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Uma publicação da - Revista Jornauto

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EXPEDIENTE / EDITORIALCultura automotiva<strong>Uma</strong> publicação <strong>da</strong>Diretor Responsável:Gilberto Gardesanieditoria@editorauto.com.brMembro <strong>da</strong>Diretora Administrativa:Neusa Colognesi GardesaniDiretor Comercial:Gilberto Gardesani Filhogilberto.filho@editorauto.com.brCa<strong>da</strong>stro:ca<strong>da</strong>stro@editorauto.com.brEDIÇÃO 180dezembro - 2010Distribuição/Assinaturas:Daniela Perone Baptistaassinatura@editorauto.com.brRua Oriente, 753São Caetano do Sul - SPCep. 09551-010PABX: (5511) 4227-1016Fax: (5511) 4229-2563editorauto@editorauto.com.brhttp://www.editorauto.com.brProdução Gráfica:Maná comunicaçãoImpressão:Duo GrafColaboradores:Adriana Lampert (RS)Eliana Teixeira (ES)Fernando Calmon (SP)Guilherme Ragepo (BA)Lidianne Andrade (PE)Paulo Rodrigues (RS)Ricardo Conte (SP)Circulação:Frotistas urbanos e rodoviários de cargase passageiros, rede oficial e independentede oficinas mecânicas, retíficas, varejistase distribuidores de autopeças, fabricantesde veículos, concessionários, autopeças,equipamentos, prestadores de serviços, sindicatose associações de classes que representam todosos segmentos do setor automotivo do Mercosul.Distribuição dirigi<strong>da</strong> aos empresáriose principais executivos que trabalhamnos segmentos relacionados acima.Audita<strong>da</strong> pelo:Nosso perfil (our profile):www.editorauto.com.brInfraestrutura: tudodevi<strong>da</strong>mente equacionadoComo sabem, editamos semanalmenteum boletim eletrônicoque é distribuído para cerca de30 mil pessoas, direta ou indiretamenteliga<strong>da</strong>s ao setor automobilístico.Temos <strong>da</strong>do preferência aos temasque cui<strong>da</strong>m dos problemasde infraestrutura e todos os especialistas,autores desses artigos,sem exceção, alertam sobre osperigos de continuar essa políticade dizer que vai fazer e não faz.Gilberto Gardesani e Renato Mastrobuono,diretor de Desenvolvimento de Produtos<strong>da</strong> Iveco na América Latina.É muita gente preocupa<strong>da</strong> demais com os problemas de infraestrutura do País.Porém, eles não devem esquentar a cabeça com isso porque a questão está sob controle e devi<strong>da</strong>menteequaciona<strong>da</strong> pelo governo.É certo que, com relação à pauta de exportação, estamos irremediavelmente comprometidos como destino de ser um país supridor somente <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des mundiais de produtos básicos comominérios e grãos.Vamos sempre depender dos preços de commodities para fazer nosso caixa e continuar importandoprodutos manufaturados, criando, assim, milhares de empregos no exterior.Lamentavelmente, os fatos estão ai e os números não mentem. A soma dos custos de impostos,mão-de-obra e transporte chega a ser maior do que a dos produtos extraído <strong>da</strong> terra.Mas, tudo isso é de conhecimento do governo e está no papel.Vejam só o que foi discutido em um seminário em São Paulo: dos R$ 1,59 trilhão previstos nasegun<strong>da</strong> fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), no período de 2011 a 2014 e depois,R$ 109 bilhões serão destinados à área de Transportes. Desse montante, mais <strong>da</strong> metade serãodestinados à expansão de novas rodovias e a manutenção de 55 mil quilômetros <strong>da</strong>s já existentes.Mas, já se fala em estadualização <strong>da</strong>s rodovias repassando, de acordo com a quilometragem, partecorrespondente <strong>da</strong> CIDE, taxa cobra<strong>da</strong> na ven<strong>da</strong> dos combustíveis.Todos concor<strong>da</strong>m que o país tem pressa para desobstruir os gargalos do transporte. Não há porquê sepreocupar, o governo sabe que nos próximos anos com a Copa do Mundo (2014) e a Olimpía<strong>da</strong>s (2016)precisaremos estar preparados para receber os milhões de turistas que deverão vir para os dois eventos.Os 16 aeroportos <strong>da</strong>s 12 ci<strong>da</strong>des-sede <strong>da</strong> Copa do Mundo, responsáveis por 83% do tráfego aéreodo país, receberão R$ 5,34 bilhões até 2014, segundo a Infraero.Também estão previstos no PAC2, R$ 5,1 bilhão para modernização de 21 portos. Dizem que, emsete deles, nas capitais <strong>da</strong> Copa, serão feitos novos terminais de passageiros, nos quais poderãoatracar navios de cruzeiro que funcionam como hotéis flutuantes.A capaci<strong>da</strong>de de transporte de cargas nos portos também preocupa, e muito porque, este ano deveráencerrar com uma movimentação de 760 milhões de tonela<strong>da</strong>s e os especialistas apontam a necessi<strong>da</strong>dede investimentos de US$ 30 bilhões nos próximos cinco anos. Está escrito lá que o governo e ainiciativa priva<strong>da</strong>, juntos, têm uma carteira de investimentos de US$ 22 bilhões para este período.Num país que tem 46 mil quilômetros de importantes vias fluviais navegáveis, serão investidos nospróximos anos R$ 2,7 bilhões em 48 obras hidroviárias.Estão vendo, está tudo nos conforme.Mas...e o saneamento básico, a educação, saúde, segurança? Ai sim, as coisas podem se complicar.Ou não? Alguém tem mais papel ai?CENTRO DE ATENÇÃO AO CLIENTE0 8 0 0 7 0 2 3 4 4 3w w w . i v e c o . c o m . b rFALAR É FÁCIL, MAS SÓA IVECO COMPROVA:CUSTOS DE MANUTENÇÃO PROGRAMADA EM MÉDIA22% MENORES QUE OS DA CONCORRÊNCIA.PODE CONFIAR: SE O CAMINHÃO É IVECO, O LUCRO É CERTO.Pesquisa realiza<strong>da</strong> pela empresa independente Netz Automotiva EngenheirosAssociados analisou três parâmetros: conteúdo, frequência e preço <strong>da</strong>s peças. Ocritério utilizado para conteúdo e frequência foi o mesmo para to<strong>da</strong>s as marcas elevou em consideração as informações conti<strong>da</strong>s nos manuais de uso e manutenção.O preço <strong>da</strong>s peças foi obtido observando-se os valores reais praticados nasconcessionárias.* Acesse posven<strong>da</strong>iveco.com.br e comprove.Faça revisões em seu veículo regularmente.*Pesquisa realiza<strong>da</strong> em setembro de 2010 considerando 3 anos de manutenções programa<strong>da</strong>s dos veículos Iveco frente aos principais concorrentes. Preçossujeitos a alterações.


Gilberto Gardesani | Salvador - BACARGAIveco Vertis, nato in BrasileIveco considera que o momento é propício para lançar no mercadonacional um novo veículo médio para competir com muitos modelosde várias marcas, mas poucos deles tecnologicamente atualizados.O Vertis foi totalmente desenvolvido no Brasil pela equipe coman<strong>da</strong><strong>da</strong>por Renato Mastrobuono.comenta Marco Mazzu, presidente <strong>da</strong> Iveco LatinAmerica. “Com o Iveco Vertis, completamos nossagama de produtos entre 3,5 e 74 tonela<strong>da</strong>s de PBT,e vamos agora disputar o mercado por inteiro pelaprimeira vez em nossa história no Brasil.”Segundo a montadora, este ano será produzido umlote de 400 uni<strong>da</strong>des sendo que 250 já foram adquiri<strong>da</strong>spelo Grupo Martins, de Uberlândia, um dos maioresatacadistas do mundo.Projeto inovadorPor trás de umgrande projetotem sempregrandes nomes.Marco Mazzu, presidente <strong>da</strong> Iveco Latin AmericaÉ um produto com características novas, em duasversões para disputar o segmento intermediário de veículosmédios de 9 e 13 tonela<strong>da</strong>s de PBT. A plataformaé mundial, mas vem equipado com transmissão ZFe eixos <strong>da</strong> Meritor especialmente desenvolvidos paraele. No portfólio <strong>da</strong> empresa, está posicionado entreo Daily Massimo de 7 tonela<strong>da</strong>s e o Tector de 17 tonela<strong>da</strong>sde PBT.Representa a sexta família de caminhões lança<strong>da</strong>pela Iveco no Brasil desde outubro de 2007. “Essa veloci<strong>da</strong>dede inovação não tem paralelo no mercado”,Conforme explica RenatoMastrobuono, diretor deDesenvolvimento de Produto<strong>da</strong> Iveco na América Latina,o projeto foi iniciado em2007 e exigiu investimentosde R$ 55 milhões, consumindo250 mil horas de desenvolvimentoe envolveu cercade 150 pessoas. “Trata-sede um dos mais ambiciososprojetos do jovem Centrode Desenvolvimento de Produto(CDP) de Sete Lagoas,Renato Mastrobuonoinaugurado em junho de2008 e onde trabalham cerca de 150 engenheirose mais outra centena de técnicos e especialistas”. “Aimportância do Iveco Vertis é o ineditismo de sua concepção”,acrescenta.“O diferencial desse produto é seu excelente custo operacional.Ele é versátil na utilização, econômico no consumode combustível e tem baixo custo de manutenção, característicasfun<strong>da</strong>mentais para o segmento dos caminhõesmédios”, diz Mazzu.Marcelo Motta, gerente de Plataforma Leves <strong>da</strong> Iveco informaque o projeto foi iniciado em 2008 e o primeiro totalmentedesenvolvido fora <strong>da</strong> Europa, com 85% de tecnologiapuramente brasileira. Foram cria<strong>da</strong>s duas versões, a 90V16e a 130V18, com 9 e 13 tonela<strong>da</strong>s de PBT, respectivamente.Utilizam os novos motores NEF 4, prontos para o Euro V,de 3,9 litros com potência de 154cv@2500rpm e torque de530Nm@1400/2000rpm e a versão de 173cv@2500rpm depotência que tem torque de 590Nm@1400/2000rpm.ArvinMeritor. Parceira Iveco no desenvolvimento do Vertis.A Iveco projetou o Vertis para ser a cara <strong>da</strong> nova economiabrasileira: leve, potente e do tamanho ideal para levar novosnegócios ain<strong>da</strong> mais longe. <strong>Uma</strong> produção 100% brasileira,com padrão de quali<strong>da</strong>de mundial, contando com um eixotraseiro nacional e a excelência <strong>da</strong> ArvinMeritor.Especialmentese o assunto foro eixo traseiro.www.arvinmeritor.com7


