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10 - Unicentro - Universidade Estadual do Centro-Oeste

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o ataque ao jovem na lagoa. Nós temos que tentar impedir panheiro de trabalho de Valdemir, Antonio Ribeiro Nascimento,também vê de perto o problema da poluição.o máximo possível essas gangues que estão pode se arman<strong>do</strong> mesmo surtir narealidade com garrafas, porque ao tirar os o efeitos gargalo espera<strong>do</strong>sA Associação Brasileira de Indústrias Farmacêuticas,em pesquisa, descobriu que o consumo deda garrafafica com uma arma na mão. E também “temos a que limpeza, <strong>do</strong>sar oSegun<strong>do</strong> ele, as pessoas que poluem não se dão conta <strong>do</strong>problema que estão causan<strong>do</strong>: “Eles quebram garrafas,porque, quan<strong>do</strong>problema e percebermedicamentos fitoterápicos aumenta cerca de 20%deixam caco de vidro, é perigoso para as criançasa garrafa não ése as ervas podemto<strong>do</strong>s os anos, enquanto os medicamentos sintéticosaumentam seu consumo anual em 16% no país.que vêm brincar no <strong>do</strong>mingo. As pessoas de maisquebrada, elaajudar a gente ou idade parecem que não fazem, a maioria é jovemse torna um reciclável,mas a com o espaço público com e as priva<strong>do</strong> ervas e medici-isso cot-denomina fitoterápicos, os medicamentos prepara-as pessoas mantém não. uma relação O tratamento diferente A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA)mesmo, mas também não são to<strong>do</strong>s. Será que todasessas pessoas que vão à escola, as professoras nãopartir <strong>do</strong> momentoque que-prevenção ou servirribui na nais poluição pode ajudar na<strong>do</strong>s exclusivamente com plantas ou partes de plantasmedicinais (raiz, caule, cascas, flores, frutos ouensinam a não jogar lixo no chão? Os professores nasala de aula também devem educar, os pais tambémdevem se preocupar com isso” afirma.bra, a Espinheira pessoa Santapara amenizar sintomasleves. Temossementes), que possuem propriedades reconhecidasvai ter que jogarem algum local” completa o verea<strong>do</strong>r. sempre que lembrarde cura, prevenção, diagnóstico ou tratamento sintomáticode <strong>do</strong>enças, validadas em estu<strong>do</strong>s etnofarmacológicos,<strong>do</strong>cumentações tecnocientíficas ouO projeto ainda não foi coloca<strong>do</strong> em votação que as na ervas câmara, são usadaspara e a propõe produçãomas apenas apresenta<strong>do</strong> aos demais verea<strong>do</strong>resensaios clínicos.ainda fiscalização e multa para pessoas <strong>do</strong>s que medicamentosMuitos medicamentos são fitoterápicos,descumpriremsubstâncias. a possível E lei. quan<strong>do</strong> A previsão você faz é que um a proposta sintéticos. entre Um exemploainda é o siga tamiflu, para a queproduzi<strong>do</strong>s a partir de plantas medicinais e componentesextraí<strong>do</strong>s das plantas. Mas o cuida<strong>do</strong> com oemvotação chá, você nos ingere, próximos no dias mínimo, e se aprovada cinqüentadelas. ou não Quan<strong>do</strong> prefeito você municipal. toma tem grande parteaprovaçãouso indiscrimina<strong>do</strong> deve ter atenção. A populaçãoum chá, Ainda você segun<strong>do</strong> não ingere o verea<strong>do</strong>r, apenas falta da estrutura, sua composiçãoque utiliza as plantas medicinais e sub-produtoscomode a lixeiras substância na cidade, que é a mas majoritária, também projetos no anis educativos. estrela<strong>do</strong>.sem orientação deve ficar atenta, pois sua saúde“O e toma problema muitos maior outros é a componentes.E projetos essas substâncias e programas, vão agir, por parte duas da vezes prefeitura, ao diaconscientização Você da população. pode tomarpode estar em risco. A orientação da farmacêuticaFaltamElisa é que sempre se procure um médico para saberprogramas sinergicamente, educativos em comparação, que a população o chá não de jogasse anis, quesobre o seu quadro clínico e pedir ao médico se ocigarro, no caso não da planta, jogasse com copo, o isso fármaco nós já aumenta temos o exemplo sua imunidade,dão e se chuvas prevenir”tratamento pode ser feito com plantas medicinais.de sozinho”, quantas vezes explica causa a farmacêutica.inundações, quan<strong>do</strong>Após isso, o paciente pode procurar um farmacêuticoque orientará como usar as plantas medicinais.etu<strong>do</strong> Elisa isso ainda prejudican<strong>do</strong> ressalta que a população vários fa-(...)tores conta a nossa a universitária própriacâmara interferem deveria passar nisso, programas “as <strong>do</strong>ses educativos”, que confia diz. muito noTVde substâncias A questão que da se