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Os Planos de Saúde Empresariais no Brasil: Notas para a Regulação ...

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2homogeneização e diluição dos riscos <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s grupos resulta em padrõesassistenciais mais pródigos e <strong>de</strong> me<strong>no</strong>r custo (pelo me<strong>no</strong>s 60% mais baixos) do que oscontratos individuais. Daí a ênfase dos instrumentos legais <strong>no</strong>s pla<strong>no</strong>s individuais.Contudo a restrita formalização dos contratos <strong>no</strong> âmbito das empresasempregadoras e sobretudo a influência <strong>de</strong>stes gran<strong>de</strong>s compradores <strong>de</strong> pla<strong>no</strong>s eserviços privados <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> e as possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> relação entre a ANS e osestabelecimentos empresariais <strong>de</strong>ve ser examinada, consi<strong>de</strong>rando-os como um doselementos centrais <strong>de</strong>ste mercado <strong>de</strong> assistência médica suplementar. Por outro ladoas transformações <strong>no</strong> mercado <strong>de</strong> trabalho - redução das gran<strong>de</strong>s plantas industriais,precarização e informalização do trabalho - afetam o mercado <strong>de</strong> assistência médicasuplementar remetendo à ANS mais um <strong>de</strong>safio: o <strong>de</strong> regulação, monitoramento daviabilida<strong>de</strong> assistencial e econômico-financeira e estímulo aos contratos <strong>para</strong>trabalhadores <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> me<strong>no</strong>r porte e autô<strong>no</strong>mos.A Constituição do Mercado <strong>de</strong> <strong>Pla<strong>no</strong>s</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>Empresariais</strong>Des<strong>de</strong> seu início, o empresariamento da medicina <strong>no</strong> <strong>Brasil</strong> esteve fortementeligado a <strong>de</strong>terminadas <strong>de</strong>mandas <strong>de</strong> entida<strong>de</strong>s empresariais, especialmente da indústria<strong>de</strong> São Paulo que buscava alternativas assistenciais mais eficientes do que a daPrevidência Social <strong>para</strong> seus trabalhadores. As empresas médicas (cooperativasmédicas e empresas <strong>de</strong> medicina <strong>de</strong> grupo), incentivadas pelas políticas <strong>de</strong> privatizaçãoemanadas da Previdência Social surgiram em São Paulo, em meados da década <strong>de</strong> 60se expandiram durante os a<strong>no</strong>s 70 através dos convênios-empresa. Estes convêniosforam financiados pela Previdência através <strong>de</strong> pagamento per capita dos trabalhadores eseus <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes <strong>para</strong> empresas que optassem pelo atendimento <strong>de</strong> seustrabalhadores por medicinas <strong>de</strong> grupo, empresas médicas ou estruturassem uma re<strong>de</strong> <strong>de</strong>provedores <strong>de</strong> serviços administrada pela própria empresa (Cor<strong>de</strong>iro, 1984, Giffoni, 1981,Bahia, 1999). No final dos a<strong>no</strong>s 70, os convênio-empresa <strong>de</strong>ixaram <strong>de</strong> ser intermediadospela Previdência Social, passando a ser celebrados diretamente entre empresasempregadoras e as empresas médicas.Até meados dos a<strong>no</strong>s 80, do mercado <strong>de</strong> pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> estava, quase queexclusivamente conformado pelos pla<strong>no</strong>s empresa. Nesta época, uma parte significativa

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