dossier - Vida Imobiliária
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Turismo Residencial estratégico no imobiliário<br />
Resorts disparam<br />
em Portugal<br />
10 Anos de Informação <strong>Imobiliária</strong><br />
www.vidaimobiliaria.com | nº 115 JULHO 2007<br />
Algarve, Alentejo e Oeste são as regiões mais apetecíveis<br />
EVENTOS: Conferência VI sobre os novos desafios do turismo residencial<br />
PONTO DE VISTA: Jaime Lopes, CEO da Chamartin <strong>Imobiliária</strong><br />
Foto capa<br />
Vale do Lobo
EDITORIAL<br />
O turismo residencial…<br />
a “nova corrida” ao ouro?<br />
O turismo residencial ocupa nos últimos dois anos as prioridades da maioria dos operadores imobiliários<br />
com um mínimo de escala, com os promotores imobiliários à frente mas devidamente acompanhados<br />
de toda a fileira do sector, desde a banca, aos investidores, mediadores ou arquitectos.<br />
Como em qualquer nova “corrida ao ouro”, existem operadores que estão há muito tempo no mercado<br />
e entendem este sector como uma “corrida de fundo”, novos operadores que efectivamente estudam o<br />
mercado e têm uma estratégia e depois uma “multidão” que corre atrás de uma promessa.<br />
A nossa vizinha Espanha é um exemplo do potencial que o turismo residencial tem para o nosso país,<br />
bastando para tal acompanhar as estatísticas de produção de habitação… venderam-se em 2006 cerca<br />
de 60 mil habitações a não residentes em Espanha.<br />
No entanto, precisamos de seguir o exemplo mas também aprender com os erros vizinhos. Nos últimos<br />
anos existiu tanta produção de produtos imobiliários de qualidade inferior, que neste momento se discute<br />
a sustentabilidade de tanta construção em áreas ambientalmente sensíveis como são as costas<br />
marítimas. Continua a existir muita produção com elevados padrões de qualidade, mas a devastação<br />
imobiliária que proliferou em todo a costa Sul de Espanha está a marcar pela negativa este destino<br />
como demasiado densificado e destruído.<br />
Em qualquer corrida ao ouro, depois do “filão” esgotar por regra fica um deserto de destruição e pobreza,<br />
que se prolonga por muitos anos!<br />
Em Portugal temos o risco de estar no inicio da corrida, mas é essencial que colectivamente e enquanto<br />
sociedade saibamos promover um desenvolvimento sustentado do turismo residencial. É essencial<br />
termos operadores qualificados que saibam cooperar entre si para criar uma oferta diversificada mas<br />
complementar. É essencial encontrar um equilíbrio ecológico para manter um convívio entre a natureza<br />
e o urbanizado.<br />
A prometida “via verde” do licenciamento dos PIN pode ser um precioso instrumento para dar luz verde<br />
a projectos que coloquem Portugal no mapa do turismo residencial. Mas a sua utilização abusiva e<br />
demasiado permissiva pode significar o “tiro de partida” da corrida ao ouro, para milhares que se precipitam<br />
numa caminhada que destrói mais do que promove.<br />
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ÍNDICE<br />
EDITORIAL<br />
VI NEWS<br />
Negócios & Projectos<br />
Empresas & Mercados<br />
Pessoas & Eventos<br />
Porto<br />
Algarve<br />
Espanha & Europa<br />
OPINIÃO<br />
Eduardo Abreu<br />
Ricardo Roquette<br />
PONTO DE VISTA<br />
Jaime Lopes<br />
EVENTOS<br />
Conferência «Oportunidades de Futuro no Turismo<br />
Residencial»<br />
FÓRUM<br />
Portugal tem capacidade para se desenvolver<br />
enquanto destino de segunda habitação na Europa?<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
JULHO 2007
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DOSSIER RESORTS<br />
Projectos de Turismo Residencial<br />
Governo quer dinamizar aprovação<br />
de projectos turísticos e de<br />
imobiliário turístico<br />
Turismo residencial em franco<br />
crescimento<br />
ILM-THR<br />
Sonae Turismo<br />
Vale do Lobo<br />
Grupo Oceânico<br />
Imocom<br />
Grupo CS<br />
MSF<br />
Bom Sucesso<br />
Vale Pisão<br />
Pestana<br />
Garvetur<br />
Grupo Altis<br />
Six Senses Resorts & Spas<br />
ANÁLISE IMOBILIÁRIA<br />
Salão Imobiliário de Madrid 2007<br />
ESTATÍSTICAS<br />
LPI<br />
Confidencial Imobiliário<br />
Legal & Imobiliário<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
DIRECTOR<br />
António Gil Machado<br />
agil@vidaimobiliaria.com<br />
EDIÇÃO<br />
Rita Ribeiro<br />
rribeiro@vidaimobiliaria.com<br />
MARKETING & NEW BUSINESS<br />
Osvaldo Nogueira<br />
onogueira@vidaimobiliaria.com<br />
APOIO COMERCIAL<br />
Rui Santos<br />
rsantos@vidaimobiliaria.com<br />
Clara Marcos<br />
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Francisco Antunes<br />
ffantunes@vidaimobiliaria.com<br />
COLABORADORES<br />
Rita Ribeiro<br />
Marc Barros<br />
Pedro Campos<br />
Susana Ribeiro<br />
DESIGN GRÁFICO<br />
PMD - Comunicação e Design<br />
www.pmd.pt<br />
DESIGN EDITORIAL<br />
Brandvalue<br />
IMPRESSÃO<br />
Uniarte Gráfica<br />
R. Pinheiro de Campanhã nº 342<br />
4300-414 Porto<br />
ASSINATURAS<br />
Maria José Teixeira<br />
PROPRIETÁRIO<br />
Imoedições – Publicações Periódicas<br />
e Multimédia, Lda.<br />
(Grupo Editorial <strong>Vida</strong> Económica)<br />
PERIODICIDADE<br />
Mensal<br />
NIPC<br />
507 037 219<br />
PREÇO<br />
Assinatura (11 números) = 94 �<br />
Avulso = 10 �<br />
TIRAGEM<br />
2.500 exemplares<br />
REDACÇÃO, ADMINISTRAÇÃO<br />
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Fax. 22 205 80 98<br />
REDACÇÃO, ADMINISTRAÇÃO<br />
E ASSINATURAS – LISBOA<br />
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Reguladora da Comunicação Social
WWW.VIDAIMOBILIARIA.COM
A <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> é um dos sites de informação imobiliária mais visitados<br />
em Portugal, com uma média diária de 1300 visitantes únicos e mais de<br />
130 mil páginas vistas em apenas um mês.<br />
Além de todo o conteúdo desde 2001 da revista <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, o novo site traz<br />
mais novidades e funcionalidades.<br />
Notícias do Mercado // As noticias actualizadas todos os dias<br />
VINews // Os exclusivos <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> publicados na VI News<br />
Conferências // Os eventos do momento que reúnem os profi ssionais do imobiliário.<br />
Agora também com todas as apresentações dos eventos já realizados<br />
Livraria // O Grupo <strong>Vida</strong> Económica é o maior editor de Livros de Imobiliário<br />
publicados em Portugal<br />
Research // O Research dos principais consultores imobiliários disponível na<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>
VI NEWS<br />
Investimento de<br />
500 milhões para a<br />
Plataforma Multimodal<br />
do Poceirão<br />
O ministro das Obras Públicas, Transportes<br />
e Comunicações, Mário Lino, assinou,<br />
no passado dia 19 de Junho, um contrato<br />
para a construção da maior plataforma<br />
multimodal do país, localizada no Poceirão,<br />
concelho de Palmela, e que faz parte<br />
do Plano Portugal Logístico. O consórcio<br />
formado pelas construtoras portuguesas<br />
Pedroso Construções, Mota-Engil,<br />
Espírito Santo Ambiente e Serviços e<br />
OPCA será o responsável pela edificação<br />
do complexo. Este projecto representa<br />
um investimento global de 500 milhões<br />
de euros, e deverá articular os portos de<br />
Lisboa, Setúbal e Sines.<br />
A plataforma multimodal, articula estruturas<br />
rodoviárias e ferroviárias, e conta<br />
com uma área total de 400 hectares. Esta<br />
primeira fase do projecto deverá estar<br />
concluída em 2009 e prevê a criação de<br />
um total de 12.000 postos de trabalho, dos<br />
quais 5.000 directos e 7.000 indirectos. A<br />
primeira fase desta plataforma entenderse-á<br />
por uma área de 130 hectares, estando<br />
prevista uma área de expansão de 270<br />
hectares.<br />
Inserido no plano Portugal Logístico, este<br />
projecto tem como objectivo potenciar a<br />
dinamização da actividade económica nacional<br />
e regional, através da articulação de<br />
fluxos logísticos internacionais, nacionais<br />
e regionais da região de Lisboa e Vale do<br />
Tejo. Pretende também potenciar o alargamento<br />
do hinterland dos portos por<br />
oferta de actividades logísticas complementares<br />
às portuárias.<br />
8<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
NEGÓCIOS & PROJECTOS<br />
CB Richard Ellis e C&W<br />
instalam Ford na Avenida<br />
da Liberdade<br />
A Ford Lusitana terá uma nova sede na Avenida da<br />
Liberdade. As novas instalações serão no edifício<br />
249 Liberdade, onde ocupará um escritório com<br />
uma área de 2.500 m², distribuídos por três pisos. O<br />
edifício é propriedade da Habiriscos – Investimentos<br />
Imobiliários. Esta operação foi assistida pela CB<br />
Richard Ellis, que actuou em representação da sociedade<br />
proprietária, e pela Cushman & Wakefield<br />
(C&W), que actuou em nome da Ford.<br />
Localizado na avenida da Liberdade, junto à praça<br />
do Marquês do Pombal, em Lisboa, o edifício<br />
já acolheu a sede da Shell Portuguesa. O imóvel compreende uma área total de cerca de 7.250 m²<br />
de escritórios, e recentemente foi sujeito a obras de remodelação, com intervenções ao nível das<br />
áreas públicas da recepção, pisos de escritórios e requalificação de fachadas.<br />
Abacus Savills coloca ADENE<br />
no Edifício Arquiparque<br />
O Departamento de Escritórios da consultora<br />
Abacus Savills fechou um novo contrato de arrendamento<br />
para o Edifício Arquiparque, lote 5, detido<br />
pela Fundimo – Sociedade Gestora de Fundos<br />
de Investimento Imobiliário do universo Caixa<br />
Geral de Depósitos. O novo inquilino é a Agência<br />
para a Energia – ADENE, que irá ocupar uma área<br />
com cerca de 560 m², no sexto piso do edifício.<br />
Participada maioritariamente pelo Ministério da<br />
Economia, a ADENE é a Agência Nacional de Energia,<br />
e tem como missão a promoção e realização de<br />
actividades de interesse público na área de energia.<br />
A agência é a entidade gestora do Sistema Nacional<br />
de Certificação Energética de Edifícios (SCE).<br />
JULHO 2007<br />
Iberestate inicia<br />
o primeiro projecto<br />
em Lisboa<br />
A Iberestate, imobiliária participada em<br />
partes iguais por João Charters e a espanhola<br />
Vara Real Estate, vai iniciar o seu<br />
primeiro projecto em Lisboa. A empresa<br />
foi contratada pela Cepric para reabilitar e<br />
gerir um edifício localizado na Avenida da<br />
República.<br />
O imóvel em questão ocupa uma área de<br />
4.200 m², distribuídos por seis pisos. O projecto<br />
para a intervenção e as obras de recuperação<br />
deverá ser entregue na Câmara Municipal<br />
de Lisboa no prazo de dois meses. Representa<br />
um investimento na ordem dos 17<br />
milhões de euros, um valor que inclui a compra<br />
do imóvel e os trabalhos de reabilitação.<br />
A fachada original será mantida, ocorrendo<br />
as mudanças no interior do imóvel, que irá<br />
dar lugar a apartamentos de tipologias entre<br />
o T2 e o T4. O projecto deverá estar concluído<br />
em 2009.
VI NEWS<br />
Concluída a<br />
comercialização<br />
da Torre Fernão<br />
de Magalhães<br />
Já está concluída a comercialização da Torre Fernão<br />
de Magalhães, em Lisboa, anunciaram as consultoras<br />
CB Richard Ellis e Cushman & Wakefield<br />
(C&W). Situado no centro empresarial da zona do<br />
Parque das Nações, este<br />
edifício de escritórios<br />
encontra-se agora totalmente<br />
arrendado.<br />
Propriedade da Credit<br />
Suisse, o edifício<br />
foi projectado pelo<br />
arquitecto belga Jean-<br />
Michel Wilmotte, e foi<br />
promovido pela Bouygues<br />
<strong>Imobiliária</strong>. Com 15 pisos de escritórios, com<br />
uma área de 582 m² cada, a Torre Fernão de Magalhães<br />
alberga 16 inquilinos, incluindo empresas<br />
multinacionais como a Danone, Bouygues <strong>Imobiliária</strong>,<br />
Levi’s, SCA, Skysoft e Dr. Oetker, entre outros.<br />
10<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
NEGÓCIOS & PROJECTOS<br />
Cosmopolita actua em nome<br />
da ESAF em negócio com a<br />
Mestre Maco em Palmela<br />
O Departamento de Indústria da consultora Cosmopolita<br />
actuou em nome da ESAF – Espírito<br />
Santo Activos Financeiros SGPS, S.A., no negócio<br />
de arrendamento de um armazém de 5.470 m²,<br />
em Palmela, à Mestre Maco – Materiais de Construção,<br />
S.A. O imóvel irá acolher o centro de logística<br />
da Mestre Maco e localiza-se no concelho de<br />
Palmela, entre Lisboa e Setúbal.<br />
Através deste negócio, o departamento de Indústria<br />
da Cosmopolita aumentou para 12.876 m² o<br />
total de área industrial colocada no mercado desde<br />
o início de 2007, o que representa a um acréscimo<br />
superior a 70%.<br />
Worx instala sociedade de advogados NGCS<br />
no Edifício Libersil<br />
A consultora Worx foi a responsável<br />
pela instalação da sociedade de advogados<br />
Nobre Guedes, Costa Freitas,<br />
Mota Soares & Associados (NGCS) no<br />
Edifício Libersil, situado na avenida da<br />
Liberdade, a zona prime de Lisboa.<br />
Constituída no início deste ano, a NGCS<br />
integra um conjunto de conceituados<br />
advogados e colaboradores. Esta sociedade<br />
dedica-se à assessoria jurídica de<br />
empresas e instituições, nacionais e internacionais,<br />
assegurando a prestação<br />
de serviços jurídicos na generalidade<br />
dos ramos do Direito.<br />
Na opinião dos responsáveis da Worx,<br />
o Edifício Libersil «é identificado como um dos mais prestigiantes edifícios de escritórios da capital<br />
portuguesa».<br />
JULHO 2007<br />
Retail Parks de Portugal<br />
prepara investimento<br />
de 50 M�<br />
A Retail Parks de Portugal (RPP) prepara-se<br />
para iniciar, em breve, a construção do Retail<br />
e do Business Park de Santarém, num<br />
investimento previsto que deverá ascender<br />
aos 50 milhões de euros (M�). Após<br />
três anos de impasse, o objectivo é ter<br />
os primeiros espaços para comercializar<br />
antes do final do ano, disse o presidente<br />
da RPP, João Alexandre Alves, citado pela<br />
Lusa.<br />
Para além do Retail Park, o projecto de Santarém<br />
também compreende um Business<br />
Park, numa área total de 50.000 m². O Business<br />
Park será desenvolvido numa área<br />
de 24.264 m², e irá disponibilizar áreas para<br />
instalação de empresas que vão dos 200 aos<br />
1.500 m². Irá funcionar como incubadora e<br />
nicho de empresas, «com todas as preocupações<br />
climáticas, ambientais, económicas e<br />
sociais», sendo dotado de uma central fotovoltaica,<br />
informa a mesma fonte.<br />
Reyal Urbis investe<br />
20 M� na compra de<br />
palácio em Lisboa<br />
A Reyal Urbis investiu 20 milhões de euros<br />
(M�) na compra do Palácio de Silva Amado,<br />
na capital portuguesa. A empresa espanhola<br />
quer transformar o imóvel numa unidade<br />
hoteleira com a classificação de cinco estrelas.<br />
As obras de transformação encontram-se<br />
incluídas no valor de compra do palácio, situado<br />
no Campo Mártires da Pátria e classificado<br />
como Monumento Nacional.<br />
Com uma área total de 9.000 m², o futuro<br />
hotel irá integrar-se na cadeia de luxo Rafaelhoteles.<br />
O projecto prevê 55 quartos,<br />
salões, restaurante, SPA e cerca de 400 m²<br />
de jardins e garagens privadas.<br />
As obras têm um prazo de execução previsto<br />
de 24 meses, estando prevista a entrada<br />
em funcionamento em 2009.
VI NEWS<br />
Braga Retail Center já<br />
abriu ao público<br />
A Bouygues <strong>Imobiliária</strong> inaugurou ontem o<br />
Braga Retail Center, um projecto inserido na<br />
rede de projectos comerciais de retail parks<br />
que a promotora quer implantar no mercado<br />
português até ao final de 2008. Este é o<br />
terceiro projecto comercial a ser inaugurado,<br />
estando já em funcionamento o Albufeira Retail<br />
Park e o Viana Retail Center. Foi adquirido<br />
pelo fundo de investimento alemão Commerz<br />
Grundbesitz, num negócio avaliado em<br />
26 milhões de euros. Localizado na cidade de<br />
Braga, o complexo tem uma área bruta locável<br />
de 18.800 m² e 550 lugares de estacionamento<br />
gratuito, e foi projectado pelo ateliê<br />
Broadway Malyan. O Braga Retail Center está<br />
completamente arrendado e conta com a<br />
presença de 16 retalhistas. A Jones Lang La-<br />
Salle foi a empresa responsável pela comercialização<br />
do complexo.<br />
Almada acolhe centro de negócios<br />
12<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
NEGÓCIOS & PROJECTOS<br />
Ciclum Farma instala<br />
novos escritórios na<br />
Quinta da Fonte<br />
A Ciclum Farma, que actua no ramo dos medicamentos<br />
genéricos, vai instalar-se, este mês, no edifício<br />
D. Amélia, no parque da Quinta da Fonte, em<br />
Oeiras, junto a Lisboa. Após a conclusão das obras<br />
de adaptação do espaço às suas necessidades, a<br />
sucursal portuguesa do grupo farmacêutico alemão<br />
vai ocupar uma área de 798 m².<br />
Propriedade da UBS Real Estate Kapitalanlagegesellschaft,<br />
o Edifício D.Amélia está inserido na<br />
terceira fase do parque de escritórios Quinta da<br />
Fonte, e tem uma área bruta superior a 5.000 m².<br />
Para além dos escritórios, possui ainda dois pisos<br />
para estacionamento, com capacidade para 149<br />
lugares, além de162 lugares no exterior. Entre os<br />
seus inquilinos constam empresas como a LG<br />
Electronics Portugal, a Bergé Automación, a Quick<br />
Win e a Caroptilinea.<br />
A maior cidade da margem sul do Tejo, Almada, vão beneficiar de uma nova centralidade de negócios,<br />
a partir do próximo ano. Trata-se do projecto Almada Business Center, a ser desenvolvido<br />
faseadamente, e que prevê a construção de dois edifícios de escritórios e um hotel, entre outras<br />
valências. O empreendimento representa um investimento na ordem dos 30 milhões de euros.<br />
Localizado junto ao Palácio da Justiça da cidade, o Almada Business Center ocupa uma área de<br />
44.200 m², e está a ser desenvolvido pela JLF Construções, a empresa seleccionada pela Câmara de<br />
Almada para construir este projecto. A primeira fase de execução prevê a construção de dois edifícios<br />
de escritórios com 5.152 m², com três pisos cada, um Health Center, supermercados e espaços<br />
de pequeno comércio. A fase seguinte contempla um hotel com seis pisos e 89 quartos duplos, bar,<br />
restaurante / sala de pequenos-almoços e salas de reuniões. Este conjunto irá estar ligado a uma<br />
praça central, que também será servida de percursos pedonais, bem como a um lago e a um jardim<br />
que integrará árvores. A construção do complexo foi recentemente iniciada, e a sua conclusão está<br />
prevista para meados do próximo ano. O atelier Nuno Leónidas Arquitectos Associados é o responsável<br />
pelo projecto de arquitectura do Almada Business Center.<br />
JULHO 2007<br />
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de Alcácer<br />
A OPCA ganhou o concurso para a empreitada<br />
e reabilitação e reforço da Ponte<br />
Metálica de Alcácer do Sal, inaugurada em<br />
1945. Construída num estilo semelhante<br />
ao da ponte D.Maria Pia, no Porto, a estrutura<br />
acusa o desgaste de muitos anos<br />
de serviço e beneficiará de uma profunda<br />
intervenção.<br />
Os trabalhos de requalificação contemplam<br />
o reforço e a reparação da estrutura<br />
metálica, incluindo a pintura, a substituição<br />
das lajes de betão e do gradil metálico<br />
do tabuleiro... Adjudicada pela Estradas<br />
de Portugal, esta obra tem um prazo de<br />
execução de 360 dias, e está avaliada em<br />
cerca de três milhões de euros. Depois de<br />
concluída, a obra a realizar pela OPCA irá<br />
permitir que a circulação automóvel na<br />
ponte se faça facilmente nos dois sentidos,<br />
graças a um sistema de sinalização<br />
automática por semáforos.<br />
Premier investe 19 M€<br />
na construção de 56<br />
apartamentos no Belas<br />
Clube de Campo<br />
Um dos maiores promotores imobiliários de<br />
França, o Grupo Premier vai investir 19 milhões<br />
de euros (M ) no desenvolvimento de<br />
um conjunto de 56 apartamentos no Belas<br />
Clube de Campo, com um projecto assinado<br />
pelo arquitecto português Frederico Valssassina.<br />
Com vista à sua comercialização, a empresa<br />
francesa já assinou um contrato com a<br />
Invesplano, a empresa mediadora do Grupo<br />
André Jordan.<br />
Segundo André Jordan, este investimento<br />
do Grupo Premier no Belas Clube de Campo<br />
representa «mais um acto de reconhecimento<br />
a nível internacional da qualidade e da valia<br />
do projecto promovido pela Planbelas».
VI NEWS<br />
Mercado de<br />
escritórios de Lisboa<br />
com performance<br />
«bastante positiva»<br />
no primeiro<br />
trimestre<br />
O primeiro trimestre do ano caracterizou-se<br />
pela «performance bastante<br />
positiva» do mercado de escritórios<br />
da cidade Lisboa, que registou uma<br />
absorção de 45.243 m², correspondentes<br />
a um total de 75 transacções. Estes<br />
dados foram agora revelados pela<br />
consultora Jones Lang LaSalle, no boletim<br />
do Mercado de Escritórios de Lisboa,<br />
relativo aos primeiros três meses<br />
de 2007. Segundo a consultora, este<br />
nível de absorção corresponde a 10%<br />
da oferta disponível, que actualmente<br />
totaliza os 436.486 m² de área locável<br />
de escritórios.<br />
A análise da Jones Lang LaSalle é bastante<br />
optimista: os responsáveis da<br />
consultora prevêem que, caso esta dinâmica<br />
se mantenha, o mercado de escritórios<br />
de Lisboa poderá vir a registar<br />
uma taxa de desocupação para apenas<br />
um dígito, a breve prazo. No final de<br />
Março, a oferta disponível de escritórios<br />
ascendia a 436.486, evidenciado<br />
uma taxa de desocupação de 10,74%<br />
do stock de escritórios da capital, que<br />
actualmente totaliza os 4.145.368 m².<br />
A taxa de desocupação obtida nos primeiros<br />
três meses do ano «evidencia já<br />
uma tendência de diminuição face ao<br />
trimestre anterior», em que este valor<br />
ascendia a 11,4 % do stock total.<br />
14<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
EMPRESAS & MERCADOS<br />
Mercado português de imobiliário turístico<br />
em ascensão<br />
A Aguirre Newman divulgou um estudo acerca do mercado português de imobiliário turístico, no<br />
qual conclui que este sector da economia vive um momento francamente positivo, ao apresentar<br />
um «crescimento exponencial» em qualidade e quantidade. De acordo com a consultora, entre os<br />
diversos projectos actualmente em desenvolvimento, 23 foram já classificados PIN (Projectos de<br />
Interesse Nacional) pelo Governo. Somam mais de 8.000 milhões de euros de investimento neste<br />
sector em Portugal e, em conjunto, representam a criação de 31.000 novos postos de trabalho.<br />
Ao longo dos últimos dez anos, o segmento da segunda habitação tem tido uma procura bastante<br />
expressiva. Actualmente, em Portugal existem 925.000 unidades de segunda habitação, refere a<br />
Aguirre Newman, adiantando que 50.000 proprietários são originários de outros países. Os agentes<br />
económicos têm estado atentos a este potencial. Segundo estes dados, no presente existe, já<br />
concretizados, ou em fase de concretização, um total de 22 resorts turísticos em território nacional.<br />
A consultora adianta ainda que existem actualmente outros 47 empreendimentos a serem desenvolvidos<br />
em Portugal.<br />
JULHO 2007<br />
CB Richard Ellis comercializa<br />
Herdade dos Salgados<br />
A CB Richard Ellis foi a parceira escolhida pelo Grupo CS para proceder à comercialização,<br />
em Portugal, do empreendimento Herdade dos Salgados, no concelho de Albufeira. Localizado<br />
junto à Praia dos Salgados, a Herdade dos Salgados é um projecto habitacional<br />
e turístico constituído por duas unidades hoteleiras de cinco estrelas, centro de congressos,<br />
apartamentos e moradias.<br />
Com uma área de 200 hectares, o empreendimento representa um dos maiores investimentos<br />
de sempre no Algarve, cerca de 300 milhões de euros. De acordo com o Grupo<br />
CS, «a procura tem excedido as perspectivas mais optimistas, sendo o mercado interno responsável<br />
por 70 % das vendas, seguido dos mercados inglês e espanhol».<br />
Centros Comerciais: mais 1,3 milhões de m² até 2009<br />
Os projectos de novos centros comerciais<br />
previstos para o mercado<br />
português durante o período 2007<br />
– 2009 ultrapassam os 1,3 milhões<br />
de m² de nova Área Bruta Locável<br />
(ABL), de acordo com European<br />
Shopping Centre Development, recentemente<br />
divulgado pela Cushman<br />
& Wakefield (C&W). Caso se<br />
concretizem todos os projectos<br />
planeados, a oferta de ABL deverá<br />
aumentar para quase 3,5 milhões<br />
de m², conclui a consultora. A Grande<br />
Lisboa e as regiões Norte e Centro<br />
serão as zonas do país que irão<br />
receber a maior parcela de novos<br />
investimentos neste segmento do<br />
mercado imobiliário.<br />
Actualmente a oferta total deste<br />
formato situa-se nos 2,15 milhões<br />
de m².
VI NEWS<br />
7 Seven SPA investe 8 M� em quatro novas unidades<br />
A 7 Seven SPA vai investir oito milhões de euros (M�) no desenvolvimento de quatro novos<br />
Spa’s em Portugal: o 7 Seven SPA Vilamoura; 7 Seven SPA Monte Santo; 7 Seven Wine SPA e<br />
o 7 Seven SPA Palácio Valverde. Entretanto, a empresa anunciou que se prepara para dar os<br />
primeiros passos no processo de internacionalização, acompanhando a expansão do Grupo<br />
Imocom (do qual é parte integrante), através dos seus investimentos em empreendimentos<br />
turísticos no Brasil e Palop’s.<br />
Fundada em 2006, a 7 Seven Spa faz parte do universo Imocom, e é a primeira empresa portuguesa<br />
«unicamente especializada na exploração e gestão de SPA’s». A marca conta já com<br />
um city Spa, e prepara a abertura, em Setembro, do maior Spa da Península Ibérica, em Vilamoura.<br />
FII portugueses geriram 9.510,3 M� em Maio<br />
O valor sob gestão dos Fundos de Investimento Imobiliário (FII) portugueses atingiu os 9.510,3<br />
milhões de euros (M�) no final do mês de Maio, o que reflecte um ligeiro acréscimo, na ordem<br />
dos 0,4%, do investimento face ao mês de Abril, segundo os dados divulgados pela Comissão<br />
do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM). Durante o mês passado, o montante sob gestão<br />
dos Fundos Especiais de Investimento Imobiliário aumentou 4,5%, relativamente ao mês anterior,<br />
atingindo os 545 milhões de euros.<br />
Em Maio, foi constituído um novo fundo de investimento imobiliário fechado, o Galleon Capital<br />
Partners, gerido pela Fund Box, e verificou-se a transferência de gestão do fundo de investimento<br />
imobiliário fechado Estamo, da Fundimo para a Fundiestamo.<br />
Jones Lang LaSalle disponibiliza serviços<br />
de Arquitectura em Portugal<br />
A consultora Jones Lang LaSalle lançou uma oferta de serviços de arquitectura em Portugal. «O<br />
lançamento desta nova área de negócio pretende capitalizar o know how da empresa AreaZero»,<br />
segundo comunicado. Parte integrante do Grupo Jones Lang LaSalle, a AreaZero é líder em<br />
Espanha na concepção e execução de projectos chave-na-mão de escritórios, espaços comerciais<br />
e hotelaria. A partir de agora, a equipa da AreaZero está distribuída entre Lisboa, Barcelona<br />
e Madrid, contando com mais de 35 profissionais. O departamento de Arquitectura da Jones<br />
Lang LaSalle em Portugal é liderado por Francisco Silva Ribeiro.<br />
16<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
EMPRESAS & MERCADOS<br />
Sonae Sierra com resultado líquido de 19,1 M�<br />
no primeiro trimestre de 2007<br />
A Sonae Sierra apresentou os resultados do exercício do primeiro trimestre de 2007. Neste<br />
período, a empresa portuguesa registou um resultado líquido de 19,1 milhões de euros (M�),<br />
num decréscimo de 28% em relação a igual período de 2006. O EBITDA atingiu os 36,3 M� no<br />
mesmo período, contra os 35,4 M� dos primeiros três meses do ano passado, o que representa<br />
um aumento de 3%.<br />
Contudo, a empresa terminou o primeiro trimestre deste ano com um resultado directo de<br />
22,1 M�, o que representa um crescimento de 12% face ao período homólogo. O crescimento<br />
deste resultado foi consequência do aumento do portfólio da empresa, com a incorporação de<br />
novos activos, como os centros comerciais Modelo de Albufeira e Modelo de Portimão, em Janeiro<br />
deste ano. O decréscimo de 28% no Resultado Liquido da Sonae Sierra, em comparação<br />
com o mesmo período de ano passado, «deve-se fundamentalmente a um menor Resultado<br />
Indirecto», segundo comunicado.<br />
JULHO 2007<br />
DBK prevê<br />
recuperação do<br />
mercado residencial a<br />
médio prazo<br />
Um estudo recentemente divulgado pelos<br />
consultores da DBK prevê uma gradual recuperação<br />
do mercado residencial português<br />
a médio prazo. Segundo os consultores,<br />
este facto está directamente associado<br />
à previsão da recuperação da economia<br />
nacional entre 2007 e 2008. Este relatório<br />
revela também que o mercado imobiliário<br />
português irá conhecer progressos no que<br />
concerne à diversificação do sector, sobretudo<br />
pela parte de empresas «que até<br />
agora estavam mais vocacionadas para o<br />
mercado residencial». Desta forma, a curto<br />
prazo, «o caminho passa pelo dinamismo<br />
de uma oferta mista, que envolva a componente<br />
residencial, comercial e de escritórios,<br />
bem como para o aproveitamento<br />
e nichos de mercado, como é o caso da<br />
segunda habitação, promoção associada<br />
a campos de golfe e empreendimentos<br />
residenciais para estudantes».<br />
Gestão e alienação do<br />
património do Estado<br />
têm novas regras<br />
O Governo português aprovou um novo<br />
regime jurídico relativo à gestão e alienação<br />
de bens imóveis do Estado e institutos públicos.<br />
O novo regime privilegia a negociação<br />
e ajuste directo em detrimento da hasta<br />
pública. Nele se prevê também a criação de<br />
um programa de gestão patrimonial e do<br />
programa de inventariação, bem como, de<br />
regras sobre a regularização matricial e o<br />
registo predial.