educação, encontra podemou da poder falta dela, das ervas. é semser um variáveis. ponto central quan<strong>do</strong> se fala em poluição, Entretanto, o a farmacêuticadúvidaato Se de você jogar colher lixo a no planta, chão, hoje apesar pela de Elisa várias ressalta campanhas que o uso das plantasUm exemplo <strong>do</strong>s benefícios dasplantas medicinaisincentivan<strong>do</strong> manhã, de meio-dia a conservação ou de <strong>do</strong> tarde, ambiente medicinais e mostran<strong>do</strong> é muito a respeita<strong>do</strong>. “Éimportância haverá um disso, número ainda diferente é algo bem de comum. a partir O de ser muitos humanoconhecimentos A devastação em nomecomponentes. parece ainda Há um não grupo ter se de da<strong>do</strong> fa-conta etnofarmacológicos das catástro-que muitos da produção de pinus, soja efes tores ambientais que dá diferença que o acúmulo desde o de solo lixo pode medicamentos ocasionar estão no hoje no merca<strong>do</strong>.Nós ser temos humano um respeito muitodecorrer até as nuances <strong>do</strong> tempo. <strong>do</strong> Esse tempo, comportamento fatorespode que ser podem explica<strong>do</strong> modificar por a questões quantidade históricas grande, e sociológicas. e inclusive, as grandes indústriasficam Raphael de olho nesse con-O de professor substâncias de história de uma e sociologia planta, assim,essa Nicoletti diminuição Sebrian pode explica alterar que até hecimento o final <strong>do</strong> século para transformar fu-da <strong>Unicentro</strong>,NunesXIX o efeito não havia, <strong>do</strong> chá, nas cidades, e a pessoa preocupação pode turamente com a poluição num e medicamento”,higienização, achar que não inclusive fez efeito, elas costumavam mas é completa ser bastante ela. sujas,porque sem aquela nenhum erva tratamento estava com sanitário. um Essa preocupaçãocom número onde menor colocar da o lixo, substância foi surgin<strong>do</strong> para com força no séculoXX. a melhora De acor<strong>do</strong> esperada”. com o professor, Por isso, a a prática errada de sefumo, a coleta insuficiente delixo, famílias sem saneamentobásico e nem atendimento desaúde enfraqueceram a agriculturafamiliar da região <strong>do</strong> Turvo.Houve uma época em que amortalidade infantil era de 51mortes a cada <strong>10</strong>00nasci<strong>do</strong>s vivos, segun<strong>do</strong>os da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>jogar farmacêutica lixo no chão, alerta <strong>do</strong> que ponto é importanteao que que as é público pessoas e conversem ao que é priva<strong>do</strong>, químicas “as pessoas que pode trazer benefícios à nativa encontradade vista sociológico, toda planta está medicinal contém substâncias IBGE. Uma alter-ligadamantem com o médico uma relação sobre diferente o seu quadro com o espaço público e saúde, ou nãopelo Sindicato <strong>do</strong>spriva<strong>do</strong> clínico, e isso ou ainda, contribuí que na poluição converse e pode ir viran<strong>do</strong> umTrabalha<strong>do</strong>res Ruraisproblema com um farmacêutico.de convivência, homem-ambiente e depois <strong>do</strong>homem com Iana o explica próprio que homem, para caso ela <strong>do</strong> Rio de Janeiro,que “O está tratamento um caos, com com ervas enchentes. medici-nais para é bom. jogar, Mas como tu<strong>do</strong> na em nossa excesso casa. As campo pessoas de se conhecimento preo-muito an-gente sabe A que etnofarmacologia tem é umlugarcupam faz mal. menos Então, com a o <strong>do</strong>sagem espaço público é muito <strong>do</strong> que tigo. com Segun<strong>do</strong> o priva<strong>do</strong> a farmacêutica, háe importante, isso cotribui porque na poluição”, você não completa. pode registros de 4.000 anos A.C., emabusar Quem de uma sente erva e que vê a pode poluição ser bem hieróglifos, de perto de pessoas são usan<strong>do</strong> chásas que pessoas você responsáveis tenha uma reação pela limpeza contrária”,pessoas outro jogam ponto o lixo importante no chão mesmo há vários com relatos a lixeira de como as plan-da para cidade, a cura. os garis. Ao longo da história,“Muitas<strong>do</strong> municípiofoi o incentivo àprodução de plantasmedicinais, costume de algumasfamílias que além de incorporar arenda, melhorou a qualidade devida nessas comunidades.