CARGAGilberto Gardesani | Salvador - BAAplicações específicasO Vertis será comercializado comseis medi<strong>da</strong>s de entre-eixos parapoder atender às várias solicitaçõesdo mercado, principalmenteno transporte de cargas entreos fabricantes e os centros de distribuição.As distâncias entre eixossão: 3308mm, 3800mm e 4350mmpara o 90V16 e 4350mm, 4750mm,e 5100mm para a versão 130V18.Para Alcides Cavalcanti, diretorComercial <strong>da</strong> Iveco, veículosde 8 a 10 tonela<strong>da</strong>s de PBT representamcerca de 10% do mercadoe de 10 a 15 tonela<strong>da</strong>s, 8%.“Nesses segmentos, as principaisAlcides Cavalcanti,aplicações são baú e com carroçariaaberta”, informa.Afirma ain<strong>da</strong> que os novos produtos possuem a maisalta capaci<strong>da</strong>de de carga líqui<strong>da</strong> do mercado, levandoaté 6.025 kg e 9.050 kg, respectivamente, nas versõesmais longas.O de 9 tonela<strong>da</strong>s terá apenas cabina curta, maso de 13 terá também opção para cabina estendi<strong>da</strong>,único neste segmento de mercado. Segundo consta,a fábrica e um fornecedor estão desenvolvendo umaespécie de poltrona para facilitar o descanso do motoristasem que ele abandone seu posto. Poderá deitarselateralmente para um breve repouso.O diretor de Pós-Ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Iveco, Maurício Gouveiadestaca a durabili<strong>da</strong>de do motor que poderá chegara 400 mil km sem intervenções internas, segundotestes específicos realizados pela empresa. A trocade óleo e filtro será feita apenas a ca<strong>da</strong> 20 mil km.Gouveia afirma que o custo de manutenção do Vertisé de 23% a 31% mais barato que os concorrentes.A Iveco tem 91 pontos de atendimento em todo o Brasilcom um total de 978 boxes disponíveis para serviços.A garantia será de dois anos, um para todo o conjuntoe mais um somente para o trem de força.O preço de tabela sugerido é de R$ 118.500 parao 90V16 e R$ 136.900 para o 130V18.Bravo em boa horaA ca<strong>da</strong> novo lançamento os carros produzidos no Brasil avançame se aproximam <strong>da</strong> oferta existente em países maduros, com o seugrande poder aquisitivo, além de escala de produção e ven<strong>da</strong>s atécinco vezes maiores que respondem por custos competitivos.Esse equilíbrio sutil entre quali<strong>da</strong>de, nível de segurança epreço não se revoga por nenhum voluntarismo por mais racionale justo que pareça. Questão de bom senso.O segmento de médios-compactos (chamado de M1) dominana Europa Ocidental salvo em anos recessivos ou decampanhas de renovação de frotas, quando os compactossobressaem por serem mais acessíveis.Enquanto por lá quase todos os M1 são hatches, aqui ossedãs têm muito boa aceitação, embora os hatches dessesegmento representem 6% de todos os automóveis de passageirosvendidos, mais de 150.000 uni<strong>da</strong>des/ano.Hatches de maior porte vêm sofrendo por falta de atualizaçãoe o limitado poder aquisitivo dos brasileiros que, ain<strong>da</strong>bem, tende a mu<strong>da</strong>r e se ampliar nos próximos anos. Nessecontexto, a chega<strong>da</strong> do Fiat Bravo deixa o nosso mercadopraticamente alinhado com o europeu, como já ocorre com oFord Focus e o importado Hyun<strong>da</strong>i i30, por exemplo.Atraso justificadoO modelo italiano foi apresentado no Salão de Genebra, emmarço de 2007, e estava previsto para o Brasil no final do anopassado. O atraso decorreu <strong>da</strong> crise financeira mundial de2008 e a instabili<strong>da</strong>de cambial que elevou seus custos.Isso superado, o Bravo toma o lugar do Stilo cujas ven<strong>da</strong>sficaram abaixo do esperado. Apesar de dividirem a mesma arquiteturabásica, o novo hatch é bem mais bonito, tem interiorrefinado, porta-malas de 400 litros (5% maior), motores maisatuais e potentes, além de uma gama de recursos e acessóriosbastante completa. Vem com airbag duplo de série, direçãoelétrica de assistência regulável e faróis de neblina com funçãoa<strong>da</strong>ptativa em curvas, entre outros mimos, desde a versão básicaEssence de R$ 55.200,00 com ABS opcional.Sensores de pressão dos pneus e de distância também nopara-choque dianteiro, retrovisores rebatíveis eletricamente,navegador integrado na central multimídia com tela de 6,5pol são alguns dos equipamentos. Versão Absolute, com ABSde série, começa em R$ 62.250. A esportiva T-Jet só no pri-meiro trimestre de 2011, a R$ 67.700,00. Kit desegurança, sempre disponível, inclui outros cincoairbags, inclusive de joelho para o motorista.Impressão ao dirigirAo volante, mesmo antes de partir, causamboa impressão o painel em parte revestido porespuma texturiza<strong>da</strong> e o console central discretamenteorientado para o motorista. O novo motorE.TorQ de 1,75 litro/132 cv (etanol) apresentaboas respostas, enquanto o câmbio robotizadoDualogic (previsto em 50% <strong>da</strong> produção) permitetrocas automáticas já aceitáveis para essesistema de apenas uma embreagem.Espaço para pernas no banco traseiro é umpouco menor do que no Stilo, que era mais altoe tinha menos inclinação nas colunas dianteiras.Como a distância entre-eixos manteve-se igual,os bancos dianteiros recuaram ligeiramente.Suspensões em piso irregular transmitem algumdesconforto e ruídos no habitáculo, reflexo <strong>da</strong>baixa quali<strong>da</strong>de e falta de manutenção do pavimento,usuais e vergonhosas no Brasil.Fernando Calmon | Rio de Janeiro – RJLélio Ramos, diretorComercial <strong>da</strong> Fiat“A pretensão <strong>da</strong> Fiat com essecarro é agra<strong>da</strong>r o mais exigenteconsumidor com um designdiferenciado, tecnologia de últimageração, com equipamentos queo tornam realmente completo,generoso espaço internocom muita sofisticação”.AUTOSVertis com cabina estendi<strong>da</strong>1011


AUTOPEÇASRicardo Conte | São Paulo - SPEaton lança sexta geraçãodo superchargerA Eaton, fabricante de transmissões veiculares, reintroduz nomercado brasileiro a sexta geração do Supercharger, concorrente doturbocompressor que aumenta o ganho de potência do motor.Patrick RandianarisonUm produto que foi lançado na déca<strong>da</strong> de90 e que pouco interesse demonstrou junto àindústria automobilística, hoje está 25% menorem tamanho e peso, comparado com suaprimeira geração.Seu relançamento faz parte <strong>da</strong> estratégia<strong>da</strong> empresa americana de crescer no mercadoautomotivo brasileiro nos próximos anos.“Atende todo o segmento de automóveis depasseio e de veículos comerciais tanto paratransporte de carga como de passageiro”, disseo presidente Patrick Randianarisondo Grupo Veículos para a América do Sul.Para o CEO, o Supercharger tem forte potencialno Brasil pelo próprio perfil do consumidorbrasileiro que busca, ca<strong>da</strong> vez mais, por opçõessustentáveis e de alto valor agregado. “Nãoobstante o aquecimento do setor no País é notórioo que nos motiva ain<strong>da</strong> mais”, ressalta.Com a tendência de downsizing de motores e por tecnologias“verdes”, a Eaton espera que, desta vez, o produtoseja visto com mais simpatia pelas montadoras nacionais. Assuas vantagens sobre o turbo são grandes. A começar pelamelhora proporciona<strong>da</strong> à efetiva eficiência de consumo decombustível e, conseqüente, redução <strong>da</strong> emissão de poluentesno ar nos centros urbanos.O que se traduz em desempenho melhorado pouco afetandoo consumo de combustível. Diz a Eaton que fica muitopróximo ao original do veículo de série. Como exemplo, foicitado teste realizado no motor 1.4 litros do Tiguan <strong>da</strong> VWque alcançou a potência de um BMW 3.2 litros sem gastarum litro a mais de combustível.Aplicações facilita<strong>da</strong>sA última geração do Supercharger também possui aplicaçõesdiferencia<strong>da</strong>s, como o acionamento ou a desacoplagem,ambos automáticos, de acordo com a utilização do veículo(alta rotação/baixa rotação, ci<strong>da</strong>de/estra<strong>da</strong>). Ganhou novodesenho externo e interno, onde trabalham suas engrenagensinova<strong>da</strong>s a 160 graus no formato “twist”, agora, com quatro“lobos” – rotores ou turbinas.O Supercharger é acoplado ao motor sozinho ou junto com oturbocompressor, sendo indicado para veículos comerciais médios,dependendo <strong>da</strong> sua aplicação, que atuam com motoresna faixa de 3.8 a 4 litros, auxiliando em muito a geração decalor térmico. Ganham potência e diminuem as emissões.Menores e melhoresRicardo Dantas“Hoje existe uma forte tendência mundial dereduzir os motores dos veículos. Quanto menores,mais econômicos são e menos emissões deCO2 causam. Ao contrário dos componentespassados, o atual Supercharger tem uma respostamuito rápi<strong>da</strong>”, afirma Ricardo Dantas,diretor de Ven<strong>da</strong>s e MarketingAfirma o engenheiro chefe do grupo, MarcoDiniz, que é dez vezes mais rápido nas respostas,comparado a um turbo convencional, podendoaté trabalhar junto. Essas respostas medi<strong>da</strong>sindicam alcançar força máxima em veloci<strong>da</strong>desmenores, ou seja, rotações menores. “Enquantoum turbo leva 5 segundos para gerar sua máximaforça, o Supercharger alcança 90% do´boost´ em apenas 0,5 segundos”, disse.12


