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Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica eI Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da <strong>PUC</strong>-<strong>Campinas</strong>27 e 28 de setembro de 2011ISSN 1982-0178A atividade humana é diferenciada por contar coma consciência dos sujeitos. Por ser essencialmentesocial, esta atividade permite a apropriação eobjetivação dos conhecimentos acumulados,resultando na construção do ser humano através dodesenvolvimento de suas funções psíquicassuperiores. No entanto, justamente pela forma detrabalho da sociedade capitalista, o sentido e osignificado da ação são dissociados, anulando otrabalho como algo que desenvolve o indivíduo, setornando uma atividade alienante. [2]Somado a isso vemos os povos oprimidos daAmerica Latina absortos no fatalismo, devido àconstrução histórica permeada de opressão cominício na colonização destes países e continuidadeaté os dias de hoje [7]. A pobreza naturalizada e amiséria institucionalizada provocam na populaçãooprimida um sentimento de impotência diante dospróprios problemas, resultando na alienação efatalismo mediante situações em que é necessáriaa luta por seus direitos. Nesse processo histórico apsicologia tem atuado em favor das classesdominantes, oferecendo um discurso individualistaque permite culpabilizar os indivíduos pelo seufracasso e ignorar a construção histórico-social quedetermina condições objetivas precárias adeterminadas classes sociais.[3,7]O Papel Do PsicólogoMediante esta realidade posta, a psicologia deveatuar a fim de propiciar o fortalecimento dessesgrupos. [3,7,8,9,13] Para que as comunidadesoprimidas e discriminadas se organizem e lutempelos seus direitos, criando possibilidades para atransformação social de uma sociedade que possuicomo alicerce a desigualdade.Para tanto é necessário que o psicólogo atue parapromover a desalienação das pessoas e dosgrupos, principalmente melhorando o enfoquenesses últimos, permitindo que tenham consciênciade sua identidade pessoal e um saber crítico sobresi mesmos, evitando que se comportem ou comodominador ou como dominado. [7] A Psicologia daLibertação possui três tarefas urgentes que sãorecuperar a historicidade dos povos, desideologizaro senso comum e a experiência cotidiana dosmesmos e a potencialização das virtudespopulares. [8]A Luta Pelos DireitosO fortalecimento dos sujeitos de uma comunidadesignifica que os mesmos passam a construir suarealidade, participando nas decisões que lhesdizem respeito. Em meio a essa questão vemosque a mídia, cujo papel principal seria o educativo[guareschi], vem sido utilizada ideologicamente eacabam por oprimir e desestruturar os gruposoprimidos. Como este meio de comunicação demassa é pouco acessível para divulgar asdemandas de suas comunidades e, inclusive,contrário a elas, os movimentos sociais se revelaminstrumentos de comunicação de taisdemandas.[goss e Prudêncio]MÉTODOMetodologiaA análise dos dados se baseou no MaterialismoHistórico Dialético, por este permitir a compreensãodas categorias psicológicas através das condiçõesobjetivas que as norteiam.Fontes de PesquisaBanco de dados do grupo de pesquisa contendo 60entrevistas realizadas por diferentes pesquisadores,censitariamente, entre 2009 e 2010.O instrumento geral utilizado é composto por quatroeixos que se referem à (1) identificação doentrevistado, (2) à dimensão sócio-econômica, (3)ao que trouxe o entrevistado para aquele espaço, e(4) à vida falada e escrita.Contexto das entrevistasO bairro Eldorado dos Carajás tem sua origem em1998 através da legalização de uma ocupaçãourbana. Através de relatos dos pesquisadores querealizaram as visitas ao local, foi possível observarque até então não havia asfalto nas ruas, centro desaúde, grupo escolar ou área de lazer. O meio detransporte na região é precário por ser impossível oônibus intermunicipal transitar no local em dias dechuva. As casas, em sua grande maioria, estão emterrenos pequenos e inacabadas. E, segundorelatos dos moradores, há pontos de droga ali.Caracterização dos participantesO banco de dados abrange cerca de 5% do bairro,que possui no total 1.300 moradores. Dentre osparticipantes 65% são mulheres e 35%, homens. Amaior parte possui quatro cômodos na casa, sendoque em metade das residências há um cômodo pormorador ou menos. Apenas 60% dos entrevistadospossuem cozinha, menos de 60% deles possuemgeladeira ou fogão, menos de 30% possuem mesa,menos de 40% possuem cama ou guarda-roupa noquarto, menos de 50% possuem TV, menos de40% possuem sofá na sala. Metade dosentrevistados não avançaram além do EnsinoFundamental. Pouco mais da metade dosentrevistados recebem menos que três salários


Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica eI Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da <strong>PUC</strong>-<strong>Campinas</strong>27 e 28 de setembro de 2011ISSN 1982-0178mínimos, sendo que a maioria recebe até doissalários mínimos. Alguns (6,67%) recebem maisque quatro salários mínimos.RESULTADOSForam utilizadas quatro questões do instrumentoutilizado pelo grupo de pesquisa para asentrevistas, sendo elas as questões 14,15,17 e 19.Cada argumento das respostas encontradas foicategorizado, resultando na seguintesistematização:Quadro I: Síntese dos resultados – questões 14 e 15.CategoriaDescrição dapredominantecategoria14. O que maisgosta de fazerna vida?15. Onde você obtéminformações para semanter informado sobreo que acontece na vida?Lazer(48,15%*)TV(42,9%*)Argumentos que sereferem às atividadesde lazer enquantoatividades dedistração,entretenimento ourepouso.Argumentosreferentes à televisão*relativo aos argumentos encontrados na questão.Na questão 14, referida no Quadro I, aparecetambém o trabalho como atividade que mais segosta de fazer na vida. Já em relação à questão 15,temos também o jornal impresso como fonte deinformações mais citada.Quadro II: Síntese dos resultados – questão 17.17. O que gostaria de mudar em sua vida?CategoriaspredominantesMoradia(25%*)Trabalho(22,22%*)Descrição da categoriaArgumentos relativos ao lugarem que a pessoa vive, taiscomo vontade de mudar debairro, vontade de conquistar apropriedade de sua casa,vontade de reformar a casa,críticas referentes à estruturabásica do bairroArgumentos que se referem àmudanças relativas ao trabalhode uma maneira geral, podendose expressar como falta deoportunidade de emprego, odesgosto em trabalhar, avontade de trabalhar e a buscapor um trabalho menossacrificante.*relativo aos argumentos encontrados na questão.Quanto à questão 17, referida no Quadro II,convém acrescentar que 55% das categoriasencontradas dizem respeito às condições objetivasde vida de maneira geral.Quadro III: Síntese dos resultados – questão 19.19. Como define suas condições de vida?CategoriaspredominantesPresença deDificuldades(46%*)Indicação deAdaptação(39%*)Descrição da categoriaArgumentos que demonstram apresença de alguma dificuldadena vida da pessoa, variando aintensidade com que sãoadjetivadas.Argumentos que demonstram aadaptação às condições devida, podendo estar explicitadaa presença de estratégias deenfrentamento, a acomodaçãoe aceitação passiva dasdificuldades, ou mesmo nãoestar indicado em que circunstânciatal adaptação se faz.*relativo aos argumentos encontrados na questão.


Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica eI Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da <strong>PUC</strong>-<strong>Campinas</strong>27 e 28 de setembro de 2011ISSN 1982-0178Quanto à questão 19, referida no Quadro III, cabeaqui complementar que foram encontrados tambémargumentos que sinalizam a necessidade de muitasmudanças, sem especificar quais. Outrosargumentos explicitam a inexistência denecessidade de mudança.DISCUSSÃOObservamos o destaque para as atividades em queé possível o sujeito objetivar sua personalidade,conforme comentado por Duarte (2004), e,principalmente, as atividades que tiveram maiorincidência revelam possibilitar a associação entre osentido e o significado da ação. Curiosamente háconsiderável incidência no fato de considerarem otrabalho como atividade que mais gostam de fazerna vida, resultado esse que mostra havermotivação em trabalhar, haver sentido na atividaderealizada, ainda que o trabalho na sociedadecapitalista sofra a dissociação entre sentido esignificado, conforme sugere Duarte (2004). Noentanto não é possível termos conhecimento dotipo de trabalho a que os participantes se referem,podendo dizer respeito a qualquer uma dasdiversas formas que podem ser caracterizadascomo trabalho, com exceção de um participanteque revela gostar de trabalha com plantação nosítio onde fora criado.