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Diagnóstico da Geração de Resíduos Eletroeletrônicos no Estado ...

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<strong>Diagnóstico</strong> <strong>da</strong> <strong>Geração</strong> <strong>de</strong> <strong>Resíduos</strong><strong>Eletroeletrônicos</strong> <strong>no</strong> <strong>Estado</strong> <strong>de</strong> Minas GeraisBelo Horizonte, Junho <strong>de</strong> 2009Materials Science & Tech<strong>no</strong>logy


EMPRESA RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO DOCUMENTOMeius Engenharia Lt<strong>da</strong>.CNPJ: 08.033.654/0001-23Rua dos Timbiras 1940 sala 1813 - Belo Horizonte-MG(031) 3047-5393(031) 8786-5013EQUIPE TÉCNICA DA MEIUS ENGENHARIATÉCNICO FORMAÇÃO RESPONSABILIDADEGustavo Henrique Tetzl RochaEngenheiro Metalurgista e<strong>de</strong> Segurança do Trabalho,M.Sc Saneamento, MeioAmbiente e RecursosHídricosElaboração do DocumentoFlávia Vilas Boas Gomes Engenheira Química Elaboração do DocumentoEQUIPE TÉCNICA DO EMPAMartin Streicher-PorteM.Sc. EnvironmentalSciences, Dr.sc.Elaboração do DocumentoEQUIPE TÉCNICA DA FEAMSusane Meyer Portugal Administradora Elaboração do DocumentoRenato Nogueira <strong>de</strong> Almei<strong>da</strong> Geógrafo Elaboração do DocumentoJosé Cláudio Junqueira RibeiroEngenheiro Civil, Ph.DSaneamento, Meio Ambientee Recursos HídricosElaboração do Documento


INDICERESUMO 11 - INTRODUÇÃO ........................................................................................32 - METODOLOGIA ......................................................................................73 - CONTEXTUALIZAÇÃO GERAL..................................................................83.1 - BRASIL .............................................................................................. 83.2 - MINAS GERAIS ................................................................................... 123.3 - MESORREGIÕES DE MINAS GERAIS ............................................................ 133.4 - OUTROS MUNICÍPIOS DE MINAS GERAIS ...................................................... 143.5 - BELO HORIZONTE ................................................................................ 143.6 - DESTINAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS............................................ 163.7 - PROGRAMA MINAS SEM LIXÕES................................................................. 203.8 - EVOLUÇÃO POPULACIONAL E DO PIB........................................................... 224 - DIAGNÓSTICO .....................................................................................274.1 - PANORAMA GERAL................................................................................ 274.2 - DOMICÍLIOS COM ELETROELETRÔNICOS ....................................................... 314.3 - ELETROELETRÔNICOS EM EMPRESAS ........................................................... 485 - ANÁLISE DO FLUXO DE GERAÇÃO DE RESÍDUOSELETROELETRÔNICOS ..............................................................535.1 -RESIDÊNCIAS, EMPRESAS PÚBLICAS E EMPRESAS PRIVADAS ................................ 535.2 - SISTEMA DE LIMPEZA PÚBLICA ................................................................. 545.3 - TRANSPORTE PRIVADO........................................................................... 555.4 - CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS ..................................................... 555.5 - CENTRO DE RECONDICIONAMENTO ............................................................. 555.6 - ASSISTÊNCIA TÉCNICA........................................................................... 565.7 - SUCATEIROS ...................................................................................... 565.8 - INDÚSTRIAS DE RECICLAGEM ................................................................... 575.9 - ATERRO SANITÁRIO, ATERRO CONTROLADO, LIXÃO E ATERRO INDUSTRIAL .............. 585.10 - PRODUTORES E DISTRIBUIDORES............................................................. 585.11 - ASSOCIAÇÕES E SOCIEDADES................................................................. 596 - ESTIMATIVA DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS .........616.1 - HIPÓTESES E CONSIDERAÇÕES ................................................................. 616.1.1 - Estimativa <strong>da</strong> Projeção Populacional e <strong>de</strong> Número <strong>de</strong> Domicílios .............616.1.2 - Estimativa <strong>da</strong> Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Equipamentos <strong>Eletroeletrônicos</strong> ..................626.1.3 - Vi<strong>da</strong> Útil <strong>de</strong> Equipamentos <strong>Eletroeletrônicos</strong>.....................................................636.1.4 - Peso Médio <strong>de</strong> Equipamentos <strong>Eletroeletrônicos</strong> ...............................................646.1.5 - Estimativa <strong>de</strong> <strong>Geração</strong> <strong>de</strong> REE per capita ..........................................................646.1.6 - Hipóteses e Consi<strong>de</strong>rações para Mesorregiões <strong>de</strong> Minas Gerais................646.2 - RESULTADOS E DISCUSSÕES.................................................................... 646.3 - ESTIMATIVA DA GERAÇÃO DE MATERIAIS EM REES .......................................... 707 - CONCLUSÃO ........................................................................................738 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .........................................................749 - ANEXOS...............................................................................................80


QUADROSQUADRO 1.1 - MATERIAIS PRESENTES EM REES ............................................................................ 5QUADRO 1.2 - SUBSTÂNCIAS TÓXICAS CONTIDAS EM REES ........................................................... 5QUADRO 3.1 - EVOLUÇÃO DOS INDICADORES SOCIAIS DO BRASIL ................................................. 9QUADRO 3.2 - EVOLUÇÃO DOS INDICADORES ECONÔMICOS DO BRASIL.........................................10QUADRO 3.3 - ÍNDICE DE GINI E PIB PER CAPITA PARA PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL.......................11QUADRO 3.4 - PRINCIPAIS MUNICÍPIOS DE MINAS GERAIS (EXCETO BELO HORIZONTE)...................14QUADRO 4.1 - PRINCIPAIS PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS IMPORTADOS (BASE 2007), EM US$MILHÕES .............................................................................................................27QUADRO 4.2 - PRINCIPAIS PRODUTOS ELETROELETRÔNICOS EXPORTADOS (BASE 2007), EM US$MILHÕES .............................................................................................................28QUADRO 4.3 - EVOLUÇÃO DA REDE NACIONAL DE TELECOMUNICAÇÃO ...........................................29QUADRO 4.4 - QUANTIDADE DE CELULARES EM MINAS GERAIS .....................................................31QUADRO 4.5 - NÚMERO DE DOMICÍLIOS COM ELETROELETRÔNICOS NO ANO DE 2007 .....................32QUADRO 4.6 - BENS DURÁVEIS EXISTENTES NOS DOMICÍLIOS DAS MESORREGIÕES DE MINASGERAIS, E VALOR PERCENTUAL POR DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES ........42QUADRO 4.7 - BENS DURÁVEIS EXISTENTES NOS DOMICÍLIOS DOS PRINCIPAIS MUNICÍPIOS DEMINAS GERAIS, E VALOR PERCENTUAL POR DOMICÍLIOS PARTICULARESPERMANENTES .....................................................................................................43QUADRO 4.8 - TIPO DE PLANO DE CELULAR - PERCENTUAL SOBRE O TOTAL DE PESSOAS QUEPOSSUEM TELEFONE CELULAR................................................................................48QUADRO 4.9 - EVOLUÇÃO DO USO E DO MERCADO DE COMPUTADORES NAS EMPRESASBRASILEIRAS .......................................................................................................50QUADRO 4.10 - TEMPO DE TROCA DE EES EM EMPRESAS DE MINAS GERAIS ...................................51QUADRO 5.1 - EMPRESAS RECICLADORAS DE ELETROELETRÔNICOS...............................................57QUADRO 6.1 - TAXAS MÉDIAS DE CRESCIMENTO ANUAL PARA BRASIL, MINAS GERAIS, BELOHORIZONTE E MESORREGIÕES DE MINAS GERAIS....................................................61QUADRO 6.2 - VIDA ÚTIL DE EES POR PAÍS..................................................................................63QUADRO 6.3 - COMPARAÇÃO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE CELULARES PARA BRASIL, MINASGERAIS, BELO HORIZONTE ....................................................................................69QUADRO 6.4 - COMPARAÇÃO ENTRE 3 SITUAÇÕES DE GERAÇÃO DE RESÍDUOS DE TELEFONESCELULARES NO BRASIL .........................................................................................69QUADRO 6.5 - CATEGORIAS DEFINIDAS PARA EES........................................................................70FIGURASFIGURA 1.1 - MATERIAIS BÁSICOS USADOS NA MANUFATURA DE ELETROELETRÔNICOS.................... 4FIGURA 3.1 - MAPA DO BRASIL .................................................................................................... 8FIGURA 3.2 - ÍNDICE DE GINI DA DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO MENSAL DOS DOMICÍLIOS NOBRASIL. ...............................................................................................................11FIGURA 3.3 - MAPA DE MINAS GERAIS.........................................................................................12FIGURA 3.11 - MESORREGIÕES DE MINAS GERAIS........................................................................13FIGURA 3.4 - MAPA DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE ..........................................15FIGURA 3.5 - EVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA DE BELO HORIZONTE.......................................................16FIGURA 3.12 - DESTINO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS EM 2000 ..........................................................18FIGURA 3.13 - DESTINO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS COLETADOS EM 2000 ........................................18FIGURA 3.14 - MUNICÍPIOS COM SERVIÇO DE LIMPEZA URBANA E/OU COLETA DE LIXO EM 2000,POR PERCENTUAL DE LIXO COLETADO ....................................................................19FIGURA 3.15 - MUNICÍPIOS COM COLETA SELETIVA EM 2000.........................................................19FIGURA 3.16 - NÚMERO DE MUNICÍPIOS POR ENTIDADE PRESTADORA DO SERVIÇO DE LIMPEZAPÚBLICA ..............................................................................................................20FIGURA 3.17 - SITUAÇÃO DA DISPOSIÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS EM MINASGERAIS EM 2008 ..................................................................................................21FIGURA 3.6 - EVOLUÇÃO POPULACIONAL DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS E BRASIL.................23FIGURA 3.8 - EVOLUÇÃO DO PIB DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS E BRASIL, ENTRE 2003 E2006 ...................................................................................................................24FIGURA 3.9 - EVOLUÇÃO DO PIB PER CAPITA DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS E BRASIL,ENTRE 2003 E 2006 ..............................................................................................25FIGURA 3.10 - PIB DE BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS E BRASIL EM 2006 ...................................26FIGURA 4.1 - EVOLUÇÃO DA VENDA DE COMPUTADORES NO BRASIL ..............................................29FIGURA 4.2 - EVOLUÇÃO DE VENDAS E ADESÕES DE TELEFONES CELULARES NO BRASIL .................30FIGURA 4.3 - EVOLUÇÃO DO FATURAMENTO DE TELECOMUNICAÇÃO, INFORMÁTICA E TOTAL DAINDÚSTRIA ELETROELETRÔNICA NO BRASIL ............................................................30FIGURA 4.4 - EVOLUÇÃO DA QUANTIDADE DE CELULARES EM MINAS GERAIS..................................31FIGURA 4.5 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES COM TELEVISÃO .....................................34FIGURA 4.6 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES COM TELEFONE.......................................35FIGURA 4.7 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES COM RÁDIO............................................36FIGURA 4.8 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES COM COMPUTADOR .................................37


FIGURA 4.9 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES COM MÁQUINA DE LAVAR ROUPA..............38FIGURA 4.10 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES COM GELADEIRA ...................................39FIGURA 4.11 - DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES COM FREEZER.......................................40FIGURA 4.12 - PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS QUE POSSUEM EQUIPAMENTOS TICC EM 2008..............45FIGURA 4.13 - EVOLUÇÃO DO PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS URBANOS QUE POSSUEMEQUIPAMENTOS TICC ............................................................................................46FIGURA 4.14 - PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS COM POSSE DE COMPUTADOR E INTERNET EM 2008 .....46FIGURA 4.15 - EVOLUÇÃO DO PERCENTUAL DE DOMICÍLIOS URBANOS COM POSSE DECOMPUTADOR E INTERNET ....................................................................................47FIGURA 4.16 - LOCAL DE ACESSO À INTERNET - PERCENTUAL SOBRE O TOTAL DE USUÁRIOS DEINTERNET ............................................................................................................47FIGURA 4.17 - LOCAL DE ACESSO À INTERNET - EVOLUÇÃO DO PERCENTUAL SOBRE O TOTAL DEUSUÁRIOS URBANOS DE INTERNET ........................................................................48FIGURA 4.18 - NÚMERO DE EMPRESAS POR NATUREZA JURÍDICA ...................................................49FIGURA 4.19 - BASE ATIVA DE COMPUTADORES - COMPUTADORES EM USO ....................................50FIGURA 5.1 - FLUXOGRAMA DO CICLO DO RESÍDUO ELETROELETRÔNICO .......................................53FIGURA 5.2 - DESTINO DADO A EQUIPAMENTOS ELETROELETRÔNICOS AO FINAL DE SUAPRIMEIRA VIDA ÚTIL .............................................................................................54FIGURA 6.1 - GERAÇÃO ANUAL TOTAL DE REES SEGUNDO MÉTODO DO CONSUMO E USO.................67FIGURA 6.2 - GERAÇÃO ANUAL TOTAL DE RESÍDUOS DE TELEFONES CELULAR E FIXO, TELEVISÃOE COMPUTADORES SEGUNDO MÉTODO DO CONSUMO E USO.....................................68FIGURA 6.3 - GERAÇÃO ANUAL DE RESÍDUOS DE METAL, PLÁSTICO, VIDRO E OUTROS ....................72


RESUMOO crescimento <strong>no</strong> consumo <strong>de</strong> equipamentos eletroeletrônicos (EEs) emtodo o Brasil tem evi<strong>de</strong>nciado problemas com relação à gestão dos resíduosgerados por estes dispositivos.Os resíduos eletroeletrônicos (REEs), além <strong>de</strong> conterem materiais quepo<strong>de</strong>m vir a ser reciclados e recuperados, possuem várias substânciastóxicas e poluentes, tais como os metais pesados. O manuseio e/ou<strong>de</strong>scarte incorreto dos REEs têm o potencial <strong>de</strong> causar problemas à saú<strong>de</strong>humana e ao meio ambiente, por meio <strong>da</strong> contaminação, principalmente, dosolo e <strong>da</strong>s águas subterrâneas.A partir <strong>da</strong> i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong>stes potenciais problemas ambientais, aFun<strong>da</strong>ção Estadual do Meio Ambiente - FEAM preten<strong>de</strong>, com estediagnóstico, iniciar discussões que envolvam a criação <strong>de</strong> legislações epolíticas públicas relativas ao gerenciamento <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> resíduo <strong>no</strong>estado <strong>de</strong> Minas Gerais.Portanto, a fim <strong>de</strong> se obter informações a respeito <strong>da</strong> geração e <strong>de</strong>stinaçãodos resíduos gerados por EEs <strong>no</strong> estado <strong>de</strong> Minas Gerais, este trabalho tevecomo objetivo estimar, preliminarmente, a geração atual e futura <strong>de</strong>resíduos eletroeletrônicos (REEs), <strong>de</strong> forma a auxiliar <strong>de</strong>cisões na buscapela solução dos conseqüentes problemas ambientais advindos dogerenciamento ina<strong>de</strong>quado.Para o cálculo <strong>da</strong> estimativa <strong>de</strong> geração, foi utiliza<strong>da</strong> a metodologia <strong>de</strong>Consumo e Uso, estabeleci<strong>da</strong> pelo EMPA (Swiss Fe<strong>de</strong>ral Laboratories forMaterials Testing and Research), além <strong>de</strong> informações obti<strong>da</strong>s <strong>de</strong> diversasfontes, com <strong>de</strong>staque para o Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e Estatística -IBGE e Associação Brasileira <strong>da</strong> Indústria Elétrica e Eletrônica - Abinee.O EMPA é um centro <strong>de</strong> pesquisa sediado na Suíça que, ao longo dosúltimos a<strong>no</strong>s, tem <strong>de</strong>senvolvido trabalhos <strong>de</strong> quantificação e gerenciamento<strong>de</strong> resíduos eletroeletrônicos em diversos países do mundo. Neste sentido,além <strong>da</strong>s estimativas <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> REEs, este trabalho também apresentauma contextualização geral sobre o assunto, bem como uma análise dofluxo <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> REEs, incluindo discussões sobre os diversos atoresenvolvidos <strong>de</strong>s<strong>de</strong> a geração até a <strong>de</strong>stinação final dos resíduoseletroeletrônicos.A partir dos <strong>da</strong>dos secundários obtidos, foi possível visualizar as curvas <strong>de</strong>geração <strong>de</strong>ste tipo <strong>de</strong> resíduo, em t/a<strong>no</strong> e kg/hab, até o a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2030.Sempre que possível, com o objetivo <strong>de</strong> se estabelecer uma análisecomparativa, foram apresentados também resultados relativos ao Brasil e àRegião Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte.Como resultados, estima-se que, atualmente, Minas Gerais gere cerca <strong>de</strong>68.600 t/a<strong>no</strong> <strong>de</strong> resíduos provenientes <strong>de</strong> telefones celular e fixo,televisores, computadores, rádios, máquinas <strong>de</strong> lavar roupa, gela<strong>de</strong>iras efreezer. A Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte gera, atualmente, cerca<strong>de</strong> 19.700 t/a<strong>no</strong> (cerca <strong>de</strong> 29% <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> gera<strong>da</strong> em Minas Gerais),enquanto que para o Brasil é estima<strong>da</strong> uma geração <strong>de</strong> 679.000 t/a<strong>no</strong>.1


