Projeto Rondon – Ministério da DefesaDesenhos crianças do centro: crianças influenciadas pela urbanização e a televisão.As crianças apresentaram muito interesse em <strong>de</strong>senvolver ativida<strong>de</strong>s e vistoisso, seria necessário buscar alternativas <strong>de</strong> trabalhos, para <strong>de</strong>senvolver acapacida<strong>de</strong> que guardam, porque vonta<strong>de</strong> é o que não falta, o que precisam mesmoé mais incentivo.Relatório <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Equipe Atalaia do Norte – AM 20
Projeto Rondon – Ministério da DefesaOS INDÍGENAS DO MUNICÍPIO DE ATALAIA DO NORTEAs terras indígenas do Vale do Javari estão situadas na faixa <strong>de</strong> regiãocontínua das partes mais remotas e <strong>de</strong>sconhecidas do território brasileiro naAmazônia. Situada junto à área <strong>de</strong> fronteira com o Peru, no extremo oci<strong>de</strong>ntal doEstado do Amazonas, com um total <strong>de</strong> 8.544.448 hectares na margem direita do RioJavari e por outros dois afluentes na margem meridional do rio Solimões, que são orio Jandiatuba e o rio Jutaí. O acesso a essa região é realizado quase queexclusivamente pelo curso dos rios, sendo a segunda maior área indígena do Brasil<strong>de</strong>marcada em 1999 e homologada em 2000.O município <strong>de</strong> Atalaia do Norte possui uma das maiores reservas indígena dopaís. É formadas por diferentes etnias compostas por povos Kanamary, Matis,Mayuryna, Marubo, Kulina e Kurubo, que vivem espalhadas pela região do Vale doJavari. Por mais diferentes que sejam suas culturas, esses povos enfrentam gran<strong>de</strong>sdificulda<strong>de</strong>s para sobrevivência nas al<strong>de</strong>ias, lutando contra a opressão em busca dorespeito que merecem.O índice <strong>de</strong> doenças ocorrendo nas al<strong>de</strong>ias vem aumentando ainda mais,principalmente pelo contato do indígena com a parte urbanizada do município, quealém <strong>de</strong> interferir na cultura, proliferam-se doenças que não havia nas al<strong>de</strong>ias comoas DST´s, pressão alta, diabetes, câncer, entre outras. Para complementar essarealida<strong>de</strong> existem as doenças que já havia nas al<strong>de</strong>ias, que ainda difun<strong>de</strong>m sobre astribos como a malária, tuberculose, diarréias; cuja falta <strong>de</strong> assistência dificulta aprevenção <strong>de</strong>ssas doenças dizimando ainda mais a população indígena. Todo o<strong>de</strong>scaso com a saú<strong>de</strong> do índio causa o sofrimento e a dor das famílias que ainda simnão é olhada pelas <strong>de</strong>mais autorida<strong>de</strong>s para tomar providências quanto a essarealida<strong>de</strong>.Na parte <strong>de</strong> educação, existem al<strong>de</strong>ias que não possuem estrutura parafornecer ensino <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong> para as crianças e jovens indígenas. As péssimascondições das escolas e a falta <strong>de</strong> materiais dificultam bastante atuar na educaçãoindígena, tanto que existem escolas que não possuem carteiras para acomodar osalunos, on<strong>de</strong> em alguns casos existem al<strong>de</strong>ias que tentam improvisar suas aulas,Relatório <strong>de</strong> Ativida<strong>de</strong>s Equipe Atalaia do Norte – AM 21