeste, os edifícios usados não registam uma colocação superior<br />

a 11,7 mil m².


15000 m2<br />

12000 m2<br />

9000 m2<br />

6000 m2<br />

3000 m2<br />

0 m2<br />

12000 m2<br />

10000 m2<br />

8000 m2<br />

6000 m2<br />

4000 m2<br />

2000 m2<br />

0 m2<br />

Dec-06<br />

Jan-07<br />

Lisboa Novo - LN<br />

Feb-07<br />

Mar-07<br />

Área Renda Média Área Renda Renda Máximo Média<br />

Dec-06<br />

Jan-07<br />

Out Town Novo - OTN<br />

Feb-07<br />

Mar-07<br />

Área Renda Média Área Renda Renda Máximo Média<br />

Apr-07<br />

Renda Máxima<br />

Apr-07<br />

Renda Máxima<br />

May-07<br />

May-07<br />

20 Eur/m2<br />

15 Eur/m2<br />

10 Eur/m2<br />

15 Eur/m2<br />

12 Eur/m2<br />

9 Eur/m2<br />

25000 m2<br />

20000 m2<br />

15000 m2<br />

10000 m2<br />

5000 m2<br />

0 m2<br />

8000 m2<br />

7000 m2<br />

6000 m2<br />

5000 m2<br />

4000 m2<br />

3000 m2<br />

2000 m2<br />

1000 m2<br />

0 m2<br />

Dec-06<br />

Jan-07<br />

Lisboa Usado - LU<br />

Feb-07<br />

Mar-07<br />

Área Renda Média Área Renda Renda Máximo Média<br />

Dec-06<br />

Jan-07<br />

Feb-07<br />

Mar-07<br />

Área Renda Média Área Renda Renda Máximo Média<br />

Apr-07<br />

Out Town Usado - OTU<br />

Renda Máxima<br />

Apr-07<br />

87<br />

May-07<br />

Renda Máxima<br />

Conheça C a nova Confidencial Imobiliário<br />

Peça e um exemplar gratuito em:<br />

gestao@confidencialimobiliario.com<br />

e<br />

Assine As<br />

já!<br />

May-07<br />

25 Eur/m2<br />

20 Eur/m2<br />

15 Eur/m2<br />

10 Eur/m2<br />

15 Eur/m2<br />

12 Eur/m2<br />

9 Eur/m2


T1 e T4 com maior valor/m ²<br />

Da análise às estatísticas Imométrica/LardoceLar.com<br />

relativas ao Continente, constatase<br />

que o valor médio de oferta/m² é mais<br />

elevado nos apartamentos de tipologias<br />

extremas, ou seja nos T1 ou inferior e nos T4<br />

ou superior. Este é um padrão que se verifica<br />

em todas as regiões do continente com excepção<br />

do Algarve onde são as moradias T4<br />

ou superior as mais caras (1.934 euros/m²).<br />

Na principal bolsa de oferta habitacional do<br />

país, a AM Lisboa, a oferta/m² variou entre os<br />

2.026 euros nos apartamentos T1 e os 1.686<br />

euros nos T2. Também na região Centro e no<br />

Alentejo é a tipologia T1 que exibe maior valor<br />

de oferta, respectivamente 1.425 e 1.591<br />

euros/m². Pelo contrário, a norte do país os<br />

apartamentos T4 ou superior são os que registam<br />

maiores valores de oferta/m², tendo<br />

estes sido de 1.587 euros na AM Porto e de<br />

apenas 995 euros na região Norte.<br />

88<br />

ÍNDICE CONFIDENCIAL IMOBILIÁRIO<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Habitação nova valoriza acima<br />

