Descendentes de homens e mulheres que cruzaram o ... - DHnet
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EVALDO LUIZ FERREIRA DE SOUZA (1942-1973)Filiação: Maria O<strong>de</strong>te <strong>de</strong> Souza e Favorino Antônio <strong>de</strong> SouzaData e local <strong>de</strong> nascimento: 05/06/1942, Pelotas (RS)Data e local da morte: entre 07 e 09/01/1973, Olinda (PE)Evaldo Luiz, gaúcho <strong>de</strong> Pelotas, marinheiro, participava da Associação dos Marinheiros e FuzileirosNavais quando ocorreram as mobilizações na Armada <strong>que</strong> tentaram impedir a <strong>de</strong>rrubada <strong>de</strong> João Goulart. Evaldoficou preso por nove meses <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 1964, sendo expulso da Marinha. Ao ser libertado, retomou a militânciapolítica, vinculando-se ao MNR. Em 1966, foi julgado e con<strong>de</strong>nado a cinco anos <strong>de</strong> prisão. Optou pelo exílio. Ficouoito anos no exterior, cinco <strong>de</strong>les em Cuba, on<strong>de</strong> recebeu treinamento <strong>de</strong> guerrilha com o objetivo <strong>de</strong> regressar aoBrasil. Foi morto entre 7 e 9 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1973, juntamente com outros cinco companheiros <strong>de</strong> militância na VPR– Soledad Barret Viedma, Pauline Reichstul, Eudaldo Gomes da Silva, Jarbas Pereira Mar<strong>que</strong>s e José Manoel daSilva –, no episódio <strong>que</strong> ficou conhecido como chacina da Chácara São Bento, no então município <strong>de</strong> Paulista, naregião metropolitana <strong>de</strong> Recife – PE.Como se tornou público e notório, o ex-militante Cabo Anselmo, atuava não se sabe <strong>de</strong>s<strong>de</strong> quando como agenteinfiltrado dos órgãos <strong>de</strong> repressão no interior da VPR, sendo responsável pela localização e assassinato <strong>de</strong>incontáveis militantes <strong>de</strong>ssa e <strong>de</strong> outras organizações clan<strong>de</strong>stinas <strong>de</strong> resistência ao regime ditatorial.A paraguaia Soledad Barret, morta nesse episódio, estava grávida <strong>de</strong>sse agente policial, traidor <strong>de</strong> seus companheiros.A Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos reuniu consistentes provas periciais e <strong>de</strong>poimentos<strong>de</strong>rrubando a versão oficial sobre tiroteio e coletando fortes indícios <strong>de</strong> torturas.Direito à Memória e à Verda<strong>de</strong>LUIZ JOSÉ DA CUNHA (1943–1973)Filiação: Maria Madalena da Cunha e José Joviano da CunhaData e local <strong>de</strong> nascimento: 02/09/1943, Recife (PE)Data e local da morte: 13/07/1973, São Paulo (SP)17O corpo <strong>de</strong> Luiz José da Cunha, conhecido como Crioulo, foi sepultado no dia 02/09/2006, no Cemitério Par<strong>que</strong>das Flores, em Recife, ao lado do túmulo <strong>de</strong> sua mãe. Trinta e três anos tinham se passado <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>que</strong> ele foi mortopelos órgãos <strong>de</strong> segurança do regime militar. Sua ossada, sem o crânio, havia sido exumada do cemitério DomBosco, em Perus, em 1991, on<strong>de</strong> seu corpo se encontrava enterrado como indigente. Somente em junho <strong>de</strong> 2006,um exame <strong>de</strong> DNA i<strong>de</strong>ntificou-o.As fotos do corpo e o parecer dos peritos <strong>de</strong>smentiram a versão <strong>de</strong> fuzilamento em local público, ficando evi<strong>de</strong>nte amorte sob tortura. Os ferimentos aparentes não condiziam com os produzidos em um tiroteio e a hemorragia internacausadora do óbito localizava-se em um local do corpo sem perfurações. Os responsáveis pelo processo consi<strong>de</strong>-