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a heterogeneidade do homem na atenção básica de saúde

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SEMINÁRIO INTERNACIONAL ENLAÇANDO SEXUALIDADESDireito, Relações Etnorraciais, Educação, Trabalho, Reprodução,Diversida<strong>de</strong> Sexual, Comunicação e Cultura04 a 06 <strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2011Centro <strong>de</strong> Convenções da BahiaSalva<strong>do</strong>r - BAO presente trabalho se servirá <strong>de</strong> ambos os <strong>do</strong>cumentos para situar o <strong>homem</strong> <strong>na</strong>spolíticas públicas em <strong>de</strong>senvolvimento e visa a questio<strong>na</strong>r como a saú<strong>de</strong> tem si<strong>do</strong>pensada para os homens, enfatizan<strong>do</strong> a população GBTTT (gays, bissexuais, travestis,transexuais e transgêneros). Tal problemática é justificada por enten<strong>de</strong>r que a PNAISH éum <strong>do</strong>cumento recente, que ainda necessita <strong>de</strong> encaminhamentos estratégicos queviabilizem ações que atendam ao <strong>homem</strong> em suas <strong>de</strong>mandas e que esse <strong>homem</strong> <strong>de</strong>veser entendi<strong>do</strong> a partir <strong>do</strong> reconhecimento das suas múltiplas i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s.Pensar o lugar <strong>do</strong> <strong>homem</strong> nos serviços <strong>de</strong> <strong>atenção</strong> <strong>básica</strong> à saú<strong>de</strong> implica empensar o <strong>homem</strong> tal qual ele é concebi<strong>do</strong> socialmente e <strong>na</strong>s relações <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r capazes<strong>de</strong> sustentá-lo. O <strong>do</strong>cumento <strong>de</strong> princípios e diretrizes que regem a Política Nacio<strong>na</strong>l <strong>de</strong>Atenção Integral à Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> <strong>homem</strong> apresenta:"A Política <strong>de</strong> Atenção Integral à Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Homem <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar a<strong>heterogeneida<strong>de</strong></strong> das possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> ser <strong>homem</strong>. As masculinida<strong>de</strong>s sãoconstruídas historicamente e sócio-culturalmente, sen<strong>do</strong> a significação damasculinida<strong>de</strong> um processo em permanente construção e transformação. (...)Essa consi<strong>de</strong>ração é fundamental para a promoção da equida<strong>de</strong> <strong>na</strong> <strong>atenção</strong> aessa população, que <strong>de</strong>ve ser consi<strong>de</strong>rada em suas diferenças por ida<strong>de</strong>,condição sócioeconômica, étnico-racial, por local <strong>de</strong> moradia urbano ou rural, pelasituação carcerária, pela <strong>de</strong>ficiência física e/ou mental e pelas orientações sexuaise i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> gênero não hegemônicas." (BRASIL, 2008: 06-7)Apesar <strong>de</strong>ssas consi<strong>de</strong>rações, o que ainda se observa é o reconhecimento <strong>do</strong><strong>homem</strong> regi<strong>do</strong> pelo discurso heteronormativo que, toma<strong>do</strong> como padrão, comoinstrumento <strong>de</strong> normatização, separa e exclui to<strong>do</strong>s aqueles que não respon<strong>de</strong>m aos seusrequisitos. Toneli e Adrião (2005) apontam para um conjunto <strong>de</strong> autores que, discutin<strong>do</strong>as masculinida<strong>de</strong>s, apresentam sob certo consenso a existência <strong>de</strong> um mo<strong>de</strong>lo queenquadra os homens e os leva a buscar e alcançá-lo. “Esse mo<strong>de</strong>lo – i<strong>de</strong>al e totalizante –toma como norma o <strong>homem</strong> branco, heterossexual, oci<strong>de</strong>ntal, oriun<strong>do</strong> das classes<strong>do</strong>mi<strong>na</strong>ntes, forte, viril e prove<strong>do</strong>r” (KIMMEL, 1997 apud TONELI & ADRIÃO, 2005: 95)¹.Foucault (1979) apresenta que é a partir da “materialida<strong>de</strong> <strong>do</strong> po<strong>de</strong>r se exercen<strong>do</strong>sobre o próprio corpo <strong>do</strong>s indivíduos” que surge o corpo social. É esse o corpo visa<strong>do</strong>socialmente: o corpo que seja capaz <strong>de</strong> fazer exercer o po<strong>de</strong>r. Em outras palavras, é apartir <strong>de</strong> um corpo através <strong>do</strong> qual a coerção seja capaz <strong>de</strong> dividir a socieda<strong>de</strong> e excluir*Discente <strong>do</strong> curso <strong>de</strong> Psicologia/Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>do</strong> Recôncavo da Bahia – UFRBe-mails: diogos.ufrb@gmail.com, d.iogos@hotmail.com

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