da usada<br />

Em Abril de 2007 o Índice Confidencial Imobiliário<br />

(ICI), que acompanha a valorização do<br />

mercado residencial no Continente, registou<br />

uma ligeira diminuição de 0,1% face ao mês<br />

anterior. O comportamento do índice traduz<br />

a manutenção do mercado no nível de valorização<br />

que foi atingido depois de uma série<br />

de oito meses de subida, unicamente interrompida<br />

no final de 2006. A taxa de variação<br />

média dos últimos 12 meses encontra-se em<br />

1,3%, tendo-se reduzido 0,1 pontos percentuais<br />

(p.p.) face ao mês anterior, sendo esta<br />

descida menos acentuada do que a ocorrida<br />

nos meses anteriores.<br />

No segmento de alojamentos novos, a taxa<br />

de valorização média anual, que tinha vindo<br />

a descer 0,2 p.p. por mês, em Abril baixou<br />

apenas 0,1 p.p. para os 2,2%. Apesar de neste<br />

mercado o ICI ter tido uma variação de -0,4%<br />

face a Março, em termos homólogos registouse<br />

uma valorização de 2,0%.<br />

No que respeita ao mercado de habitações<br />

usadas, o processo de recuperação é mais<br />

mitigado, com a taxa de valorização média<br />

anual a situar-se, em Abril, em 0,8%. A taxa de<br />

variação homóloga tem-se mantido estável<br />

em torno dos 1,0% desde Janeiro passado.<br />

JULHO 2007


O Índice Confidencial Imobiliário recorre à informação<br />

disponível no portal imobiliário Lardoce-<br />

Lar.com que em 2005 teve um total de 280 mil<br />

registos de imóveis provenientes de cerca de mil<br />

empresas de mediação. Assenta numa metodologia<br />

que contempla mecanismos de ajustamento<br />

de qualidade explicando, em 2005, 91% da variação<br />

do valor de oferta.<br />

ÍNDICE CONFIDENCIAL IMOBILIÁRIO<br />

JAN<br />

2005<br />

MAR<br />

2005<br />

MAI<br />

2005<br />

JUL<br />

2005<br />

SET<br />

2005<br />

ÍNDICE POR ESTADO DE USO (2005=100)<br />

MAR<br />

2005 ABR<br />

2005 MAI<br />

2005<br />

JUN<br />

2005<br />

JUL<br />

2005 AGO<br />

2005<br />

NOV<br />

2005<br />

JAN<br />

2006<br />

SET<br />

2005 OUT<br />

2005 NOV<br />

2005 DEZ<br />

2005<br />

JAN<br />

2006<br />

MAR<br />

2006<br />

MAI<br />

2006<br />

JUL<br />

2006<br />

FEV<br />

2006 MAR<br />

2006 ABR<br />

2006 MAI<br />

2006<br />

JUN<br />

2006<br />

SET<br />

2006<br />

NOV<br />

2006<br />

JUL<br />

2006 AGO<br />

2006<br />

JAN<br />

2007<br />

89<br />

MAR<br />

2007<br />

SET<br />

2006 OUT<br />

2006 NOV<br />

2006 DEZ<br />

2006<br />

ABR<br />

2007<br />

Fonte: Confidencial Imobiliário<br />

JAN<br />

2007<br />

Fonte: Confidencial Imobiliário


90<br />

LEGAL & IMOBILIÁRIO<br />

URBANISMO<br />

A revisão do Regime Jurídico<br />

dos Instrumentos de Gestão<br />

Territorial<br />

Por: Gonçalo Reino Pires<br />

Uría Menéndez<br />

Não obstante ainda não ter sido aprovada, pela Assembleia da República,<br />

a revisão da Lei de Bases do Ordenamento do Território e do Urbanismo<br />

(“LBPOTU”) (1) , a revisão do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão<br />

Territorial (“RJIGT”) (2) já foi aprovada em Conselho de Ministros.<br />

A revisão do RJIGT que ora foi aprovada e que se encontra em curso<br />

prende-se, no seu âmago, com a implementação do SIMPLEX - Programa<br />

de Simplificação Administrativa e Legislativa, que, dois anos<br />

depois da entrada do actual Governo em funções, chega aos domínios<br />

do Ordenamento do Território e do Urbanismo. No entanto, não deixa<br />

de se aproveitar o ensejo para proceder à articulação desta matéria<br />

com outras que ou estão a ser ou já foram objecto de processo legislativo,<br />

como o Código dos Contratos Públicos ou o regime de Avaliação<br />

Ambiental Estratégica.<br />

Naturalmente, o âmbito que mais se presta a acolher opções legislativas<br />

no sentido da desburocratização é o do procedimento de elaboração, revisão<br />

ou alteração de planos municipais de ordenamento do território,<br />

até porque é sobre ele que incidem as principais críticas dos vários agentes,<br />

quer públicos, quer privados.<br />

Não é de estranhar, por esta razão, que as principais alterações tenham<br />

ocorrido a este nível, tendo incidido, nomeadamente, sobre o regime do<br />

1<br />

Aprovada pela Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto.<br />

2<br />

Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, e já alterado pelos Decretos-Leis<br />

n.os 53/2000, de 7 de Abril, e 310/2003, de 10 de Dezembro, e pela Lei n.º 58/2005, de 29 de<br />