VI NEWS<br />
Prea ganha a gestão de dois novos edifícios na avenida<br />
da Liberdade<br />
A Prea – Portuguese Real Estate Advisors ganhou a gestão de dois novos edifícios localizados<br />
na avenida da Liberdade, em Lisboa, reforçando a sua presença no Central Business<br />
District da capital. Tratam-se do Edifício Liberdade 249 e do Edifício Skandia.<br />
Antiga sede da Shell portuguesa, o Edifício Liberdade 249 foi recentemente submetido a obras<br />
de remodelação, que incluíram a requalificação de fachadas. Com uma área total de cerca de<br />
9.000 m², o imóvel tem oito pisos com cerca de 800 m² cada. Originalmente desenvolvido por<br />
um promotor sueco na primeira metade da década, o Edifício Skandia é constituído por dois<br />
corpos distintos, localizados na Av. da Liberdade e Rua de São José. No total disponibiliza uma<br />
área de cerca de 4.500 m² de escritórios e 1.500 m² de comércio. Presente no mercado português<br />
há cinco anos, a Prea gere actualmente uma carteira com cerca de 500.000 m² para vários<br />
clientes institucionais. Gere um portfólio imobiliário avaliado em mais de 1.500 milhões de<br />
euros, relativos a uma série de investidores nacionais e internacionais, entre os quais se destacam<br />
a Pramerica, UBS, Meag, DEGI, BCP, BPI, BPN, BANIF e Chamartín, San José, Imorendimento<br />
e Imopólis / JP Morgan, entre outros.<br />
Aguirre Newman fecha comercialização do edifício<br />
MiraLisboa<br />
A consultora portuguesa Aguirre Newman anunciou a conclusão da comercialização do Edifício<br />
MiraLisboa, localizado na avenida Fontes Pereira de Melo, na capital portuguesa. Propriedade<br />
da promotora espanhola Hercesa, o imóvel conta com nove pisos, (oito dos quais para arrendamento)<br />
com 2.225 m² destinados a uso de escritórios e 246 m² a espaços comerciais. O imóvel<br />
alberga a sede da Hercesa em Portugal.<br />
Em Setembro de 2006, a proprietária instruiu a Aguirre Newman para proceder à comercialização,<br />
em regime de exclusividade, deste imóvel. Nos primeiros cinco meses, a consultora colocou<br />
quatro empresas em cinco pisos deste edifício: o Cartório Notarial Frederico Sousa Franco, a<br />
Agni, a Pedro Pinto Reis e Associados, e a Arthur D. Little. Passados nove meses, a Aguirre Newman<br />
completa agora a comercialização do MiraLisboa, com a colocação, nos últimos pisos disponíveis,<br />
das empresas Bodaclic, Fortunália e Vertical One.<br />
Recorde-se que o edifício MiraLisboa foi adquirido pela Hercesa no final de 2005, sendo posteriormente<br />
alvo de profundas obras de remodelação.<br />
18<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
EMPRESAS & MERCADOS<br />
CGD e Turismo de Portugal lançam linha de crédito<br />
para projectos turísticos<br />
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Turismo de Portugal (TP) lançaram uma nova linha<br />
de crédito com vista ao financiamento de projectos turísticos «que contribuam para<br />
o aumento da qualidade, diversificação e competitividade da oferta do sector turístico<br />
nacional». A linha de crédito vigorará pelo prazo de dois anos, e destina-se ao financiamento<br />
de projectos nas áreas da hotelaria, restauração, animação turística e golfe.<br />
Relativamente à linha de crédito anterior, as principais vantagens são as taxas de juro mais baixas.<br />
Outras das suas vantagens incluem prazos alargados de financiamento (de 6 a 15 anos), consoante<br />
a tipologia de projectos e a possibilidade de cumulação com quaisquer incentivos e apoios. Este<br />
apoio pode atingir os oito milhões de euros por operação, sendo que os montantes de financiamento<br />
poderão ascender a 75% do valor total dos investimento a realizar, não podendo os capitais<br />
próprios a afectar ao projecto ser inferiores a 25% do investimento. Em regra, o montante concedido<br />
será suportado em 75% pela CGD e em 25% pelo TP. No caso de Pequenas e Médias Empresas, a<br />
repartição será suportada na proporção de 50% pela CGD e de 50% pelo TP.<br />
JULHO 2007<br />
Grupo Pestana<br />
apresenta o «novo»<br />
Pestana Sauípe<br />
Beach Pousadas<br />
Um dos maiores players nacionais do<br />
sector do turismo e um dos maiores<br />
investidores no mesmo sector em<br />
território brasileiro, o grupo Pestana<br />
apresenta o recém remodelado Pestana<br />
Sauípe Beach Pousadas, explorado<br />
através da marca hoteleira Pestana<br />
Hotels & Resorts. Recorde-se que o<br />
grupo português é o responsável pela<br />
gestão das Pousadas de Sauípe desde<br />
Outubro do ano passado.<br />
Nos últimos meses, o Grupo Pestana<br />
tem vindo a desenvolver uma operação<br />
de implementação do conceito<br />
Pestana nesta unidade. O projecto<br />
estratégico para a unidade da rede<br />
portuguesa no complexo incluiu a<br />
mudança de nome da unidade que, a<br />
partir de agora, passa a chamar-se Pestana<br />
Sauípe Beach Pousadas.<br />
«Concluídos os primeiros meses de<br />
implantação do conceito Pestana ao<br />
hotel, a alteração do nome era um passo<br />
já aguardado. O hotel contará com a<br />
força do branding Pestana e terá maior<br />
exposição e dinamismo no mercado»,<br />
sublinha Francisco Lopes, Administrador<br />
do Grupo Pestana para a América<br />
do Sul.<br />
Implantado na «melhor localização do<br />
complexo da Costa do Sauípe», junto<br />
a Vila Nova da Praia, o Pestana Sauípe<br />
Beach Pousadas é um hotel temático<br />
com seis edifícios, e com uma oferta<br />
de 168 apartamentos e suites. No hotel<br />
existe um vasto leque de infra-estrturas<br />
de lazer para a prática de golfe,<br />
desportos náuticos e equestres, para<br />
além de um Spa.
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VI NEWS<br />
France Terre visitou o<br />
Belas Clube de Campo<br />
A France Terre, uma das maiores promotoras<br />
imobiliárias residenciais francesas,<br />
comemorou o seu 30º aniversário com<br />
uma deslocação a Lisboa de 150 dos seus<br />
colaboradores. O programa da viagem<br />
incluiu uma visita de trabalho ao Belas<br />
Clube de Campo, «por ser considerado um<br />
projecto de referência e um empreendimento<br />
exemplar em termos de qualidade<br />
arquitectónica e ambiental», refere o comunicado.<br />
Daniel Monteiro<br />
distinguido com o<br />
Prémio Nacional de<br />
Arquitectura Paisagista<br />
O arquitecto paisagista Daniel Monteiro,<br />
do atelier Arqt.Of, é o vencedor da edição<br />
deste ano do Prémio Nacional de Arquitectura<br />
Paisagista (PNAP), pela concepção<br />
do projecto do Estádio Municipal de Braga.<br />
O troféu foi entregue em Lisboa, por<br />
Gilberto Jordan.<br />
SIMA volta a bater<br />
recordes em 2007<br />
A edição de 2007 do Salão Imobiliário de<br />
Madrid (SIMA), que decorreu entre 29 de<br />
Maio e 2 de Junho, voltou a bater recordes,<br />
quer ao nível de visitantes, quer ao nível de<br />
expositores. Com um total de 800 expositores<br />
presentes, distribuídos por 500 stands,<br />
o salão de Madrid recebeu um total de<br />
159.827 visitantes, dos quais 21.810 profissionais,<br />
num aumento de 1,9% em relação<br />
ao ano anterior.<br />
A área útil de exposição também cresceu<br />
na nona edição, aumentando 20% em relação<br />
a 2006, passando para os 57.000 m²<br />
distribuídos pelos seis pavilhões do Parque<br />
Juan Carlos I, na capital espanhola. A superfície<br />
média contratada por cada stand aumentou<br />
8,2% face ao ano passado.<br />
20<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
PESSOAS & EVENTOS<br />
Apresentadas as<br />
novidades do SIL 2007<br />
Já foi apresentada a décima edição do Salão<br />
Imobiliário de Lisboa (SIL) e da sua Comissão<br />
Organizadora. Este ano, a maior feira do sector<br />
imobiliário em Portugal irá contar com quatro<br />
pavilhões de exposições e o pavilhão multiusos,<br />
prevendo-se a participação de 325 expositores,<br />
prevendo-se a vinda de cerca de 30 mil<br />
visitantes. A Comissão Organizadora, presidida<br />
por João Dotti, da AIP, prevê um crescimento<br />
de 28% nos expositores internacionais, consolidando<br />
a presença dos mercados de Espanha,<br />
Brasil e Angola.<br />
O SIL2007 vai realizar-se de 24 a 28 de Outubro,<br />
e terá lugar nas instalações da Feira Internacional<br />
de Lisboa (FIL), no Parque das Nações.<br />
Jaime Lopes sucede a<br />
Rui Alegre na Chamartin<br />
<strong>Imobiliária</strong><br />
Jaime Lopes foi<br />
nomeado CEO<br />
da Chamartín<br />
<strong>Imobiliária</strong> SGPS<br />
SA para Portugal,<br />
sucedendo a<br />
Rui Alegre como<br />
responsável pela<br />
condução global<br />
dos negócios<br />
da empresa em<br />
Portugal. O novo<br />
CEO irá manter<br />
o cargo de responsável<br />
pelos Centros Comerciais da marca<br />
Dolce Vita.<br />
Em comunicado, a Chamartín <strong>Imobiliária</strong> «reconhece<br />
o trabalho desenvolvido por Rui Alegre<br />
no momento em que este cessa as suas funções»,<br />
explicando que a nomeação de Jaime Lopes «é<br />
o reconhecimento da qualidade da estrutura em<br />
Portugal e reflecte o compromisso que a Chamartín<br />
tem com os seus stakeholders na continuação<br />
das excelentes relações empresariais e institucionais»,<br />
que a empresa quer «consolidar e continuar<br />
a expandir».<br />
Administrador da empresa em Portugal, Jaime<br />
Lopes desempenha há vários anos o cargo de<br />
Vice-Presidente Executivo, e é responsável pelos<br />
centros comerciais Dolce Vita.<br />
JULHO 2007<br />
ULI Portugal visita<br />
empreendimento da Sonae<br />
em Tróia<br />
No passado dia 24 de Maio, uma comitiva<br />
composta por 32 representantes do Urban<br />
Land Institute (ULI) Portugal visitou o empreendimento<br />
Tróia Resort, na Península de<br />
Tróia. O encontro decorreu no local onde<br />
estão já a decorrer as obras daquele empreendimento<br />
promovido pela Sonae Turismo.<br />
O administrador da Sonae Turismo,<br />
Rui D’Ávila, foi o anfitrião deste encontro<br />
que reuniu arquitectos, investidores, consultores<br />
e promotores, entre outros profissionais<br />
Isabel Vasconcelos<br />
responsável pelo<br />
Marketing e Vendas<br />
do Pestana Residence<br />
Desde o início do mês de Junho, Isabel Vasconcelos<br />
é a nova responsável pela área de Marketing<br />
e Vendas da recém criada marca Pestana<br />
Residence, que actuará no mercado do imobiliário<br />
turístico e turismo residencial. «Este é um<br />
desafio profissional irrecusável, já que se trata<br />
de uma oportunidade única de desenvolver,<br />
de raiz, um projecto de grande importância<br />
estratégica para o Grupo Pestana», comenta a<br />
responsável.<br />
Integrada no Grupo Pestana desde 1999, Isabel<br />
Vasconcelos é licenciada em Direcção e<br />
Gestão Hoteleira pela escola Superior de Hotelaria<br />
e Turismo do Estoril, e conta com uma<br />
vasta experiência profissional nos mercados<br />
internacionais, tendo já passado por diferentes<br />
unidades hoteleiras na Madeira, Sintra, Londres<br />
e Santiago do Chile.
Especialistas em Imobiliário<br />
www.sil.pt
VI NEWS<br />
Ann Charnock é a nova<br />
Associate Director da<br />
Jones Lang LaSalle<br />
A Jones Lang LaSalle nomeou Ann Charnock,<br />
Directora de Office Agency & Corporate<br />
Solutions, para o cargo de Associate Director<br />
da consultora em Portugal. A partir de agora,<br />
o escritório de Lisboa passa a contar com<br />
quatro Associate Directors: Patrícia Araújo<br />
(departamento de Retail Leasing), Cristina<br />
Cristóvão (departamento de Estudos), e Pedro<br />
Lancastre (Capital Markets). Actualmente,<br />
Ann Charnock é responsável por todas as<br />
aquisições de espaço, serviço de projecto e<br />
promoções, consultoria de arrendamento e<br />
serviços de Corporate Solutions para o mercado<br />
português.<br />
Matilde Valadares reforça<br />
equipa da DTZ em Portugal<br />
A DTZ acaba de reforçar a sua equipa em Portugal,<br />
com a recente contratação de Matilde<br />
Valadares, que irá desempenhar as funções<br />
de Director Financeira da consultora. Licenciada<br />
em Organização e Gestão de Empresas<br />
pelo ISCTE, a nova directora financeira tem<br />
34 anos, e iniciou a sua carreira na área financeira<br />
em 1996. Desde há nove anos que desenvolvia<br />
a função de Assistant Controller na<br />
BCG – Bóston Consulting Group, tendo como<br />
principais funções a coordenação e revisão<br />
da actividade contabilística. Em 1996, ano<br />
de licenciatura, integrou o Departamento de<br />
Estatística do Ministério para a Qualificação<br />
e o Emprego como Técnica Superior na Divisão<br />
de Coordenação de Projectos. Em 1997,<br />
foi nomeada Assistente do Departamento Financeiro<br />
da Ketrans Transitários, Lda.<br />
22<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
PESSOAS & EVENTOS<br />
CB Richard Ellis no indice<br />
Business Week 50<br />
O grupo CB Richard Ellis foi seleccionado como um<br />
dos «50 melhores do índice S&P 500», divulgado<br />
pela Business Week, na edição de Março de 2007.<br />
Os editores da conceituada publicação classificaram<br />
estas 50 empresas como as «melhores em<br />
cada um dos 10 sectores de actividade diferentes<br />
que analisámos». A CB Richard Ellis foi classificada<br />
como a 16ª de uma elite de 50 empresas, à frente<br />
de grandes grupos como a Oracle, a Morgan<br />
Stanley, a AT&T, a Microsoft ou a Apple. Ao longo<br />
do exercício de 2006, o grupo CB Richard Ellis foi<br />
responsável por mais de 224 mil milhões de dólares<br />
em transacções de venda e arrendamento de<br />
propriedade imobiliária e pela gestão de mais de<br />
17 mil milhões de metros quadrados de imóveis.<br />
Instituto Real Britânico de<br />
Arquitectos premeia Casa<br />
da Música<br />
Projectada pelo arquitecto holandês Rem<br />
Koolhaas, a Casa da Música, na cidade do<br />
Porto, foi distinguida com o Prémio Europeu<br />
do Instituto Real Britânico de Arquitectura. O<br />
prémio foi anunciado durante o jantar anual<br />
dos Prémios Nacionais e Internacionais de<br />
2007 do Royal Institute of British Architects.<br />
Para o administrador – delegado da Casa da<br />
Música, Nuno Azevedo, este «é um prémio<br />
que em muito prestigia a Casa da Música, na<br />
medida em que reconhece não só o trabalho<br />
do arquitecto Rem Koolhaas, como também<br />
o empenho de toda uma equipa que desde<br />
que o projecto se iniciou esteve envolvida na<br />
concepção, construção e operação da Casa<br />
da Música», disse à Agência Lusa.<br />
JULHO 2007<br />
Gilberto Jordan<br />
presidiu debate sobre<br />
o Resort do Futuro<br />
O administrador do Grupo André Jordan,<br />
Gilberto Jordan, presidiu, no passado dia<br />
6 de Junho, na cidade alemã de Hamburgo,<br />
a um workshop subordinado ao tema<br />
«O Resort do Futuro». Na qualidade de<br />
co-chairman do European Resort Development<br />
Council do Urban Land Institute<br />
(ULI), o gestor português presidiu aos trabalhos<br />
de um encontro que foi moderado<br />
por Chris Lubkeman, director de Foresight<br />
& Innovation da ARUP. Durante a sessão,<br />
cerca de duas dezenas de especialista europeus<br />
projectaram as principais tendências<br />
dos consumidores nas áreas das férias<br />
e do lazer para as próximas duas décadas,<br />
analisando os conceitos que presidirão<br />
ao desenho da oferta turística ao longo<br />
desse período. Enquanto co-chairman do<br />
ULI Europe Resort Development Council,<br />
Gilberto Jordan tem como missão «ajudar<br />
a promover a criação de um fórum paneuropeu<br />
para empreendedores inovadores<br />
da indústria imobiliária, especialmente<br />
ligados ao desenvolvimento de resorts,<br />
hotelaria e turismo», refere o comunicado.<br />
Praia d’El Rey é o<br />
melhor Golf Resort<br />
da Europa em 2007<br />
O empreendimento Praia D’El Rey Golf & Beach<br />
Resort recebeu o prémio de melhor Golf<br />
Resort da Europa em 2007. A distinção foi obtida<br />
durante os International Golf Travel Market<br />
Awards, prémios instituídos pela International<br />
Association on Golf Tour Operators. Em<br />
comunicado, os responsáveis deste projecto<br />
afirmam que «o prémio destaca a qualidade<br />
do conjunto global das infra-estruturas turísticas<br />
do empreendimento». Segundo o administrador<br />
do grupo Béltico, José Pampolim,<br />
«conseguimos o nosso objectivo principal,<br />
que era criar um resort de grande qualidade,<br />
bem integrado na paisagem e riqueza<br />
natural envolvente, bem sucedido e que se<br />
transformou num pólo dinamizador para o<br />
desenvolvimento da região». Localizado na<br />
Costa da Prata, perto de Óbidos, o Praia D’El<br />
Rey é propriedade do Grupo Béltico.
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VI NEWS<br />
Parque da Cidade...<br />
desportiva<br />
O Parque da Cidade albergará, em<br />
cerca de 40 mil m² da sua área, uma<br />
cidade desportiva. A área será cedida<br />
em direito de superfície pela Câmara<br />
do Porto ao Sport Club do Porto, visando<br />
a requalificação de uma zona<br />
actualmente degradada, correspondente<br />
ao estaleiro, e também a disponibilização<br />
de apoios estruturais ao<br />
designado Queimódromo. Os terrenos<br />
serão cedidos por um prazo de 27<br />
anos, contados a partir da celebração<br />
do protocolo entre ambas as partes,<br />
e por um valor de 508,3 mil euros. O<br />
valor total do investimento na construção<br />
da futura cidade desportiva<br />
ascende a 10 ME. Já o valor para a cedência<br />
dos terrenos foi fixado em cerca<br />
de 3,5 ME e o montante a atribuir à<br />
utilização do equipamento por parte<br />
da Câmara do Porto, num período de<br />
25 anos, em cerca de 3 ME.<br />
O projecto pretende ser um empreendimento<br />
de multifuncionalidade e<br />
requalificador da área onde será implantado,<br />
dinamizando uma parte esquecida<br />
da Circunvalação. Com este<br />
contrato, o Sport Club do Porto fica<br />
obrigado a construir, numa primeira<br />
fase e no prazo de 12 meses, um empreendimento<br />
que integrará um campo<br />
desportivo de relva sintética com<br />
4950 metros quadrados, um polidesportivo<br />
com 1260 metros quadrados,<br />
dois campos de voleibol, três campos<br />
de ténis ao ar livre e quatro campos<br />
cobertos. Numa segunda fase deste<br />
projecto, o Sport Club comprometese<br />
a, em cinco anos, ampliar o empreendimento<br />
construído por via da<br />
criação de diversos ginásios, piscinas,<br />
restaurante, zonas administrativas,<br />
sociais e de lazer, auditório, biblioteca<br />
e outras valências que se revelem necessárias<br />
à finalidade do edifício.<br />
24<br />
PORTO<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Squarestone investe 80 ME em Gaia<br />
A promotora britânica Squarestone vai investir 80 ME no Centro Histórico de Gaia nos próximos quatro anos.<br />
A construção de três empreendimentos habitacionais de luxo (um dos quais resultará de uma parceria com<br />
a sociedade The Fladgate Partnership) criará 160 habitações novas. Também do outro lado do Douro a empresa<br />
espreita novas oportunidades de investimento. O investimento de reconstrução de velhos armazéns<br />
será possível devido aos incentivos fiscais da Câmara e do Governo, em particular com a redução do IVA de<br />
21% para 5%. Os trabalhos arrancam no Outono, com a conversão da antiga fábrica da Destilaria do Álcool<br />
em 48 habitações de luxo. O investimento é de 21 ME e o preço estimado de comercialização ascende a 2750<br />
euros/m². A urbanização Rei Ramiro Terraces conta com 19 casas triplex, num investimento de 19 ME. O preço<br />
de venda do empreendimento revelado é de 3000/m². Além destes , o grupo Squarestone vai promover em<br />
parceria com o grupo Fladgate Partnership a reabilitação das antigas Caves Croft num condomínio fechado<br />
com moradias de luxo com 14 mil metros quadrados de área total.<br />
Obras avançam no Palácio<br />
da Bolsa<br />
O Palácio da Bolsa do Porto, sede da Associação<br />
Comercial do Porto, entrou oficialmente em obras<br />
de reabilitação. O investimento, que se estima que<br />
atinja os 1,7 ME, prevê correcções e melhoramentos<br />
estruturais relevantes ao nível das coberturas,<br />
clarabóias e caixilharias do Palácio da Bolsa do<br />
Porto. As obras, já visíveis do exterior, irão prolongar-se<br />
até ao mês de Dezembro. Por outro lado,<br />
as visitas e as restantes actividades não serão<br />
nunca interrompidas. Recorde-se que, em 2006,<br />
os turistas franceses foram os principais visitantes<br />
do Palácio da Bolsa (23.684), logo seguidos dos<br />
portugueses (16.884), dos italianos (10.440), dos<br />
espanhóis (9.510) e dos alemães (8.247).<br />
JULHO 2007<br />
Teleférico de Gaia<br />
concluído dentro de um ano<br />
A instalação do teleférico entre o Jardim do Morro<br />
e o Cais de Gaia, na margem esquerda do rio Douro,<br />
deverá estar concluida dentro de um ano. O Executivo<br />
gaiense atribuiu a construção do projecto<br />
à empresa Etermar, única que se apresentou no<br />
concurso público. Das duas alternativas de execução<br />
apresentadas pela Etermar - proposta-base e<br />
variante - a Câmara optou pela segunda hipótese.<br />
Assim, o teleférico terá 14 cabines de oito lugares e<br />
a autarquia receberá um milhão de euros durante a<br />
concessão de 20 anos (50 mil euros por ano). No que<br />
diz respeito à estrutura do teleférico, refira-se que,<br />
além dos terminais, serão implantados dois pilares<br />
de suporte um na Calçada da Serra, outro na Rua de<br />
Guilherme Gomes Fernandes, num terreno municipal.<br />
A concessão da Etermar incluirá a exploração<br />
de parcómetros, pelos quais a empresa entregará à<br />
Câmara 36 mil euros por ano (720 mil euros no total).<br />
O prazo de construção e de instalação destes equipamentos<br />
é de 90 dias.
VI NEWS<br />
Grupo Artagón vai<br />
investir 41 M� no<br />
Algarve<br />
O grupo espanhol Artagón vai realizar<br />
uma injecção de capital de 41 milhões<br />
de euros na construção de 450 fogos<br />
em duas cidades do Algarve, a partir do<br />
segundo semestre deste ano. O projecto<br />
do grupo empresarial para a região<br />
algarvia prevê a construção de 250 habitações<br />
em Armação de Pêra, em segunda<br />
linha de praia, e 200 unidades em<br />
Portimão.<br />
De acordo com o presidente do grupo,<br />
José Maria Terrón, «o principal objectivo<br />
deste empreendimento é a venda de<br />
habitação orientada para o turista britânico,<br />
em particular, e o português, em<br />
geral». Este projecto seguirá o modelo<br />
que o grupo está desenvolver nos seus<br />
empreendimentos em Espanha.<br />
Pine Cliffs Residence já<br />
está colocado em 75%<br />
O consórcio IFA, que detém o Pine Cliffs<br />
Resort, em Albufeira, no Algarve já vendeu<br />
75% dos 154 apartamentos T2 e T3<br />
do Pine Cliffs Residence. Com preços a<br />
partir dos 600 mil euros, os apartamentos<br />
têm garantido uma rentabilidade<br />
de 5% do investimento, nos primeiros<br />
três anos. Este empreendimento representa<br />
um investimento na ordem dos<br />
50 milhões de euros. Os proprietários<br />
destes apartamentos beneficiarão do<br />
apoio da Casa Pine Cliffs, que incluirá<br />
uma recepção, um restaurante, bar,<br />
terraço, ginásio, health centre, minimercado,<br />
piscina. Além disso, poderão<br />
usufruir das facilidades proporcionadas<br />
pelo Sheraton Algarve Hotel & Pine Cliffs<br />
Resort.<br />
26<br />
ALGARVE<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Engel & Völkers vai abrir duas lojas no Algarve<br />
A rede de imediação imobiliária alemã vai abrir<br />
três novas lojas em Portugal durante o Verão de<br />
2007, duas das quais localizadas na região do Algarve,<br />
em Almancil e Lagos. A terceira loja situase<br />
mais a norte, em Penafiel. Para além das lojas<br />
de Setúbal e Cascais, actualmente, a rede conta<br />
já com três lojas no Algarve, localizadas em Loulé,<br />
Albufeira e Lagoa.<br />
Direccionada para o segmento residencial de luxo, a rede mediação tem como objectivo para<br />
2007 a inauguração de dez lojas em Portugal e Espanha. Presente no mercado português desde<br />
2005, a Engel & Völkers prevê inaugurar mais 12 a 15 escritórios em 2008, e em 2009 quer<br />
entrar num ritmo anual de crescimento de 15 lojas com vista a chegar a um total de 75 escritórios<br />
em Portugal.<br />
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Portinho da Arrifana<br />
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do Verão<br />
Os trabalhos de requalificação e reforço de<br />
segurança do Portinho da Arrifana, no concelho<br />
de Aljezur, já começaram, e deverão estar<br />
concluídos antes do final do Verão.<br />
Este projecto representa um investimento de<br />
cerca de um milhão de euros, e prevê a construção<br />
de uma nova rampa e de um cais de<br />
embarque. Será também construído um pequeno<br />
molhe de protecção em pedra solta,<br />
bem como novas instalações sanitárias e um<br />
pequeno farol para auxiliar a navegação.<br />
JULHO 2007<br />
IFA prepara projecto<br />
da Quinta do Freixo<br />
A IFA, através da United Investments Portugal,<br />
que promove o Pine Cliffs Resort Sheraton<br />
Algarve, está a desenvolver mais um megaempreendimento<br />
de turismo e imobiliário de<br />
luxo na região do Algarve. Trata-se do projecto<br />
da Quinta do Freixo, a 15 minutos do Pine<br />
Cliffs, em Albufeira.<br />
Localizado na serra, o empreendimento desenvolve-se<br />
numa área de 400 hectares. Os<br />
trabalhos deverão ter início dentro de 18 meses,<br />
altura em que se prevê que o processo de<br />
licenciamento esteja concluído.<br />
Aprovado o Plano de Urbanização do resort<br />
de Palmares<br />
A Assembleia Municipal de Lagos deu luz verde ao Plano de Urbanização do resort turístico de<br />
Palmares, promovido pelo Grupo Onyria. O projecto, que pode agora avançar, representa um investimento<br />
global na ordem dos 300 milhões de euros, e será edificado na zona da Meia-Praia.<br />
Classificado pelo Governo de Projecto de Potencial Interesse Nacional (PIN), o Palmares Resort desenvolve-se<br />
numa área de 200 hectares, e vai integrar um Hotel de cinco estrelas com 200 quartos,<br />
um Spa e um novo campo de golfe de nove buracos, a acrescentar aos 18 buracos já existentes.<br />
Também serão construídas 450 unidades residenciais. Comprado pelo Grupo Onyria à Sonae Turismo<br />
há quatro anos, este projecto já pertenceu a diversas entidades bancárias, e deverá começar a<br />
ser desenvolvido ainda este ano. A conclusão dos trabalhos está prevista para 2012.
