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importância do sipmed - milanez - essex 2010 - Escola de Saúde do ...

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1º Ten Al FELIPPE AUGUSTUS NORONHA DE OLIVEIRA MILANEZIMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE PERÍCIAS MÉDICAS DO EXÉRCITO NOCONTROLE DAS ATIVIDADES MILITARESRIO DE JANEIRO<strong>2010</strong>


1º Ten Al FELIPPE AUGUSTUS NORONHA DE OLIVEIRA MILANEZIMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE PERÍCIAS MÉDICAS DO EXÉRCITO NOCONTROLE DAS ATIVIDADES MILITARESTrabalho <strong>de</strong> conclusão <strong>de</strong> curso apresenta<strong>do</strong> àescola <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> exército como requisitoparcial para aprovação no Curso <strong>de</strong> Formação<strong>de</strong> Oficiais <strong>do</strong> Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, especializaçãoem Aplicações Complementares às CiênciasMilitaresOrienta<strong>do</strong>r: Marco Aurélio Gaspar Lessa - CapRIO DE JANEIRO<strong>2010</strong>


M637iMilanez, Felippe Augustus Noronha <strong>de</strong> OliveiraImportância <strong>do</strong> Sistema <strong>de</strong> Perícias Médicas <strong>do</strong> Exército nocontrole das ativida<strong>de</strong>s militares / Felippe Augustus Noronha <strong>de</strong>Oliveira Milanez. - Rio <strong>de</strong> Janeiro, <strong>2010</strong>.17 f. ; 30 cmOrienta<strong>do</strong>r: Marco Aurérilo Gaspar LessaTrabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso (especialização) – <strong>Escola</strong><strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Exército, Programa <strong>de</strong> Pós-Graduação emAplicações Complementares às Ciências Militares, <strong>2010</strong>.Referências: f. 16-17.1. Brasil - Exército. 2. Perícia médica. 3. Sistema <strong>de</strong> PeríciasMédicas. 4. SIPMED. I. Lessa, Marco Aurélio Gaspar. II. <strong>Escola</strong><strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Exército. III. Título.CDD 614


1º Ten Al FELIPPE AUGUSTUS NORONHA DE OLIVEIRA MILANEZIMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE PERÍCIAS MÉDICAS DO EXÉRCITO NOCONTROLE DAS ATIVIDADES MILITARESCOMISSÃO DE AVALIAÇÃOMARCO AURÉLIO GASPAR LESSA - CapOrienta<strong>do</strong>rJOSÉ EMÍLIO ALVES VIEIRA – TCCoorienta<strong>do</strong>rMÁRCIO ANDRÉ BUENO – MajAvalia<strong>do</strong>rRIO DE JANEIRO<strong>2010</strong>


AGRADECIMENTOSAgra<strong>de</strong>ço ao Corpo Permanente da <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Exército e aosmeus colegas <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Oficiais pela oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> convívio eaprendiza<strong>do</strong> ao longo <strong>de</strong>ste ano. Ao meu PelOpEs pela força para superar meuslimites na busca <strong>de</strong> evoluir como pessoa. Ao meu Orienta<strong>do</strong>r e meu Coorienta<strong>do</strong>rpela atenção e disponibilida<strong>de</strong>. A Dona Ione pelo café.


