ColeçãoCoraCoralinaEm 1889, na Villa ‐Boa de Goyaz,nascia Aninha, que escolheu sechamar Cora Coralina. Emboraescrevesse desde moça, tinha 76anos quando seu primeiro livro foipublicado, e quase noventaquando sua obra estourou nomercado editorial. Com um estilomuito pessoal, foi poeta e umagrande contadora de histórias dascoisas de sua terra. Ela nos deixouem 1985.A menina, o cofrinho e a vovóIlustrações de Cláudia ScatamacchiaRELAÇÃOFAMILIAR1 a edição; 24 páginasISBN 978 ‐85 ‐260 ‐1372 ‐8Era uma vez uma velha que morava sozinhanuma cidade muito antiga e tinha sua casa‐‐grande na beira de um rio (...). A velha tinhafilhos. Tinha netos e bisnetos e todos moravamem cidades diferentes, bonitas e movimentadas(...). Assim começa mais uma narrativa criadapor Cora Coralina. Nessa história ela contasobre uma avó que por necessidade financeiradecide fazer doces <strong>para</strong> vender. Muitodeterminada, vai driblando as dificuldades — afalta de um tacho de cobre, a falta de lenhaetc. — e descobre que se tivesse umageladeira... Então, ela compra uma geladeirausada, a prazo. E um dia, uma surpresa: suaneta Célia abre o cofrinho e dá todo dinheiro<strong>para</strong> ela pagar as prestações. Como entre avóse netos a moeda de troca é variada, como seráque a avó agradeceu?Uma história de afeto e gratidão!A moeda de ouro queum pato engoliuIlustrações de Alcy Linaresculturapopular6 a edição; 16 páginasISBN 978-85 ‐260‐1131‐1Altamente Recomendável<strong>para</strong> a Criança 1997 (FNLIJ)Para comemorar o Dia de São João, o povode Ferreiro, um lugar antigo onde começouGoiás, todos os anos fazia uma festa à velhamoda — com muita comida, potes de doces,música, fogos e fogueiras queimando no largoda Igreja. Naquele ano, <strong>para</strong> agradar ao padre,nada melhor que caprichar no almoço e servirum pato novo com arroz molinho. Paraespanto de todos, no ritual de depenar,despenujar e cortar o pato, a cozinheiraencontra uma linda moeda de ouro, datada de1816, com a efígie de D. João VI.Assim começa, no povoado, grandeconfusão e mistério.Cora Coralina, mestre na arte de lidar com apalavra e de resgatar a cultura de sua terra ede sua gente, diverte e encanta o leitor comessa narrativa em forma de carta. Carta estaescrita <strong>para</strong> seu neto, Carlos Magno, em 14 deabril de 1965.24Crianças de até 5 anos e 11 mesesCrianças de até 5 anos e 11 meses
As cocadasIlustrações de Alê AbreuINFÂNCIA1 a edição; 24 páginasISBN 978 ‐85 ‐260 ‐1252 ‐3O conto “As cocadas” — publicado pelaprimeira vez em O tesouro da casa velha, umdos últimos trabalhos de Cora Coralina —ganha nesta edição as cores, os traços, asilustrações, tão sintonizadas com a infância, doartista Alê Abreu. A narrativa em primeirapessoa, curta, direta e, ao mesmo tempo,detalhista no que é preciso — qualidades dequem conta mesmo um conto — envolve acriança, desafia sua curiosidade a cada linha,desperta o desejo de descobrir a resolução doconflito vivido pela personagem. Eu devia ternesse tempo dez anos. Era menina prestimosa etrabalhadeira à moda do tempo. Tinha ajudadoa fazer aquela cocada. Tinha areado o tacho decobre e ralado o coco. (...) O coco era gordo,carnudo e leitoso, o doce ficou excelente. Minhaprima me deu duas cocadas. (...) Duas cocadassó... (...). <strong>De</strong> noite, sonhava com as cocadas. <strong>De</strong>dia as cocadas dançavam pequenas piruetas naminha frente.ilustração: Cláudia ScatamacchiaCrianças de até 5 anos e 11 meses25