Dezembro.<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

O Governo aprovou em Conselho de Ministros,<br />

no passado dia 14 de Junho, o Decreto-Lei que<br />

procede à quarta alteração do Regime Jurídico dos<br />

Instrumentos de Gestão Territorial. Esta revisão<br />

da legislação introduzirá alterações relevantes<br />

na forma como tem sido vivido o planeamento<br />

territorial em Portugal.<br />

JULHO 2007<br />

acompanhamento dos procedimentos de planeamento municipal, que é<br />

reconhecido como um dos maiores obstáculos à celeridade, eficiência e<br />

eficácia da actividade administrativa neste domínio, e sobre o regime de<br />

ratificação de planos municipais de ordenamento do território.<br />

Neste contexto, são as seguintes as principais novidades no regime de<br />

acompanhamento de procedimentos de planeamento municipal, considerando<br />

a distinção realizada consoante esteja em causa um plano director<br />

municipal ou um plano municipal de menor âmbito territorial:<br />

O parecer da comissão de acompanhamento da elaboração de um plano<br />

director municipal passa a incidir obrigatoriamente sobre determinadas<br />

matérias elencadas na lei, nomeadamente, para além do cumprimento<br />

das normas legais e regulamentares aplicáveis, sobre a compatibilidade<br />

ou conformidade da proposta de plano com os instrumentos de gestão<br />

territorial eficazes e sobre o fundamento técnico das soluções defendidas<br />

pela câmara municipal;<br />

A designação dos representantes dos serviços e entidades da administração<br />

directa ou indirecta do Estado e das Regiões Autónomas para a comissão<br />

de acompanhamento da elaboração de planos directores municipais<br />

passa a incluir a delegação ou subdelegação dos poderes adequados<br />

para efeitos de vinculação daqueles serviços e entidades;<br />

A posição manifestada pelos representantes referidos no parecer substitui<br />

os pareceres que aqueles serviços e entidades devessem emitir, a<br />

qualquer título, sobre o plano, nos termos legais e regulamentares, considerando-se<br />

haver parecer favorável no caso de falta do representante à<br />

reunião que aprove o parecer final e de oposição expressa no prazo de 5<br />

dias contado da comunicação do resultado dessa reunião;


O acompanhamento da elaboração dos planos de urbanização e dos planos<br />

de pormenor passa a ser facultativo;<br />

Para efeitos pronúncia sobre a proposta de plano de urbanização ou de<br />

pormenor, a comissão de coordenação e desenvolvimento regional procede<br />

à realização de uma conferência de serviços com todas as entidades<br />

representativas dos interesses a ponderar;<br />

De modo a sanar eventuais dúvidas e a corrigir a prática que tem vindo<br />

a ser adoptada, estabelece-se que os pareceres apenas são vinculativos<br />

no que se refere ao cumprimento das normas legais e regulamentares<br />

aplicáveis e à compatibilidade ou conformidade da proposta de plano<br />

com os instrumentos de gestão territorial eficazes.<br />

No que respeita à ratificação de planos municipais de ordenamento do<br />

território, é de salientar que o novo paradigma passa por fazer incidir a<br />

ratificação governamental apenas sobre o plano director municipal, pelo<br />

que os planos de urbanização e os planos de pormenor deixam, de todo<br />

e em quaisquer circunstâncias, de estar sujeitos a ratificação. E o próprio<br />

plano director municipal apenas estará sujeito a ratificação ou a solicitação<br />

da câmara municipal, ou quando, no âmbito do procedimento municipal<br />

de elaboração e aprovação, for suscitada pelos serviços e entidades<br />

com competências consultivas no âmbito da elaboração e do acompanhamento<br />

a incompatibilidade ou desconformidade com instrumentos<br />

de gestão territorial de âmbito nacional ou regional.<br />

Uma outra alteração que nos aparenta possuir uma importância determinante<br />

prende-se com a nova conformação do objecto territorial do plano<br />

de urbanização, que passa a poder abranger, para além de solo urbano<br />

e solo rural complementar, outras áreas do território municipal que, de<br />

acordo com os objectivos e prioridades estabelecidas no plano director<br />

municipal, possam ser destinadas a usos e funções urbanas, designadamente<br />

à localização de instalações ou parques industriais, logísticos ou<br />

de serviços ou à localização de empreendimentos turísticos e equipamento<br />

e infra-estruturas associadas. Dá-se, através desta nova opção, o<br />

alargamento da figura do plano de urbanização, permitindo-lhe regular<br />

usos tendencialmente urbanos mas compatíveis com a classificação do<br />

solo como rural.<br />

No que respeita ao plano de pormenor, é relevante o reconhecimento<br />

da inoperacionalidade da figura do plano de pormenor em modalidade<br />

simplificada, que motivou a substituição desta figura pela figura das<br />

modalidades específicas de plano de pormenor, previstas em legislação<br />

avulsa e recrutadas da foram exposta para a órbita do RJIGT. Este tipo<br />

de plano de pormenor abrange o plano de pormenor de intervenção no<br />

espaço rural, o plano de pormenor de reabilitação urbana e o plano de<br />

pormenor de salvaguarda (de património cultural), tendo por característica<br />

específica o facto de o seu conteúdo material ser determinado por<br />

referência a finalidades particulares de intervenção previstas nos termos<br />

de referência do plano e na deliberação municipal que determinou a respectiva<br />

elaboração.<br />

Por outro lado, e após uma tentativa relativamente falhada inserida na<br />

alteração promovida pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro,<br />

clarifica-se o conceito de revisão de um instrumento de gestão<br />

territorial, assumindo-se que a mesma implica a reconsideração e reapreciação<br />

global, com carácter estrutural ou essencial, das opções estratégicas<br />

do plano, dos princípios e objectivos do modelo territorial<br />

definido ou dos regimes de salvaguarda e valorização dos recursos e<br />

valores territoriais. Naturalmente, sempre que os motivos de modificação<br />

do planeamento vigente se prenderem com outras razões que<br />

não a necessidade dessa reapreciação global, estaremos perante uma<br />

mera alteração do plano em causa.<br />

De uma forma transversal a todo o diploma, nomeadamente no âmbito<br />

dos procedimentos de elaboração, revisão e alteração de instrumentos<br />

de gestão territorial, foram introduzidas as alterações necessárias à articulação<br />

deste diploma com o teor do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de<br />