PANORAMAGilberto Gardesani | São Paulo - SPScania cresce e agrega valoresEm recente encontro com a imprensa especializa<strong>da</strong>, RobertoLeoncini, diretor Geral <strong>da</strong> Scania mostrou um quadro promissor<strong>da</strong> marca no mercado nacional e mundial.Leoncini deu um quadro geral <strong>da</strong>sativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> marca e revelou que aEuropa é responsável por 40% <strong>da</strong>sven<strong>da</strong>s de produtos <strong>da</strong> marca, a AméricaLatina 32% e África, Ásia e Oceania28%.O Brasil corresponde a 87% <strong>da</strong>sven<strong>da</strong>s de caminhões <strong>da</strong> Scania naAmérica Latina e 47% em ônibus. Nasven<strong>da</strong>s globais, o Brasil, sozinho, respondepor 29% dos caminhões e 13%dos ônibus.De janeiro a outubro deste ano, aScania comercializou 12.577 caminhõespesados, um crescimento de106,3%, bem acima dos 80,3% domercado total, conseguindo participaçãode 28,2%. “Um índice não obtidoRoberto Leoncini desde 2001”. Deverá terminar o anocom 14 mil uni<strong>da</strong>des vendi<strong>da</strong>s.Vendeu 757 chassis de ônibus, um aumento de 36% emrelação ao mesmo período de 2009. No segmento rodoviário,detém 29% de participação.Com tudo isso, segundo Leoncini, a empresa realiza esforçosem novos projetos onde a preocupação maior é agregarvalor no oferecimento de produtos ca<strong>da</strong> vez mais adequadosa trabalhos também ca<strong>da</strong> vez mais específicos em serviçospara manter os seus clientes com foco unicamente emseu tipo de trabalho: o de transportar.“Queremos maximizar nossas ativi<strong>da</strong>des com valor agregado,reduzir as que não têm esse objetivo e mesmo eliminaraquelas que já não atendem as necessi<strong>da</strong>des do momentoatual. Queremos ser um provedor de soluções completaspara o transporte”, disse.Resumindo, o fabricante quer <strong>da</strong>r aos usuários de seus produtosa máxima disponibili<strong>da</strong>de com o menor custo operacional.Para isso, criou nove postos de serviços dedicados, atendendoespecificamente os segmentos de mineração, canade-açúcar,construção de grandes obras, sistema rodoviáriode carga e de passageiros.Disponibili<strong>da</strong>de atualde contratos de manutenção novos foi 73% maior.Vender é uma coisa, manter o cliente satisfeito é outra.Agregou-se então o treinamento de motoristas no pacotede ven<strong>da</strong>s. Ensinar a utilizar corretamente o produto tornou-sefun<strong>da</strong>mental nas negociações. A chama<strong>da</strong> direçãoeconômica, isto é, sabendo usar, vai economizar.O portfólio de produtos tem crescido no decorrer do tempocom destaque para os veículos vocacionais, como mineraçãocom eixos de tração de até 10x4 e 6x6 para construção.Outro destaque é para o V8 King of the Road, o caminhãomais potente do Brasil com motor de 580hp.Para o segmento de distribuição entre CDs, a marca dispõede versões 4x2, 6x2 e 8x2 com motor de 270hp a 310hp.O transporte urbano de passageiros também não foi esquecido.Disponibilizou o modelo F230 4x2 NZ com motordianteiro de 230hp. A Scania garante que este produtooferece grande capaci<strong>da</strong>de para vencer ladeiras e mantémelevado índice de disponibili<strong>da</strong>de, mesmo nas aplicaçõesmais severas.Recentemente, anunciou a ven<strong>da</strong> de 50 ônibus movidosa etanol para a ci<strong>da</strong>de de São Paulo. Os novos ônibus sustentáveismodelos K 270 4x2 possuem motor de 9 litros de270 cavalos de potência e serão abastecidos com etanol,adicionado a 5% de aditivo promovedor de ignição. Essecombustível renovável é capaz de reduzir a emissão de CO2em até 90%. As entregas serão feitas em lotes a partir demaio de 2011.A tecnologia futura também já está defini<strong>da</strong>. A Scania vaiadotar, a partir de 2012, o sistema SCR+OBD para cumpriras normas do Conama P7: injeção de uréia mais sistemacatalítico de exaustão.Paradiso 1200Paradiso 1050Viaggio 1050B E M - V I N D O A O F U T U R O , H O J E .Em um dos mais modernos centros de desenvolvimento de engenharia e produção de veículos para transporte coletivo de passageirosfoi concebi<strong>da</strong> a Geração 7 <strong>da</strong> Marcopolo. Muito mais que uma nova geração, a Marcopolo lança um novo conceito que inova caminhospara passageiros, motoristas e frotistas. Os detalhes evolucionários são impressionantes em todos os aspectos. É um projeto inteiramentenovo que priorizou o prazer de viajar e, para o frotista, proporciona menor custo operacional. Do ponto de vista técnico, representa umgrande avanço no universo do design, aerodinâmica, identi<strong>da</strong>de, originali<strong>da</strong>de, segurança, robustez e acessibili<strong>da</strong>de. Com a Geração 7, aMarcopolo amplia a paixão pela superação e evolução nos caminhos do futuro.Viaggio 900Agora, tem disponível seis centros regionais que multiplicama capaci<strong>da</strong>de de atendimento do Centro de Treinamentoprincipal, localizado na fábrica de São Bernardo do Campo.Os pacotes de serviços oferecidos somam mais de 65 opçõesincluindo peças e mão-de-obra. O faturamento do departamentode peças de reposição cresceu 23% e o número“King of the Road”, conta com cor exclusiva,grafismos interior e o motor mais potentedo mercado brasileiro, um V8 de 580 cavalos,possuindo itens exclusivos que garantemprestígio e exclusivi<strong>da</strong>de ao transportador.A P R O X I M A N D O P E S S O A Swww.marcopolo.com.br14Respeite a sinalização de trânsito


Anthony Jobim | Resende - RJFORA DE ESTRADASAE em Tração Totalteoria e práticaQuarto congresso do segmento 4x4 organizado pela enti<strong>da</strong>deexpôs modelos, apresentou tendências, discutiu as fronteirase desafios a serem ultrapassados e ain<strong>da</strong> teve test drive, dentrode uma rica e elogia<strong>da</strong> programação.MWM INTERNATIONAL transportando o progresso.18Ronaldo BaptistellaCerca de 200 pessoas, maioria de engenheiros ou usuários, participaramdo 4º Congresso e Exposição SAE BRASIL Tração Total.O evento foi realizado na sede <strong>da</strong> Academia Militar de AgulhasNegras (AMAN), Rio de Janeiro, e teve como principais focos astendências tecnológicas no segmento 4x4, sua aplicação e necessi<strong>da</strong>desdiante do perfil <strong>da</strong>s estra<strong>da</strong>s brasileiras.Os participantes vieram de diferentes reali<strong>da</strong>des, representandomontadoras e fabricantes de peças e acessórios, de instituiçõesgovernamentais civis e militares e de universi<strong>da</strong>des. Mas, também,quem conhece bem de perto e usufrui de veículos comerciais, militarese utilitários com tração integral marcaram presença. Ou seja,a reunião perfeita de teoria e prática. Outro ponto do congressofoi a já tradicional Mostra de Engenharia – sempre realiza<strong>da</strong>anexa ao evento – que recebeu as mais recentes tecnologiase também foi brin<strong>da</strong><strong>da</strong> com alguns lançamentos do segmento.“Este evento nasceu por dois motivos. Pela necessi<strong>da</strong>de deveículos de tração integral por parte do Exército e pela carênciaque havia de um fórum para discutir os problemas e soluções dosegmento. Também não existia um fórum que orientasse os fornecedoresde autopeças sobre qual direção as montadoras seguiriame seguirão”, relembra Ronaldo Baptistella, engenheiroe organizador do 4º Congresso. E foi ele e Leo Pujol, generalcoman<strong>da</strong>nte <strong>da</strong> AMAN, que fizeram a abertura dos trabalhos.Tudo passado a limpoA pauta <strong>da</strong> programação incluiu quatro palestras e duas mesasredon<strong>da</strong>s.As palestras foram: “Evolução no conceito de blin<strong>da</strong>geme aplicação em veículos militares”, “Fronteiras dos caminhos e cultural:o exemplo do ônibus escolar para aplicações rurais com tração integralno Brasil”, “Fronteira <strong>da</strong> tecnologia: os benefícios <strong>da</strong> aplicação<strong>da</strong> transmissão automática em veículos fora de estra<strong>da</strong>. O exemplono RK 430M” e “Fronteira <strong>da</strong> tecnologia: análise <strong>da</strong> forma construtivapara veículos pesados fora de estra<strong>da</strong>”. Já as mesas-redon<strong>da</strong>sdebateram: “Como evoluirão as diversas fronteiras dos veículos comtração total na visão <strong>da</strong>s montadoras e dos clientes civis e militares”Volkswagen Amaroke “O mercado brasileiro de veículos 4x4 com apelo off road crescea taxas perto de 17% ao ano desde 2003”.“Houve uma evolução na organização do evento e na maturi<strong>da</strong>de<strong>da</strong>s apresentações. Como nos anos anteriores, tivemosa presença de empresas do exterior, interessa<strong>da</strong>s em conhecernossa reali<strong>da</strong>de e nossas necessi<strong>da</strong>des”, analisa Baptistella.Foi organizado o também já tradicional test drive, que contoucom os veículos S10 4x4 (GM), VW Amarok 4x4, VW Ônibus Caminho<strong>da</strong> Escola, MAN TGS 8x4, TAC Stark e uma Randon Retroescavadeira.Além de uma apresentação especial dos veículosmilitares blin<strong>da</strong>dos Leopard e M113, de transporte de tropas,e de um Ansaldo, anterior à Segun<strong>da</strong> Guerra Mundial. A cerejado bolo dos fanáticos, amantes ou especialistas em veículos 4x4foi saborea<strong>da</strong> no Campo de Provas de Instrução de Blin<strong>da</strong>dos,dentro <strong>da</strong> AMAN.Detalhes vieram à tonaChevolet S10“O VW Amarok teve sua parte eletrônica relaciona<strong>da</strong> com a traçãoexplica<strong>da</strong> em detalhes técnicos. Já o MAN TGS 8x4 era inéditono Brasil”, conta Baptistella.De acordo com a organização, o balanço final do congressodeixou claro que existem várias fronteiras pela frente para seremultrapassa<strong>da</strong>s. A fronteira <strong>da</strong>s necessi<strong>da</strong>des, onde os clientes buscamsuprir as carências de estra<strong>da</strong>s com veículos que dêem mobili<strong>da</strong>desem prejuízo. A fronteira <strong>da</strong> tecnologia, em que a eletrônicaembarca<strong>da</strong> exige sistemas ca<strong>da</strong> vez mais confiáveis para que nãoocorra o conflito <strong>da</strong> manutenção complexa frente à reali<strong>da</strong>de docampo. A fronteira de custos, em que as soluções precisam seracessíveis a todos, dentro de um segmento que não possui grandesvolumes de ven<strong>da</strong>s.“E, por último, a fronteira de estratégias. Pela importância doBrasil no cenário mundial, teremos de estar aptos para desenvolverprodutos que se locomovam em qualquer terreno, climae condição geográfica, buscando reduzir sempre que possível, adependência de soluções externas e criando condições para quea engenharia brasileira assuma este papel”, conclui Baptistella.Em 2012, o quinto congresso promete ser ain<strong>da</strong> melhor.Alta performance, durabili<strong>da</strong>de e economia: tudo o que você precisa em soluções de motorizaçãoDiesel, só mesmo o líder de mercado, com mais de 3,6 milhões de motores produzidos desde 1953,poderia oferecer para você.• Diversi<strong>da</strong>de: motores mecânicos ou eletrônicos, de 2.5 litros a 9.3 litros, de 50 cv a 370 cv.• Customização: aplicações e necessi<strong>da</strong>des diferentes para ca<strong>da</strong> cliente.• Tecnologia: atende às mais exigentes normas de emissões.


FORA DE ESTRADAAnthony Jobim | Resende - RJForça e tração nuncavão faltarEm entrevista exclusiva à nossa reportagem, Ronaldo Baptistella,organizador do 4º Congresso SAE Tração Total conta os detalhese mostra a importância desse evento na reali<strong>da</strong>de nacional. Destacatambém a oportuni<strong>da</strong>de que os fabricantes de componentestiveram de mostrar, em detalhes práticos, seus produtos.Que tipos de tendênciastecnológicas foramapresenta<strong>da</strong>s?No aspecto militar, tivemos a apresentação deum protótipo <strong>da</strong> nova família de blin<strong>da</strong>dos anfíbiosdo Exército desenvolvido em parceria coma Iveco. Na parte civil, o destaque foi o ônibusdesenvolvido pela MAN para atender ao programa“Caminho <strong>da</strong> Escola”, do governo federal.Também na parte civil, tivemos as apresentaçõesdo Stark, jipe 100% nacional desenvolvidopela TAC, em SC, <strong>da</strong> nova picape VW Amaroke <strong>da</strong> versátil Retro-escavadeira 4x4 <strong>da</strong> Randon.O que as empresas deautopeças participantesdemonstraram?A ZF apresentou transmissões automatiza<strong>da</strong>s.A Allison trouxe transmissões automáticasusa<strong>da</strong>s nos veículos RK <strong>da</strong> Randon.A Marmon-Herrington trouxe o eixo dianteiro ea caixa de transferência dos veículos VW 15.2104x4 Militar. Tivemos a presença <strong>da</strong> FABCO, empresaamericana especializa<strong>da</strong> em projeto de eixodianteiro e caixa de transferência, responsável pelonovo projeto VW 2,5 QT. A Rassini NHK expôs molasparabólicas e trapezoi<strong>da</strong>is, a SKF apresentounovas tecnologias de rolamentos e a Michelin trouxepneus trativos específicos para aplicação fora deestra<strong>da</strong>. Já a Maxion, participou com a tecnologiade fabricação de chassi, inclusive apresentando umchassi completo do Hummer H2; a Arvin Meritor expôseixos traseiros trativos e sistemas de bloqueiode diferencial e a Semcom apresentou soluções dedesenvolvimento de engenharia.Qual o perfil de público que compraveículos 4x4?O mercado em si é bastante dividido, pois a maioria dos veículosofertados serve como apoio <strong>da</strong>s operações. Nem sempre umapicape resolve os problemas de transporte de uma mina oumadeireira. Os fabricantes buscam alinhar seus produtos onde omercado é crescente, criando soluções de baixo custo e grande“comunização” de componentes.Desde a primeira edição do evento, jáhouve mu<strong>da</strong>nças no perfil do cliente?O Congresso sempre mescla a necessi<strong>da</strong>de dos clientes com odesenvolvimento tecnológico. É importante separar o usuário deveículos 4x4 que trafegam nas ci<strong>da</strong>des, sem nenhuma necessi<strong>da</strong>dedeste tipo de tração, dos usuários que trabalham em locais dedifícil acesso. Ou dos operários que precisam ser transportadospor meio de trilhas, como é o caso <strong>da</strong>s empresas de son<strong>da</strong>gem desolos, mineradoras, implantação de antenas de telefonia celular eeletrificação rural, entre outras, e to<strong>da</strong>s as demais que trafegamnos 90% de estra<strong>da</strong>s do Brasil, considerando que somente 10%são pavimenta<strong>da</strong>s. O período para análise é curto, mas a tendênciaé de crescimento e diversificação, principalmente em funçãodo desenvolvimento <strong>da</strong> infraestrutura do país, <strong>da</strong>s deman<strong>da</strong>s deacessibili<strong>da</strong>de e condições de segurança no transporte fora deestra<strong>da</strong>.É tendência o aumento dos veículos comtração integral na participação total<strong>da</strong>s ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s fabricantes?O segmento vem registrando alta de 17% em média, desde2003. As introduções no mercado do Stark e <strong>da</strong> Amarok são doisexemplos desta tendência.20