Com relação à geração per capita anual, a média estima<strong>da</strong> encontra<strong>da</strong> parao período compreendido entre 2001 e 2030 é <strong>de</strong> 3,4 kg/habitante para oBrasil, 3,3 kg/habitante para Minas Gerais e 3,7 kg/habitante para a RegiãoMetropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte, se consi<strong>de</strong>rados todos os equipamentoseletroeletrônicos acima listados. Consi<strong>de</strong>rando apenas resíduos gerados apartir <strong>de</strong> telefones celular e fixo, televisores e computadores, estes valoressão, respectivamente, 1,0 kg/habitante, 1,0 kg/habitante e 1,1kg/habitante.A partir <strong>da</strong> soma dos resultados anuais estimados, foi previsto também oacúmulo <strong>de</strong> resíduos eletroeletrônicos gerados entre 2001 e 2030. A partir<strong>de</strong>stas estimativas, calculou-se que, em 2030, haverá aproxima<strong>da</strong>mente,para disposição, 22,4 milhões, 2,2 milhões e 625 mil tonela<strong>da</strong>s <strong>de</strong> REEs,respectivamente, <strong>no</strong> Brasil, em Minas Gerais e na Região Metropolitana <strong>de</strong>Belo Horizonte, consi<strong>de</strong>rando-se todos os equipamentos já citados. No caso<strong>de</strong> resíduos gerados a partir <strong>de</strong> telefones celular e fixo, televisores ecomputadores, estes valores são <strong>de</strong>, respectivamente, 6,6 milhões, 677 mile 194 mil tonela<strong>da</strong>s <strong>de</strong> REEs.Vale ressaltar que, neste trabalho, foi consi<strong>de</strong>rado que ca<strong>da</strong> domicílio possuiapenas 1 equipamento eletroeletrônico <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> tipo. Deve-se lembrar queesta é uma hipótese conservadora, já que po<strong>de</strong>-se esperar que emresidências existam mais <strong>de</strong> 1 equipamento do mesmo tipo (exemplo:telefones celulares). Desta forma, <strong>de</strong>ve-se prever que a geração anual eacumula<strong>da</strong> <strong>de</strong> REEs apresenta<strong>da</strong> neste documento é subestima<strong>da</strong>, e que osnúmeros estimados po<strong>de</strong>m ser ain<strong>da</strong> maiores.Concluindo, os resultados apresentados ressaltam a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> seimplementar melhorias na gestão <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> equipamentoseletroeletrônicos <strong>de</strong>ntro do estado <strong>de</strong> Minas Gerais, principalmente com a<strong>de</strong>finição <strong>de</strong> políticas eficientes para a redução dos potenciais impactosambientais e que consi<strong>de</strong>rem a participação efetiva dos produtores,importadores e distribuidores <strong>de</strong> equipamentos eletroeletrônicos,consumidores e usuários (população em geral, empresas públicas epriva<strong>da</strong>s), dos envolvidos nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> coleta (sistemas <strong>de</strong> limpezapública, catadores <strong>de</strong> recicláveis, empresas <strong>de</strong> coleta e transporte privado),<strong>da</strong>s empresas, enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s e associações envolvi<strong>da</strong>s nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>smontagem, recuperação e recondicionamento (centros <strong>de</strong>recondicionamento, catadores <strong>de</strong> recicláveis, sucateiros intermediários,assistências técnicas e indústrias) e também dos envolvidos nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s<strong>de</strong> disposição final (Prefeituras Municipais e empresas públicas e priva<strong>da</strong>s).Para se ter uma idéia do potencial <strong>de</strong> aproveitamento <strong>de</strong>stes resíduos,estimativas feitas a partir do diagnóstico constataram que, atualmente, emMinas Gerais, são <strong>de</strong>scarta<strong>da</strong>s, por a<strong>no</strong>, cerca <strong>de</strong> 40 mil tonela<strong>da</strong>s <strong>de</strong>materiais metálicos integrantes dos REEs, compostos por ferro, alumínio,cobre, chumbo, cádmio, mercúrio, ouro, prata, paládio e índio, sendo cerca<strong>de</strong> 30% <strong>de</strong>ste total gerado na Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte. Emse tratando <strong>de</strong> plásticos, são gerados cerca <strong>de</strong> 17 mil tonela<strong>da</strong>s. Já <strong>no</strong> caso<strong>de</strong> vidros, a geração é <strong>de</strong>, aproxima<strong>da</strong>mente, 6 mil tonela<strong>da</strong>s.2


1 - IntroduçãoA indústria <strong>de</strong> eletroeletrônicos <strong>no</strong> Brasil, e mais especificamente em MinasGerais, tem apresentado, durante os a<strong>no</strong>s, um gran<strong>de</strong> crescimento <strong>no</strong>número <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s <strong>de</strong> artigos. Por sua vez, o número <strong>de</strong> domicílios mineiroscom eletroeletrônicos diversos se mostra ca<strong>da</strong> vez maior.O aumento acelerado do consumo <strong>de</strong>stes equipamentos vem acarretandoem um <strong>no</strong>vo problema ambiental: o manejo e controle dos volumes <strong>de</strong>aparatos e componentes eletrônicos obsoletos, conhecidos como resíduos<strong>de</strong> equipamentos eletroeletrônicos (REE).O Brasil produz cerca <strong>de</strong> 2,6 kg por a<strong>no</strong> <strong>de</strong> resíduos eletrônicos porhabitante (Rodrigues, 2007), sendo que estes contêm chumbo, cádmio,arsênio, mercúrio, bifenilas policlora<strong>da</strong>s (PCBs), éter difenil polibromadosentre outras substâncias tóxicas (Roman, 2007) que, se <strong>de</strong>scartados comolixo comum, po<strong>de</strong>m contaminar o solo e a água, além <strong>de</strong> serem acumulados<strong>no</strong>s organismos dos animais e do homem causando diversos problemas <strong>de</strong>saú<strong>de</strong>. Desta forma, <strong>de</strong>ve-se evitar que esse material seja <strong>de</strong>stinado paralixões e aterros sanitários, e estimular a reciclagem dos mesmos ou acorreta <strong>de</strong>stinação.Frente a este problema, este trabalho objetiva diag<strong>no</strong>sticar a situação atual<strong>da</strong> gestão do REE <strong>no</strong> estado <strong>de</strong> Minas Gerais. Deseja-se, <strong>de</strong>sta forma, obterinformações mais concretas a respeito <strong>da</strong> geração e <strong>de</strong>stinação do resíduoeletroeletrônico a fim <strong>de</strong> facilitar futuras <strong>de</strong>cisões para a solução doproblema apresentado.Substâncias presentes <strong>no</strong>s resíduos eletroeletrônicosEmbora a composição dos resíduos eletroeletrônicos <strong>de</strong>pen<strong>da</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong>equipamento que o compõe, ela po<strong>de</strong> ser dividi<strong>da</strong> em seis categorias(Crowe et al., 2003):- Ferro e aço, usado em gabinetes e molduras;- Metais não-ferrosos, principalmente cobre usado em cabos e alumínio;- Vidros, usados nas telas e mostradores;- Plásticos, usados em gabinetes, revestimentos <strong>de</strong> cabos e circuitoimpresso;- Dispositivos eletrônicos montados em circuito impresso;- Outros (borracha, ma<strong>de</strong>ira, cerâmica, etc.).Destas categorias, as mais presentes <strong>no</strong>s resíduos eletroeletrônicos sãometais (ferrosos e não-ferrosos), vidro e plástico (Franco, 2008). Acomposição básica dos materiais utilizados em alguns equipamentoseletroeletrônicos (EEs) po<strong>de</strong> ser vista na figura a seguir.3


FIGURA 1.1 - Materiais básicos usados na manufatura <strong>de</strong>eletroeletrônicosFonte: Kang e Shoenung (2005)Entre os metais encontrados <strong>no</strong> REE, alguns são valiosos, como ouro,paládio, platina e prata, oriundos <strong>de</strong> placas <strong>de</strong> circuito impresso presenteem computadores pessoais e telefones celulares (Lee et al., 2007).No caso do vidro, a maior quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> é composta <strong>de</strong> tubos <strong>de</strong> raio catódicos(CRT) presentes em monitores <strong>de</strong> computador e televisão, que contendochumbo, cádmio, európio, selênio, zinco e ítrio (Crowe et al., 2003).Dos materiais plásticos utilizados <strong>no</strong>s EEs, aproxima<strong>da</strong>mente 3% sãopolímeros contendo nitrogênio, 13% são polímeros halogenados, e 84% sãopolímeros C-H-O, sendo que, em computadores pessoais, a maioria dosplásticos é do tipo acrilonitrilabutadie<strong>no</strong>estire<strong>no</strong> (Menad et al., 1998).Gela<strong>de</strong>iras e freezers po<strong>de</strong>m conter, ain<strong>da</strong>, clorofluorcabor<strong>no</strong> (CFC) comogás refrigerante, e o ar-condicionado, hidrofluorcarbo<strong>no</strong> (HFCF),consi<strong>de</strong>rados substâncias que <strong>de</strong>stroem a cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> ozônio, controla<strong>da</strong>spelo Protocolo <strong>de</strong> Montreal (EPA, 2008). Estas substâncias, porém, não sãomais utiliza<strong>da</strong>s <strong>no</strong> Brasil por proibição <strong>da</strong> Resolução CONAMA n o 267.Os principais materiais que compõem os REEs são apresentados <strong>no</strong> quadroa seguir, para eletroeletrônicos gran<strong>de</strong>s, e equipamentos <strong>de</strong> tec<strong>no</strong>logia <strong>da</strong>informática e comunicação e equipamentos <strong>de</strong> consumo (TICC).4


QUADRO 1.1 - Materiais presentes em REEsMaterialGran<strong>de</strong>s EEs(%)EEs TICC(%)Ferro 43 36Alumínio 14 5Cobre 12 4Chumbo 1,6 0,29Cádmio 0,0014 0,018Mercúrio 0,000038 0,00007Ouro 0,00000067 0,0024Prata 0,0000077 0,0012Paládio 0,0000003 0,00006Índio 0 0,0005Plásticos bromurados 0,29 18Outros Plásticos 19 12Vidro <strong>de</strong> chumbo 0 19Outros Vidros 0,017 0,3Outros 10 5,7Fonte: A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> EMPA (2009)Com relação às substâncias tóxicas presentes <strong>no</strong>s REEs, as mais relevantese seus efeitos à saú<strong>de</strong> po<strong>de</strong>m ser vistas <strong>no</strong> quadro a seguir.QUADRO 1.2 - Substâncias Tóxicas conti<strong>da</strong>s em REEsSubstância Utilização Efeitos à Saú<strong>de</strong>AntimônioArsênicoBárioBerílio- Semicondutores, ligas e sol<strong>da</strong>s- Aditivo do BFR em forma <strong>de</strong>trióxido <strong>de</strong> antimônio- Semicondutores, ligas e transistors- Painel frontal do CRT- Liga com cobre- Partes mecânicas, conectores emolas- Relés- Inibição <strong>de</strong> enzimas- Canceríge<strong>no</strong> (trióxido <strong>de</strong>antimônio)- Efeito bioacumulativo- Efeito bioacumulativo, comabsorção e retenção <strong>no</strong> corpohuma<strong>no</strong>- Interação com ge<strong>no</strong>ma- Inibição <strong>de</strong> enzimas- Aumenta riscos <strong>de</strong> câncer nabexiga, rins, pele, fígado, pulmão ecólon- Inchaço do cérebro- Fraqueza muscular- Danifica o coração, o fígado e obaço- Sensibilização <strong>de</strong>vido a constanteexposição, mesmo a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong>spequenas- Enfisema e fibrose em pulmões- Canceríge<strong>no</strong>5


Continuação:Substância Utilização Efeitos à Saú<strong>de</strong>CádmioChumbo- Placas <strong>de</strong> circuitos impressos- Resistências <strong>de</strong> chips SMD- Semicondutores e <strong>de</strong>tectores <strong>de</strong>infravermelho- Tubos <strong>de</strong> raios catódicos maisantigos- Establizador em PVC- Baterias, interruptores- Materiais fluorescentes- Sol<strong>da</strong>gem <strong>de</strong> placas <strong>de</strong> circuitosimpressos- Vidro dos tubos <strong>de</strong> raios catódicos- Sol<strong>da</strong> e vidro <strong>de</strong> lâmpa<strong>da</strong>s elétricase fluorescentes- Efeitos irreversíveis à saú<strong>de</strong>humana- Acumula-se <strong>no</strong> corpo huma<strong>no</strong>,especialmente <strong>no</strong>s rins, po<strong>de</strong>ndo<strong>de</strong>teriorá-los- Po<strong>de</strong> causar câncer quando cloreto<strong>de</strong> cádmio- Efeitos cumulativos <strong>no</strong> ambiente<strong>de</strong>vido à toxici<strong>da</strong><strong>de</strong> agu<strong>da</strong> e crônica- Aumenta a pressão sanguínea- Po<strong>de</strong> causar problemas e câncer<strong>no</strong>s pulmões- Da<strong>no</strong>s ao sistema nervoso central eperiférico- Da<strong>no</strong>s ao sistema endócri<strong>no</strong>- Efeito negativo <strong>no</strong> sistemacirculatório e rins- Efeitos secundários <strong>no</strong>s intesti<strong>no</strong>s eossos- Efeitos negativos <strong>no</strong><strong>de</strong>senvolvimento do cérebro <strong>de</strong>criançasCobre - Presente em diversos componentes - Po<strong>de</strong> gerar cirrose dos fígadosCromohexavalente eCromo VIMercúrio- Superfícies <strong>de</strong>corativas- Pigmentos e coberturas- Aço i<strong>no</strong>xidável- Termostatos, sensores, relés einterruptores- Sistemas <strong>de</strong> transmissão <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos,telecomunicações e telefonescelulares- Luzes fluorescentes- Baterias- Irritação do nariz, garganta epulmões- Da<strong>no</strong> permanente em olhos <strong>de</strong>vidoao seu contato direto com o acidocrômico ou poeiras croma<strong>da</strong>s- Dermatites e úlceras na pele<strong>de</strong>vido a efeito prolongado com apele- Sensibilização ao cromo- Problemas <strong>no</strong> fígado- Po<strong>de</strong> transformar emmetilmercúrio, acumulando-se <strong>no</strong>sorganismos vivos e causandoefeitos crônicos e <strong>da</strong><strong>no</strong>s ao cérebro- Problemas <strong>no</strong> sistema nervosocentral e rins- Po<strong>de</strong> conectar com o DNA e causarproblemas na reproduçãoPBB (bifenilaspolibroma<strong>da</strong>s)e PBDE (éterdifenilpolibromados)- Usados na proteção contrainflamabili<strong>da</strong><strong>de</strong> em placas <strong>de</strong>circuito impressos, componentescomo conectores, coberturas <strong>de</strong>plástico e cabos em TVs eeletrodomésticos <strong>de</strong> cozinha- Desreguladores endócri<strong>no</strong>s- Po<strong>de</strong>m se acumular biologicamentena ca<strong>de</strong>ia alimentarFonte: A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Horner e Gertsakis (2006), Agarwal et al. (2003), Brig<strong>de</strong>n et al. (2005),Yu (2005)6


2 - MetodologiaAs metodologias utiliza<strong>da</strong>s neste estudo serão a investigação <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos e aanálise <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> material.A investigação <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, neste estudo, <strong>da</strong>r-se-á pela pesquisa em sites <strong>da</strong>internet e literatura, a fim <strong>de</strong> coletar informações pertinentes à realizaçãodo trabalho. Informações foram, também, obti<strong>da</strong>s a partir do questionárioenviado a empresas do setor público e privado, que po<strong>de</strong> ser visto <strong>no</strong> Anexo10.A análise <strong>de</strong> fluxo <strong>de</strong> material é um método utilizado para quantificar o fluxo<strong>de</strong> materiais em um sistema <strong>de</strong>finido através <strong>de</strong> limites espaciais etemporais. Seu objetivo é aumentar o entendimento do sistema estu<strong>da</strong>do,possibilitando melhor controle e administração (Baccini & Ba<strong>de</strong>r, 1996).Esta analise envolve a análise do sistema e dos processos e materiaisenvolvidos, a medição <strong>de</strong> fluxos <strong>de</strong> massa ou materiais, o cálculo do fluxo<strong>de</strong> massas ou material, e a interpretação <strong>de</strong> resultados.A escolha <strong>de</strong>ste método <strong>de</strong>u-se <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> ter sido utilizado emdiversos estudos semelhantes, como estudos <strong>de</strong> análise e diagnóstico <strong>da</strong>geração <strong>de</strong> diversos tipos <strong>de</strong> resíduo eletrônico na Colômbia, <strong>no</strong> Peru e <strong>no</strong>Chile, <strong>de</strong>senvolvidos com aju<strong>da</strong> do EMPA. Este método é baseado, também,<strong>no</strong> guia “e-Waste Country Assessment Methodology” <strong>de</strong> Rochat, Schluep &EMPA (2007).No Método <strong>de</strong> Consumo e Uso, é utiliza<strong>da</strong> a abor<strong>da</strong>gem que consi<strong>de</strong>ra onúmero <strong>de</strong> residências que possuem o eletroeletrônico, assumindo uma vi<strong>da</strong>média para ca<strong>da</strong> EE e calculando o a<strong>no</strong> <strong>de</strong> saí<strong>da</strong> do REE com <strong>da</strong>dosadicionais. A fórmula utiliza<strong>da</strong> é apresenta<strong>da</strong> a seguir.Sendo:<strong>Geração</strong> REE/a<strong>no</strong> = m n x hh x r n / ls nm n : peso médio <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> aparelho eletroeletrônico consi<strong>de</strong>radohh : número <strong>de</strong> residênciasr n : taxa <strong>de</strong> saturação para ca<strong>da</strong> aparelho eletroeletrônico consi<strong>de</strong>rado, porresidêncials n : vi<strong>da</strong> útil média <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> aparelho eletroeletrônico consi<strong>de</strong>radoEste método assume um conjunto <strong>de</strong> commodities <strong>de</strong> eletroeletrônicos porresidência. Para ca<strong>da</strong> produto, o peso referente é multiplicado pelo númerototal <strong>de</strong> residências. Dividindo o valor obtido pela vi<strong>da</strong> útil média, encontrasea espera<strong>da</strong> geração anual <strong>de</strong> resíduo eletroeletrônico.Cabe ressaltar que, além <strong>de</strong>sta abor<strong>da</strong>gem, ain<strong>da</strong> são possíveis outras,como, por exemplo, o Método do Abastecimento do Mercado, o MétodoTime Step, ou o Método Carnegie Mellon.7


3 - Contextualização geral3.1 - BrasilO Brasil é uma república fe<strong>de</strong>rativa forma<strong>da</strong> pela união <strong>de</strong> 26 estados e peloDistrito Fe<strong>de</strong>ral. É o maior país <strong>da</strong> América do Sul (47% do território), com8.514.876 km 2 e uma vasta área litorânea atlântica, que se esten<strong>de</strong> porto<strong>da</strong> costa leste do país, oferecendo 7.367 km <strong>de</strong> orla marítima. Fazfronteira com Venezuela, Guiana, Suriname, Guiana Francesa, Uruguai,Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru, e Colômbia. Os únicos países sulamerica<strong>no</strong>sque não têm fronteira comum com o Brasil são o Chile e oEquador. Um mapa ilustrativo po<strong>de</strong> ser visualizado na figura a seguir.FIGURA 3.1 - Mapa do BrasilFonte: Wikipédia (2009)Apesar <strong>de</strong> ser o quinto país mais populoso do mundo, o Brasil apresentauma <strong>da</strong>s mais baixas <strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong>s populacionais, com 22 habitantes/km 2(IBGE/Pnad). Há uma forte concentração <strong>da</strong>s ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s econômicas e <strong>da</strong>população sobre uma parcela me<strong>no</strong>r do espaço brasileiro, o que influenciana concentração <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> e <strong>da</strong> riqueza e na exclusão social.8