RESUMOObjetivo: Evi<strong>de</strong>nciar a relevância <strong>do</strong> Sistema <strong>de</strong> Perícias Médicas <strong>do</strong> ExércitoBrasileiro (SIPMED) no controle das ativida<strong>de</strong>s militares na atualida<strong>de</strong>, <strong>de</strong>stacan<strong>do</strong> otema na formação <strong>do</strong> médico militar. Méto<strong>do</strong>s: Foi realizada uma pesquisabibliográfica, qualitativa, em fontes como “internet”, livros, trabalhos prévios, e nalegislação relacionada. Desenvolvimento: A ativida<strong>de</strong> médico-pericial é um tema <strong>de</strong>preocupação atual em virtu<strong>de</strong> <strong>do</strong> número <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e <strong>do</strong>enças relacionadas como trabalho, bem como suas implicações judiciais, trabalhistas e previ<strong>de</strong>nciárias. O<strong>de</strong>sempenho da ativida<strong>de</strong> militar exige higi<strong>de</strong>z e, por sua natureza, envolveexposição e risco <strong>de</strong> danos físicos e psíquicos. Desta forma, o SIPMED surge comouma ferramenta para aprimorar, otimizar e padronizar os procedimentos médicopericiaisno âmbito <strong>do</strong> Exército Brasileiro. Conclusões: Evi<strong>de</strong>ncia-se que amo<strong>de</strong>rnização <strong>do</strong> SIPMED, ainda em fase <strong>de</strong> implementação, já <strong>de</strong>monstramelhorias no serviço, apesar das dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong> recursos estruturais e humanos,com diferencia<strong>do</strong> valor no controle das ativida<strong>de</strong>s militares. É vital que os novosMédicos <strong>de</strong> Carreira <strong>do</strong> Exército sejam capacita<strong>do</strong>s para contribuir e participar <strong>do</strong>SIPMED.Palavras-Chaves: Exército Brasileiro, Perícia médica, Sistema Informatiza<strong>do</strong> <strong>de</strong>Perícias Médicas <strong>do</strong> Exército, SIPMED.


ABSTRACTObjective: To observe the relevance of the Brazilian Army Medical Expertise Systemin the control of military activities, emphasizing the theme in the training of the militaryphysician. Methods: It was performed a qualitative literature review, using sourceslike "Internet”, books, previous works and related legislation. Development: Amedical expertise activity is a current concern because of the high numbers ofacci<strong>de</strong>nts and illnesses related to work and its judicial labor and social securityimplications. The performance of military activity requires a healthy condition, and byits nature, involves exposure and risk of physical and psychological damages. Thus,the Brazilian Army Medical Expertise System emerges as an important tool toenhance, optimize and standardize medical expertise activity within the BrazilianArmy. Conclusions: It is evi<strong>de</strong>nt that the mo<strong>de</strong>rnization of SIPMED, still un<strong>de</strong>rimplementation, has already shown improvements in service, <strong>de</strong>spite the difficultiesof structural and human resources, with important value in the control of militaryactivities. It is vital that the new Army Career Doctors be able to contribute andparticipate in the Brazilian Army Medical Expertise System.Key Words: Brazilian Army Medical Expertise System, SIPMED.


LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLASAMP - Agente Médico-PericialAsse Sau / C Mil A - Assessoria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coman<strong>do</strong> Militar <strong>de</strong> ÁreaCFO – Curso <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> OficiaisDGP - Departamento Geral <strong>do</strong> PessoalD Sau – Diretoria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> ExércitoEB – Exército BrasileiroEsSEx – <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> ExércitoIRPMEx – Instruções Regula<strong>do</strong>ras das Perícias Médicas <strong>do</strong> ExércitoIS – Inspeção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>JIS – Junta <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>JISE - Junta <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> EspecialJISE/Rev - Junta <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Especial RevisionalJISR - Junta <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> RecursosLTSP - Licença para Tratamento <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> PrópriaLTSPF - Licença para Tratamento <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Pessoa da FamíliaMPGu - Médico Perito <strong>de</strong> GuarniçãoMPOM - Médico Perito <strong>de</strong> Organização MilitarSIPMED – Sistema Informatiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> Perícias Médicas <strong>do</strong> ExércitoSSR - Seção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> RegionalVAFM - Verificação <strong>de</strong> Aptidão Física e Mental


SUMÁRIO1 INTRODUÇÃO.................................................................................................102 REFERENCIAL TEÓRICO .............................................................................112.1 HIERARQUIZAÇÃO DO SIPMED...................................................................112.1.1 ORGÃOS DE DIREÇÃO ......................................................................122.1.2 ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO...................................................................122.2 ATIVIDADES MILITARES................................................................................133 CONCLUSÃO..................................................................................................14REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..........................................................................16


