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Projeto Padron - Revista Jornauto

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AUTO PEÇASRicardo Conte | Amparo - SPMagneti Marelli,comprometida emreduzir a poluiçãoPela primeira vez, a Divisão de Sistemas de Exaustão da MagnetiMarelli abriu as portas para mostrar sua fábrica de escapamentos,ampliada e modernizada, nas antigas instalações da Kadron,marca mantida para o mercado de reposição, e que já pertenceu àCofap até 1997, quando adquirida pelo sistemista italiana MagnetiMarelli, braço da Fiat.Atualmente, 96% das suas vendas são dirigidas para asmontadoras, 3% para repor o estoque das concessionáriase apenas 1% para o mercado independente, que tende acrescer muito nos estados que aplicam a inspeção veicular.“Estamos definindo estratégias”, informa Caetano Zafra,diretor Geral.Segundo o executivo, dentre os fornecedores de originais,só a Magneti Marelli atua nesse aftermarketing com 15.000unidades ao ano. Um segmento que movimenta 700.000 unidades/ano,porém peca pela falta de normas mais rígidas.Enquanto o mercado original garante 80.000/km rodadossem danificar a estrutura do coletor e todo seu sistema deexaustão, o independente exige apenas a metade dessaquilometragem. A aplicação de alta tecnologia encarece oproduto. “Os percentuais de banho de metais preciosos nosistema são bem mais baixos e pobres”, disse.Segundo Zafra, a informalidade desse segmento chega aponto de fornecer escapamentos feitos de metais que nãosuportam nem 5.000km. “Encontramos um feito de aço decarbono, mesmo metal de calha de casa”, alerta.A empresa italiana, que preza qualidade e durabilidade deseus produtos com aço inoxidável, encontra dificuldades decompetir no preço. “Não podemos envolver a nossa marca aolado de produtos pouco qualificados”, alega.Já suas peças originais atendem a totalidade dos critériosde montadoras nacionais e internacionais, quanto às emissõesde gases. Do faturamento anual de R$ 335 milhões em2009, a Fiat representou maior fatia (43%), seguida pelaVolkswagen com 29% e a GM com 24%. “Esperamos crescer13% este ano”, prognostica.Unidade fabrilA Magneti Marelli está instalada numa área de 206.000m²na cidade de Amparo, interior de São Paulo, onde o meio ambientelimpo desafia seu propósito em desenvolver sistemasde exaustão para automóveis, caminhões e ônibus. Lá trabalham800 colaboradores, diretos e indiretos.Diariamente, saem das linhas de montagem 6.000 unidadesde escapamentos completos, totalizando 23.000 peçasmanufaturadas, desde coletores (tubulares, estampados emisto), conversores catalíticos, silenciadores (rolado e estampado).“Utilizamos 75% da nossa capacidade de produção”,informa José Roberto Ribeiro, gerente Industrial.Independência da matrizCaetano ZafraA partir de junho se tornará mais independente da sua matrizna Itália, com a chegada de uma importante ferramentade simulação importada da Inglaterra (o Hot Shaker) que testaa vibração do sistema e a resistência a quente (com um“queimador” direcionado) para testes específicos em coletortubular com catalisadores integrado. Um investimento de R$Coletor tubular com catalisador integrado2,5 milhões. “Agora, poderemos validar o componente aquimesmo, sem precisar enviá-lo à Itália”, informa.A planta fabril é divida em três grandes áreas de engenharia– Desenvolvimento de Produto, Protótipos e Experimental –nas quais se realizam testes em pistas e outros em bancadasde vibração, de fluxo, de sistemas de medições de ruído comdinamômetros, entre outros.Para cada proposta, é desenvolvida, via CAD/CAM, uma peçana sua forma virtual e, ainda, testada virtualmente antes de simularuma situação já na sua forma real (peça construída). Utiliza-se,ainda, o GT Power, ferramenta que simula e mede a acústica doconjunto para validação. “Seus resultados são próximos do real”,garante Juliano Alves, gerente de Pesquisa e Desenvolvimento.Ações e reaçõesPara validar o sistema de exaustão, outros testes são realizados pelaEngenharia Experimental que simula condições severas de vibraçãoa frio do sistema completo; confronta a sucção do sistema para cadatipo de aplicação à quente, principalmente, o coletor do motor, partemais crítica do escapamento que sofre variações térmicas extremas.“Ora trabalha a frio, ora quente, alcançando temperaturas até 1.100graus centígrados”, conta Alves.Sua importância está no fato ser o componente mais próximodo motor e nele hoje acoplado o monolito, principal componentedo catalisador, primeiro a receber gases nocivos resultantesda combustão motriz, uma espécie de “colméia cerâmica”com substâncias que provocam reações químicas e convertemgases poluentes em não nocivos.Apesar de ser uma peça pequena, sua área total é equivalente a umcampo de futebol. É impregnada com um banho de metais preciosas,importados do Japão. A quantidade depende da homologação paracada aplicação veicular para garantir a integridade do metal do escapamentooriginal. “Um furo, empenamento ou falha de solda pode darvazão à entrada de ar falso e comprometer todo o sistema”, finaliza.2829

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