O Brasil começou o século XXI com aproxima<strong>da</strong>mente 180 milhões <strong>de</strong>habitantes, e com um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>slocamento migratório do interior para asáreas urbanas. Em 2006, o IBGE registrou 84,8% dos domicílios em áreasurbanas, enquanto 15,2% ain<strong>da</strong> estavam nas zonas rurais.Em 2008, segundo registros do IBGE, a população total do Brasil era <strong>de</strong>194.227.984 habitantes. A expectativa <strong>de</strong> vi<strong>da</strong>, em 2006, foi <strong>de</strong> 72,3 a<strong>no</strong>s,e a taxa <strong>de</strong> crescimento populacional, <strong>no</strong> mesmo a<strong>no</strong>, foi <strong>de</strong> 1,41%.A evolução dos principais indicadores sociais, segundo a Abinee (2008),po<strong>de</strong>m ser vistos <strong>no</strong> quadro a seguir.QUADRO 3.1 - Evolução dos Indicadores Sociais do BrasilIndicadores 1990 2002 2003 2004 2005 2006População (em mil habitantes) 147.594 174.633 176.876 182.060 184.184 186.771População eco<strong>no</strong>micamente ativa(em mil)Taxa <strong>de</strong> analfabetismo (% acima <strong>de</strong>15 a<strong>no</strong>s)Escolari<strong>da</strong><strong>de</strong> média - acima <strong>de</strong> 25a<strong>no</strong>s (a<strong>no</strong>s)Crianças que freqüentam a escola(% entre 7 e 14 a<strong>no</strong>s)Mortali<strong>da</strong><strong>de</strong> infantil (óbitos por milnascidos vivos)69.969 86.917 88.803 92.860 96.142 97.52818,3 11,8 11,5 11,4 11,0 10,94,9 6,1 6,3 6,4 6,5 6,781,9 96,9 97,2 97,1 97,3 97,648,0 27,8 27,0 26,6 25,8 24,9Expectativa <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> (a<strong>no</strong>s) 66 71 71 72 72 72Fonte: IBGEA socie<strong>da</strong><strong>de</strong> brasileira é uma <strong>da</strong>s mais multirraciais do mundo. Emquinhentos a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> história, construiu-se uma nação forma<strong>da</strong> por váriospovos, dona <strong>de</strong> uma cultura varia<strong>da</strong>, sendo forma<strong>da</strong> por <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>de</strong>europeus, indígenas, africa<strong>no</strong>s, asiáticos, ju<strong>de</strong>us e árabes.Sendo uma <strong>de</strong>mocracia, o exercício do Po<strong>de</strong>r é atribuído a órgãos distintos ein<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, ca<strong>da</strong> qual com uma função, prevendo-se ain<strong>da</strong> um sistema<strong>de</strong> controle entre eles, <strong>de</strong> modo que nenhum possa agir em <strong>de</strong>sacordo comas leis e a Constituição. Os estados e municípios possuem autoadministração,autogover<strong>no</strong> e auto-organização, elegendo seus lí<strong>de</strong>res erepresentantes políticos e administrando seus negócios públicos seminterferência <strong>de</strong> outros municípios, estados ou país.A situação econômica atual é caracteriza<strong>da</strong> por inflação em que<strong>da</strong> econtrola<strong>da</strong>, por uma política fiscal que permitirá gran<strong>de</strong> redução <strong>da</strong> dívi<strong>da</strong>pública e por uma situação sóli<strong>da</strong> nas contas externas. De acordo com oIBGE, o PIB, em 2007, foi <strong>de</strong> 1.314.199 milhões <strong>de</strong> dólares (US$ 6.852 percapita), com uma taxa <strong>de</strong> crescimento real <strong>de</strong> 5,66% (Gover<strong>no</strong> Fe<strong>de</strong>ral). Abalança comercial, por sua vez, operou, neste mesmo a<strong>no</strong>, com superávit<strong>de</strong> US$ 40,04 milhões.A produção industrial brasileira correspon<strong>de</strong>, <strong>de</strong> acordo com o Gover<strong>no</strong>Fe<strong>de</strong>ral, por três quintos <strong>da</strong> eco<strong>no</strong>mia sul-americana, e o Brasil participa <strong>de</strong>diversos blocos econômicos como o Mercosul, o G-22 e o Grupo <strong>de</strong> Cairns.9


O Brasil comercia regularmente com diversos países, sendo os maioresparceiros a União Européia (com 26% do saldo), os EUA (24%), o Mercosule América Latina (21%), e a Ásia (12%).A evolução dos principais indicadores econômicos, <strong>de</strong> acordo com a Abinee(2008), po<strong>de</strong> ser vista <strong>no</strong> quadro a seguir.QUADRO 3.2 - Evolução dos Indicadores Econômicos do BrasilIndicadores 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007*Valor do PIBReais correntes (R$ bilhões)1.302,11.477,81.701,01.942,22.147,7Dólares correntes (US$ bilhões) 554,0 505,8 552,6 663,8 881,9Per capita (US$)2.932,9Crescimento do PIB (var % real)2.604,32.831,43.326,24.323,32.332,91.072,15.740,2PIB (<strong>de</strong>scontado inflação) 1,3 2,7 1,2 5,7 3,1 3,7 5,42.558,81.313,66.870,5- Agropecuária 6,1 6,6 4,9 1,5 0,1 5,0 5,3- Indústria -0,6 2,1 1,3 7,9 2,1 2,9 4,9- Serviços 1,9 3,2 0,8 5,0 3,7 3,8 4,7Composição do PIB (part %)- Agropecuária 5,97 6,62 7,39 6,91 5,65 5,10 4,90- Indústria 26,92 27,05 27,85 30,11 30,34 30,92 31,22- Serviços 67,10 66,33 64,77 62,97 64,01 63,98 63,88Outros IndicadoresInflação - IPCA (% ao a<strong>no</strong>) 7,7 12,5 9,3 7,6 5,7 3,1 4,5Exportações (US$ bilhões) 58,2 60,4 73,1 96,5 118,3 137,8 160,7Importações (US$ bilhões) 55,6 47,2 48,3 62,8 73,6 91,3 120,6Saldo Bal. Com. (US$ bilhões) 2,7 13,1 24,8 33,6 44,7 46,5 40,0Contas Públicas (% PIB)- Superávit Primário 3,8 3,5 3,9 4,2 4,4 3,9 4,0Fonte: IBGE- Déficit Nominal 3,5 4,2 4,7 2,4 3,0 3,0 2,3- Dívi<strong>da</strong> Líqui<strong>da</strong> 48,5 50,5 52,4 47,0 46,5 44,9 42,8* Dados preliminaresÍndice <strong>de</strong> GiniO Índice <strong>de</strong> Gini é uma medi<strong>da</strong> <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> que <strong>de</strong>fine o grau <strong>de</strong>distribuição <strong>da</strong> ren<strong>da</strong> entre os indivíduos em uma eco<strong>no</strong>mia. Seu valor,expresso em pontos percentuais, varia <strong>de</strong> zero, quando há uma perfeitadistribuição <strong>de</strong> ren<strong>da</strong> ou não há <strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong>, a cem, quando a<strong>de</strong>sigual<strong>da</strong><strong>de</strong> é máxima e um indivíduo <strong>de</strong>tém to<strong>da</strong> a ren<strong>da</strong> <strong>da</strong> socie<strong>da</strong><strong>de</strong>(IPD, PNUD).Apesar <strong>de</strong> ser comumente utilizado para análise <strong>da</strong> distribuição <strong>de</strong> ren<strong>da</strong>,ele po<strong>de</strong>, também, ser utilizado para medir o grau <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong>qualquer distribuição estatística, como o grau <strong>de</strong> concentração <strong>de</strong> posse <strong>da</strong>terra em uma região, ou a distribuição <strong>da</strong> população urbana <strong>de</strong> um paíspelas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s (IPECE,2006).10


A evolução do Índice <strong>de</strong> Gini <strong>da</strong> distribuição do rendimento mensal dosdomicílios <strong>no</strong> Brasil, <strong>de</strong> 1995 a 2006, segundo o IBGE, po<strong>de</strong> ser vista nafigura a seguir.FIGURA 3.2 - Índice <strong>de</strong> Gini <strong>da</strong> distribuição do rendimento mensaldos domicílios <strong>no</strong> Brasil.58,00%57,00%56,00%55,00%54,00%53,00%52,00%51,00%1995 1996 1997 1998 1999 2001 2002 2003 2004 2005 2006Fonte: SIDRAO quadro a seguir apresenta os Índices <strong>de</strong> Gini para alguns países, assimcomo o PIB per capita.QUADRO 3.3 - Índice <strong>de</strong> Gini e PIB per capita para Países <strong>da</strong>América do Sul.PaísÍndice <strong>de</strong> Gini( 1 2003, 2 2005 e 3 2007)PIB per Capita(2008 est.)Chile 54,9% 1 US$15.400Brasil 56,7% 2 US$10.300Colômbia 53,8% 2 US$9.000Peru 49,8% 2 US$8.500<strong>Estado</strong>s Unidos 45,0% 3 US$ 47.000Fonte: CIA World FactbookVale ressaltar que, comparando-se os valores <strong>de</strong>finidos pela CIA e peloIBGE para o Brasil, observa-se diferenças percentuais <strong>no</strong>s valores do índice<strong>de</strong> Gini.11


3.2 - Minas GeraisO estado <strong>de</strong> Minas Gerais está localizado na região Su<strong>de</strong>ste do Brasil, e é oquarto maior em extensão territorial (586.528 km²). Ele se limita a sul esudoeste com São Paulo, a oeste com o Mato Grosso do Sul e a <strong>no</strong>roestecom Goiás, incluindo uma pequena divisa com o Distrito Fe<strong>de</strong>ral, a lestecom o Espírito Santo, a su<strong>de</strong>ste com o Rio <strong>de</strong> Janeiro, e a <strong>no</strong>rte e <strong>no</strong>r<strong>de</strong>stecom a Bahia. O mapa <strong>de</strong> Minas Gerais po<strong>de</strong> ser visto na figura a seguir.FIGURA 3.3 - Mapa <strong>de</strong> Minas GeraisFonte: Professor Paulinho (2009)O estado é o segundo mais populoso do Brasil, com população estima<strong>da</strong>pelo IBGE, em 2007, <strong>de</strong> 19.273.506 habitantes, distribuídos por 853municípios, que representam 51,2% dos existentes na região Su<strong>de</strong>ste e15,5% dos existentes <strong>no</strong> Brasil. Com relação às residências, em 2006,85,7% se encontravam em áreas urbanas e 14,3% em áreas rurais (IBGE).Minas Gerais possui o terceiro maior PIB do Brasil, com 214.814 milhões <strong>de</strong>reais (IBGE, 2006), atrás <strong>de</strong> São Paulo e Rio <strong>de</strong> Janeiro. Seu índice <strong>de</strong> Ginifoi <strong>de</strong> 50% em 2006, e o produto inter<strong>no</strong> bruto per capita do estado, nestemesmo a<strong>no</strong>, foi <strong>de</strong> 11.028 reais. Os setores industrial e <strong>de</strong> serviços, sãoequilibrados e responsáveis, respectivamente, por 45,4% e 46,3% do PIB,enquanto a agropecuária contribui com apenas 8,3% (Fun<strong>da</strong>ção JoãoPinheiro, 2007).O parque industrial <strong>de</strong> Minas Gerais é o terceiro maior do país, e atuam,principalmente, as indústrias extrativa (mineração), metalúrgica,12


automobilística, alimentícia, têxtil, construção civil, produtos químicos eminerais não-metálicos. As regiões mais industrializa<strong>da</strong>s são a Central, RioDoce (leste), Zona <strong>da</strong> Mata, Sul e Triângulo.A socie<strong>da</strong><strong>de</strong> mineira é composta por diversos grupos e raças, <strong>de</strong> <strong>no</strong>vosimigrantes brancos e <strong>de</strong> segun<strong>da</strong> e terceira gerações <strong>de</strong> america<strong>no</strong>s natos,<strong>de</strong> <strong>no</strong>vos escravos e <strong>de</strong> escravos nascidos em cativeiros. A maior parte <strong>da</strong>população mineira é <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> colo<strong>no</strong>s portugueses e <strong>de</strong> escravosafrica<strong>no</strong>s. Além <strong>de</strong>stes, há contribuições <strong>de</strong> imigrantes italia<strong>no</strong>s, mamelucose indígenas. Esta miscigenação, por sua vez, <strong>de</strong>ixou característicasmarcantes na cultura mineira, influenciando as artes, a culinária e ofolclore.3.3 - Mesorregiões <strong>de</strong> Minas GeraisO estado <strong>de</strong> Minas Gerais é dividido pelo IBGE em 12 mesorregiões,conforme mostra a figura a seguir. Informações mais completas a respeito<strong>da</strong>s mesorregiões po<strong>de</strong>m ser vistas <strong>no</strong> Anexo 1.FIGURA 3.11 - Mesorregiões <strong>de</strong> Minas GeraisFonte: Wikipedia (2009)13


3.4 - Outros Municípios <strong>de</strong> Minas GeraisO <strong>de</strong>scritivo dos principais municípios <strong>de</strong> Minas Gerais, exceto BeloHorizonte, po<strong>de</strong>m ser encontrados <strong>no</strong> Anexo 2.QUADRO 3.4 - Principais Municípios <strong>de</strong> Minas Gerais (exceto BeloHorizonte)Município Número <strong>de</strong> Habitantes (2007)Conselherio Lafaiete 109.280Diamantina 44.746Divinópolis 209.921Governador Vala<strong>da</strong>res 260.396Ipatinga 238.397Juiz <strong>de</strong> Fora 513.348Manhuaçu 74.297Montes Claros 352.384Muriaé 95.548Paracatu 75.739Passos 102.765Poços <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s 144.386Pouso Alegre 120.467Teófilo Otoni 126.895Uberaba 287.760Uberlândia 608.369Varginha 116.093Fonte: IBGE Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s3.5 - Belo HorizonteBelo Horizonte é a capital do estado <strong>de</strong> Minas Gerais, e foi concebi<strong>da</strong> eplaneja<strong>da</strong> para sediar o gover<strong>no</strong>. Ela possui 331 km2 e está localiza<strong>da</strong> naregião central do estado. De acordo com estimativas do IBGE (2007),possui 2.412.937 habitantes, sendo a ci<strong>da</strong><strong>de</strong> mais populosa do estado, e asexta do país.A Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte, forma<strong>da</strong> por 34 municípios,possui uma população estima<strong>da</strong> em 4.939.053 habitantes (IBGE, 2007),sendo a terceira maior aglomeração populacional brasileira e a terceira emimportância econômica <strong>da</strong> indústria nacional. É, também, o 48º maioraglomerado urba<strong>no</strong> do mundo e o sétimo <strong>da</strong> América Latina. O mapa <strong>da</strong>Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte po<strong>de</strong> ser visto a seguir.14


FIGURA 3.4 - Mapa <strong>da</strong> Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo HorizonteFonte: GRANBEL (2009)De acordo com o IBGE (2006), dos domicílios do município <strong>de</strong> BeloHorizonte, apenas 1,3% se encontram na área rural, sendo que 98,7%eram localizados na zona urbana.O índice <strong>de</strong> Gini, em 2006, <strong>de</strong> Belo Horizonte foi <strong>de</strong> 53% e a evolução<strong>de</strong>mográfica do município po<strong>de</strong> ser visualiza<strong>da</strong> na figura a seguir.15


FIGURA 3.5 - Evolução Demográfica <strong>de</strong> Belo Horizonte211.377352.724693.3281.235.0301.780.8552.020.1612.238.5262.434.6421940 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2008Fonte: A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Souza (2008)De acordo com estudo realizado pela Fun<strong>da</strong>ção João Pinheiro (2007), BeloHorizonte é o quarto maior PIB brasileiro, representando 1,38% do total <strong>da</strong>sriquezas produzi<strong>da</strong>s <strong>no</strong> país. Segundo a FJP, em 2008, seu PIB somou 32,7bilhões <strong>de</strong> reais, equivalente a cerca <strong>de</strong> 15,2% <strong>de</strong> to<strong>da</strong> produção <strong>de</strong> bens eserviços do estado. Para a região metropolitana, o PIB, em 2006, somouaproxima<strong>da</strong>mente R$ 74,16 bilhões, correspon<strong>de</strong>nte a 34,5% do estado(<strong>Estado</strong> <strong>de</strong> Minas, 2009). De acordo com <strong>da</strong>dos do IBGE, o PIB per capitado município, em 2007, foi <strong>de</strong> R$ 13.636,00.A Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte possui o quinto maior parqueprodutivo <strong>da</strong> América do Sul, com <strong>de</strong>staque para a indústria automobilísticae <strong>de</strong> autopeças, si<strong>de</strong>rurgia, eletrônica e construção civil. Belo Horizonte é,também, caracteriza<strong>da</strong> pela predominância do setor terciário em suaeco<strong>no</strong>mia, com mais <strong>de</strong> 80% <strong>de</strong>sta se concentrando <strong>no</strong>s serviços, com<strong>de</strong>staque para o comércio, serviços financeiros, ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s imobiliárias eadministração pública (FJP, 2007). A composição econômica <strong>de</strong> BeloHorizonte, <strong>de</strong> acordo com o IBGE, é <strong>de</strong> 83,12% serviços e 16,88%industrial.Belo Horizonte é uma ci<strong>da</strong><strong>de</strong> multirracial, com intensa migração, sendo seupovoamento efetuado, principalmente, por mineiros vindos <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s aspartes do estado.3.6 - Destinação dos <strong>Resíduos</strong> Sólidos Urba<strong>no</strong>sUm estudo, realizado pelo IBGE (1991), indicou que 76% dos resíduossólidos <strong>no</strong> Brasil são enviados para lixões, 13% vão para aterros16


controlados, 10% são encaminhados para aterros sanitários, e 1% passampor algum tratamento, como reciclagem ou compostagem.Nos lixões, o lixo é <strong>de</strong>positado a céu aberto, não recebendo nenhuma forma<strong>de</strong> tratamento. Há liberação <strong>de</strong> meta<strong>no</strong> e chorume, substâncias tóxicas epoluentes, além <strong>de</strong> serem focos <strong>de</strong> doenças, já que atraem animais vetores.Desta forma, <strong>no</strong>ta-se que a maior parte dos resíduos sólidos gerados <strong>no</strong>Brasil são <strong>de</strong>stinados <strong>de</strong> forma incorreta, gerando inconvenientes sanitários,sociais, ambientais e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong> pública.A limpeza urbana é um serviço público essencial, formado, <strong>no</strong> Brasil, porsistemas operacionais municipais. Ela consiste, basicamente, na coleta,transporte, <strong>de</strong>stinação e tratamento dos resíduos sólidos gerados nas zonasurbanas, e constitui um dos maiores problemas <strong>de</strong> saneamento básico <strong>da</strong>spequenas, médias, e principalmente gran<strong>de</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s brasileiras, já que<strong>de</strong>vido à característica <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> e, também, do produto gerado, énecessário que haja rapi<strong>de</strong>z, abrangência e regulari<strong>da</strong><strong>de</strong> na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>. Afalta <strong>de</strong> estrutura organizacional a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong> e <strong>de</strong> mão-<strong>de</strong>-obra qualifica<strong>da</strong>,juntamente com as dificul<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> gerenciamento, geram improvisações eempirismo na ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>, sem que hajam ações planeja<strong>da</strong>s.A geração diversifica<strong>da</strong> <strong>de</strong> resíduos sólidos e as <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s <strong>de</strong> limpezaurbana estão crescendo proporcionalmente à expansão urbana <strong>da</strong>s ci<strong>da</strong><strong>de</strong>se ao crescimento <strong>de</strong>mográfico. Isto aumenta as <strong>de</strong>fasagens <strong>da</strong> prestação <strong>de</strong>serviços, reduzindo o atendimento à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. De acordo com Nogueira& Rocha (2005), e consi<strong>de</strong>rando todos os tipos <strong>de</strong> resíduos, a geraçãomédia diária <strong>de</strong> lixo, nas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s brasileiras, são <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 1 kgpor habitante, sendo esta média progressiva, indicando a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>programas <strong>de</strong> minimização <strong>da</strong> geração. De acordo com a ReCESA (s.d.),esta média po<strong>de</strong> variar entre 0,5 e 1 kg <strong>no</strong> Brasil, conforme a região, sendoque quanto mais rico a ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, mais resíduo sólido é gerado.A seguir, serão apresenta<strong>da</strong>s figuras mostrando diversas situaçõesreferentes a resíduos sólidos <strong>no</strong> Brasil, em Minas Gerais, na RegiãoMetropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte e <strong>no</strong> Município <strong>de</strong> Belo Horizonte, obti<strong>da</strong>sdo Sistema IBGE <strong>de</strong> Recuperação Automática - SIDRA, a fim <strong>de</strong> caracterizaro pa<strong>no</strong>rama atual.17