101. INTRODUÇÃOA perícia médica é um ato privativo <strong>do</strong> médico, seja civil ou militar, e constituise<strong>de</strong> toda propedêutica ou exame realiza<strong>do</strong> para auxiliar as autorida<strong>de</strong>s naformação <strong>de</strong> juízo pertinente à função que exerce, seja na esfera administrativa oujudicial. O Código <strong>de</strong> Processo Civil, art. 420, <strong>de</strong>fine que: “a prova pericial consisteem exame, vistoria ou avaliação” e, via <strong>de</strong> regra, objetiva <strong>de</strong>terminar o esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> pericia<strong>do</strong>, sua capacida<strong>de</strong>, incapacida<strong>de</strong> ou redução da capacida<strong>de</strong>laborativa e geral. Os produtos finais das perícias são os pareceres, que servirão <strong>de</strong>subsídios para a tomada <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão sobre direito pleitea<strong>do</strong> ou situação apresentada.Atualmente, existe um intenso <strong>de</strong>bate acerca das perícias médicas em virtu<strong>de</strong>da crescente incidência <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes e <strong>do</strong>enças relacionadas com o trabalho emnosso País, bem como <strong>de</strong> suas implicações judiciais, trabalhistas e previ<strong>de</strong>nciárias.A escolha <strong>de</strong>ste tema reflete a sua importância no meio militar, on<strong>de</strong>, durante toda asua carreira, o profissional enfrenta situações <strong>de</strong> risco com reais possibilida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>danos físicos, psíquicos, com ou sem seqüelas e até mesmo a morte.A recente aprovação da nova legislação médico-pericial <strong>do</strong> Exército,publicada em setembro <strong>de</strong> 2009, <strong>de</strong>monstra a atenção que o Alto-Coman<strong>do</strong> <strong>do</strong>Exército tem da<strong>do</strong> ao tema. Trata-se <strong>de</strong> mais um instrumento <strong>de</strong> gestão, específicopara a saú<strong>de</strong>, que compõe o programa <strong>de</strong> aprimoramento e mo<strong>de</strong>rnização dasestruturas organizacionais e das práticas <strong>de</strong> planejamento <strong>do</strong> orçamento e controle<strong>do</strong>s recursos no Exército Brasileiro.Desta forma, é reconhecida a necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> que os novos médicos militarestenham uma formação que proporcione conhecimento diferencia<strong>do</strong> na área dasperícias médicas e que ao final <strong>do</strong> curso tenham plenas condições <strong>de</strong> atuarem comoperitos nas suas OM ou guarnições, bem como <strong>de</strong> utilizar corretamente o SistemaInformatiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> Perícias Médicas <strong>do</strong> Exército (SIPMED) como ferramenta <strong>de</strong>trabalho. Este trabalho objetiva reunir o conteú<strong>do</strong> que trata <strong>do</strong> tema através <strong>de</strong>revisão da literatura existente e da legislação em vigor, colaboran<strong>do</strong> para aconsolidação <strong>do</strong> tema na formação <strong>do</strong> aluno <strong>do</strong> Curso <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> Oficiais.


