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10 - Unicentro - Universidade Estadual do Centro-Oeste

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O nosso desejo é ter um ponto fixo, um localpara expor nosso trabalho, mas não há apoioMas, e dá para sobreviver dessa arte?Outra grande questão em torno <strong>do</strong> artesanato,é que na opinião de muitas artesãs não dá parasobreviver só desse ramo em Guarapuava, diferentede outras cidades. Miriane de Cássia Zaninelli veio deCuritiba para Guarapuava há alguns meses, e acreditaque aqui, artesanato é muito pouco valoriza<strong>do</strong>:“em Guarapuava não é valoriza<strong>do</strong>, em Curitiba é,lá a feira de artesanato é ponto turístico, vai muitagente, e aqui as vezes fica completamente para<strong>do</strong>,falta de propaganda talvez”. Miriane participa daAmpeg e expõe seus trabalhos na rua XV. Na opiniãodela, também é difícil sobreviver só desse trabalho:“hoje é uma das minhas fontes de renda, mas nãodá para sobreviver só disso, gostaríamos, mas não évaloriza<strong>do</strong>, um casaco numa loja por R$200,00 feitona máquina compram, um que demora uma semanapra fazer feito a mão, se cobrar R$<strong>10</strong>0,00 já achamcaro” diz.Lucia Schmidt também compartilha dessaopinião: “Na realidade eu penso assim, o artesanatoaqui em Guarapuava é uma renda extra pra gente.Não daria para viver <strong>do</strong> artesanato, porque não é umdinheiro que entra certinho, to<strong>do</strong> mês, não dá paravocê fazer contas e dívidas em cima dele, eu pensoque isso ai, aqui em Guarapuava, não dá, pelo menospor enquanto, a esperança é que mude”, conta.Já para a artesã Márcia Staciaki que tambémexpõe na XV, através da Ampeg, até dá para se mantercom o artesanato. Ela explica que há <strong>do</strong>is mesesestá desempregada, e sua única fonte de rendapassou a ser o artesanato, além disso, em outrosperío<strong>do</strong>s da sua vida também chegou há passar <strong>do</strong>isanos só com o artesanato. “É possível sobreviver <strong>do</strong>artesanato, mas hoje as artes não são valorizadas emGuarapuava, dizem que é caro, e tem aquela outrahistória, <strong>do</strong> eu sei fazer, então não vou comprar, entãosempre tem que estar inovan<strong>do</strong>, trazer coisas novasque vendam, porque daqui pouco já tem alguémque sabe fazer o que você faz, mas dá pra sobreviversim. Faço cursos em Curitiba e sempre trago coisasnovas.” completa.falta a população reconhecer e valorizar oartesanatoPara obter sucesso com o artesanato, assimcomo em qualquer outra atividade, sãonecessárias noções de empreende<strong>do</strong>rismoe marketing. Atualmente, saber gerenciarseu empreendimento é tão importante comosaber produzir o que se está venden<strong>do</strong>. Um<strong>do</strong>s locais onde é possível aprender sobreempreende<strong>do</strong>rismo no artesanato é no SE-BRAE (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro ePequenas Empresas). O consultor <strong>do</strong> SEBRAEem Guarapuava, Edison Carlos Charavara, dáalgumas dicas sobre como os artesãos podemusar o empreende<strong>do</strong>rismo e marketing paraampliar seu campo de trabalho.- Fugir <strong>do</strong> convencional:O artesão deve procurar novas técnicas deprodução, tentan<strong>do</strong> fugir <strong>do</strong> convencional (ochama<strong>do</strong> artesanato de programas de TV),que to<strong>do</strong> mun<strong>do</strong> faz.O artesanato foi considera<strong>do</strong> atividade deterapia, agora deve ser considera<strong>do</strong> comonegócio portanto, como atividade que exigeempenho na busca de informações,pesquisan<strong>do</strong> novos materiais e técnicas e esforçode merca<strong>do</strong> (merca<strong>do</strong> não cai <strong>do</strong> céu),como to<strong>do</strong> negócio, exige esse empenho pessoal<strong>do</strong> artesão.Deve ter um pensamento e ação fora <strong>do</strong> local,agir regionalmente. Buscar novos merca<strong>do</strong>s.O artesão se compara a um artista,mas o merca<strong>do</strong> só vai valorizar seu trabalhode artista se tiver criatividade e qualidade.