FIGURA 3.12 - Desti<strong>no</strong> dos <strong>Resíduos</strong> Sólidos em 2000100%90%80%70%Percentual60%50%40%30%20%10%0%ColetadoQueimado naproprie<strong>da</strong><strong>de</strong>Enterrado naproprie<strong>da</strong><strong>de</strong>Jogado emterre<strong>no</strong>baldio oulogradouroJogado emrio, lago oumarOutro<strong>de</strong>sti<strong>no</strong>Brasil 79,01% 11,23% 1,16% 6,93% 0,43% 1,24%Minas Gerais 78,35% 14,39% 0,69% 5,22% 0,35% 0,99%Belo Horizonte 98,55% 0,52% 0,01% 0,58% 0,21% 0,12%Região Metrop. BH 92,25% 5,26% 0,14% 1,76% 0,34% 0,24%Fonte: IBGEFIGURA 3.13 - Desti<strong>no</strong> dos <strong>Resíduos</strong> Sólidos coletados em 2000PercentualVazadouro acéu abertoVazadouro emáreas alaga<strong>da</strong>sAterrocontroladoAterrosanitárioEstação <strong>de</strong>compostagemEstação <strong>de</strong>triagemIncineraçãoLocais nãofixos% Brasil 30,1% 0,2% 22,0% 40,7% 4,1% 1,4% 0,3% 0,6% 0,7%t/dia Brasil 47.392 237 34.724 64.164 6.535 2.250 511 878 1.018% Minas Gerais 33,1% 0,1% 28,6% 29,2% 2,1% 2,0% 0,4% 2,0% 2,5%t/dia Minas Gerais 4.754 18 4.117 4.202 305 288 56 287 356% Belo Horizonte 0,0% 0,0% 10,4% 82,0% 0,1% 0,4% 0,0% 0,0% 7,1%t/dia Belo Horizonte 0 0 400 3.155 4 16 0 0 273t/dia Região Metrop. BH 404 0 1.607 3.297 19 27 0 196 273% Região Metrop. BH 6,9% 0,0% 27,6% 56,6% 0,3% 0,5% 0,0% 3,4% 4,7%Fonte: IBGE90%80%70%60%50%40%30%20%10%0%Outra18


FIGURA 3.14 - Municípios com Serviço <strong>de</strong> Limpeza Urbana e/ouColeta <strong>de</strong> Lixo em 2000, por percentual <strong>de</strong> lixo coletadoPercentual <strong>de</strong> Domicílios50%45%40%35%30%25%20%15%10%5%0%até 50%coletado50 a 70%coletado70 a 80%coletado80 a 90%coletado90 a 99%coletado100%coletadoNãoinformadoBrasil 8,9% 13,3% 14,1% 17,4% 9,6% 33,1% 3,5%Domicílios Brasil 489 728 771 955 526 1.814 192Minas Gerais 1,8% 6,8% 13,8% 21,5% 14,8% 36,6% 4,8%Domicílios MG 15 58 118 183 126 312 41Região Metrop. BH 2,6% 23,1% 17,9% 38,5% 17,9% 0,0% 0,0%Domicílios RMBH 1 9 7 15 7 0 0Fonte: IBGEFIGURA 3.15 - Municípios com Coleta Seletiva em 2000Percentual <strong>de</strong> Municípios100%90%80%70%60%50%40%30%20%10%0%Em ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> Interrompi<strong>da</strong> Não há coleta seletivaBrasil 8,2% 0,9% 90,9%Municipios Brasil 451 50 4.974Minas Gerais 4,3% 1,2% 94,5%Municípios MG 37 10 806Região Metrop. BH 10,4% 0,0% 89,6%Municípios RMBH 5 0 43Fonte: IBGEO número <strong>de</strong> municípios, <strong>de</strong> acordo com a enti<strong>da</strong><strong>de</strong> prestadora do serviço<strong>de</strong> Limpeza Pública para o Brasil e para Minas Gerais, po<strong>de</strong>m ser vistos na19


figura a seguir. Em Belo Horizonte, o serviço é realizado pela prefeitura epor outras enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s.FIGURA 3.16 - Número <strong>de</strong> Municípios por Enti<strong>da</strong><strong>de</strong> Prestadora doServiço <strong>de</strong> Limpeza PúblicaPercentual <strong>de</strong> Municípios100%90%80%70%60%50%40%30%20%10%0%A prefeitura é a únicaexecutora dosserviçosOutras enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s sãoresponsáveistotalmente pelosserviçosA prefeitura e outrasenti<strong>da</strong><strong>de</strong>s sãoprestadoras dosserviçosBrasil 88,1% 1,3% 10,6%Municípios Brasil 4.822 73 580Minas Gerais 93,6% 1,8% 4,7%Municípios MG 798 15 40Fonte: IBGE (2000)3.7 - Programa Minas sem LixõesO Programa Minas sem Lixões foi iniciado em 2003 pela Fun<strong>da</strong>ção Estadualdo Meio Ambiente, passando a ter ancoragem legal em janeiro <strong>de</strong> 2009,após a publicação <strong>da</strong> Lei Estadual <strong>de</strong> <strong>Resíduos</strong> Sólidos. Seu objetivo épropor e implementar a política pública estabeleci<strong>da</strong> pelo COPAM eAssembléia Legislativa <strong>de</strong> forma a facilitar o acesso <strong>da</strong> população mineira àmelhoria <strong>da</strong> quali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> e <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, atuando não somente na gestãotécnica dos resíduos, mas também <strong>no</strong> resgate social e mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong>comportamento.As metas do Programa são <strong>de</strong>, até 2011, aten<strong>de</strong>r, <strong>no</strong> mínimo, 60% <strong>da</strong>população urbana com sistemas a<strong>de</strong>quados para tratamento ou disposiçãofinal <strong>de</strong> resíduos sólidos urba<strong>no</strong>s, e reduzir em 80% do número <strong>de</strong> lixões doestado.O Programa age na exigência <strong>de</strong> implantação <strong>de</strong> sistemas tecnicamentea<strong>de</strong>quados junto aos municípios com população igual ou superior a 20.000habitantes na área urbana, sendo incluídos 123 municípios nessa situação,que são responsáveis por quase 75% <strong>de</strong> todo o resíduo <strong>de</strong>ssa naturezagerado em Minas Gerais.20


Ele tem atuado, principalmente por meio <strong>de</strong> publicações <strong>de</strong> DeliberaçõesNormativas do Conselho Estadual <strong>de</strong> Política Ambiental, <strong>de</strong>finindo a políticapública, orientando às administrações municipais, formalizando o apoiotécnico aos municípios, fiscalizando e licenciando, capacitando equipestécnicas <strong>da</strong>s Superintendências Regionais <strong>de</strong> Meio Ambiente eDesenvolvimento Sustentável, editando materiais técnicos, formalizandotermos <strong>de</strong> parceria, e buscando recursos junto aos agentes financiadores.A partir <strong>de</strong> 2008, o Programa recebe o apoio do Projeto Resíduo é Energia,que atua na pesquisa e implantação <strong>de</strong> soluções para que o resíduo sólidourba<strong>no</strong> seja utilizado como fonte energética <strong>no</strong> coprocessamento em for<strong>no</strong>s<strong>de</strong> clinquer, biometanização, aproveitamento térmico, recuperaçãoenergética <strong>de</strong> gases <strong>de</strong> aterros sanitários, <strong>de</strong>ntre outras.Os resultados do Programa foram <strong>no</strong>tados em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008, quandose contabilizou 45,92% <strong>da</strong> população urbana com acesso a sistemas <strong>de</strong>disposição final <strong>de</strong> <strong>Resíduos</strong> Sólidos, cuja operação encontra-se<strong>de</strong>vi<strong>da</strong>mente regulariza<strong>da</strong> junto ao COPAM, sendo que, em 2003, eramapenas 19,2%.Uma figura contendo as <strong>de</strong>stinações finais dos resíduos sólidos <strong>no</strong>smunicípios <strong>de</strong> Minas Gerais po<strong>de</strong> ser vista a seguir.FIGURA 3.17 - Situação <strong>da</strong> Disposição Final dos <strong>Resíduos</strong> SólidosUrba<strong>no</strong>s em Minas Gerais em 200821


3.8 - Evolução populacional e do PIBNas figuras a seguir, serão apresentados <strong>da</strong>dos comparativos <strong>de</strong> evoluçãopopulacional, evolução do PIB e Divisão do PIB entre setores para BeloHorizonte, Minas Gerais e Brasil, extraídos do IBGE.22


FIGURA 3.6 - Evolução Populacional <strong>de</strong> Belo Horizonte, Minas Gerais e BrasilMinas Gerais2.450Belo Horizonteil)m(xstenitaabH20.00019.50019.00018.50018.00017.50017.00016.50016.00015.50015.0001991 1996 2000 2007il)m(xstenitaabHil)m(xstenitaabH2.4002.3502.3002.2502.2002.1502.1002.0502.000190.000185.000180.000175.000170.000165.000160.000155.000150.000145.000140.0001991 1996 2000 2007Brasil1991 1996 2000 2007Fonte: IBGE Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s – Censos <strong>de</strong>mográficos <strong>de</strong> 1991 e 2000 e Contagem Populacional <strong>de</strong> 1996 e 200723


FIGURA 3.8 - Evolução do PIB <strong>de</strong> Belo Horizonte, Minas Gerais e Brasil, entre 2003 e 2006Minas Gerais34.000.000Belo Horizonte32.000.000240.000.000220.000.000R$ (x mil)30.000.00028.000.00026.000.00024.000.000il)m(x$R200.000.000180.000.000160.000.00022.000.00020.000.0002.500.000.0002.400.000.0002003 2004 2005 2006Brasil2.300.000.000140.000.000120.000.000il)m(x$R2.200.000.0002.100.000.0002.000.000.0001.900.000.0001.800.000.000100.000.0002003 2004 2005 20061.700.000.0001.600.000.0001.500.000.0002003 2004 2005 2006Fonte: IBGE - Diretoria <strong>de</strong> Pesquisas, Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Contas Nacionais24


FIGURA 3.9 - Evolução do PIB per capita <strong>de</strong> Belo Horizonte, Minas Gerais e Brasil, entre 2003 e 2006Minas Gerais7.000Belo Horizonte12.00010.000tenitaabh/$R6.0005.0004.0003.0002.000R$ / habitante8.0006.0001.000014.0002003 2004 2005 2006Brasil4.0002.000tenitaabh/$R12.00010.0008.0006.0004.00002.0002003 2004 2005 200602003 2004 2005 2006Fonte: A<strong>da</strong>ptado do IBGE25


FIGURA 3.10 - PIB <strong>de</strong> Belo Horizonte, Minas Gerais e Brasil em 2006Minas Gerais25.000.000Belo Horizonte22.586.793,00120.00020.000.000100.00097.398,820)1.0(x$R15.000.00010.000.0000)1.0(x$R80.00060.00040.00054.306,185.000.00001.400.0001.200.0004.588.359,00136,00Agropecuária Indústria ServiçosBrasil1.197.774,0020.00015.568,050)1.0(x$R1.000.000800.000600.000539.316,00400.0000Agropecuária Indústria Serviços200.0000105.163,00Agropecuária Indústria ServiçosFonte: IBGE Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s - Diretoria <strong>de</strong> Pesquisas, Coor<strong>de</strong>nação <strong>de</strong> Contas Nacionais26


4 - <strong>Diagnóstico</strong>4.1 - Pa<strong>no</strong>rama GeralNo a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2007, as áreas classifica<strong>da</strong>s pela Abinee como Informática,Telecomunicações e Utili<strong>da</strong><strong>de</strong>s domésticas faturaram, respectivamente,16.138, 8.964 e 8.096 milhões <strong>de</strong> reais <strong>no</strong> Brasil. Elas foram responsáveis,respectivamente, por 337,8, 2.491,5 e 1.080,7 milhões <strong>de</strong> dólares emexportações <strong>de</strong> eletroeletrônicos, e por 1.882,9, 2.019,4 e 1.707,3 milhões<strong>de</strong> dólares em importações <strong>no</strong> mesmo a<strong>no</strong> (Abinee, 2008).De acordo com a Abinee, os principais produtos eletroeletrônicosimportados para o Brasil são semicondutores, componentes parainformática e componentes para telecomunicações. Um quadro,apresentando a evolução <strong>da</strong>s principais importações, po<strong>de</strong> ser vista aseguir.QUADRO 4.1 - Principais Produtos <strong>Eletroeletrônicos</strong> Importados(Base 2007), em US$ milhõesProdutos 2002 2003 2004 2005 2006 2007Semicondutores 1.506,60 1.742,90 2.397,50 2.904,20 3.332,50 3.423,20Componentes para informática 869,40 878,70 1.170,10 1.597,80 2.177,50 3.089,00Componentes para telecomunicações 650,30 812,50 1.285,10 1.744,80 2.420,30 2.649,60Instrumentos <strong>de</strong> medi<strong>da</strong> 531,30 510,80 665,40 592,60 796,50 975,00Outros equipamentos <strong>de</strong> informática 317,10 276,70 277,30 432,60 648,60 890,20Eletrônica embarca<strong>da</strong> 423,80 454,30 546,40 648,30 657,10 884,50Outros equipamentos industriais 247,10 240,70 274,80 259,00 596,20 772,70Componentes para equipamentosindustriais414,60 414,70 497,90 498,40 620,30 627,00Outros eletrodomésticos 70,60 78,40 113,00 160,30 328,70 521,20Outros materiais elétricos <strong>de</strong>instalaçãoFonte: Abinee (2008)260,80 281,80 348,80 335,30 355,70 495,80A partir <strong>de</strong>ste quadro, conclui-se que o Brasil é um gran<strong>de</strong> importador <strong>de</strong>peças e componentes para a montagem <strong>de</strong> equipamentos eletroeletrônicos,montando-os <strong>de</strong>ntro do próprio país. Por outro lado, observando-se asprincipais exportações eletroeletrônicas nacionais, apresenta<strong>da</strong>s <strong>no</strong> próximoquadro, <strong>no</strong>ta-se que os telefones celulares são os produtos lí<strong>de</strong>res, com33,6% do faturamento total dos principais produtos em 2007.27


QUADRO 4.2 - Principais Produtos <strong>Eletroeletrônicos</strong> Exportados(Base 2007), em US$ milhõesProdutos 2002 2003 2004 2005 2006 2007Telefones Celulares 1.072,1 1.068,6 736,0 2.408,9 2.664,7 2.085,0Compontentes para equipamentosindustriais212,1 299,9 294,4 426,1 616,4 885,6Eletrônica embarca<strong>da</strong> 269,0 294,0 405,1 552,6 630,7 716,0Motocompressor hermético 441,2 461,7 506,3 549,2 643,0 704,3Motores e geradores 174,6 216,8 280,0 348,6 431,6 567,9Transformadores 83,1 53,0 92,7 133,0 202,1 326,7Refrigeradores 65,5 163,7 243,2 253,3 278,5 292,2Outros equipamentos industriais 61,4 69,0 103,5 123,4 176,4 231,0Cabos para telecomunicação 31,2 55,5 71,4 98,0 129,3 216,4Outros materiais elétricos <strong>de</strong>instalaçãoFonte: Abinee (2008)71,6 62,7 94,9 117,7 157,4 185,6Em relação ao mercado nacional <strong>no</strong> a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2005, o IBGE registrou, paraca<strong>da</strong> 100 habitantes, 21,38 linhas telefônicas, 46,25 assinantes <strong>de</strong> telefoniacelular, 16,09 computadores pessoais e 21,00 usuários com acesso ainternet. Nota-se que há mais usuários <strong>de</strong> internet do que computadorespessoais, mostrando a forte presença <strong>da</strong>s lan houses <strong>no</strong> país. De acordocom a CETIC (2008), o uso <strong>de</strong>stes centros públicos <strong>de</strong> acesso à Internet são<strong>de</strong> extrema importância, principalmente, <strong>no</strong> processo <strong>de</strong> inclusão digital nasáreas rurais do país.O crescimento dos celulares <strong>no</strong> Brasil foi <strong>de</strong> 120.980.103, em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong>2007, para 151.949.077, em janeiro <strong>de</strong> 2009, sendo que a média <strong>de</strong>celulares pré-pagos é <strong>de</strong> 81,25% do total <strong>de</strong> celulares, neste período(TELECO).Informações e <strong>da</strong>dos a respeito do crescimento do mercado <strong>de</strong>computadores e celulares <strong>no</strong> Brasil po<strong>de</strong>m ser vistos nas figuras e quadroque serão apresentados a seguir.Na figura 4.1, observa-se a inversão entre os mercados oficiais e nãooficiais <strong>de</strong> computadores <strong>no</strong> Brasil a partir <strong>de</strong> 2006. Verifica-se, também,aumento significativo <strong>no</strong> mercado <strong>de</strong> Notebooks, e um <strong>de</strong>créscimo nasven<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Desktops a partir <strong>de</strong> 2007, caracterizando-se alterações <strong>de</strong>preferências <strong>de</strong> usuários.Por sua vez, <strong>no</strong> quadro 4.3, observa-se, o gran<strong>de</strong> crescimento <strong>no</strong>s acessosmóveis, com aumento aproxima<strong>da</strong>mente 420% <strong>de</strong> 2000 a 2007 nasuni<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> celulares existentes <strong>no</strong> país.A figura 4.2, por sua vez, apresenta <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> evolução <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s ea<strong>de</strong>sões <strong>de</strong> telefones celulares. Nota-se o crescente aumento <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s,exceto em 2006, caracterizando-se um mercado em constante crescimento,e o acompanhamento praticamente paralelo do número <strong>de</strong> a<strong>de</strong>sões.28


De acordo com a figura 4.3, percebe-se um gran<strong>de</strong> aumento <strong>no</strong>faturamento total <strong>de</strong> EE, com, mais uma vez, comprovado crescimento dosmercados <strong>de</strong> telecomunicação e informática.FIGURA 4.1 - Evolução <strong>da</strong> Ven<strong>da</strong> <strong>de</strong> Computadores <strong>no</strong> Brasil14.00012.000Equipamentos vendidos(x mil)10.0008.0006.0004.0002.00002003 2004 2005 2006 2007 2008*Mercado Total 3.200 4.074 5.635 8.225 9.983 13.000Desktops 3.880 5.322 7.550 8.071 7.500Notebooks 194 313 675 1.912 5.500Mercado Oficial 960 1.100 2.135 4.380 6.486Mercado Não Oficial 2.240 2.974 3.500 3.845 3.497Fontes: Abinee / IT Data Consultoria.* Estimado pela AbineeQUADRO 4.3 - Evolução <strong>da</strong> Re<strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> TelecomunicaçãoServiços 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Terminais fixos instalados (milhões<strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s)Terminais fixos em serviço(milhões <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s)Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> - Telefonia Fixa (acessopor 100 habitantes)Acessos móveis celulares em serviço(milhões <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s)Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> - Telefonia móvel(acesso por 100 habitantes)Serviço <strong>de</strong> Televisão por assinatura(milhões <strong>de</strong> uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s)Densi<strong>da</strong><strong>de</strong> - Televisão por assinatura(acesso por 100 domicílios)Fonte: Anatel (2009)38,3 47,8 49,2 49,8 50,0 50,5 51,2 52,730,9 37,4 38,8 39,2 39,6 39,8 38,8 39,418,6 22,1 22,6 22,2 22,1 21,5 20,7 20,723,2 28,7 34,9 46,4 65,6 86,2 99,9 121,014,0 17,0 20,3 26,2 36,6 46,6 53,2 63,63,4 3,6 3,6 3,6 3,9 4,2 4,6 5,37,7 8,0 7,7 7,6 7,9 8,3 8,9 10,229