112. REFERENCIAL TEÓRICOHistoricamente, no Brasil, tem-se a Junta <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> da Marinha e<strong>do</strong> Exército, criada por Decreto Imperial em 1858, como a primeira tentativa <strong>de</strong> seexecutar perícias médicas e inpeções <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> em oficiais e praças. Porém,somente em 1922 foi instituí<strong>do</strong> o Sistema <strong>de</strong> Perícias médico-legais <strong>do</strong> Exército,vincula<strong>do</strong> à, então, <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Aplicação Médico-militar, hoje <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>Exército.O crescente contingente militar e o exponencial avanço científico-tecnológicoda medicina, alia<strong>do</strong>s as progressivas implicações judiciárias relacionadas àsativida<strong>de</strong>s militares, exigiram a evolução <strong>de</strong> um sistema hierarquiza<strong>do</strong> quepermitisse um melhor controle e organização das perícias médicas no âmbito dasForças Armadas. Com isto, a Diretoria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Exército (DSau) foi incumbidada missão técnica e normativa das perícias médicas, fican<strong>do</strong> o Departamento Geral<strong>do</strong> Pessoal (DGP) responsável pelas <strong>de</strong>cisões <strong>do</strong>s pareceres médico-periciais quegeram concessão <strong>de</strong> direitos.Estes órgaos <strong>de</strong>senvolveram então, o Sistema Informatiza<strong>do</strong> <strong>de</strong> PeríciasMédicas (SIPMED) que é um sistema <strong>de</strong> tecnologia da informação <strong>de</strong> prestação <strong>de</strong>serviços através da internet para aten<strong>de</strong>r ao Exército Brasileiro, especificamente naárea <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, fornecen<strong>do</strong> as informações necessárias ao bom andamento eeficácia <strong>do</strong>s procedimentos <strong>de</strong> perícias médicas.O SIPMED foi concebi<strong>do</strong> com o objetivo primordial <strong>de</strong> orientar os trabalhosdas Assessorias <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Coman<strong>do</strong>s Militares <strong>de</strong> Área (Asse Sau / C Mil A), dasSeções <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Regionais (SSR), das Seções <strong>de</strong> Perícias Médicas <strong>de</strong>Organizações Militares <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>, das Juntas <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (JIS) e <strong>do</strong>sMédicos Peritos, no tocante à padronização <strong>do</strong>s procedimentos relativos àsativida<strong>de</strong>s médico-periciais <strong>do</strong> Exército Brasileiro, <strong>de</strong>finidas nas InstruçõesRegula<strong>do</strong>ras das Perícias Médicas <strong>do</strong> Exército (IRPMEx).2.1 – HIERARQUIZAÇÃO DO SIPMEDO SIPMED constituí-se <strong>de</strong> órgãos <strong>de</strong> direção e órgãos <strong>de</strong> execução,organiza<strong>do</strong>s segun<strong>do</strong> o princípio da hierarquia funcional.


122.1.1 – Órgãos <strong>de</strong> DireçãoResponsáveis pelo gerenciamento e controle das ativida<strong>de</strong>s, obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> aseguinte precedência:I – O DGP é o centro das <strong>de</strong>cisões. É responsável por estabelecer osobjetivos gerais e gerenciar os processos <strong>de</strong> perícias médicas bem como aprovar asinstruções regula<strong>do</strong>ras ou normas técnicas sobre as perícias no âmbito <strong>do</strong> Exércitoe, ainda, a implementação, manutenção e atualização <strong>do</strong> SIPMED.II – A D Sau, diretamente subordinada ao DGP, é o órgão <strong>de</strong> apoio técniconormativoe <strong>de</strong> assessoramento. Elabora as Normas Técnicas, estuda e propõemudanças na legislação relacionada e orienta tecnicamente os integrantes <strong>do</strong>SIPMED.A Dsau ainda dispõe da sua Subdiretoria <strong>de</strong> Legislação e Perícias Médicas,criada em 2009, cuja principal atribuição é a coor<strong>de</strong>nação <strong>do</strong>s trabalhos <strong>de</strong> inspeção<strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>do</strong>s militares e seus <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes.III - As Regiões Militares, por intermédio das suas Seções <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>Regionais (SSR), são responsáveis pelo planejamento, supervisão, auditagem,orientação, coor<strong>de</strong>nação e controle das ativida<strong>de</strong>s médico-periciais na sua área <strong>de</strong>abrangência.2.1.2 – Órgãos <strong>de</strong> ExecuçãoRepresenta<strong>do</strong>s pelas Juntas <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> (JIS) e por MédicosPeritos (MP), que funcionam como Agentes Médico-Periciais (AMP), obe<strong>de</strong>cen<strong>do</strong> aseguinte precedência:I – Junta <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Especial Revisional (JISE/Rev), responsávelpor emitir pareceres médico-periciais em terceira instância. É constituída pelareunião formal <strong>de</strong> três (03) ou mais médicos, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>, quan<strong>do</strong> necessário, integrarprofissionais <strong>de</strong> outras áreas correlatas. Tem caráter temporário, sen<strong>do</strong> <strong>de</strong>signadapelo Comandante da Região Militar para funções periciais específicas, <strong>de</strong>finidas pelaautorida<strong>de</strong> instaura<strong>do</strong>ra no seu Boletim <strong>de</strong> <strong>de</strong>signação.II – Junta <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> Recursos (JISR) é o AMP constituí<strong>do</strong> pelareunião formal <strong>de</strong> três (03) ou mais médicos, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> integrar, quan<strong>do</strong> necessário,profissionais <strong>de</strong> outras áreas, que exercem, em caráter permanente, inspeções <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> em grau <strong>de</strong> revisão e recurso geralmente em segunda instância.III - Junta <strong>de</strong> Inspeção <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> Especial (JISE) é o AMP <strong>de</strong> caráter