AUTOMECHANIKA24Carlos Roberto Fernandez | Buenos Aires - ArgentinaAutomechanika – dez anosde sucesso na ArgentinaAo completar dez anos de existência, a 6ª. edição <strong>da</strong>Automechanika Argentina mostra a força <strong>da</strong> indústria de autopeçasdo país. No ano passado, as exportações de autopeças <strong>da</strong>Argentina somaram 2,5 bilhões de Dólares. Realiza<strong>da</strong> em novembro,a feira recebeu 542 expositores em 40 mil m2 e 40 mil visitantesSeguindo a tradição Automechanika, vários eventosparalelos geraram muito interesse, entre os quaisa reunião do Mercoparts – Conselho de Autopeçasdo Mercosul – e um amplo ciclo de 41 conferências,mesas-redon<strong>da</strong>s e palestras.Ver<strong>da</strong>deiro “quarteirão brasileiro” em BuenosAires, o Sindipeças e a Apex-Brasil levaram à Automechanikao programa “Excellence in Autoparts”,iniciativa que apóia empresas brasileirasdo segmento que querem ingressar no mercadode exportação.Dez empresas associa<strong>da</strong>s ao Sindipeças estiverampresentes.Entre essas empresas está a Airtech, de origemturca há 3 anos no Brasil, que participou parapromover sua produção brasileira na Argentina.A empresa está migrando <strong>da</strong>s tradings para umapresença direta com representantes no país. ParaOmer Evci, diretor Geral, a exposição produziuresultados concretos na estratégia de exportação.“Em apenas 2 dias, tivemos contato com mais de40 representantes interessados e fechamos negócioscom 2, além de negociar com fornecedoresargentinos, através <strong>da</strong> Ro<strong>da</strong><strong>da</strong> de Encontrospromovi<strong>da</strong> pela feira. Também aproveitamos parafazer benchmarking e explorar oportuni<strong>da</strong>des desinergia e cooperação com nossos concorrenteslocais”.Para Thiago Benetti, coordenador de Ven<strong>da</strong>s – Exportação, <strong>da</strong> Knorr-Bremse,também participante do programa Apex, a Automechanika é uma ótima oportuni<strong>da</strong>dede receber feedback direto de frotistas, sub-revendedores e aplicadores. A empresatem uma rede consoli<strong>da</strong><strong>da</strong> nopaís, mas aproveita a feira paraaumentar o relacionamento comclientes de outros países, principalmentede língua espanhola.“Participar do estande Sindipeças-Apexnos permite colher umaexcelente relação custo-benefícioem termos de infra-estrutura, suportee localização”.Thiago Benetti, Jefferson Germano,Oliver Erxleben e Francisco UrizarElias Mufarej, Conselheirodo Sindipeças,responsável pela áreade feiras e eventos eCibele Pugliesi, assessoraOmer K. EvciA SKF compareceu mostrandoa gama completa de produtosfabricados no Brasil e naJuan Carlos Noli e William Douglas MartinsArgentina. A empresa recebeu cerca de 500 visitantes por dianos primeiros dias <strong>da</strong> exposição. “Nosso objetivo é estreitaros relacionamentos com os clientes. Já recebemos parceirosde to<strong>da</strong> a América Latina em nosso estande”, disseram JuanCarlos Noli e William Martins. Simultaneamente àAutomechanika, a empresa lançou na Argentina suas juntashomocinéticas, <strong>da</strong>ndo ênfase também aos kits tensionadoresde correias e às polias de comando de válvulas.Dino Maggionie Alejandro SorrentiniO CEO de aftermarket <strong>da</strong>Magneti Marelli, DinoMaggioni, enfatizou apresença na Automechanikaem termos <strong>da</strong> estratégiatraça<strong>da</strong> com a reaquisiçãodo aftermarket. “Nosso objetivoé consoli<strong>da</strong>r novamentea marca com produtostradicionais nos mercadostradicionais e aumentar asparcerias com fabricantesde excelência. A Argentinaé central para ambos. Aquicriamos os relacionamentosque vão produzir frutos parao nosso business”. O executivocomemora o fato de queo aftermarket Magneti Marellipassou incólume pelacrise. “Na Europa crescemoscontinuamente e aumentamosnosso market share durantea crise. Investimos muitoem serviços para oficinase treinamento, para sermos os primeiros em segmentos chavespara o futuro, como os veículos híbridos e elétricos, onde a excelência<strong>da</strong> oficina e postos serviços é um forte diferencial”.Na feira, a empresa mostrou o Checkstar 5000, sistema deStephan Kurzawski - Vice-presidente Senior de MesseFrankfurt GmbH, Débora Giorgi - Ministra <strong>da</strong> Indústria<strong>da</strong> Nação, Fabio Rozenblum - Presidente de Associaçãode Fábricas Argentinas de Componentes e FernandoGorbarán - Presidente de Indexport Messe Frankfurtdiagnose wireless que é parte <strong>da</strong> gama “Magneti Marelli byTexa”, uma linha de produtos e serviços de última geração parareparadores, compatível com a sofisticação tecnológica atingi<strong>da</strong>pela indústria automobilística. As parcerias também estiverampresentes, com os filtros “Magnetti Marelli by Mann+Hummel”e a gama de gerenciamento térmico BHS, distribuí<strong>da</strong> em parceriacom a Hella na Argentina. A marca Cofap, “um pilar decrescimento no Mercosul”, nas palavras de Maggioni, tambémocupou um importante lugar na participação <strong>da</strong> empresa.O Eng.o Alfonso Orbán, gerente de Marketing e Ven<strong>da</strong>s<strong>da</strong> Affinia enfatizou a importância institucional <strong>da</strong> presençana exposição. “Nossa empresa atua com um conglomerado demarcas, to<strong>da</strong>s presentes aqui. Isso reforça nossaimagem institucional e aprofun<strong>da</strong> o relacionamentocom nossos parceiros de ca<strong>da</strong> marca emparticular”. A empresa lançou recentemente naArgentina as juntas homocinéticas <strong>da</strong> marcaNakata, e enfatizou na feira os novos catálogos<strong>da</strong>s correias Plasbestos e pastilhas Raybestos.Paola F. Modelo, <strong>da</strong> ZF Sachs, consideramuito positiva a presença ca<strong>da</strong> vez maior devisitantes estrangeiros. “Entre atacadistas, varejistase distribuidores, tivemos muitos visitantesAlfonso Orbándo Brasil e de praticamente todos os países delíngua espanhola, inclusive do México. Nossa principal novi<strong>da</strong>deeste ano não está nos produtos, mas na ZF Spare PartsService, recém cria<strong>da</strong> para alavancar o crescimento <strong>da</strong>s váriasPaola Modeloativi<strong>da</strong>des <strong>da</strong> reposição sob um mesmo brand”. A empresa lançou na Automechanika novosconjuntos de embreagens e amortecedores coma marca Sachs.A A.S.Turturici, distribuidor exclusivo <strong>da</strong>Eaton levou a linha completa de produtos<strong>da</strong> marca. Para Mariano Giunipero,“nossa participação na Automechanika trazexcelentes resultados no fortalecimento doslaços com os clientes habituais e tambémmuitas oportuni<strong>da</strong>des de novos contatos,devido ao perfil profissional dos visitantes”.Mariano GiuniperoAnapaula Sarmento, do Marketing Valeo apontoua excelente freqüência desta edição: “Desde o primeiro diarecebemos visitantes de todos os níveis, distribuidores, varejistase aplicadores”. A executiva informou que o foco <strong>da</strong>Anapaula Sarmento com Sergio Noriega e Fernando Berti25