É possível, portanto, observarmos a importânciaque têm as atividades em que os sujeitos seapropriam do conhecimento acumulado e objetivamsuas próprias descobertas, investigações, suaprópria personalidade, já que essa característica écomum a todas as atividades indicadas. Podemoscom isso concluir que as atividades queproporcionam o desenvolvimento do ser humano nasua relação consigo e com outros são atividadesrealizadas com prazer e motivação, seconfigurando em algo que o sujeito mais gosta defazer na vida.Nas respostas que vão além dos objetivos dapergunta observamos que alguns indivíduos sãoimpossibilitados de fazerem o que gostam, uns pornão terem tempo para se divertir, outros por nãoterem a oportunidade de realizar tal atividade, comoestar desempregado devido à carência de vagas deemprego.Há também a percepção de que o trabalhoengrandece o homem e é o único meio para seobter alguma conquista. Como explicado por Duarte(2004), o trabalho é sim uma atividade necessáriapara o desenvolvimento das funções superiores doser humano e, portanto, engrandece o homemneste sentido. No entanto sabemos que ocapitalismo revoluciona a atividade humanajustamente por tornar possível a conquista de algosem o trabalho, ou seja, através da contração eexploração da mão-de-obra de outrem. E isso serevela uma contradição desta sociedade, que aoser interiorizada pelo indivíduo pode se configurarno fatalismo, ao sentir-se impotente diante destarealidade.Observamos a grande influência da mídia eletrônicana comunidade, representada muito mais pelatelevisão do que pelo rádio. Isso pode indicar ainfluência da ideologia dominante propagada pelosmeios de comunicação na percepção dos sujeitosacerca das consequências que as condiçõesobjetivas vivenciadas trazem para sua qualidade devida. Ainda assim vemos considerável quantidadede indicações aos espaços como escola, igreja,conversa com amigos, familiares e colegas, quedão a possibilidade de o receptor participar datransmissão da informação e, com isso, poderproblematizar a notícia e a realidade, dandocondições para se construir a ação coletiva nessacomunidade, promovendo o fortalecimento destegrupo, conforme sugere Montero (2011).Percebemos também que grande parte dosargumentos revelam a percepção das questõesobjetivas das vidas dos sujeitos que ou não estãosatisfatórias ou são muito adversas. Ficam nítidasas questões adversas de moradia, tanto ao espaçointradomiciliar quanto ao peridomiciliar, este, porsua vez, agravando outras adversidades da esferaindividual. Cabe aqui relembrar que os serviçoscarentes à esse comunidade, como asfalto, grupoescolar, centro de saúde, segurança, saneamento,transporte coletivo, são todos obrigações doEstado. Enquanto as questões de moradia e detrabalho são as mais evidentes, há sujeitos queapontam a necessidade de mudar muitas coisas oumesmo tudo. No entanto, também há referências àausência de necessidade de qualquer mudança,revelando a alienação de alguns sujeitos à respeitoda influência que as condições objetivas adversasexercem sobre a qualidade de vida. Podemoscaptar a presença do fatalismo, inclusive, emalguns argumentos que colocam ser necessárioapenas ter fé em Deus para que as adversidadesse resolvam ou, então, esperam da Igreja e deDeus a pressão social e moral para realizar amudança que julga necessária, como largar o vícioem álcool.Por fim a última questão nos revela novamente acontradição na percepção das condições objetivas,


Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica eI Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da <strong>PUC</strong>-<strong>Campinas</strong>27 e 28 de setembro de 2011ISSN 1982-0178mas ainda mais acentuada. Vemos que há umagrande indicação da percepção de dificuldades, quesão por vezes extremas. No entanto, também émuito indicada a percepção de que nem tudo estáruim, de que há pontos positivos que compensamas dificuldades, como ter saúde e vontade de viver.Há também aqueles que percebem suas condiçõesde vida como boas, às vezes como ótimas,chegando a dizer que não têm do que reclamar.Essa percepção de elementos positivos, que foidenominada de “indicação de adaptação” no planode análise dos resultados, sinaliza a resignação epassividade [4,9] diante de condições