VI NEWS<br />
Espanha é o pais europeu<br />
que mais centros comerciais<br />
inaugurará até 2008<br />
Até ao final do próximo ano, está prevista a abertura<br />
de 17 milhões de metros quadrados de nova<br />
área bruta locável (ABL) de centros comerciais na<br />
Europa, dos quais 6,34 milhões irão abrir ainda<br />
este ano, segundo o estudo European Shopping<br />
Centre Development, recentemente divulgado<br />
pela Cushman & Wakefield. Com um total de 1,93<br />
milhões de metros quadrados previstos, Espanha<br />
lidera o ranking dos países que mais inaugurações<br />
de espaços comerciais terão em 2007 e 2008.<br />
Actualmente existem na Europa 97 milhões de<br />
metros quadrados de centros comerciais, 5,8 milhões<br />
dos quais foram inaugurados durante o ano<br />
passado. Os 17 milhões de metros quadrados de<br />
nova ABL prevista para 2007-2008, representa um<br />
crescimento de 13% em relação aos espaços comerciais<br />
que abriram em 2007.<br />
GTM entra no mercado romeno<br />
28<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
ESPANHA E EUROPA<br />
Retornos imobiliários<br />
totais na Europa atingiram<br />
os 13,3% em 2006<br />
O mercado Pan-Europeu de investimento<br />
imobiliário teve um forte desempenho ao<br />
longo do ano passado 2006. De acordo com<br />
o IPD Pan European Index 2006, no ano de<br />
2006, os retornos imobiliários totais na Europa<br />
em divisas locais, excederam os valores<br />
de 2005, atingindo os 13,3%, contra os 11,8%<br />
do ano anterior. Em 2006, a componente de<br />
valorização do capital cresceu para os 7,8%,<br />
embora o retorno das rendas tenha ficado<br />
ligeiramente abaixo do valor de 2005, situando-se<br />
nos 5,1%.<br />
De acordo com os responsáveis do IPD (Investment<br />
Property Databank) Global, estes resultados<br />
evidenciam os efeitos dos movimentos das<br />
taxas de câmbio nos retornos do investidor. A<br />
forte depreciação do dólar em 2006 levou a que<br />
os retornos totais nesta divisa tenham sido significativamente<br />
mais altos face ao ano anterior:<br />
passando dos -2,1% em 2005 para os 27,6% em<br />
2006. Da mesma forma,<br />
os retornos totais<br />
em ienes também tiveram<br />
uma excelente<br />
performance, atingindo<br />
os 28,8%, segundo<br />
o índice IPD.<br />
A construtora espanhola GTM abriu uma filial em Bucareste, na Roménia, que se soma às outras<br />
quatro que a companhia tem no estrangeiro, nas cidades de Londres, Lisboa, Estocolmo e Andorra.<br />
O seu primeiro projecto naquele país do leste da Europa será a construção do Palácio de Exposições<br />
e Congressos de Galati, orçado em cerca de 6,3 milhões de euros (M�). O objectivo da GTM é<br />
alcançar os 120 M� de investimento nos próximos três anos.<br />
Para a empresa, que se encontra a ultimar a aquisição de terrenos naquele país, a Roménia oferece<br />
excelentes oportunidades de negócio, sobretudo no segmento residencial, explicou o conselheiro<br />
delegado da GTM, Javier Cirac. Esta nova abertura, no mercado romeno, insere-se na estratégia<br />
empresarial da GTM, cujos objectivos para este ano passam por fazer com que «15% do negócio<br />
provenham da actividade fora de Espanha», diz este responsável.<br />
Banco Santander quer encaixar 4.000 M� com a venda<br />
de imobiliário em Espanha<br />
O banco Santander Central Hispano, presente em Portugal, está a preparar uma das maiores operações<br />
imobiliárias jamais realizadas em Espanha. Segundo informações avançadas pelo jornal El<br />
País, a instituição vai alienar todos os seus imóveis, prevendo encaixar mais 4.000 milhões de euros<br />
(M�) com este negócio.<br />
Desta forma, o maior banco da Península Ibérica quer vender um conjunto de 44 edifícios relevantes,<br />
localizados em todo o território espanhol, e que inclui a sede do próprio Santander, em Madrid.<br />
Graças a este negócio, o banco estima obter uma mais valia de 1,4 mil M�.<br />
JULHO 2007<br />
Morgan Stanley Real<br />
Estate anuncia o primeiro<br />
investimento na Polónia<br />
O Morgan Stanley Real Estate’s Special Situations<br />
Fund III anunciou o seu primeiro<br />
investimento na Polónia. O fundo imobiliário<br />
comprou 25% do WAN SA, uma<br />
empresa imobiliária sedeada na cidade de<br />
Varsóvia, activa nos sectores de habitação,<br />
escritórios e logística.<br />
De acordo com a informação disponibilizada<br />
pela Morgan Stanley, o fundo concretizou<br />
este investimento através de um aumento<br />
do capital da empresa e da compra<br />
de quotas a alguns dos accionistas. Esta<br />
parceria entre a Morgan Stanley Real Estate<br />
e a WAN tem como objectivo fortalecer<br />
a estratégia de crescimento da WAN na Polónia,<br />
durante os próximos anos.<br />
John Carrafiell, Global Co-Head da Morgan<br />
Stanley Real Estate Investing, explicou que<br />
«acreditamos no forte crescimento económico<br />
da Polónia, e na sua forte procura por<br />
imobiliário de qualidade, o que constitui<br />
uma oportunidade atractiva para expandir<br />
a nossa plataforma de investimento».<br />
Evans Randall investe 165<br />
M� na compra do edifício<br />
The Rock em Amsterdão<br />
A Evans Randall Investment Management<br />
comprou o edifício de escritórios arrendado<br />
pela firma de advogados De Brauw Blackstone<br />
Westbroek em Amsterdão, num<br />
negócio avaliado em 165 milhões de euros<br />
(M�). O vendedor foi o consórcio Mahler4,<br />
que resulta de uma colaboração da Fortis<br />
Vastgoed ontwikkeling, G&S Vastgoed e da<br />
ING Real Estate.<br />
Designado de The Rock, este edifício ainda<br />
se encontra a ser construído, e compreende<br />
uma área de 30.000 m², dos<br />
quais 21.000 m² foram arrendados à De<br />
Braw Blackstone Westbroke.<br />
A CB Richard Ellis representou a Evans<br />
Randall neste negócio, e a Van Gool Elburg<br />
Vastgoedspecialisten representou<br />
os vendedores. Para a Evans Rendall este<br />
negócio representa a sua segunda maior<br />
compra em território holandês. Há um<br />
ano, o banco de investimento privado<br />
britânico também comprou o edifício De<br />
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O Edifício Ramazzotti situa-se em<br />
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(Lisboa - Cascais). Perfeitamente<br />
integrado numa zona consolidada<br />
de serviços e comércio, o Edifício<br />
����������� ���������� ��� ���� ��celente<br />
accessibilidade ao centro<br />
da cidade.<br />
Com uma área total de 12.746m2<br />
e 332 estacionamentos, o Edifício<br />
Ramazzotti tem quatro pisos de escritórios,<br />
um piso térreo de comércio<br />
e dois pisos de estacionamento<br />
Áreas disponíveis<br />
de 122 m² a 2.300 m²<br />
Pisos disponíveis<br />
2º e 3º<br />
Data disponibilidade<br />
imediata<br />
Preço arrendamento<br />
Desde 14 �/m²<br />
Estacionamentos<br />
40<br />
Tel. 217999960<br />
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Tel. 213555555<br />
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www.sil.pt
32<br />
OPINIÃO<br />
Por Eduardo Abreu<br />
Sócio da Neoturis – consultoria em turismo<br />
2ª Residência e Hotelaria:<br />
uma fórmula perfeita?<br />
A junção, no mesmo empreendimento, de hotelaria<br />
tradicional e produtos imobiliários destinados a<br />
2ª residência, é uma tendência que veio para ficar<br />
no mercado de resorts a nível global. Mais do que<br />
explicar a junção, o objectivo do presente artigo<br />
passa pela tentativa de demonstrar as vantagens<br />
– Estratégicas, Operacionais e Económicas – desta<br />
convivência. Sendo a hotelaria uma valência normalmente<br />
mais céptica em relação a esta realidade<br />
(com receio de uma canibalização do produto<br />
hoteleiro pelas 2ª residências no mesmo espaço<br />
geográfico ou sob a marca umbrella do empreendimento),<br />
comecemos por analisar as vantagens<br />
existentes, observadas a partir da hotelaria.<br />
Vantagens para a componente<br />
hoteleira (da proximidade e gestão<br />
integrada com produto imobiliário<br />
de 2ª residência)<br />
Estratégicas: através da promoção – agressiva e<br />
com meios financeiros normalmente muito significativos<br />
– das componentes residenciais, o hotel é<br />
promovido em mercados emissores, em segmentos<br />
de mercado e utilizando canais de distribuição/comunicação<br />
onde não actua tradicionalmente. Por<br />
outro lado, permite desenvolver unidades em destinos<br />
onde a equação económica de um hotel stand<br />
alone pode não ser atractiva quando comparada<br />
com destinos tradicionais. Acresce ainda o facto de<br />
poder, através do alinhamento estratégico com promotores<br />
imobiliários, levar a marca para novos destinos<br />
– para onde o promotor se desloca – com custos<br />
de desenvolvimento mais reduzidos.<br />
Operacionais: é evidente a existência de um<br />
maior número de pessoas (proprietários de 2ª residência,<br />
mas também seus familiares e amigos<br />
ou turistas que se alojam na habitação quando o<br />
proprietário se encontra ausente), e por isso mais<br />
oportunidades de negócio, na área de influência<br />
do hotel, assim como ao longo de um período do<br />
ano mais extenso. Sendo razoável admitir que a<br />
unidade hoteleira pode vir a ser responsável pela<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
comercialização das componentes de 2ª residência,<br />
pode diversificar também o seu mercado alvo<br />
com novos produtos (ex. vilas com 3/4 quartos para<br />
famílias numerosas ou grupos de amigos). Por último,<br />
a massa crítica que deriva da existência de um<br />
conjunto de 2ª residências permite (1) que o resort<br />
possa suportar economicamente uma maior variedade<br />
de equipamentos de entretenimento e lazer<br />
– valorizados e utilizados pelo hóspede do hotel e<br />
(2) diluir custos operacionais de espaços e equipamentos<br />
por um maior número de utilizadores.<br />
Económicas: o Hotel terá a possibilidade de aumentar<br />
a sua receita pela utilização de não hóspedes<br />
das suas infra-estruturas (ex. restaurantes,<br />
SPA,...), mas também pode posicionar-se como<br />
prestador de serviços fora da unidade, ou seja, directamente<br />
nas casas que se encontram na área<br />
de influência (ex. limpeza, room service, alimentação,...).<br />
Podem também as unidades hoteleiras<br />
beneficiar de sinergias operacionais e economias<br />
de escala ao nível da promoção ou da negociação<br />
com fornecedores, para mencionar os mais evidentes.<br />
Por último, pode constituir uma forma de<br />
alavancar financeiramente a promoção hoteleira; a<br />
existência de produto imobiliário pode tornar “bancável”,<br />
no mesmo pacote negocial, e com melhores<br />
condições, a construção de uma unidade hoteleira.<br />
E na perspectiva do promotor de 2ª residência<br />
quais serão, no contexto actual, as vantagens desta<br />
associação?<br />
Vantagens para a componente<br />
imobiliária (da proximidade e gestão<br />
integrada com hotelaria tradicional)<br />
Estratégicas: pode tirar partido do reconhecimento<br />
e exposição global de uma marca hoteleira<br />
(web-site, brochuras, participação em feiras,<br />
outros hotéis da rede...) para promoção do produto<br />
de 2ª residência. Por outro lado, a existência<br />
de uma unidade hoteleira permite “solicitar” ao<br />
mercado um premium por m² comercializado<br />
JULHO 2007<br />
(com casos de sucesso já demonstráveis). Por último,<br />
mas não menos importante, existe a garantia<br />
teórica de uma manutenção cuidada de toda<br />
a envolvente do empreendimento (o promotor<br />
e gestor hoteleiro necessitam de assegurar essa<br />
vertente ao longo de todo o ano).<br />
Operacionais: há uma menor necessidade de<br />
investimento – ou pelo menos uma sua partilha –<br />
em equipamentos e serviços de suporte, entretenimento<br />
e lazer; os existentes na unidade hoteleira<br />
dão resposta a parte das necessidades dos clientes<br />
de 2ª residência. Os clientes hoteleiros, por outro<br />
lado, sustentam operacionalmente investimentos<br />
significativos necessários à promoção imobiliária,<br />
de que são exemplos mais evidentes os campos<br />
de golfe. Existe também a possibilidade de partilha<br />
de recursos humanos ao nível da manutenção e da<br />
prestação de serviços hoteleiros.<br />
Económicas: são demonstráveis, através de<br />
exemplos existentes, as vantagens da presença<br />
hoteleira ao nível do aumento do valor e da velocidade<br />
de vendas do produto de 2ª residência.<br />
São também possíveis de alavancar redes hoteleiras<br />
globalmente consolidadas, nomeadamente<br />
os espaços existentes em hotéis e as bases de<br />
dados de clientes fidelizados, para a promoção<br />
eficaz de produtos imobiliários. Por último, o aumento<br />
da receita proveniente da inclusão de serviços<br />
hoteleiros no package associado à venda e<br />
posterior operação de uma 2ª residência, encerra<br />
com chave de ouro esta relação.<br />
Muitos promotores imobiliários e grupos hoteleiros<br />
de referência mundial já identificaram estas<br />
oportunidades, sendo cada vez mais difícil dissociar<br />
uma componente de outra. Marcas hoteleiras<br />
com sub-marcas dedicadas à imobiliária turística<br />
(como a Four Seasons, Aman, W ou Kempinski a<br />
nível internacional ou a nova marca Pestana Residences,<br />
em Portugal) demonstram esta oportunidade<br />
e têm vindo a aumentar a sua representatividade<br />
no mercado global de resorts.<br />
Porque o negócio hoteleiro, em determinados destinos<br />
e contextos, evolui para estadas longas e, no limite,<br />
permanentes; e porque o negócio imobiliário<br />
necessita de integrar os serviços tradicionalmente<br />
associados à hotelaria... não é então a fórmula perfeita<br />
uma crescente integração das duas valências<br />
ao nível da concepção, desenvolvimento, promoção<br />
e gestão de resorts no nosso século?
Por Ricardo Roquette<br />
Director do Departamento de Residencial, Cushman & Wakefield<br />
Gestão e Serviço<br />
– Factores decisivos<br />
para o sucesso de um<br />
Resort Turístico<br />
É cada vez mais comum ouvir dizer que a compra<br />
de uma segunda habitação será o acto mais emocional<br />
e menos racional que se pode fazer.<br />
Efectivamente, se dividirmos o custo de aquisição<br />
e manutenção de uma 2ª Habitação pelo número<br />
de dias que a mesma receberá a visita dos seus<br />
proprietários, rapidamente se conclui que provavelmente<br />
estamos a falar de um custo de utilização<br />
diário bem mais alto do que imaginamos e<br />
talvez mesmo irracional.<br />
A esta conclusão já chegaram há muito tanto os promotores<br />
como a grande maioria dos potenciais clientes<br />
compradores de uma segunda habitação em Resorts<br />
Turísticos e a resposta passa sem dúvida pelas já<br />
conhecidas fracções de utilização temporária.<br />
Quer se trate de “Time Sharing”, “Fractional”, simplesmente<br />
“buy to let” ou outra, não há dúvida<br />
que esta forma de vender produto imobiliário já<br />
se tornou sobejamente conhecida por quem promove<br />
resorts turísticos em Portugal, quanto mais<br />
não seja porque o tipo de enquadramento legal<br />
que regula o licenciamento deste tipo de projectos<br />
assim o obriga, mas o que parece pertinente<br />
saber é se a simples colocação no mercado de<br />
unidades afectas à exploração turística inseridas<br />
num empreendimento bem projectado e com<br />
uma localização geográfica privilegiada se traduzirá<br />
obrigatoriamente num sucesso de vendas.<br />
Ora, se a expectativa de quem adquire este tipo<br />
de habitação se traduz numa oportunidade de<br />
rendimento e numa ocupação chave-na-mão,<br />
então a promessa de uma Gestão e Serviço de<br />
excelência serão com certeza factores cruciais no<br />
momento da aquisição.<br />
A Gestão de sucesso deste tipo de unidades passa<br />
essencialmente pela forma eficaz com que é feita<br />
a promoção, divulgação da disponibilidade e ges-<br />
tão no arrendamento deste tipo de unidades de<br />
um Resort. Sem uma boa operação não se podem<br />
esperar níveis de ocupação que satisfaçam o rendimento<br />
esperado pelos seus proprietários, nem<br />
as semanas de férias sem os problemas e custos<br />
que uma 2ª habitação geralmente traz.<br />
Um nível de Serviço de Excelência é o garante de que<br />
quem visitou o resort e ocupou uma destas unidades,<br />
voltará, contribuindo para o rendimento gerado<br />
por estas unidades ou poderá mesmo tornar-se um<br />
potencial cliente para a aquisição de uma delas.<br />
A existência de bons níveis de Gestão e Serviço<br />
são o factor mais importante quando se trata de<br />
criar valor acrescentado a um produto imobiliário<br />
turístico. Este valor acrescentado reverterá naturalmente<br />
para o promotor na altura da primeira<br />
venda, e para o proprietário enquanto usufrui da<br />
sua casa e mais tarde quando a decide vender.<br />
Importa então saber como responder a esta questão<br />
que parece ser tão importante para garantir o<br />
sucesso dos Resorts Turísticos em desenvolvimento.<br />
A maioria dos promotores activos neste negócio,<br />
com honrosas excepções, tem no seu percurso<br />
profissional a promoção imobiliária “pura e dura”,<br />
quer seja na área de habitação, retalho ou escritórios,<br />
e o mais perto que terá estado da necessidade<br />
de facultar uma gestão e um conjunto<br />
de serviços aos seus clientes terá sido através do<br />
tradicional condomínio montado para gerir esse<br />
mesmo tipo de situações.<br />
Num Resort Turístico, também os serviços de condomínio<br />
são essenciais. A segurança, limpeza e manutenção<br />
das infra estruturas de uso comum, e outros<br />
serviços associados serão sempre necessários<br />
e, caso exista alguma experiência por parte do promotor,<br />
até poderão ser asseguradas por este, quer<br />
directamente, quer através de subcontratação.<br />
Já no que diz respeito à operação Turística a historia<br />
é bem diferente, pelo que a solução está longe<br />
de poder ser encontrada nas Páginas Amarelas.<br />
Geralmente, para além da obrigatoriedade de<br />
afectação de unidades à exploração turística, o<br />
enquadramento legal de um Resort Turístico implica<br />
a existência de um hotel.<br />
Este hotel, que para além de estar aberto ao público<br />
em geral deverá contar com a população interna<br />
do resort, pode igualmente ser a solução para a<br />
questão da Gestão e Serviço a prestar às unidades<br />
afectas à exploração Turística.<br />
Se à entidade exploradora ou proprietária do hotel<br />
for entregue a responsabilidade de gerir as ocupações<br />
e prestar serviços às unidades turísticas, então,<br />
estas áreas ficarão entregues aos verdadeiros profissionais<br />
aumentado assim a possibilidade de sucesso<br />
Quanto melhor e mais experiente for a entidade<br />
nomeada para a gestão do hotel, mais eficaz será a<br />
sua força de marketing e vendas que, paralelamente<br />
aos quartos de hotel, poderá e deverá promover e<br />
gerir a exploração das restantes unidades turísticas.<br />
Por outro lado, é com as infra-estruturas do hotel e<br />
com o seu mais qualificado pessoal que se deverão<br />
garantir os níveis de serviço tão ambicionados.<br />
Se bem negociada entre as partes (marca hoteleira e<br />
proprietário do resort) esta opção será seguramente<br />
muito positiva, deixando o promotor concentrar-se<br />
exclusivamente naquilo que é o seu “Core Business”<br />
– promover e vender produto imobiliário, ficando<br />
gestão e os serviços do resort para quem faz deles o<br />
seu principal negócio, a entidade hoteleira.<br />
Para o promotor, as vantagens são ainda maiores<br />
quando este se apercebe que ao seu produto<br />
imobiliário turístico se pode agora “colar” uma<br />
marca de prestígio que garantirá aos seus futuros<br />
proprietário o rendimento expectável e a certeza<br />
de umas férias bem passadas.<br />
Para o hotel, os benefícios de uma associação<br />
deste tipo também serão interessantes, podendo<br />
contar com uma maior capacidade de alojamento,<br />
com todas as vantagens que isso representa, e<br />
podendo aumentar a sua facturação através do<br />
“fee” de gestão que cobrará aos proprietários das<br />
fracções afectas à exploração.<br />
Uma certeza podemos todos ter, na altura da aquisição,<br />
a pergunta sobre quem ficará responsável sobre<br />
a gestão e os serviços do Resort será levantada<br />
por todos os compradores. Será talvez boa ideia ter a<br />
resposta mais adequada para lhes dar.<br />
33
PONTO DE VISTA<br />
Correr por gosto:<br />
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Jaime Lopes<br />
34<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
O novo CEO da Chamartin <strong>Imobiliária</strong> é também responsável pela<br />
expansão internacional da área de centros comerciais do Grupo<br />
Chamartin. Jaime Lopes divide o tempo entre Lisboa, Madrid e<br />
o Porto e considera que importante é gostar daquilo que se faz.<br />
Além do imobiliário, o ensino é uma das áreas que mais acarinha.<br />
JULHO 2007
Jaime Lopes<br />
assume a<br />
presidência<br />
da Chamartin<br />
em Portugal<br />
e a expansão<br />
internacional de<br />
shoppings do<br />
Grupo Espanhol<br />
Jaime Lopes é, desde Junho, o novo CEO da Chamartín <strong>Imobiliária</strong> em Portugal, uma função<br />
que acumula com a direcção da expansão internacional do sector de centros comerciais do<br />
grupo Chamartín, actualmente delineada para Espanha, Portugal, Alemanha e Polónia.<br />
A marca Dolce Vita, criada em Portugal e parte do espólio da Amorim <strong>Imobiliária</strong>, será a bandeira<br />
da expansão internacional dos centros comerciais da Chamartin. Jaime Lopes assume<br />
que a força da marca Dolce Vita é uma das principais conquistas do seu percurso profissional.<br />
Responsável pela área de centros comerciais na Amorim <strong>Imobiliária</strong>, foi responsável pela criação<br />
e desenvolvimento desta marca em Portugal, marca que agora se vai expandir internacionalmente.<br />
O sucesso do conceito levou a Chamartin a inverter a sua estratégia para os centros<br />
comerciais – inicialmente delineada para promoção e alienação –, que agora pretende promover<br />
e gerir. Para tal, convidou Jaime Lopes para, a partir de Espanha, coordenar a implantação<br />
de projectos na Espanha, Polónia, Alemanha e Portugal. Mas ainda que seja dirigido a partir de<br />
Espanha, vai contar, sobretudo, com o know-how português. A equipa portuguesa responsável<br />
pelo desenvolvimento de centros comerciais vai liderar este processo, embora conte com o<br />
envolvimento de profissionais locais.<br />
Para além do cargo de CEO da Chamartin em Portugal, a direcção da expansão internacional<br />
de shoppings é um dos principais desafios. A presidência da Chamartin irá beneficiar da experiência<br />
enquanto Vice-Presidente e co-responsável pela gestão da Amorim <strong>Imobiliária</strong>. «Um<br />
dos grandes desafios tem a ver com a internacionalização, que embora já estivesse nos planos<br />
da empresa enquanto Amorim <strong>Imobiliária</strong>, foi agora muita mais acelerada com a compra<br />
pela Chamartin», diz Jaime Lopes. «Vai permitir-nos confrontar com outras culturas, com novas<br />
formas de gestão e conseguirmos ver Portugal desde fora. Entusiasma-me muito esta nova<br />
perspectiva».<br />
A agenda de Jaime Lopes é, por isso, agora, muito mais preenchida do que anteriormente.<br />
Levanta-se todos os dias às 6 horas da manhã e a sua semana é passada entre três cidades:<br />
segunda e terça em Madrid, quarta e quinta em Lisboa e sexta no Porto. Mas o ritmo acelerado<br />
não assusta o novo CEO da Chamartin. «Tenho muito trabalho, mas encaro-o com satisfação.<br />
Gosto muito do que faço e isso é muito importante e uma vantagem enorme. Trabalhar com<br />
gosto e assumir a paixão pelo que se faz».<br />
Aprender e ensinar sempre<br />
O ensino – quer enquanto professor quer enquanto aluno – é uma das paixões de Jaime Lopes.<br />
Cursa Economia na Faculdade de Economia do Porto (FEP) e em 1980, logo que acaba<br />
a licenciatura, inicia a sua vida profissional. À indústria de artigos de papelaria, segue-se a<br />
experiência numa metalurgia de Águeda e, depois de sete anos de carreira, Jaime Lopes decide<br />
interromper o percurso profissional por achar que «era preciso fazer uma reflexão mais<br />
aprofundada sobre as questões de gestão e funcionamento das empresas». Assim, durante<br />
um ano interrompe totalmente todas as actividades profissionais e faz «um investimento» em<br />
si próprio, realizando um MBA na EGP da Universidade do Porto. «Foi uma das decisões mais<br />
acertadas da minha vida. Fiz esta reflexão na altura certa e serviu também para aumentar a minha<br />
rede de contactos». Quando termina esta formação, Jaime Lopes é convidado por Américo<br />
Amorim para ingressar na Amorim <strong>Imobiliária</strong>, que então dava os primeiros passos. Assume<br />
o cargo de Administrador da empresa, na qual se manteve durante mais de 15 anos. Um dos<br />
primeiros projectos foi o Arrábida Shopping, um «centro comercial emblemático» e a empresa<br />
estava também com uma actividade muito forte em Lisboa, onde se estavam a desenvolver as<br />
Torres de Lisboa e a Nova Campolide.<br />
Já em 1998, faz um segundo MBA em Gestão Internacional desta vez em Inglaterra, na London<br />
Business School. «Foi uma experiência fantástica. Tratava-se de um curso modelar, onde de<br />
35
36<br />
PONTO DE VISTA<br />
dois em dois meses, tínhamos três semanas de internamento full time. Eram 35 alunos de 21<br />
nacionalidades e o intercâmbio internacional e cultural foi de uma riqueza extraordinária».<br />
Esta experiência mudou a forma de ver a gestão e as relações internacionais de Jaime Lopes, e<br />
coincidiu também com o facto de Américo Amorim ter decido dar uma grande autonomia de<br />
gestão à divisão <strong>Imobiliária</strong> do Grupo e «avançarmos com projectos muito importantes para<br />
o nosso portfólio».<br />
Mas este é apenas uma das faces da moeda. Jaime Lopes vestiu, durante cerca de 10 anos, a<br />
pele de professor. Deu aulas de Análise de Projectos de Investimento (uma cadeira que criou)<br />
no âmbito da Licenciatura de Gestão na FEP, que estava então no seu início. Ao fim de 10 anos<br />
de ensino, o elevado ritmo profissional e as constantes deslocações entre Lisboa e o Porto<br />
«obrigam-no» a deixar esta actividade. «Consegui conciliar as vida académica e a profissional<br />
enquanto as minhas aulas eram às 8 da manhã. Quando foram alteradas para as 18 horas, tive<br />
de desistir pois não conseguia conciliar o ritmo de trabalho entre Lisboa e o Porto com as aulas<br />
nesta última cidade». Mas, apesar de já não dar aulas com regularidade, Jaime Lopes continua<br />
ligado a uma Pós-Gradução em Gestão <strong>Imobiliária</strong> leccionada na FEP e na qual dá, todos os<br />
anos, um seminário. «Gosto muito de ensinar, porque me obriga a preparar e a estudar e sempre<br />
que posso participo em actividades ligadas ao ensino», explica Jaime Lopes.<br />
Um aspecto importante na formação de Jaime Lopes foi a prática de basquetebol durante 20<br />
anos. «Foi uma das coisas mais importantes na minha vida. Dos 12 anos aos 30 anos pratiquei<br />
este desporto, essencialmente de equipa e no qual aprendemos as regras de solidariedade. Foi<br />
muito importante para a minha formação».<br />
Centros comerciais e a responsabilidade social<br />
A Chamartin <strong>Imobiliária</strong> vai continuar no mercado português com «uma postura de inovação<br />
e a desenvolver projectos com paixão, dentro de uma linha de sustentabilidade, uma área que<br />
temos trabalhado intensivamente a nível interno», revela Jaime Lopes.<br />
Esta linha de sustentabilidade assenta em três vectores essenciais: «consciência ambiental,<br />
respeito pelas entidades com que nos relacionamos e responsabilidade social». Na Chamartin,<br />
«não queremos desenvolver projectos apenas por desenvolver, sem uma perspectiva do seu<br />
impacto a longo-prazo. Queremos contribuir, com os nossos projectos, para criar uma sociedade<br />
melhor para as gerações vindouras», afirma Jaime Lopes.<br />
«Assumimos uma responsabilidade social e consideramos que os nossos projectos devem interagir<br />
com as comunidades em que se integram». Esta questão é especialmente visível nos<br />
centros comerciais. «Apoiamos as actividades desportivas e culturais de várias localidades<br />
onde temos centros comerciais», refere Jaime Lopes, dando como exemplo o apoio à equipa<br />
de basquetebol da Ovarense, à equipa de futebol da Académica de Coimbra, ao Teatro de Vila<br />
Real, ao Festróia ou a Serralves em Coimbra. Além disso, «os nossos centros comerciais desenvolvem<br />
imensas actividades para crianças, na generalidade dos casos, de forma gratuita. Se,<br />
por alguma razão, temos que cobrar ingressos, esse dinheiro reverte sempre a favor de crianças<br />
desfavorecidas ou vítimas de doença». Exemplo disso foi uma exposição da boneca Barbie<br />
no Dolce Vita Porto, que por questões de gestão do número de pessoas e do bom funcionamento<br />
do centro, teve que impor um ingresso pago. «Toda a receita desta exposição reverteu<br />
a favor do Hospital Maria Pia. Cerca de 40 mil euros foram doados a esta instituição», sublinha<br />
Jaime Lopes, não escondendo a satisfação.<br />
«Os centros comerciais têm que se envolver com a comunidade e contribuir para o seu desenvolvimento»,<br />
considera.«Não são as catedrais de consumo que muitas pessoas referem, e<br />
podemos dizer que são mesmo dos locais mais democráticos que existem – todas as raças,<br />
credos e religiões podem circular livremente.<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
Foi professor<br />
universitário<br />
durante 10 anos<br />
Divide o seu<br />
tempo entre<br />
Lisboa, Porto e<br />
Madrid
Requalificação<br />
Valorização<br />
Patrimonial<br />
EDIFÍCIO ESTAÇÃO DO ROSSIO<br />
CENTRO DE ESCRITÓRIOS, RESTAURAÇÃO, CULTURA E LAZER<br />
Candidato a melhor empreendimento do ano<br />
nos “Óscares” do Imobiliário 2007<br />
Renovação<br />
www.invesfer.pt
EVENTOS<br />
38<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
O tema do Turismo Residencial esteve na ordem<br />
do dia na conferência «Oportunidades de Futuro<br />
no Turismo Residencial», que decorreu no passado<br />
dia 4 de Julho, no Pestana Palace, em Lisboa.<br />
Organizado pela <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, o evento contou<br />
com o patrocínio da CB Richard Ellis, Broadway<br />
Malyan, Caixa Geral de Depósitos, Grupo Imocom,<br />
Pestana Residence, Securitas e Uponor.<br />
Turismo Residencial promete<br />
dinamizar imobiliário português<br />
Conferência <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong><br />
Perante um elenco de oradores constituído<br />
por James Rayner (Broadway Malyan), Eduardo<br />
Abreu (Neoturis), Cláudio Monteiro (Uria Menendéz),<br />
Paulo Sousa (Caixa Geral de Depósitos),<br />
Pedro Viriato (Grupo Imocom) e José Roquette<br />
(Grupo Pestana), uma audiência de mais de 150<br />
pessoas assistiu a apresentações focadas nas<br />
temáticas da promoção, arquitectura, fiscalidade,<br />
exploração, consultoria e financiamento do<br />
turismo residencial.<br />
A sessão foi aberta por António Gil Machado, da<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, e Pedro Seabra, director-geral<br />
da CB Richard Ellis, que destacaram a importância<br />
deste sector para o mercado imobiliário<br />
português. Para Pedro Seabra, esta é «uma excelente<br />
oportunidade de ter uma indústria séria e<br />
muito competente», disse, referindo-se ao turismo<br />
residencial.<br />
O Resort do século XXI<br />
Tendo em conta que «globalmente, assistimos<br />
a uma procura cada vez maior de resorts<br />
de luxo de turismo residencial», James Rayner,<br />
da Broadway Malyan, falou acerca das novas<br />
CONFERÊNCIA<br />
tendências do desenvolvimento deste tipo<br />
de projectos. Ao longo dos últimos 20 anos,<br />
as tendências de design de resorts «mudaram<br />
muito», e hoje em dia «criar um resort é um verdadeiro<br />
desafio», pois «queremos resorts bonitos,<br />
especiais e diferentes».<br />
Uma das principais tendências dos resorts<br />
para o século XXI é a sustentabilidade: os<br />
promotores e projectistas devem «trabalhar<br />
os projectos de modo a reduzir ao máximo o<br />
seu impacto ambiental». Outra das tendências<br />
é a «criação de valor para as comunidades locais»:<br />
os promotores têm que trabalhar com<br />
as comunidades locais, compreendendo as<br />
suas necessidades, providenciando benefícios<br />
económicos, respeitando e divulgando a<br />
herança cultural...<br />
Segundo James Rayner, hoje em dia, «para<br />
criar um resort fantástico, temos que trabalhar<br />
muito o local onde está integrado, jogando<br />
com as características do lugar para criar espaços<br />
especiais». O autor deve estar atento às<br />
necessidades do utilizador, que procura algo<br />
diferente, ou seja «um resort que seja mais do<br />
JULHO 2007<br />
que lugar físico, mas um local que apele aos<br />
sentidos, e onde se pode relaxar».<br />
Mercado de segunda habitação<br />
com excelentes perspectivas de<br />
crescimento<br />
A segunda intervenção esteve focada nas<br />
«perspectivas de evolução da oferta de Turismo<br />
Residencial em Portugal e Espanha – a perspectiva<br />
portuguesa», e foi apresentada por Eduardo<br />
Abreu, da Neoturis. De acordo com este responsável,<br />
«o mercado de segunda habitação tem<br />
excelentes perspectivas de crescimento».<br />
Segundo indicam as estimativas da Neoturis,<br />
nos próximos 25 anos «há um potencial de procura,<br />
por parte dos compradores estrangeiros, de<br />
300 mil casas em Portugal». A Irlanda e o Reino<br />
Unido são os principais países de origem dos<br />
consumidores internacionais, e é aí que se concentram<br />
muitas das estratégias de promoção<br />
relativas a novos produtos.<br />
No mesmo período, «serão 360.000 os portugueses<br />
que equacionam adquirir segunda habitação»,<br />
disse ainda este responsável.
De acordo com Paulo Sousa, do grupo Caixa<br />
Geral de Depósitos, «no mercado de acesso ao<br />
crédito imobiliário, o turismo residencial é o segmento<br />
que mais tem crescido nos últimos meses»,<br />
referindo-se ao aumento de pedidos de crédito<br />
para compra de segunda habitação, quer «pela<br />
parte de nacionais, quer de estrangeiros que querem<br />
investir no nosso país».<br />
Comprador Life- style vs o Investidor<br />
Racional<br />
Eduardo Abreu distinguiu entre dois tipos de<br />
consumidores destes produtos imobiliários,<br />
fazendo a separação entre o «comprador – investidor»<br />
e o «comprador de life style». Predominantemente<br />
estrangeiro, o primeiro é aquele<br />
que adquire uma unidade de turismo residencial<br />
segundo uma lógica de investimento puro,<br />
a curto prazo: ou seja, ele compra um ou vários<br />
activos financeiros, sobretudo apartamentos,<br />
não para usufruto próprio, mas dos quais vai<br />
tirar rendimentos, seja da valorização, seja do<br />
aluguer. Por seu turno, o comprador de «lifestyle»,<br />
é um comprador mais «emocional», para<br />
O Pestana Palace foi o palco<br />
de mais uma iniciativa da VI<br />
O evento reuniu mais de 150 pessoas<br />
quem comprar uma casa num resort é encarado<br />
como um luxo, da qual irá desfrutar e que<br />
consiste num investimento a longo prazo. Na<br />
opinião do responsável da Neoturis, é muito importante<br />
encetar esta distinção, na medida em<br />
que «é da combinação destas perspectivas que se<br />
podem desenhar convenientemente os produtos<br />
de resorts turísticos de segunda habitação e chegar<br />
mais perto do comprador».<br />
Legislação não acompanhou a<br />
evolução do mercado<br />
Cláudio Monteiro, da Uria & Menendez reflectiu<br />
sobre os aspectos jurídicos na promoção<br />
e gestão de resorts», e começou por chamar<br />
a atenção para o facto de «o promotor não ser<br />
forçosamente o gestor do resort. Contudo, mesmo<br />
nessa situação, os aspectos jurídicos da gestão<br />
irão sempre condicionar a promoção».<br />
Na sua perspectiva, «a tipologia legal ainda não<br />
acompanhou a evolução deste mercado», uma<br />
vez que «a lei centra-se fundamentalmente nos<br />
conceitos de empreendimentos turísticos, e oferece<br />
um cardápio de tipologias que, além de rígido,<br />
nem sempre se apresenta com toda a clareza».<br />
Para o responsável da Uria & Menendez, esta<br />
situação deve-se ao facto de «a lei ter sido feita<br />
tendo em conta a realidade do sector nos anos 90,<br />
estando completamente desactualizada na actualidade».<br />
Como referiu Cláudio Monteiro, «a questão da<br />
classificação do solo é um aspecto fundamental<br />
na escolha da localização de projectos de actividades<br />
turísticas». Neste ponto, os participantes<br />
foram unânimes, reconhecendo que este é um<br />
campo no qual ainda há muito trabalho a fazer.<br />
«É necessário rever os principais instrumentos de<br />
ordenamento do território», defendeu Eduardo<br />
Abreu, lembrando as dificuldades que a maioria<br />
dos promotores enfrenta durante o processo<br />
de licenciamento de novos projectos.<br />
Case Study:<br />
Hilton Cascatas Hotel & Spa<br />
Da Imocom Turismo, Pedro Viriato falou da<br />
actividade de promoção de resorts, referindo<br />
que «só compramos projectos em bruto, de<br />
modo a podermos começa-los do zero. Primei-<br />
39
EVENTOS CONFERÊNCIA<br />
Pedro Viriato<br />
James Rayner<br />
ro adquirimos o terreno e só depois desenvolvemos<br />
o projecto e a sua construção. Só então<br />
partimos para uma parceria com uma marca<br />
hoteleira internacional, que explorará a componente<br />
hoteleira, mantendo-se a Imocom<br />
como a proprietária de todo o complexo». Este<br />
modelo foi seguido no projecto que foi apresentado<br />
como case-study: o Hilton Cascatas<br />
Hotel & Spa, que integra a primeira unidade<br />
da cadeia norte-americana de luxo Hilton em<br />
Portugal.<br />
Localizado em Vilamoura, este projecto integra<br />
cinco áreas de funcionamento: Spa, Hotel, Vacations<br />
Club, Turismo Residencial e Kids Club.<br />
De acordo com este responsável, neste projecto<br />
«foi feito um grande investimento em lazer e<br />
apostámos fortemente em novas tendências de<br />
turismo, ao nível do Vacation Club, do Turismo<br />
residencial, da componente de Wellness & Bem<br />
Estar, entre outros serviços».<br />
A Imocom Turismo fará a gestão integrada deste<br />
resort, no qual estarão presentes quatro marcas<br />
distintas – As Cascatas Residence, 7 Seven<br />
Spa, Hilton Hotels, Hilton Residences Vilamoura<br />
40<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Cláudio Monteiro<br />
Eduardo Abreu<br />
–, que farão a gestão operacional de cada uma<br />
das suas unidades.<br />
Explorado pela marca Hilton, e com a tipologia<br />
de 5 estrelas, o hotel terá uma oferta de<br />
154 quartos, salas de conferências e de banquetes,<br />
ballroom com capacidade para 483<br />
pessoas, seis salas Hilton Meetings e um Business<br />
Centre. O Vacations Club irá integrar 69<br />
apartamentos nas tipologias T1 e T2, e poderá<br />
funcionar com o sistema de trocas de pontos<br />
Hilton. Sob a marca As Cascatas Residence,<br />
as unidades de turismo residencial para comercialização<br />
integram 69 apartamentos nas<br />
tipologias T1 a T4. O Kids Club também estará<br />
aberto ao exterior, e integra um espaço de<br />
3.000 m² com vários equipamentos infantis.<br />
Com uma área de 2.000 m² o Spa funcionará<br />
sob a chancela 7Seven Spa, marca do grupo<br />
Imocom.<br />
Com vários projectos em curso no sector do<br />
Turismo Residencial, o Grupo Imocom ambiciona<br />
atingir a fasquia das 5.000 camas turísticas<br />
nos próximos três anos, até 2010, revelou<br />
Pedro Viriato.<br />
JULHO 2007<br />
José Roquette<br />
Paulo Sousa<br />
«Turismo Residencial deve ser<br />
liderado pelos hoteleiros»<br />
Para José Roquette, do Grupo Pestana, a<br />
aposta na nova marca «Pestana Residence»<br />
é a prova do «reconhecimento do valor do<br />
imobiliário enquanto acelerador financeiro na<br />
área do turismo, mas que jamais deve ser desvinculado<br />
da hotelaria». Este responsável chamou<br />
ainda a atenção para a importância de<br />
fazer a distinção entre o turismo residencial<br />
e o «imobiliário puro», pois, na sua óptica, «o<br />
turismo residencial, para ser sustentável, deve<br />
ser liderado pelos hoteleiros, numa lógica de<br />
longo prazo».<br />
Na sua perspectiva, só isso garante a «qualidade<br />
e consistência no tempo, bem como a continuidade<br />
dos empreendimentos a longo prazo e a sua<br />
valorização». Para José Roquette, a questão da<br />
distribuição do rendimento é fulcral, e, «se não<br />
houver um operador hoteleiro investidor, a própria<br />
volatilidade dos operadores hoteleiros vai<br />
influenciar a componente de distribuição de rendimento»,<br />
explicou.
