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Uma publicação da - Revista Jornauto

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PASSAGEIROS32Antonio Ferro | São Paulo - SPBRT – sustentabili<strong>da</strong>denas operações de ônibusEnti<strong>da</strong>de que congrega as empresas de ônibus urbanos do Brasilressalta a importância do sistema de Bus Rapid Transit comoalternativa sustentável.Idéia germina<strong>da</strong> no Brasil, mais precisamente em Curitiba(PR), o conceito BRT (Bus Rapid Transit) se difundiu pelosquatro cantos do mundo. Porém, no país onde sua sementefoi planeja<strong>da</strong> e planta<strong>da</strong>, apenas a capital paranaense seguiuna prática a implantação de corredores que privilegiasse ocoletivo perante o individual.Passados mais de 35 anos, o conhecimento que poderia promovermelhor mobili<strong>da</strong>de às grandes ci<strong>da</strong>des brasileiras, voltaa tona com projetos de amplo destaque visando dois grandeseventos mundiais esportivos que aqui acontecerão nos próximosanos. Na visão <strong>da</strong> NTU (Associação Nacional <strong>da</strong>s Empresasde Transportes Urbanos), o BRT é uma solução adequa<strong>da</strong> parao trânsito e meio ambiente em regiões com mais de 500 milhabitantes. Marcos Bicalho dos Santos, diretor superintendente<strong>da</strong> NTU, avalia que a implantação de sistemas BRTcom serviços mais rápidos e de maior quali<strong>da</strong>de iria, sem dúvi<strong>da</strong>,atrair usuários de carros e motos. “Essa seria uma forma,relativamente rápi<strong>da</strong>, de promover, com baixo custo, melhoriasno trânsito e na quali<strong>da</strong>de do ar”, enfatizou.Marcos Bicalho dos SantosImagem desgasta<strong>da</strong>Entretanto, ao imaginarmos o quanto perdemos em termosde evolução no quesito transporte urbano realizado por ônibus,com a adoção de veículos simplórios e uma operaçãoultrapassa<strong>da</strong>, surge a pergunta se o termo BRT será aproveitadode maneira a modificar a imagem atual do ônibus, tãodesgasta<strong>da</strong> e arcaica. “A imagem negativa do ônibus urbanoestá associa<strong>da</strong> diretamente à falta de uma infraestrutura adequa<strong>da</strong>que contribui de forma significativa para a degra<strong>da</strong>ção<strong>da</strong> quali<strong>da</strong>de do serviço prestado. Essa situação vem se agravandocom o aumento dos congestionamentos de trânsitourbano”, informou Bicalho. O executivo ain<strong>da</strong> explicou que<strong>da</strong> parte <strong>da</strong>s empresas operadoras, o que pode ser feito paraa melhoria do serviço vem sendo executado, como a capacitaçãode pessoal e a renovação <strong>da</strong> frota. “Precisamos entãoinsistir na melhoria <strong>da</strong> infraestrutura com a implantação decorredores ou vias exclusivas para ônibus e melhoria dos terminaise pontos de para<strong>da</strong>”, comentou.Custo x benefícioSegundo a NTU, um corredor de BRT com 10 km de extensãoleva, em média, de 24 a 36 meses para ser construído etem o custo de R$ 100 milhões, girando em torno de R$ 10milhões o quilômetro, valor bem inferior ao custo de construçãode uma linha de metrô, e sua capaci<strong>da</strong>de de transportepode alcançar até 45 mil passageiros por hora em ca<strong>da</strong>sentido, índice considerado muito positivo quanto ao tipo deinfraestrutura. “Em média, um ônibus comporta de 70 a 80passageiros, substituindo 50 automóveis ou 70 motocicletasnas vias”, lembrou Bicalho.Atualmente, há no Brasil 105 mil ônibus urbanos em operação.Mais de 90% são equipados com chassis de motorizaçãofrontal e que não oferecem qualquer tipo de conforto. Issoem parte se explica pela carência de projetos que proporcionema melhoria dos veículos, como as vias sem condições depavimento para a