- Empreende<strong>do</strong>rismo/marketing:O artesão, além de se desenvolver comoprodutor de artesanato, deve buscar orientaçõessobre técnicas de merca<strong>do</strong>, gerenciamentoe capacidade empreende<strong>do</strong>ra atravésde sites como exemplo <strong>do</strong> próprio SEBRAEque disponibiliza cursos "on line" (www.sebrae.com.br)a exemplo <strong>do</strong> IPGN – Inician<strong>do</strong>um Pequeno Grande Negócio e Aprender aEmpreender, com o objetivo de capacitaçãonas áreas citadas, além de diversas orientaçõesdispostas nos sites <strong>do</strong>s Sebraes estaduais,lembran<strong>do</strong> que ser empreende<strong>do</strong>r é umaprendiza<strong>do</strong> de muito esforço e inspiraçãopara realização.- Curso no SEBRAE:Amplian<strong>do</strong> a atividadeAlém <strong>do</strong> que cita<strong>do</strong> acima, para quem queriniciar um pequeno negócio, existe outroprograma <strong>do</strong> SEBRAE, o PRÓPRIO que orientapasso a passo, a inicialização de um negócio,tratan<strong>do</strong> de orientação empreende<strong>do</strong>ra, buscade informações, que providências tomar eanálise de viabilidade <strong>do</strong> negócio. A unidade<strong>do</strong> serviço em Guarapuava, fica na Rua VicenteMacha<strong>do</strong>, 1552, <strong>Centro</strong>.por Jéssica de SouzaVende-se PierogiEles dizem não!por Morgani GuzzoAssociação Polonesa de Guarapuava completa 20 anos. Sem apoio financeiro,se vira como pode para preservar a tradição na cidadeAdeptos <strong>do</strong> veganismo aban<strong>do</strong>nam qualquer tipo de alimento ou produto quetenha origem animalMuitoUmamaisdas características<strong>do</strong> que uma dietamaisalimentarmarcanteso veganismoda naçãoé umbrasileiraestilo deévidaa quantidadea<strong>do</strong>ta<strong>do</strong> por seussegui<strong>do</strong>res. Diferente <strong>do</strong>s vegetarianos, os veganos não consomem nenhum tipo de produtoespanhóis, que tenha origem japoneses, animal entre ou que outros tenha povos, si<strong>do</strong> testa<strong>do</strong> fazem em <strong>do</strong> animais. Brasil um Thiago país Ribas de grande da Silvade etnias que compõem sua população. Italianos, negros, índios, poloneses,é vegetariano há nove anos e vegano há cinco. Aos dezessete se interessou pela dieta semcarne e foi riqueza assim, de e diversidade um dia para o cultural, outro, que que tirou tradicionalmente, to<strong>do</strong>s os tipos de sempre carne <strong>do</strong> recebeu seu prato. muitos Mesmosen<strong>do</strong> estrangeiros, filho de gaúcho, principalmente com direito pela a churrasco necessidade to<strong>do</strong> fim de de mão semana de obra em casa, e conhecimento ele conta que agrícoladifícil na se fase tornar de vegetariano, colonização. pois Exemplo sempre disso teve o é apoio a quantidade <strong>do</strong>s pais. “Apesar de imigrantes de meu europeus pai ser gaúcho, quenão foiele sempre habitaram me apoiou o e sul por <strong>do</strong> gostar país muito no final de <strong>do</strong> cozinhar século ele XIX até e se começo interessou, <strong>do</strong> século começou XX. a cozinharcoisas sem carne e hoje em dia ele até come bem