42<br />
FORUM TURISMO RESIDENCIAL<br />
Portugal tem<br />
capacidade para se<br />
desenvolver enquanto<br />
destino de segunda<br />
habitação na Europa?<br />
Online dá destaque ao «sim» com 85%<br />
Desta feita, o Fórum <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> debruça-se sobre a capacidade de Portugal se afirmar como<br />
destino de segunda habitação no contexto europeu.<br />
Com um total de 42 respostas à questão colocada em www.vidaimobiliaria.com durante parte do<br />
mês de Junho, a votação online dá uma vitória esmagadora ao «sim», que reúne 85% das preferências<br />
dos participantes. Entre estes, vários leitores deixaram a sua opinião, sublinhando que, «apesar<br />
do bom clima, necessitamos de reestruturação e planificação urbana rigorosa em determinadas<br />
zonas para não ocorrer o que acontece no sul de Espanha e no nosso Algarve». Um outro votante<br />
defende que «falta ainda um pouco de consciencialização dos políticos para Portugal descolar,<br />
pois trata-se de um País com extrema vocação turística». Ainda um terceiro leitor considera que «é<br />
necessária a aposta em investimentos com qualidade na oferta e maior celeridade por parte das<br />
instituições administrativas relativamente ao despacho de vários PIN localizados na Costa Vicentina<br />
e Algarve».<br />
O «não, por sua vez», reuniu apenas 15% das preferências, para um total de 6 respostas.<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
JULHO 2007<br />
Não:<br />
15%<br />
Sim:<br />
85%
José Roquette<br />
Administrador, Pestana Residence<br />
César Neto<br />
Director, Planbelas<br />
Rui D’Ávila<br />
Administrador, Sonae Turismo<br />
Sim! Definitivamente sim. Portugal tem características formidáveis, como a segurança, a gastronomia, as praias<br />
com areia e, nas zonas novas em desenvolvimento, o ordenamento territorial, que está a ter em atenção os<br />
erros do passado, cometidos quer cá quer, por exemplo, em Espanha. Necessitamos de aumentar a oferta de<br />
golfe e de marinas de recreio.<br />
«Portugal já deu alguns passos para dinamizar a promoção como destino de segunda habitação,<br />
embora tenha ainda muitos passos para dar. O Algarve é uma boa oportunidade, mas sobretudo a<br />
Costa Alentejana, que oferece grandes potencialidades. A chave é planeamento e isso não significa<br />
não deixar fazer nada É preciso decidir o que se pode fazer, estabelecer regras claras. Temos uma<br />
oportunidade única, com uma das mais belas costas da Europa e um clima muito bom e ainda vamos<br />
muito a tempo de qualificar as regiões mais enfraquecidas e desenvolver as regiões que ainda<br />
têm um imenso potencial de crescimento.<br />
Reinaldo Teixeira<br />
Administrador, Garvetur<br />
«Julgo que sim. O Algarve é um exemplo onde a apetência pelo investimento na segunda habitação tem já um longo<br />
historial, sendo por isso possível - noutras zonas do País - surgirem núcleos que permitam a segunda habitação. Devido à localização<br />
geográfica do nosso País, a apenas 2.30 horas do centro da Europa, às facilidade do transporte aéreo, rodoviário e<br />
ferroviário, as existentes e as que se prevêem vir a existir, as condições naturais, para além das várias motivações como o sol,<br />
praias, golfe, gastronomia, a afabilidade das gentes assim como infra-estruturas e a questão fundamental que é a segurança<br />
são factores que nos distinguem, e determinantes para atrair investidores. É importante que seja encontrada legislação<br />
adequada de forma a enquadrar a segunda habitação existente e futura como produto utilizado por turistas, permitindo<br />
assim a sua exploração e gestão de forma legal criando mais receitas para Portugal».<br />
Tem. Potencialidades, temos e enormes. Comparativamente com outros destinos concorrentes, até reunimos mais e<br />
melhores condições. A maior parte destes factores resultam de questões geográficas e naturais. Quanto à capacidade<br />
para retirar o máximo dessas potencialidades, já me parece que temos sido menos capazes. Aí conta muito ter visão<br />
estratégica para o negócio, ter liderança e iniciativa na tomada de decisão, fazer planeamento, ter capacidade organizacional.<br />
Mas há alguns sinais de viragem. É cada vez maior o desejo que as famílias têm de desfrutar de uma segunda<br />
residência, longe da tensão da actividade profissional ou mesmo como prémio de uma carreira de trabalho e de vida.<br />
É importante ir ao encontro dessa extensa procura, mas sempre com a ambição de descobrir e explorar, rapidamente,<br />
nichos por satisfazer, sabendo que as ameaças são enormes, quer na diversidade de propostas, quer em novas zonas<br />
geográficas (Croacia, Bulgaria, etc.).<br />
43
Eduardo Abreu<br />
Sócio, Neoturis<br />
44<br />
FORUM TURISMO RESIDENCIAL<br />
Sim. Porque concentra de forma cumulativa os factores essenciais ao desenvolvimento do mercado de 2ª habitação. Destacam-se, o Clima, a Segurança,<br />
a Diversidade de Espaços/Ambientes para Desenvolvimento, a Diversidade de Produtos / Motivações Turísticas num espaço geograficamente confinado,<br />
o nível de desenvolvimento do turismo “tradicional”, a percepção de qualidade existente dos projectos actuais e a imagem/oferta de campos de<br />
golfe (um dos principais drivers da procura). Existe também uma convergência da oferta e procura para alavancar o desenvolvimento deste sector em<br />
Portugal. Ter como objectivo, até 2030, a promoção de 300.000 novas unidades de alojamento destinadas à 2ª habitação não é uma impossibilidade.<br />
Importa, se esse objectivo for assumido, (1) actuar de forma rápida na atracção de investimento/promotores internacionais para Portugal (2) agilizar o<br />
processo de licenciamento de empreendimentos turístico-imobiliários integrados e (3) aumentar a capacidade do transporte aéreo para Portugal.<br />
Luís Infante da Câmara<br />
Director de Hotéis e Resorts, Abacus Savills<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Diogo Gaspar Ferreira<br />
Presidente do Conselho de Administração, Vale do Lobo<br />
«Portugal, e o Algarve em particular, têm potencial para nos próximos dez anos, conquistar um<br />
lugar de destaque no mercado imobiliário europeu e ser reconhecido como um dos principais<br />
destinos de qualidade da Europa. Factores como clima, baixa densidade de construção, localização<br />
(curta distância dos principais países europeus), a tão importante segurança, e a nossa própria<br />
cultura, são factores de sucesso de valor inestimável, que marcam a diferença num mercado global.<br />
Os numerosos projectos em desenvolvimento no Algarve, como por exemplo, o surgimento<br />
de grandes cadeias hoteleiras internacionais de luxo, demonstram a capacidade e atractividade<br />
da nossa região. Naturalmente, há ainda muito por fazer em termos de acessibilidades, arranjos<br />
urbanísticos, etc. – um trabalho de fundo e estruturante – que ultrapassa a qualidade do empreendimento<br />
turístico A, B ou C, mas que contribuirá num todo, para aumentar a qualidade do nosso<br />
país e consecutivamente, a sua atractividade enquanto destino de segunda habitação.<br />
Num estudo recente, Portugal foi apontado como o 9º país mais seguro do mundo. Tem as melhores praias da Península<br />
Ibérica e os melhores campos de golfe. Somos de longe dos povos mais hospitaleiros. Mantemos uma oferta de segunda<br />
habitação com preços competitivos, mas estamos claramente vocacionados para os segmentos mais altos do mercado,<br />
no qual deveremos apostar. A oferta de produto de baixo preço em destinos emergentes tira qualquer possibilidade ao<br />
desenvolvimento em grande escala de projectos “low-cost” em Portugal. O resultado de massificação de projectos de<br />
segunda habitação está á vista em Espanha com a situação actual e muito mediática de perda de valor. O país necessita<br />
de se organizar ainda melhor ao nível da promoção externa dirigida aos mercados de segunda habitação. O Turismo residencial<br />
vai ocupando uma fatia cada vez maior do PIB nacional e as instituições directamente ligadas a este sector devem<br />
criar os mecanismos necessários para que o segmento funcione bem para os investidores/promotores. Será importante<br />
que os projectos tenham todos uma “personalidade” própria, fundamental para cativar segmentos mais altos.<br />
Nuno Santiago<br />
Director, CPU Tourism Consulting, Lda.<br />
«Portugal não só tem condições para se afirmar como um destino turístico de 2ª habitação como consideramos<br />
que este deverá ser um dos seus principais motores de desenvolvimento. É inegável que o turismo<br />
constitui uma das nossas vocações “naturais”, fruto de um conjunto de condições que nos permite assumir<br />
um posicionamento realmente interessante no turismo mundial. De entre essas inúmeras condições,<br />
podemos destacar as seguintes: segurança; património natural e cultural; clima; diversidade de produtos<br />
turísticos; proximidade aos principais mercados emissores; hospitalidade; forte notoriedade; e qualidade<br />
da oferta. Trata-se de um “sector” em que Portugal é já fortemente competitivo, e que, fruto das condições<br />
de que dispõe, apresenta forte potencial de crescimento.<br />
JULHO 2007
DOSSIER RESORTS<br />
DOSSIER<br />
Resorts<br />
46<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
JULHO 2007
Eleito pelo Governo como um sector estratégico, o turismo residencial está hoje<br />
também na ordem do dia do sector imobiliário. O mercado de resorts integrados<br />
está na agenda dos principais promotores imobiliários nacionais, que, em muitos<br />
casos, estão a desenvolver produtos de elevada qualidade em parceria com grupos<br />
hoteleiros de renome, quer nacionais quer internacionais, muito dos quais em<br />
estreia em Portugal.<br />
A ILM -THR, consultora na área de turismo e imobiliário estima que a oferta de<br />
resorts em Portugal, nos próximos 10 anos, possa ascender a 61 novos resorts<br />
num investimento superior a 13,5 mil milhões de euros, o que implicará a criação<br />
de 40.000 novas unidades imobiliárias numa área global de 45.000 hectares. As<br />
conclusões da consultora consideram as regiões do Algarve, Alentejo, Lisboa,<br />
Centro e Norte. Ao todo, fala-se de 48 novos campos de golfe e 67 novas unidades<br />
hoteleiras.<br />
Também a Aguirre Newman, consultora imobiliária, aponta o sector como um<br />
dos mais promissores, sublinhando o seu crescimento exponencial, quer em qualidade<br />
quer em quantidade. A consultora sublinha que o mercado de segunda<br />
residência em Portugal cifra-se apenas nas 925.000 unidades, das quais apenas<br />
50.000 serão detidas por estrangeiros, o que demonstra o potencial latente para<br />
a expansão deste mercado.<br />
Os principais promotores imobiliários nacionais neste área como o Grupo Imocom,<br />
a Sonae Turismo, a Oceânico, a Vale de Lobo, o Grupo CS ou o Grupo Pestana<br />
estão a investir neste sector, sendo que as regiões do Alentejo e do Oeste,<br />
a par do Algarve, constituem os alvos preferenciais. O Golfe é uma das principais<br />
âncoras de um imenso leque de projectos que se pauta pela qualidade.<br />
47
DOSSIER RESORTS<br />
Projectos de Turismo Residencial<br />
«disparam» em Portugal<br />
48<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
Os resorts imobiliário-turistícos parecem ser a nova «sensação»<br />
do mercado nacional. Ao longo do último ano, sucederam-se os<br />
anúncios de novos projectos, e, de acordo com a Análise Futura<br />
de Resorts em Portugal, da ILM / THR, o mercado português<br />
poderá vir a receber 61 novos empreendimentos do género<br />
durante os próximos dez anos. Os diferentes projectos planeados<br />
contemplam o desenvolvimento das componentes hoteleira e de<br />
imobiliário turístico, e, a concretizarem-se todos, irão dar origem<br />
a 67 novos hotéis e a 40.000 unidades de turismo residencial.<br />
As regiões costeiras apresentam-se como as mais «apetecíveis»<br />
para os promotores, nomeadamente as zonas do Oeste, litoral<br />
Alentejano e Algarve. Contudo, o interior também já está na mira<br />
de alguns investidores, que estão a desenvolver projectos para<br />
a região do Alqueva. A <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> apresenta-lhe alguns dos<br />
principais projectos de resorts planeados e em desenvolvimento<br />
Mercado dos resorts é um dos que mais promete<br />
TRÓIA RESORT<br />
Localização: Península de Tróia, concelho de Grândola. Junto à Reserva Natural do Estuário do<br />
Sado.<br />
Promotor: Sonae Turismo<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: Para além de moradias e apartamentos, integra unidades hoteleiras, campo de<br />
golfe, ténis e centro equestre, Marina, equipamentos comerciais e de restauração, centro de<br />
congressos e Casino, centro ecológico e arqueológico, além de todas as valências relacionadas<br />
com o usufruto da praia. Criação de 7.500 novas camas. 5 Hotéis com uma oferta de<br />
2.200 camas. Os alojamentos distribuídos por apartamentos e moradias trarão ao mercado<br />
5.200 novas camas<br />
Programa: 4 núcleos de desenvolvimento que se desenvolverão numa área superior a 450<br />
ha. Núcleo central, núcleo de praia, núcleo golfe e núcleo ecológico<br />
Investimento: 400 M�<br />
Obs: O Casino Hotel Tróia é desenvolvido pela Amorim Turismo, que aí vai investir 130 M�.<br />
Com conclusão prevista para 2008, vai ocupar uma área total de construção de 68.000 m², e<br />
inclui um casino, um centro de espectáculos e outro de conferências, além de um hotel de<br />
cinco estrelas com a marca Blue & Green, que terá uma altura total de 14 pisos e uma oferta<br />
de 550 camas. Obras do resort em curso. Totalmente concluído em 2011.
COSTA TERRA<br />
Localização: Melides, concelho de Grândola<br />
Promotor: Grupo Volkart (Suíça)<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: 3 condomínios de suites, 4 condomínios de apartamentos turísticos, centro de<br />
talassoterapia / clínica / health club, estalagem, fórum, zona de lojas e escritórios, supermercados,<br />
armazéns e lojas, golfe club, campo de golfe, centro hípico e 2 clubes de ténis. Centro<br />
de documentação da natureza, observatório de pássaros. Vários jardins.<br />
Programa: Implantado numa área de 1.350 ha, o resort turístico irá desenvolver-se numa<br />
área de 200 ha e prevê 1.150 ha de zonas florestais. Beneficiará de 5 km de praias.<br />
Investimento: 535 M�<br />
Obs: Desenvolvido em quatro fases, em 10 a 12 anos. O volume total de negócios acumulados<br />
ao longo de 20 anos estimado entre os 2.300 e os 3.000 M�.<br />
HERDADE DO PINHEIRINHO<br />
Localização: Melides, concelho de Grândola<br />
Promotor: Pelicano<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: 2 hotéis (150 a 180 quartos), 3 aldeamentos (400 a 500 quartos), 260 apartamentos<br />
e moradias em banda e 240 moradias. Championship Golf Course de 27 buracos<br />
Programa: 120 ha de área construída. 90 ha de Golfe<br />
Investimento: 167 M�<br />
PESTANA TRÓIA<br />
Localização: concelho de Grândola, entre o antigo Parque de Campismo de Tróia e o empreendimento<br />
Soltróia<br />
Promotor: Sociedade Tróia B3 (detida em 80% pelo Grupo Pestana)<br />
Hoteleiro: Grupo Pestana<br />
Conceito: Hotel 4 ou 5 estrelas (300 camas), 2 aldeamentos turísticos com mais de 665<br />
camas distribuídas por moradias e 4 unidades de apartamentos. Vários equipamentos de<br />
apoio, desportivos e de lazer. Campo de Golfe com 9 buracos (á espera de aprovação).<br />
Programa: área de 104 ha, dos quais apenas 26% são urbanizáveis.<br />
Investimento: 70 M�<br />
QUINTA DA ABRIGADA<br />
Localização: Alenquer<br />
Promotor: João Cyrillo Machado<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: 2 aldeamentos turísticos de luxo. Hotel de 5 estrelas (200 quartos), villas (242)<br />
e apartamentos turísticos (72). Campo de Golfe de 18 buracos. Clube de golfe. Piscinas, 7<br />
campos de ténis, lojas e serviços. Clubhouse e health club.<br />
Programa: 282 ha<br />
Investimento: sd<br />
49
50<br />
DOSSIER RESORTS<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
CONRAD, PALÁCIO DE VALVERDE,<br />
RESORT & SPA, HOTEL APARTAMENTO<br />
Localização: Frente ao shopping da Quinta do Lago. Concelho de Loulé.<br />
Promotor: Grupo Imocom.<br />
Hoteleiro: Grupo Hilton, sob a insígnia de topo Conrad.<br />
Conceito: hotel apartamento de luxo de 6 estrelas (160 quartos e 115 apartamentos). Inclui<br />
um Spa da marca 7 Seven Spa com uma área superior a 1.000 m². Jardins Temáticos.<br />
Programa: 30.990 m² de área total.<br />
Investimento: 120 M�<br />
Obs: Primeiro projecto do género em Portugal e na Europa. Obras a iniciar em Setembro.<br />
Conclusão entre 2009 e 2010.<br />
HERDADE DA COMPORTA<br />
Localização: Península de Tróia. Concelhos de Alcácer do Sal e de Grândola<br />
Promotor: Espírito Santo Turismo<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: 2 áreas de desenvolvimento turístico com capacidade projectada para 12.600<br />
camas. Vários hotéis, aparthotéis, aldeamentos turísticos, residências turísticas, campos de<br />
golfe e respectivas infra-estruturas de apoio.<br />
Programa: Herdade com 12.500 hectares e 12 km de costa. O projecto imobiliário e turístico<br />
desenvolve-se em 920 hectares. 850 mil m² de área bruta de construção.<br />
Investimento: sd<br />
PÊGOS CLAROS<br />
Localização: Palmela<br />
Promotor: sd<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: 600 unidades de turismo residencial. Inclui um hotel com 110 quartos. Spa, Sport<br />
Center, Centro Equestre, Adega com produção vínicola. Campo de golfe de 18 buracos.<br />
Programa: 230 ha<br />
Investimento: sd<br />
HOTEL PESTANA PORTO SANTO<br />
Localização: Porto Santo, arquipélago da Madeira<br />
Promotor: Grupo Pestana<br />
Hoteleiro: Pestana Hotels & Resorts<br />
Conceito: resort turístico localizado em frente ao mar. Hotel de 5 estrelas com 250 quartos<br />
(metade dos quais são suites). Infra-estruturas de apoio e de lazer.<br />
Programa: 6 ha (200 metros de frente de praia)<br />
Investimento: 35 M�
AS CASCATAS RESORT & SPA<br />
Localização: Vilamoura. Concelho de Loulé<br />
Promotor: Grupo Imocom<br />
Hoteleiro: Grupo Hilton<br />
Conceito: Hotel de 5 estrelas (154 quartos, 10 suites júnior, 1 suite presidencial e 2 quartos<br />
para deficientes motores). 2 áreas de turismo residencial: o Vacation Club (69 apartamentos<br />
a gerir pelo Grupo Hilton) e 69 apartamentos geridos pela Imocom. Centro de Conferências<br />
com mais de 1.000 m², 6 salas de reunião, 5 piscinas, Golf Centre, restaurantes, bares e Kids<br />
Club.<br />
Programa: 40.000 m² de área bruta. 8.500 m² de área de implantação<br />
Investimento: 75 M�<br />
Obs: inclui o primeiro hotel com da cadeia Hilton em Portugal e o maior SPA do país, da<br />
marca 7 Seven Spa, com 2.000 m². Inaugurado em Julho.<br />
MONTE SANTO RESORT<br />
Localização: Carvoeiro, a 1 km da praia<br />
Promotor: Grupo Imocom<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: empreendimento de turismo residencial de 5 estrelas (552 camas). 121 unidades<br />
residenciais (67 apartamentos e 54 moradias). 6 piscinas exteriores, SPA Express, health<br />
club, campo de ténis, campo de jogos e manutenção, lounge bar<br />
Programa: lote com 82.000 m².<br />
Investimento: 35 M�<br />
Obs: Conclusão em 2008. Obras em curso.<br />
RESORT TURÍSTICO DE PALMARES<br />
Localização: zona da Meia Praia. Concelho de Lagos<br />
Promotor: Grupo Onyria<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: Hotel de 5 estrelas (200 quartos). 450 unidades turísticas e residenciais. Spa. Novo<br />
campo de golfe de 9 buracos a juntar aos 18 buracos já existentes.<br />
Programa: sd<br />
Investimento: 300 M�<br />
QUINTA DO GUALDIM<br />
Localização: Azóia de Baixo, Santarém<br />
Promotor: Pelicano<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: empreendimento com 1 hotel (125 quartos), moradias, apartamentos e aldeamento<br />
turístico com apartamentos (204), moradias em banda (219) e moradias isoladas<br />
(235), 1 edifício para comércio e serviços. Campo de Golfe com 18 buracos, 2 complexos de<br />
piscinas com 2 campos de ténis e 2 polidesportivos.<br />
Programa: 120 ha<br />
Investimento: 65 M�<br />
51
Crédito: Vale do lobo<br />
52<br />
DOSSIER RESORTS<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
AZORES GOLF ISLANDS – I FASE<br />
Localização: Batalha, São Miguel. Arquipélago dos Açores<br />
Promotor: joint venture entre o Grupo Siram e a Oceânico Developments<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: apartamentos em condomínios privados (210), moradias de luxo (10), centro hoteleiro<br />
com unidade central (100 quartos), conjunto de apartamentos anexo ao hotel, Spa<br />
5 estrelas, Centro de Conferências. Club Members composto por moradias reservadas a<br />
associados. Campos de Golfe. Infra-estruturas de desporto e lazer.<br />
Programa: sd<br />
Investimento: 300 M�<br />
Obs: posteriormente serão construídos a segunda fase do projecto imobiliário da Batalha,<br />
um terceiro campo de golfe e projecto imobiliário na ilha do Faial e um quarto Campo de<br />
Golfe em local ainda a determinar. Prazo de conclusão previsto: 10 anos.<br />
VERDE LAGO<br />
Localização: Altura, Praia Verde. Concelho de Castro Marim<br />
Promotor: InLand – Promoção <strong>Imobiliária</strong><br />
Hoteleiro: Westin Hotels & Resorts<br />
Conceito: Resort com 2041 camas turísticas. Hotel 5 estrelas (197 quartos) e aldeamento<br />
turístico com 340 unidades de alojamento. Spa, campo de golfe com 18 buracos e outras<br />
componentes de lazer.<br />
Programa: 93 ha<br />
Investimento: 60 M�<br />
AMENDOEIRA GOLF RESORT<br />
Localização: Alcantarilha. Concelho de Silves<br />
Promotor: Grupo Oceânico<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: Resort de Golfe e lazer de 5 estrelas. 800 unidades habitacionais divididas em<br />
cinco fases. 2 campos de golfe de tour internacionais desenhados por Nick Faldo e Christy<br />
O’Connor Jr.<br />
Programa: 260 ha<br />
Investimento: 500 M�<br />
Obs: Infra-estruturas em construção. Primeiros trabalhos imobiliários a iniciar-se em breve.<br />
VALE DO LOBO<br />
Localização: Vale do Lobo. Almancil<br />
Promotor: Grupo de Empresas do Vale do Lobo<br />
Hoteleiro: nd<br />
Conceito: resort turístico de luxo com hotel de 5 estrelas e 1.500 propriedades em pleno e 50<br />
em regime de co-propriedade. Tem planos para a construção de mais 500 moradias e de um<br />
novo hotel de 5 estrelas (180 suites). Conjunto de infra-estruturas de lazer e de desporto, incluindo<br />
três campos de golfe, centro de ténis, ginásio, piscinas, centro desportivo, entre outros.<br />
Programa: 400 ha (área total). 2 km de zona costeira.<br />
Investimento: 500 M� (Vale do Lobo II e III)
HERDADE DOS SALGADOS<br />
Localização: Praia dos Salgados. Concelho de Albufeira.<br />
Promotor: Grupo CS<br />
Hoteleiro: CS Hóteis<br />
Conceito: projecto habitacional e turístico composto por 2 unidades hoteleiras de 5 estrelas<br />
e por apartamentos e moradias. 7 piscinas exteriores e 1 piscina interior aquecida, bares,<br />
restaurantes, zona comercial, clube de ténis, health club, spa, kids club. Campo de Golfe.<br />
Programa: 200 ha. 7 km de areal<br />
Investimento: 300 M�<br />
MONTE REI GOLF & COUNTRY CLUB<br />
Localização: Vila Nova da Cacela<br />
Promotor: Aliber<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: complexo de golfe com componente imobiliária, turismo residencial e hotelaria<br />
com 5.446 camas turísticas. 15 áreas turísticas, 5 áreas residenciais e turísticas, e 2 unidades<br />
hoteleiras tradicionais. 2 campos de golfe. Gama de serviços de apoio.<br />
Programa: 415 ha<br />
Investimento: 1,5 mil M�<br />
AQUAPURA DOURO VALLEY<br />
Localização: Douro<br />
Promotor: Aquapura Hotels, Villas & Spa<br />
Hoteleiro: Aquapura<br />
Conceito: empreendimento turístico-residencial. Hotel com 41 quartos com áreas entre os<br />
40 e os 50 m², e 9 suítes com áreas entre os 80 e os 165 m². 21 villas para comercialização,<br />
do tipo townhouse e com áreas entre os 140 e os 234 m². Spa da Syntax. Centro de Negócios,<br />
restaurantesm piscinas e wine room.<br />
Programa: 8 ha nas margens do rio Douro<br />
Investimento: 21 M�<br />
VILAMOURA XXI<br />
Localização: Vilamoura. Concelho de Loulé<br />
Promotor: Lusort<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: mega operação urbanística. Contempla o desenvolvimento de 434.000 m² de<br />
áreas residenciais, incluindo apartamentos, moradias em banda e lotes de terreno. 213.000<br />
m² de aldeamentos turísticos e hoteleiros e 24.000 m² de zonas comerciais. Centros de<br />
Wellness, Spa’s e centros desportivos.<br />
Programa: área total de 1.700 ha, dos quais 900 serão alvo de actuação urbanística<br />
Investimento: 750 M�<br />
53
54<br />
DOSSIER RESORTS<br />
CASCADE RESORT<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
Localização: Lagos, junto à zona da Ponta da Piedade e sobre a Praia do Canavial<br />
Promotor: Grupo Fibeira<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: resort turístico com hotel de 5 estrelas (86 quartos e salas de reunião). Componente<br />
imobiliária com 121 apartamentos turísticos e 20 lotes de moradias. Welness Center,<br />
piscinas.<br />
Programa: área de intervenção de 14 ha. 22 ha para espaços verdes e actividades desportivas.<br />
Investimento: sd<br />
CORTE VELHO BY SIX SENSES<br />
Localização: lugar do Azinhal. Castro Marim<br />
Promotor: joint venture entre a Corte Velho Lda e a Six Senses Resorts & Spas<br />
Hoteleiro: Six Senses Resorts & Spas, sob a marca Evason<br />
Conceito: Boutique Resort de 6 estrelas. Inclui: campo de golfe de 18 buracos, resort village<br />
centre com hotel Evason, 1 destination Spa com 2.000 m², 1 hotel Evason Hideway, um<br />
clubhotel ligado ao golfe, moradias em banda e «maisonettes». 30 villas da marca Soneva.<br />
Total de 2.100 camas.<br />
Programa: 135 ha contínuos ao Rio Guadiana e a 16 km do mar<br />
Investimento: 200 M�<br />
Obs: Masterplan em aprovação, responsabilidade da Terraforma – Professor Paulo Correia<br />
e WATG.<br />
QUINTA DO FREIXO<br />
Localização: Albufeira, a 15 minutos da Praia da Falésia<br />
Promotor: IFA, através da United Investment Portugal<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: mega-empreendimento de turismo e imobiliário de luxo<br />
Programa: 400 ha<br />
Investimento: sd<br />
Obs: os trabalhos deverão ter início dentro de 18 meses, altura em que se prevê que o<br />
processo esteja concluído.<br />
PARQUE ALQUEVA<br />
Localização: Alqueva<br />
Promotor: SAIP – Sociedade Alentejana de Investimentos e Participações<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: um dos maiores resorts do país. 5 Hotéis (640 quartos), 500 unidades de imobiliário.<br />
Houseboats. 4 campos de golfe. Portos de recreio e centro de desportos náuticos. Zona<br />
comercial. Infra-estruturas de desporto e lazer. Centro de Conferências. Campo de férias,<br />
Instituto Ambiental e Cultural, reservas naturais.<br />
Programa: 2.050 ha (17.200.000 m² de área bruta de construção)<br />
Investimento: 940 M�
CASTELO GOLF RESORT<br />
Localização: Querença. Concelho de Loulé.<br />
Promotor: Castelo Golf Real Estate BV (Finlândia)<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: Golf Resort Community. Aldeamentos turísticos em redor de um campo de golfe<br />
de 18 buracos. Composto por unidades individuais (31 lotes e 370 unidades), 1 hotel de 4<br />
ou 5 estrelas (200 quartos) e um clubhouse de golfe.<br />
Programa: 56.000 m² de área bruta de construção<br />
Investimento: 160 M�<br />
Obs: está em fase de negociação de um Plano de Pormenor<br />
PARKALGAR – PARQUE DE DESPORTOS MOTORIZADOS<br />
Localização: Mexilhoeira Grande. Portimão<br />
Promotor: Parkalgar – Parques Tecnológicos<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: Autódromo Internacional do Algarve. Construção do autódromo, kartódromo,<br />
complexo turístico com hotel e conjunto de apartamentos turísticos e de um parque tecnológico<br />
(I&D associado ao automobilismo e motociclismo de competição).<br />
Programa: sd<br />
Investimento: 130 M�<br />
HERDADE DO REGUENGO<br />
Localização: concelho de Portimão<br />
Promotor: Grupo CS<br />
Hoteleiro: CS Hotéis<br />
Conceito: vertente imobiliária, turística e de lazer. 2 hotéis (560 camas), aldeamentos turísticos<br />
(470 fogos), moradias turísticas (26 fogos), moradias (41 fogos). 2 campos de golfe,<br />
2 barragens. Infra-estruturas para desportos náuticos, pesca desportiva e caça turística.<br />
Herdade agrícola e ganadaria. Observação da Natureza, Monumentos Arqueológicos, entre<br />
outros.<br />
Programa: 1.000 ha (Núcleo de Desenvolvimento Turístico do Reguengo: 380 ha)<br />
Investimento: sd<br />
COLOMBOS’S RESORT<br />
Localização: Porto Santo. Arquipélago da Madeira<br />
Promotor: Grupo Siram<br />
Hoteleiro: Starwood Hotels & Resorts, sob a chancela Luxury Collection<br />
Conceito: empreendimento 5 estrelas, com apartamentos (193), moradias (12), aparthotel,<br />
Spa e Hotel. Centro de Congressos. Área central de animação e várias infra-estruturas de<br />
lazer.<br />
Programa: 140.000 m² (frente de mar com mais de 500 metros).<br />
Investimento: 125 M�<br />
55
56<br />
DOSSIER RESORTS<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
BOM SUCESSO DESIGN RESORT, LEISURE, GOLF & SPA<br />
Localização: Óbidos<br />
Promotor: Acordo SGPS<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: projecto turístico imobiliário que aposta na Arquitectura Contemporânea. 3 aldeamentos<br />
turísticos compostos por moradias isoladas e em banda. Hotel e 1 conjunto de<br />
equipamentos de lazer. 601 moradias individuais e em banda.<br />
Programa: 270 ha<br />
Investimento: sd<br />
Obs: Projectado por um conjunto de conceituados arquitectos nacionais e internacionais, tem<br />
na arquitectura contemporânea a vertente central da sua estratégia de concepção.<br />
HN ALVOR<br />
Localização: Alvor, Portimão<br />
Promotor: sd<br />
Hoteleiro: HN Hotels<br />
Conceito: hotel de 5 estrelas (140 quartos). SPA. Unidades de turismo residencial (250).<br />
Programa: 22,5 ha<br />
Investimento: sd<br />
HERDADE DA CORTE DO BISPO<br />
Localização: Bensafrim, Lagos<br />
Promotor: Lagoabeachresort – Centro Internacional Desportivo (consórcio entre Sven Goran<br />
Ericksson e Stig Blomquist)<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: Centro Internacional Desportivo: 9 campos de futebol, 2 meios campos de treino,<br />
arena central com bancadas, polidesportivo, infra-estruturas para hipismo e prática de<br />
atletismo, campo de golfe, campos de ténis e piscina olímpica. Hotel e aldeamento turístico<br />
(1.400 camas). Spa, Sala de Conferências e Clínica.<br />
Programa: 610 ha<br />
Investimento: 85 M�<br />
FALÉSIA D’EL REY<br />
Localização: Óbidos<br />
Promotor: joint venture entre o Grupo Béltico e a Crissier<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: conjunto turístico com 500 unidades residenciais (villas, moradias em banda e<br />
apartamentos), restaurantes, zona comercial, campo de golfe de 18 buracos e respectivo<br />
clube. 1 hotel de 5 estrelas (100 quartos) e 1 Spa. 1 hotel de charme de 5 estrelas (60 quartos).<br />
Programa: 230 ha<br />
Investimento: 400 M�
PROJECTO SIZANDRO VILLAGE CENTRE RESORT<br />
Localização: Torres Vedras<br />
Promotor: MIP<br />
Hoteleiro: Intercontinental Hotels & resorts<br />
Conceito: primeiro village centred resort em Portugal planeado com base em princípios<br />
ecológicos e de desenvolvimento sustentável internacionais. Campo de golfe de 18 buracos,<br />
academia de golfe. Boutique Golf Hotel & Country Club 5 estrelas, Conference, Golf &<br />
Spa Resort Hotel 5 estrelas. 3 aldeamentos turísticos.<br />
Programa: sd<br />
Investimento: sd<br />
Obs: estudo de mercado e de viabilidade financeira ainda em desenvolvimento.<br />
ROYAL ÓBIDOS GOLF RESORT<br />
Localização: Óbidos<br />
Promotor: joint venture entre a MSF e o Grupo Oceânico<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: conjunto turístico com hotel de 5 estrelas, aldeamentos, campo de golfe de 18<br />
buracos (60 ha) e um conjunto de equipamentos e infra-estruturas complementares. 2.700<br />
camas turísticas e 120 quartos.<br />
Programa: 130 ha (90 ha de espaços verdes)<br />
Investimento: 194 M�<br />
Obs: Primeiros trabalhos de construção em inicio de 2008<br />
CAMPO REAL<br />
Localização: Turcifal. Concelho de Torres Vedras<br />
Promotor: Turcifez<br />
Hoteleiro: Starwoord Hotels & Resorts, sob a insígnia Westin<br />
Conceito: empreendimento turístico-imobiliário<br />
Programa: 88 moradias isoladas, 116 moradias em banda e 168 apartamentos, para além<br />
de um campo de golfe de 18 buracos e de um hotel de 5 estrelas.<br />
Investimento: 110 M�<br />