Junho, no qual se prevê o regime a que fica sujeita a avaliação dos efeitos<br />

de determinados planos e programas no ambiente, e que transpõe para<br />

a ordem jurídica interna as Directivas n. os 2001/42/CE e 2003/35/CE. Este<br />

procedimento, denominado avaliação ambiental estratégica, tem repercussões<br />

no procedimento de planeamento territorial a dois níveis: por<br />

um lado, ao nível do faseamento do procedimento, uma vez que se torna<br />

necessário integrar fases típicas do procedimento de avaliação ambiental<br />

estratégica, como a iniciativa, a realização de consultas, a participação pública<br />

e a decisão; por outro, ao nível do conteúdo documental do plano,<br />

uma vez que se torna obrigatório instruir a proposta de plano com um<br />

relatório ambiental e o próprio plano com uma declaração ambiental.<br />

Por fim, este breve excurso pelas inovações mais importantes da revisão<br />

do RJIGT deve ainda passar pelo regime proposto para os chamados contratos<br />

para planeamento, que visam dar seguimento à preferência manifestada<br />

pela LBPOTU por uma participação dos interessados na definição<br />

das regras de ocupação, uso e transformação do solo que assente em formas<br />

de concertadas e de contratualizadas.<br />

De acordo com este novo regime, pode lançar-se mão deste tipo de contratos<br />

sempre que esteja em causa a elaboração, revisão, alteração ou<br />

execução de um plano de urbanização ou de um plano de pormenor.<br />

Contudo, a lei ressalva desde já, pensa-se que para efeitos de exoneração<br />

de responsabilidade civil por resultados que possam ser entendidos<br />

como violação do contrato, a aplicabilidade integral dos princípios e regras<br />

aplicáveis aos contratos administrativos e do disposto em planos de<br />

âmbito territorial mais vasto. Com o mesmo escopo, prevê-se ainda que o<br />

contrato não se sobrepõe ao resultado final do procedimento de planeamento,<br />

sendo o contrato para planeamento celebrado, em consequência,<br />

sob reserva de compatibilidade com o resultado do planeamento.<br />

Um segundo aspecto que é abordado neste novo regime é o procedimento<br />

de formação do contrato, que tem obrigatoriamente que seguir a<br />

forma de concurso público, podendo apenas ser objecto de outra forma<br />

de escolha do co-contratante nos casos em que os promotores do plano<br />

de pormenor ou do plano de urbanização sejam proprietários ou titulares<br />

de qualquer direito que lhes confira legitimidade relativamente aos<br />

prédios compreendidos na área de intervenção do futuro plano. Naturalmente,<br />

o disposto neste diploma tem que ser articulado com aquilo que<br />

vier a ser o conteúdo do novo Código dos Contratos Públicos, nomeadamente<br />

no âmbito dos contratos para o exercício de poderes públicos,<br />

diploma que ainda se encontra em fase de elaboração (3) .<br />

����������������������������������������������������������������������<br />

���������������������������������������������������������������������������<br />

����������������������������������������������������������������������������<br />

������������������������������������������������������������������������<br />

��������������������������������������������������������������������������<br />

�������������������������������������������������������������������������<br />

�����������<br />

3<br />

Cuja versão mais recente está disponível, para consulta e discussão pública,<br />

em http://www.moptc.pt/tempfiles/20070703215552moptc.pdf.<br />

91


92<br />

LEGAL & IMOBILIÁRIO<br />

Legislação dos Empreendimentos Turísticos<br />

– uma reforma necessária<br />

Por: António Raposo Subtil, Advogado<br />

A. Raposo Subtil, Matos Esteves e Associados - Sociedade de Advogados, RL<br />

Delimitando a Legislação dos Empreendimentos Turísticos pelo conjunto<br />

de todos os diplomas aplicáveis aos estabelecimentos turísticos, incluindo<br />

os regimes específicos denominados RJIFET, RJTER, RJTN, os regimes<br />

complementares (REH, RMCAT, RCT, RPCPP) e os regimes conexos (RJUE,<br />

RJERB), teremos de reconhecer que, necessária e directamente, a estrutura<br />

e complexidade deste quadro legal é relevante no plano dos interesses<br />

económicos, sociais, culturais e ambientais.<br />

Desde logo, os empreendimentos turísticos enquanto estabelecimentos<br />

que se destinam a prestar serviços de alojamento temporário, restauração<br />

ou animação de turistas, estão sujeitos a procedimentos administrativos<br />

e mecanismos de controlo, prévios ou sucessivos, nas vertentes<br />

da construção, classificação e exploração desenvolvidos pelos órgãos da<br />

DGT e das Câmaras Municipais.<br />

À instalação de empreendimentos turísticos - definida como processo de<br />

licenciamento ou de autorização para a realização de operações urbanísticas<br />

