12.07.2015 Views

Manuel Oliveira Guerra e a revista Céltica no camiño da irmandade ...

Manuel Oliveira Guerra e a revista Céltica no camiño da irmandade ...

Manuel Oliveira Guerra e a revista Céltica no camiño da irmandade ...

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

CONCEPCIÓN DELGADO CORRALCritican a <strong>Oliveira</strong> por mo<strong>no</strong>polizar a publicación, con cincuenta páxinas <strong>da</strong> súa autoría. Achanirrealizábeis as activi<strong>da</strong>des que figuran <strong>no</strong> projecto de estatuto.Non só se manifestan criticamente, tamén fan propostas. Para eles <strong>no</strong>n hai escritores do<strong>no</strong>rte, do centro e do sul, hai escritores portugueses e deben ser coñecidos na Galiza:Ter a pretenssão –assaz justíssima- de <strong>da</strong>r ao conhecimento dos galegos a <strong>no</strong>ssa literatura enão lhes levar a presença literária de Régio, Torga, Aquili<strong>no</strong>, Virgílio Ferreira, Urba<strong>no</strong> TavaresRodrigues, Óscar Lópes, António José Saraiva, entre muitíssimos, é, digamos, o aborto do própirofeto que não chega sequer a vingar a sua existência. Céltica não tem uma crítica literária à altura,nem estética e filosófica <strong>da</strong> <strong>no</strong>ssa literatura; não deu até agora uma <strong>no</strong>ção orgânica e vital <strong>da</strong>autêntica poesia portuguesa, não tem uma uni<strong>da</strong>de temática nem formal defini<strong>da</strong> e, de formaalguma, serve a <strong>no</strong>ssa cultura actual ou pasa<strong>da</strong>. Eis porque, a par do reduzidíssimo número de<strong>no</strong>mes que dedicam ou dedicaram a sua atenção sobre a Galiza e a sua literatura, é urgente eindispensável que colaborem aqueles que são os autênticos e definitivos representantes <strong>da</strong> <strong>no</strong>ssaliteratura. Assim, Céltica teria que reformar totalmente a sua actual orientação, erra<strong>da</strong> e decrépita,porque não pode continuar a ser obra de um, quando a lucidez intelectual dos escritoresportugueses está a ser afecta<strong>da</strong>.Consideran absur<strong>da</strong> calquer formación sen unha uni<strong>da</strong>de de escritores e intelectuais querepresenten de ver<strong>da</strong>de a cultura portuguesa. Propoñen que, antes que se forme calquer“Círculo”, se proce<strong>da</strong> á revigorización do intercambio cultural entre Portugal e Galiza. Conclúendirixíndose aos intelectuais galegos:Pretendemos levar ao conhecimento dos intelectuais galegos o clima que Céltica encontroudentro <strong>da</strong> <strong>no</strong>ssa vi<strong>da</strong> artística e literária. Um clima de desconfiança, franca suspeita e, por fim, deindiferença. Desejamos que, <strong>da</strong> vossa parte, se unam forças necessárias e lúci<strong>da</strong>s para que lutem<strong>no</strong> sentido de se unificarem ambos os direitos ver<strong>da</strong>deiramente representativos <strong>da</strong>s duas culturasirmãs. Está, desta forma, cumpri<strong>da</strong> a <strong>no</strong>ssa missão frente aos <strong>no</strong>ssos camara<strong>da</strong>s galegos eespanhóis. Resta-<strong>no</strong>s aguar<strong>da</strong>r os factos.E SE NADA DISTO SE FIZER; MELHOR SERÁ QUE NÃO SE FAÇA NADA DISTO!O Suplemento literario do Notícias de Guimarães, o sete de agosto de 1960 fai unha crítica<strong>da</strong> publicación Céltica, asegurando que ten moitas deficiencias:O primeiro número <strong>da</strong> Céltica apresenta deficiências grandes e alguns desequilíbrios; resta<strong>no</strong>so desejo de que <strong>Oliveira</strong> <strong>Guerra</strong> venha a cumprir com rigor a missão que chamou a si.Así pois discutiuse <strong>no</strong>n só a existencia <strong>da</strong> <strong>revista</strong> senón tamén a creación do Círculo deEstudos Galaico-Portugueses.A <strong>revista</strong> Céltica, subtitula<strong>da</strong> como “Cader<strong>no</strong> de Estudos Galaico-Portugueses”, apareceorganiza<strong>da</strong> e dirixi<strong>da</strong> por <strong>Oliveira</strong> <strong>Guerra</strong> en 1960 como o voceiro do Círculo de Estudos Galaico-Portugueses en formación. A súa vi<strong>da</strong> foi efémera pois fica reduci<strong>da</strong> aos a<strong>no</strong>s de 1960 e 1961coa publicación de catro números sen numerar e sen <strong>da</strong>tar. Dos catro “cader<strong>no</strong>s”, como osde<strong>no</strong>minaba o seu creador, o primeiro é de cor entre beige e amarela, o segundo verde, oterceiro azul e o cuarto rosa. Os catro, impresos na Escola Tipográfica <strong>da</strong> Oficina de S. José,Rua de Alexandre Hercula<strong>no</strong>, están paxinados sucesivamente: o primeiro remata na páxina 48,o segundo vai <strong>da</strong> 51 á 144, o terceiro <strong>da</strong> 147 á 240, e o cuarto <strong>da</strong> 243 á 336. As páxinas que faltancorresponderían ás iniciais, trátase dunha folla co <strong>no</strong>me <strong>da</strong> <strong>revista</strong>, conta<strong>da</strong> como dúas páxinaspero <strong>no</strong>n numera<strong>da</strong>s. A <strong>revista</strong> conta co arranxo gráfico de António Leite e coas colaboraciónsartísticas de “amigos <strong>da</strong> Galiza e de Portugal”, destacando as ilustracións do artista catalánTomás Casals Marginet 12 .12. Autor dun poema en catalán publicado en Céltica e dun artigo de arte sobre as representacións deCristo <strong>no</strong> románico catalán pirenaico, escrito tamén para publicar na <strong>revista</strong>.498Anuario Briganti<strong>no</strong> 2004, nº 27

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!