FIGURA 4.2 - Evolução <strong>de</strong> Ven<strong>da</strong>s e A<strong>de</strong>sões <strong>de</strong> Telefones Celulares<strong>no</strong> Brasil60.00050.000Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> ( x mil)40.00030.00020.00010.00002003 2004 2005 2006 2007 2008Ven<strong>da</strong>s 17.432 34.114 35.027 29.560 44.872 51.000A<strong>de</strong>sões 11.492 19.232 20.605 13.708 21.061 29.661Fonte: TELECO (2009), ANATEL (2009)FIGURA 4.3 - Evolução do Faturamento <strong>de</strong> Telecomunicação,Informática e total <strong>da</strong> Indústria Eletroeletrônica <strong>no</strong> Brasil140.000Faturamento (R$ milhões)120.000100.00080.00060.00040.00020.00002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009*Telecom 11.431 7.431 8.760 13.006 16.451 16.742 17.465 21.546 19.607Informática 14.732 13.391 16.701 20.624 24.437 29.418 31.441 35.278 39.511Total Eletroeletrônica 58.200 56.400 63.948 81.601 92.814 104.083 111.711 123.092 128.546Fonte: TELECO (2009)30


Em relação a Minas Gerais, houve um aumento <strong>de</strong> aproxima<strong>da</strong>mente 107%<strong>de</strong> 2004 para 2007 na quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> celulares, passando <strong>de</strong> 6.450 para13.394 celulares. Esta evolução que po<strong>de</strong> ser vista na figura a seguir.FIGURA 4.4 - Evolução <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> celulares em Minas Gerais16.00014.00013.394Milhares <strong>de</strong> Celulares12.00010.0008.0006.0006.4508.86710.8844.0002.00002004 2005 2006 2007Fonte: TELECO (2009)O número <strong>de</strong> celulares em Minas Gerais em <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2008, conforme oDDD (códigos <strong>de</strong> locali<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>no</strong> Brasil), po<strong>de</strong> ser visto <strong>no</strong> quadro a seguir.QUADRO 4.4 - Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> celulares em Minas GeraisFonte: TELECO (2009)DDD Ci<strong>da</strong><strong>de</strong> Principal Número <strong>de</strong> celulares31 Belo Horizonte 7.092.00032 Juiz <strong>de</strong> Fora 1.457.00033 Governador Vala<strong>da</strong>res 1.115.00034 Uberlândia 1.941.00035 Varginha 2.063.00037 Divinópolis 1.073.00038 Montes Claros 1.378.0004.2 - Domicílios com <strong>Eletroeletrônicos</strong>A presença <strong>de</strong> eletroeletrônicos <strong>no</strong>s domicílios em 2007, <strong>de</strong> acordo com oIBGE, po<strong>de</strong> ser vista <strong>no</strong> quadro abaixo. Suas últimas colunas apresentam a31


elação percentual entre Minas Gerais e Brasil, Belo Horizonte e Brasil, eBelo Horizonte e Minas Gerais.QUADRO 4.5 - Número <strong>de</strong> Domicílios com <strong>Eletroeletrônicos</strong> <strong>no</strong> a<strong>no</strong><strong>de</strong> 2007<strong>Eletroeletrônicos</strong> Brasil MG BH%MG/BR%BH/BR%BH/MGRádio 49.641 5.341 1.441 10,76 2,90 26,98Televisão 53.218 5.659 1.495 10,63 2,81 26,42Gela<strong>de</strong>ira 51.158 5.480 1.482 10,71 2,90 27,04Freezer 9.188 610 191 6,64 2,08 31,31Máquina <strong>de</strong> lavar roupa 22.259 1.826 673 8,20 3,02 36,86Microcomputador 15.008 1.541 560 10,27 3,73 36,34Telefone 43.379 4.576 1.413 10,55 3,26 30,88Total <strong>de</strong> Domicílios (x mil) 56.454 5.941 1.535 10,52 2,72 25,84População Resi<strong>de</strong>nte (x mil) 189.820 19.765 5.076 10,41 2,67 25,68Fonte: IBGE (2007)A seguir, serão apresenta<strong>da</strong>s figuras com a evolução <strong>da</strong> presença <strong>de</strong>dispositivos eletrônicos em domicílios particulares permanentes entre 2001e 2007, <strong>de</strong> acordo com <strong>da</strong>dos do IBGE retirados <strong>da</strong> Pesquisa Nacional porAmostras <strong>de</strong> Domicílios, para Brasil, Minas Gerais e Região Metropolitana <strong>de</strong>Belo Horizonte. Cabe ressaltar que o valor <strong>de</strong> domicílios comeletroeletrônicos não é igual ao número <strong>de</strong> eletroeletrônicos em domicílios.Desta forma, os valores apresentados aqui não se referem à quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>dispositivos existentes. Ain<strong>da</strong>, enten<strong>de</strong>-se que domicílios particularespermanentes são moradias, próprias, aluga<strong>da</strong>s ou cedi<strong>da</strong>s, que sãohabita<strong>da</strong>s permanentemente pelos moradores.Nestas figuras é mostra<strong>da</strong> a evolução <strong>de</strong> número <strong>de</strong> domicílios contendoEEs, conforme discutido a seguir. Ressalta-se que as tendências para Brasil,Minas Gerais e Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte são praticamente asmesmas e que as figuras apresentam um crescimento <strong>no</strong> consumo <strong>de</strong>eletroeletrônicos <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s.Televisão, dividido em cores e preto e branco (figura 4.5)Esta figura mostra crescimento constante do número <strong>de</strong> domicílios comtelevisão, alavancados, também, pelo aumento do crescimento populacionale do número <strong>de</strong> domicílios. Observa-se que o número <strong>de</strong> domicílios comtelevisão em preto e branco é ca<strong>da</strong> me<strong>no</strong>r, ao passo que o número <strong>de</strong>domicílios com televisão em cores se mostra ca<strong>da</strong> vez mais próximo donúmero total.Telefone, dividido em fixos e celulares (figura 4.6)Esta figura mostra o crescimento constante do número <strong>de</strong> domicílios comtelefones, <strong>de</strong> forma que há aumento anual <strong>de</strong> domicílios contendo apenascelulares, redução anual <strong>de</strong> domicílios contendo apenas fixos, e uma32


tendência <strong>de</strong> estabilização <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s dos número <strong>de</strong> domicílios comambos os tipos <strong>de</strong> telefone.Rádio (figura 4.7)A figura apresenta um crescimento praticamente linear <strong>no</strong> número <strong>de</strong>domicílios contendo rádios, com pequena variação <strong>no</strong> percentual do total <strong>de</strong>domicílios.Computador e Acesso a Internet (figura 4.8)Nestes gráficos, observa-se o crescimento constante <strong>no</strong> número <strong>de</strong>domicílios com computadores e, também, com acesso a internet, <strong>de</strong> formaque as curvas são praticamente paralelas durante os a<strong>no</strong>s. Verifica-se,ain<strong>da</strong>, um gran<strong>de</strong> aumento <strong>no</strong> percentual <strong>de</strong> domicílios contendo estedispositivo.Máquina <strong>de</strong> Lavar Roupa (figura 4.9)Esta figura mostra uma tendência <strong>de</strong> crescimento anual <strong>no</strong>s domicílioscontendo este EE, apresentando, também, aumento <strong>no</strong> percentual <strong>de</strong>domicílios, indicando maior consumo <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s.Gela<strong>de</strong>ira (figura 4.10)Estes gráficos apresentam um crescimento praticamente linear com opassar do a<strong>no</strong>, havendo pequena variação do percentual <strong>de</strong> domicílioscontendo este eletrodoméstico.Freezer (figura 4.11)Nesta figura, observa-se uma variação anual entre os valores, com aumentoe redução <strong>de</strong> número <strong>de</strong> domicílios contendo o equipamento. Nota-se,também, a redução do percentual <strong>de</strong> domicílios, indicando que o consumo<strong>de</strong>ste dispositivo tente a diminuir.33


FIGURA 4.5 - Domicílios Particulares Permanentes com TelevisãoNúmero <strong>de</strong> Domicílios (x mil uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s)6.0005.5005.0004.5004.0003.5003.0002.5002.0001.5001.000Minas Gerais50002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 4.494 4.666 4.825 5.012 5.198 5.381 5.659Em cores 4.183 4.412 4.574 4.824 5.026 5.273 5.592Preto e Branco 311 254 251 187 172 109 66% Domicílios com TV 89,12 90,12 90,43 91,44 92,3 93,87 95,55)se<strong>da</strong>idnuilm(xsílioicmoDedroemúN55.00050.00045.00040.00035.00030.00025.00020.00015.00010.0005.0000Brasil2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 41.413 43.212 44.767 46.733 48.533 50.800 53.218Em cores 38.595 40.873 42.711 44.980 47.113 49.878 52.690Preto e Branco 2.819 2.339 2.056 1.753 1.421 922 528%Domicílios com TV 89,05 89,96 90,05 90,3 91,38 93,02 94,45)se<strong>da</strong>idnuilm(xsílioicmoDedroemúN1.5001.3501.2001.0509007506004503001500Belo Horizonte2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 1.190 1.257 1.301 1.341 1.406 1.448 1.495Em cores 1.145 1.221 1.273 1.315 1.385 1.431 1.485Preto e Branco 45 37 28 26 21 17 10% Domicílios com TV 95,3 94,85 94,85 95,5 96,88 97,15 98,0934


FIGURA 4.6 - Domicílios Particulares Permanentes com TelefoneNúmero <strong>de</strong> Domicílios (x mil uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s)4.7504.2503.7503.2502.7502.2501.7501.250Minas Gerais7502502001 2002 2003 2004 2005Tinham 3.284 3.574 4.027 4.305 4.576Apenas Fixo 1.394 1.042 769 650 622Apenas Celular 538 870 1.308 1.564 1.819Fixo e Celular 1.350 1.661 1.950 2.091 2.136% Domicílios Telefone 61,54 65,21 71,51 75,1 77,28)se<strong>da</strong>idnuilm(xsílioicmoDedroemúN47.00043.00039.00035.00031.00027.00023.00019.00015.00011.0007.0003.000Brasil2001 2002 2003 2004 2005Tinham 30.838 33.827 38.019 40.679 43.379Apenas Fixo 11.636 9.096 6.535 5.940 5.238Apenas Celular 5.568 8.522 12.470 15.135 17.814Fixo e Celular 13.629 16.205 19.013 19.602 20.327% Domicílios Telefone 62,03 65,36 71,58 74,49 76,99)se<strong>da</strong>idnuilm(xsílioicmoDedroemúN1.5001.3501.2001.0509007506004503001500Belo Horizonte2001 2002 2003 2004 2005Tinham 1.106 1.179 1.296 1.363 1.413Apenas Fixo 364 274 195 143 152Apenas Celular 153 235 313 382 427Fixo e Celular 589 670 787 837 833% Domicílios Telefone 80,68 83,92 89,3 91,44 92,6735


FIGURA 4.7 - Domicílios Particulares Permanentes com RádioNúmero <strong>de</strong> Domicílios (x mil uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s)5.4005.3005.2005.1005.0004.9004.8004.700Minas Gerais4.6004.5004.4002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 4.515 4.653 4.805 4.958 5.094 5.182 5.341% <strong>de</strong> Domicílios 89,53 89,86 90,04 90,45 90,46 90,4 90,251.00050.000) 49.000se<strong>da</strong>id 48.000nuilm(xsílioicmoDedroemúN47.00046.00045.00044.00043.00042.00041.000Brasil40.0002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 40.948 42.214 43.662 45.430 46.752 47.987 49.641% <strong>de</strong> Domicílios 88,05 87,88 87,83 87,78 88,02 87,87)se<strong>da</strong>idnuilm(xsílioicmoDedroemúN1.5001.4751.4501.4251.4001.3751.3501.3251.3001.2751.2501.2251.2001.1751.1501.1251.100Belo Horizonte2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 1.164 1.245 1.288 1.316 1.378 1.397 1.441% Domicílios 6,74 5,91 5,83 6,31 5,03 6,24 5,4736


FIGURA 4.8 - Domicílios Particulares Permanentes com ComputadorNúmero <strong>de</strong> Domicílios (x mil uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s)Minas Gerais1.7001.6001.5001.4001.3001.2001.1001.0009008007006005004002003 2004 2005 2006 2007Tinham 681 809 948 1.244 1.541Acesso a Internet 460 552 646 891 1.111% Domicílios com PC 12,77 14,76 16,83 21,7 26,03% Domicílios com Internet 8,63 10,08 11,47 15,53 18,75)se<strong>da</strong>idnuilm(xsílioicmoDedroemúN15.50014.50013.50012.50011.50010.5009.5008.5007.5006.5005.5004.500Brasil2003 2004 2005 2006 2007Tinham 7.603 8.458 9.857 12.072 15.008Acesso a Internet 5.693 6.324 7.253 9.204 11.362% Domicílios com PC 15,29 16,34 18,56 22,11 26,64% Domicílios com Internet 11,45 12,22 13,66 16,85 20,16)se<strong>da</strong>idnuilm(xsílioicmoDedroemúN600575550525500475450425400375350325300275250225200Belo Horizonte2003 2004 2005 2006 2007Tinham 287 326 392 482 560Acesso a Internet 213 238 297 378 430% Domicílios com PC 20,96 23,21 27,02 32,37 36,71% Domicílios com Internet 15,5 16,92 20,47 25,4 28,2237


FIGURA 4.9 - Domicílios Particulares Permanentes com Máquina <strong>de</strong> Lavar RoupaNúmero <strong>de</strong> Domicílios (x mil uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s)1.9001.8501.8001.7501.7001.6501.6001.5501.5001.4501.4001.3501.3001.2501.200Minas Gerais2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 1.260 1.279 1.292 1.369 1.428 1.650 1.826% <strong>de</strong> Domicílios 24,99 24,7 24,22 24,97 25,36 28,78 30,83)se<strong>da</strong>idnuilm(xsílioicmoDedroemúN25.00024.00023.00022.00021.00020.00019.00018.00017.00016.000Brasil15.0002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 15.667 16.322 17.128 17.847 19.014 20.492 22.259%<strong>de</strong> Domicílios 33,69 33,98 34,45 34,49 35,8 37,52)se<strong>da</strong>idnuilm(xsílioicmoDedroemúN700675650625600575550525500475Belo Horizonte4502001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 489 478 520 544 573 646 673% <strong>de</strong> Domicílios 39,19 36,04 37,9 38,73 39,46 43,34 44,1538


FIGURA 4.10 - Domicílios Particulares Permanentes com Gela<strong>de</strong>ira5750Minas Gerais5300051000BrasilNúmero <strong>de</strong> Domicílios (x mil uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s)55005250500047504500425049000s)eadidnu 47000ilm(xs45000ílioicmoDe 43000droemú 41000Ns)eadidnuilm(xsílioicmoDedroemúN3900037000350002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 39590 41637 43421 45230 46718 48711 51158% Domicílios 85,13 86,68 87,35 87,4 87,96 89,2 90,815001450140013501300125012001150Belo Horizonte40002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 4297 4529 4700 4900 5014 5208 5480% Domicílios 85,22 87,48 88,08 89,39 89,04 90,85 92,531100105010002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 1177 1260 1310 1347 1397 1442 1482% Domicílios 94,24 95,1 95,53 95,89 96,27 96,75 97,2539


FIGURA 4.11 - Domicílios Particulares Permanentes com FreezerNúmero <strong>de</strong> Domicílios (x mil uni<strong>da</strong><strong>de</strong>s)650625600575550525500Minas Gerais2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 606 608 569 594 585 611 610% <strong>de</strong> Domicílios 12,01 11,75 10,67 10,83 10,38 10,66 10,31)se<strong>da</strong>idnuilm(xsílioicmoDedroemúN)se<strong>da</strong>idnu9.5009.4009.3009.2009.1009.0008.9008.8008.7008.6008.500Brasil2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 8.728 8.875 8.788 8.871 8.880 8.980 9.188% <strong>de</strong> Domicílios 18,77 18,48 17,68 17,14 16,72 16,44 16,31ilm(xsílioicmoDedroemúN250240230220210200190180170160150Belo Horizonte2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007Tinham 184 199 189 186 191 213 191% <strong>de</strong> Domicílios 14,76 15,04 13,77 13,21 13,15 14,27 12,5340


Os bens duráveis existentes nas mesorregiões e <strong>no</strong>s principais municípios<strong>de</strong> Minas Gerais (exceto Belo Horizonte), <strong>no</strong>s a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> 1991 e 2000 po<strong>de</strong>mser vistos <strong>no</strong>s quadros a seguir, <strong>de</strong> acordo com <strong>da</strong>dos retirados doIBGE/SIDRA. Cabe ressaltar que estes quadros possuem o número real <strong>de</strong>bens duráveis por região, diferentemente <strong>da</strong>s figuras anteriores queapresentavam o número <strong>de</strong> domicílios com EEs.Vale lembrar que não são apresentados <strong>da</strong>dos relativos a computadores em1991 <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong>ste equipamento não ter sido consi<strong>de</strong>rado comoparte integrante <strong>da</strong>s avaliações do IBGE.41


