12.07.2015 Views

Conselho Pastoral Paroquial - Diocese de Braga

Conselho Pastoral Paroquial - Diocese de Braga

Conselho Pastoral Paroquial - Diocese de Braga

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

6 cuidam não apenas as colaborações, mas se realiza a corresponsabilida<strong>de</strong>, isto é, o carregar em conjunto, pastores e leigos, a responsabilida<strong>de</strong> da vida e da missão da Igreja”. Mais que lugar <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, é lugar <strong>de</strong> reflexão comum, <strong>de</strong> discernimento comunitário, <strong>de</strong> convergência pastoral. No fundo, o CP dá eficácia e concretiza a comunhão. Por isso, <strong>de</strong>ve estar afastada a tentação do eficientismo, como se fosse uma organização civil <strong>de</strong>stinada a dar lucro. É uma estrutura <strong>de</strong> comunhão, <strong>de</strong> um grupo <strong>de</strong> pessoas que partilha a vida pastoral com o seu pároco através da oração, do conselho e da acção. É lugar <strong>de</strong> permuta e <strong>de</strong> estima. Não há outras motivações senão a fé em Jesus Cristo e amor à comunida<strong>de</strong> (Fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> a Deus e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> ao Homem). Às vezes pensa-­‐se que participar no CP significa tomar iniciativas, ter facilida<strong>de</strong> em falar, saber reivindicar e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r melhor as posições do grupo <strong>de</strong> pertença (“vai tu, que sabes falar melhor”). O CPP não é uma reunião do condomínio. O pároco não está do lado “oposto”, mas o seu missão <strong>de</strong> pastor e guia está <strong>de</strong>ntro da comunida<strong>de</strong>. Escrevem os Bispos italianos: “O compromisso da participação é próprio <strong>de</strong> cada cristão, porque nasce dos sacramentos da iniciação e da maturida<strong>de</strong> eclesial e é renovado cada domingo na celebração comunitária da Eucaristia. Mas este compromisso, que é um direito e ao mesmo tempo um <strong>de</strong>ver, não é exercido em competição com o ministério do governo dos bispos e dos presbíteros seus colaboradores”. Trabalham todos juntos, mas cada um <strong>de</strong>ve fazê-­‐lo <strong>de</strong> acordo com a sua vocação. O CP é pluriforme. Esta visão abarca todas as vocações, carismas e ministérios da comunida<strong>de</strong>. Aqui se abre um campo importante da formação para esta eclesiologia <strong>de</strong> comunhão. Des<strong>de</strong> logo formação espiritual e <strong>de</strong>pois doutrinal. É preciso tempo e formação para ter membros preparados. E, como já referi, esta formação <strong>de</strong>ve ter essencialmente um carácter espiritual, porque o “conselho” (aconselhar) é um dom do Espírito Santo e, como tal, <strong>de</strong>ve ser pedido na oração. E esta aposta numa “Espiritualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Comunhão” <strong>de</strong>ve prece<strong>de</strong>r todas as iniciativas porque só assim se purifica o testemunho da tentação <strong>de</strong> ce<strong>de</strong>r a competições e ve<strong>de</strong>tismos. Dificilmente os membros escolhidos para um CPP estão <strong>de</strong>vidamente preparados para <strong>de</strong>senvolver <strong>de</strong> imediato e <strong>de</strong> forma idónea essa missão. É necessário uma fase <strong>de</strong> preparação para que os membros se consciencializem da sua missão e do lugar que ocupam. A paciência será, neste caso como em muita outras ocasiões, uma das virtu<strong>de</strong>s mais fundamentais para um membro do CP. Mas não se po<strong>de</strong> <strong>de</strong>scurar a dimensão do estudo. Quando se propõe um tema, não se po<strong>de</strong> ficar pela primeira resposta que nos vem à cabeça. A participação num CP não é uma arma <strong>de</strong> essencial acelerar a hora dos leigos, relançando o seu empenho eclesial e secular, sem o qual o fermento do Evangelho não po<strong>de</strong> alcançar os contextos da vida quotidiana, mas penetrar aqueles ambientes marcados, mais fortemente, pelo processo <strong>de</strong> secularização”. <strong>Conselho</strong>s Pastorais Paroquiais – Representação do Povo <strong>de</strong> Deus [01.12.2011]

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!