relativas à construção e ou utilização de edifícios ou suas fracções<br />

destinadas ao funcionamento daqueles empreendimentos/estabelecimentos<br />

- é aplicável o RJUE, com as especificidades estabelecidas no RJI-<br />

FET, aprovado em 1997, que prevê:<br />

a) A existência de um único processo de licenciamento ou autorização da<br />

competência da Câmara Municipal, que assegura a sua tramitação e emite<br />

a respectiva licença de utilização turística;<br />

b) A manutenção da intervenção da Direcção Geral do Turismo (DGT) que,<br />

como entidade especializada, é responsável pelo controlo de qualidade<br />

e características básicas da instalação, através da emissão de parecer vin-<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

JULHO 2007<br />

culativo sobre a localização, projecto de arquitectura, tipologia e classificação<br />

do estabelecimento.<br />

c) A consagração da licença de utilização única para a abertura do empreendimento<br />

/estabelecimento, que engloba a verificação dos requisitos<br />

das edificações e do estabelecimento em sentido restrito;<br />

d) A definição de um regime inovador quanto à abertura dos empreendimentos,<br />

que se poderá ter como título o alvará de licença ou autorização<br />

de utilização turística, o comprovativo da comunicação com a intenção<br />

de abrir ao público ou o requerimento de intimação judicial;<br />

e) O reconhecimento do promotor como primeiro responsável pelo cumprimento<br />

das regras respeitantes à entrada em funcionamento do empreendimento.<br />

Acresce que, o legislador de 1997 optou por fazer intervir, em simultâneo,<br />

no acto preparatório da emissão da licença de utilização turística, as autoridades<br />

de saúde, os serviços de bombeiros, os órgãos de turismo e as<br />

estruturas associativas do sector.<br />

Em 1999, através de alteração ao RJIFET, foi reforçado o estatuto das associações<br />

patronais do sector, sendo-lhe atribuído um papel mais activo na<br />

regulação da actividade e na garantia do cumprimento das normas legais<br />

e regulamentares relativas à instalação, exploração e funcionamento dos<br />

estabelecimentos turísticos.<br />

Em 2002, o RJIFET mereceu uma alteração de forma a compatibilizá-lo<br />

com o RJUE aprovado pelo DL nº 555/99, de 16 de Dezembro.<br />

Por último, em 2006, o actual Governo ao alterar o RJIFET pretendeu reduzir<br />

os “impactes negativos sobre o emprego e sobre outros sectores


da economia associados, directamente ou indirectamente, à actividade<br />

turística” derivados da não abertura atempada dos empreendimentos,<br />

agilizando os procedimentos de licenciamento e a abertura dos empreendimentos.<br />

Admitiu-se a possibilidade da abertura ao público mediante<br />

declaração de responsabilidade do promotor, do director técnico da obra<br />

e do autor do projecto de segurança de que a obra respeita o projecto<br />

aprovado, bem como as normas legais e regulamentares aplicáveis, tendo<br />

em conta o uso a que se destina, assegurando-se, deste modo, a salvaguarda<br />

dos interesses dos utentes (vide preâmbulo do DL nº 217/2006,<br />

de 31 de Outubro).<br />

Na proposta de Lei que visa proceder à segunda alteração do RJUE, divulgada<br />

para consulta pública, o Governo mantém o louvável princípio da<br />

responsabilização dos promotores, subscritores de projectos e dos responsáveis<br />

técnicos pela direcção da obra, através do aumento do valor<br />

mínimo da coima aplicável às falsas declarações e da ampliação temporal<br />

das sanções acessórias, mantendo a tipificação criminal já existente.<br />

Ou seja, como contrapartida da isenção ou redução dos procedimentos<br />

de controlo prévio de realização de obras de urbanização, construção, alteração<br />

ou ampliação de edifícios, será consagrado o reforço da responsabilização<br />

de todos os intervenientes, assim como dos poderes de fiscalização<br />

pela autarquia, que continuará a exercer as suas competências de<br />

fiscalização em qualquer momento, nomeadamente antes da conclusão<br />

do empreendimento.<br />

Na referida proposta de Lei, o procedimento denominado de pedido de<br />

informação prévia (PIP) é mantido e os seus efeitos ampliados, para além<br />

de que será redefinido o relacionamento com entidades externas aos<br />

municípios. As consultas passam a ser efectuadas através de uma única<br />

entidade coordenadora, que emitirá uma decisão global e vinculativa da<br />

Administração.<br />

Estas alterações, conforme é realçando na proposta, “terão reflexos consideráveis<br />