Obs: Está prevista a expansão do resort numa área de 73 ha e num investimento de 120 M�,<br />
com 90.000 m² de construção, onde serão construídos um hotel (70 quartos) e um aparthotel<br />
(90 suites). Estão também previstas 81 moradias isoladas e cerca de 240 apartamentos e<br />
moradias em banda. Ampliação do campo de golfe para 27 buracos. Em construção.<br />
VALE PISÃO<br />
Localização: Água Longa, Porto<br />
Promotor: Norte Golfe<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: moradias de elevada qualidade, para habitação permanente ou segunda habitação,<br />
bem como um conjunto de infra-estruturas das quais se destacam um Campo de Golfe,<br />
Chubhouse, Praça de Comércio, Clube de Ténis, Piscinas, escolas<br />
Programa: 110 ha<br />
Investimento: 100 M�<br />
Obs: primeiro nature resort da região norte. Primeira fase em construção.<br />
57
58<br />
DOSSIER RESORTS<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
GOLDEN EAGLE RESIDENCE & GOLF RESORT<br />
Localização: Rio Maior<br />
Promotor: Camin – Promoção <strong>Imobiliária</strong> e Turística<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: projecto de turismo residencial que combina as componentes de imobiliário<br />
residencial, turismo e hotelaria, serviços, comércio, desporto e lazer. Lotes de terreno com<br />
áreas entre os 1.400 e os 4.700 m² para a construção de moradias unifamiliares isoladas,<br />
moradias em banda e apartamentos. 2 hotéis (um dos quais nascerá da reconversão de<br />
um imóvel já existente). 2 campos de golfe, campos de ténis, centros de estágio de futebol,<br />
pistas de jogging e manutenção. Quinta pedagógica.<br />
Programa: 540 ha<br />
Investimento: 900 M� (investidos faseadamente)<br />
MARTINGIL<br />
Localização: Leiria<br />
Promotor: Poligreen S.A.<br />
Hoteleiro: Four Points by Sheraton<br />
Conceito: hotel de 4 estrelas com 120 quartos (dos quais 15 suítes). Inclui componente<br />
imobiliária, em tiplogias T1 a T5. Criação de centros de conferências e health club, Spa e<br />
outras componentes de lazer.<br />
Programa: 5.360 m²<br />
Investimento: 19 M� (não inclui investimento da componente imobiliária)<br />
Obs: estudo de mercado e de viabilidade financeira em desenvolvimento.<br />
COMPLEXO TURÍSTICO DO VIMIEIRO<br />
Localização: Torres Vedras<br />
Promotor: GES – Grupo Espírito Santo<br />
Hoteleiro: sd<br />
Conceito: renovação do complexo existente. Renovação do hotel Golf Mar (280 quartos),<br />
novo hotel de charme (42 quartos e 5 suítes). Centro internacional de Talassoterapia, Renovação<br />
do Campo de Golfe para 18 buracos. Novo complexo termal e hotel termal. Centro<br />
hípico internacional. Novo centro de congressos. Novo aparthotel (150 camas). Aldeamento<br />
turístico com 90 villas. Campos de Ténis. Health Club<br />
Programa: 220 ha<br />
Investimento: sd
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DOSSIER RESORTS<br />
Governo quer dinamizar<br />
aprovação de projectos<br />
turísticos e de<br />
imobiliário turístico<br />
Jorge Lacão, Secretário de Estado da Presidência<br />
do Conselho de Ministros, afirmou durante<br />
a apresentação de um livro editado pela <strong>Vida</strong><br />
Económica no passado mês de Maio, que o Governo<br />
reconhece a importância de actuar «no<br />
levantamento de obstáculos que a iniciativa<br />
privada encontra na promoção de projectos<br />
turísticos», uma vez que esta última «é a mola<br />
real do desenvolvimento de um sector que se<br />
classificou de estratégico para o país».<br />
Para tal, e mantendo o lema do «rigor, exigência<br />
e qualidade», o executivo de José Sócrates<br />
está a rever uma série de instrumentos jurídicos<br />
no âmbito do ordenamento e gestão territorial,<br />
bem como os regimes de urbanização e<br />
edificação, tendo ainda criado a figura do PIN+,<br />
que traz algumas novidades face à já instituída<br />
figura PIN.<br />
60<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
O governo liderado por José Sócrates, que estabeleceu o<br />
turismo como uma área estratégica para o país, está a dar<br />
passos para a dinamização da promoção desta actividade<br />
económica, com medidas que visam sobretudo actuar ao<br />
nível da flexibilização e desburocratização na aprovação<br />
dos projectos turísticos e de imobiliário turístico.<br />
PIN+ acelera apreciação<br />
de projectos<br />
Jorge Lacão explicou que o PIN+ é uma «iniciativa<br />
legislativa que visa criar mecanismos de<br />
maior celeridade na apreciação dos projectos<br />
em relação aos quais tenha recaído a classificação<br />
de Potencial Interesse Estratégico Nacional<br />
(PIN). Com isso, serão definidos mecanismos de<br />
maior flexibilização e maior ritmo de acompanhamento<br />
dos projectos, pelo que implica uma<br />
maior capacidade de resolução de questões<br />
relacionadas com o licenciamento destes projectos.<br />
Desta forma, projectos que tradicionalmente<br />
se arrastavam por anos, lidarão com uma<br />
maior compactação dos tempos de apreciação,<br />
para que possamos aprovar em meses projectos<br />
que tenham relevância reconhecida para<br />
o desenvolvimento da economia portuguesa»,<br />
sustenta Jorge Lacão.<br />
O Governo, em reunião de Conselho de Ministros<br />
do dia 14 de Junho, aprovou já a versão<br />
final do Decreto- Lei que estabelece o regime<br />
jurídico dos projectos de Potencial Interesse<br />
Nacional classificados como PIN+. O executivo<br />
explica em comunicado que os projectos PIN+,<br />
projectos PIN com reconhecida importância<br />
estratégica, deverão «preencher um conjunto<br />
de critérios, como sejam a sua integração nas<br />
prioridades de desenvolvimento definidas em<br />
planos e documentos de orientação estratégica<br />
em vigor e a realização de um montante de<br />
investimento mínimo de 200 milhões de Euros<br />
ou, em certos casos especiais, de 60 milhões de<br />
euros». Sem prejuízo da plena eficácia dos regimes<br />
jurídicos especificamente aplicáveis em
função da natureza do projecto, estabelece-se<br />
um modelo de procedimento que se caracteriza<br />
pela simultaneidade da tramitação dos diversos<br />
procedimentos aplicáveis. Prevê-se o funcionamento<br />
em conferência de serviços das diversas<br />
entidades da Administração Central competentes<br />
para a prática de todos os actos necessários<br />
à apreciação e decisão do projecto, o que<br />
possibilita a emissão de um documento único<br />
incorporando todos os pareceres, autorizações,<br />
aprovações, decisões e licenças da responsabilidade<br />
daquelas entidades.A concentração dos<br />
procedimentos e a redução de prazos intercalares<br />
para metade permite a consagração de um<br />
prazo global de decisão que será de 60 dias a<br />
120 dias.<br />
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dinamizar instrumentos<br />
territoriais e de urbanismo<br />
Além da criação do PIN+, o Governo está a preparar<br />
instrumentos que visam «tornar mais flexível,<br />
simples e eficaz» as questões ligadas aos<br />
empreendimentos turísticos, nomeadamente<br />
a nível da gestão, planeamento e ordenamento<br />
do território, assim como nas actividades de<br />
urbanização e edificação, «instrumentos indispensáveis<br />
para dar eficiência à actividade dos<br />
promotores», nas palavras de Jorge Lacão.<br />
Desta forma, apresentou-se na reunião de<br />
Conselho de Ministros de 14 de Junho, a proposta<br />
de lei que altera a Lei n.º 48/98, de 11<br />
de Agosto, que estabelece as bases da política<br />
do ordenamento do território e de urbanismo.<br />
Ainda a submeter à Assembleia da<br />
República, esta proposta pretende promover<br />
a eliminação da fase processual de ratificação<br />
pelo Governo dos planos municipais de ordenamento<br />
do território, com excepção dos<br />
casos em que a própria câmara municipal o<br />
solicite para obter derrogação de normas<br />
constantes de instrumentos de gestão territorial<br />
de âmbito nacional ou regional com as<br />
quais a proposta de plano director municipal<br />
seja desconforme.<br />
O Governo aprovou ainda o Decreto-Lei que<br />
procede à quarta alteração ao Decreto-Lei<br />
n.º380/99, de 22 de Setembro, que estabelece<br />
o regime jurídico dos instrumentos de gestão<br />
territorial, uma alteração que visa a eficiência<br />
do sistema de gestão territorial através da simplificação<br />
dos procedimentos e de uma maior<br />
descentralização e responsabilização municipal<br />
na gestão do território. Assim, elimina-se a<br />
ratificação pelo Governo dos planos intermunicipais<br />
e municipais de ordenamento do território,<br />
excepto para o plano director municipal.<br />
O controlo de legalidade dos planos municipais<br />
passa, agora, a ser assegurado pela emissão de<br />
pareceres por parte das entidades competentes<br />
em razão da matéria e pela verificação a efectuar<br />
pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento<br />
Regional (CCDR). Elimina-se, ainda, a<br />
chamada «concertação» como fase autónoma e<br />
obrigatória, antecipando-a para o momento do<br />
acompanhamento, «com inegáveis vantagens,<br />
quer do ponto de vista da celeridade, quer do<br />
ponto de vista da construção de soluções partilhadas»,<br />
refere o Governo.<br />
Teve ainda lugar a apresentação da Proposta de<br />
Lei que procede à sexta alteração ao Decreto-Lei<br />
n.º555/99, de 16 de Dezembro, que estabelece<br />
o regime jurídico da urbanização e edificação.<br />
Esta proposta, que será ainda apresentada em<br />
Assembleia da República, visa simplificar o procedimento<br />
de licenciamento urbanístico através da<br />
redefinição dos modelos de controlo prévio administrativo,<br />
introduzindo soluções compatíveis<br />
com o desenvolvimento económico, o controlo<br />
da legalidade urbanística e a utilização de novas<br />
tecnologias e formas de relacionamento entre as<br />
diversas entidades envolvidas.<br />
Assim, são propostas alterações profundas ao<br />
regime actualmente em vigor, destacando-se<br />
a eliminação do procedimento de autorização<br />
e a nova delimitação do âmbito de aplicação<br />
dos procedimentos de licenciamento e de comunicação<br />
prévia. Assim, promove-se uma sig-<br />
Reforma do<br />
sistema de gestão<br />
do território e do<br />
licenciamento<br />
nificativa diminuição do controlo prévio, o qual<br />
é contrabalançado pelo reforço da fiscalização<br />
municipal e da responsabilização dos técnicos<br />
subscritores dos projectos e responsáveis técnicos<br />
pela direcção das obras.<br />
Neste contexto, passam a estar isentas de qualquer<br />
controlo ou comunicação prévia as pequenas<br />
obras de escassa relevância urbanística,<br />
bem como as obras de conservação e de alteração<br />
no interior dos edifícios ou suas fracções<br />
autónomas que não impliquem modificações<br />
da estrutura dos edifícios, das cérceas e das fachadas.<br />
Por outro lado, ficam sujeitas a simples comunicação<br />
prévia, dispensando-se a actual exigência<br />
de autorização municipal, as obras de<br />
reconstrução com preservação de fachadas,<br />
bem como as obras de urbanização quando<br />
pré-exista operação de loteamento e, ainda,<br />
as obras de construção que ocorram em área<br />
abrangida por operação de loteamento ou por<br />
plano de pormenor que disciplinem suficientemente<br />
as condições da construção a realizar.<br />
O reforço da responsabilidade dos técnicos<br />
subscritores dos projectos e responsáveis técnicos<br />
pela direcção das obras é assegurado,<br />
nomeadamente, pelo agravamento da contraordenação<br />
aplicável às falsas declarações e pela<br />
ampliação da sanção acessória de interdição do<br />
exercício da profissão, que pode atingir os quatro<br />
anos.<br />
Por último, importa salientar que a simplificação<br />
do licenciamento urbanístico agora proposta<br />
introduz uma nova forma de funcionamento<br />
da Administração, em especial entre os<br />
seus diversos níveis e com o cidadão, assente na<br />
utilização de tecnologias da informação, com a<br />
necessária desmaterialização do procedimento<br />
administrativo, desde a recepção ao tratamento<br />
subsequente, e na criação de uma nova figura,<br />
o gestor do procedimento, que acompanha os<br />
procedimentos, verifica o cumprimento dos<br />
prazos, identifica os obstáculos ao normal desenrolar<br />
de cada procedimento e presta informações<br />
aos interessados.<br />
61
DOSSIER RESORTS<br />
Turismo residencial<br />
em franco crescimento<br />
O mercado de turismo residencial foi eleito como um sector estratégico para a Economia<br />
portuguesa e consta, hoje também, na lista de prioridades do sector imobiliário e do<br />
sector hoteleiro. A oferta de resorts integrados para os próximos 10 anos é vasta, com<br />
regiões como o Alentejo e o Oeste a emergirem em força ao lado do confirmado Algarve,<br />
segundo a ILM-THR. A <strong>Vida</strong> imobiliária apresenta-lhe alguns dos dados mais importantes<br />
revelados sobre este mercado, que segundo um estudo da IRG e da Prime Yield está<br />
na rota do sucesso em termos de vendas e níveis de preços.<br />
Preços de venda em Resorts<br />
Turísticos (IRG/Prime Yield)<br />
Apartamentos: Em termos de valores médios<br />
de unidade por metro quadrado, aponta-se os<br />
3.000�/m² em todas as áreas analisadas como<br />
sustentável. No Algarve (Triângulo Dourado –<br />
Almancil, Vale do Lobo e Quinta do Lago) e na<br />
Costa Azul, atingem-se já valores na ordem dos<br />
4.000�/m²<br />
Townhouses (moradias geminadas): É o<br />
produto mais uniforme em termos de valores<br />
médios nas áreas analisadas, com um valor de<br />
referência na ordem dos 3.000 �/m².<br />
Villas (moradias isoladas): Há uma certa uniformidade<br />
de valores no Barlavento e Sotavento<br />
Algarvio e em Vilamoura. No Triângulo Dourado,<br />
na oferta de tipologias V4 e V5, foi superada<br />
a barreira dos 2,5 milhões de euros.<br />
Lotes de terreno: Os lotes referenciados têm<br />
um índice de construção médio de 0,5. O Sotavento<br />
Algarvio regista o valor exponencial mais<br />
elevado, com 2.500�/m².<br />
62<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
Preços de venda em Condomínios<br />
Turísticos (IRG/Prime Yield)<br />
Apartamentos: Observa-se um preço alvo por<br />
metro quadrado acima dos 3.000�/m². em localizações<br />
prime no Algarve (Triângulo Dourado),<br />
pode compreender transacções de T2 acima<br />
dos 5.000�/m².<br />
Villas (moradias isoladas): O preço alvo médio<br />
consolidado ronda os 2.500�/m², mas na área<br />
de Estoril/Cascais algumas moradias com tipologias<br />
V4 podem alcançar valores superiores a<br />
4.000�/m².<br />
Lotes de terreno: Os lotes referenciados têm<br />
um índice de construção médio de 0,5. O Triângulo<br />
Dourado regista o valor médio mais elevado<br />
(1.500�/m²).<br />
Imométrica prepara novo sistema de informação<br />
para resorts e um SIR Algarve<br />
A Imométrica está a preparar o lançamento de um novo produto SIR (Sistema de Informação<br />
Residencial) para o mercado algarvio. Este sistema de informação reúne a informação<br />
das transacções realizadas por mediadores, promotores e avaliadores imobiliários aderentes<br />
e depois dos mercados das áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, está agora na<br />
calha o tratamento de dados referentes ao mercado algarvio de habitação.<br />
Também para breve estará o arranque de um sistema de informação destinado concretamente<br />
ao mercado de Resorts em Portugal, um projecto que está a ser desenvolvido em<br />
parceria com a consultora de turismo Neoturis e que irá apresentar resultados deste mercado<br />
trimestralmente. O SIR assume-se como uma ferramenta para os profissionais do sector<br />
conhecerem com maior rigor a realidade do mercado residencial. O tratamento agregado<br />
da informação permite a obtenção de informação micro-estatísticas, com detalhe de informação<br />
por zona / tipologia / estado de uso para uma diversidade de variáveis alvo: O SIR<br />
oferece aos participantes uma informação de “benchmarking”, ou seja, compara a performance<br />
comercial de cada empresa com a realidade do mercado onde opera.<br />
Oferta de resorts prevista para os próximos 10 anos<br />
61 Resorts<br />
67 Hotéis<br />
48 Campos de golfe<br />
40.000 Unidades imobiliárias<br />
45.000 Hectares<br />
13,5 Mil milhões de euros<br />
Principais regiões de oferta de novos resorts<br />
Preços médios (�/m²) e áreas de Apartamentos T3 em resorts turísticos<br />
Preços médios (�/m²) e áreas de Apartamentos T3 em condomínios turísticos<br />
NOTAS:<br />
Fonte: ILM-THR<br />
Fonte: ILM-THR<br />
Fonte: IRG/ Prime Yield<br />
Fonte: IRG/ Prime Yield<br />
O estudo apresentado pela ILM-THR, empresa de consultoria<br />
na área de turismo, analisa a oferta futuro do<br />
mercado de resorts em Portugal, tendo em conta apenas<br />
projectos com a dimensão mínima igual ou superior<br />
a 70 hectares. Abarca as regiões do Algarve, Alentejo,<br />
Lisboa, Centro e Norte.<br />
O estudo apresentado pela IRG (International Realty<br />
Group) e pela Prime Yield é feito com base na informação<br />
de vendas da primeira e na informação de avaliações<br />
da última. As zonas analisadas são o Algarve, a<br />
Costa Azul, a Costa de Prata e a linha de Cascais/Estoril.<br />
O estudo compreende os conceitos de:<br />
Resorts Turísticos: empreendimentos cuja principal<br />
âncora é o golfe e/ou a praia. Projectos imobiliários desenvolvidos<br />
de forma integrada e que tem uma oferta<br />
imobiliária diferenciada pelos produtos oferecidos, nomeadamente<br />
apartamentos, townhouses, villas e lotes<br />
Condomínios Turísticos: projectos imobiliários desenvolvidos<br />
em linha com o conceito de condomínio, o que<br />
inclui uma gestão conjunta de todas as infra-estruturas,<br />
nomeadamente, a segurança, os espaços comuns (incluindo<br />
jardins) e os espaços sociais.
O produto imobiliário turístico em Espanha –<br />
cujo desenvolvimento tem o seu forte na costa<br />
sul – apesar de estar, actualmente, conotado<br />
como sendo de massas e competitivo pelo preço,<br />
está a «reposicionar-se» e prepara-se para<br />
ser um forte concorrente de Portugal em termos<br />
de captação de turismo residencial. «Espanha<br />
não é um gigante adormecido, ao contrário<br />
do que muita gente pensa», alerta Lucília Cruz<br />
Pinto, Directora na ILM-THR, consultora na área<br />
de turismo, hotelaria e resorts. Por isso, «quem<br />
espera que Espanha não ofereça concorrência<br />
em termos da nova oferta que Portugal está a<br />
preparar na área de turismo residencial, enganase».<br />
A responsável explica que o país identificou<br />
já os principais problemas do mercado – aumento<br />
dos preços (os preços baixos eram uma<br />
das suas principais vantagens competitivas), a<br />
diminuição da rentabilidade, a imagem de massificação,<br />
um sistema de comercialização obsoleto<br />
– e que está já a encetar acções em várias<br />
frentes. «Espanha reconheceu que é importante<br />
trabalhar aspectos como a imagem do sector, a<br />
criação de produtos adequados e a profissionalização<br />
do sistema de comercialização». Uma<br />
das faces mais visíveis deste reposicionamento<br />
é o desenvolvimento de produtos na Costa Verde<br />
(a norte), com «resorts integrados, de baixa<br />
densidade, com grandes preocupações em termos<br />
de conceitos e sustentabilidade», explica<br />
Lucília Cruz Pinto.<br />
Portugal está agora a acordar para o mercado de turismo<br />
residencial, apostando em produtos de grande qualidade<br />
e como uma oferta prevista para os próximos 10 anos<br />
na ordem dos 61 resorts que representam investimentos<br />
superiores a 13,5 mil milhões de euros, segundo dados<br />
da consultora ILM-THR. Lucília Cruz Pinto, Directora na<br />
consultora, fala sobre o mercado português e alerta para<br />
a concorrência vinda de Espanha que, ao contrário do que<br />
se possa pensar, não é «um gigante adormecido».<br />
«Espanha não é um<br />
gigante adormecido»<br />
Portugal tem que criar<br />
experiências e diversificar<br />
mercados emissores<br />
Por isso mesmo, «Portugal tem que se diferenciar»<br />
e apostar em produtos que «permitam<br />
criar experiências que exploram muito mais que<br />
o produto sol e praia. Podemos mesmo falar de<br />
mercados de terceira residência, de públicos<br />
que já têm uma casa na praia e que procuram<br />
ter uma casa em maior contacto com a natureza<br />
ou com outras formas de lazer».<br />
Outra forma de vingar é apostar em «mercados<br />
emissores diferenciados. Apesar do imenso potencial<br />
dos mercados do Reino Unido e da Irlanda,<br />
estes são mercados a que todos os destinos estão<br />
a dirigir-se. Para Portugal, o mercado espanhol,<br />
por exemplo, é um dos mercados emissores em<br />
que se deveria apostar, além dos já tradicionais».<br />
Na opinião de Lucília Cruz Pinto, Portugal continua<br />
a ter «grandes vantagens competitivas» face<br />
a mercado emergentes como a Croácia, a Turquia<br />
ou Marrocos, ainda que «estes países possam<br />
construir sobre a praia e nós já não o possamos<br />
fazer. Somos um país de União Europeia, com a<br />
respectiva segurança e qualidade de vida que isso<br />
implica. Cada vez mais, os europeus vão querer fazer<br />
turismo dentro da Europa e Portugal, tendo as<br />
vantagens de ser Europeu é suficientemente periférico<br />
para se ter a noção de que se saiu do país de<br />
origem para um destino diferente».<br />
Face a uma oferta no mínimo volumosa, Lucília<br />
Cruz Pinto considera que «esta não é em excesso<br />
se a promoção do destino for bem feita», o<br />
que poderá ser mais eficiente através de iniciativas<br />
público-privadas. «A cooperação entre<br />
todos os “players” de uma determinada área<br />
geográfica pode maximizar em grande escala<br />
a promoção e qualificação do destino. “To win<br />
in the future companies must stop competing<br />
with each other” ».<br />
Quanto à qualidade da oferta prevista, Lucília Cruz<br />
Pinto defende que os «promotores demonstram<br />
uma grande preocupação com os conceitos e<br />
com os profissionais que envolvem nos seus projectos.<br />
Cada componente de um resort tem que<br />
ser tratado com uma unidade de negócio, com os<br />
devidos especialistas: golfe, imobiliário, hoteleiro…É<br />
importante estudar os nichos de mercado<br />
e as potencialidades do local e pensar o produto<br />
para os mercados que queremos atrair.»<br />
Lucília Pinto,<br />
Directora da<br />
ILM-THR, alerta<br />
sobre concorrência de<br />
turismo residencial<br />
63
DOSSIER RESORTS<br />
Primeiros moradores do Tróia<br />
Resort já no próximo Verão<br />
64<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
Em entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, Rui D’Ávila,<br />
Administrador da Sonae Turismo, revelou que<br />
o Tróia Resort estará totalmente concluído em<br />
2011, embora grande parte do complexo fique<br />
concluído já no próximo Verão. O investimento<br />
global é de 400 milhões de euros e implica a<br />
criação de 7.500 novas camas.<br />
Rui D’Ávila, Administrador da Sonae Turismo, em entrevista<br />
Os primeiros moradores do Tróia Resort poderão vir já no Verão do próximo<br />
ano, altura em que «uma grande parte do resort estará pronta», revelou o Administrador<br />
da Sonae Turismo, Rui D’Ávila, em entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>. A<br />
empresa conta concluir toda a intervenção em Tróia até 2011, altura em que<br />
se terminará o eco-resort e a parte nascente do núcleo urbano.<br />
O investimento global terá sido, no final do projecto, de 400 milhões de euros<br />
(M�), dos quais 260 milhões estão já em curso. No total, o resort oferecerá<br />
7.500 camas, das quais 2.200 em equipamentos hoteleiros.<br />
Neste momento, a azáfama é grande na Península de Tróia e os Apartamentos<br />
Turísticos da Praia, da Marina e do Parque Cental têm já a estrutura concluída<br />
e deu-se já inicio à fase de acabamentos, sendo que os andares modelo<br />
dos dois primeiros edifícios estarão concluídos no final de Julho. Para além<br />
destes trabalhos, os activos já existentes – casos dos aparthotéis Rosamar<br />
e Tulipamar – estão ser remodelados no seu interior e exterior, de forma a<br />
ficarem «nivelados com um unidade de quatro estrelas de qualidade», explica<br />
Rui D’Ávila. Em curso está também a obra de ligação entre o Rosamar e<br />
o Magnoliamar, onde haverá piscinas exterior e interior, um fitness centre e<br />
estacionamento em cave. Da parte da Amorim Turismo, estão a decorrer as<br />
obras do Casino, Hotel e Centro de Espectáculos.<br />
Rui D’Ávila explica ainda que as obras de infra-estruturação da Península estão<br />
também em curso e que no próximo ano se dará inicio a todos os trabalhos<br />
de paisagismo, um projecto a cargo do arquitecto Hipólito Bettencourt,<br />
e que é «o eixo unificador das diversas intervenções urbanísticas, cuidando<br />
de as integrar e interrelacioonar».<br />
Rui D’Ávila revelou ainda que a Sonae Turismo está a «a acompanhar os<br />
planos de pormenor de uma propriedade com cerca de 200 ha, mais a sul,<br />
na continuidade da Soltróia, que queremos desenvolver no seguimento do<br />
troiaresort».<br />
Portugueses reelegem Tróia como destino e representam<br />
70% das vendas<br />
Os primeiros passos de comercialização já foram dados e os resultados mostram<br />
que os Portugueses voltaram a colocar Tróia no mapa do turismo. A<br />
comercialização dos apartamentos turísticos da Praia e da Marina, na Área<br />
Central, teve início em Agosto de 2006 e a estratégia comercial tem apostado<br />
em «vendas faseadas para garantir um inventário diversificado em todas as<br />
fases», sendo que, à data, cerca de 40% do inventário está já comercializado,<br />
garante Rui D’Ávila.<br />
O responsável garantiu que o «público português tem mostrado excelente<br />
receptividade, logo seguido dos Ingleses e Alemães», revela. De tal forma,<br />
que apenas 30% das vendas já realizadas dizem respeito a compradores<br />
internacionais, de acordo com as informações reveladas por Rui D’Ávila. Em<br />
termos de mercado estrangeiro, os Ingleses, Irlandeses e Alemães foram considerados<br />
prioritários, embora a empresa esteja a desenvolver acções junto<br />
dos mercados Espanhol e Chinês.<br />
A marina de Tróia será um dos pontos de lazer do resort<br />
O Golfe inclui também uma área residencial<br />
A oferta residencial terá uma área localizada junto à Praia
O resort de luxo Vale do<br />
Lobo, um dos mais antigos<br />
do Algarve e que mudou<br />
recentemente de estrutura<br />
accionista, deverá estar<br />
concluído dentro de 10<br />
anos. Em entrevista à <strong>Vida</strong><br />
<strong>Imobiliária</strong>, Diogo Gaspar<br />
Ferreira, Presidente do<br />
Conselho de Administração<br />
da Vale do Lobo, revelou que<br />
as vendas de imobiliário no<br />
resort deverão totalizar os 90<br />
milhões de euros durante o<br />
ano corrente.<br />
Vale do Lobo com vendas<br />
de 90 M� em 2007<br />
Diogo Gaspar Ferreira, Presidente do Conselho de Administração<br />
O responsável máximo de Vale do Lobo (que<br />
tem uma nova estrutura accionista desde final<br />
do ano passado, a qual é composta de investidores<br />
portugueses e internacionais, com larga<br />
experiência nacional e internacional nas áreas<br />
da imobiliária e turismo, bem como o maior<br />
banco português, a Caixa Geral de Depósitos),<br />
revelou que «as expectativas de vendas para<br />
2007 atingem dos 90 milhões de euros. Seguindo<br />
a tendência geral do mercado imobiliário,<br />
tem havido uma procura mais acentuada por<br />
parte do mercado Irlandês, seguido do Inglês,<br />
Holandês e uma pequena percentagem de Portugueses».<br />
Mas o peso de nacionalidades pode alterar-se, já<br />
que uma das principais linhas estratégicas traçada<br />
pela nova estrutura accionista é «abrir as portas ao<br />
mundo, inclusive uma maior abertura ao mercado<br />
nacional. Vale do Lobo está agora em mãos portuguesas<br />
e, por isso mesmo, ajustámos os preços do<br />
alojamento – sem reduzir a receita – porque não<br />
podemos aceitar que os preços em Vale do Lobo<br />
Vista Geral do resort Vale de Lobo<br />
Crédito: Vale do Lobo<br />
Campo de golfe Ocean<br />
Crédito: Vale do Lobo<br />
sejam tão caros que os portugueses não possam<br />
passar aqui as férias».<br />
Além deste objectivo, a estratégia aposta agora<br />
também na «melhoria do relacionamento entre<br />
proprietários e residentes em Vale do Lobo, com<br />
o próprio empreendimento»; além de apostar na<br />
primazia do sector imobiliário, «fundamental para<br />
o progresso, desenvolvimento e inovação do empreendimento»;<br />
seguindo-se o golfe como vector<br />
«igualmente fundamental, e um produto âncora».<br />
Em marcha estão as fases II e III do empreendimento,<br />
que Diogo Gaspar Ferreira espera estejam<br />
totalmente colocadas no mercado nos próximos<br />
dez anos. O responsável explicou que «o interesse<br />
demonstrado por potenciais investidores em<br />
relação a Vale do Lobo III tem vindo a ser muito<br />
elevado, com os primeiros lotes ainda em fase de<br />
projecto, a serem já comercializados». A empresa<br />
está já a analisar outros projectos e encontra-se<br />
neste momento a negociar a compra de terrenos<br />
para um novo resort no Algarve com as mesmas<br />
características de Vale do Lobo.<br />
Uma das villas do resort<br />
Crédito: Vale do Lobo<br />
Medidas para travar erosão da praia<br />
em estudo<br />
«Temos como objectivo travar a erosão da<br />
praia, que está a perder 40 cm por ano e corre<br />
risco de desaparecer no prazo de 30 a 50 anos,<br />
devido a decisões erradas na construção de<br />
molhes e pontões em Vilamoura e Quarteira»,<br />
explica este responsável. Da ilha que já<br />
se falou, Diogo Gaspar Ferreira diz «não ter a<br />
certeza se esse é um modelo viável», contudo<br />
terá de «haver alguma solução para resolver<br />
o problema, um problema que não foi criado<br />
por nós mas que nos afecta directamente. Esperamos<br />
obter algumas alternativas e respostas<br />
com o estudo de Protecção Costeira, que<br />
recentemente encomendámos», explica. Os<br />
primeiros resultados deste estudo deverão<br />
ser apresentados ainda em Julho, de forma «a<br />
programar os passos seguintes que nos permitam<br />
atingir os objectivos de protecção e<br />
valorização da costa de Vale do Lobo».<br />
65
DOSSIER RESORTS<br />
Gerry Fagan, Administrador do<br />
Grupo Oceânico, em entrevista<br />
Programa de investimento<br />
em resorts portugueses<br />
supera 2 mil milhões de euros<br />
O programa de investimento do<br />
Grupo Oceânico no mercado de<br />
resorts português supera os 2<br />
mil milhões de euros, de acordo<br />
com Gerry Fagan, Administrador<br />
do grupo, em entrevista à <strong>Vida</strong><br />
<strong>Imobiliária</strong>. O Algarve concentra<br />
a principal fatia – dois dos<br />
resorts em desenvolvimento<br />
concentram cerca de 950 milhões<br />
de euros -, mas Óbidos e os Açores<br />
são localizações na lista de<br />
projectos.<br />
O grupo está a investir em Óbidos, num resort<br />
denominado Royal Óbidos<br />
Vilamoura vai acolher o próximo resort<br />
da Oceânico no Algarve<br />
66<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
Um dos projectos mais emblemáticos do grupo é o Amendoeira Golf Resort, em Alcantarilha, no Algarve,<br />
que concentra investimentos na ordem dos 500 milhões de euros e está neste momento em<br />
curso a construção dos dois campos de golfe e para breve o inicio dos trabalhos da primeira fase de<br />
imobiliário. Os campos de golfe – ambos de 18 buracos – foram desenhados um por Christy O’Connor<br />
Jnr e outro por Nick Faldo, devendo estar concluídos dentro de um ano. A parte das infra-estruturas de<br />
todo o empreendimento estará, por sua vez, concluída dentro de seis meses, enquanto que a primeira<br />
fase de imobiliário - 248 unidades residenciais – arrancará em breve e tem um programa de 18 meses<br />
de construção.<br />
Gerry Fagan revelou que a comercialização do resort está a ter resultados muito positivos e mais de 50%<br />
da oferta imobiliária está já vendida, o que equivale a cerca de 300 unidades imobiliárias e entra já na<br />
segunda fase do empreendimento, que foi lançada já este ano e que contempla 126 unidades residenciais.<br />
O empreendimento terá cerca de 600 apartamentos, villas e townhouses, para além de cerca de 200<br />
unidades em aparthotel.<br />
Os ingleses e irlandeses são os principais compradores deste resort, cobrindo cerca de 95% das vendas<br />