Carlos Roberto Fernandez | Buenos Aires - ArgentinaAdriana Lampert | Porto Alegre - RSAUTOMECHANIKAValeo nesta feira foi sobre a Valeo Service.“Até dezembro, as fábricas Valeo atenderãode modo independente o mercado argentino.Em 2011, a Valeo Service representaráto<strong>da</strong>s as linhas de produtos e seus serviçosagregados, com uma única estrutura decustomer relations, assim como já aconteceem vários outros países, inclusive o Brasil”.Porto Seco aguar<strong>da</strong> recursosdo governo federalOs problemas que têm se agravado em torno do complexo localizadona zona Norte <strong>da</strong> Capital gaúcha: faltam segurança, iluminaçãoe asfalto adequado para que os caminhões possam trabalhar.LOGÍSTICA“A Automechanika é passagem obrigatóriapara quem está na Argentina”. É assimque define Vitor Gregório, diretorregional de Ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Bosch. “Queremosmostrar a Bosch como um protagonistaprincipal neste país, confiantes há 86anos”. A Bosch recebeu uma condecoraçãopor ter participado de to<strong>da</strong>s as edições <strong>da</strong>Vitor Gregóriofeira. Gregório vê a edição de 2010 muitoe Alejandro Borchardtpositivamente. “Este ano está particularmenteativa, tivemos mais visitantes do queem to<strong>da</strong>s edições anteriores. O ambiente é muito otimista epositivo, com excelentes perspectivas para 2011”.Além do relacionamento, a Bosch também usa a exposiçãopara fazer negócios diretos com reparadores, que adquiremequipamentos de diagnose em condições especiais durante afeira. “Nossa presença segue uma abor<strong>da</strong>gem uniforme com aparticipação <strong>da</strong> Bosch em feiras ao redor do mundo, com focobalanceado entre peças, equipamentos e serviços”, diz Gregório.A empresa enfatizou o novo alinhadorwireless 3D que não requer poço de instalação,lançado há apenas 2 meses na Alemanha,além dos scanners KTS 200 e 340, além <strong>da</strong>plataforma de e-learning “Sou ProfissionalBosch”, gratuita para profissionais e amadores,que já congrega 1.200 pessoas em 26cursos diferentes.Daniela Del PretePara a Mann+Hummel, a Automechanikaé o evento mais importante para reforçarinstitucionalmente os valores positivos <strong>da</strong>marca no mercado argentino. Daniela DelPrete, do Marketing, explica que a empresaconcentrou sua estrutura comercial e decustomer relationship no país, servindo aosprodutos feitos no Brasil, Argentina, Méxicoe USA. “Este ano, estando <strong>da</strong>ndo mais forçaà nossa segun<strong>da</strong> marca, Purolator, produzi<strong>da</strong>aqui na Argentina e nos Estados Unidos”.e reduzindo a distância que ain<strong>da</strong> existe em relação aos aplicadorese usuários finais. Por isso anunciamos aqui nossa decisãode internacionalizar, lançando o projeto de uma nova fábrica nopaís, uma mensagem de parceria e permanência”. Com esta fábrica,a Moura pretende atingir um market share na Argentinasimilar ao do Brasil.A construção será “do fim para o começo”, iniciando comacabamento, progredindo depois para a formação até atingiruma produção 100% na Argentina, de baterias destina<strong>da</strong>s àexportação para to<strong>da</strong> a América do Sul. Elisa Correia, gerentede exportação e futura responsável pela operação argentina,avalia a Automechnaika 2010: “Já é nossa quarta participação,e esta edição impressiona pela dimensão e organização, como empresariado presente <strong>da</strong>ndo fortes mostras de acreditarno país. Tivemos um grande número de visitantes este ano, demontadoras, distribuidores e revendedores locais, o Chile, Uruguai,Paraguai e demais países sul-americanos”.A principal dificul<strong>da</strong>de para trabalhar no Porto Seco dePorto Alegre (RS) é a falta do Acesso Norte, prometido hámais de 25 anos pela Prefeitura Municipal, mas que ain<strong>da</strong>não saiu do papel – o que dificulta a circulação de caminhõesque entram e saem <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de, de acordo com AfrânioRogério Kieling, presidente do complexo. O local reúne 56empresas proprietárias de lotes, sendo 31 já em operação,quatro em ampliação, uma em instalação e cinco à espera<strong>da</strong> liberação dos projetos. Ali circulam cerca de mil caminhõespor dia - mais de 410 mil por ano - movimentando16 milhões de tonela<strong>da</strong>s.Invasão degenerativaMesmo assim, o Porto Seco parece estar esquecido pelopoder público. A estrutura onde se geram 3 mil empregosdiretos e aproxima<strong>da</strong>mente 2,5 mil indiretos, está sendo“cerca<strong>da</strong>” por famílias que invadiram o entorno do que deveriaser o Acesso Norte, uma pista que ligaria o Porto Secodireto para a aveni<strong>da</strong> Assis Brasil e a Freway, segundo oprojeto original. “Até hoje, isso ain<strong>da</strong> não aconteceu, o quetemos ali agora são casas”, destaca Kieling. Ele alega que,nos últimos anos, foram toma<strong>da</strong>s diversas áreas antes destina<strong>da</strong>sao Porto Seco para implementação de loteamentos.“Muitas vilas estão sendo transferi<strong>da</strong>s para lá. O local estáficando pequeno. E estão surgindo problemas de segurança,além <strong>da</strong> falta de acesso”, observa.O Porto Seco de Porto Alegre foi criado para retirar os caminhõesque circulavam pelo 4º Distrito, onde antigamenteficavam as empresas de transporte. A região atualmente éto<strong>da</strong> ocupa<strong>da</strong> por prédios residenciais. “A ci<strong>da</strong>de cresceue as empresas de transporte vieram para o Porto Seco. “Ogoverno municipal fez um projeto para acessibili<strong>da</strong>de doscaminhões, que tem mais de 30 anos, e onde foram propostasalgumas questões para que este plano durasse pelo menos40 anos, atraindo investimento de empresas do setor”,recor<strong>da</strong> o executivo.Acessos inadequadosSegundo Kieling, os veículos queprecisam sair do Porto Seco trafegampor pequenas ruas para poderchegar na aveni<strong>da</strong> Assis Brasile na Freway, ou para sair parasuas rotas de viagens. Ao circularpor ruas estreitas e inadequa<strong>da</strong>s,causam prejuízos graves, não sópara os moradores, como para astransportadoras. “Os caminhõesque trafegam por estas vias vãoestragando tudo pelo caminho, ogoverno recapa as ruas, e os caminhõespassam e arrebentam tudode novo – porque são grandes demais,e carregam muito peso – e os próprios veículos, aospoucos, vão estragando”, descreve o presidente.Ele enfatiza que a solução seria a liberação dos recursos –na ordem de R$ 30 milhões - do Projeto Acesso Norte, queestá protocolado há um ano no Ministério <strong>da</strong>s Ci<strong>da</strong>des. Aprefeitura entraria com uma contraparti<strong>da</strong> de R$ 5 milhões,de acordo com o executivo. Este dinheiro seria usado paraa construção de asfalto preparado para receber o peso doscaminhões e para a retira<strong>da</strong> <strong>da</strong>s 300 famílias que vivemsobre o leito <strong>da</strong> pista, de forma que fossem realoca<strong>da</strong>s emprojetos sociais.“Na mesma proporção que o Porto Seco vai crescendosem este acesso apropriado, o local vai precisando de outrasmedi<strong>da</strong>s: hoje há deman<strong>da</strong> também por mais segurançae iluminação pública, por exemplo. É preciso que o poderpúblico olhe com carinho para esta ativi<strong>da</strong>de que é tãoimportante para to<strong>da</strong>s as empresas – porque se não tivercaminhão, o Brasil pára”, adverte.Rogério KielingPara o presidente executivo <strong>da</strong> Moura, Paulo Sales, a Argentinanão é uma extensão do mercado brasileiro. Por isso, aMoura se propõe, mais do que uma empresa brasileira, a ser alíder de rentabili<strong>da</strong>de e ven<strong>da</strong>s no Mercosul. “A Automechanikaé o lugar certo para nos mostrarmos aqui como uma empresaque aponta para o segmento premium nas baterias em to<strong>da</strong>nossa região, elevando o conhecimento <strong>da</strong> nossa marca no paísElisa Correia com Paulo Sales e Mario NiroSe você não visitou o Salão do Automóvel, não se preocupe.Entre no nosso site www.jornauto.com.br e assista os vídeosdos principais fabricantes com suas maravilhosas atrações .2829


PASSAGEIROSAntonio Ferro | São Paulo - SPTransição para a emissão zeroTecnologia híbri<strong>da</strong> para ônibus urbano chega ao Brasil trazendoo conceito de primeiro mundo desenvolvido pela Volvo Bus.Antonio Ferro | Rio de Janeiro – RJNicho que faltavaA montadora MAN apresenta o protótipo de seu mais novo produtoidealizado para o transporte coletivo urbano de alta capaci<strong>da</strong>de,um chassi articulado que ain<strong>da</strong> não constava no seu portfólio.PASSAGEIROSFábio LorençonEntende-se como um ônibus híbridoaquele que combina dois tipos detração, ou seja, elétrica e através deum motor de combustão interna.Com isso, consegue-se ganhos ambientaisexpressivos, pois o processohíbrido permite a redução do consumode combustível e a conseqüentediminuição <strong>da</strong>s emissões de gasese partículas poluentes. E nesse rastrode sustentabili<strong>da</strong>de no setor detransporte coletivo urbano, a VolvoBus acaba de mostrar ao mercadobrasileiro o seu veículo urbano Hibribus,dotado dessa tecnologia e que jáé produzido em escala na Suécia. Omodelo que está no Brasil é o integral7700.Do ponto de vista econômico eecológico, o novo modelo representauma solução rápi<strong>da</strong> que se ajusta aos anseios do conceitoglobal que procura por novas tendências quando o tema é obaixo impacto ambiental no mo<strong>da</strong>l de transporte.“Podemos dizer que talvez seja a maior inovação na áreade transporte público nos últimos tempos e acreditamos quenossa solução, já presente em alguns mercados mundiais,terá sucesso também no Brasil”, disse Fábio Lorençon,engenheiro de ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> Volvo.Características técnicasO Hibribus possui dentre seus principais componentes, omotor diesel D5E de 210cv motor/gerador elétrico de 120Kw, transmissão I-Shift automatiza<strong>da</strong> com 12 veloci<strong>da</strong>des,uma uni<strong>da</strong>de eletrônica de potência que converte energiaem corrente alterna<strong>da</strong> e corrente contínua e uma bateria deíon de lítio com desempenho eficaz e rápido tanto em carga,como em descarga de eletrici<strong>da</strong>de.“Os benefícios proporcionados podem ser resumidos ematé 35% de redução do consumo de combustível, reduçãode até 35% em CO2 e 50% de NOx e material particulado”, destacou o engenheiro.Em seu modo de funcionamento, o veículo arranca apenascom o motor elétrico até a veloci<strong>da</strong>de de 20 km/h. Apósisso, o motor diesel também passa a participar <strong>da</strong> tração.Assim que o ônibus pára, esse propulsor se desliga automaticamente,gerando economia no consumo e inexistindo apoluição que sai pelo escapamento. “Dentre suas característicasde funcionamento, três aspectos devem ser analisados:o motor diesel de alta eficiência combinado com um motorelétrico; a propoulsão em conjunto ou separa<strong>da</strong>mente doveículo e os motores a diesel e elétrico coordenados paramelhor desempenho e redução do impacto ambiental”, revelouLorençon.Aplicação econômicaO Hibribus também conta o sistema de frenagem regenerativa,aquele em que aproveita a energia que seria dissipa<strong>da</strong>com o acionamento do freios, em forma de calor, e atransforma em eletrici<strong>da</strong>de.A bateria de lítio tem dimensões significativas – mede ummetro cúbico e pesa cerca de 200 kg, com vi<strong>da</strong> útil de 3 a 5anos e preço estimado em R$ 40 mil.Porém, to<strong>da</strong> essa inovação tem um aspecto fun<strong>da</strong>mentalem relação a quando e como será adota<strong>da</strong> em escalacomercial nas ruas <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des brasileiras. Como ain<strong>da</strong> setrata de testes de campo (começou por Curitiba, São Pauloa seguir, Rio de Janeiro e depois volta para a capital paulista),o veículo chama atenção pela vanguar<strong>da</strong>. Mesmo que ofator ambiental e <strong>da</strong> saúde pública possam ser beneficiados,em se tratando de custos, seja de aquisição ou operacional,o empresário não irá bancar a conta sozinho (deverá custar50% a mais que um similar a diesel), sendo necessário apresença de um programa governamental, em qualquer esfera,que fomente e propague a tecnologia.Com a perspectiva de amplos negócios no segmento a partirdos próximos anos com a implantação de diversos sistemas deBRT, esse aspecto ganha uma outra conotação.O VolksBus articulado é dotado de motor Cummins com 320cv, transmissão automática ZF Ecomat 4 e configurado paramontagens em carroçarias com até 18,20 m de comprimento.Ricardo Alouche, diretor de Ven<strong>da</strong>s <strong>da</strong> MAN Latin America,destaca no modelo a sua versatili<strong>da</strong>de e o custo benefícioadequado ao empresariado brasileiro. “Passamos a oferecermais uma opção para atender aos requisitos dos projetosfuturos de BRT visando os grandes eventos esportivos queacontecerão por aqui com um produto a<strong>da</strong>ptado ao operadorque necessite de otimização em seu negócio e que, ao mesmotempo, possa disponibilizar condições de conforto e segurançaaos seus clientes”.O novo chassi possui piso alto (uma versão com piso baixotambém está nos planos <strong>da</strong> montadora), suspensão pneumáticacom sistema de rebaixamento e levantamento do quadro eatende as normas de acessibili<strong>da</strong>de NBR 14022 e de construçãode ônibus urbanos NBR 15570.“Na nossa visão, o novo chassi será um grande sucesso deven<strong>da</strong>s para utilização em corredores normais e de sistemasBRT”, salientou Alouche. Mas ele não estará disponível de imediato.Como se trata de um protótipo, passará ain<strong>da</strong> por muitasavaliações e testes, estando disponível ao mercado somente nosegundo semestre do ano que vem.Mais novi<strong>da</strong>desOutra novi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> MAN foi a apresentação do micro-ônibusmodelo VW 9.150 EOD Plus dotado de um novo conjunto traseirocom maior capaci<strong>da</strong>de de carga (PBT homologado em 9.200kg) e a possibili<strong>da</strong>de de receber carroçarias de até 8,9 metros.“É um veículo homologado pela fábrica para oferecer duasopções em entre eixos – 4,3 m na versão urbana e 4,5 m para omodelo de fretamento, além de uma configuração que proporcioneo encarroçamento maior e com conseqüências no layoutinterno, com aumento do número de passageiros transportados”,enfatizou Alouche. A motorização do chassi pode ser <strong>da</strong> marcaCummins ou MWM, ficando a escolha por conta do cliente.No segmento rodoviário, a montadora anunciou uma novi<strong>da</strong>deno modelo 18.320 EOT, feito para operações em linharegular de pequenas e médias distâncias e em serviços de fretamento.Ele estará equipado com novo sistema de troca demarchas servo-assistido, que agora passa a funcionar com doiscabos e reduz o esforço na troca de marchas em até 60%. “Onovo sistema de acionamento proporciona engates mais curtosRicardo Alouchee precisos. Além disso, o reposicionamento <strong>da</strong> torre <strong>da</strong> alavancamelhora a posição e a ergonomia do motorista ao dirigir”,explicou o executivo.Engenharia localA uni<strong>da</strong>de brasileira <strong>da</strong> MAN LA também passa a ser umcentro de desenvolvimento de ônibus para países emergentes,com a criação de uma nova área específica para os projetosvoltados aos chassis. Alouche adiantou que a partir de agora,o ônibus passa a ter um tratamento diferenciado, onde osprodutos receberão to<strong>da</strong> a atenção quanto a novos projetose adequação aos mercados que serão atendidos. “Até hoje,nossa engenharia era única em desenvolvimento de caminhõesou ônibus. Isso mu<strong>da</strong> com a criação <strong>da</strong> área especializa<strong>da</strong> emônibus onde <strong>da</strong>remos total suporte ao segmento e aos nossosclientes”, revelou Alouche.No cenário brasileiro de ônibus em 2010, a participação <strong>da</strong>marca, até agora, foi de 7.360 chassis comercializados, 27,7%de share, um aumento de 24% em relação ao mesmo períododo ano passado.3031