noutros regimes de licenciamento, em virtude da sua articulação<br />

com os procedimentos especiais, nomeadamente os turísticos”.<br />

Assim, considerando a estrutura do RJIFET, que estabelece as regras especificas<br />

ao nível do PIP, do licenciamento de operações urbanísticas, de<br />

classificação de estabelecimentos e alvarás de utilização turística, o Governo<br />

deverá proceder à indispensável harmonização e adequação com<br />

o “novo RJUE”, sem esquecer que, neste âmbito, terá de conjugar o exercício<br />

de competências das Câmaras Municipais com a DGT.<br />

As traves mestras e os princípios essenciais da reforma do RJUE são inovadores,<br />

mas no que respeita ao funcionamento e exploração de empreendimentos<br />

turísticos, que, convém não esquecer, para além de edifícios<br />

são estabelecimentos, a reforma da legislação em vigor terá de abranger<br />

os seguintes aspectos:<br />

Redefinição dos poderes da DGT e a sua articulação com os das Câmaras<br />

Municipais;<br />

Adequação do procedimento relativo ao PIP de empreendimentos turísticos<br />

com o proposto para o “novo RJUE”, em particular quanto os<br />

seus efeitos;<br />

Simplificação da vistoria para efeitos de classificação definitiva e abertura<br />

dos estabelecimentos turísticos;<br />

Clarificação das regras de exploração dos estabelecimentos em função<br />

da respectiva natureza e classificação, nomeadamente quanto à responsabilidade<br />

da entidade exploradora, à desafectação de unidades de alojamento<br />

da actividade turística e respectivos limites, relações entre proprietários<br />

e pagamentos de serviços comuns;<br />

Reforço das garantias dos proprietários, no que respeita ao controlo da<br />

administração do empreendimento, acesso aos serviços comuns e estado<br />

das instalações e equipamentos;<br />

Readequação dos mecanismos de fiscalização, incluindo o valor das coimas<br />

e limites das sanções acessórias, atendendo ao aumento crescente<br />

do número e dimensão dos empreendimentos.<br />

A “qualidade e eficácia” das normas legais relativas às diversas tipologias<br />

de empreendimentos turísticos, incluindo o Turismo no Espaço Rural e o<br />

Turismo de Natureza, são essenciais e decisivas para o desenvolvimento<br />

sustentável ao nível económico, social e ambiental.<br />

A dimensão dos investimentos em empreendimentos turísticos, nas<br />

fases de promoção e exploração, exige, para além do domínio do “direito<br />

do imobiliário”, nas vertentes dos contratos e da fiscalidade, um<br />

conhecimento aprofundado da regulamentação específica do sector<br />

e do RJUE, cuja reforma está em curso e deverá merecer um sério e<br />

público debate.<br />

Investir num empreendimento turístico ou na aquisição de uma unidade<br />

de alojamento, hoje e no futuro, não poderá ser “equivalente” a investir<br />

em activos imobiliários, residindo a diferença na noção legal de empreendimento<br />

