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1 - Biblos

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Portugués26Pepetela, Artur Maurício Pestana dos Santos«Eu soupessoalmenteoptimista, mas nãoo pode ser a minhaliteratura porqueo tempo não lhepermite»Guerrilheiro, sociólogo, professor, político eParábola do cágado velhoDom Quixote Capa mole15,5 × 23,5 cm 184 páginasISBN: 972-20-2053-612,50 €PredadoresDom Quixote Capa mole15,5 × 23,5 cm 150 páginasISBN: 972-20-2895-217,75 €As aventuras de NgungaDom Quixote Capa mole11 × 18 cm 176 páginasISBN: 972-20-2318-74,99 €Á venda só en pedido conxunto por importe superior a 9 €MayombeDom Quixote Capa mole14 × 21 cm 290 páginasISBN: 972-20-111-6-215,50 €Octavio Rodríguez AraujoEsquerdas eesquerdismo.Da Primeira Internacional a Porto Alegre.Na actualidade existe uma evidentevisão comum na maioría das comunidadesteóricas ou de acção políticadas esquerdas: a oposição à globalizaçãoneoliberal.A pregunta é se aschamadas novas esquerdas são capazesde propor outras soluções alémda sua oposição, de manter objectivosclaros no meio da sua composiçãoplural. A intenção deste livro é fazeruma reflexão do que têm sido as esquerdase o esquerdismo, e apresentauma ilação de discussões e acontecimentosdesde a Primeira Internacionalaté ao segundo Fórum Social Mundialde Porto Alegre que, como experiências,podem apontar uma direcção parao futuro.Campo das Letras Capa mole13,5 x 21 cm 232 páginasISBN: 978-989-625-039-115,75 €Portugués27activista cultural são outras tantas facetas quealimentam o escritor que sempre quis ser e é ArturMaurício Pestana dos Santos (Benguela, 1941),angolano branco, descendente de portugueses,internacionalmente conhecido como Pepetela.Publicou mais de uma dúzia de romances, entreAs aventuras de Ngunga (1973) e Predadores(2005). Dez anos depois de lhe terem concedido oPrémio Camões, a AELG outorga-lhe a distinçãode «Escritor Galego Universal». Esta é umaoportunidade para ouvi-lo e lê-lo.M. Felisa Rodríguez Prado(Universidade de Santiago deCompostela)P – Pepetela é apenas o seu nomeliterário ou é mais do que isso?R – Pepetela foi o meu nome deguerra, tradução para kimbundodo meu verdadeiro apelido, Pestana.Mais tarde usei-o como pseudónimoliterário.P – Engano-me ao supor que essenome já terá dado lugar a equívocos?R – Equívocos terá havido alguns.Por vezes troca de sexo, pensandoque é um nome feminino. Mas acerta altura pessoas confundiamas cores por causa do nome.P – Viveu um período muito intensocomo guerrilheiro, mas depois issoacabou e surgiu com força o escritor.Ou não é bem assim?R – Acho que o escritor nasceu antes,quando ainda era muito joveme comecei a escrever. Fui guerrilheiro,como muitas outras coisasmais, mas sempre vendo a vidapara ser escrita. E nunca deixandode escrever histórias, mesmose não as publicava.P – É a primeira vez que vem à Galiza.O que sabe dela e de nós, galegos?R – Conheço pouco, em comparaçãocom outras regiões da Europa. Quiso destino que tenha estado poucasvezes em Espanha e nunca na Galiza.Aliás, também conheço male relativamente há pouco tempoa parte norte de Portugal. Mas éclaro que tenho referências culturaise históricas da Galiza, por umlado ligadas à história de Portugalque estudei quando fazia partedo Império e por outro pela suarica literatura.P – Para aqueles que aqui nuncaouviram falar em Pepetela ou mesmoem literatura angolana, comose apresentaria, num breve auto-retrato?R – A literatura angolana tem jáum corpus importante de obrase certa continuidade desde o séculoXIX, com forte influência daliteratura europeia (portuguesaem particular) mas também doBrasil. Sempre foi uma literaturamuito preocupada com a análisesocial e até mesmo com objectivospolíticos. O próprio rumo perturbadodo País levou a literaturaa ter a vertente social e políticamuito presente.Eu enquadro-me nessa linha, atépor causa do meu percurso pessoal,em que lutei pela Independência,tive cargos políticos, paradepois me «reformar» da políticaaos quarenta anos para me tornarprofessor. Isso deve reflectir-se nasminhas preocupações e no que escrevo,tentando por vezes analisara sociedade do momento ou entãoir ao passado tentar compreendero que nos levou a ser como somosFoto: Jorge Nogueirahoje. Muitas vezes a história emAngola está mesclada com mitos,por isso me socorro deles.P – O que é que o Pepetela escritordeve ao sociólogo e ao professor,ou vice-versa?R – Estudei Sociologia porquequeria compreender a sociedadepara poder escrever sobre ela(ou sobre elas). Estudei e trabalheicomo sociólogo para atingira literatura, portanto. O ter sidoprofessor foi um acidente nãodesejado, mas leva-me a ter contactopermanente com jovens ecompreender os seus anseios efrustrações. Tudo isso serve o escritor,como é óbvio.P – Mantém alguma rotina ou hábitosespeciais à hora de escrever?R – Não tenho hábitos especiais.Antes só escrevia à noite (tinha osdias demasiado ocupados), depoispassei a escrever só de manhã, hojeescrevo sobretudo à tarde… Normalmenteuso música