ro<strong>da</strong>gem dos veículos mais modernos; adistância do poder público de gerenciamento que determineum padrão avançado nos serviços e os custos operacionaiscompatíveis com o tipo de veículo utilizado.Mobili<strong>da</strong>de x PoluiçãoPelo fator sustentabili<strong>da</strong>de que os corredores segregadosain<strong>da</strong> podem proporcionar, Bicalho também mostrou que asnovas tecnologias a ser implanta<strong>da</strong>s nos ônibus, inclusive nosmodelos que circularão nos BRT’s, irão contribuir com a equação<strong>da</strong> mobili<strong>da</strong>de urbana x poluição. Para ele, a adoção demotores Euro 5 equipados com catalisadores e o uso de umcombustível com menor índice de enxofre, no caso o dieselS10, podem corroborar com a tese ambiental. “A partir deparâmetros do Proconve (Programa de Controle <strong>da</strong> Poluiçãodo Ar por Veículos Automotores), constatou-se que o usuáriode carro emite no ar nove vezes mais dióxido de carbono(CO2) do que o usuário de ônibus urbano e o de motocicleta,esta 17 vezes mais. Por isso temos que valorizar as operaçõesdos ônibus nas ci<strong>da</strong>des brasileiras”, concluiu.Vitória do meio ambienteem HannoverEm setembro, a ci<strong>da</strong>de de Hannover, na Alemanha, reuniunovamente os principais fabricantes de veículos comerciaisdo mundo e suas cadeias de valor na 63ª. edição do SalãoInternacional do Veículo Comercial. Este ano, o número de visitantesfoi o segundo maior na história desde 1991, quando os salõesdo automóvel e dos veículos comerciais foram separadose o primeiro permaneceu na área de exposições de Frankfurtenquanto o segundo se deslocou para Hannover.Duzentos e cinquenta mil visitantes compareceram ao salão, entre eles 4.745crianças em i<strong>da</strong>de escolar, parte de um programa que visa desenvolver bemcedo o interesse dos futuros profissionais pela indústria automobilística. Entreos 1751 expositores desta edição, 55% foram estrangeiros.A título comparativo, o evento similar brasileiro recebeu, na sua última edição,menos de 400 expositores e cerca de 48 mil visitantes.Dois grandes temas deram o tom em Hannover, este ano. As tecnologiasde mobili<strong>da</strong>de “limpas” e a comemoração <strong>da</strong> volta por cima nas dificul<strong>da</strong>deseconômicas enfrenta<strong>da</strong>s pela indústria, que amargou margens negativase mercados em franco encolhimento durante a crise financeira. Este tema já foiabor<strong>da</strong>do na edição 179, de outubro, <strong>da</strong> revista <strong>Jornauto</strong>. Veja edição completaem nosso site www.jornauto.com.br.Novas forçasCarlos Roberto Fernandez | Hannover - AlemanhaPuxa<strong>da</strong> pelos excepcionais desempenhos de mercado no Brasil, China e Índia,a situação mundial <strong>da</strong> indústria automobilística é de franca recuperação,apesar do mercado ain<strong>da</strong> lento em to<strong>da</strong> Europa e Estados Unidos. Sinal dessapujança, o número de expositores chineses cresceu 50% e o de indianos, 30%,com a indústria <strong>da</strong> Turquia também se apresentando forte em 2010. A ofertade produtos e componentes desses países ain<strong>da</strong> representa a fração de menorvalor tecnológico agregado, mas quem acompanha sua evolução nas váriasexibições internacionais, testemunha a força e competitivi<strong>da</strong>de desses países.Enquanto chineses, indianos e turcos ocuparam áreas importantes em Hannover,com milhares de visitantes conhecendo sua indústria e prospectandonegócios, a participação <strong>da</strong> indústria brasileira foi pífia. E o grande caciquede Pindorama segue convencido de que a exportação de commodities agregamais valor do que a dos produtos industrializados.33IAA - HANNOVER

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