turístico – estabelecimento de prestação de serviços de hospedagem,<br />

restauração ou animação, dotado de estruturas, equipamentos<br />

e serviços complementares.<br />

NOTAS<br />

RJIFET Regime Jurídico de Instalação e Funcionamento de<br />

Empreendimentos Turísticos<br />

RJTER Regime Jurídico do Turismo no Espaço Rural<br />

RJTN Regime Jurídico do Turismo de Natureza<br />

REH Regulamento dos Estabelecimentos Hoteleiros<br />

RMCAT Regulamento dos Meios Complementares Alojamento<br />

Turístico<br />

RCT Regulamento dos Conjuntos Turísticos<br />

RPCPP Regulamento dos Parques de Campismo Públicos e<br />

Privados<br />

RJUE Regime Jurídico da Urbanização e Edificação<br />

RJERB Regime Jurídico dos Estabelecimentos de Restauração<br />

e Bebidas<br />

93


94<br />

CALENDÁRIO<br />

17 a 19 de Julho de 2007 |<br />

6 e 7 de Setembro de 2007 |<br />

17 a 19 de Setembro de 2007 |<br />

25 a 27 de Setembro de 2007 |<br />

2 a 4 de Outubro |<br />

8 a 10 de Outubro |<br />

23 a 27 de Outubro |<br />

24 a 28 de Outubro |<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

ICSC Ásia Expo<br />

Local: Singapura<br />

Info: www.icsc.org<br />

EPRA Annual Conference<br />

Local: Hotel Grand Bretagne, Atenas, Grécia<br />

Info: Conferência anual da EPRA, associação<br />

europeia para imobiliário de cariz público.<br />

Mais informação: www.epra.com<br />

CoreNet Global European Summit<br />

2007<br />

Local: Hotel Park Plaza Riverbank, Londres, Reino<br />

Unido<br />

Info: Encontro anual da CoreNet, uma das maiores<br />

associações mundiais de profissionais ligados<br />

ao imobiliário corporativo. O tema de edição deste<br />

ano é «Greening the Bottom Line: Making Sustainability<br />

Count».<br />

Para mais informação: www.corenetglobal.org<br />

Rússia GRI<br />

Local: Moscovo, Rússia<br />

Info: À semelhança de outros encontros GRI<br />

(Global Real Estate Institute), o Rússia GRI não<br />

integra oradores nem painéis de debate, apenas<br />

discussões informais em pequenos grupos,<br />

onde todos participam igualmente. Para mais<br />

informações: www.globalrealestate.org<br />

Waterfront Expo 2007 – Congresso e<br />

Exposição<br />

Local: Centro de Congressos de Lisboa<br />

Info: www.waterfrontexpo.com<br />

Expo Real 2007 – 10th International<br />

Commercial Property Exposition<br />

Local: New Munich Trade Fair Centre. Munique,<br />

Alemanha<br />

Info: www.exporeal.net/<br />

Concreta – Feira Internacional de<br />

Construção e Obras Públicas – Porto<br />

Local: Exponor, Santa Maria da Feira. Portugal<br />

Info: www.exponor.pt<br />

Salão Imobiliário de Lisboa<br />

Local: Feira Internacional de Lisboa, Parque das<br />

Nações, Lisboa.<br />

Info: www.fil.pt<br />

JULHO 2007


96<br />

SUMÁRIO EXECUTIVO<br />

O mercado de resorts<br />

é a estrela da edição<br />

de Julho da<br />

<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>.<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Turismo Residencial estratégico no imobiliário<br />

Resorts disparam<br />

em Portugal<br />

JULHO 2007<br />

10 Anos de Informação <strong>Imobiliária</strong><br />

www.vidaimobiliaria.com | nº 115 JULHO 2007<br />

Algarve, Alentejo e Oeste são as regiões mais apetecíveis<br />

EVENTOS: Conferência VI sobre os novos desafi os do turismo residencial<br />

PONTO DE VISTA: Jaime Lopes, CEO da Chamartin <strong>Imobiliária</strong><br />

Foto capa<br />

Vale do Lobo<br />

A abrir o <strong>dossier</strong>, a edição apresenta um alargado<br />

leque de projectos em desenvolvimento<br />

por todo o território nacional, incluindo os arquipélagos<br />

da Madeira e dos Açores. As medidas<br />

do governo para dinamizar o mercado de<br />

turismo residencial estão igualmente em análise<br />

no <strong>dossier</strong>, que integra ainda uma breve<br />

perspectiva dos números que marcam o sector,<br />

com estudos da ILM-THR e da IRG em parceria<br />

com a Prime Yield.<br />

Os principais promotores de resorts em Portugal<br />

falam em entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, onde<br />

se e poderá conhecer com maior profundidade<br />

os projectos da Sonae Turismo, Vale de Lobo,<br />

Imocom, m Oceânico, Grupo CS, MSF, Acordo e<br />

Vale Va Pisão.<br />

O lançamento l<br />

de uma nova marca de turismo<br />

residencial es no seio do Grupo Pestana, um novo<br />

hotel o Altis e o primeiro investimento da cadeia<br />

hoteleira o Six Senses em Portugal fazem também<br />

bé parte deste <strong>dossier</strong> temático, que integra<br />

ainda in artigos com a Garvetur, responsável pela<br />

comercialização om<br />

dos projectos da Lusort em Vilamoura,<br />

am e com a ILM-THR, consultora especializada<br />

za em turismo.<br />

O ffórum<br />

coloca desta feita a questão acerca da<br />

capacidade ap de Portugal se afirmar enquanto<br />

destino e de segunda habitação na Europa, enquanto<br />

u que a secção de opinião estará a cargo<br />

de e Eduardo Abreu (Neoturis) e Ricardo Roquet-<br />

te (Cushman & Wakefield). Nos eventos, destaque<br />

para a Conferência VI sobre os desafios de<br />

futuro do mercado de resorts.<br />

O Ponto de Vista cabe a Jaime Lopes, o novo<br />

CEO da Chamartin <strong>Imobiliária</strong>.<br />

Destaque ainda para uma reportagem sobre a<br />

Feira de Madrid, que se afirma cada vez mais no<br />

panorama europeu de imobiliário.


