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mais interno de maior altitude, que limita lagoas de ... - rio.rj.gov.br

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é influenciado pelo regime <strong>de</strong> marés. O segundo inicia-se do final do canal <strong>de</strong> Marapendi eprolonga-se até o segundo estrangulamento <strong>de</strong> leste para oeste, entre dois bolsões, numa regiãobastante estreita e <strong>de</strong> pouca profundida<strong>de</strong> (cerca <strong>de</strong> 40 cm, com maré baixa), ainda sob influência<strong>de</strong> maré. O terceiro compartimento vai <strong>de</strong>ste ponto até a extremida<strong>de</strong> oeste da laguna, on<strong>de</strong>localiza-se o Par<strong>que</strong> Municipal Ecológico, caracterizando-se pela inexistência <strong>de</strong> influência salina.Esta laguna <strong>de</strong>staca-se ainda, <strong>de</strong>ntre as <strong>de</strong><strong>mais</strong> <strong>que</strong> integram o complexo lagunar da baixada <strong>de</strong>Jacarepaguá, como a <strong>que</strong> exibe melhores condições ambientais, favorecida pelas condições <strong>de</strong>salinida<strong>de</strong> e pela ausência <strong>de</strong> <strong>rio</strong>s <strong>que</strong> po<strong>de</strong>riam carrear poluentes ao local. Assim, a sua porçãooeste, on<strong>de</strong> bancos <strong>de</strong> Ruppia maritima são comuns, mostra-se bem preservada.Contudo, FEEMA (1990) ressalta ser razoável prever-se <strong>que</strong> o fenômeno <strong>de</strong> eutroficação po<strong>de</strong>ráocorrer, principalmente na face oeste, <strong>de</strong>vido à baixa profundida<strong>de</strong>, no momento em <strong>que</strong> ovolume <strong>de</strong> esgoto lançado na laguna atingir <strong>maior</strong>es proporções. Cavalheira (1993), analisando amacroinfauna bentônica da laguna verificou, neste segmento da biota local, sinais <strong>que</strong> indicamum grau acentuado <strong>de</strong> comprometimento por poluição orgânica.A Lagoinha apresenta uma reduzida dimensão, sendo precária a renovação <strong>de</strong> suas águas pormeio do canal das Taxas, única via <strong>de</strong> contato com a laguna <strong>de</strong> Marapendi. Na atualida<strong>de</strong>,encontra-se parcialmente coberta por macrófitas, <strong>de</strong>vido a elevada concentração <strong>de</strong> nutrientestrazidos pela re<strong>de</strong> <strong>de</strong> drenagem <strong>de</strong> águas pluviais. Como resultado há uma proliferação <strong>de</strong>macrófitas aquáticas como Eichhornia crassipes (aguapé), Thypha domingensis (taboa-do-<strong>br</strong>ejo)e da pteridófita Acrostichum aureum (samambaia-do-<strong>br</strong>ejo).Salienta-se <strong>que</strong> em <strong>de</strong>terminadas condições <strong>de</strong> elevada temperatura e aporte <strong>de</strong> nutrientes, areprodução da primeira espécie po<strong>de</strong> promover o inteiro reco<strong>br</strong>imento do espelho d’água <strong>de</strong>stape<strong>que</strong>na laguna.3.2.5.5 A Pesca LagunarA pesca artesanal existe em toda a zona costeira <strong>br</strong>asileira, do Amapá ao Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, e ospescadores envolvidos nesta ativida<strong>de</strong> operam em áreas próximas da costa e em águasprotegidas, baias e <strong>lagoas</strong> costeiras, <strong>que</strong> são comumente o criadouro para o camarão e outrasespécies <strong>de</strong> pescado marinho (Barroso, 1989).Pescadores profissionais encontram-se comumente associados em colônias, cujoestabelecimento foi resultado da missão <strong>de</strong> nacionalização da pesca e da organização <strong>de</strong> seusserviços no litoral do Brasil, <strong>de</strong>senvolvido entre 1919 e 1926 pelo cruzador José Bonifácio, <strong>que</strong>percorreu a costa <strong>br</strong>asileira do cabo Orange ao canal do Chuí.Nesta época, os pescadores da baixada <strong>de</strong> Jacarepaguá foram reunidos na Colônia Z 14,distribuindo-se em pe<strong>que</strong>nos portos <strong>que</strong> margeavam as <strong>lagoas</strong> da Tijuca e do Camorim.Possuíam ainda um núcleo na restinga <strong>de</strong> Jacarepaguá, on<strong>de</strong> podia-se verificar a presença <strong>de</strong>“várias casas <strong>de</strong> pescadores feitas <strong>de</strong> sopapo, entre as pitangueiras; à som<strong>br</strong>a <strong>de</strong>stas, mesas ebancos para turistas e forasteiros <strong>que</strong> ali vão saborear sua matalotagem” (Correa, 1936).Originalmente, a pesca local era abundante, figurando entre as principais espécies capturadas atainha (M. lisa), a corvina (Micropogonias furnieri), o robalo (Centropomus parallelus), a caraúna(Geophagus <strong>br</strong>asiliensis) e a traíra (Hoplias malabaricus). Entre os crustáceos, a coletaconcentrava-se no caranguejo do mangue (Uci<strong>de</strong>s cordatus), no camarão verda<strong>de</strong>iro, siris(Callinects danae) e em pitus <strong>de</strong> água doce. Capturava-se, <strong>mais</strong> por esporte do <strong>que</strong> para aalimentação, o jacaré-<strong>de</strong>-papo-amarelo (Caimam latirostris), utilizando-se anzol.42

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