“Você aproveita o ambiente,a mão-de-obra familiar e as<strong>do</strong> que la<strong>do</strong>” ela diz salienta Valdemir é fazer Ferreira, a identificaçãoSurg <strong>do</strong> na limpeza problema de antes vários de parques in-comunidades cidade. O com-africanas, indígenas medicinais e a erva mate são asque trabalha tas medicinais há 15 anos foram usadas por pequenas áreas, então as plantasO lixo vira atração em parques e praças de Guarapuavapelagerir qualquer erva para ver se e pela população em geral. espécies que garantem que você12 28Glarin BifMorgani Guzzomantenha to<strong>do</strong> esse ecossistema e tenha uma rendainteressante”, afirma Roseli Eurich, 48, presidente<strong>do</strong> Instituto Agroflorestal Bernar<strong>do</strong> Harkvoort (IAF).A entidade participa da comunidade buscan<strong>do</strong> melhorara condição de vida das famílias e preservar omeio ambiente.Uma das iniciativas <strong>do</strong> IAF, em 2006, foi à oficializaçãoda Cooperativa de Produtos Agroecológicos,Florestais e Artesanais de Turvo (Coopaflora), resulta<strong>do</strong>de um esforço <strong>do</strong> Instituto Agroflorestal paraorganizar e melhorar o processo de comercializaçãode plantas medicinais e erva-mate na região. “O IAFSegurança no trânsito:punição ou educação?hoje é responsável por trazer a educação ambiental,conversan<strong>do</strong> com as escolas e passan<strong>do</strong> ensinamentossobre o valor <strong>do</strong> meio ambiente, explican<strong>do</strong> para oagricultor, que o sistema agroflorestalmelhora a qualidadepor Morgani GuzzoCamomilaa cuidar da saúde da família. “A minha mãe disse quevocê tinha que ter um conhecimento básico pra sermãe de família. Além de costurar, passar e lavar, vocêtinha que conhecer o básico sobre as plantas medicinais.Assim como você precisa saber de plantas evegetais para cozinhar, vocêprecisa conhecer as plantasde vida da sua família e podepara tratar as <strong>do</strong>enças maisO tratamento com ervas medicinaiscolaborar com a sua renda”,comuns”.é bom. Mas tu<strong>do</strong> em excesso fazexplicaARoseli, presidente <strong>do</strong>Os remédios são feitospreocupação com o trânsito mal. é Então, comum a <strong>do</strong>sagem todas as é muito cidades. im-Coportante veículos fica cada vez mais difícil garantir a segurança nas ruas.o crescimento populacionalIAF e cooperada da agricultorapor algumas mulheres dase o aumento na frota defamiliar.comunidades. Roseli contaGuarapuava, apesar de ser uma cidade de médio porte, também encontra essa dificuldade.O conhecimento sobreque eles sempre são troca<strong>do</strong>spor outros produtos.Seja de carro ou a pé, o cuida<strong>do</strong> com o trânsito é indispensável para se manter seguro.ervas medicinais e sua produçãoComo motorista, a concentração deve estar em obedecer à sinalização e atentar para os pedestresproporciona as famílias <strong>do</strong> Turvoa oportunidade“Normalmente a gente temedeoutrostratarcarros.<strong>do</strong>enças,Comoalémpedestre,de <strong>do</strong>resatravessar as ruas é a parte mais complicada.no corpo e outros tipos de mal-estar sem sair da suacomunidade. Roseli lembra que aprendeu com a mãena comunidade uma mulher que faz os xaropes, aspomadas e as tinturas e distribui. E aí, tem um sistemade troca. Na minha comunidade tem uma mulherque sempre faz os remédios que eu preciso, aí eutroco pelos <strong>do</strong>ces e geléias que eu faço. Essa mulheré uma enfermeira alternativa. Ela faz as consultas,faz o tratamento e acompanha”, conta a agricultora.Jahíra Venski, 60, é uma dessas mulheres responsáveispela fabricação de remédios. “Nós usamosas ervas através <strong>do</strong> que aprendemos em alguns cursos.Pra mim é muito importante, eu fabrico remédiospra minha família e pros vizinhos. Eu fabrico pomadas,xaropes, olinas (um tipo de digestivo), alémde produzir plantas medicinais”, esclarece a agricultora,que também faz parte da Coopaflora.O Turvo deixou de ser distrito da cidade deGuarapuava no ano de 1983. O município, que atualmenteconta com uma população de 14.500 habitantes,localiza-se em uma das poucas regiões defloresta com Araucária <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong>. Para se ter umaidéia, 64% da sua área é coberta por vegetação nativa.Mas essa área já foi maior, porque as famíliasviviam da agricultura de subsistência, no sistema defaxinais (um modelo de produção existente só no sul<strong>do</strong> Brasil, em que as famílias viviam da extração debaixo impacto da mata, a produção familiar e a criaçãode animais em regime coletivo), preservan<strong>do</strong> olugar em que viviam.Entretanto, com as pressões <strong>do</strong>s grandes fazendeirosas monoculturas foram crescen<strong>do</strong>, e nosúltimos dez anos, a área de 1.936 hectares com 240famílias faxinalenses foi reduzida e, em 2008, essaárea era de 726 hectares com 150 famílias. A agriculturade exploração devastou o ambiente natural,prejudican<strong>do</strong> espécies de plantas e animais, osprocessos sociais, culturais e econômicos <strong>do</strong> biomaFloresta com Araucária.13 29

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