já concretizadas. Os portugueses representam uma fatia muito diminuta nos 5% restantes, que são divididos<br />
com franceses, espanhóis e canadianos.<br />
O Amendoeira estende-se por uma área de 260 hectares e para além de outras valências, vai integrar<br />
ainda uma unidade hoteleira de cinco estrelas, cuja exploração está neste momento a ser negociada<br />
pela Oceânico com alguns operadores hoteleiros, segundo avançou Gerry Fagan à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>. A<br />
conclusão do total do resort deverá ter lugar dentro de três anos.<br />
Vilamoura acolhe novo projecto no Algarve<br />
Para além do Amendoeira e uma série de projectos mais pequenos na zona de Lagos, a Oceânico tem<br />
um novo projecto de grande dimensão no Algarve, apostando agora em Vilamoura, onde detém cinco<br />
campos de golfe, resultado da aquisição da Lusotur Golfes em Março. O investimento neste novo<br />
projecto, localizado junto ao campo de golfe Pinhal, ronda os 450 milhões de euros, para um programa<br />
de 70 hectares, onde se desenvolverão cerca de 700 unidades imobiliárias, entre moradias de grande<br />
dimensão e apartamentos. Denominado «Vilamoura Golf & Gardens Resort», o empreendimento está<br />
neste momento em fase final de projecto. De acordo com Gerry Fagan, o paisagismo será uma das<br />
principais componentes deste empreendimento e foi mesmo contratado um reputado arquitecto paisagista<br />
irlandês para dar o seu cunho ao novo projecto da Oceânico.<br />
Ainda no Algarve, o Grupo tem em desenvolvimento ou já concluídos projectos como o Belmar (em<br />
Porto de Mós), o Vila Baía (na Praia da Luz e recentemente concluído), Quinta do Monte Funchal (Praia<br />
da Luz), Jardim da Meia Praia e o Estrela da Luz (Praia da Luz).<br />
Fora do Algarve, os investimentos contemplam Óbidos e os Açores. Em Óbidos, numa parceria com a<br />
MSF, a Oceânico está a desenvolver o Royal Óbidos, que se estende por 130 hectares e que incluirá hotel,<br />
imobiliário e golfe, além de outras valências.<br />
Nos Açores, o grupo está em parceria com a Siram no desenvolvimento do Azores Golf Islands, cuja<br />
primeira fase implica um investimento de 300 milhões de euros. Esta primeira fase integra 210 apartamentos,<br />
10 moradias de luxo e um centro hoteleiro, com hotel, aparthotel, spa, centro de conferências e<br />
zonas desportivas e de lazer.com
O Grupo Imocom está a investir no mercado de resorts,<br />
elegendo o Algarve como um destino preferencial. No<br />
total, o investimento do grupo em resorts ascende a 248<br />
milhões de euros, dos quais 230 resultantes de projectos<br />
localizados no Algarve. O primeiro empreendimento do<br />
grupo na área de turismo residencial inaugura já em<br />
Julho e marca a entrada da cadeia Hilton em Portugal.<br />
Imocom investe 248 milhões<br />
em resorts e inaugura primeiro<br />
projecto já em Julho<br />
Pedro Viriato, Administrador do Grupo Imocom, em entrevista<br />
O empreendimento<br />
Conrad nascerá incluído<br />
na Quinta do Lago<br />
As Cascatas inauguram em Julho<br />
O Monte Santo, no Carvoeiro, inclui apenas<br />
componente imobiliária<br />
Em entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, Pedro Viriato,<br />
Administrador do Grupo Imocom, esclarece<br />
que o investimento mais avultado é no projecto<br />
Conrad na Quinta do Lago, com 120 milhões de<br />
euros, seguindo-se o resort «Hilton Vilamoura<br />
As Cascatas Resort & Spa», em Vilamoura, com um<br />
investimento de 75 milhões de euros, e, por último,<br />
o Monte Santo Resort, no Carvoeiro, com 35<br />
milhões de euros. O grupo tem ainda em curso<br />
um investimento de 18 milhões de euros no Cartaxo,<br />
num Wine Resort & Spa.<br />
A primeira face visível deste investimento é o projecto<br />
de Vilamoura, cuja inauguração tem lugar no<br />
dia 15 de Julho. Pedro Viriato revelou que o resort<br />
está comercializado a 100%. Este resort tem cinco<br />
componentes: um SPA com 2.000 m² sob a marca<br />
7 Spa, detida pela própria Imocom; um hotel Hilton<br />
com 154 quartos, que será o primeiro da insígnia<br />
em Portugal; uma de unidades destinadas<br />
ao vacation club explorado pela Hilton; uma área<br />
residencial e uma área de Kids club; incorporando<br />
ainda uma área de 30.000 m² de arranjos exteriores.<br />
A área residencial terá 69 apartamentos T1 a<br />
T4, enquanto que a de Vacation Club terá tipologias<br />
T1 e T2, no total igualmente de 69 unidades.<br />
De acordo com o Administrador da Imocom, o<br />
grupo «tem um ambicioso plano de expansão», já<br />
que pretende ter «5.000 camas até 2010», esclarecendo<br />
que a insígnia Hilton é o parceiro hoteleiro<br />
para os projectos de Portugal e Palop’s.<br />
O próximo projecto a ficar concluído é o Monte<br />
Santo Resort, que tem apenas componente residencial,<br />
e não integra serviços hoteleiros. Actual-<br />
mente em desenvolvimento, este projecto «tem<br />
já 40% comercializado», e cerca de 45% dos 35<br />
milhões de euros do investimento está já concretizado.<br />
Este empreendimento, localizado no Carvoeiro,<br />
deverá estar concluído em 2008.<br />
Um terceiro projecto, também no Algarve, denomina-se<br />
CONRAD, Palácio de Valverde, Resort<br />
& Spa, Hotel Apartamento, localizado junto ao<br />
Shopping da Quinta do Lago. Tem por objecto a<br />
construção e exploração de um hotel apartamento<br />
de luxo equiparado a um Hotel de seis estrelas,<br />
de acordo com a classificação utilizada internacionalmente,<br />
e corresponde a um investimento global<br />
de 120 milhões de euros e apresenta-se como<br />
o primeiro do género em Portugal e na Europa<br />
e tem características que o habilitam a tornar-se<br />
uma referência hoteleira mundial. Vai ocupar uma<br />
área total de 30.990 m², e será constituído por 160<br />
quartos e 115 apartamentos. A construção do resort<br />
será iniciado já em Setembro deste ano e as<br />
vendas da componente imobiliária deverão ter<br />
inicio também ainda em 2007. As perspectivas da<br />
Imocom apontam para que o projecto esteja concluído<br />
entre 2009 e 2010.<br />
Por último, o Grupo está a investir num Wine Resort&<br />
Spa, no Cartaxo, orçado em 18 milhões de euros,<br />
concluindo um projecto hoteleiro de luxo com<br />
48 quartos e que se espera estar concluído em 2008.<br />
Refira-se que a Imocom espera que a sua marca de<br />
Spa’s tenha 10 estruturas abertas até 2009.<br />
Fora de Portugal, a Imocom está a analisar oportunidades<br />
de negócio no Brasil, Argentina, Marrocos<br />
e Angola.<br />
67
68<br />
DOSSIER RESORTS<br />
Grupo CS com investimentos<br />
de 1.500 M� em imobiliário<br />
turístico até 2010<br />
Para além dos negócios no segmento de hotelaria<br />
Segundo explicou Carlos Saraiva, «até 2010 todo<br />
o projecto hoteleiro estará concluído, embora<br />
continuemos sempre atentos a novas oportunidades<br />
de negócio. O nosso projecto de imobiliário<br />
turístico vai continuar além disso, e para além<br />
dos projectos actualmente em desenvolvimento,<br />
existem outras oportunidades interessantes, que<br />
temos vindo a avaliar e a estudar».<br />
Consciente de que «Portugal tem uma capacidade<br />
enorme em poder afirmar-se enquanto destino<br />
prime de segunda habitação», Carlos Saraiva disse<br />
à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong> que vai continuar a investir<br />
neste sector, no qual existirá «um trabalho de<br />
continuidade para além de 2010».<br />
Embora consciente da importância da internacionalização<br />
para as empresas nacionais, Carlos<br />
Saraiva explicou que este é «um caminho que<br />
não está fora dos nossos planos», mas que apenas<br />
será iniciado «quando aparecer uma oportunidade<br />
que realmente valha a pena, e que pode<br />
aparecer de várias formas». Para já, «estamos a<br />
fazer o caminho mais difícil, que é a criação de<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
A Herdade do Reguengo é um<br />
novo projecto no Algarve<br />
uma marca de valor, e essa é a nossa prioridade,<br />
consolidar a marca CS». Entre os destinos mais<br />
«atraentes» para a expansão, o presidente da CS<br />
apontou Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e o<br />
Brasil, referindo ainda que «a Europa também<br />
ainda não está ‘acabada’». Por enquanto, o grupo<br />
está presente apenas no mercado nacional.<br />
Herdade do Reguengo é o novo<br />
projecto para a região do Algarve<br />
A região do Algarve concentra dois dos principais<br />
projectos imobiliário-turísticos do grupo: a Herdade<br />
dos Salgados e a Herdade do Reguengo. Este<br />
último é o projecto mais recente do grupo CS, e<br />
ainda está em fase de elaboração. «Actualmente<br />
ainda estamos a estudar o conceito, que é a parte<br />
mais importante», referiu Carlos Saraiva, dizendo<br />
que este empreendimento irá «requalificar Portimão<br />
como destino turístico». De acordo com este<br />
responsável, a Herdade do Reguengo irá desenvolver-se<br />
numa área total de 1.000 hectares, e terá<br />
pelo menos dois hotéis, para além de um conjun-<br />
Um dos principais grupos<br />
hoteleiros e turísticos nacionais,<br />
o Grupo CS continua a apostar<br />
forte no mercado de imobiliário<br />
turístico em Portugal. O plano<br />
de investimentos para o período<br />
2004-2010 contempla uma<br />
injecção de 1.500 milhões de<br />
euros (M�) neste segmento de<br />
mercado, revelou o presidente<br />
do grupo, Carlos Saraiva, em<br />
entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>.<br />
Este valor não contempla o<br />
projecto hoteleiro e diz respeito<br />
aos empreendimentos que a CS<br />
está a desenvolver nas regiões<br />
do Algarve, Alentejo e Douro.<br />
to de aldeamentos. No presente já existem dois<br />
campos de golfe a funcionar, estando em estudo<br />
«a possibilidade de construir um terceiro campo». Na<br />
perspectiva do presidente do grupo CS, «este é um<br />
projecto muito desafiante, que também terá parte<br />
agrícola e uma parte arqueológica, e para o qual<br />
temos previsto um investimento muito avultado».<br />
Segundo as previsões deste responsável, «para o<br />
final do ano deveremos ter condições para fazer a<br />
apresentação formal deste projecto».<br />
Também no Algarve, mas na zona de Albufeira,<br />
o grupo está a desenvolver a Herdade dos Salgados,<br />
cuja primeira fase está a entrar na recta<br />
final, e deverá estar inteiramente concluída até<br />
ao final do Verão. «Estamos agora a dar início ao<br />
resto da Herdade dos Salgados, o que significa<br />
que dentro de dois anos, em 2009, o projecto estará<br />
concluído na sua globalidade».<br />
Para além destes dois empreendimentos na<br />
região algarvia, o Grupo CS também está a investir<br />
no segmento do imobiliário residencial<br />
turístico nas regiões do Alentejo e do Douro.
O líder no aluguer de casas para férias entre particulares na Internet apresenta<br />
já resultados positivos para a época, ainda alguns meses antes do Verão.<br />
De facto, mais de 170.000 pedidos de aluguer são enviados cada mês, por<br />
e-mail, aos proprietários inscritos no site Homelidays.com. Portugal é um dos<br />
destinos mais requisitados este ano: mais de 75.000 pesquisas são efectuadas<br />
para este destino – 7 vezes mais do que em 2005!<br />
O site de alojamentos para férias compromete-se com os proprietários: 30<br />
dias de ensaio, satisfeito ou reembolsado. Se o proprietário não receber nenhum<br />
e-mail por parte de inquilinos durante os primeiros 30 dias de publicação<br />
do seu anúncio, a Homelidays reembolsa a totalidade da quantia paga<br />
pela fórmula de assinatura.<br />
98% dos proprietários estão satisfeitos com os alugueres efectuados através<br />
da Homelidays.<br />
As vantagens detectadas pelos membros<br />
A forte visibilidade dos seus anúncios – 80.000 pessoas vêm cada dia preparar<br />
as suas férias ou curtas estadias na Homelidays: mais de 2.000.000 de<br />
pessoas por mês.<br />
Um serviço eficaz e de qualidade – 7 anos de experiência no aluguer para férias,<br />
um posicionamento internacional: cerca de 70% da audiência é internacional.<br />
A audiência internacional permite aos arrendadores aumentar o número de<br />
reservas e melhorar a rentabilidade do aluguer:<br />
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Mais feriados, fins-de-semana prolongados, calendários escolares dife-<br />
rentes: Aumentar a época alta & melhorar os lucros dos arrendadores<br />
em época baixa<br />
Reservas com antecipação ou de última hora, cada país tem os seus hábitos:<br />
os arrendadores podem, assim, proteger-se contra cancelamentos tardios<br />
A publicação do anúncio é personalizada:<br />
� Descrição detalhada<br />
� 10 fotos<br />
� Calendário de disponibilidades e preços<br />
� A tradução automática do site em 7 línguas: Português, Francês, Espanhol,<br />
Inglês, Italiano, Alemão e Holandês.<br />
� A actualização do anúncio é ilimitada e gratuita<br />
Um espaço pessoal para os proprietários permite conservar todos os pedidos<br />
de aluguer recebidos por e-mail e seguir as estatísticas de consulta do<br />
anúncio<br />
A confiança e a satisfação dos proprietários – 35.000 proprietários confiam<br />
na Homelidays<br />
Uma melhor rentabilidade no aluguer para férias – a Homelidays gerou mais<br />
de 200.000 reservas em 2006<br />
170.000 pedidos de aluguer foram enviados aos arrendadores em Abril de 2007.<br />
Razões de sobra para destacar o seu alojamento sazonal, no site www.homelidays.pt,<br />
ao passar pela revista VIDA IMOBILIARIA, o site de alojamentos para<br />
férias oferece 2 meses de ensaio grátis aos nossos leitores.<br />
PUBLIREPORTAGEM<br />
A empresa de aluguer entre particulares acaba de lançar um novo<br />
site, agregador de ofertas de alojamentos para férias: Villanao.pt<br />
Homelidays.pt duplica<br />
dimensão e audiência<br />
internacional<br />
Sofia Dias é a “embaixadora” portuguesa dos países lusófonos. Na Homelidays.com,<br />
Sofia Dias administra os cerca de 1300 anúncios em língua portuguesa,<br />
validando cada anúncio após leitura do conteúdo e visualização das<br />
fotos. Tem 25 anos, é oriunda de S. Brás de Alportel, no Algarve e vai a Portugal<br />
todos os anos de férias e cada vez mais aquando de Salões do turismo a<br />
decorrer no país. Licenciada em línguas estrangeiras aplicadas em tradução,<br />
pela Sorbonne. “Estou muito satisfeita por representar o meu país e poder<br />
praticar a minha língua diariamente” diz com um sorriso.<br />
Para concluir Sofia Dias acrescenta que espera alcançar para o próximo ano<br />
2008 os 2.000 anúncios em Portugal e desenvolver este destino de férias junto<br />
dos internautas.<br />
A estreia de um novo site, agregador de ofertas<br />
de alojamentos para férias: VILLANAO.com ,<br />
apoiando-se na experiência da Homelidays<br />
Villanao reúne 100.000 ofertas de alojamentos para férias provenientes dos<br />
maiores Operadores Turísticos, residências para férias, agências imobiliárias e<br />
particulares. Villanao oferece actualmente a maior escolha no mercado entre<br />
30 países na Europa e na costa Mediterrânica.<br />
Villanao.pt foi criada em 2006 por Florent Mamelle, fundador de Homelidays.<br />
com. Uma equipa internacional especializada no turismo procura as melhores<br />
ofertas na Europa para propor cada vez mais escolhas.<br />
A facilidade:<br />
� Cerca de 50 critérios para uma pesquisa pormenorizada e eficaz<br />
� Mapas interactivos do Via Michelin para localizar o alojamento ao quilómetro<br />
� Um potente comparador de ofertas de alojamentos para ajudar o internauta<br />
a determinar a sua escolha<br />
� Um site acessível em 7 línguas<br />
A tranquilidade:<br />
� A pesquisa de um alojamento tranquilamente a partir de casa<br />
� “A minha selecção Villanao”: uma pasta pessoal onde as selecções são<br />
conservadas durante meses para que o internauta possa recuperar,<br />
comparar, partilhar com amigos.<br />
Finalmente, Sofia Dias acrescenta que espera ultrapassar no próximo ano para<br />
este novo site: villanao.pt, as 2.000 ofertas de alojamentos em Portugal, desenvolver<br />
parcerias com operadores turísticos e outros especialistas do turismo portugueses,<br />
e desenvolver este destino para férias assim como outras também elas<br />
lusófonas tais como o Brasil, junto de internautas muito brevemente.<br />
www.homelidays.pt & www.villanao.com<br />
Serviço de atendimento ao cliente em português<br />
Telefone : 0033 1.70.75.34.05<br />
69
DOSSIER RESORTS<br />
Com alguma experiência em imobiliário<br />
turístico, a MSF TUR.IM, holding do<br />
Grupo MSF para o imobiliário e turismo,<br />
está a apostar em força no mercado<br />
de resorts, e estima que as vendas<br />
neste segmento possam atingir os 360<br />
milhões de euros nos próximos 8 anos.<br />
MSF aposta no mercado<br />
de resorts e estima<br />
vendas de 360 M�<br />
até 2014<br />
José Fortunato, Administrador da empresa<br />
Em entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, José Fortunato, Administrador<br />
da MSF revelou que a MSF TUR.IM, holding<br />
criada para o mercado imobiliário e turístico,<br />
considera que o mercado de resorts como um sector<br />
estratégico para a empresa, que espera obter com os<br />
projectos nesta área cerca de 360 milhões de euros<br />
de vendas, num prazo que se estende até 2014.<br />
O seu primeiro projecto nesta área é a Marina de<br />
Lagos, iniciada há cerca de uma década e hoje<br />
totalmente concluída. «Fomos responsáveis pelo<br />
projecto, construção, vendas e exploração», sublinha<br />
José Fortunato. Mais recentemente, a empresa<br />
deu inicio a um projecto habitacional que funcionará<br />
em ligação com o empreendimento da Marina<br />
de Lagos. Trata-se da reconversão de um antiga<br />
fábrica de cerâmica num complexo habitacional,<br />
que engloba 50 fogos distribuídos por 3 blocos.<br />
A área bruta do empreendimento será de 8.190<br />
metros quadrados, apresentando o mesmo uma<br />
zona comum com esplanada, piscina, bar e jardim.<br />
A aposta no mercado de resorts tem a ver com o<br />
facto de este ser «um produto muito equilibrado,<br />
que combina a componente de imobiliário com<br />
a de um negócio turístico e hoteleiro que permite<br />
uma visão de mais longo-prazo», refere o<br />
70<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
A MSF está a reconverter em habitação<br />
uma antiga fábrica de cerâmica em Lagos<br />
responsável. Neste momento, a empresa tem em<br />
desenvolvimento um projecto em parceria com o<br />
Grupo Oceânico em Óbidos, um projecto já classificado<br />
de PIN.<br />
Trata-se do empreendimento imobiliário-turístico<br />
Royal Óbidos. Representando um investimento<br />
na ordem dos 160 milhões de euros no concelho<br />
de Óbidos, o projecto inclui um campo de golfe<br />
assinado por Severiano Ballesteros, uma unidade<br />
hoteleira e aldeamentos turísticos de quatro e cinco<br />
estrelas. A construção das infra-estruturas e do<br />
campo de golfe deverá ser iniciada no princípio<br />
de 2008. Implantado numa área de 130 hectares,<br />
o Royal Óbidos prevê a construção de 620 unidades<br />
residenciais e 2.252 camas, cujo desenvolvimento<br />
será dividido em duas fases. A sua oferta<br />
residencial inclui condomínios de apartamentos<br />
com diversas tipologias, desde T1 a T3, para além<br />
de casas geminadas, moradias e aparthotel. Este<br />
empreendimento contempla também a construção<br />
de um variado conjunto de infra-estruturas<br />
de apoio e lazer, que incluem um clubhouse com<br />
equipamentos de lazer, academia de golfe, clube<br />
de ténis, Spa e Health Club, zona desportiva multiusos,<br />
country club com creche e sala de jogos<br />
A empresa está a desenvolver o<br />
Royal Óbidos Spa & Golf Resort em<br />
parceria com a Oceânico<br />
A Marina de Lagos foi o primeiro<br />
projecto na área de turismo<br />
residencial<br />
infantis, cibercafé, biblioteca, restaurante e bar e<br />
zona comercial.<br />
De acordo com José Fortunato, a comercialização<br />
da primeira fase do empreendimento arranca já<br />
em Setembro na Irlanda, onde «a expectativa é<br />
para conseguir logo no lançamento um volume<br />
importante de vendas». Seguir-se-ão os mercados<br />
inglês e português.<br />
Além deste projecto, o grupo tem em carteira um<br />
empreendimento em Évora, numa parceria com<br />
Nuno Camacho, proprietário do Convento do Espinheiro.<br />
De acordo com José Fortunato, este projecto<br />
está ainda dependente de uma operação de<br />
aquisição que poderá ser concluída em breve.<br />
O mercado algarvio está «em estudo», bem como<br />
outras localizações em Portugal, já que, antes do<br />
final do ano, a MSF TUR.IM «gostaria de fazer a<br />
aquisição de um novo projecto em Portugal». O<br />
mercado de resorts internacional está também<br />
nos planos da empresa, que tem já em curso um<br />
projecto de pequena dimensão em Cabo Verde e<br />
que pretende desenvolver novos empreendimentos<br />
neste arquipélago africano, bem como avançar<br />
com um projecto na Europa do Leste, onde estão<br />
em estudo algumas oportunidades.
DOSSIER RESORTS<br />
Terceira fase do Bom Sucesso<br />
arranca no início de 2008<br />
72<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
O Bom Sucesso – Design Resort, Leisure, Golf & Spa, localizado<br />
na região Oeste, iniciará em breve a construção da sua terceira<br />
fase, dada a «reacção do mercado ao lançamento das duas<br />
primeiras», afirmou Gonçalo Castelo Branco, administrador da<br />
Acordo, que promove o complexo.<br />
Boa performance comercial dinamiza desenvolvimento do complexo<br />
O balanço que este responsável faz ao desempenho<br />
comercial do empreendimento<br />
até ao momento é «o melhor possível». Iniciada<br />
em 2005, a comercialização do Bom<br />
Sucesso, na sua primeira fase, «esgotou as<br />
360 unidades um ano depois». Em Abril de<br />
2006 foi lançada a segunda fase, com 240<br />
unidades, tendo já sido comercializadas 150.<br />
«No total de 600 unidades, já vendemos<br />
510», afirmou Gonçalo Castelo Branco.<br />
Desta forma, «a reacção do mercado na segunda<br />
fase mostrou que as moradias em<br />
banda tiveram mais procura que as individuais,<br />
pois estão associadas a um regime de<br />
arrendamento e exploração turística, particularmente<br />
nos mercados internacionais,<br />
que representam cerca de 70% das reservas<br />
de compra». Por outro lado, «continuamos<br />
a ter um ritmo muito interessante do mercado<br />
nacional, pois das aproximadamente<br />
500 unidades vendidas, cerca de 200 correspondem<br />
ao mercado português». Em Junho<br />
de 2008 estarão concluídas as primeiras habitações<br />
do empreendimento. Já o campo<br />
de golfe de 18 buracos estará concluído e<br />
jogável em Março do próximo ano.<br />
A terceira fase, que tem a designação ainda<br />
provisória de Aldeamento da Floresta, deverá ter início em 2008, contando<br />
com 250 unidades de habitação, para além de campo de golfe com 9 buracos<br />
e um jardim histórico. Uma quarta fase terá início cerca de um ano depois.<br />
«Até final de 2009, 80% do empreendimento estará concluído, pois a<br />
construção das moradias em banda é da nossa responsabilidade. Mesmo<br />
quanto às moradias individuais, a construção terá que começar até Dezembro<br />
de 2010», revelou Gonçalo Castelo Branco. Quanto à unidade hoteleira<br />
de cinco estrelas projectada para o empreendimento, o administrador da<br />
Acordo referiu que «estamos em negociações com uma cadeia internacional<br />
para a celebração de um acordo de gestão, sendo que o anúncio<br />
será feito depois do Verão». Neste sentido, todo o empreendimento deverá<br />
estar concluído por volta de 2014/2015. Recorde-se que a área total do<br />
empreendimento ronda os 266 hectares,<br />
representando um investimento global de<br />
390 milhões de euros (M�)<br />
Mercados internacionais<br />
em expansão<br />
O bom desempenho do empreendimento<br />
junto dos mercados internacionais levou os<br />
seus responsáveis a procurar novos países<br />
para promoção, como seja a Alemanha. «Em<br />
Maio de 2005 arrancámos com a promoção<br />
do empreendimento no Reino Unido e Irlan-<br />
Projecto do arquitecto português Carlos Prata<br />
da e, mais tarde, em Espanha. Seguiram-se a<br />
Holanda, Bélgica e Dinamarca. A breve prazo,<br />
entraremos no mercado alemão». A estratégia<br />
comercial passa por estabelecer parcerias<br />
com agentes relevantes desses mercados,<br />
«excepto no Reino Unido, onde actuamos,<br />
desde há pouco tempo, de forma directa». A<br />
Acordo pretende mesmo abrir um escritório<br />
em Londres no próximo mês de Agosto. A<br />
empresa fez recentemente uma apresentação<br />
na Holanda com «muito bons resultados»,<br />
disse Gonçalo Castelo Branco.<br />
Projecto do arquitecto David Chipperfield O mercado português, por seu lado, e apesar<br />
do peso que detém no volume de transacções<br />
do Bom Sucesso, não será alvo de<br />
uma promoção particular, «uma vez que se trata de um empreendimento<br />
que, dada a sua localização e o nome dos arquitectos que o projectou, tem<br />
registado um grande sucesso junto do público nacional». No entanto, continuou,<br />
Portugal «será um mercado muito interessante quando estiverem concluídos<br />
o hotel e as moradias em banda, com a dinamização da exploração<br />
turística consequente». A empresa encontra-se actualmente a analisar várias<br />
oportunidades no segmento do turismo residencial, pois «foi onde fizemos a<br />
nossa aprendizagem e temos estruturada uma rede internacional de vendas,<br />
com um conceito inovador mas similar». Quanto a localizações, «desde o Algarve,<br />
passando pela Costa Vicentina até ao norte do país, estamos a procurar<br />
oportunidades para um projecto de qualidade, indo ao encontro do que<br />
sabemos e do que a nossa rede de clientes pretende», concluiu.
DOSSIER RESORTS<br />
Vale Pisão antecipa lançamento<br />
da segunda fase de vendas<br />
Pedro Sottomayor, Administrador da Norte Golfe, revela<br />
Para Pedro Sottomayor, esta antecipação «demonstra o sucesso de vendas»<br />
da primeira fase do resort, que está, no momento, com mais de 80% da oferta<br />
colocada, uma oferta que totaliza as 128 unidades habitacionais. A segunda<br />
fase de vendas coloca no mercado cerca de mais 130 fogos e apresenta já<br />
«uma valorização de cerca de 10% face aos produtos vendidos na fase anterior»,<br />
revelou o Administrador da empresa promotora do resort. De acordo<br />
com o mesmo responsável, as duas primeiras fases – resta ainda uma terceira<br />
fase de vendas – têm como principal público-alvo o mercado português, sendo<br />
que, apenas na última fase, se realizarão acções dirigidas aos mercados<br />
estrangeiros, nomeadamente irlandês, inglês, alemão e nórdico.<br />
Segundo o promotor, o Vale Pisão Nature Resort, a ser construído e comercializado<br />
em três fases, representa um investimento total de 100 milhões de<br />
Euros que originará receitas que deverão atingir os 120 milhões de Euros. Localizado<br />
a norte da cidade do Porto e a sul de Sto. Tirso, o Vale Pisão apresenta<br />
74<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
o conceito inovador de Nature Resort que foi criado de forma a oferecer aos<br />
seus residentes proximidade com a natureza e os benefícios de uma vida<br />
saudável, tranquila e segura. A primeira fase do empreendimento cuja construção<br />
teve início em Junho de 2006 e tem a conclusão prevista para Julho<br />
de 2008. Nesta fase serão construídas 128 moradias, o clubhouse e o campo<br />
de golfe; a segunda fase, que integra igualmente moradias, hotel de charme,<br />
Spa e a área comercial, iniciará a construção em Julho de 2008, e deverá estar<br />
concluída 12 meses depois; a terceira fase do Vale Pisão, com habitação unifamiliar,<br />
terá início em Julho de 2009 e será concluída em Julho de 2010.<br />
Recentemente, as empresas promotoras do Vale Pisão assinaram um protocolo<br />
com a Câmara de Stº Tirso que resultará na construção de escolas, um<br />
aparthotel, um Hotel e Centro de Congressos e um imóvel destinado a um<br />
clube de saúde e ainda o alargamento e beneficiação da estrada municipal e<br />
respectivas infra-estruturas, que farão a ligação à Estrada Nacional 105
DOSSIER RESORTS<br />
Pestana lança marca para a<br />
área de imobiliário turístico<br />
Por isso mesmo, a parceria entre promotores<br />
e hoteleiros que concordem com este modelo<br />
é uma oportunidade que deve ser explorada,<br />
defende o Administrador do Pestana Residence.<br />
José Roquette explica que «o primeiro<br />
passo é a localização, mas o último é sem<br />
dúvida, a prestação de serviços associados<br />
ao imobiliário» e que «a compra de habitação<br />
Pestana Palace, um<br />
dos hotéis mais<br />
emblemáticos do<br />
Grupo Pestana<br />
76<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
O Grupo Pestana lançou recentemente o Pestana<br />
Residence, marca criada para o desenvolvimento de<br />
projectos de imobiliário turístico e turismo residencial.<br />
José Roquette, Administrador do Pestana Residence,<br />
destacou a importância de garantir serviço em<br />
projectos desta natureza, pois «a continuidade do<br />
empreendimento e a consistência global do projecto<br />
assim o exigem», defende.<br />
turística deve estar associada a um serviço turístico»,<br />
pois só assim se consegue ligar «lazer<br />
e rendimento» e promover turismo residencial<br />
de qualidade.<br />
Portugal e o Brasil são, para já, os países preferenciais<br />
para o desenvolvimento de projectos<br />
com a chancela Pestana Residence, que aposta<br />
em três pilares importantes: escolha de localizações<br />
privilegiadas e diversificadas, em projectos<br />
com potencial de valorização; a experiência de<br />
gestão da marca hoteleira associada; e a qualidade<br />
de serviço inerente e a credibilidade empresarial,<br />
competência de gestão e solidez do<br />
grupo que os desenvolve e que neles permanece<br />
como investidor.<br />
Brasil acolhe primeiros projectos<br />
Os primeiros projectos a lançar sob a marca<br />
«Pestana Residence» são o Pestana Ipojuca Beach<br />
Resort & Bungalows, em Porto Galinhas, e o<br />
Bahia Lodge Residence, em Salvador da Bahia.<br />
Integrados em complexos hoteleiros de quatro<br />
e cinco estrelas, ambos os empreendimentos<br />
permitem o usufruto de todos os serviços e facilities<br />
destas unidades hoteleiras. Ao adquirir<br />
apartamentos, bungalows ou moradias nestes<br />
complexos, o investidor poderá confiar ao Grupo<br />
Pestana a exploração turística do seu activo<br />
(do qual beneficia de uso gratuito durante três<br />
semanas), sendo que o Grupo garante um rendimento<br />
mínimo de 6% durante os primeiros<br />
cinco anos do investimento.<br />
O Bahia Lodge Residence oferece 100 apartamentos<br />
de luxo, integrados no complexo que<br />
inclui o hotel de cinco estrelas Pestana Bahia.<br />
O Pestana Ipojuca inclui uma unidade hoteleira<br />
de cinco estrelas com 120 quartos, além de 80 a<br />
100 bungalows familiares com tipologias entre<br />
o T1 e o T3, estando a total conclusão do empreendimento<br />
prevista para o final de 2008.<br />
De acordo com José Roquette, outras localizações<br />
brasileiras onde o Grupo Pestana está já presente<br />
com hotelaria – nomeadamente São Luís, Natal<br />
e Angra dos Reis – poderá também ser alvo de<br />
investimento numa segunda fase de desenvolvimento<br />
de projectos com a marca Pestana Residence,<br />
uma lógica igualmente possível de ser<br />
aplicada noutros mercados internacionais<br />
Algarve, Tróia e Porto Santo são os<br />
destinos portugueses<br />
Para além do Brasil, os projectos Pestana Residence<br />
incluem ainda o Algarve, Tróia e Porto<br />
Santo. O projecto do Grupo já existente no<br />
Carvoeiro irá acolher um projecto Pestana Residence,<br />
e os futuros projectos Pestana em Silves,<br />
Tróia e Porto Santo irão também integrar uma<br />
componente imobiliária.<br />
Quanto aos públicos alvo para a venda de<br />
projectos de turismo residencial em Portugal,<br />
José Roquette explicou à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong><br />
que tudo dependerá das localizações dos<br />
projectos. Desta forma, no Algarve faz sentido<br />
abordar os públicos oriundos de Inglaterra,<br />
Alemanha, Irlanda, bem como, numa perspectiva<br />
de diversificação da procura do Algarve,<br />
um público escandinavo. Já no que se refere a<br />
Tróia, José Roquette pensa que os portugueses<br />
e os espanhóis possam ser os principais<br />
compradores de segunda habitação.