13temporário constituí<strong>do</strong> pela reunião formal <strong>de</strong> três (03) ou mais médicos, po<strong>de</strong>n<strong>do</strong>integrar profissionais <strong>de</strong> outras áreas. Estas juntas, são <strong>de</strong>signadas peloComandante da Região Militar, para exercerem funções periciais especificadas noseu Boletim <strong>de</strong> <strong>de</strong>signação, emitin<strong>do</strong> pareceres em primeira instância.IV - Médico Perito <strong>de</strong> Guarnição (MPGu) é o AMP <strong>de</strong> caráter permanente daGuarnição Militar. A ativida<strong>de</strong> é exercida por médico militar <strong>de</strong> carreira <strong>do</strong> EB<strong>de</strong>signa<strong>do</strong> pelo Comandante da Região Militar, a quem estiver jurisdicionada aGuarnição Militar, em Boletim Regional. É responsável pela inspeção, para todas asfinalida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s os militares e civis que lhe forem encaminha<strong>do</strong>s por autorida<strong>de</strong>competente.V - Médico Perito <strong>de</strong> Organização Militar (MPOM) é o Agente Médico-Pericial<strong>de</strong> caráter permanente da OM. É o nível hierárquico mais elementar, constituí<strong>do</strong> porum (01) médico militar <strong>do</strong> EB, <strong>de</strong>signa<strong>do</strong> em Boletim Interno da OM a que pertence.É responsável pelo controle periódico <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> pessoal militar e civil da OM,Verificação <strong>de</strong> Aptidão Física e Mental (VAFM), prorrogação <strong>de</strong> tempo <strong>de</strong> serviço econcessão <strong>de</strong> Licenças para Tratamento <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> própria (LTSP) e <strong>de</strong> pessoa dafamília (LTSPF). Sempre que necessário o MPOM é competente para encaminharcasos para inspeção pelo MPGu.2.2 – ATIVIDADES MILITARESA ativida<strong>de</strong> militar é diferenciada e, pela sua natureza, caracteriza-se pelaexposição <strong>do</strong> profissional a situações <strong>de</strong> risco <strong>de</strong> aci<strong>de</strong>ntes, lesões, físicas epsiquicas, geran<strong>do</strong> seqüelas ou não. Exige a sujeição a princípios rígi<strong>do</strong>s <strong>de</strong>hierarquia e disciplina, <strong>de</strong>dicação exclusiva ao serviço, disponibilida<strong>de</strong> permanente,mobilida<strong>de</strong> geográfica, aperfeiçoamento constante, vigor e condicionamento físico,restrição a direitos trabalhistas, tu<strong>do</strong> isso, com diversas consequência para a família.


