A historiadora Solange Peirão mostra documentos aos drs. Fábio Ancona, Ivan Zurita, Júlio Dickstein e Lincoln Freire. Ao lado, drs.Dioclécio Campos e Reinaldo Martins.Dr. Lincoln com D. Dica Aguiar, viúva do dr. Álvaro Aguiar e D. Helosine Mattos, viúva do dr. Odorico MattosBeto FelicioBeto Feliciocultura indígena e entre brancos e negros,até o ensino da <strong>Pediatria</strong>. Registra tambéma instalação <strong>de</strong> hospitais e postos <strong>de</strong>puericultura, as leis que se ocuparam dasquestões da infância no Brasil, as mo<strong>de</strong>rnastécnicas <strong>de</strong> prevenção e tratamento –as novas tecnologias, a genética, as inovaçõesda neonatologia – os serviços <strong>de</strong>atendimento <strong>de</strong> crianças portadoras <strong>de</strong> <strong>de</strong>ficiências,as APAEs, o teste do pezinho,e os aspectos mais expressivos das açõesda pediatria contemporânea – as campanhas<strong>de</strong> imunização, <strong>de</strong> aleitamento maternoe <strong>de</strong> prevenção <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e violência.Na varanda, a “Linha do tempo”,registra as datas marcantes da história damedicina e da pediatria no Brasil e nomundo.O projeto museográfico é do <strong>de</strong>signerAfonnso Drumond, que se <strong>de</strong>dicou a expressar<strong>de</strong> forma atrativa a trajetória daSBP e da medicina <strong>de</strong> criança e adolescentesno Brasil. Além <strong>de</strong> reproduzir objetoscomo a Roda dos Expostos, numaréplica inspirada nas que existiram nasSantas Casas – símbolo dos primeiroscuidados realizados com as crianças noPaís – recriar, em maquete, o prédio daFaculda<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Medicina do Rio<strong>de</strong> Janeiro, na Praia Vermelha, instalouum consultório pediátrico antigo, e tambémum espaço que representa “o <strong>de</strong>líriofebril” dos pequenos pacientes.Entre os painéis, um <strong>de</strong>les é <strong>de</strong>dicadoàs médicas – hoje 60% dos pediatras doPaís. A carioca Maria Augusta GenerosoEstrela foi a primeira, e para isto, precisouformar-se em Nova York em 1881, jáque a legislação da época não permitia oacesso <strong>de</strong> mulheres às escolas nacionais.Em 1887, na Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina daBahia – a gaúcha Rita Lobato Velho Lopesfoi a primeira a concluir o curso. Há tambémesculturas, como a <strong>de</strong> Hipócrates, o“pai da medicina” e <strong>de</strong> Louis Pasteur. Ecuriosida<strong>de</strong>s como a ca<strong>de</strong>ira <strong>de</strong> operaramígdalas, e aparelhos antigos, balança<strong>de</strong> pesar bebês, berço, o pulmão <strong>de</strong> aço –respirador artificial usado nos casos maisgraves <strong>de</strong> paralisia infantil, bem antes dadoença ser erradicada no País – entremuitos outros.Banco <strong>de</strong> DadosO andar superior abriga o Centro <strong>de</strong>Documentação e Referência e a Biblioteca.Solange Peirão, historiadora responsável,explica que há no museu peças e12
Dr. Luiz Feichas, presi<strong>de</strong>nte da filiada <strong>de</strong> Sergipe, na instalação que homenageia o pediatra anônimoDra. Elsa Giugliani, presi<strong>de</strong>nte do Departamento <strong>de</strong> Aleitamento Materno, e os painéis das campanhasBeto Felicio Beto Feliciodocumentos e, além disto, as suas referências, assim como as das <strong>de</strong>maisobras relativas à pediatria, serão disponibilizadas pela Internet, facilitandoassim o trabalho dos pesquisadores. Entre as preciosida<strong>de</strong>s, o acervo jáconta livros importantes doados pelas famílias dos pioneiros, como é o casodas duas primeiras obras <strong>de</strong> referência no Brasil: “Do Exercício do EnsinoMédico”, <strong>de</strong> Carlos Arthur Moncorvo <strong>de</strong> Figueiredo, publicado em 1874, e“Semiologia Infantil”, <strong>de</strong> Fernan<strong>de</strong>s Figueira, edição <strong>de</strong> 1903.Já são cerca <strong>de</strong> 700 dissertações e 600 teses – 300 <strong>de</strong> pediatria eoutras 300 sobre pediatria, <strong>de</strong>fendidas em outros Programas da área Médica.Sempre estudos <strong>de</strong> brasileiros e sobre problemas do País. Há biografias<strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>s, dosex-presi<strong>de</strong>ntes da SBP,dos patronos do ConselhoAcadêmico da <strong>Socieda<strong>de</strong></strong>,informações sobrecada uma das <strong>Socieda<strong>de</strong></strong>s<strong>de</strong> <strong>Pediatria</strong> dos estados,além das coleções doadaspor pediatras e suasfamílias.Na solenida<strong>de</strong> do dia26 <strong>de</strong> março, foram também lançadas duas publicações. A Coleção “Vultosda <strong>Pediatria</strong>” é uma série <strong>de</strong> biografias dos 30 patronos do Conselho Acadêmico,cujo primeiro volume é escrito por Júlio Dickstein, que ocupa a ca<strong>de</strong>iranº 1, e <strong>de</strong>dicado a Carlos Arthur Moncorvo <strong>de</strong> Figueiredo, o MoncorvoPai. A revista SBP Hoje resume o balanço das ações da <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> nosúltimos seis anos.Dra. Mariângela Barbosa, ex- presi<strong>de</strong>nte da <strong>Socieda<strong>de</strong></strong> da Paraiba,no “consultório antigo”Beto Felicio13