12.07.2015 Views

Manuel Oliveira Guerra e a revista Céltica no camiño da irmandade ...

Manuel Oliveira Guerra e a revista Céltica no camiño da irmandade ...

Manuel Oliveira Guerra e a revista Céltica no camiño da irmandade ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CONCEPCIÓN DELGADO CORRALO Jornal Femini<strong>no</strong>, nunha pequena <strong>no</strong>ta, anuncia a saí<strong>da</strong> do primeiro número <strong>da</strong> publicaciónCéltica:Saiu o primeiro cader<strong>no</strong> de estudos galaico-portugueses com o título Céltica, numa organizaçãode <strong>Oliveira</strong> <strong>Guerra</strong>. Este primeiro número contém valiosa colaboração e boa apresentaçãográfica 8 .Pero é en Portugal onde aparecen voces discor<strong>da</strong>ntes como a de Mário Dias Ramos -amigode <strong>Oliveira</strong> <strong>Guerra</strong> e colaborador <strong>no</strong> primeiro número de Céltica con estudos críticos sobre tresautores 9 e coa publicación dun poema-, quen, o día 7 de xullo de 1960, <strong>no</strong> Jornal de Notícias,publica o artigo “Para um intercámbio Luso-Galaico”, onde afirma que o intercambio, tal e comopropuxera o delegado na Coruña, <strong>Manuel</strong> V. Peña, tiña que ser moi amplo, abarcando ao pobo,e critica indirectamente a <strong>Oliveira</strong> por lucimento persoal:Está visto que a este movimento assiste pela sua própria natureza uma amplidão –e a máximaamplidão foi exigi<strong>da</strong> pelo dr. <strong>Manuel</strong> V. Peña, um dos valores lúcidos <strong>da</strong> Galiza literária de hoje,quando se propôs <strong>da</strong>r o primeiro passo para a realização desse intercâmbio...Servir ao intercâmbio é exactamente servir á divulgação dos dois pobos, os seus costumes, asua cultura, em suma, a sua existência. Não podemos nem devemos esquecer esta condição,porque o intercámbio nã pode servir as <strong>no</strong>ssas paixões introspectivas ou as <strong>no</strong>ssas ambiçõespessoais: ca<strong>da</strong> um por si deixa de existir para servir a missão que lhe está confia<strong>da</strong> 10 .Mário Dias Ramos critica a iniciativa nunha ent<strong>revista</strong> publica<strong>da</strong> tamén <strong>no</strong> mesmo xornal,o que provoca a resposta de Ramos de Almei<strong>da</strong> e unha ent<strong>revista</strong> con <strong>Oliveira</strong> <strong>Guerra</strong> baixo otítulo de “Ouvindo <strong>Oliveira</strong> <strong>Guerra</strong>: a propósito duma ent<strong>revista</strong>”. O xornalista afirma queestivo na casa de <strong>Oliveira</strong> na aprobación dos estatutos do Círculo, defende a Céltica, na quecolaborou e seguirá colaborando, e o espírito bo do seu creador:Colaborei com a semente, porque conheço a mão que lhe deu vi<strong>da</strong>. E continuarei a colaborar,sempre, com a ver<strong>da</strong>de <strong>da</strong>s intenções lava<strong>da</strong>s, e a preocupar-me mais em sentir, e perceber,a força obscura e vertical duma raiz sem pruridos literários, tenha ela o <strong>no</strong>me que tiver, do que emprocurar na sua Céltica os génios fasciculados que provavelmente lhe faltam. E foi por ter lido aent<strong>revista</strong> com Màrio Dias Ramos, <strong>no</strong> Jornal de Notícias <strong>no</strong> día 9, que vim ter consigo.<strong>Oliveira</strong> responde ao ent<strong>revista</strong>dor asegurando que as afirmacións de Dias Ramos o fixeranrir. Ponse de manifesto que o señor Ramos era un rapaz do círculo de <strong>Oliveira</strong>, a quen estetratara como <strong>da</strong> familia chegando a vir a Galiza con el onde pasou dúas ou tres semanasinvitado por uns amigos seus. Cando lle pregunta por que <strong>no</strong>n se dirixiu a todos os intelectuais,<strong>Oliveira</strong> responde que <strong>no</strong>n quixo correr riscos cos “<strong>no</strong>vos génios”:Eu achei preferível contentar-me com a colaboração expontanea e aceitável de <strong>no</strong>mes comoos Carrés, <strong>Manuel</strong> Peña, Garcés, Álvarez Blázquez, Díaz Jácome, <strong>Manuel</strong> María, Pura Vázquez,José María Castroviejo, Isidro Conde, etc., (isto do lado galego) e de <strong>no</strong>mes como Barata Feyo,o seu, Carlos Carneiro, A. Pinheiro Guimarães, Leo<strong>no</strong>r de Almei<strong>da</strong>, António Lousa<strong>da</strong>, et., do ladode cá, e não correr o risco de me aproximar dos <strong>no</strong>vos génios em formação que an<strong>da</strong>m por ai ecuja companhia talvez não me conviesse muito. Eu estou numa atitude calma em face dumdeterminado âmbito de ideias e há por ai quem procure avançar por rumos que não me solicitame que seriam destrutivos do meu sonho e dos meus pla<strong>no</strong>s, que são meramente sentimentais eespirituais... Com alguns <strong>da</strong> Galiza tambem se impõe cui<strong>da</strong>do...8. Jornal Femini<strong>no</strong>, 1 de xuño, de 1960.9. Os estudos de Dias Ramos son sobre o libro de Celso Emilio, O so<strong>no</strong> sulagado, a <strong>no</strong>vela de <strong>Manuel</strong> V.Peña titula<strong>da</strong> La ruta, e os tres libros de poemas de Miguel González Garcés: Isla de dos, Poema delImposible sosiego e El libro y el verso.10. Jornal de Notícias, 7 de xullo de 1960.496Anuario Briganti<strong>no</strong> 2004, nº 27

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!