QUADRO 4.6 - Bens Duráveis existentes <strong>no</strong>s Domicílios <strong>da</strong>s Mesorregiões <strong>de</strong> Minas Gerais, e Valor Percentual porDomicílios Particulares PermanentesMesorregiãoFreezerGela<strong>de</strong>iraMáquina<strong>de</strong> LavarRoupa1991 2000Rádio TV TelefoneLinhaTelefônicaGela<strong>de</strong>iraouFreezerMáquina<strong>de</strong> LavarRoupaRádio TV ComputadorCampo <strong>da</strong>s No 5.940 65.082 18.874 96.790 96.285 18.112 43.574 112.539 35.277 127.981 129.620 10.826Vertentes % 5,39 59,07 17,13 87,85 87,39 16,44 31,66 81,78 25,36 93,00 94,19 7,87Central No 4.618 54.297 16.579 67.885 64.166 12.267 28.685 90.812 15.721 92.479 94.171 4.139Mineira % 5,45 64,07 19,56 80,10 75,71 14,47 27,46 86,94 15,05 88,53 90,15 3,96JequitinhonhaNo 2.330 34.249 3.277 89.660 45.878 5.615 15.890 77.077 8.395 124.650 96.105 3.323% 1,71 25,09 2,40 65,69 33,61 4,11 10,07 48,48 5,32 78,99 60,90 2,11Metropolitana No 102.233 858.076 385.499 990.368 1.053.025 264.302 892.581 1.368.463 545.364 1.398.192 1.395.017 216.420<strong>de</strong> BeloHorizonte % 9,38 78,76 35,38 90,90 96,65 24,26 59,90 91,84 36,60 93,84 93,62 14,52Noroeste <strong>de</strong> No 3.970 32.803 14.122 51.994 37.789 9.281 19.658 66.109 8.833 72.332 69.787 3.279Minas % 5,76 47,60 20,49 75,45 54,83 13,47 22,65 76,16 10,18 83,32 80,39 3,78Norte <strong>de</strong> No 7.317 95.923 12.947 195.872 117.305 20.588 64.935 206.615 30.424 284.877 239.509 11.190Minas % 2,64 34,56 4,66 70,56 42,26 7,42 18,85 59,99 8083 82,71 69,54 3,25Oeste <strong>de</strong> No 10.197 122.028 46.505 155.293 155.073 31.263 80.346 210.349 54.956 216.184 221.549 15.738Minas % 5,63 67,41 25,69 85,79 85,67 17,27 34,27 89,73 23,44 92,22 94,50 6,71Sul e No 36.494 324.534 137.176 420.086 421.993 80.833 216.481 546.922 173.902 568.977 577.994 49.612Sudoeste <strong>de</strong>Minas % 7,53 66,95 28,30 86,66 87,05 16,68 34,93 88,26 28,06 91,82 93,27 8,01Triângulo No 51.167 304.008 199.281 358.023 358.064 118.665 258.453 490.179 121.334 487.787 500.998 46.238Mineiro e AltoParanaíba % 12,55 74,59 48,90 87,85 87,86 29,12 47,97 90,98 22,52 90,54 92,99 8,58Vale do MucuriNo 3.675 33.292 3.884 59.246 39.107 7.505 18.554 58.206 10.032 77.490 65.882 3.450% 4,30 38,94 4,54 69,29 45,74 8,78 19,61 61,53 10,60 81,91 69,64 3,65Vale do Rio No 19.910 176.866 62.405 255.294 202.850 39.620 121.095 312.020 80.077 342.283 328.425 24.305Doce % 5,99 53,24 18,78 76,84 61,06 11,93 30,30 78,07 20,04 85,64 82,17 6,08Zona <strong>da</strong> MataNo 29.340 270.944 77.669 379.833 355.060 75.422 201.858 463.308 166.449 506.546 505.206 44.969% 6,54 60,38 17,31 84,65 79,12 16,81 36,24 83,19 29,89 90,95 90,71 8,0742


QUADRO 4.7 - Bens Duráveis existentes <strong>no</strong>s Domicílios dos Principais Municípios <strong>de</strong> Minas Gerais, e ValorPercentual por Domicílios Particulares Permanentes1991 2000MunicípioFreezerGela<strong>de</strong>iraMáquina<strong>de</strong> LavarRoupaRádio TV TelefoneLinhaTelefônicaGela<strong>de</strong>iraouFreezerMáquina<strong>de</strong> LavarRoupaRádioTVComputadorConselheiro No 1.254 16.642 6.303 19.322 21.427 3.882 14.331 25.081 8.364 26.367 26.733 2.374Lafaiete % 5,96 79,12 29,96 91,86 101,86 18,45 52,19 91,34 30,46 96,02 97,35 11,09DiamantinaDivinópolisNo 342 4.321 1.113 7.187 5.973 1.132 2.374 7.324 1.608 9.073 8.243 803% 3,75 47,35 12,20 78,75 65,45 12,40 23,21 71,61 15,72 88,72 80,60 7,85No 2.777 31.456 14.408 33.311 37.043 10.738 30.661 48.624 17.367 47.817 49.317 6.069% 7,65 86,70 39,71 91,81 102,09 29,60 60,88 96,54 34,48 94,94 97,92 12,05Governador No 5.111 41.471 12.658 43.367 22.635 15.376 35.979 60.421 23.129 57.637 61.240 6.475Vala<strong>da</strong>res % 9,48 76,96 23,49 80,48 87,75 28,53 54,66 91,79 35,14 87,56 93,03 9,84IpatingaNo 4.857 35.026 17.755 36.480 35.408 7.297 31.813 53.320 16.775 50.866 51.289 7.143% 11,65 84,03 42,60 87,52 84,95 17,51 56,78 95,17 29,94 910,79 91,54 12,75Juiz <strong>de</strong> No 11.341 87.515 32.977 94.009 110.917 35.276 98.222 125.969 73.841 127.178 128.973 23.727Fora % 11,28 87,08 32,81 93,54 110,37 35,10 74,15 95,10 55,74 96,01 97,36 17,91ManhuaçuNo 807 8.771 3.733 14.789 12.660 1.914 4.076 14.125 5.890 15.831 16.021 810% 4,60 50,01 21,29 84,33 72,19 10,91 23,28 80,69 33,65 90,43 91,52 4,63Montes No 3.014 34.209 6.676 45.869 42.061 10.959 32.511 63.590 15.038 69.079 67.192 6.232Claros % 5,56 63,15 12,32 84,68 77,65 20,23 42,96 84,03 19,87 91,28 88,79 8,24MuriaéParacatuPassosNo 1.329 14.524 2.847 18.100 17.386 3.533 10.343 23.450 7.689 23.942 23.810 1.739% 6,26 68,46 13,42 85,32 81,96 16,65 39,89 90,44 29,66 92,34 91,83 6,71No 1.165 8.480 3.967 11.046 9.441 3.032 5.929 15.036 2.893 15.996 15.793 1.107% 8,48 61,74 28,88 80,42 68,74 22,07 32,13 81,48 15,68 86,68 85,58 6,00No 1.999 17.015 9.634 18.793 19.980 3.926 10.030 25.568 7.854 25.260 25.779 2.509% 9,39 79,91 45,24 88,25 93,83 18,44 36,87 93,98 28,87 92,85 94,75 9,22Poços <strong>de</strong> No 3.281 25.160 13.246 26.918 29.134 9.441 26.375 38.073 18.709 37.541 37.945 5.790Cal<strong>da</strong>s % 11,30 86,62 45,61 92,68 100,31 32,50 66,43 95,90 47,12 94,56 95,58 14,58Pouso No 1.919 16.759 7.496 18.522 20.393 4.838 18.093 27.711 12.983 27.458 28.300 3.835Alegre % 9,38 81,95 36,65 90,57 99,72 23,66 61,43 94,08 44,08 93,22 96,08 13,0243


Continuação:1991 2000MunicípioFreezerGela<strong>de</strong>iraMáquina<strong>de</strong> LavarRoupaRádio TV TelefoneLinhaTelefônicaGela<strong>de</strong>iraouFreezerMáquina<strong>de</strong> LavarRoupaRádioTVComputadorTeófilo No 2.034 16.711 2.709 24.515 19.129 4.435 12.180 25.628 5.892 29.429 26.924 2.140Otoni % 6,56 53,91 8,74 79,09 61,71 14,31 36,69 77,21 17,75 88,66 81,11 6,45UberabaUberlândiaVarginhaNo 7.788 47.884 31.048 50.779 56.407 23.811 45.128 68.986 23.470 67.831 69.885 8.438% 14,13 86,90 56,35 92,16 102,37 43,21 62,21 95,09 32,35 93,50 96,33 11,63No 13.642 81.242 58.330 86.009 92.022 38.871 90.544 137.582 45.332 131.647 137.553 20.584% 14,50 86,35 62,00 91,42 97,81 41,31 62,68 95,24 31,38 91,13 95,22 14,25No 2.574 17.987 7.671 19.675 23.189 7.295 17.958 28.230 119.660 27.906 28.616 4.374% 12,07 84,32 35,96 92,23 108,71 34,20 61,21 96,22 40,79 95,12 97,54 14,9144


A fim <strong>de</strong> caracterizar ain<strong>da</strong> mais o uso <strong>de</strong> equipamentos eletroeletrônicos<strong>no</strong>s domicílios brasileiros, po<strong>de</strong>mos avaliar as figuras 4.26 a 4.31, retira<strong>da</strong>s<strong>de</strong> pesquisas realiza<strong>da</strong>s pela CETIC para equipamentos <strong>de</strong> Tec<strong>no</strong>logia <strong>da</strong>Informação e <strong>da</strong> Comunicação e equipamentos <strong>de</strong> consumo (TICC).As figuras 4.12 e 4.13 apresentam informações importantes com relação aocomportamento do consumidor brasileiro. Por meio <strong>de</strong>las, po<strong>de</strong>-se <strong>no</strong>tar,principalmente, que não há crescimento significativo <strong>no</strong> consumo <strong>de</strong>televisões <strong>no</strong>s últimos a<strong>no</strong>s, já que praticamente todos os domicílios jápossuem este tipo <strong>de</strong> equipamento. Observa-se, também, que a que<strong>da</strong> <strong>no</strong>consumo <strong>de</strong> telefones fixos está sendo compensa<strong>da</strong> pelo aumento doconsumo <strong>de</strong> telefones celulares. Vê-se, ain<strong>da</strong>, um crescimento significativocom relação a computadores <strong>de</strong> mesa e portáteis, com aumento <strong>de</strong>,respectivamente, 58% e 300% <strong>de</strong> 2005 a 2008. Outro fator importante aser observado é a diferença entre os consumidores <strong>de</strong> zonas urbanas erurais, principalmente com relação a telefones fixos e celulares, ecomputadores <strong>de</strong> mesa e portáteis.Por sua vez, as figuras 4.14 e 4.15 mostram a evolução <strong>de</strong> domicílios cominternet em relação aos domicílios com computador. Observa-se que 71%dos domicílios com computador possuem, também, acesso à internet, valorque tem se mantido praticamente constante entre 2005 e 2008.Por meio <strong>da</strong>s figuras 4.16 e 4.17, percebe-se que o local mais freqüente <strong>de</strong>acesso a internet em zonas rurais é em centro público <strong>de</strong> acesso pago. Este,também, é o local mais usual nas zonas urbanas, porém, praticamente seequivale aos acessos em casa. Verifica-se, ain<strong>da</strong>, o gran<strong>de</strong> crescimento <strong>no</strong>uso <strong>da</strong>s lan houses <strong>no</strong>s últimos 2 a<strong>no</strong>s.FIGURA 4.12 - Percentual <strong>de</strong> Domicílios que possuem EquipamentosTICC em 2008Fonte: CETIC (2009)45


FIGURA 4.13 - Evolução do Percentual <strong>de</strong> Domicílios Urba<strong>no</strong>s quepossuem Equipamentos TICCFonte: CETIC (2009)FIGURA 4.14 - Percentual <strong>de</strong> Domicílios com posse <strong>de</strong> computador einternet em 2008Fonte: CETIC (2009)46


FIGURA 4.15 - Evolução do Percentual <strong>de</strong> Domicílios Urba<strong>no</strong>s composse <strong>de</strong> computador e internetFonte: CETIC (2009)FIGURA 4.16 - Local <strong>de</strong> Acesso à Internet - Percentual sobre o total<strong>de</strong> usuários <strong>de</strong> InternetFonte: CETIC (2009)47


FIGURA 4.17 - Local <strong>de</strong> Acesso à Internet - Evolução do Percentualsobre o total <strong>de</strong> usuários urba<strong>no</strong>s <strong>de</strong> InternetFonte: CETIC (2009)Com relação aos pla<strong>no</strong>s <strong>de</strong> celular <strong>no</strong> Brasil, observa-se <strong>no</strong> quadro a seguirque, ca<strong>da</strong> vez mais, se utilizam pla<strong>no</strong>s pré-pagos ao invés dos pla<strong>no</strong>s póspagos.QUADRO 4.8 - Tipo <strong>de</strong> Pla<strong>no</strong> <strong>de</strong> Celular - Percentual sobre o total <strong>de</strong>pessoas que possuem telefone celularPla<strong>no</strong> 2006 2007 2008Pré-pago 89 90 91Pós-pago 11 10 9Fonte: CETIC (2009)4.3 - <strong>Eletroeletrônicos</strong> em EmpresasO número <strong>de</strong> empresas existentes <strong>no</strong> Brasil e em Minas Gerais, <strong>de</strong> 2004 a2006, segundo o Ca<strong>da</strong>stro Central <strong>de</strong> Empresas (IBGE), assim como suanatureza jurídica, po<strong>de</strong> ser visualizado na figura a seguir. Ela mostra que,tanto <strong>no</strong> Brasil quanto em Minas Gerais, aproxima<strong>da</strong>mente 90% <strong>da</strong>sempresas são enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s empresariais, e apenas 0,4% são empresaspúblicas, sendo as <strong>de</strong>mais empresas sem fins lucrativos.Comparativamente, Minas Gerais possui aproxima<strong>da</strong>mente 11% <strong>da</strong>sempresas situa<strong>da</strong>s <strong>no</strong> Brasil.48


FIGURA 4.18 - Número <strong>de</strong> Empresas por Natureza Jurídica700.000Minas GeraisNúmero <strong>de</strong> Empresas600.000500.000400.000300.000200.000100.00002004 2005 2006Administração pública 2.585 2.895 2.637Enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s empresariais 553.482 574.827 574.402Enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s sem fins lucrativos 62.960 67.187 67.980Total 619.027 644.909 645.0196.500.000BrasilNúmero <strong>de</strong> Empresas6.000.0005.500.0005.000.0004.500.0004.000.0003.500.0003.000.0002.500.0002.000.0001.500.0001.000.000500.00002004 2005 2006Administração pública 18.348 20.606 18.856Enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s empresariais 4.847.091 5.094.621 5.143.547Enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s sem fins lucrativos 505.852 552.776 564.523Total 5.371.291 5.668.003 5.726.926Fonte: IBGE/SIDRA (2009)49


Pesquisas realiza<strong>da</strong>s pela CETIC constataram que, em 2007, o percentual<strong>de</strong> empresas <strong>no</strong> Brasil que utilizavam computadores era <strong>de</strong> 95%, e 93%utilizavam internet. Da mesma forma, estudos realizados pela FGV em1.700 empresas <strong>de</strong> médio e gran<strong>de</strong> porte, com predominância propositalem empresas priva<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> setembro <strong>de</strong> 2007 a abril <strong>de</strong> 2008, trazeminformações interessantes a respeito do uso <strong>de</strong>ste EE <strong>no</strong> país. Elas sãoapresenta<strong>da</strong>s <strong>no</strong> quadro a seguir.QUADRO 4.9 - Evolução do Uso e do Mercado <strong>de</strong> Computadores nasEmpresas BrasileirasÍndices e Valores 1988 2002 2007/08Ven<strong>da</strong> <strong>no</strong> a<strong>no</strong> (milhões <strong>de</strong> computadores) 0,4 4,4 10,5Base Instala<strong>da</strong> (computadores em uso,milhões)1 18 45Gastos em Informática / Faturamento Líquido 1,3% 4,7% 5,7%Relação usuário / computador 3,0 1,2 1,1Fonte: FGV (2008)Computadores em re<strong>de</strong> 5% 94% 98%Usuários / Funcionários 7% 64% 80%O mesmo estudo mencionado a cima, estima a base ativa <strong>de</strong> computadorespara 2011 e 2012. Este valor é apresentado na figura a seguir.FIGURA 4.19 - Base Ativa <strong>de</strong> Computadores - Computadores em usoFonte: FGV (2008)Para se obter <strong>da</strong>dos primários sobre o uso <strong>de</strong> EEs e a geração <strong>de</strong>stesresíduos em empresas públicas e priva<strong>da</strong>s <strong>de</strong> Minas Gerais, foi enviado paraas principais empresas do estado, com aju<strong>da</strong> <strong>da</strong> SUCESU, um questionário,50


que po<strong>de</strong> ser visto <strong>no</strong> Anexo 4. No total, 308 empresas receberam oquestionário.Após o prazo <strong>de</strong> 20 dias, foram retornados apenas 12 questionários, <strong>no</strong>squais se observou o seguinte:- Foi possível obter <strong>da</strong>dos a respeito <strong>da</strong> quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> EEs <strong>de</strong>stasempresas, assim como as principais motivações para o <strong>de</strong>scarte dosmesmos. Os dois equipamentos mais comuns são computadores etelefones, com média <strong>de</strong>, respectivamente, 248 e 216 dispositivos porempresa. As principais motivações para troca foram obsolescência e<strong>de</strong>feitos.- Dados do tempo <strong>de</strong> trocas pu<strong>de</strong>ram ser avaliados. Os <strong>da</strong>dos encontradossão apresentados <strong>no</strong> quadro abaixo:QUADRO 4.10 - Tempo <strong>de</strong> troca <strong>de</strong> EEs em empresas <strong>de</strong> MinasGeraisEquipamento Tempo Mínimo (a<strong>no</strong>s) Tempo Máximo (a<strong>no</strong>s) Tempo Médio (a<strong>no</strong>s)Desktop 2,0 7,0 4,8Notebook 1,0 7,0 4,4Impressoras e Multifuncionais 2,0 10,0 5,6Fax 3,0 12,0 7,3Telefones Fixos 0,5 12,0 7,3Telefones Celulares 1,5 6,0 2,4Gela<strong>de</strong>iras e Freezers 5,0 20,0 13,0Televisão 5,0 12,0 9,0Máquina Fotográfica 3,0 10,0 6,5Xerox 5,0 6,0 5,5- Os tempos <strong>de</strong> armazenamento <strong>de</strong> EEs nas empresas é, em geral,peque<strong>no</strong>, não exce<strong>de</strong>ndo os 3 a<strong>no</strong>s.- A forma <strong>de</strong> coleta e <strong>de</strong>sti<strong>no</strong> final dos REEs é bastante variável, egeralmente, as empresas <strong>de</strong>ixam a responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> a cargo <strong>da</strong> empresatransportadora, não sabendo informar para on<strong>de</strong> o resíduo é enviado.- Muitas empresas informaram que não conhecem as substâncias perigosasconti<strong>da</strong>s <strong>no</strong>s EEs e seus efeitos à saú<strong>de</strong> e ao meio ambiente, e gran<strong>de</strong>parte <strong>de</strong>las <strong>de</strong>sconhecem o <strong>de</strong>sti<strong>no</strong> final do resíduo gerado <strong>de</strong>ntro <strong>de</strong>suas instalações.- Com relação à responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> <strong>de</strong>stinação dos REEs, a maioria <strong>da</strong>sempresas acreditam que esta <strong>de</strong>ve ser <strong>da</strong>s Empresas Montadoras,seguido por Municípios e Empresas Importadoras e Distribuidoras.- Gran<strong>de</strong> parte <strong>da</strong>s empresas se mostraram interessa<strong>da</strong>s em participar <strong>da</strong>sdiscussões sobre o assunto e sugeriram idéias para melhorar a gestão edisposição final <strong>de</strong>stes resíduos. As principais sugestões foram com51


espeito a criação <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> coleta seletiva, divulgação <strong>de</strong>procedimentos e incentivo à reciclagem.Como conclusão <strong>da</strong> pesquisa, verifica-se que além do baixo retor<strong>no</strong>, asrespostas obti<strong>da</strong>s muitas vezes não foram suficientes para se concluir arespeito do assunto. Com isto, mostra-se um real <strong>de</strong>sinteresse e a falta <strong>de</strong>controle <strong>da</strong>s empresas públicas e priva<strong>da</strong>s com relação ao tema,enfatizando a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> ampliação dos canais <strong>de</strong> comunicação emelhorias <strong>no</strong> sistema <strong>de</strong> gestão e gerenciamento.52


