OBJETIVO ESTRATÉGICO B. Reduzir as pressões diretas sobrebiodiversi<strong>da</strong>de e promover o uso sustentável.• Meta 5 - Até 2020, a taxa de per<strong>da</strong> de todos os habitats nativos, inclusiveflorestas, terá sido reduzi<strong>da</strong> em pelo menos a metade e, na medi<strong>da</strong> dopossível, leva<strong>da</strong> a perto de zero, e a degra<strong>da</strong>ção e fragmentação terão sidoreduzi<strong>da</strong>s significativamente.• Meta 6 - Até 2020, o manejo e captura de quaisquer estoques de peixes,invertebrados e plantas aquáticas serão sustentáveis, legais e feitos comaplicação de abor<strong>da</strong>gens ecossistêmicas, de modo a evitar a sobrexploração,colocar em prática planos e medi<strong>da</strong>s de recuperação para espécies exauri<strong>da</strong>s,fazer com que a pesca não tenha impactos adversos significativos sobreespécies ameaça<strong>da</strong>s e ecossistemas vulneráveis, e fazer com que os impactos<strong>da</strong> pesca sobre estoques, espécies e ecossistemas permaneçam dentro delimites ecológicos seguros.• Meta 7 - Até 2020, áreas sob agricultura, pscicultura e silviculturaserão maneja<strong>da</strong>s de forma sustentável, assegurando a conservação <strong>da</strong>biodiversi<strong>da</strong>de.• Meta 8 - Até 2020, a poluição, inclusive resultante de excesso de nutrientes,terá sido reduzi<strong>da</strong> a níveis não prejudiciais ao funcionamento de ecossistemase <strong>da</strong> biodiversi<strong>da</strong>de.• Meta 9 - Até 2020, espécies exóticas invasoras e seus vetores terão sidoidentifica<strong>da</strong>s, espécies prioritárias terão sido controla<strong>da</strong>s ou erradica<strong>da</strong>se medi<strong>da</strong>s de controle de vetores terão sido toma<strong>da</strong>s para impedir suaintrodução e estabelecimento.• Meta 10 - Até 2015, as múltiplas pressões antropogênicas sobre recifesde coral e demais ecossistemas impactados por mu<strong>da</strong>nças de clima ouacidificação oceânica terão sido minimiza<strong>da</strong>s para que sua integri<strong>da</strong>de efuncionamento sejam mantidos.
Este objetivo trata <strong>da</strong> redução <strong>da</strong> pressão sobre abiodiversi<strong>da</strong>de e ao mesmo tempo <strong>da</strong> promoção douso sustentável. Neste item serão abor<strong>da</strong><strong>da</strong>s questõesrelaciona<strong>da</strong>s ao mapeamento e monitoramento <strong>da</strong>evolução <strong>da</strong> cobertura vegetal nativa <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>,os principais vetores <strong>da</strong> destruição na atuali<strong>da</strong>de e asua interação com a zona costeira e marinha.MAPEAMENTO E MONITORAMENTOA <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> é a ecorregião brasileira maisaltera<strong>da</strong> em razão <strong>da</strong> drástica redução <strong>da</strong> sua áreaoriginal. Levantamento incluindo todos os tiposde vegetação e também todos os remanescentes(estágios inicial, médio e avançado de regeneração evegetação primária) realizado em 2008 pelo Centrode Sensoriamento Remoto do IBAMA, apontou aexistência de 26,5% de remanescentes de vegetaçãonativa, sendo 21,6% de fisionomias florestais e 4,9%de não-florestais, incluindo algumas áreas de contatocom floresta (CSR/IBAMA 2010). Outro levantamento,realizado pela Fun<strong>da</strong>ção SOS <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> e INPE,indica a existência de meros 7,90% <strong>da</strong> área originalem remanescentes de mata (manguezal, restinga eflorestas) bem conservados com extensão acima de100 hectares (um quilômetro quadrado) 1 , distribuídosem 18.397 polígonos (Figura 6).Esses <strong>da</strong>dos apontam que a fragmentação <strong>da</strong>vegetação nativa <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> é um processoextremamente crítico, em seus vários ecossistemas,com fragmentos predominantemente dispersos, nãoraramente distantes uns dos outros, comprometendoo fluxo gênico e, por conseguinte, a manutenção desua diversi<strong>da</strong>de biológica. Parte dos remanescentesse encontra em proprie<strong>da</strong>des priva<strong>da</strong>s, localiza<strong>da</strong>sem regiões serranas e de difícil acesso paraaproveitamento agropecuário, principalmente no Sule Sudeste do País. Essa dificul<strong>da</strong>de de acesso dificultouo desenvolvimento de ativi<strong>da</strong>des agropecuárias econtribuiu para conservação dessas áreas.O monitoramento <strong>da</strong> evolução <strong>da</strong> cobertura vegetalnativa <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>, realizado sistematicamente1 Atlas dos Remanescentes Florestais <strong>da</strong> <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong>, 2010-2011: http://webcall.riweb.com.br/sos/29052012/material/290512_atlas2010-2011_sintese.pdf -“Este número de (7,90%) totaliza os fragmentos acima de 100 hectares, ou 1 km2, e têmcomo base remanescentes florestais de 16 dos 17 Estados onde ocorre (AL, PE, SE, RN,CE, PB, BA, GO, MS, MG, ES, RJ, SP, PR, SC e RS).Anuario <strong>Mata</strong> <strong>Atlântica</strong> 2012 - 29