DOSSIER RESORTS<br />
Vendas da Lusort em Vilamoura<br />
acima das expectativas<br />
78<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
Em entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>,<br />
Reinaldo Teixeira, Administrador<br />
da Garvetur, empresa que é<br />
responsável por toda a assessoria<br />
em termos de projecto e de<br />
comercialização dos produtos da<br />
Lusort em Vilamoura, revelou que<br />
«as vendas para os produtos em<br />
comercialização foram acima das<br />
expectativas».<br />
Reinaldo Teixeira, Administrador da Garvetur, revela<br />
Na perspectiva do responsável, esta boa performance<br />
deve-se ao facto de «haver uma maior<br />
apetência e motivação para estes produtos, que<br />
apresentam elevados padrões de qualidade e<br />
o facto de serem em Vilamoura, agregados ao<br />
conjunto de infra-estruturas e factores como a<br />
segurança, hospitalidade e qualidade ambiental<br />
são determinantes para a decisão de investimento».<br />
Neste momento, a Garvetur está a comercializar<br />
quatro empreendimentos e prevê arrancar<br />
com a comercialização de um novo produto<br />
em Outubro, por altura do Salão Imobiliário<br />
de Lisboa. Neste momento, estão em venda a<br />
segunda fase do Monte Laguna – localizado<br />
no campo de golfe Millennium –; o empreendimento<br />
Victoria Gardens – junto aos campos<br />
de golfe Victoria e Millennium e que inclui 48<br />
apartamentos e 8 moradias em banda –; e o empreendimento<br />
Sunset Vilas, inserido no Vila Sol<br />
SPA & Golf Resort. Mais recentemente – no final<br />
de Junho – teve lugar o lançamento do «Orangerie»,<br />
junto ao Victoria Clube de Golfe. Trata-se<br />
de um conjunto de 93 unidades, a desenvolver<br />
em duas fases (a primeira com 61 unidades).<br />
O empreendimento «Cidade Lacustre» será o<br />
próximo projecto a ser lançado comercialmente.<br />
De acordo com Reinaldo Teixeira, «Trata-se de<br />
uma obra que envolve um espelho de água de<br />
cerca de 30 hectares e está neste momento em<br />
fase muito adiantada de execução». O mesmo<br />
responsável considera que este projecto será<br />
certamente um factor de valorização de todo o<br />
resort de Vilamoura e mesmo do Algarve». Será<br />
constituído por áreas comerciais, restaurantes,<br />
Reinaldo Teixeira, Administrador da Garvetur<br />
A Garvetur é responsável pela comercialização de<br />
todos os produtos da Lusort em Vilamoura<br />
bares, zonas de entretenimento, infra-estruturas<br />
marítimas para cerca de 150 embarcações,<br />
além de uma oferta residencial composta por<br />
moradias, apartamentos e dois empreendimentos<br />
turísticos.<br />
Comprador de imobiliário no<br />
Algarve mais exigente<br />
Reinaldo Teixeira defende que, desde o abrandamento<br />
das vendas a portugueses em 2004, o<br />
Algarve voltou a conquistar os portugueses e o<br />
Administrador da Garvetur, que oferece produtos<br />
para todos os gostos na região algarvia (des-<br />
de terrenos, casas rústicas, quintas e herdades,<br />
apartamentos, moradias, comércio e indústria<br />
na faixa litoral, ao barrocal e serra), afirma, desde<br />
então, sentir «uma maior confiança na recuperação<br />
do mercado». Vários empreendimentos<br />
de qualidade estão a ser lançados, face a «um<br />
cliente muito mais esclarecido e conhecedor do<br />
que procura, exigindo em simultâneo qualidade<br />
no produto. Isso tem obrigado os promotores<br />
e outros intervenientes da cadeia de valor<br />
do imobiliário a preocupar-se muito mais com<br />
os níveis de qualidade dos seus produtos». Por<br />
isso, «o principal investidor em segunda habitação<br />
no Algarve continuam a ser os portugueses,<br />
incluindo os residentes no estrangeiro».<br />
Mas os estrangeiros não abrandaram a compra<br />
de propriedades no Algarve. De facto, nos<br />
últimos anos, «o crescimento de investidores<br />
estrangeiros tem sido muito mais significativo,<br />
quer para habitação quer para comércio, no litoral<br />
e no interior», refere Reinaldo Teixeira. Neste<br />
âmbito, Reino Unido, Irlanda, Alemanha e Holanda<br />
e, mas recentemente, os Países Nórdicos,<br />
sãos os principais compradores estrangeiros de<br />
imobiliário na região algarvia. O mercado espanhol<br />
tem vindo também a crescer neste âmbito.<br />
Quanto à oferta de novos resorts, Reinaldo Teixeira<br />
considera que o mercado tem capacidade<br />
de absorção para o que está planeado, uma vez<br />
que «falamos de resorts de grande qualidade<br />
com garantia de boa prestação de serviços, quer<br />
em termos de gestão de condomínios quer em<br />
termos de gestão hoteleira, trazendo mais valias<br />
aos empreendimentos em termos de rentabilidade,<br />
valorização e qualidade de vida.
DOSSIER RESORTS<br />
Grupo Altis reforça aposta em<br />
Lisboa com novo hotel em Belém<br />
80<br />
VIDAIMOBILIÁRIA JULHO 2007<br />
O Grupo hoteleiro português Altis volta a apostar em<br />
Lisboa. Numa localização privilegiada, junto à Doca do<br />
Bom Sucesso e entre a Torre de Belém e o Padrão dos<br />
Descobrimentos, estão já a decorrer os trabalhos de<br />
construção do hotel Altis Belém, um hotel de design<br />
com 44 quartos e suites. Com um investimento avaliado<br />
em 15 milhões de euros, este projecto está integrado<br />
no projecto de requalificação da zona ribeirinha do<br />
Porto de Lisboa, e resulta da cooperação entre o grupo<br />
Altis e várias entidades públicas, com destaque para a<br />
Administração do Porto de Lisboa.<br />
Entre a Torre de Belém e o Padrão dos Descobrimentos<br />
Num terreno concessionado pela Administração<br />
do Porto de Lisboa, o Altis Belém será um<br />
«hotel de resort na cidade, integrado numa zona<br />
de turismo e cultura por excelência». Os responsáveis<br />
do grupo português pretendem que este<br />
hotel venha marcar uma nova era da oferta hoteleira<br />
da cidade de Lisboa. Durante a cerimónia<br />
de lançamento da primeira pedra do edifício,<br />
que decorreu no início de Maio, o secretário de<br />
Estado do Turismo, Bernardo Trindade, afirmou<br />
que «este é um projecto que vem requalificar a<br />
oferta turística da cidade de Lisboa, para além de<br />
melhorar a imagem do turismo português».<br />
Com design exclusivamente português, o projecto<br />
de arquitectura tem a assinatura de Manuel<br />
Salgado, e os interiores são da autoria de<br />
Fernando Sanchéz Salvador e Margarida Grácio<br />
Nunes. De acordo com o arquitecto Tomás<br />
Salgado, do atelier Risco (liderado por Manuel<br />
Salgado), «uma das principais preocupações durante<br />
a concepção deste projecto teve a ver com<br />
a volumetria. Procurou-se manter as vistas da cidade<br />
e da marginal para o rio e para a Torre de<br />
Belém e o Padrão dos Descobrimentos. Por isso, no<br />
final optámos por alinhar o edifício com o Museu<br />
de Arte Popular».<br />
Para além da oferta a nível de alojamentos, este<br />
empreendimento irá acolher um vasto conjunto<br />
de infra-estruturas de lazer, que incluem um<br />
restaurante de cozinha de autor, um bar lounge,<br />
cafetaria com esplanada, Spa e piscina, salas de<br />
reuniões e lojas.<br />
Quatro novos hotéis<br />
com a marca Altis<br />
Fundada na década de 1970, a cadeia Altis Hotels<br />
Portugal é gerida pelo seu fundador, Fernando<br />
Martins e seus filhos. Actualmente, o grupo<br />
conta com três unidades de 4 e 5 estrelas em<br />
funcionamento, localizadas em áreas privilegiadas<br />
na cidade de Lisboa, com uma oferta que<br />
totaliza as 1.200 camas. A curto e médio prazo,<br />
os planos de crescimento do grupo português<br />
contemplam a abertura de quatro novos hotéis:<br />
o Altis Belém, o Altis Avenida, o Altis Prime e o<br />
Altis Marquês.<br />
A actividade do grupo iniciou-se com a abertura<br />
do Hotel Altis, em 1973, uma unidade de cinco<br />
estrelas situada na rua Castilho. Este hotel foi projectado<br />
por Fernando Miranda e Daciano Costa,<br />
que foram, respectivamente, o arquitecto e o designer<br />
de interiores, e disponibiliza 303 quartos<br />
e suites. Em 1994, a cadeia inaugurou a segunda<br />
unidade na capital portuguesa: o Altis Park Hotel,<br />
um quatro estrelas moderno com uma oferta de<br />
300 quartos, localizado no empreendimento da<br />
Encosta das Olaias. Este hotel destaca-se pela sua<br />
arquitectura moderna e pelos seus interiores, que<br />
albergam obras de artistas plásticos nacionais<br />
como José de Guimarães e Luís Pinto Coelho.<br />
Quatro anos mais tarde, foi inaugurado o Altis Suites.<br />
Situadas ao lado do Hotel Altis, trata-se de um<br />
empreendimento com 42 apartamentos de luxo,<br />
sendo dois T2 e os restantes T1, totalmente equipados<br />
e cujos utentes beneficiam dos serviços do<br />
hotel Altis.<br />
O Altis Belém é a nova aposta da cadeia<br />
hoteleira portuguesa em Belém.<br />
O investimento ascende a 15 M�
Six Senses Resorts & Spas<br />
estreia-se no mercado português<br />
Uma das mais exclusivas e luxuosas marcas hoteleiras,<br />
a Six Senses Resorts & Spas irá estrearse<br />
em Portugal com o «Corte Velho by Six Senses»,<br />
descrito pelos seus promotores como «um<br />
Boutique Resort seis estrelas, que inclui três hotéis,<br />
spa, golfe e turismo residencial». Este empreendimento<br />
será erguido no lugar de Azinhal, em<br />
Castro Marim, descrito por Sonu Shivadasani<br />
como sendo «o lado mais atraente do Algarve,<br />
por ainda conservar o charme do clima mediterrânico».<br />
Promovido por uma joint-venture entre a Corte<br />
Velho Lda e a Six Senses Resorts & Spas, o projecto<br />
Corte Velho localiza-se em pleno Sotavento Algarvio,<br />
num terreno com uma área total de aproximadamente<br />
135 hectares, contíguos ao rio Guadiana<br />
e a cerca de 16 quilómetros da linha costeira, e<br />
que apresentará uma densidade de construção<br />
de apenas 1%. A área a urbanizar ocupará apenas<br />
32,6 hectares.<br />
Segundo explicou Andrew Coutts, Assistant Manager<br />
da Corte Velho Lda, que também esteve presente<br />
O grupo hoteleiro internacional Six Senses está a preparar a sua<br />
entrada no mercado português, com o projecto «Corte Velho by Six<br />
Senses», que representa um investimento global na ordem dos 200<br />
milhões de euros e prevê a criação de mais de 600 postos de trabalho<br />
directos e indirectos. O fundador da marca, Sonu Shivdasani, esteve em<br />
Portugal durante o mês de Maio, onde falou com os jornalistas acerca<br />
da sua empresa e dos seus projectos mais recentes, com destaque para<br />
o Corte Velho, localizado na região do Algarve.<br />
na sessão de apresentação, «os programas de projecto<br />
e de construção da Six Senses são muito exigentes»,<br />
e à semelhança de todos os resorts que ostentam a<br />
marca, este empreendimento também será desenvolvido<br />
dentro dos critérios e standards ambientais<br />
e económicos do grupo hoteleiro.<br />
Terraforma e WATG são os<br />
responsáveis pelo novo Master-Plan<br />
Recorde-se que o projecto do Corte Velho foi<br />
chumbado em meados do ano passado, e o parecer<br />
desfavorável do Estudo de Impacto Ambiental,<br />
levou os promotores a reformularem o Master<br />
Plan do resort. A nova versão do Master-Plan está<br />
a cargo da Terraforma – Professor Paulo Correia e<br />
da WATG (Wimberly Alison Tong & Goo), gabinete<br />
internacional especializado em conceito, arquitectura<br />
e planeamento de alguns dos mais conceituados<br />
hotéis e resorts do mundo.<br />
Andrew Coutts contou que «prevemos ter um<br />
parecer positivo acerca do Estudo de Impacto Ambiental<br />
e o projecto aprovado até ao final de 2007».<br />
Um dos resorts da Six Senses, nas Maldivas<br />
Este responsável explicou que «depois, será preciso<br />
pelo menos mais um ano para definir o projecto<br />
de arquitectura». Entre os arquitectos convidados<br />
a participar neste projecto, incluem-se nomes<br />
portugueses como José Baganha, Souto Moura<br />
e Aires Mateus. Os promotores contaram ainda<br />
que «será dado privilégio a projectos que recorram<br />
ao uso de materiais locais e naturais, como rocha e<br />
pedras, com vista a integrar os edifícios com a paisagem».<br />
Os arquitectos Arthur Hills & Steve Forrest<br />
serão os responsáveis pelo projecto do campo de<br />
golfe de 18 buracos.<br />
O início dos trabalhos de construção ainda não<br />
tem uma data definida, e «se conseguirmos avançar<br />
com as obras das primeiras infra-estruturas no<br />
início de 2009, ficaremos muito contentes», disse o<br />
Assistant Manager da Corte Velho.<br />
De sublinhar que todo o empreendimento Corte<br />
Velho será auditado pela Audubon International,<br />
com vista à obtenção da certificação ambiental<br />
máxima internacional de «Gold Signature Sanctuary<br />
Resort».<br />
81
82<br />
ANÁLISE IMOBILIÁRIA<br />
A principal feira de<br />
imobiliário em Espanha, e<br />
uma das maiores da Europa,<br />
a nona edição do Salão<br />
Imobiliário de Madrid (SIMA)<br />
realizou-se entre os dias 29<br />
de Maio e 2 de Junho, no<br />
Parque Juan Carlos I, na<br />
capital espanhola. Mais uma<br />
vez, o salão voltou a bater<br />
recordes, quer ao nível de<br />
visitantes, quer ao nível dos<br />
expositores presentes, entre<br />
outros aspectos.<br />
Salão Imobiliário de<br />
Madrid volta a bater<br />
recordes em 2007<br />
Uma das maiores<br />
feiras imobiliárias<br />
da Europa<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Pelo segundo ano consecutivo, o Salão Imobiliário<br />
de Madrid ultrapassou a barreira dos<br />
150 mil visitantes. Durante os cinco dias de<br />
feira, o certame registou um total de 159.827<br />
visitantes, um valor 1,9% acima do regista-<br />
do na edição de 2006. Destes, 138.017, mais<br />
0,7% do que na edição anterior, corresponderam<br />
a público final, e 21.810 eram visitantes<br />
profissionais, num crescimento de 9,9%<br />
em relação a 2006.<br />
Para o director deste evento, Eloy Bohúa, «é<br />
inquestionável que o SIMA conseguiu manter<br />
o número e a qualidade dos seus visitantes»,<br />
considerando que este é «o local privilegiado<br />
para se estabelecerem contactos entre profissionais<br />
nacionais e internacionais do sector<br />
imobiliário».<br />
O número de expositores também bateu<br />
recordes. No total, foram 800 os expositores<br />
que participaram neste evento, distribuídos<br />
por uma área útil de exposição 20% maior<br />
do que na edição do ano passado, com<br />
57.000 m² distribuídos pelos seis pavilhões<br />
do Parque Juan Carlos I.<br />
JULHO 2007<br />
Este ano, o Salão Imobiliário de Madrid recebeu cerca de 160 mil visitantes<br />
Este ano, o tamanho médio de cada stand<br />
contratado no SIMA foi de 178 m², um crescimento<br />
de 34% em relação ao SIMA06, quando<br />
a área média foi de 132 m². Na Área Geral,<br />
a área de um stand médio também aumentou<br />
em 24%, chegando aos 191 m².<br />
Esta é uma tendência que se vem generalizando<br />
ao longo das últimas edições do certame,<br />
e que parece resultar de «uma maior<br />
aposta, pela parte das empresas presentes, em<br />
chamarem a atenção do público para os seus<br />
stands», que marcam pela «espectacularidade<br />
e pela complexidade dos seus desenhos»,<br />
adiantou Eloy Bohúa.<br />
Inmotur foi a área que registou o<br />
maior crescimento<br />
À semelhança de anos anteriores, a área da<br />
feira que registou o maior crescimento foi<br />
o Inmotur, dedicada ao sector de habitação<br />
turística, e que se realizou no âmbito do<br />
SIMA. Em 2007, a superfície bruta de exposição<br />
desta área ascendeu aos 18.423 m², num<br />
crescimento de 17% em relação à edição anterior.<br />
No total, foram colocadas para venda 135.567<br />
unidades de segunda habitação, que representaram<br />
53% da oferta total do SIMA07 e<br />
que supõem um crescimento de 18% face às<br />
116.000 unidades disponibilizadas na edição<br />
do ano passado.<br />
Segundo a informação disponibilizada pela<br />
organização, os dados finais da Inmotur Internacional<br />
são bastante significativos, com<br />
2.194 m² de área de exposição, ocupando<br />
12% do espaço Inmotur, e num crescimento<br />
de 121% em relação a 2006. Além disto, o
Inauguração oficial do SIMA07<br />
número de unidades habitacionais turísticas no estrangeiro<br />
ali colocadas para comercialização quadriplicou, ascendendo<br />
a 45.000, contra as 10.838 unidades apresentadas na oitava<br />
edição.<br />
Campanhas profissionais foram uma constante<br />
ao longo dos cinco dias da feira<br />
Como já vem sendo hábito, as campanhas profissionais foram<br />
uma constante ao longo dos cinco dias do SIMA 2007. As estratégias<br />
de marketing escolhidas pelas empresas expositores<br />
foram bastante variadas, e, em muitos casos com recurso a<br />
soluções bastante originais.<br />
Desde a entrega gratuita de carros topo de gama aos compradores<br />
de moradias, até descontos de dois pontos na taxa<br />
Euribor para novos contratos de crédito à habitação, tudo parecia<br />
servir para «convencer» os clientes a comprar uma das<br />
257.918 unidades habitacionais que estiveram em comercialização<br />
durante o certame. Este valor representa um crescimento<br />
na ordem dos 38% em relação ao ano anterior.<br />
Muitas destas campanhas tiveram lugar na Inmotur, que decorreu<br />
no âmbito do SIMA, e que era dedicada ao turismo residencial.<br />
Em geral, o balanço geral dos expositores parece ser positivo.<br />
«Estamos muito satisfeitos com os resultados que alcançámos,<br />
assim como com as vendas que efectuámos durante o SIMA»,<br />
afirmou Maria Vinals, directora comercial a promotora Ibercom.<br />
Esta é uma opinião partilhada por Maria José Molina,<br />
directora de marketing da Calidona, que contou que «nesta<br />
edição tivemos mais reservas e a nossa presença naquela que é<br />
a maior feira de imobiliário do mundo ajudou-nos a consolidar<br />
a marca».<br />
Mais expositores com produtos<br />
não-residenciais<br />
Embora o segmento habitacional tenha estado em destaque,<br />
o número de expositores que apresentaram a sua oferta de<br />
espaços comerciais, escritórios, naves industriais, hotéis e solo<br />
83
A Sonae Turismo<br />
apresentou o Tróia<br />
Resort em Madrid<br />
Vista do stand da<br />
portuguesa Orchidea<br />
84<br />
ANÁLISE IMOBILIÁRIA<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
no SIMA07 também cresceu face a 2006, num<br />
aumento de 16%. A oferta de escritórios foi<br />
a que registou o maior crescimento no segmento<br />
não residencial, totalizando 41 expositores,<br />
que apresentaram 112 projectos.<br />
Por outro lado, este ano a oferta de naves<br />
industriais era 65% superior à apresentada<br />
no SIMA06, e a oferta de espaços comerciais<br />
também registou um crescimento de 19%.<br />
Além disto, na nona edição do Salão Imobiliário<br />
de Madrid foram colocados para comercialização<br />
31 hotéis, com um total de 3.034<br />
unidades de alojamento, e dos quais cerca<br />
de 50% correspondem a unidades de quatro<br />
estrelas.<br />
Presença de empresas e visitantes<br />
internacionais também aumentou<br />
em 2007<br />
Tendo tudo isto em conta, é evidente que<br />
carácter cada vez mais internacional desta<br />
feira foi outra das notas dominantes. A edição<br />
de 2007 «contou com a presença de 120<br />
empresas estrangeiras e duplicámos o número<br />
de visitantes internacionais», referiu o director<br />
do SIMA.<br />
Para além dos expositores e visitantes internacionais,<br />
profissionais de mais de 50 países<br />
estiveram presentes no ciclo de conferências<br />
que decorreu em paralelo com o Salão<br />
Imobiliário de Madrid.<br />
«Dentro da Europa, e sobretudo fora dela, o<br />
SIMA é uma referência para os profissionais<br />
do imobiliário. O Programa Internacional dá a<br />
oportunidade aos visitantes de aprender com<br />
as experiências de cada um e de fazer negócio»,<br />
comentou Frans Burgering, presidente<br />
JULHO 2007<br />
A Lusort promoveu Vilamoura na capital espanhola<br />
do Conselho Europeu de Profissionais Imobiliários.<br />
A edição deste ano do Programa Internacional<br />
de Conferências, organizado pelo SIMA,<br />
em conjunto com a National Association of<br />
Realtor e com a Confederação Europeia do<br />
Sector Imobiliário (CEI), contou com a presença<br />
do Conselho Europeu de Profissionais<br />
Imobiliários (CEPI).<br />
Portugueses apostam no SIMA<br />
De acordo com a Organização, Portugal foi<br />
um dos países com maior representação no<br />
SIMA. A SRU Porto Vivo foi uma das instituições<br />
presentes no certame. «Viemos integrados<br />
num projecto da Área Metropolitana do<br />
Porto, e dos nossos principais objectivos é dar<br />
a conhecer o projecto de reabilitação urbana<br />
na Baixa do Porto e captar investimento espanhol»,<br />
disse o presidente da Comissão Executiva<br />
da Porto Vivo, Joaquim Branco. Segundo<br />
este responsável, «pudemos confirmar, através<br />
dos contactos que temos tido, que existe<br />
um conjunto de investidores espanhóis muito<br />
interessados em investir na Baixa do Porto».<br />
Desta forma, «o balanço é muito positivo, e<br />
iremos voltar a esta feira com projectos mais<br />
concretos, tendo em conta a forte vertente comercial<br />
deste Salão, mas também o facto de o<br />
mercado espanhol estar cada vez mais voltado<br />
para o exterior».<br />
Outra das instituições portuguesas representadas<br />
foi a Câmara Municipal de Vila Nova<br />
de Gaia. O presidente da autarquia, Luís Filipe<br />
Menezes, explicou que a participação no<br />
SIMA visou «dar continuidade a uma presença<br />
que temos tido em várias cidades espanho-
O Grande Porto esteve em destaque<br />
las e em vários mercados europeus. De facto, aqui em Madrid já<br />
temos ligações consolidadas com alguns grupos empresariais,<br />
portanto não faria qualquer sentido que, havendo essas portas<br />
abertas, não estivéssemos aqui presentes». Assim, explicou o<br />
autarca, «viemos aqui para manter a continuidade de contactos<br />
numa lógica institucional, nomeadamente com grupos que já<br />
estão em Portugal», embora este continue a ser um local privilegiado<br />
«atrair investimento espanhol». No futuro, os planos<br />
da autarquia passam por «reforçar a nossa presença no SIMA,<br />
numa lógica institucionalmente mais forte».<br />
O grupo FDO, promotor e construtor português também esteve<br />
presente, para «mostrar o grupo fora de Portugal, já que<br />
estes eventos são sempre importantes para divulgar aquilo que<br />
fazemos», disse Manuel Ferreira Dias, presidente do conselho<br />
de administração da empresa. Presente em Portugal, Espanha,<br />
França, Angola e Marrocos, o grupo tem como objectivo «expor<br />
os nossos produtos nos países onde actuamos, com vista a<br />
dar alguma notoriedade à FDO e também para poder mostrar<br />
o que fazemos». Com um balanço desta participação «muito<br />
positivo», o Manuel Ferreira Dias manifestou «o desejo de que<br />
esta feira tenha cada vez mais promotores portugueses a expor<br />
aquilo que fazem, e que cá venham sem o complexo de competir<br />
com os espanhóis».<br />
Manuel Luís Rouxinol, da Empril <strong>Imobiliária</strong>, explicou que<br />
«na sequência das participações em anos anteriores, onde<br />
temos sempre estado presentes com um stand, o nosso principal<br />
objectivo para o SIMA é captar investimento para o mercado<br />
português. Temos tido algum sucesso, e por isso mesmo<br />
voltámos a Madrid para apresentar os nossos projectos ao<br />
mercado espanhol, aproveitando para actualizar e criar novos<br />
contactos».<br />
Entre as participações portuguesas, destaque também para o<br />
stand da Área Metropolitana do Porto, que reuniu uma série<br />
de empresas e instituições da região, bem como para os stands<br />
da Sonae Turismo, que apresentou o projecto Tróia Resort.<br />
A Caixa Geral de Depósitos, foi uma das instituições bancárias<br />
presentes.<br />
85
86<br />
ESTATISTICAS LPI<br />
LISBON PRIME INDEX<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
JULHO 2007<br />
50000 m2<br />
40000 m2<br />
30000 m2<br />
20000 m2<br />
10000 m2<br />
0 m2<br />
Dec-06<br />
Jan-07<br />
Absorção<br />
Mais negócios nos escritórios<br />
de Lisboa<br />
A ocupação de escritórios em Lisboa atingiu<br />
uma absorção recorde de 82,5 mil m² até<br />
ao mês de Maio, o que representa um nível<br />
de actividade claramente acima dos 83 mil<br />
m² que se verificaram no decorrer do 1º<br />
semestre do ano transacto, que por sua vez<br />
já tinha sido um excelente ano.<br />
Os indicadores macro-económicos de<br />
revitalização da economia das empresas, com<br />
retoma dos valores de investimento de forma<br />
consistente nos últimos doze meses, parece<br />
assim estar a ter uma tradução no volume de<br />
procura por novos espaços de escritórios na<br />
região de Lisboa.<br />
Área<br />
Feb-07<br />
Mar-07<br />
Área<br />
Mais negócios nos edifícios novos…<br />
Apr-07<br />
May-07<br />
Cerca de metade da área ocupada dirige-se para edifícios novos, com as<br />
empresas a inaugurarem os espaços que chegam ao mercado. Os edifícios<br />
novos na cidade de Lisboa têm uma ocupação de cerca de 26 mil m²,<br />
o que representa uma excelente performance. Destaque para a ocupação<br />
integral de dois edifícios, pelo grupo BES na Praça Marquês do Pombal e a<br />
Novabase que acaba de contratar no Parque das Nações um edifício para<br />
ocupação integral, sendo que estas duas operações representam cerca<br />
de 13 mil m².<br />
O Parque das Nações recuperou algum protagonismo com a colocação<br />
de mais de 10 mil m² de espaços novos num total de 9 negócios de venda<br />
ou arrendamento.<br />
Também no corredor Oeste os edifícios novos para primeira ocupação<br />
registaram uma assinalável performance, com a colocação de 14,3 mil m²<br />
para mais de 15 empresas. Mais uma vez a colocação de dois edifícios<br />
representa mais de 9 mil m².<br />
… e pior desempenho nos edifícios usados!<br />
O mercado de escritórios usados tem assim um desempenho menos<br />
destacado, com a colocação de cerca de 30 mil m² em Lisboa, mas<br />
onde mais de 14 mil m² dizem respeito apenas à ocupação de mais<br />
um edifício nas Torres de Lisboa pela Petrogal. Da mesma forma no<br />
corredor Oeste, os edifícios usados não registam uma colocação superior<br />
a 11,7 mil m².