143. CONCLUSÃOA revisão da literatura <strong>de</strong>monstrou que to<strong>do</strong> militar necessitaimprescindivelmente da ativida<strong>de</strong> médico-pericial no <strong>de</strong>correr <strong>de</strong> sua carreira,inician<strong>do</strong>-se na inspeção inicial para ingresso nos cursos <strong>de</strong> formação, e seguin<strong>do</strong>para promoção, licenciamento, reforma, permanência no serviço ativo, missão noexterior, licença para tratamento <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, isenção no imposto <strong>de</strong> renda,comprovação <strong>de</strong> invali<strong>de</strong>z, proventos <strong>de</strong> posto ou graduação superior, entre outros.Neste contexto, evi<strong>de</strong>ncia-se a irrefutável importância <strong>do</strong> Sistema Informatiza<strong>do</strong> <strong>de</strong>Pericias Médicas <strong>do</strong> Exército Brasileiro no controle das ativida<strong>de</strong>s militares.Deve ressaltar também a nobre tarefa <strong>do</strong> SIPMED na medicina preventiva,on<strong>de</strong>, através das inspeções e controles periódicos <strong>do</strong> efetivo, torna-se possível a<strong>de</strong>tecção e intervenção precoce nas patologias relacionadas ou não às ativida<strong>de</strong>smilitares, preservan<strong>do</strong> a qualida<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida, a higi<strong>de</strong>z, o moral, e a capacida<strong>de</strong>operativa da tropa.A constante e crescente evolução da ciência médica exige a mo<strong>de</strong>rnização ea<strong>de</strong>quação <strong>do</strong> SIPMED para um efetivo controle das ativida<strong>de</strong>s militares e aabordagem médico-pericial atual requer <strong>do</strong> Médico Perito uma atuação cada vezmais <strong>de</strong>talhada e precisa, <strong>de</strong> forma a não <strong>de</strong>ixar dúvidas em seus parecerestécnicos. Este, <strong>de</strong>ve estar prepara<strong>do</strong> para exercer sua função com eleva<strong>do</strong> rigortécnico e moral, sempre pauta<strong>do</strong> em uma abordagem humanística, em <strong>de</strong>trimentodas mo<strong>de</strong>rnas técnicas e méto<strong>do</strong>s diagnósticos.A relevância <strong>do</strong> tema é evi<strong>de</strong>nciada pela constante busca <strong>do</strong> aprimoramento<strong>do</strong> SIPMED pelo Alto Coman<strong>do</strong> <strong>do</strong> Exército, expressa na nova legislação, comNormas, Instruções Gerais e Regula<strong>do</strong>ras, publicadas no segun<strong>do</strong> semestre <strong>de</strong> 2009e na criação da Subdiretoria <strong>de</strong> Legislação e Perícias Médicas da Diretoria <strong>de</strong>Saú<strong>de</strong>. Percebe-se que a evolução <strong>do</strong> SIPMED tem proporciona<strong>do</strong> uma progressivamelhora na sistemática <strong>do</strong>s procedimentos e na otimização <strong>do</strong> trâmite <strong>do</strong>s processospericiais, com relevante redução <strong>do</strong> tempo <strong>de</strong> espera para atendimento <strong>do</strong>sinteressa<strong>do</strong>s, emissão <strong>do</strong>s pareceres e agilida<strong>de</strong> nas comunicações e processos.O SIPMED ainda segue em fase <strong>de</strong> implantação e enfrenta dificulda<strong>de</strong>s <strong>de</strong>recursos estruturais e humanos. A gestão <strong>do</strong>s recursos em saú<strong>de</strong> é um trabalhocomplexo e <strong>de</strong> fundamental importância para o bom planejamento e execução <strong>do</strong>atendimento à saú<strong>de</strong> no âmbito <strong>do</strong> Exército Brasileiro. Neste senti<strong>do</strong>, o SIPMED