PASSAGEIROS32Antonio Ferro | São Paulo - SPBRT – sustentabili<strong>da</strong>denas operações de ônibusEnti<strong>da</strong>de que congrega as empresas de ônibus urbanos do Brasilressalta a importância do sistema de Bus Rapid Transit comoalternativa sustentável.Idéia germina<strong>da</strong> no Brasil, mais precisamente em Curitiba(PR), o conceito BRT (Bus Rapid Transit) se difundiu pelosquatro cantos do mundo. Porém, no país onde sua sementefoi planeja<strong>da</strong> e planta<strong>da</strong>, apenas a capital paranaense seguiuna prática a implantação de corredores que privilegiasse ocoletivo perante o individual.Passados mais de 35 anos, o conhecimento que poderia promovermelhor mobili<strong>da</strong>de às grandes ci<strong>da</strong>des brasileiras, voltaa tona com projetos de amplo destaque visando dois grandeseventos mundiais esportivos que aqui acontecerão nos próximosanos. Na visão <strong>da</strong> NTU (Associação Nacional <strong>da</strong>s Empresasde Transportes Urbanos), o BRT é uma solução adequa<strong>da</strong> parao trânsito e meio ambiente em regiões com mais de 500 milhabitantes. Marcos Bicalho dos Santos, diretor superintendente<strong>da</strong> NTU, avalia que a implantação de sistemas BRTcom serviços mais rápidos e de maior quali<strong>da</strong>de iria, sem dúvi<strong>da</strong>,atrair usuários de carros e motos. “Essa seria uma forma,relativamente rápi<strong>da</strong>, de promover, com baixo custo, melhoriasno trânsito e na quali<strong>da</strong>de do ar”, enfatizou.Marcos Bicalho dos SantosImagem desgasta<strong>da</strong>Entretanto, ao imaginarmos o quanto perdemos em termosde evolução no quesito transporte urbano realizado por ônibus,com a adoção de veículos simplórios e uma operaçãoultrapassa<strong>da</strong>, surge a pergunta se o termo BRT será aproveitadode maneira a modificar a imagem atual do ônibus, tãodesgasta<strong>da</strong> e arcaica. “A imagem negativa do ônibus urbanoestá associa<strong>da</strong> diretamente à falta de uma infraestrutura adequa<strong>da</strong>que contribui de forma significativa para a degra<strong>da</strong>ção<strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de do serviço prestado. Essa situação vem se agravandocom o aumento dos congestionamentos de trânsitourbano”, informou Bicalho. O executivo ain<strong>da</strong> explicou que<strong>da</strong> parte <strong>da</strong>s empresas operadoras, o que pode ser feito paraa melhoria do serviço vem sendo executado, como a capacitaçãode pessoal e a renovação <strong>da</strong> frota. “Precisamos entãoinsistir na melhoria <strong>da</strong> infraestrutura com a implantação decorredores ou vias exclusivas para ônibus e melhoria dos terminaise pontos de para<strong>da</strong>”, comentou.Custo x benefícioSegundo a NTU, um corredor de BRT com 10 km de extensãoleva, em média, de 24 a 36 meses para ser construído etem o custo de R$ 100 milhões, girando em torno de R$ 10milhões o quilômetro, valor bem inferior ao custo de construçãode uma linha de metrô, e sua capaci<strong>da</strong>de de transportepode alcançar até 45 mil passageiros por hora em ca<strong>da</strong>sentido, índice considerado muito positivo quanto ao tipo deinfraestrutura. “Em média, um ônibus comporta de 70 a 80passageiros, substituindo 50 automóveis ou 70 motocicletasnas vias”, lembrou Bicalho.Atualmente, há no Brasil 105 mil ônibus urbanos em operação.Mais de 90% são equipados com chassis de motorizaçãofrontal e que não oferecem qualquer tipo de conforto. Issoem parte se explica pela carência de projetos que proporcionema melhoria dos veículos, como as vias sem condições depavimento para a ro<strong>da</strong>gem dos veículos mais modernos; adistância do poder público de gerenciamento que determineum padrão avançado nos serviços e os custos operacionaiscompatíveis com o tipo de veículo utilizado.Mobili<strong>da</strong>de x PoluiçãoPelo fator sustentabili<strong>da</strong>de que os corredores segregadosain<strong>da</strong> podem proporcionar, Bicalho também mostrou que asnovas tecnologias a ser implanta<strong>da</strong>s nos ônibus, inclusive nosmodelos que circularão nos BRT’s, irão contribuir com a equação<strong>da</strong> mobili<strong>da</strong>de urbana x poluição. Para ele, a adoção demotores Euro 5 equipados com catalisadores e o uso de umcombustível com menor índice de enxofre, no caso o dieselS10, podem corroborar com a tese ambiental. “A partir deparâmetros do Proconve (Programa de Controle <strong>da</strong> Poluiçãodo Ar por Veículos Automotores), constatou-se que o usuáriode carro emite no ar nove vezes mais dióxido de carbono(CO2) do que o usuário de ônibus urbano e o de motocicleta,esta 17 vezes mais. Por isso temos que valorizar as operaçõesdos ônibus nas ci<strong>da</strong>des brasileiras”, concluiu.Vitória do meio ambienteem HannoverEm setembro, a ci<strong>da</strong>de de Hannover, na Alemanha, reuniunovamente os principais fabricantes de veículos comerciaisdo mundo e suas cadeias de valor na 63ª. edição do SalãoInternacional do Veículo Comercial. Este ano, o número de visitantesfoi o segundo maior na história desde 1991, quando os salõesdo automóvel e dos veículos comerciais foram separadose o primeiro permaneceu na área de exposições de Frankfurtenquanto o segundo se deslocou para Hannover.Duzentos e cinquenta mil visitantes compareceram ao salão, entre eles 4.745crianças em i<strong>da</strong>de escolar, parte de um programa que visa desenvolver bemcedo o interesse dos futuros profissionais pela indústria automobilística. Entreos 1751 expositores desta edição, 55% foram estrangeiros.A título comparativo, o evento similar brasileiro recebeu, na sua última edição,menos de 400 expositores e cerca de 48 mil visitantes.Dois grandes temas deram o tom em Hannover, este ano. As tecnologiasde mobili<strong>da</strong>de “limpas” e a comemoração <strong>da</strong> volta por cima nas dificul<strong>da</strong>deseconômicas enfrenta<strong>da</strong>s pela indústria, que amargou margens negativase mercados em franco encolhimento durante a crise financeira. Este tema já foiabor<strong>da</strong>do na edição 179, de outubro, <strong>da</strong> revista <strong>Jornauto</strong>. Veja edição completaem nosso site www.jornauto.com.br.Novas forçasCarlos Roberto Fernandez | Hannover - AlemanhaPuxa<strong>da</strong> pelos excepcionais desempenhos de mercado no Brasil, China e Índia,a situação mundial <strong>da</strong> indústria automobilística é de franca recuperação,apesar do mercado ain<strong>da</strong> lento em to<strong>da</strong> Europa e Estados Unidos. Sinal dessapujança, o número de expositores chineses cresceu 50% e o de indianos, 30%,com a indústria <strong>da</strong> Turquia também se apresentando forte em 2010. A ofertade produtos e componentes desses países ain<strong>da</strong> representa a fração de menorvalor tecnológico agregado, mas quem acompanha sua evolução nas váriasexibições internacionais, testemunha a força e competitivi<strong>da</strong>de desses países.Enquanto chineses, indianos e turcos ocuparam áreas importantes em Hannover,com milhares de visitantes conhecendo sua indústria e prospectandonegócios, a participação <strong>da</strong> indústria brasileira foi pífia. E o grande caciquede Pindorama segue convencido de que a exportação de commodities agregamais valor do que a dos produtos industrializados.33IAA - HANNOVER


