foram abençoadas. Através dessa humildade, Abraão reconheceu a superioridade deMelquisede<strong>que</strong>:“Considerai, pois, como era grande esse a <strong>que</strong>m Abraão, o patriarca, pagou odízimo tira<strong>do</strong> <strong>do</strong>s melhores despojos.Ora, os <strong>que</strong> dentre os filhos de Levi recebem o sacerdócio têm mandamento derecolher, de acor<strong>do</strong> com a lei, os dízimos <strong>do</strong> povo, ou seja, <strong>do</strong>s seus irmãos, emboratenham estes descendi<strong>do</strong> de Abraão; entretanto, a<strong>que</strong>le cuja genealogia não se incluientre eles recebeu dízimos de Abraão e abençoou o <strong>que</strong> tinha as promessas.Evidentemente, é fora de qual<strong>que</strong>r dúvida <strong>que</strong> o inferior é abençoa<strong>do</strong> pelo superior.Aliás, aqui são homens mortais os <strong>que</strong> recebem dízimos, porém ali, a<strong>que</strong>le de <strong>que</strong>mse testifica <strong>que</strong> vive.E, por assim dizer, também Levi, <strong>que</strong> recebe dízimos, pagou-os na pessoa deAbraão.Por<strong>que</strong> a<strong>que</strong>le ainda não tinha si<strong>do</strong> gera<strong>do</strong> por seu pai, quan<strong>do</strong> Melquisede<strong>que</strong>saiu ao encontro deste”. (Hebreus 7.4 a 10)Sugiro ao leitor <strong>que</strong> leia to<strong>do</strong>s os textos bíblicos relaciona<strong>do</strong>s à Melquisede<strong>que</strong>,principalmente nas referências de Hebreus todas listadas nas primeiras linhas destetópico. O fato é <strong>que</strong> o fator Melquisede<strong>que</strong> é um tema alienígena nos cre<strong>do</strong>s <strong>do</strong>Cristianismo nominal. Não vejo nenhum interesse em se estudar sobre suasimplicações, pois tal tema realmente desconstrói e relativiza um sistema <strong>do</strong>mina<strong>do</strong>r<strong>que</strong> foi desenvolvi<strong>do</strong> durante pelo menos 1700 anos de história da igreja comoinstituição.No fator Melquisede<strong>que</strong> Deus tem sua liberdade para mandar um sacer<strong>do</strong>te rei viverentre um povo pagão, usar um nome diferente para especificar “Deus” e assim ganharoutros povos para salvação em Cristo. Assim sen<strong>do</strong>, Deus tem a sua “justificativa”bíblica para ser livre como Deus, derraman<strong>do</strong> Sua Graça onde bem entenda, e sem darexplicações aos <strong>do</strong>utores e teólogos <strong>do</strong> Cristianismo Nominal.Para finalizar este tópico, abaixo colo<strong>que</strong>i uma explicação muito sábia sobre aordem Melquisede<strong>que</strong> descrita por Caio Fábio: 9“Melquizede<strong>que</strong> aparece <strong>do</strong> nada, sem antecedentes e sem explicações. Abraãoencontra com ele e se verga diante dele, e lhe paga o dízimo de tu<strong>do</strong> quanto tinhaconsigo. Melquizede<strong>que</strong> abençoa a Abraão. Então, assim como veio, ele vai, semdeixar vestígios.Mais tarde, séculos depois disto, Melquizede<strong>que</strong> aparece nos Salmos, quan<strong>do</strong>,também <strong>do</strong> nada, se diz <strong>que</strong> o Senhor jurou <strong>que</strong> Seu Envia<strong>do</strong> seria feito SumoSacer<strong>do</strong>te, segun<strong>do</strong> a Ordem de Melquizede<strong>que</strong>. Somente isto e nada mais.Até a Carta aos Hebreus. É nela <strong>que</strong> Melquizede<strong>que</strong> volta como nunca antes. Agoraele é a<strong>que</strong>le <strong>que</strong> em Cristo tem seu Sumo Sacer<strong>do</strong>te. Jesus se torna Sumo Sacer<strong>do</strong>tede uma nova ordem sacer<strong>do</strong>tal, a qual não era étnica, pois não era judaica. Nem eralevitica, posto <strong>que</strong> Jesus não era da tribo de Levi, mas de Judá; não ten<strong>do</strong>, portanto,qual<strong>que</strong>r relação com o sacerdócio anterior, o qual tinha na Ordem Levitica, da tribode Levi, um <strong>do</strong>s <strong>do</strong>ze patriarcas de Israel, os representantes humanos <strong>do</strong> culto <strong>que</strong> seprestava ao Deus de Abraão. Do mesmo mo<strong>do</strong> se pode dizer <strong>que</strong> ela nem tampouco se