menos carne <strong>do</strong> que antes”. Mas quan<strong>do</strong> resolveutirar os ovos e o leite da dieta para se tornar vegano, ele conta que não foi fácil. “Eu tiveque ir deixan<strong>do</strong> de comer aos poucos, uma semana não comia nada que tivesse leite, mas na outranão agüentava, assim foi até que consegui parar de comer tu<strong>do</strong> que tinha origem animal”.Seja fugin<strong>do</strong> de guerras,de ditaduras ou apenas à procurade melhores condições de vida, oscurar a região arrasada pela leprae trazer o “futuro grandioso” pormeio da atividade agrícola mercantil.um “atraso” para a modernizaçãoe a presença <strong>do</strong>s “colono” polonêstraria o desenvolvimento para aSegun<strong>do</strong> aque-a análise <strong>do</strong>s da principais historia-argumentos região. “O <strong>do</strong>s colono veganos, europeu que afirmam é trav-poloneses Segun<strong>do</strong> foram os um vegans desses (como povos são chama<strong>do</strong>sles que que a<strong>do</strong>taram aderem o ao Brasil veganismo), como nação este é <strong>do</strong>ra, o la<strong>do</strong> o ético povo local era ainda visto que comoisso, esti<strong>do</strong> até mesmo em uma o figura efeito de estufa contornos poderia<strong>do</strong> e vegetarianismo, contribuíram para enquanto dar muitas pessoas deixamde a comer cara carne colorida por e religião diversificadaou por uma questão de diminuir, afinal o ga<strong>do</strong> é responsável míticos, por boa agente parte<strong>do</strong> CO2 emiti<strong>do</strong> na atmosfera, por meio civiliza<strong>do</strong>r, de gases que oos veganos que aban<strong>do</strong>nam o país os produtos de origemsaúde,animal, tem hoje. primeiramente, A estimativa pelo sofrimento que isto queproduzem.sujeito modernopor excelência”,traz é de aos 60 animais, mil poloneses que são mortos de uma forma cruel.escreve“To<strong>do</strong>s terem os se animais instala<strong>do</strong> são aqui iguais, por que você pode matar– vários 95% deles animais somente para comer, no mas sente pena se pensarBeatriz em seulivro.Paraná. em matar o seu cachorro de estimação? Para nósto<strong>do</strong>s os animais Segun<strong>do</strong> são a historia<strong>do</strong>raiguais e têm que ser trata<strong>do</strong>s deCom a idéia naigual”, Beatriz fala Anselmo Thiago.formacabeça, masOlinto Além em sua disso, tese grande parte <strong>do</strong>s grãos produzi<strong>do</strong>ssem dinheiro<strong>do</strong>utora<strong>do</strong> no Brasil Pontes não são e Mu-destina<strong>do</strong>s à alimentação dano bolsopopulação, ralhas: diferença, mas sim à lepra produção de ração animal, quealimenta e tragédia os animais no Paraná que serão mortos para a retiradaDesde essade <strong>do</strong> sua início carne. <strong>do</strong> Porém século a XX, quantidade de carne retiradaépoca, décadaé a muito colonização menor <strong>do</strong> da que, região por exemplo, a quantidadede 1920,de de grãos Guarapuava produzi<strong>do</strong>s, pelos ou seja, se os locais usa<strong>do</strong>saté hoje, aspara europeus a pecuária e principalmenteesses grãos poloneses não fossem se deu destina<strong>do</strong>s à ração animal,servissem para a plantação de grãostradições polonesastêm si<strong>do</strong>Doces feitos com creme de leite e leiteeCasa <strong>do</strong> Imigrante, símbolo da arquitetura polonesa condensa<strong>do</strong> na cidade de sojamuito pela mais necessidade pessoas seriam de alimentadas. Este é umtrabalhadas emArquivo <strong>do</strong> grupo Serce PolskieArquivo Pessoal - Gabriel Soares06 3407 35

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