Carlos Roberto Fernandez | Hannover - AlemanhaIAA - HANNOVERMotivos para sorrirRazões para comemorar não faltaram aos principais executivos <strong>da</strong>s montadoras.Se os lucros não são exatamente exuberantes em comparação compoucos anos atrás, os resultados <strong>da</strong>s empresas, principalmente devido aosmercados aquecidos na China, Índia e Brasil, mostram uma solidez maiorcomo resultado <strong>da</strong>s ações toma<strong>da</strong>s antes e durante a crise. As apostas são deque o vigor desses países deve seguir forte no médio prazo, fazendo dos mesmos“a bola <strong>da</strong> vez”. Montadoras com posições fortes neles saíram menos arranha<strong>da</strong>sdo que as rivais, e mostram disposição de intensificar essa estratégia.E as montadoras que ain<strong>da</strong> não haviam marcado presença se movem rápidopara abocanhar uma fatia enquanto ain<strong>da</strong> é tempo. Nos últimos meses, pelomenos duas novas montadoras de veículos comerciais indicaram a intenção ouiniciaram movimentos efetivos para participar do mercado brasileiro, de olhoem números cujo crescimento foi de 53% em um ano.As maiores montadoras de ônibus e caminhões do mundo anunciaram emHannover a volta ao azul em seus balanços e a retoma<strong>da</strong> do caminho emdireção a rentabili<strong>da</strong>des robustas de dois dígitos no segmento.Mais notável ain<strong>da</strong> é o fato de que as principais empresas presentes deramtanta importância aos seus balanços quanto aos relatórios de sustentabili<strong>da</strong>de,um tipo de “balanço” que reflete com mais fideli<strong>da</strong>de os ativos intangíveis e aprobabili<strong>da</strong>de de que os bons desempenhos atuais se perpetuem no futuro.Sustentabili<strong>da</strong>de em altaJustiça feita aos poucos, mas excelentes protótipos e conceitosapresentados, esta edição do Salão de Veículos Comerciaisde Hannover produziu menos temas futuristas do que em anosanteriores, com mais exemplos de evolução incremental do queinovação radical. O que se viu nesta edição foi um futuro “verde”de contornos tecnológicos bem definidos.As tecnologias de mobili<strong>da</strong>de limpa mostram trajetórias de firmeamadurecimento, apesar <strong>da</strong>s dificul<strong>da</strong>des econômicas. Programascomo os de veículos híbridos e elétricos, que há poucos anos nãopassavam de protótipos, hoje estão prontos para saltar <strong>da</strong>s pranchetaspara as ruas, dependendo mais <strong>da</strong> ação política e socialdo que do desenvolvimento técnico para isso. A visão compartilha<strong>da</strong>pelas montadoras de veículos comerciais completamente livresde emissões está rapi<strong>da</strong>mente se aproximando <strong>da</strong> reali<strong>da</strong>de.O ponto de vira<strong>da</strong> foi o desenvolvimento de baterias cuja capaci<strong>da</strong>dede armazenamento por quilo de peso próprio aumentoucerca de 8 vezes em relação às baterias disponíveis para aplicaçõesveiculares apenas uma déca<strong>da</strong> atrás. Isso significa que nos veículoselétricos e híbridos o peso “morto” <strong>da</strong> bateria foi realocadona forma de maior carga útil ou autonomia.Produtos diversificadosAlém de apresentar uma extensa gama de vans, furgões e caminhões leves-médioshíbridos, representando suas 14.000 uni<strong>da</strong>des com sistemas alternativos de propulsãoem serviço ao redor do mundo, a Daimler também fez em Hannover a premiéremundial do caminhão leve elétrico Fuso E-Cell. Com capaci<strong>da</strong>de de 3,5 tonela<strong>da</strong>s eautonomia de 120 km sem recarregar as baterias, o E-Cell é destinado a áreas urbanascom zero emissões. Ao final do dia de trabalho, bastam 6 horas conectado a umafonte de 380V para que as baterias estejam completamente recarrega<strong>da</strong>s.Na gama de produtos MAN, o ônibus urbano híbrido Lions City Hybrid foi colocadoà ven<strong>da</strong> após a apresentação no salão. Esse veículo consome até 30% menosDiesel e emite 30% menos gás carbônico do que um ônibus Euro V. Além disso édotado de recuperação de energia cinética e de um sistema automático que ligae desliga o veículo no tráfego de pára-an<strong>da</strong> <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong>des, com o qual a economiae redução de poluentes pode ser reduzi<strong>da</strong> ain<strong>da</strong> mais. A empresa também apresentouo caminhão TGL Hybrid de 12 tonela<strong>da</strong>s, com uma redução de 15% naemissão de CO2.Segurança na miraAs estatísticas oficiais mostram que no trânsito alemão, as ocorrências envolvendocaminhões baixaram de 42% em número de pessoas mortas e 34% emnúmero de pessoas feri<strong>da</strong>s, entre 2000 e 2008, mas as tecnologias de segurançaativa continuam na ordem do dia. O objetivo é um trânsito livre de emissões e livrede acidentes.Sistemas como o ra<strong>da</strong>r anti-colisão, assistência automática de frenagem e estabili<strong>da</strong>deeletrônica já fazem parte do dia-a-dia no trânsito europeu, com umaeficiência comprova<strong>da</strong> de 50% na redução de acidentes.Nessa seara, poucas novi<strong>da</strong>des, os sistemas de segurançaativa de próxima geração ain<strong>da</strong> se encontram anos à frenteno futuro, mas os fabricantes seguem lançando melhoramentosincrementais. Um desses sistemas, cuja diferençaem relação aos modelos mostrados nas edições anterioresdo salão de Hannover é o C2-270, <strong>da</strong> Mobileye. A empresaoferece um avançado sistema de visão eletrônica para retrofittingem qualquer tipo de veículo. O sistema é composto deuma câmara instala<strong>da</strong> sobre o painel que mede a distância emonitoras a trajetória em relação a obstáculos e outros veículos,alertando o motorista por meio visual e auditivo nasseguintes situações: se a distância em relação a um veículoà frente se reduz muito ou caso se estabeleça uma trajetóriade colisão, presença de pedestres, motocicletas e bicicletas àfrente, mu<strong>da</strong>nça de faixa de rolamento (neste caso o sistemaidentifica que o veículo está atravessando as faixas <strong>da</strong> sinalizaçãohorizontal). Em Pindorama, depende de as autori<strong>da</strong>desfazerem aquilo a que o dinheiro dos impostos foi destinado epintarem as faixas, claro....34


SERVIÇOSGuilherme Ragepo | Salvador - BAServiço e atendimento sãodestaques na Itaparica DieselAtuar no mercado com honra e dedicação é a tradição <strong>da</strong> ItaparicaDiesel, empresa de origem familiar. Instala<strong>da</strong> às margens<strong>da</strong> principal porta de entra<strong>da</strong> de mercadorias <strong>da</strong> capital baiana,a BR-324, diversifica o atendimento para ganhar espaçono concorrido segmento de serviços.Os reparos em bombas e bicos injetores e em sistemas eletrônicos<strong>da</strong> linha diesel têm um representante forte em Salvador.De acordo com o diretor-proprietário <strong>da</strong> Itaparica Diesel,Carlos Alberto Bastos, a empresa oferece aos clientesas máquinas mais modernas do estado para consertos dessaspeças. “Capacitamos nossos funcionários com cursos na Bosche na Delphi para oferecer os melhores serviços”, afirma.A empresa presta assistência ao contratante onde ele está.O assessor gerencial, Altamair Souza, diz que a filosofia<strong>da</strong> Itaparica é oferecer sempre as melhores soluções: “Nossoobjetivo é tirar o cliente do sufoco. Para isso atuamos na capitalbaiana e Região Metropolitana de Salvador e em outrasci<strong>da</strong>des onde a nossa clientela tenha atuação, em qualquerlugar do estado”, revela o assessor que indica esta estratégiacomo principal forma de manter os contratos ativos.Souza ressalta o trabalho de pós-ven<strong>da</strong>, segundo ele, umaimportante ferramenta de aproximação com os contratantes.“Com isso mantemos os mais de 30 clientes âncoras <strong>da</strong> empresa.Procuramos prestar os melhores serviços para empresasque trabalham com motores marítimos, estacionários e,principalmente, rodoviários”.Também fazem parte <strong>da</strong> estratégia de fidelização as vantagensno pagamento. “Aos clientes fidelizados oferecemosdescontos, créditos e folga no prazo de pagamento”, informao assessor. Com maquinário moderno e atendimento diferenciado,a empresa busca novas maneiras de manter contratose criar novas oportuni<strong>da</strong>des.Divisão de trabalhosA Itaparica Diesel tem 15 anos de existência, mas a origem<strong>da</strong> empresa vai para o início <strong>da</strong> déca<strong>da</strong> de 1980 com o pai deCarlos Alberto Bastos. O atual diretor-proprietário <strong>da</strong> Itaparicafaz questão de seguir os passos <strong>da</strong> família no segmento deserviços para a linha diesel, sem esquecer-se de modernizaros serviços oferecidos.“Trouxemos o Souza para aju<strong>da</strong>r no gerenciamento <strong>da</strong> empresa”,afirma Carlos Alberto. Altamair Souza assumiu a assessoriagerencial no início de agosto e é o atual braço-direitonas operações administrativas <strong>da</strong> Itaparica. “Enquanto os serviçossão capitaneados por Carlos, eu assumo a papela<strong>da</strong>”,diz Souza. Ele completa dizendo que desta forma ganha-setempo e melhoria nos serviços prestados pela empresa.Carlos Alberto Bastos e Altamair SouzaNo rumo <strong>da</strong> certificaçãoA concorrência é encara<strong>da</strong> com atenção pelo diretor-proprietário<strong>da</strong> Itaparica Diesel. Para ele, o mercado vem crescendona Bahia devido ao investimento em grandes obras.“A reconstrução <strong>da</strong> Fonte Nova, a privatização <strong>da</strong>s BRs quecortam o estado entre outras estão fazendo o capital girar nosetor”. Para ganhar ain<strong>da</strong> mais espaço, o empresário investeem maquinário, estrutura e nos funcionários.De acordo com Souza, além <strong>da</strong>s modernas máquinas e <strong>da</strong>qualificação dos colaboradores, o prédio onde está instala<strong>da</strong>a empresa vai passar por reformas para melhorar a visibili<strong>da</strong>dee o desempenho dos serviços. “Estamos investindo ain<strong>da</strong>na certificação <strong>da</strong> Delphi e <strong>da</strong> Bosch para nos tornarmos pontode serviço autorizado dessas marcas”, revela Bastos.36


CARGAEliana Teixeira | Vitória - ESTreinamento de motoristasreduz custos operacionaisA descoberta de que falhas na forma de conduzir os caminhõesestavam elevando o consumo de combustível em sua transportadora,levou o empresário Paulo Alves Ferreira a promover mu<strong>da</strong>nças nasoperações <strong>da</strong> empresa.AUTOSApós participar de um workshop promovido pela Volvo,Paulo Alves Ferreira, um dos diretores <strong>da</strong> Pedra BrancaTransportes, sedia<strong>da</strong> em Ibiraçu, a 70 quilômetros de Vitória,ES, focou sua atenção nos custos operacionais <strong>da</strong> empresae o resultado foi uma economia que vai permitir, ao final deum ano, comprar um novo caminhão.Desde que ingressou na área de transportes, em 1988,sempre esteve em busca de aperfeiçoar os processos de trabalhojuntamente com seu sócio, Sidnei Augusto Bof, comquem divide as tarefas <strong>da</strong> administração.No entanto, foi a partir <strong>da</strong>s orientações obti<strong>da</strong>s no encontroe profissionalização <strong>da</strong>s planilhas de custos <strong>da</strong> empresaque a transportadora conseguiu diagnosticar os problemasque geravam mais despesas.Paulo Alves FerreiraColocando em prática<strong>Uma</strong> de suas ações foi iniciar um programa de treinamentode motoristas. “Decidimos focar na diminuição dos custosque são relevantes. E o consumo de combustível é o quemais se destaca numa operação de transporte comercial”,afirmou o empresário.Com o treinamento, os funcionários estão conseguindoum aproveitamento melhor <strong>da</strong>s potenciali<strong>da</strong>des dos caminhõese reduzindo o consumo. Considerando o desempenhode 10 bitrens <strong>da</strong> empresa, em um ano, a expectativa é deeconomia de R$ 168 mil.Segundo Ferreira, além de redução do consumo de diesel,os treinamentos proporcionaram à empresa benefícios adicionais,como o aumento <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> útil dos pneus, de componentesdo trem-de-força e também na segurança.O empresário lembra que, com a economia em caixa, ossócios decidiram valorizar os motoristas, essenciais nesse processode redução de custos. “Vamos usar 2% <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong>decomo participação dos lucros”, explicou Paulo Ferreira.A empresa tem atualmente uma frota de 31 caminhões, 17deles Volvo. Para melhorar ain<strong>da</strong> mais a performance de seusveículos, desde 2005 a empresa decidiu renovar a frota apenascom caminhões novos. E também só usa peças originais.A empresa atua no Espírito Santo, em Goiás e no Nordestedo país, principalmente no transporte de cerâmica, raçãoanimal, matérias-primas para fabricação de louças sanitárias,cimento, entre outros.Economia comprova<strong>da</strong>Está comprovado que o combustível é responsável porquase metade <strong>da</strong> planilha de custos variáveis de um transportadorbrasileiro.Entre os fatores que influenciam de alguma forma o consumode combustível, o comportamento do motorista pode representaraté 15% do resultado; um defletor de ar, até 10%;o motor em marcha lenta, até 2%, e a manutenção, 7%.Um caminhão que ro<strong>da</strong> 15 mil quilômetros por mês, com consumode 2,8 quilômetros por litro, abastecido com diesel a R$ 2o litro tem custo mensal com combustível de R$ 10.714.Se o consumo passar para 2,9 quilômetros por litro (ouseja, com melhoria no desempenho de 0,1 quilômetro porlitro), o custo passa a R$ 10.344, com uma economia mensalde R$ 370 ao mês.Em um ano, seriam economizados R$ 4.440. Considerandouma frota de 45 veículos, a economia total será de R$199.800, o que <strong>da</strong>ria para comprar um caminhão novo.38