condicionava à informação histórica, carregada de esperança redentiva, <strong>que</strong> viajavacomo fé, mas também como especulação teológica e fixação de tradição em Israel.Jesus sen<strong>do</strong> Sumo Sacer<strong>do</strong>te segun<strong>do</strong> uma ordem à qual o próprio Abraão — pai <strong>do</strong>povo da revelação escrita — se curvava, é apresenta<strong>do</strong> na Carta aos Hebreus comoA<strong>que</strong>le <strong>que</strong> TAMBÉM abençoa a Israel e to<strong>do</strong>s os <strong>que</strong> conhecem a informação daEscritura; porém, <strong>que</strong> não se condiciona nem à geografia, nem à história registradacomo sagrada, nem à informação, nem a qual<strong>que</strong>r fronteira, de qual<strong>que</strong>r <strong>que</strong> seja anatureza, estan<strong>do</strong> Suas mãos sobre to<strong>do</strong>s os <strong>que</strong> Ele mesmo desejar, e com a mesmaliberdade com a qual abençoou a Abraão.A Carta aos Hebreus diz <strong>que</strong> esse Melquizede<strong>que</strong> é semelhante ao Filho de Deus,sem principio de dias e sem fim de existência; sen<strong>do</strong> superior a tu<strong>do</strong> quanto erarelativo a Abraão, visto <strong>que</strong> é o maior <strong>que</strong>m abençoa o menor.Assim, Melquizede<strong>que</strong> não é explica<strong>do</strong>, mas apenas afirma<strong>do</strong>. De fato, ele pairasobre a História, é um pingo de peso explosivo num Salmo, e arrebenta tu<strong>do</strong> e todasas ordens, quan<strong>do</strong> relativiza a mais importante de todas, a <strong>que</strong> procedia de Abraão.Ora, o mistério de Melquizede<strong>que</strong> é algo <strong>que</strong> ecoa o Cordeiro imola<strong>do</strong> antes detu<strong>do</strong>, antes de qual<strong>que</strong>r ato cria<strong>do</strong>r de Deus.Desse mo<strong>do</strong>, pode-se dizer <strong>que</strong> o espírito da Carta aos Hebreus acerca deMelquizede<strong>que</strong>, é a<strong>que</strong>le <strong>que</strong> o apresenta como uma manifestação <strong>do</strong> Cristo Eterno, oqual não foi feito Cristo, no Jesus Histórico; mas sim, sen<strong>do</strong> o Cristo Eterno, semostrou como tal em Jesus, na História. Talvez seja por esta razão, também, <strong>que</strong>Jesus disse <strong>que</strong> Abraão viu os Seus dias e regozijou-se.O Jesus Histórico não fez surgir o Cordeiro e nem a Ordem de Melquizede<strong>que</strong>. Pelocontrário, se diz <strong>que</strong> Jesus é Sumo Sacer<strong>do</strong>te “segun<strong>do</strong>” a Ordem de Melquizede<strong>que</strong>;assim como se diz <strong>que</strong> o Cordeiro foi imola<strong>do</strong> antes de tu<strong>do</strong>; antes de haver mun<strong>do</strong>.Jesus é a Encarnação de tu<strong>do</strong> o <strong>que</strong> Nele preexistia como Cordeiro Eterno, como oCristo de Tu<strong>do</strong> e To<strong>do</strong>s, como o Sacrifício da Ordem de Melquizede<strong>que</strong> (<strong>que</strong>manifesta na História a invasão livre <strong>do</strong> eterno, se revelan<strong>do</strong> aos homens, ederraman<strong>do</strong> Graça de todas as ordens); e como Jesus; o Cordeiro de Deus; o Cristo;ou Cristo Jesus; ou apenas o Cristo; ou ainda o Cristo de Deus; ou simplesmente JesusCristo — <strong>que</strong> é o <strong>que</strong> se diz Dele; enquanto Ele mesmo se define como Filho <strong>do</strong>Homem, o Caminho, a Verdade, a Vida, o Pão da Vida, a Porta, o Bom Pastor, oNoivo, e A<strong>que</strong>le <strong>que</strong> é Um com o Pai (entre outras autodefinições).As implicações de tal realidade é <strong>que</strong> são insuportáveis para a religião, pois,virtualmente acaba com ela, com seus poderes de representação, com suas certezas,com seus <strong>do</strong>gmas; e, sobretu<strong>do</strong>, com seu poder dela “administrar” a graça de Deusaos homens.A Ordem de Melquizede<strong>que</strong> é a Ordem da Nova Jerusalém, na qual os povos sãocura<strong>do</strong>s, e to<strong>do</strong>s trazem ao Cordeiro as belezas <strong>do</strong>s povos.É em razão da Ordem de Melquizede<strong>que</strong> <strong>que</strong> Jesus diz <strong>que</strong> muitos virão de to<strong>do</strong>s osquadrantes da Terra, gente de todas as gerações, e tomarão lugar à mesa com Abraão,Isa<strong>que</strong> e Jacó. É também por tal razão <strong>que</strong> o <strong>Evangelho</strong> deixa claro <strong>que</strong> a maior fé <strong>que</strong>Jesus vira, não viera de dentro de Israel, mas de um pagão de fora: o CenturiãoRomano. Assim como é pela mesma razão <strong>que</strong> a mulher <strong>que</strong> dá um “ santo banho” emJesus é uma mulher de fora de tu<strong>do</strong>, uma siro-fenícia.
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