objetivas devida muito adversas e que merecem a atenção dacomunidade e do Estado, pois impedem odesenvolvimento saudável dos indivíduos e daprópria sociedade. Há outros argumentos que nosmostram a realidade é captada como um dadoestático, conforme descrito por Iasi (1999) ao nosdescrever os sentimentos, pensamentos ecomportamentos referentes à alienação.A partir da caracterização dos entrevistados e dasrespostas fornecidas ao nosso grupo de pesquisapodemos ver que a situação concreta da moradia,abarcando os espaços intra e peridomiciliar,apresenta uma série de adversidades,considerando as especificações da OrganizaçãoPanamericana de Saúde (1999). Visto osargumentos encontrados, que em sua maioriaapontavam para a necessidade de melhorias naprópria casa, pode-se concluir que as mesmas nãosatisfazem por completo as necessidadesparticulares da vida familiar e pessoal. Com relaçãoao espaço peridomiciliar, embora haja eletricidade,encanamento e sinal de TV, elementos essessugeridos pela OPS (1999), a comunidade écarente de serviços de saúde e não há vigilância ouatenção primária ambiental, fazendo com que o lixonas ruas favoreça o surgimento de vetores dedoenças. Logo estes que, de acordo com odocumento divulgado pela organização, são osserviços mais necessários.Outros fatores de risco indicados pela organizaçãoe vistos na comunidade são a falta de acabamentoe a necessidade de reforma das casas, pois afissura do material utilizado nas construçõesemitem substâncias prejudiciais à saúde dosmoradores. A moradia deve oferecer, também,abrigo resistente aos impactos naturais e sociais e,podemos concluir que suas moradias exercemrelativamente bem essa função já que osentrevistadores relataram existir crianças que ficamdentro de casa como medida de segurança. Noentanto, sofrem a influência inevitável do espaçoperidomiciliar, que expõe tais indivíduos a situaçõescomo a violência e o tráfico de drogas.A renda dos sujeitos é um outro elemento a serconsiderado na análise de suas condições objetivasde vida. Vemos que 59% dos entrevistados têmrenda abaixo de três salários mínimos, sendo que amaioria recebe entre 1 e 2 salários. Entre a maioriados entrevistados há duas pessoas no grupofamiliar trabalhando seguidos de perto dos gruposfamiliares em que há apenas uma. Aliás, a maiorparte dos entrevistados mora em quatro pessoas nacasa. Considerando o grupo de pessoas quemoram em quatro, dois trabalham ganhando umsalário mínimo, chegaremos a uma renda familiarmínima de R$ 1.090,00 e máxima de R$2.180. Nocaso dos grupos familiares em que apenas umtrabalha, a renda familiar está entre R$ 545 e R$1.090.De acordo com o Critério de ClassificaçãoEconômica Brasil [1], o primeiro grupo familiar estáincluído ou na classe B2 ou na C2, enquanto osegundo se incluiria ou na classe D ou na C2.Devemos considerar além desses casos, que aindahá as famílias que são compostas por até novepessoas e, também, há aqueles que moramsozinhos. Em suma, temos alguns indivíduosdesempregados, mas a maioria possui uma rendafamiliar mínima de R$ 545, variando o número depessoas a que essa renda deve sustentar.Quanto aos índices de desenvolvimento humano ede desigualdade sugeridos pelo PNUD (2010) épossível afirmar que os entrevistados não sãoconsiderados multidimensionalmente pobres,apesar de vivenciarem adversidades e restrições.O papel da psicologia é de extrema importância esingularidade perante esta situação de alienação efatalismo. Vivemos numa sociedade desumanizadae desumanizante, que submete muitas pessoas àsituações extremas. Em oposição a isso glorifica oexplorador, o sacana, que consegue realizar suasconquistas sem se importar com as consequênciasde suas ações. A sociedade capitalista cria e recriauma série de mecanismos para manter essasituação, acreditando fielmente que sua forma degoverno, de modo de produção, é a melhor. É namedida em que esses mecanismos se utilizam daideologia, do senso comum e da alienação para seefetivarem, que a atuação do psicólogo se mostraessencial.Diante deste quadro só o psicólogo possui certosconhecimentos e técnicas para promover aconscientização e o fortalecimento dos grupos


Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica eI Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da <strong>PUC</strong>-<strong>Campinas</strong>27 e 28 de setembro de 2011ISSN 1982-0178excluídos e submetidos à violência que a sociedadecapitalista lhes reserva. Nesse trajeto é necessáriose apropriar da produção de outras áreas sob oviés da psicologia e, sem dúvida, se unir à outrosprofissionais e sujeitos inseridos no grupo emquestão.A conscientização e fortalecimento destes grupossão a única solução para transformarmos asociedade atual. E diante do fato de que ocapitalismo degrada a humanidade dos sereshumanos e, consequentemente, a raça humana e oplaneta, vemos que a conscientização e ofortalecimento em busca de justiça e de igualdadesocial são a única solução para a vida em todas assuas formas de expressão.CONSIDERAÇÕES FINAISVemos que apesar de todas essas condiçõesobjetivas adversas os entrevistados não sãoclassificados pelo PNUD (2010) comomultidimensionalmente pobres, ou seja, não sãovistos pelos órgãos a serviços do Estado comoestando em situação alarmante. E também sãorelativamente bem classificados a partir da ABEP(2010), como um público alvo extenso einteressante para as empresas. Sendo assimpodemos concluir que o Estado, nossosgovernantes e empresários dificilmente olharãopara esta comunidade visando sua melhoria. O queevidencia ainda mais a importância deste projetopara explicitar e denunciar as condições objetivas aque estão submetidas não só esta comunidade,mas grande parte da população do Brasil e domundo. E mais, que estão submetidas a estascondições devido à negligencia dos governantes eao fatalismo dos governados.Por isso é tão importante o investimento empesquisas que gerem meios para a transformaçãosocial. Inclusive por isso que é essencial e urgentea desideologização da psicologia, a ampliação doviés dos psicólogos para abarcar os povos que têmsofrido os efeitos colaterais do capitalismo háséculos e assim continuarão se não houvercontrapartida.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS[1] Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa(2010). Critério de Classificação Econômica Brasil.Recuperado em 20 de dezembro de 2010, emhttp://www.abep.org/novo/Content.aspx?ContentID=302[2] Duarte, N. (2004, abril). Formação do Indivíduo,Consciência e Alienação: o ser humano napsicologia de A. N. Leontiev. Cad. Cedes, 24(62),44-63;[3] Guzzo, R.S.L. & Lacerda Jr , F. (2007).Fortalecimento em Tempo de Sofrimento: reflexõesSobre o Trabalho do Psicólogo e a RealidadeBrasileira. Revista Interamericana dePsicologia/Interamerican Journal of Psychology,Vol. 41, Num. 2, pp. 231-240[4] Goss, K. P. & Prudencio, K. (2004, janeiro-julho).O conceito de movimentos sociais revisado. RevistaEletrônica dos Pós-Graduandos em SociologiaPolítica da UFSC. Vol.2, 1(2). p.75-91.[5] Guareschi, P. A. (2007). Mídia e Democracia: oquarto versus o quinto poder. Revista Debates. v.1,n.1, p.6-25.[6] Iasi, M. L. (1999). Processo de Consciência. SãoPaulo: CPV.[7] Martín-Baró, I. (1996). O papel do Psicólogo.Estudos de Psicologia, 2(1), 7-27;[8] Martín-Baró, I. (1983/2009). Para uma psicologiada libertação. In: Guzzo, R. S. L. & Lacerda Jr, F.(orgs). (2009). Psicologia Social para a AméricaLatina: o resgate da Psicologia da Libertação.<strong>Campinas</strong>, SP: Editora Alínea.[9] Montero, M. (2011). A Tensão entre oFortalecimento e as influências alienadoras notrabalho psicossocial comunitário e político. In:Guzzo, R.S.L. & Lacerda Jr, F. (orgs) (2011).Psicologia & Sociedade: interfaces no debate sobrea questão social. <strong>Campinas</strong>, SP: Editora Alínea. p.65-81.[10] Organização Panamericana de la Salud;Organización Mundial de la Salud & División deSalud y Ambiente. (1999) Documento de posiciónsobre Políticas de Salud en la Vivienda.Washington, D.C. y La Habana, Cuba.[11] PNUD (2010). Relatório do DesenvolvimentoHumano 2010. Recuperado em 04 de maio de2011, em http://www.pnud.org.br/rdh/.[12] Sloan, T. (2009). Globalização, Pobreza eJustiça Social: Papéis para os psicólogos. In:Guzzo, R. S. L. & Lacerda Jr, F. (orgs). (2009).Psicologia Social para a América Latina: o resgateda Psicologia da Libertação. <strong>Campinas</strong>, SP: EditoraAlínea.[13] Vieira, E. M. & Ximenes, V. M. (2008).CONSCIENTIZAÇÃO: Em que interessa esteconceito à psicologia. Psicol. Argum., jan./mar.,26(52), 23-33.

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