5 - Análise do Fluxo <strong>de</strong> <strong>Geração</strong> <strong>de</strong> <strong>Resíduos</strong>eletroeletrônicosNa figura a seguir, é apresentado um fluxograma com o ciclo do resíduoeletroeletrônico consi<strong>de</strong>rado para o <strong>Estado</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais. Na seqüência,este processo é discutido, com a apresentação dos agentes e suas <strong>de</strong>vi<strong>da</strong>sformas <strong>de</strong> atuação.FIGURA 5.1 - Fluxograma do Ciclo do Resíduo Eletroeletrônico5.1 -Residências, Empresas Públicas e Empresas Priva<strong>da</strong>sEstes três agentes <strong>de</strong>sempenham, <strong>de</strong>ntro do processo, papéis semelhantes.Eles formam o mercado consumidor do produto, iniciando o ciclo do resíduoeletroeletrônico por dois diferentes caminhos:- Fin<strong>da</strong><strong>da</strong> a vi<strong>da</strong> útil do equipamento, ele é encaminhado para a LimpezaPública, ou para Catadores <strong>de</strong> Recicláveis, ou para o Transporte Privado,que <strong>da</strong>rão seqüência <strong>no</strong> ciclo <strong>de</strong> geração do resíduo. O equipamento po<strong>de</strong>,também, ser enviado para Centros <strong>de</strong> Recondicionamento a fim <strong>de</strong> seviabilizar o reuso <strong>de</strong> parte do dispositivo.- Em caso <strong>de</strong> <strong>de</strong>feitos, o equipamento é enviado para Assistências Técnicas,que retirarão a peça <strong>de</strong>feituosa, substituindo-a por uma <strong>no</strong>va.O procedimento adotado pelos consumidores particulares (residências) comrelação ao <strong>de</strong>sti<strong>no</strong> <strong>de</strong> equipamentos eletroeletrônicos, ao final <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> útil,po<strong>de</strong> ser visto na figura a seguir. Por meio <strong>de</strong>sta, conclui-se que o <strong>de</strong>sti<strong>no</strong>mais utilizado é a doação, implicando <strong>no</strong> reuso do aparelho por outra parte.53


FIGURA 5.2 - Desti<strong>no</strong> <strong>da</strong>do a equipamentos eletroeletrônicos aofinal <strong>de</strong> sua primeira vi<strong>da</strong> útilFonte: Franco (2008)No caso <strong>da</strong>s empresas, conforme respostas ao Questionário enviado, pô<strong>de</strong>severificar que os <strong>de</strong>sti<strong>no</strong>s mais usuais são a ven<strong>da</strong> dos EEs parafuncionários ou outras enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s, o envio para empresas <strong>de</strong> manutenção ouespecializa<strong>da</strong>s, ou para centros <strong>de</strong> recondicionamento, o <strong>de</strong>pósito <strong>de</strong> lixo, ea doação a enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s carentes.5.2 - Sistema <strong>de</strong> Limpeza PúblicaA Limpeza Pública participa <strong>da</strong> etapa <strong>de</strong> coleta <strong>no</strong> ciclo do resíduoeletroeletrônico, recebendo equipamentos dos Consumidores, e, também,<strong>de</strong> Catadores <strong>de</strong> Recicláveis, Centros <strong>de</strong> Recondicionamento e AssistênciasTécnicas. Após a coleta, este agente encaminha o material para adisposição.Dados mais <strong>de</strong>talhados sobre os sistemas <strong>de</strong> limpeza pública foramapresentados anteriormente para o Brasil, Minas Gerais, Mesorregiões <strong>de</strong>Minas Gerais e principais municípios <strong>de</strong> Minas Gerais, incluindo BeloHorizonte. Destes, po<strong>de</strong>-se ressaltar, <strong>no</strong>vamente, que o percentual <strong>de</strong>resíduos sólidos coletados <strong>no</strong> Brasil, Minas Gerais e Região Metropolitana <strong>de</strong>Belo Horizonte, é <strong>de</strong>, respectivamente, 79%, 78% e 92%. Destaca-se,ain<strong>da</strong>, que <strong>no</strong> Brasil, a maior parte do lixo é <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> a aterros sanitários,seguido <strong>de</strong> lixões e aterros controlados. No caso <strong>de</strong> Minas Gerais, aproporção <strong>de</strong>stina<strong>da</strong> a estas 3 locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s são praticamente iguais.Diferentemente, na Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte, quase todo oresíduo é encaminhado para aterro sanitário.54


5.3 - Transporte PrivadoO Transporte Privado é responsável, neste processo, apenas pela coleta <strong>de</strong>resíduos nas Empresas Públicas e Priva<strong>da</strong>s, e pelo encaminhamento <strong>de</strong>stespara a disposição.A lista <strong>de</strong> empresas <strong>de</strong> Transporte Privado do estado, a partir <strong>de</strong> <strong>da</strong>dosretirados do site Telelistas.net, po<strong>de</strong> ser vista <strong>no</strong> Anexo 5.5.4 - Catadores <strong>de</strong> Materiais RecicláveisOs Catadores <strong>de</strong> Materiais Recicláveis <strong>de</strong>sempenham funções em duasdiferentes etapas do ciclo <strong>de</strong> do resíduo eletroeletrônico: na coleta e narecuperação do material reciclável. Eles coletam materiais provenientes dosagentes Consumidores e Centros <strong>de</strong> Recondicionamento, encaminhando-os,para a Limpeza Pública. Por outro lado, eles contribuem na recuperação domaterial por meio <strong>da</strong> <strong>de</strong>smontagem dos equipamentos recebidos porAssistências Técnicas ou por outros agentes, já mencionados, e <strong>da</strong> ven<strong>da</strong> <strong>de</strong>peças para os Sucateiros e Empresas <strong>de</strong> Recuperação e Reciclagem.Por meio <strong>de</strong> entrevistas, Franco (2008) concluiu que a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>material eletroeletrônico recebido por este agente é variável, sendo que emsua maioria são obtidos por doações <strong>de</strong> empresas, coleta porta a porta,coleta seletiva do município e doações particulares diretamente àscooperativas. Após recebimento, os catadores verificam o funcionamento doequipamento, doando os que funcionam para cooperativas, e <strong>de</strong>smontandoe separando as peças por tipo <strong>de</strong> material quando não funcionam, paraposterior ven<strong>da</strong>.A lista <strong>de</strong> Associações e/ou Cooperativas <strong>de</strong> Catadores <strong>de</strong> MateriaisRecicláveis ca<strong>da</strong>stra<strong>da</strong>s <strong>no</strong> Fórum Municipal Lixo e Ci<strong>da</strong><strong>da</strong>nia estão listados<strong>no</strong> Anexo 6.5.5 - Centro <strong>de</strong> RecondicionamentoO Centro <strong>de</strong> Recondicionamento atua na etapa <strong>de</strong> recuperação dosequipamentos, restaurando as funções dos dispositivos recebidos <strong>da</strong>sResidências e Empresas, e retornando-os, em boas condições <strong>de</strong> uso, parao mercado consumidor. Os resíduos inutilizados são encaminhados para aLimpeza Pública, para Catadores <strong>de</strong> Recicláveis, ou para Sucateiros.Foram i<strong>de</strong>ntificados dois centros <strong>de</strong> recondicionamento: o Centro <strong>de</strong>Recondicionamento <strong>de</strong> Computadores <strong>de</strong> Belo Horizonte (CRC) e o Comitêpara Democratização <strong>da</strong> Informática (CDI).O CRC, situado em Belo Horizonte, é parte integrante do ProjetoComputadores para Inclusão do Gover<strong>no</strong> Fe<strong>de</strong>ral (Projeto CI), que consiste55


em uma re<strong>de</strong> nacional <strong>de</strong> reaproveitamento <strong>de</strong> equipamentos <strong>de</strong>informática, formação profissional e inclusão digital. Este centro recebeequipamentos por meio <strong>de</strong> doações <strong>de</strong> órgãos do gover<strong>no</strong> fe<strong>de</strong>ral, estaduale municipal, pessoas físicas, empresas priva<strong>da</strong>s e universi<strong>da</strong><strong>de</strong>s. Apósrecebimento, os dispositivos passam por uma triagem para testes, on<strong>de</strong> asmáquinas muito antigas são encaminha<strong>da</strong>s para reciclagem e as mais <strong>no</strong>vaspara a manutenção. Após promover o correto funcionamento, as máquinassão monta<strong>da</strong>s e embala<strong>da</strong>s em kits para posterior distribuição em enti<strong>da</strong><strong>de</strong>sca<strong>da</strong>stra<strong>da</strong>s <strong>no</strong> Projeto CI. Os resíduos gerados <strong>no</strong> processo sãoarmazenados para serem <strong>de</strong>stinados conforme solicitação dos órgãoscompetentes (Franco, 2008).O CDI é uma organização não-governamental para promover a inclusãodigital visando à inclusão social. No estado <strong>de</strong> Minas Gerais, possui comitêsnas ci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> Além Paraíba, Belo Horizonte, Leopoldina e Poços <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>s.Após recebimento dos equipamentos, eles são vistoriados quanto aofuncionamento, po<strong>de</strong>ndo ser consertados para, então, montar os kits queserão encaminhados para os CDIs ou doados para pessoas carentes quefazem cursos <strong>no</strong> centro. Com relação aos resíduos eletroeletrônicos, há umaparceria entre o CDI-BH e alguns sucateiros do município.Há também o curso <strong>de</strong> Montagem, Manutenção e Recondicionamento <strong>de</strong>Computadores, parte do Projeto 3RsPCs - <strong>Resíduos</strong> <strong>Eletroeletrônicos</strong>, <strong>da</strong>Fun<strong>da</strong>ção Estadual do Meio Ambiente - FEAM. Nesse curso, computadoresprovenientes <strong>de</strong> prédios do Gover<strong>no</strong> do <strong>Estado</strong>, consi<strong>de</strong>rados obsoletos, sãorecondicionados, ao mesmo tempo em que alu<strong>no</strong>s são treinados nesteofício. As máquinas em funcionamento são doa<strong>da</strong>s para a inclusão digital eo resíduo gerado é <strong>de</strong>stinado <strong>de</strong> forma a<strong>de</strong>qua<strong>da</strong>, <strong>da</strong>ndo-se preferênciapara a reciclagem.5.6 - Assistência TécnicaA Assistência Técnica recebe equipamentos <strong>de</strong>feituosos dos agentesConsumidores e restaura suas funções a partir <strong>de</strong> consertos e trocas <strong>de</strong>peças. O material <strong>de</strong>feituoso ou inutilizado é encaminhado, então, para aLimpeza Pública, para o Transporte Privado, para Catadores <strong>de</strong> Recicláveisou para Sucateiros.As Assistências Técnicas para diversos tipos <strong>de</strong> equipamentoseletroeletrônicos do estado estão lista<strong>da</strong>s, a partir <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos retirados dosite Telelistas.net, <strong>no</strong> Anexo 7.5.7 - SucateirosEstes agentes atuam, <strong>de</strong>ntro do ciclo do resíduo eletroeletrônico, na etapa<strong>de</strong> recuperação dos equipamentos, realizando a <strong>de</strong>smontagem do materialrecebido pelos Catadores <strong>de</strong> Recicláveis, Assistências Técnicas e Centros <strong>de</strong>Recondicionamento, e, posteriormente, ven<strong>de</strong>ndo as peças que possam serreaproveita<strong>da</strong>s para as Empresas <strong>de</strong> Recuperação e Reciclagem.56


O mercado <strong>de</strong> sucatas em Minas Gerais po<strong>de</strong> ser <strong>da</strong>do como formal einformal. De acordo com pesquisas realiza<strong>da</strong>s por Franco (2008), osresíduos eletroeletrônicos mais recebidos por este agente são placas <strong>de</strong>computadores, reatores, motores elétricos, computadores inteiros,máquinas <strong>de</strong> lavar roupa, tanques elétricos, gela<strong>de</strong>ira e televisão. Relatase,ain<strong>da</strong>, que estes materiais são recebidos <strong>de</strong> empresas, catadores,consumidores particulares e leilões.Os Sucateiros do estado estão listados, a partir <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos retirados do siteTelelistas.net, <strong>no</strong> Anexo 8.5.8 - Indústrias <strong>de</strong> ReciclagemAs Indústrias <strong>de</strong> Reciclagem recebem peças dos Catadores <strong>de</strong> Recicláveis eSucateiros para a montagem <strong>de</strong> <strong>no</strong>vos equipamentos, que retornarão aomercado consumidor. O material não aproveitado é encaminhado para adisposição.Não foram localiza<strong>da</strong>s empresas recicladoras <strong>de</strong> produtos eletroeletrônicosem Minas Gerais. To<strong>da</strong>via, foram i<strong>de</strong>ntifica<strong>da</strong>s algumas empresas <strong>no</strong> Brasil,conforme apresenta o quadro a seguir. Vale ressaltar que, na mesma fonte<strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, há, também, a lista <strong>de</strong> empresas recicladoras <strong>de</strong> lâmpa<strong>da</strong>s, quenão serão apresenta<strong>da</strong>s aqui por não ser objeto <strong>de</strong>ste estudo.QUADRO 5.1 - Empresas Recicladoras <strong>de</strong> <strong>Eletroeletrônicos</strong>Empresas Recicladoras Telefone Ci<strong>da</strong><strong>de</strong>BateriasBaterias Pioneiro Ind. Lt<strong>da</strong> (49) 3537-7500 Treze Tílias / SCPioneiro Ecometais (49) 3524-0670 Água Doce / SCSuzaquim / Faarte (11) 3159-2929 São Paulo / SPSIR Company Comércio e ReciclagemLt<strong>da</strong>.(11) 6966-5955 São Paulo / SPEletrônicosInteramerican Lt<strong>da</strong>. (11) 4178-1717 São Bernardo do Campo / SPLorene Importação e Exportação Lt<strong>da</strong>. (11) 6902-5200 São Paulo / SPOxil - Manufatura Reversa (19) 3833-2827 Paulínia / SPSanlien Exportação Lt<strong>da</strong>. (11) 6954-2229 São Paulo / SPSIR Company Comércio e ReciclagemLt<strong>da</strong>.(11) 6966-5955 São Paulo / SPSucata Eletrônica (11) 8965-9312 São Paulo / SPTarget Trading S.A (11) 3040-2513 São Paulo / SPTCG Brasil Reciclagem Lt<strong>da</strong>. (19) 3837-3313 Jaguariúna / SPUMICORE (11) 6421-1246 Guarulhos / SPXerox Comércio e Indústria Lt<strong>da</strong>. (11) 4009-6290 São Paulo / SPFonte: CEMPRE (2009)Por meio <strong>de</strong> entrevistas realiza<strong>da</strong>s por Franco (2008), constatou-se que ofoco são os fabricantes <strong>de</strong> equipamentos eletroeletrônicos, organizaçõespriva<strong>da</strong>s e públicas, e prefeituras, não havendo recebimento <strong>de</strong> material <strong>de</strong>pessoas físicas. Após recebimento, o material é <strong>de</strong>smontado e seus itenssão separados <strong>de</strong> acordo com o tipo <strong>de</strong> material. Às peças tóxicas são <strong>da</strong><strong>da</strong>s57


<strong>de</strong>stinação específica. Os resíduos classe I são <strong>de</strong>stinados ao aterroindustrial. Os outros materiais, por sua vez, são triturados e encaminhadospara parceiros, sucateiros ou vendidos para empresas que comercializammateriais recicláveis. Apenas as placas <strong>de</strong> circuito inter<strong>no</strong> são envia<strong>da</strong>s parao exterior, por não haver reciclagem ou compradores <strong>no</strong> Brasil.5.9 - Aterro Sanitário, Aterro Controlado, Lixão e AterroIndustrialEstes agentes atuam <strong>no</strong> ciclo do resíduo eletroeletrônico como locais <strong>de</strong>disposição final para os resíduos gerados. Desta forma, eles receberãomateriais <strong>da</strong> Limpeza Pública, do Transporte Privado e <strong>da</strong>s Empresas <strong>de</strong>Recuperação e Reciclagem. O local <strong>de</strong> disposição final será <strong>de</strong>finido <strong>de</strong>acordo com as possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s e necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> região ou município.Cabe ressaltar a diferença <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> local <strong>de</strong> disposição final:- Aterro Sanitário: É a solução mais apropria<strong>da</strong> ao aterramento <strong>de</strong> resíduossólidos, segundo a ReCESA (s.d.). Eles são compostos por trincheiras oucélulas com impermeabilização <strong>da</strong> base e laterais, dre<strong>no</strong>s <strong>de</strong> coleta <strong>de</strong>gases, dre<strong>no</strong>s para a coleta <strong>de</strong> chorume e águas superficiais, coberturadiária dos resíduos com material inerte e tratamento do chorume e gases.- Aterro Controlado: Utilizam princípios <strong>de</strong> engenharia para confinar osresíduos sólidos, cobrindo-os com uma cama<strong>da</strong> <strong>de</strong> material inerte naconclusão <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> jorna<strong>da</strong> <strong>de</strong> trabalho. Além disto, o solo é compactadopara receber os resíduos e há coleta <strong>de</strong> gases, evitando contaminação dosolo e do ar.- Lixão / Bota Fora: São métodos ina<strong>de</strong>quados <strong>de</strong> disposição <strong>de</strong> resíduos emque este é exposto a céu aberto, sem medi<strong>da</strong>s <strong>de</strong> proteção ao ambiente esaú<strong>de</strong>.- Aterro Industrial: É um aterro exclusivo para disposição <strong>de</strong> resíduosprovenientes <strong>de</strong> indústrias.5.10 - Produtores e DistribuidoresEstes agentes atuam <strong>no</strong> início do ciclo do resíduo eletroeletrônico, a partir<strong>da</strong> fabricação e distribuição dos EEs. Desta forma, são os Produtores eDistribuidores que possibilitam o consumo <strong>de</strong>stes equipamentos pelosagentes Consumidores (Residências, Empresas Públicas e EmpresasPriva<strong>da</strong>s).Uma lista <strong>de</strong> fábricas para celulares, computadores, equipamentos <strong>de</strong>informática e televisões <strong>no</strong> Brasil, assim como os distribuidores eimportadores <strong>da</strong>s marcas cujas fábricas não estão localiza<strong>da</strong>s <strong>no</strong> país, po<strong>de</strong>ser vista <strong>no</strong> Anexo 9. Cabe ressaltar que não foi possível cruzar estes <strong>da</strong>doscom os Associados <strong>da</strong> Abinee a fim <strong>de</strong> verificar empresas e fábricas que nãoforam incluí<strong>da</strong>s. Isto ocorre <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> a Abinee classificar seusassociados em grupos genéricos, não se po<strong>de</strong>ndo <strong>de</strong>finir o tipo <strong>de</strong> produtoproduzido por eles.58