PREMIAÇÃOGilberto Gardesani | São Paulo - SPABIAUTO elege os melhorescarros do BrasilA 12ª. Edição do Prêmio Imprensa Automotiva 2010 contoucom a presença de 73 jornalistas especializados de todo o Brasilpara escolher os melhores, dentre os melhores veículos vendidosno mercado nacional.AUTOSA mola originalstudio santa fé.com.brCélia MurgelA enti<strong>da</strong>de presidi<strong>da</strong> por Célia Murgel reúnequase uma centena de jornalistas especializados detodo o Brasil, que editam jornais, revistas, sites e programasde TV especializados em automobilismo.É, portanto, a mais valiosa premiação do mercadobrasileiro, reconheci<strong>da</strong> internacionalmente pelasmontadoras como sendo a que melhor reflete os resultadosdos seus produtos no mercado e dos seustrabalhos junto aos consumidores.O evento de premiação foi prestigiado pelo MinistroMiguel Jorge, <strong>da</strong> Indústria e do Comércio queabriu a soleni<strong>da</strong>de, seguido por Cledorvino Belini,presidente <strong>da</strong> Anfavea, enti<strong>da</strong>de que representa asmontadoras instala<strong>da</strong>s no Brasil.Pista de testesConcorrência acirra<strong>da</strong>Concorreram ao conceituado prêmio 31carros divididos em seis categorias.A eleição foi feita após test drive realizadono ECPA - Esporte Clube Piracicabanode Automobilismo, em Piracicaba (SP).Os fabricantes disponibilizam seus produtospara que os jornalistas possam <strong>da</strong>rCledorvino Belini e Miguel Jorgeuma aferi<strong>da</strong> final no seu julgamento e,em segui<strong>da</strong>, depositar o voto na urna.O júri deste ano foi formado por 73 profissionais e, entreos carros, concorrem cinco finalistas nas categorias Popular,Nacional, Utilitário Esportivo, Minivan/Monovolume (até setelugares), Importado e Picape.Além dos vencedores em ca<strong>da</strong> categoria, a premiação tambémcontempla o Melhor Carro 2010 Imprensa Automotiva.Isto é, o melhor, entre os melhores.Fiat Novo Uno: O grande vencedor levou os troféus de MelhorCarro Popular, Melhor Carro Nacional e Carro AbiautoCarro Popular: Fiat UnoVencedores do anoA MOLA com tecnologia japonesa do líder mundial NHK.FABRINI, a MOLA ORIGINAL.Carro Nacional: Fiat UnoUtilitário Esportivo: Audi Q5Minivan/Monovolume: Citroën AircrossImportado: Ford FiestaPicape: Chevrolet Montanafabrini.com.br40


EstatísticaAcumulado - Janeiro a Novembro de 2010 / 2009Informações sempre atualiza<strong>da</strong>s em nosso sitewww.jornauto.com.brProdução - Montados + CKDTipo de veículo..........2010........ 2009................Var %Automóveis....................... 2.607.791.............2.379.385...........................9,6Com. Leves........................... 532.144.............407.078............................30,7Cam. Semileves......................... 6.765.............4.798................................41,0Cam. Leves............................. 38.627.............30.052..............................28,5Cam. Médios.......................... 16.091.............11.925..............................34,9Cam. Semipesados.................. 57.825.............36.209..............................59,7Cam. Pesados......................... 56.477.............28.307..............................99,5Ônibus.................................... 43.549.............32.405..............................34,4Total............... 3.359.269........ 2.930.159........... 14,6Licenciamentos - Produção MercosulTipo de veículo..........2010........ 2009................Var %Automóveis....................... 2.356.633.............2.252.079...........................4,6Com. Leves........................... 611.083.............478.848............................27,6Cam. Semileves......................... 6.521.............6.054..................................7,7Cam. Leves............................. 30.793.............22.925..............................34,3Cam. Médios.......................... 12.830.............10.279..............................24,8Cam. Semipesados.................. 44.490.............30.588..............................45,4Cam. Pesados......................... 45.591.............27.220..............................67,5Ônibus.................................... 25.571.............20.221..............................26,5Total................. 3.133.512........ 2.848.214........... 10,0Exportação - Montados + CKDTipo de veículo..........2010........ 2009................Var %Automóveis.......................... .576.198.............331.694............................73,7Com. Leves........................... 105.475.............68.545..............................53,9Cam. Semileves............................ 877.............502...................................74,7Cam. Leves............................... 4.323.............3.426................................26,2Cam. Médios........................... .1.762.............1.298................................35,7Cam. Semipesados.................... 6.247.............3.763................................66,0Cam. Pesados........................... 7.933.............3.163..............................150,8Ônibus.................................... 13.374.............8.903................................50,2Total.................... 716.189........ 421.294............. 70,0Veículos LicenciadosAutomóveisUtilitários1. Gol.............................. 234.860.......... 1. Stra<strong>da</strong>.................. 94.2912. Uno ............................ 176.358.......... 2. Saveiro................. 49.9913. Celta........................... 124.781.......... 3. S10....................... 35.1654. Fox/Cross Fox ..................115.907............4. Ecosport................... 34.2365. Palio................................114.353............5. Montana.................. 30.2296. Corsa Se<strong>da</strong>n ...................111.974............6. Hilux.........................26.6147. Siena.................................98.172............7. Tucson.......................24.5218. Fiesta................................74.792............8. Kombi....................... 22.3059. Ka.....................................69.659............9. Pajero ...................... 16.68310. Voyage ..............................65.789............10. L200........................ 16.66111. Sandero.............................54.304............11. Fiorino..................... 14.21112. Prisma...............................51.653............12. CRV......................... 14.07613. Agile..................................51.285............13. Hyun<strong>da</strong>i HR............. 12.56914. Corolla..............................44.488............14. Ranger.................... 12.54715. Fiesta Se<strong>da</strong>n......................32.424............15. .Captiva................... .10.68116. Fit......................................32.287............16. Ducato...................... 8.22917. Peugeot 207......................30.546............17. Sportage....................6.89518. Hyun<strong>da</strong>i I30 ......................28.411............18. Frontier...................... 6.33219. Punto................................27.330............19. HiluxSW4.................. 6.10220. Hon<strong>da</strong> City.........................27.027............20. Courier...................... .5.833Fonte: Anfavea / FenabraveVen<strong>da</strong>s de caminhões no atacadoSemileves (3,5 / 6 - Ton./PBT)Fabricantes.......2010...Part. %..... 2009. Part. %....Var. %Ford............................... 2.652............. 33,4........... 2.174............36,3............ 22,0Iveco............................. 2.302............. 29,0........... 1.477............24,7............ 55,9Mercedes....................... 1.917............. 24,4........... 1.662............27,8............ 15,3MAN - Volks.................. 1.064............. 13,4.............. 672............11,2............ 58,3Total............... 7.935...................5.985.................. 32,6Leves (6 / 10 - Ton./PBT)Fabricantes.......2010...Part. %..... 2009. Part. %....Var. %MAN-Volks.................. 12.920............. 38,1........... 9.575............36,6............ 34,9Mercedes....................... 9.933............. 29,3........... 8.124............31,1............ 22,3Ford............................... 9.315............. 27,5........... 7.197............27,5............ 29,4Iveco............................. 1.244............... 3,7.............. 861..............3,3............ 44,5Agrale.............................. 505............... 1,5.............. 375..............1,4............ 34,7Total.............. 33.917..................26.132..................29,8Médios (10 / 15 - Ton./PBT)Fabricantes.......2010...Part. %..... 2009. Part. %....Var. %MAN-Volks.................... 7.769............. 56,0........... 5.586............51,4............ 39,1Mercedes....................... 3.172............. 22,9........... 2.873............26,4............ 10,4Ford .............................. 2.751............. 19,8........... 2.284............21,0............ 20,4Agrale.............................. 187............... 1,3.............. 132..............1,2............ 41,7Total.............. 13.879..................10.875..................28,0Semipesados (acima de 15 Ton./PBT)Fabricantes.......2010...Part. %..... 2009. Part. %....Var. %MAN-Volks.................. 18.183............. 35,9......... 11.279............35,0............ 61,2Mercedes..................... 15.014............. 29,7......... 10.455............32,4............ 43,6Ford............................. 10.273............. 20,3........... 6.777............21,0............ 51,6Volvo............................. 3.627............... 7,2........... 1.913..............5,9............ 89,6Iveco............................. 3.498............... 6,9........... 1.839..............5,7............ 90,2Scania.................................. 3............... 0,0.................. 3..............0,0................. 0Total............. 50.598.................32.266..................56,8Pesados (acima de 15 Ton./PBT/PBTC/CMT)Fabricantes.......2010...Part. %..... 2009. Part. %....Var. %Scania......................... 14.048............. 28,4........... 7.240............25,4............ 94,0Mercedes..................... 12.614............. 25,5........... 7.273............25,5............ 73,4Volvo........................... 10.778............. 21,8........... 5.741............20,1............ 87,7MAN-Volks.................... 5.898............. 11,9........... 4.629............16,2............ 27,4Iveco............................. 5.280............. 10,7........... 2.918............10,2............ 80,9Ford.................................. 841............... 1,7.............. 701..............2,5............ 20,0Total.............49.459.................28.502...................73,7Ven<strong>da</strong>s de ônibus no atacadoFabricantes.......2010...Part. %..... 2009. Part. %....Var. %Mercedes..................... 14.785............. 50,6......... 10.880............48,4............ 35,9MAN-Volks.................... 8.384............. 28,7........... 6.491............28,9............ 29,2Agrale........................... 3.957............. 13,5........... 3.687............16,4.............. 7,3Scania.............................. 833............... 2,9.............. 698..............3,1............ 19,3Iveco................................ 778............... 2,7.............. 546..............2,4............ 42,5Volvo................................ 472............... 1,6.............. 196..............0,9 ......... 140,8Total............. 29.209.................22.498..................29,8

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