15000 m2<br />
12000 m2<br />
9000 m2<br />
6000 m2<br />
3000 m2<br />
0 m2<br />
12000 m2<br />
10000 m2<br />
8000 m2<br />
6000 m2<br />
4000 m2<br />
2000 m2<br />
0 m2<br />
Dec-06<br />
Jan-07<br />
Lisboa Novo - LN<br />
Feb-07<br />
Mar-07<br />
Área Renda Média Área Renda Renda Máximo Média<br />
Dec-06<br />
Jan-07<br />
Out Town Novo - OTN<br />
Feb-07<br />
Mar-07<br />
Área Renda Média Área Renda Renda Máximo Média<br />
Apr-07<br />
Renda Máxima<br />
Apr-07<br />
Renda Máxima<br />
May-07<br />
May-07<br />
20 Eur/m2<br />
15 Eur/m2<br />
10 Eur/m2<br />
15 Eur/m2<br />
12 Eur/m2<br />
9 Eur/m2<br />
25000 m2<br />
20000 m2<br />
15000 m2<br />
10000 m2<br />
5000 m2<br />
0 m2<br />
8000 m2<br />
7000 m2<br />
6000 m2<br />
5000 m2<br />
4000 m2<br />
3000 m2<br />
2000 m2<br />
1000 m2<br />
0 m2<br />
Dec-06<br />
Jan-07<br />
Lisboa Usado - LU<br />
Feb-07<br />
Mar-07<br />
Área Renda Média Área Renda Renda Máximo Média<br />
Dec-06<br />
Jan-07<br />
Feb-07<br />
Mar-07<br />
Área Renda Média Área Renda Renda Máximo Média<br />
Apr-07<br />
Out Town Usado - OTU<br />
Renda Máxima<br />
Apr-07<br />
87<br />
May-07<br />
Renda Máxima<br />
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15 Eur/m2<br />
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9 Eur/m2
T1 e T4 com maior valor/m ²<br />
Da análise às estatísticas Imométrica/LardoceLar.com<br />
relativas ao Continente, constatase<br />
que o valor médio de oferta/m² é mais<br />
elevado nos apartamentos de tipologias<br />
extremas, ou seja nos T1 ou inferior e nos T4<br />
ou superior. Este é um padrão que se verifica<br />
em todas as regiões do continente com excepção<br />
do Algarve onde são as moradias T4<br />
ou superior as mais caras (1.934 euros/m²).<br />
Na principal bolsa de oferta habitacional do<br />
país, a AM Lisboa, a oferta/m² variou entre os<br />
2.026 euros nos apartamentos T1 e os 1.686<br />
euros nos T2. Também na região Centro e no<br />
Alentejo é a tipologia T1 que exibe maior valor<br />
de oferta, respectivamente 1.425 e 1.591<br />
euros/m². Pelo contrário, a norte do país os<br />
apartamentos T4 ou superior são os que registam<br />
maiores valores de oferta/m², tendo<br />
estes sido de 1.587 euros na AM Porto e de<br />
apenas 995 euros na região Norte.<br />
88<br />
ÍNDICE CONFIDENCIAL IMOBILIÁRIO<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Habitação nova valoriza acima<br />
da usada<br />
Em Abril de 2007 o Índice Confidencial Imobiliário<br />
(ICI), que acompanha a valorização do<br />
mercado residencial no Continente, registou<br />
uma ligeira diminuição de 0,1% face ao mês<br />
anterior. O comportamento do índice traduz<br />
a manutenção do mercado no nível de valorização<br />
que foi atingido depois de uma série<br />
de oito meses de subida, unicamente interrompida<br />
no final de 2006. A taxa de variação<br />
média dos últimos 12 meses encontra-se em<br />
1,3%, tendo-se reduzido 0,1 pontos percentuais<br />
(p.p.) face ao mês anterior, sendo esta<br />
descida menos acentuada do que a ocorrida<br />
nos meses anteriores.<br />
No segmento de alojamentos novos, a taxa<br />
de valorização média anual, que tinha vindo<br />
a descer 0,2 p.p. por mês, em Abril baixou<br />
apenas 0,1 p.p. para os 2,2%. Apesar de neste<br />
mercado o ICI ter tido uma variação de -0,4%<br />
face a Março, em termos homólogos registouse<br />
uma valorização de 2,0%.<br />
No que respeita ao mercado de habitações<br />
usadas, o processo de recuperação é mais<br />
mitigado, com a taxa de valorização média<br />
anual a situar-se, em Abril, em 0,8%. A taxa de<br />
variação homóloga tem-se mantido estável<br />
em torno dos 1,0% desde Janeiro passado.<br />
JULHO 2007
O Índice Confidencial Imobiliário recorre à informação<br />
disponível no portal imobiliário Lardoce-<br />
Lar.com que em 2005 teve um total de 280 mil<br />
registos de imóveis provenientes de cerca de mil<br />
empresas de mediação. Assenta numa metodologia<br />
que contempla mecanismos de ajustamento<br />
de qualidade explicando, em 2005, 91% da variação<br />
do valor de oferta.<br />
ÍNDICE CONFIDENCIAL IMOBILIÁRIO<br />
JAN<br />
2005<br />
MAR<br />
2005<br />
MAI<br />
2005<br />
JUL<br />
2005<br />
SET<br />
2005<br />
ÍNDICE POR ESTADO DE USO (2005=100)<br />
MAR<br />
2005 ABR<br />
2005 MAI<br />
2005<br />
JUN<br />
2005<br />
JUL<br />
2005 AGO<br />
2005<br />
NOV<br />
2005<br />
JAN<br />
2006<br />
SET<br />
2005 OUT<br />
2005 NOV<br />
2005 DEZ<br />
2005<br />
JAN<br />
2006<br />
MAR<br />
2006<br />
MAI<br />
2006<br />
JUL<br />
2006<br />
FEV<br />
2006 MAR<br />
2006 ABR<br />
2006 MAI<br />
2006<br />
JUN<br />
2006<br />
SET<br />
2006<br />
NOV<br />
2006<br />
JUL<br />
2006 AGO<br />
2006<br />
JAN<br />
2007<br />
89<br />
MAR<br />
2007<br />
SET<br />
2006 OUT<br />
2006 NOV<br />
2006 DEZ<br />
2006<br />
ABR<br />
2007<br />
Fonte: Confidencial Imobiliário<br />
JAN<br />
2007<br />
Fonte: Confidencial Imobiliário
90<br />
LEGAL & IMOBILIÁRIO<br />
URBANISMO<br />
A revisão do Regime Jurídico<br />
dos Instrumentos de Gestão<br />
Territorial<br />
Por: Gonçalo Reino Pires<br />
Uría Menéndez<br />
Não obstante ainda não ter sido aprovada, pela Assembleia da República,<br />
a revisão da Lei de Bases do Ordenamento do Território e do Urbanismo<br />
(“LBPOTU”) (1) , a revisão do Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão<br />
Territorial (“RJIGT”) (2) já foi aprovada em Conselho de Ministros.<br />
A revisão do RJIGT que ora foi aprovada e que se encontra em curso<br />
prende-se, no seu âmago, com a implementação do SIMPLEX - Programa<br />
de Simplificação Administrativa e Legislativa, que, dois anos<br />
depois da entrada do actual Governo em funções, chega aos domínios<br />
do Ordenamento do Território e do Urbanismo. No entanto, não deixa<br />
de se aproveitar o ensejo para proceder à articulação desta matéria<br />
com outras que ou estão a ser ou já foram objecto de processo legislativo,<br />
como o Código dos Contratos Públicos ou o regime de Avaliação<br />
Ambiental Estratégica.<br />
Naturalmente, o âmbito que mais se presta a acolher opções legislativas<br />
no sentido da desburocratização é o do procedimento de elaboração, revisão<br />
ou alteração de planos municipais de ordenamento do território,<br />
até porque é sobre ele que incidem as principais críticas dos vários agentes,<br />
quer públicos, quer privados.<br />
Não é de estranhar, por esta razão, que as principais alterações tenham<br />
ocorrido a este nível, tendo incidido, nomeadamente, sobre o regime do<br />
1<br />
Aprovada pela Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto.<br />
2<br />
Aprovado pelo Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, e já alterado pelos Decretos-Leis<br />
n.os 53/2000, de 7 de Abril, e 310/2003, de 10 de Dezembro, e pela Lei n.º 58/2005, de 29 de<br />
Dezembro.<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
O Governo aprovou em Conselho de Ministros,<br />
no passado dia 14 de Junho, o Decreto-Lei que<br />
procede à quarta alteração do Regime Jurídico dos<br />
Instrumentos de Gestão Territorial. Esta revisão<br />
da legislação introduzirá alterações relevantes<br />
na forma como tem sido vivido o planeamento<br />
territorial em Portugal.<br />
JULHO 2007<br />
acompanhamento dos procedimentos de planeamento municipal, que é<br />
reconhecido como um dos maiores obstáculos à celeridade, eficiência e<br />
eficácia da actividade administrativa neste domínio, e sobre o regime de<br />
ratificação de planos municipais de ordenamento do território.<br />
Neste contexto, são as seguintes as principais novidades no regime de<br />
acompanhamento de procedimentos de planeamento municipal, considerando<br />
a distinção realizada consoante esteja em causa um plano director<br />
municipal ou um plano municipal de menor âmbito territorial:<br />
O parecer da comissão de acompanhamento da elaboração de um plano<br />
director municipal passa a incidir obrigatoriamente sobre determinadas<br />
matérias elencadas na lei, nomeadamente, para além do cumprimento<br />
das normas legais e regulamentares aplicáveis, sobre a compatibilidade<br />
ou conformidade da proposta de plano com os instrumentos de gestão<br />
territorial eficazes e sobre o fundamento técnico das soluções defendidas<br />
pela câmara municipal;<br />
A designação dos representantes dos serviços e entidades da administração<br />
directa ou indirecta do Estado e das Regiões Autónomas para a comissão<br />
de acompanhamento da elaboração de planos directores municipais<br />
passa a incluir a delegação ou subdelegação dos poderes adequados<br />
para efeitos de vinculação daqueles serviços e entidades;<br />
A posição manifestada pelos representantes referidos no parecer substitui<br />
os pareceres que aqueles serviços e entidades devessem emitir, a<br />
qualquer título, sobre o plano, nos termos legais e regulamentares, considerando-se<br />
haver parecer favorável no caso de falta do representante à<br />
reunião que aprove o parecer final e de oposição expressa no prazo de 5<br />
dias contado da comunicação do resultado dessa reunião;
O acompanhamento da elaboração dos planos de urbanização e dos planos<br />
de pormenor passa a ser facultativo;<br />
Para efeitos pronúncia sobre a proposta de plano de urbanização ou de<br />
pormenor, a comissão de coordenação e desenvolvimento regional procede<br />
à realização de uma conferência de serviços com todas as entidades<br />
representativas dos interesses a ponderar;<br />
De modo a sanar eventuais dúvidas e a corrigir a prática que tem vindo<br />
a ser adoptada, estabelece-se que os pareceres apenas são vinculativos<br />
no que se refere ao cumprimento das normas legais e regulamentares<br />
aplicáveis e à compatibilidade ou conformidade da proposta de plano<br />
com os instrumentos de gestão territorial eficazes.<br />
No que respeita à ratificação de planos municipais de ordenamento do<br />
território, é de salientar que o novo paradigma passa por fazer incidir a<br />
ratificação governamental apenas sobre o plano director municipal, pelo<br />
que os planos de urbanização e os planos de pormenor deixam, de todo<br />
e em quaisquer circunstâncias, de estar sujeitos a ratificação. E o próprio<br />
plano director municipal apenas estará sujeito a ratificação ou a solicitação<br />
da câmara municipal, ou quando, no âmbito do procedimento municipal<br />
de elaboração e aprovação, for suscitada pelos serviços e entidades<br />
com competências consultivas no âmbito da elaboração e do acompanhamento<br />
a incompatibilidade ou desconformidade com instrumentos<br />
de gestão territorial de âmbito nacional ou regional.<br />
Uma outra alteração que nos aparenta possuir uma importância determinante<br />
prende-se com a nova conformação do objecto territorial do plano<br />
de urbanização, que passa a poder abranger, para além de solo urbano<br />
e solo rural complementar, outras áreas do território municipal que, de<br />
acordo com os objectivos e prioridades estabelecidas no plano director<br />
municipal, possam ser destinadas a usos e funções urbanas, designadamente<br />
à localização de instalações ou parques industriais, logísticos ou<br />
de serviços ou à localização de empreendimentos turísticos e equipamento<br />
e infra-estruturas associadas. Dá-se, através desta nova opção, o<br />
alargamento da figura do plano de urbanização, permitindo-lhe regular<br />
usos tendencialmente urbanos mas compatíveis com a classificação do<br />
solo como rural.<br />
No que respeita ao plano de pormenor, é relevante o reconhecimento<br />
da inoperacionalidade da figura do plano de pormenor em modalidade<br />
simplificada, que motivou a substituição desta figura pela figura das<br />
modalidades específicas de plano de pormenor, previstas em legislação<br />
avulsa e recrutadas da foram exposta para a órbita do RJIGT. Este tipo<br />
de plano de pormenor abrange o plano de pormenor de intervenção no<br />
espaço rural, o plano de pormenor de reabilitação urbana e o plano de<br />
pormenor de salvaguarda (de património cultural), tendo por característica<br />
específica o facto de o seu conteúdo material ser determinado por<br />
referência a finalidades particulares de intervenção previstas nos termos<br />
de referência do plano e na deliberação municipal que determinou a respectiva<br />
elaboração.<br />
Por outro lado, e após uma tentativa relativamente falhada inserida na<br />
alteração promovida pelo Decreto-Lei n.º 310/2003, de 10 de Dezembro,<br />
clarifica-se o conceito de revisão de um instrumento de gestão<br />
territorial, assumindo-se que a mesma implica a reconsideração e reapreciação<br />
global, com carácter estrutural ou essencial, das opções estratégicas<br />
do plano, dos princípios e objectivos do modelo territorial<br />
definido ou dos regimes de salvaguarda e valorização dos recursos e<br />
valores territoriais. Naturalmente, sempre que os motivos de modificação<br />
do planeamento vigente se prenderem com outras razões que<br />
não a necessidade dessa reapreciação global, estaremos perante uma<br />
mera alteração do plano em causa.<br />
De uma forma transversal a todo o diploma, nomeadamente no âmbito<br />
dos procedimentos de elaboração, revisão e alteração de instrumentos<br />
de gestão territorial, foram introduzidas as alterações necessárias à articulação<br />
deste diploma com o teor do Decreto-Lei n.º 232/2007, de 15 de<br />
Junho, no qual se prevê o regime a que fica sujeita a avaliação dos efeitos<br />
de determinados planos e programas no ambiente, e que transpõe para<br />
a ordem jurídica interna as Directivas n. os 2001/42/CE e 2003/35/CE. Este<br />
procedimento, denominado avaliação ambiental estratégica, tem repercussões<br />
no procedimento de planeamento territorial a dois níveis: por<br />
um lado, ao nível do faseamento do procedimento, uma vez que se torna<br />
necessário integrar fases típicas do procedimento de avaliação ambiental<br />
estratégica, como a iniciativa, a realização de consultas, a participação pública<br />
e a decisão; por outro, ao nível do conteúdo documental do plano,<br />
uma vez que se torna obrigatório instruir a proposta de plano com um<br />
relatório ambiental e o próprio plano com uma declaração ambiental.<br />
Por fim, este breve excurso pelas inovações mais importantes da revisão<br />
do RJIGT deve ainda passar pelo regime proposto para os chamados contratos<br />
para planeamento, que visam dar seguimento à preferência manifestada<br />
pela LBPOTU por uma participação dos interessados na definição<br />
das regras de ocupação, uso e transformação do solo que assente em formas<br />
de concertadas e de contratualizadas.<br />
De acordo com este novo regime, pode lançar-se mão deste tipo de contratos<br />
sempre que esteja em causa a elaboração, revisão, alteração ou<br />
execução de um plano de urbanização ou de um plano de pormenor.<br />
Contudo, a lei ressalva desde já, pensa-se que para efeitos de exoneração<br />
de responsabilidade civil por resultados que possam ser entendidos<br />
como violação do contrato, a aplicabilidade integral dos princípios e regras<br />
aplicáveis aos contratos administrativos e do disposto em planos de<br />
âmbito territorial mais vasto. Com o mesmo escopo, prevê-se ainda que o<br />
contrato não se sobrepõe ao resultado final do procedimento de planeamento,<br />
sendo o contrato para planeamento celebrado, em consequência,<br />
sob reserva de compatibilidade com o resultado do planeamento.<br />
Um segundo aspecto que é abordado neste novo regime é o procedimento<br />
de formação do contrato, que tem obrigatoriamente que seguir a<br />
forma de concurso público, podendo apenas ser objecto de outra forma<br />
de escolha do co-contratante nos casos em que os promotores do plano<br />
de pormenor ou do plano de urbanização sejam proprietários ou titulares<br />
de qualquer direito que lhes confira legitimidade relativamente aos<br />
prédios compreendidos na área de intervenção do futuro plano. Naturalmente,<br />
o disposto neste diploma tem que ser articulado com aquilo que<br />
vier a ser o conteúdo do novo Código dos Contratos Públicos, nomeadamente<br />
no âmbito dos contratos para o exercício de poderes públicos,<br />
diploma que ainda se encontra em fase de elaboração (3) .<br />
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���������������������������������������������������������������������������<br />
����������������������������������������������������������������������������<br />
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�������������������������������������������������������������������������<br />
�����������<br />
3<br />
Cuja versão mais recente está disponível, para consulta e discussão pública,<br />
em http://www.moptc.pt/tempfiles/20070703215552moptc.pdf.<br />
91
92<br />
LEGAL & IMOBILIÁRIO<br />
Legislação dos Empreendimentos Turísticos<br />
– uma reforma necessária<br />
Por: António Raposo Subtil, Advogado<br />
A. Raposo Subtil, Matos Esteves e Associados - Sociedade de Advogados, RL<br />
Delimitando a Legislação dos Empreendimentos Turísticos pelo conjunto<br />
de todos os diplomas aplicáveis aos estabelecimentos turísticos, incluindo<br />
os regimes específicos denominados RJIFET, RJTER, RJTN, os regimes<br />
complementares (REH, RMCAT, RCT, RPCPP) e os regimes conexos (RJUE,<br />
RJERB), teremos de reconhecer que, necessária e directamente, a estrutura<br />
e complexidade deste quadro legal é relevante no plano dos interesses<br />
económicos, sociais, culturais e ambientais.<br />
Desde logo, os empreendimentos turísticos enquanto estabelecimentos<br />
que se destinam a prestar serviços de alojamento temporário, restauração<br />
ou animação de turistas, estão sujeitos a procedimentos administrativos<br />
e mecanismos de controlo, prévios ou sucessivos, nas vertentes<br />
da construção, classificação e exploração desenvolvidos pelos órgãos da<br />
DGT e das Câmaras Municipais.<br />
À instalação de empreendimentos turísticos - definida como processo de<br />
licenciamento ou de autorização para a realização de operações urbanísticas<br />
relativas à construção e ou utilização de edifícios ou suas fracções<br />
destinadas ao funcionamento daqueles empreendimentos/estabelecimentos<br />
- é aplicável o RJUE, com as especificidades estabelecidas no RJI-<br />
FET, aprovado em 1997, que prevê:<br />
a) A existência de um único processo de licenciamento ou autorização da<br />
competência da Câmara Municipal, que assegura a sua tramitação e emite<br />
a respectiva licença de utilização turística;<br />
b) A manutenção da intervenção da Direcção Geral do Turismo (DGT) que,<br />
como entidade especializada, é responsável pelo controlo de qualidade<br />
e características básicas da instalação, através da emissão de parecer vin-<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
JULHO 2007<br />
culativo sobre a localização, projecto de arquitectura, tipologia e classificação<br />
do estabelecimento.<br />
c) A consagração da licença de utilização única para a abertura do empreendimento<br />
/estabelecimento, que engloba a verificação dos requisitos<br />
das edificações e do estabelecimento em sentido restrito;<br />
d) A definição de um regime inovador quanto à abertura dos empreendimentos,<br />
que se poderá ter como título o alvará de licença ou autorização<br />
de utilização turística, o comprovativo da comunicação com a intenção<br />
de abrir ao público ou o requerimento de intimação judicial;<br />
e) O reconhecimento do promotor como primeiro responsável pelo cumprimento<br />
das regras respeitantes à entrada em funcionamento do empreendimento.<br />
Acresce que, o legislador de 1997 optou por fazer intervir, em simultâneo,<br />
no acto preparatório da emissão da licença de utilização turística, as autoridades<br />
de saúde, os serviços de bombeiros, os órgãos de turismo e as<br />
estruturas associativas do sector.<br />
Em 1999, através de alteração ao RJIFET, foi reforçado o estatuto das associações<br />
patronais do sector, sendo-lhe atribuído um papel mais activo na<br />
regulação da actividade e na garantia do cumprimento das normas legais<br />
e regulamentares relativas à instalação, exploração e funcionamento dos<br />
estabelecimentos turísticos.<br />
Em 2002, o RJIFET mereceu uma alteração de forma a compatibilizá-lo<br />
com o RJUE aprovado pelo DL nº 555/99, de 16 de Dezembro.<br />
Por último, em 2006, o actual Governo ao alterar o RJIFET pretendeu reduzir<br />
os “impactes negativos sobre o emprego e sobre outros sectores
da economia associados, directamente ou indirectamente, à actividade<br />
turística” derivados da não abertura atempada dos empreendimentos,<br />
agilizando os procedimentos de licenciamento e a abertura dos empreendimentos.<br />
Admitiu-se a possibilidade da abertura ao público mediante<br />
declaração de responsabilidade do promotor, do director técnico da obra<br />
e do autor do projecto de segurança de que a obra respeita o projecto<br />
aprovado, bem como as normas legais e regulamentares aplicáveis, tendo<br />
em conta o uso a que se destina, assegurando-se, deste modo, a salvaguarda<br />
dos interesses dos utentes (vide preâmbulo do DL nº 217/2006,<br />
de 31 de Outubro).<br />
Na proposta de Lei que visa proceder à segunda alteração do RJUE, divulgada<br />
para consulta pública, o Governo mantém o louvável princípio da<br />
responsabilização dos promotores, subscritores de projectos e dos responsáveis<br />
técnicos pela direcção da obra, através do aumento do valor<br />
mínimo da coima aplicável às falsas declarações e da ampliação temporal<br />
das sanções acessórias, mantendo a tipificação criminal já existente.<br />
Ou seja, como contrapartida da isenção ou redução dos procedimentos<br />
de controlo prévio de realização de obras de urbanização, construção, alteração<br />
ou ampliação de edifícios, será consagrado o reforço da responsabilização<br />
de todos os intervenientes, assim como dos poderes de fiscalização<br />
pela autarquia, que continuará a exercer as suas competências de<br />
fiscalização em qualquer momento, nomeadamente antes da conclusão<br />
do empreendimento.<br />
Na referida proposta de Lei, o procedimento denominado de pedido de<br />
informação prévia (PIP) é mantido e os seus efeitos ampliados, para além<br />
de que será redefinido o relacionamento com entidades externas aos<br />
municípios. As consultas passam a ser efectuadas através de uma única<br />
entidade coordenadora, que emitirá uma decisão global e vinculativa da<br />
Administração.<br />
Estas alterações, conforme é realçando na proposta, “terão reflexos consideráveis<br />
noutros regimes de licenciamento, em virtude da sua articulação<br />
com os procedimentos especiais, nomeadamente os turísticos”.<br />
Assim, considerando a estrutura do RJIFET, que estabelece as regras especificas<br />
ao nível do PIP, do licenciamento de operações urbanísticas, de<br />
classificação de estabelecimentos e alvarás de utilização turística, o Governo<br />
deverá proceder à indispensável harmonização e adequação com<br />
o “novo RJUE”, sem esquecer que, neste âmbito, terá de conjugar o exercício<br />
de competências das Câmaras Municipais com a DGT.<br />
As traves mestras e os princípios essenciais da reforma do RJUE são inovadores,<br />
mas no que respeita ao funcionamento e exploração de empreendimentos<br />
turísticos, que, convém não esquecer, para além de edifícios<br />
são estabelecimentos, a reforma da legislação em vigor terá de abranger<br />
os seguintes aspectos:<br />
Redefinição dos poderes da DGT e a sua articulação com os das Câmaras<br />
Municipais;<br />
Adequação do procedimento relativo ao PIP de empreendimentos turísticos<br />
com o proposto para o “novo RJUE”, em particular quanto os<br />
seus efeitos;<br />
Simplificação da vistoria para efeitos de classificação definitiva e abertura<br />
dos estabelecimentos turísticos;<br />
Clarificação das regras de exploração dos estabelecimentos em função<br />
da respectiva natureza e classificação, nomeadamente quanto à responsabilidade<br />
da entidade exploradora, à desafectação de unidades de alojamento<br />
da actividade turística e respectivos limites, relações entre proprietários<br />
e pagamentos de serviços comuns;<br />
Reforço das garantias dos proprietários, no que respeita ao controlo da<br />
administração do empreendimento, acesso aos serviços comuns e estado<br />
das instalações e equipamentos;<br />
Readequação dos mecanismos de fiscalização, incluindo o valor das coimas<br />
e limites das sanções acessórias, atendendo ao aumento crescente<br />
do número e dimensão dos empreendimentos.<br />
A “qualidade e eficácia” das normas legais relativas às diversas tipologias<br />
de empreendimentos turísticos, incluindo o Turismo no Espaço Rural e o<br />
Turismo de Natureza, são essenciais e decisivas para o desenvolvimento<br />
sustentável ao nível económico, social e ambiental.<br />
A dimensão dos investimentos em empreendimentos turísticos, nas<br />
fases de promoção e exploração, exige, para além do domínio do “direito<br />
do imobiliário”, nas vertentes dos contratos e da fiscalidade, um<br />
conhecimento aprofundado da regulamentação específica do sector<br />
e do RJUE, cuja reforma está em curso e deverá merecer um sério e<br />
público debate.<br />
Investir num empreendimento turístico ou na aquisição de uma unidade<br />
de alojamento, hoje e no futuro, não poderá ser “equivalente” a investir<br />
em activos imobiliários, residindo a diferença na noção legal de empreendimento<br />
turístico – estabelecimento de prestação de serviços de hospedagem,<br />
restauração ou animação, dotado de estruturas, equipamentos<br />
e serviços complementares.<br />
NOTAS<br />
RJIFET Regime Jurídico de Instalação e Funcionamento de<br />
Empreendimentos Turísticos<br />
RJTER Regime Jurídico do Turismo no Espaço Rural<br />
RJTN Regime Jurídico do Turismo de Natureza<br />
REH Regulamento dos Estabelecimentos Hoteleiros<br />
RMCAT Regulamento dos Meios Complementares Alojamento<br />
Turístico<br />
RCT Regulamento dos Conjuntos Turísticos<br />
RPCPP Regulamento dos Parques de Campismo Públicos e<br />
Privados<br />
RJUE Regime Jurídico da Urbanização e Edificação<br />
RJERB Regime Jurídico dos Estabelecimentos de Restauração<br />
e Bebidas<br />
93
94<br />
CALENDÁRIO<br />
17 a 19 de Julho de 2007 |<br />
6 e 7 de Setembro de 2007 |<br />
17 a 19 de Setembro de 2007 |<br />
25 a 27 de Setembro de 2007 |<br />
2 a 4 de Outubro |<br />
8 a 10 de Outubro |<br />
23 a 27 de Outubro |<br />
24 a 28 de Outubro |<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
ICSC Ásia Expo<br />
Local: Singapura<br />
Info: www.icsc.org<br />
EPRA Annual Conference<br />
Local: Hotel Grand Bretagne, Atenas, Grécia<br />
Info: Conferência anual da EPRA, associação<br />
europeia para imobiliário de cariz público.<br />
Mais informação: www.epra.com<br />
CoreNet Global European Summit<br />
2007<br />
Local: Hotel Park Plaza Riverbank, Londres, Reino<br />
Unido<br />
Info: Encontro anual da CoreNet, uma das maiores<br />
associações mundiais de profissionais ligados<br />
ao imobiliário corporativo. O tema de edição deste<br />
ano é «Greening the Bottom Line: Making Sustainability<br />
Count».<br />
Para mais informação: www.corenetglobal.org<br />
Rússia GRI<br />
Local: Moscovo, Rússia<br />
Info: À semelhança de outros encontros GRI<br />
(Global Real Estate Institute), o Rússia GRI não<br />
integra oradores nem painéis de debate, apenas<br />
discussões informais em pequenos grupos,<br />
onde todos participam igualmente. Para mais<br />
informações: www.globalrealestate.org<br />
Waterfront Expo 2007 – Congresso e<br />
Exposição<br />
Local: Centro de Congressos de Lisboa<br />
Info: www.waterfrontexpo.com<br />
Expo Real 2007 – 10th International<br />
Commercial Property Exposition<br />
Local: New Munich Trade Fair Centre. Munique,<br />
Alemanha<br />
Info: www.exporeal.net/<br />
Concreta – Feira Internacional de<br />
Construção e Obras Públicas – Porto<br />
Local: Exponor, Santa Maria da Feira. Portugal<br />
Info: www.exponor.pt<br />
Salão Imobiliário de Lisboa<br />
Local: Feira Internacional de Lisboa, Parque das<br />
Nações, Lisboa.<br />
Info: www.fil.pt<br />
JULHO 2007
96<br />
SUMÁRIO EXECUTIVO<br />
O mercado de resorts<br />
é a estrela da edição<br />
de Julho da<br />
<strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>.<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Turismo Residencial estratégico no imobiliário<br />
Resorts disparam<br />
em Portugal<br />
JULHO 2007<br />
10 Anos de Informação <strong>Imobiliária</strong><br />
www.vidaimobiliaria.com | nº 115 JULHO 2007<br />
Algarve, Alentejo e Oeste são as regiões mais apetecíveis<br />
EVENTOS: Conferência VI sobre os novos desafi os do turismo residencial<br />
PONTO DE VISTA: Jaime Lopes, CEO da Chamartin <strong>Imobiliária</strong><br />
Foto capa<br />
Vale do Lobo<br />
A abrir o <strong>dossier</strong>, a edição apresenta um alargado<br />
leque de projectos em desenvolvimento<br />
por todo o território nacional, incluindo os arquipélagos<br />
da Madeira e dos Açores. As medidas<br />
do governo para dinamizar o mercado de<br />
turismo residencial estão igualmente em análise<br />
no <strong>dossier</strong>, que integra ainda uma breve<br />
perspectiva dos números que marcam o sector,<br />
com estudos da ILM-THR e da IRG em parceria<br />
com a Prime Yield.<br />
Os principais promotores de resorts em Portugal<br />
falam em entrevista à <strong>Vida</strong> <strong>Imobiliária</strong>, onde<br />
se e poderá conhecer com maior profundidade<br />
os projectos da Sonae Turismo, Vale de Lobo,<br />
Imocom, m Oceânico, Grupo CS, MSF, Acordo e<br />
Vale Va Pisão.<br />
O lançamento l<br />
de uma nova marca de turismo<br />
residencial es no seio do Grupo Pestana, um novo<br />
hotel o Altis e o primeiro investimento da cadeia<br />
hoteleira o Six Senses em Portugal fazem também<br />
bé parte deste <strong>dossier</strong> temático, que integra<br />
ainda in artigos com a Garvetur, responsável pela<br />
comercialização om<br />
dos projectos da Lusort em Vilamoura,<br />
am e com a ILM-THR, consultora especializada<br />
za em turismo.<br />
O ffórum<br />
coloca desta feita a questão acerca da<br />
capacidade ap de Portugal se afirmar enquanto<br />
destino e de segunda habitação na Europa, enquanto<br />
u que a secção de opinião estará a cargo<br />
de e Eduardo Abreu (Neoturis) e Ricardo Roquet-<br />
te (Cushman & Wakefield). Nos eventos, destaque<br />
para a Conferência VI sobre os desafios de<br />
futuro do mercado de resorts.<br />
O Ponto de Vista cabe a Jaime Lopes, o novo<br />
CEO da Chamartin <strong>Imobiliária</strong>.<br />
Destaque ainda para uma reportagem sobre a<br />
Feira de Madrid, que se afirma cada vez mais no<br />
panorama europeu de imobiliário.
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7 Seven SPA 8-28<br />
Abacus Savills 8-28, 42-44<br />
Acordo 48-58, 72<br />
Aguirre Newman 8-28<br />
Aliber 48-58<br />
Altis 80<br />
Amorim <strong>Imobiliária</strong> 34-36<br />
Amorim Turismo 48-58, 64<br />
Aquapura 48-58<br />
Béltico 8-28, 48-58<br />
Bouygues <strong>Imobiliária</strong> 8-28<br />
Broadway Malyan 8-28, 38-40<br />
98<br />
ENTIDADES CITADAS<br />
Caixa Geral de Depósitos 8-28, 38-40, 82-85<br />
Calidona 82-85<br />
Câmara de Vila Nova de Gaia 82-85<br />
Câmara do Porto 8-28<br />
Camin 48-58<br />
Castelo Golf Real Estate 48-58<br />
CB Richard Ellis 8-28, 38-40<br />
Chamartin <strong>Imobiliária</strong> 8-28, 34-36<br />
CMVM 8-28<br />
Confederação Europeia do Sector<br />
Imobiliário 82-85<br />
Conselho Europeu de Profissionais<br />
Imobiliários 82-85<br />
Corte Velho 48-58, 81<br />
Cosmopolita 8-28<br />
CPU Tourism Consulting 42-44<br />
Crissier 48-58<br />
Cushman & Wakefield 8-28, 33<br />
DBK 8-28<br />
DTZ 8-28<br />
Empril <strong>Imobiliária</strong> 82-85<br />
Engel & Volkers 8-28<br />
Esaf 8-28<br />
Espírito Santo Turismo 48-58<br />
Evans Randall 8-28<br />
FDO 82-85<br />
Fibeira 48-58<br />
France Terre 8-28<br />
Fundimo 8-28<br />
VIDAIMOBILIÁRIA<br />
Garvetur 42-44, 78<br />
Grupo Artagón 8-28<br />
Grupo CS 8-28, 48-58, 68<br />
Grupo HN 48-58<br />
Grupo Imocom 8-28, 38-40, 48-58, 67<br />
Grupo Onyria 8-28, 48-58<br />
Grupo Pestana 8-28, 48-58<br />
Grupo Volkart 48-58<br />
GTM 8-28<br />
Habiriscos 8-28<br />
Hercesa 8-28<br />
Hilton 67<br />
Ibercom 82-85<br />
Iberestate 8-28<br />
IFA 8-28, 48-58<br />
ILM/THR 62,63<br />
Imométrica 62<br />
Inland 48-58<br />
Instituto Real britânico 8-28<br />
Invesplano 8-28<br />
IPD 8-28<br />
IRG 62<br />
Jones Lang LaSalle 8-28<br />
Lagoabeachresort 48-58<br />
Lusort 48-58, 78<br />
Lusotur Golfe 65<br />
MIP 48-58<br />
Morgan Stanley Real Estate 8-28<br />
MSF 48-58, 70<br />
National Association of Realtor 82-85<br />
Neoturis 32, 38-40, 42-44, 62<br />
Norte Golfe 48-58, 74<br />
Oceânico 48-58, 65<br />
OPCA 8-28<br />
JULHO 2007<br />
Parkalgar 48-58<br />
Pelicano 48-58<br />
Pestana Residence 8-28, 38-40, 42-44, 76<br />
Planbelas 42-44<br />
Poligreen 48-58<br />
Prea 8-28<br />
Premier 8-28<br />
Prime Yield 62<br />
Retail Parks de Portugal 8-28<br />
Reyal Urbis 8-28<br />
SAIP 48-58<br />
Santander 8-28<br />
Securitas 38-40<br />
SIL 07 8-28<br />
SIMA 07 8-28, 82-85<br />
Siram 48-58<br />
Six Senses 48-58, 81<br />
Sonae Sierra 8-28<br />
Sonae Turismo 42-44, 48-58, 64, 82-85<br />
Squarestone 8-28<br />
SRU Porto Vivo 82-85<br />
Turcifez 48-58<br />
Turiprojecto 8-28<br />
Turismo de Portugal 8-28<br />
UBS Real Estate 8-28<br />
ULI 8-28<br />
Uponor 38-40<br />
Uria Menéndez 38-40<br />
Vale do Lobo 42-44, 48-58, 66<br />
Worx 8-28
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