de fundo,instrumental ou clássica, mas muitobaixa para não a ouvir.P – Tem afirmado, em numerosasocasiões, que um dos seus objectivosfundamentais, como escritor,é fazer pensar, obrigar a reflexionar...e não deixar o leitor fugir! Emque medida se relaciona isto com ouso e a reescrita da história, talvezo traço mais caracterizador do conjuntoda sua obra?R – Acho que o escritor não tem deapontar caminhos e solução paraos problemas das sociedades, massim chamar a atenção para eles elevar as pessoas a reflectir sobreesses problemas. No caso de paísesjovens, onde se está em constantetrabalho de formação da nacionalidade,é comum trabalhar-seo passado para nele se encontraremcertas linhas de força identitárias.São sociedades frágeis,com muitos factores de ruptura,por isso necessitam de um cimentoque as faça unir, um Nós colectivoque lhes dê identidade, o que podeser a crença em heróis comunsou um passado honroso. Tem sidoum pouco esse o meu cuidado. Noentanto, tenho podido fugir porvezes a essa “obrigação” e escreversobre outras coisas.P – Na Galiza é especialmente conhecidoatravés do romance Mayombe,que foi uma verdadeira iniciação paramuitos dos que nos convertemos emleitores das literaturas africanas. Seriaum dos títulos escolhidos por Pepetelapara a aproximação da sua vastaobra? Quais outros colocaria?R – É difícil responder a isto. Claroque o Mayombe marcou, não apenasa minha obra. Mas há livrosmuito diferentes, como A GloriosaFamília, Lueji, Yaka (para referirlivros de cariz mítico-histórico), ouParábola do Cágado Velho, ou JaimeBunda, Agente Secreto. São momentosdiferentes, por isso retratadosde forma diferente.P – Teme que a presença do conflitocolonial, da guerra, da violência,do abuso de poder e da perda devalores morais na sociedade tornea sua obra excessivamente datadae/ou pessimista?R – As obras que respondem anecessidades sociais são forçosamentedatadas. Por vezes surpreendemos próprios autores, resistindomelhor ao tempo. Gostariaque isso acontecesse com as minhas,mas quem sou eu para o julgar?Tento, como já disse, variar.Mas é verdade que a realidade domundo dificilmente leva um escritora ser optimista. Eu sou pessoalmenteoptimista, mas não o podeser a minha literatura porqueo tempo não lhe permite.P – É conhecido como autor de romances,mas foi com contos quese estreou literariamente. Veremosainda o seu regresso à narrativabreve?R – Embora pratique pouco, nuncaabandonei totalmente a narrativabreve, sejam contos sejam crónicas.Mas onde me sinto mais àvontade é no género romance.O meu livro O Cão e os Calús é nofundo um conjunto de narrativascurtas, ligadas por um fio condutor,um cão.P – O que tem entre mãos nestemomento?R – Neste momento estou a escreverqualquer coisa totalmentediferente do que fiz até hoje(suponho, embora admita equivocar-me),mas não sei se serápublicado (ou publicável).P – Já convertido num mito (vivo)da literatura angolana, qual é a suarelação com as novas gerações de escritoresdo país? Poderia indicar algunsnomes dos mais jovens?R – Tento manter um relacionamentopróximo com os meus colegas,embora a vida nem sempreo facilite. Vejo com preocupaçãoque não tem havido uma renovaçãode gerações na literaturaangolana e poucos nomes de escritoresjovens podem já ser revelados.Há algumas esperanças, masnormalmente todos ultrapassandoos trinta anos de idade, com aexcepção de Onjaki que se afirmoumuito novo ou Luís Fernando, quese vai afirmando. Até pode havermuita gente a escrever e com realtalento, mas existem dificuldadesmuito grandes para publicarem,porque as casas de edição nãoapostam em pessoas desconhecidas,numa economia dita de mercado.Os escritores angolanos hojeconhecidos foram geralmentepublicados nos primeiros anos depoisda Independência, momentorevolucionário em que não sefaziam contas de merceeiro paradecidir sobre a edição ou não deuma obra.PAUL PRESTONPombas de guerra.Quatro mulheres naGuerra Civil de EspanhaUma aristocrata, uma comunista,uma intelectual e uma fascista.M.Santos Costa Benney fai atradução do libro do grande hispanista.Campo das Letras Capa mole16 x 21 cm 480 páginasISBN: 978-989-625-113-021 €ALEXANDRA MACEDOManequins,agências &companhia.Tudo que debe saber parainiciar uma carreira nomundo da modaUm mundo que tem inúmeros encantose dificultades específicas.Campo das Letras Capa mole13,5 x 21 cm 212 páginasISBN: 978-989-625-136-912,60 €VV. AA.Para a compreensãohistórica da infânciaConxunto de textos produzido noâmbito do proxecto «A infância ea sua educação (1820-1950). Materiais,práticas e representações(Portugal e Brasil)».Campo das Letras Capa mole15,5 x 24 cm 364 páginasISBN: 978-989-625-126-022,05 €HUMBERTO BARBOSAMétodo personaDesmistifica as dietas sensasionalistase explica que a verdadeirasaúde,beleza, bem-estar e longevidadesó se alvançam a partirdo interior. Os principios que constituema base natural para o prolongamentoda vida.Livros D´Hoje Capa mole22 × 22 cm 184 páginasISBN: 978-972-20-3294-022 €

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