15figura como uma ferramenta valiosa <strong>de</strong> obtenção, reunião e análise <strong>do</strong>s da<strong>do</strong>s que oGestor precisa conhecer para bem trabalhar, tu<strong>do</strong> isso, com a mo<strong>de</strong>rna dinâmica eeficiência que a informatização e integração em re<strong>de</strong>s proporciona. Gran<strong>de</strong> parte<strong>do</strong>s médicos militares não estão familiariza<strong>do</strong>s com o sistema e carecem <strong>de</strong>conhecimento sobre seu funcionamento, objetivos e importância.O entendimento <strong>do</strong> valor <strong>do</strong> trabalho pericial e as consequências advindas<strong>de</strong>le <strong>de</strong>vem fazer parte da formação <strong>do</strong> médico militar, e esta nova ferramentainformatizada, o SIPMED, chega com a premissa <strong>de</strong> auxiliar na gestão eadministração <strong>do</strong> serviço <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> ofereci<strong>do</strong> pela força terrestre. Desta forma, ofuturo gestor (hoje médico, em formação militar), <strong>de</strong>s<strong>de</strong> já, <strong>de</strong>ve estar familiariza<strong>do</strong> eapto a contribuir com informações, avaliações e análises a respeito <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> <strong>de</strong>saú<strong>de</strong> não apenas <strong>do</strong>s nossos militares e servi<strong>do</strong>res civis, bem como <strong>de</strong> toda afamília militar.


16REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS1. BRASIL, Instituto Nacional <strong>do</strong> Seguro Social. Manual <strong>de</strong> Perícia Médica daPrevidência Social. Disponível em , acesso em junho <strong>de</strong><strong>2010</strong>.2. BRASIL. Lei nº 5.869, <strong>de</strong> 11 <strong>de</strong> janeiro <strong>de</strong> 1973. Código <strong>de</strong> Processo Civil.Disponível em , acesso em maio <strong>de</strong> <strong>2010</strong>.3. BRASIL. Lei n° 6.880, <strong>de</strong> 9 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 1980. Estatuto <strong>do</strong>s Militares.Disponível em , acesso em maio <strong>de</strong> <strong>2010</strong>.4. CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA. Resolução nº 1931, <strong>de</strong> 17 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong>2009. Código <strong>de</strong> Ética Médica. Publicada no D.O.U. <strong>de</strong> 24 <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2009,Seção I, p. 90 e com retificação publicada no D.O.U. <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong> outubro <strong>de</strong> 2009,Seção I, p.173.5. EPIPHANIO, Emilio Bicalho; VILELA, José Ricar<strong>do</strong> <strong>de</strong> Paula Xavier. PeríciasMédicas, Teoria e Prática. 1ª ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Ed. Guanabara Koogan, 2009.6. EXÉRCITO BRASILEIRO, Centro <strong>de</strong> Comunicação Social <strong>do</strong> Exército. Noticiário<strong>do</strong> Exército. Ano LIII, Nº 10.666, Brasília – DF: 27 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> <strong>2010</strong>. Disponível em, acesso em maio <strong>de</strong> <strong>2010</strong>.7. EXÉRCITO BRASILEIRO, Departamento Geral <strong>do</strong> Pessoal. Portaria nº 215, <strong>de</strong> 1º<strong>de</strong> Setembro <strong>de</strong> 2009. Instruções Regula<strong>do</strong>ras das Perícias Médicas no Exército- IRPMEx (IG 30-33). Disponível em , acesso em maio <strong>de</strong><strong>2010</strong>.8. EXÉRCITO BRASILEIRO, Departamento Geral <strong>do</strong> Pessoal. Portaria nº 247, <strong>de</strong> 7<strong>de</strong> Outubro <strong>de</strong> 2009. Normas Técnicas Sobre as Perícias Médicas no Exército -NTPMEx. Disponível em , acesso em maio <strong>de</strong> <strong>2010</strong>.9. EXÉRCITO BRASILEIRO, Diretoria <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong>. Sistema <strong>de</strong> Perícias Médicas(SIPMED) – Disponível em , <strong>de</strong> 21 <strong>de</strong> julho <strong>de</strong> 2008,Acesso em maio <strong>de</strong> <strong>2010</strong>.10. EXÉRCITO BRASILEIRO, Gabinete <strong>do</strong> Comandante. Portaria nº 566, <strong>de</strong> 13 <strong>de</strong>agosto <strong>de</strong> 2009. Instruções Gerais para Perícias Médicas no Exército - IGPMEx(IG 30-11). Disponível em , acesso em maio <strong>de</strong> <strong>2010</strong>.11. MITCHELL, Gilberto <strong>de</strong> Me<strong>de</strong>iros. História <strong>do</strong> Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> ExércitoBrasileiro 1808-1911. Rio <strong>de</strong> Janeiro: <strong>Escola</strong> <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Exército, 1963, v.1.12. OPITZ JÚNIOR, João Baptista. Medicina <strong>do</strong> Trabalho e Perícia Médica –Visão Cível, Criminal e Trabalhista. 1ª ed. Rio <strong>de</strong> Janeiro: Ed. Livraria Santos,2009.