��������������<br />

�������������������<br />

������������������<br />

��������������������������������������������������������<br />

����������������������������������������������������������������������������������


7 Seven SPA 8-28<br />

Abacus Savills 8-28, 42-44<br />

Acordo 48-58, 72<br />

Aguirre Newman 8-28<br />

Aliber 48-58<br />

Altis 80<br />

Amorim <strong>Imobiliária</strong> 34-36<br />

Amorim Turismo 48-58, 64<br />

Aquapura 48-58<br />

Béltico 8-28, 48-58<br />

Bouygues <strong>Imobiliária</strong> 8-28<br />

Broadway Malyan 8-28, 38-40<br />

98<br />

ENTIDADES CITADAS<br />

Caixa Geral de Depósitos 8-28, 38-40, 82-85<br />

Calidona 82-85<br />

Câmara de Vila Nova de Gaia 82-85<br />

Câmara do Porto 8-28<br />

Camin 48-58<br />

Castelo Golf Real Estate 48-58<br />

CB Richard Ellis 8-28, 38-40<br />

Chamartin <strong>Imobiliária</strong> 8-28, 34-36<br />

CMVM 8-28<br />

Confederação Europeia do Sector<br />

Imobiliário 82-85<br />

Conselho Europeu de Profissionais<br />

Imobiliários 82-85<br />

Corte Velho 48-58, 81<br />

Cosmopolita 8-28<br />

CPU Tourism Consulting 42-44<br />

Crissier 48-58<br />

Cushman & Wakefield 8-28, 33<br />

DBK 8-28<br />

DTZ 8-28<br />

Empril <strong>Imobiliária</strong> 82-85<br />

Engel & Volkers 8-28<br />

Esaf 8-28<br />

Espírito Santo Turismo 48-58<br />

Evans Randall 8-28<br />

FDO 82-85<br />

Fibeira 48-58<br />

France Terre 8-28<br />

Fundimo 8-28<br />

VIDAIMOBILIÁRIA<br />

Garvetur 42-44, 78<br />

Grupo Artagón 8-28<br />

Grupo CS 8-28, 48-58, 68<br />

Grupo HN 48-58<br />

Grupo Imocom 8-28, 38-40, 48-58, 67<br />

Grupo Onyria 8-28, 48-58<br />

Grupo Pestana 8-28, 48-58<br />

Grupo Volkart 48-58<br />

GTM 8-28<br />

Habiriscos 8-28<br />

Hercesa 8-28<br />

Hilton 67<br />

Ibercom 82-85<br />

Iberestate 8-28<br />

IFA 8-28, 48-58<br />

ILM/THR 62,63<br />

Imométrica 62<br />

Inland 48-58<br />

Instituto Real britânico 8-28<br />

Invesplano 8-28<br />

IPD 8-28<br />

IRG 62<br />

Jones Lang LaSalle 8-28<br />

Lagoabeachresort 48-58<br />

Lusort 48-58, 78<br />

Lusotur Golfe 65<br />

MIP 48-58<br />

Morgan Stanley Real Estate 8-28<br />

MSF 48-58, 70<br />

National Association of Realtor 82-85<br />

Neoturis 32, 38-40, 42-44, 62<br />

Norte Golfe 48-58, 74<br />

Oceânico 48-58, 65<br />

OPCA 8-28<br />

JULHO 2007<br />

Parkalgar 48-58<br />

Pelicano 48-58<br />

Pestana Residence 8-28, 38-40, 42-44, 76<br />

Planbelas 42-44<br />

Poligreen 48-58<br />

Prea 8-28<br />

Premier 8-28<br />

Prime Yield 62<br />

Retail Parks de Portugal 8-28<br />

Reyal Urbis 8-28<br />

SAIP 48-58<br />

Santander 8-28<br />

Securitas 38-40<br />

SIL 07 8-28<br />

SIMA 07 8-28, 82-85<br />

Siram 48-58<br />

Six Senses 48-58, 81<br />

Sonae Sierra 8-28<br />

Sonae Turismo 42-44, 48-58, 64, 82-85<br />

Squarestone 8-28<br />

SRU Porto Vivo 82-85<br />

Turcifez 48-58<br />

Turiprojecto 8-28<br />

Turismo de Portugal 8-28<br />

UBS Real Estate 8-28<br />

ULI 8-28<br />

Uponor 38-40<br />

Uria Menéndez 38-40<br />

Vale do Lobo 42-44, 48-58, 66<br />

Worx 8-28


xpecttheunxpected.com<br />

Os projectos da Multi Development são reconhecidos internacionalmente pelo seu carácter<br />

inovador, conceito arquitectónico e respeito pelo meio envolvente.<br />

Consulte o nosso site: www.xpecttheunxpected.com e Surpreenda-se.<br />

Multi Development Portugal - Promotora <strong>Imobiliária</strong> S.A | Rua Dr. António Loureiro Borges 4 R/C |<br />

1495-131 Algés | +351 21 413 6000 |<br />

WINNER<br />

ICSC<br />

AWARD<br />

2007<br />

DEVELOPMENT & INVESTMENT IN RETAIL<br />

Forum Coimbra - Coimbra - Portugal<br />

�������������������������������������������������������������������������������������<br />

������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!