1713. RODRIGUES FILHO, Salomão et al. Perícia Médica. 1ª ed. Goiânia, ed.Conselho Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Medicina, 2007. Disponível em, acesso em julho <strong>de</strong> <strong>2010</strong>.14. SILVA, Artur Lobo da. O Serviço <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Exército Brasileiro (Históriaevolutiva <strong>de</strong>s<strong>de</strong> os tempos primórdios até os tempos atuais). Rio <strong>de</strong> Janeiro:Biblioteca <strong>do</strong> Exército, 1958.


TERMO DE CESSÃO DE DIREITOS SOBRE O TRABALHO MONOGRÁFICOEu, Felippe Augustus Noronha <strong>de</strong> Oliveira Milanez, regularmentematricula<strong>do</strong> no Curso <strong>de</strong> Formação <strong>de</strong> oficiais, médico sem especialida<strong>de</strong> na <strong>Escola</strong><strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>do</strong> Exército, autor <strong>do</strong> Trabalho <strong>de</strong> Conclusão <strong>de</strong> Curso intitula<strong>do</strong> <strong>de</strong>“IMPORTÂNCIA DO SISTEMA DE PERÍCIAS MÉDICAS DO EXÉRCITO NOCONTROLE DAS ATIVIDADES MILITARES” autorizo a EsSEx a utilizar meutrabalho para uso específico no aperfeiçoamento e evolução da Força Terrestre,bem como a divulgá-lo por publicação em revista técnica ou outro veículo <strong>de</strong>comunicação.A EsSEx po<strong>de</strong>rá fornecer cópia <strong>do</strong> trabalho mediante ressarcimento das<strong>de</strong>spesas <strong>de</strong> postagem e reprodução. Caso seja <strong>de</strong> natureza sigilosa, a cópiasomente será fornecida se o pedi<strong>do</strong> for encaminha<strong>do</strong> por meio <strong>de</strong> uma organizaçãomilitar, fazen<strong>do</strong>-se a necessária anotação <strong>do</strong> <strong>de</strong>stino no Livro <strong>de</strong> Registro existentena Biblioteca.É permitida a transcrição parcial <strong>de</strong> trechos <strong>do</strong>s trabalhos para comentáriose citações <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que sejam transcritos os da<strong>do</strong>s bibliográficos <strong>do</strong>s mesmos, <strong>de</strong>acor<strong>do</strong> com a legislação sobre direitos autorais.A divulgação <strong>do</strong> trabalho, por qualquer meio, somente po<strong>de</strong> ser feita com aautorização <strong>do</strong> autor e da Diretoria <strong>de</strong> Ensino da EsSEx.___________________________________________________________FELIPPE AUGUSTUS NORONHA DE OLIVEIRA MILANEZ - 1º Ten AlAluno <strong>do</strong> CFO <strong>2010</strong>

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