5.11 - Associações e Socie<strong>da</strong><strong>de</strong>s5.1.1 - ABINEE - Associação Brasileira <strong>da</strong> Indústria Elétrica eEletrônicaA Associação Brasileira <strong>da</strong> Indústria Elétrica e Eletrônica - Abinee - é umaempresa sem fins lucrativos que representa os setores elétrico e eletrônico<strong>de</strong> todo o país. Ela possui, como associa<strong>da</strong>s, empresas nacionais einternacionais, <strong>de</strong> todos os portes, instala<strong>da</strong>s <strong>no</strong> Brasil.A Abinee tem como objetivos assegurar o <strong>de</strong>senvolvimento competitivo <strong>no</strong>setor elétrico e eletrônico do país, e <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r os interesses legítimos e aintegração à comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>. Para isto, ela segue como articuladora ecapacitadora <strong>de</strong> empresas do ramo eletroeletrônico <strong>no</strong> Brasil, tornando-seum agente facilitador aos objetivos estratégicos e táticos <strong>de</strong> seusassociados.Seus associados são divididos entre as regiões <strong>de</strong> Minas Gerais, Nor<strong>de</strong>ste,Paraná, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, São Paulo e <strong>de</strong>mais regiões.Também são classificados pelas seguintes áreas <strong>de</strong> atuação:- Automação industrial;- Comércio eletrônico;- Componentes elétricos e eletrônicos;- Equipamentos industriais;- <strong>Geração</strong>, transmissão e distribuição;- Informática;- Material elétrico <strong>de</strong> instalação;- Operadoras <strong>de</strong> telecomunicação;- Responsabili<strong>da</strong><strong>de</strong> socioambiental;- Serviço <strong>de</strong> manufatura em eletrônica;- Sistemas eletroeletrônicos predias;- Telecomunicações;- Utili<strong>da</strong><strong>de</strong>s domésticas.As áreas <strong>de</strong> atuação pertinentes a este trabalho, e que serão menciona<strong>da</strong>sdurante este estudo são as <strong>de</strong> Informática, Telecomunicações e Utili<strong>da</strong><strong>de</strong>sdomésticas. Os associados para estas áreas <strong>de</strong> atuação e para Minas Geraispo<strong>de</strong>m ser vistos <strong>no</strong> Anexo 3.5.1.2 - SUCESU - Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Usuários <strong>de</strong> Informática eTelecomunicações <strong>de</strong> Minas GeraisA Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Usuários <strong>de</strong> Informática e Telecomunicações <strong>de</strong> MinasGerais era conheci<strong>da</strong> antigamente como Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> dos Usuários <strong>de</strong>Computadores e Equipamentos Subsidiários, embora a sigla SUCESUcontinue a ser utiliza<strong>da</strong>.59


A SUCESU é uma socie<strong>da</strong><strong>de</strong> civil sem fins lucrativos e sem caráter políticoparditário,que representa seus associados e coor<strong>de</strong>na, promove, executa einduz ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>no</strong> setor <strong>de</strong> informática e telecomunicações. Ela atua naparticipação ativa em estudos, pesquisas e <strong>de</strong>bates, facilitando acesso àsautori<strong>da</strong><strong>de</strong>s e espaço na mídia, representando os associados em conselhos,fóruns, câmaras e grupos estratégicos, coor<strong>de</strong>nando e <strong>de</strong>senvolvendoeventos com foco em <strong>no</strong>vos rumos tec<strong>no</strong>lógicos, <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>ndo o associadocontra práticas <strong>no</strong>civas <strong>de</strong> mercado, buscando convivência harmônica entreagentes <strong>da</strong> comuni<strong>da</strong><strong>de</strong>, compreen<strong>de</strong>ndo <strong>no</strong>vos cenários e i<strong>de</strong>ntificandonichos mercadológicos, e <strong>de</strong>senvolvendo <strong>no</strong>vos métodos e processos.Seus principais objetivos são:- Representar empresas e profissionais do setor <strong>de</strong> informática etelecomunicações;- Defen<strong>de</strong>r os interesses dos associados;- Promover e colaborar <strong>no</strong> <strong>de</strong>senvolvimento do setor <strong>de</strong> informática etelecomunicações;- Realizar e estimular <strong>de</strong>bates técnicos e políticos;- Promover a absorção e divulgação <strong>de</strong> tec<strong>no</strong>logias relaciona<strong>da</strong>s ainformática e telecomunicações;- Interagir com enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s especializa<strong>da</strong>s, objetivando a <strong>de</strong>finição eatribuição <strong>de</strong> padrões técnicos <strong>de</strong> <strong>no</strong>rmatização e <strong>de</strong> controle <strong>de</strong>quali<strong>da</strong><strong>de</strong>.A SUCESU Nacional foi cria<strong>da</strong> em 1965, sendo a enti<strong>da</strong><strong>de</strong> mais antiga etradicional <strong>da</strong> área <strong>de</strong> informática e telecomunicações. As regionais, por suavez, surgiram em diferentes a<strong>no</strong>s, sendo que a SUCESU-MG foi fun<strong>da</strong><strong>da</strong> em1968. Além <strong>da</strong> regional <strong>de</strong> Minas Gerais, há regionais em Amapá,Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Fe<strong>de</strong>ral, Espírito Santo, Goiás, Maranhão,Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Pará, Paraíba, Paraná,Piauí, Rio <strong>de</strong> Janeiro, Rio Gran<strong>de</strong> do Norte, Rio Gran<strong>de</strong> do Sul, Roraima,Santa Catarina e São Paulo.60


6 - Estimativa <strong>de</strong> <strong>Geração</strong> <strong>de</strong> <strong>Resíduos</strong>eletroeletrônicos6.1 - Hipóteses e Consi<strong>de</strong>raçõesPara o cálculo <strong>da</strong> geração <strong>de</strong> resíduos eletroeletrônico foram necessárias autilização <strong>de</strong> hipóteses e a realização <strong>de</strong> estimativas conforme apresentadoabaixo.6.1.1 - Estimativa <strong>da</strong> Projeção Populacional e <strong>de</strong> Número <strong>de</strong>DomicíliosNa projeção populacional <strong>de</strong> 2008 a 2030 foi utiliza<strong>da</strong> a taxa geométricamédia <strong>de</strong> crescimento anual, com base <strong>no</strong> último período intercensitário(1991 - 2000). Desta forma, multiplicou-se o a<strong>no</strong> anterior pela taxaproposta <strong>no</strong> quadro a seguir. Vale ressaltar que, embora todos os <strong>da</strong>dosutilizados nas estimativas <strong>de</strong> Belo Horizonte sejam referentes à sua RegiãoMetropolitana, <strong>de</strong>vido à ausência <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, foi utiliza<strong>da</strong>, aqui, a taxa média<strong>de</strong> crescimento do município.QUADRO 6.1 - Taxas médias <strong>de</strong> crescimento anual para Brasil, MinasGerais, Belo Horizonte e Mesorregiões <strong>de</strong> Minas GeraisLocali<strong>da</strong><strong>de</strong> 1991 1 2000 1 2007 2 Taxa 391-00Taxa 400-07Brasil 146.825.475 169.799.170 183.987.291 1,63 1,15Minas Gerais 15.743.152 17.891.494 19.273.506 1,43 1,07Belo Horizonte 2.020.161 2.238.526 2.412.937 1,15 1,08Campo <strong>da</strong>s Vertentes 464.983 511.571 537.952 1,07 0,72Central Mineira 348.315 380.992 397.475 1,00 0,61Jequitinhonha 658.238 678.872 694.888 0,34 0,33Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte 4.620.624 5.587.808 6.259.573 2,13 1,64Noroeste <strong>de</strong> Minas 305.285 334.509 350.489 1,02 0,67Norte <strong>de</strong> Minas 1.359.049 1.492.715 1.581.867 1,05 0,83Oeste <strong>de</strong> Minas 726.059 839.104 918.398 1,62 1,30Sul e Sudoeste <strong>de</strong> Minas 1.961.401 2.250.178 2.346.077 1,54 0,60Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba 1.595.648 1.869.886 2.092.131 1,78 1,62Vale do Mucuri 394.988 380.735 376.667 -0,41 -0,15Vale do Rio Doce 1.461.404 1.534.268 1.591.392 0,54 0,52Zona <strong>da</strong> Mata 1.847.158 2.030.856 2.126.597 1,06 0,661 Retirados dos Censos Demográficos <strong>de</strong> 1991 e 2000 (SIDRA)2 Retirado <strong>da</strong> Contagem Populacional <strong>de</strong> 2007 (SIDRA)3 Taxa média <strong>de</strong> crescimento populacional com base <strong>no</strong> último período intercensitário4 Taxa média <strong>de</strong> crescimento populacional com base na última contagem populacional e <strong>no</strong>último censo <strong>de</strong>mográficoPara o cálculo <strong>de</strong> moradores por domicílio, dividiram-se valores <strong>de</strong>população por números <strong>de</strong> domicílio em 2007, obtidos do IBGE. Osresultados encontrados para Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte foram,respectivamente, 3,36, 3,33 e 3,31.61


Na projeção do número <strong>de</strong> domicílios <strong>de</strong> 2008 a 2030, dividiu-se apopulação projeta<strong>da</strong> para o a<strong>no</strong> pelo número <strong>de</strong> moradores por domicílioem 2007.6.1.2 - Estimativa <strong>da</strong> Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Equipamentos<strong>Eletroeletrônicos</strong>Os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> dispositivos eletroeletrônicos em domicílios, <strong>de</strong> 2001 a 2007,foram obtidos do IBGE e são os mesmos já apresentados anteriormenteneste documento. Apenas para telefone celular, telefone fixo e computador,os primeiros <strong>da</strong>dos obtidos são do a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2003.A projeção <strong>de</strong> dispositivos eletroeletrônicos em domicílios <strong>de</strong> 2008 a 2030foi realiza<strong>da</strong> <strong>de</strong> forma proporcional à razão do número <strong>de</strong> domicílios do a<strong>no</strong>em questão e do a<strong>no</strong> anterior.Foi consi<strong>de</strong>rado que ca<strong>da</strong> domicílio que contém certo equipamentoeletroeletrônico possui apenas 1 dispositivo <strong>de</strong>ste tipo. Desta forma, os<strong>da</strong>dos e cálculos <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> resíduo realizados po<strong>de</strong>m ser consi<strong>de</strong>radossubestimados, <strong>de</strong> forma que os valores que serão apresentados sãoinferiores aos valores reais.Para o caso <strong>de</strong> computadores, foi realiza<strong>da</strong> uma divisão percentual <strong>de</strong> PCs e<strong>no</strong>tebooks, conforme valores mostrados na figura 4.1, já apresenta<strong>da</strong>, parao a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2008. Desta forma, consi<strong>de</strong>rou-se que 58% dos computadores são<strong>de</strong>sktops e 42% são laptops.Cabe ressaltar que, <strong>de</strong>vido ao telefone celular ser um equipamentorelativamente <strong>no</strong>vo <strong>no</strong> mercado se comparado com os outros EEs, oconsumo <strong>de</strong>ste dispositivo tem um potencial <strong>de</strong> crescer <strong>de</strong> forma maisacelera<strong>da</strong> que a dos outros, já que muitas pessoas estão, ain<strong>da</strong>, adquirindoseu primeiro aparelho. Apesar disto, optou-se, neste trabalho, porconsi<strong>de</strong>rar que o crescimento do número <strong>de</strong>ste dispositivo é semelhante aocrescimento populacional, não pon<strong>de</strong>rando-se o potencial crescimentoacelerado <strong>de</strong>spertado por uma <strong>no</strong>va tec<strong>no</strong>logia.To<strong>da</strong>s as estimativas foram realiza<strong>da</strong>s consi<strong>de</strong>rando-se a situação domercado <strong>de</strong> eletroeletrônicos atual. Qualquer alteração <strong>de</strong> mercado, como,por exemplo, incentivo ao consumo, po<strong>de</strong>rá modificar os resultados aquiapresentados.Não foram consi<strong>de</strong>rados os EEs <strong>de</strong> empresas <strong>no</strong>s cálculos, <strong>de</strong>vido a falta <strong>de</strong><strong>da</strong>dos referentes a estes usuários. Desta forma, po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar, maisuma vez, os valores apresentados subestimados.62


6.1.3 - Vi<strong>da</strong> Útil <strong>de</strong> Equipamentos <strong>Eletroeletrônicos</strong>Devido à ausência <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos nacionais, alguns <strong>da</strong>dos a respeito <strong>da</strong> vi<strong>da</strong> útilmédia dos equipamentos eletroeletrônicos utilizados em outros paísespo<strong>de</strong>m ser apresentados, conforme quadro a seguir.QUADRO 6.2 - Vi<strong>da</strong> útil <strong>de</strong> EEs por paísVi<strong>da</strong> útil (a<strong>no</strong>s)EEEUA 1 Chile 2 Colômbia 3 Peru 4Computador 5 7 a 8 7* 7Telefone Celular 2 NA 2 2Gela<strong>de</strong>ira 15 NA NA NAFreezer 15 NA NA NATelevisão 13 NA NA NA* Esta vi<strong>da</strong> útil inclui 2 a<strong>no</strong>s <strong>de</strong> armazenamento após o EE se tornar obsoleto.Fonte: 1 EPA (2007) 2 Steubing (2007) 3 EPA (2008) 4 EPA (2008)Comparando-se o Índice <strong>de</strong> Gini e o PIB per capita <strong>de</strong>stes países com o doBrasil, conforme apresentado <strong>no</strong> quadro 3.3, percebe-se semelhanças entreBrasil e Colômbia. Desta forma, adotou-se neste trabalho, para computadore telefone celular, respectivamente, a vi<strong>da</strong> útil <strong>de</strong> 5 e 2 a<strong>no</strong>s,<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rando o armazenamento <strong>de</strong> 2 a<strong>no</strong>s para computadores. Para osoutros equipamentos do quadro, serão adotados <strong>da</strong>dos do EUA <strong>de</strong>vido afalta <strong>de</strong> referências sobre o assunto em países em <strong>de</strong>senvolvimento. Dequalquer maneira, <strong>no</strong>ta-se similari<strong>da</strong><strong>de</strong>s entre os valores estabelecidos peloEPA e os valores consi<strong>de</strong>rados em trabalhos na Colômbia e <strong>no</strong> Peru.A vi<strong>da</strong> útil dos equipamentos eletroeletrônicos que não aparecem <strong>no</strong> quadroacima foi <strong>de</strong>fini<strong>da</strong> conforme se segue:Telefone fixoApesar <strong>de</strong> se conhecer diferenças entre os diversos EE, optou-se porconsi<strong>de</strong>rar o tempo <strong>de</strong> vi<strong>da</strong> útil do telefone fixo similar ao do telefonecelular, <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> se utilizar, ca<strong>da</strong> vez mais, telefones sem fio,dotados <strong>de</strong> baterias.Máquina <strong>de</strong> lavar roupaDe acordo com <strong>da</strong>dos fornecidos pela Agência Municipal <strong>de</strong> Energia doSeixal (AMESEIXAL, s.d.), a vi<strong>da</strong> útil <strong>de</strong>ste EE é <strong>de</strong> 11 a<strong>no</strong>s, consi<strong>de</strong>randosua utilização três vezes na semana.Rádio (microsystem)Optou-se, neste trabalho, por analisar a semelhança do rádio e <strong>de</strong> outrosEEs. Consi<strong>de</strong>rando-se que, <strong>de</strong>vido ao fato, estes dispositivos incorporarem63


ca<strong>da</strong> vez mais tipos <strong>de</strong> tec<strong>no</strong>logia, como CDs e DVDs, consi<strong>de</strong>rou-se, nestetrabalho, a vi<strong>da</strong> útil do computador.6.1.4 - Peso Médio <strong>de</strong> Equipamentos <strong>Eletroeletrônicos</strong>O peso médio dos equipamentos eletroeletrônicos foram <strong>de</strong>finidos por meio<strong>de</strong> especificações dos 16 mo<strong>de</strong>los mais populares <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> tipo <strong>de</strong>dispositivo, segundo o site <strong>de</strong> compras Bondfaro.- Telefones celulares: 92,67 g;- Telefone fixo: 473 g;- Computadores <strong>de</strong> mesa (CPU e tela): 29,26 kg;- Notebooks: 3,51 kg;- Televisão: 32,45 kg;- Rádio (microsystem): 10,40 kg;- Máquina <strong>de</strong> lavar roupa: 37,51 kg;- Gela<strong>de</strong>ira: 71,95 kg;- Freezer: 60,02 kg.6.1.5 - Estimativa <strong>de</strong> <strong>Geração</strong> <strong>de</strong> REE per capitaPara as estimativas <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> REE per capita, os resultados <strong>de</strong> geração<strong>de</strong> ca<strong>da</strong> a<strong>no</strong> foram divididos pela população do mesmo a<strong>no</strong>. Cabe ressaltarque, <strong>de</strong>vido à ausência <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos, os valores <strong>de</strong> população <strong>de</strong> Belo Horizontesão do município, enquanto os outros valores são <strong>da</strong> Região Metropolitana,superestimando-se, então, os resultados.6.1.6 - Hipóteses e Consi<strong>de</strong>rações para Mesorregiões <strong>de</strong> MinasGerais- A projeção populacional foi feita com referência à população <strong>de</strong> 2000;- Definiu-se que ca<strong>da</strong> linha telefônica equivale a um telefone fixo;- O peso para gela<strong>de</strong>iras ou freezers consi<strong>de</strong>rado equivale à média dospesos dos dois equipamentos (65,98 kg).Serão apresentados, neste caso, apenas os resultados totais <strong>de</strong> geração <strong>de</strong>resíduos eletroeletrônicos, não sendo estes divididos por tipo <strong>de</strong>equipamento. Os EEs consi<strong>de</strong>rados foram telefone, gela<strong>de</strong>ira ou freezer,máquina <strong>de</strong> lavar roupa, rádio, televisão e computador, conforme quadro4.6, apresentado anteriormente.6.2 - Resultados e DiscussõesOs resultados referentes à geração <strong>de</strong> resíduos eletroeletrônicos (REEs) <strong>no</strong>sdomicílios do Brasil, <strong>Estado</strong> <strong>de</strong> Minas Gerais e Região Metropolitana <strong>de</strong> BeloHorizonte po<strong>de</strong>m ser vistos nas figuras 6.1 e 6.2, a seguir. Estas figurastêm como objetivo apresentar as estimativas referentes à geração anual64


(t/a<strong>no</strong>) e per capita <strong>de</strong> REEs (kg/hab x a<strong>no</strong>) provenientes dos domicílios.Em função do baixo índice <strong>de</strong> retor<strong>no</strong> <strong>da</strong>s empresas públicas e priva<strong>da</strong>sconsulta<strong>da</strong>s neste trabalho, por meio <strong>da</strong> aplicação <strong>de</strong> questionários, optousepor não consi<strong>de</strong>rá-las nesta estimativa.Cabe ressaltar que os resultados são apresentados sobre duas diferentesperspectivas, sendo:- A primeira consi<strong>de</strong>rando, além dos equipamentos telefones celular e fixo,televisão, computadores, rádio, máquina <strong>de</strong> lavar roupa, gela<strong>de</strong>ira efreezer.- A segun<strong>da</strong> consi<strong>de</strong>rando apenas telefones celular e fixo, televisão ecomputadores;Para obter os resultados apresentados nas figuras cita<strong>da</strong>s, foramcompila<strong>da</strong>s e utiliza<strong>da</strong>s as informações apresenta<strong>da</strong>s <strong>no</strong> item 5 <strong>de</strong>stedocumento, com <strong>de</strong>staque para os <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> domicílios contendoeletroeletrônicos, números <strong>de</strong> domicílios, população resi<strong>de</strong>nte e taxa média<strong>de</strong> crescimento populacional em vários a<strong>no</strong>s. Como já mencionado, oscálculos realizados utilizaram o Método <strong>de</strong> Consumo e Uso, proposto porRochat, Schluep & EMPA (2007).Observando as figuras 6.1 e 6.2, verifica-se que haverá um incrementoanual <strong>da</strong> geração <strong>de</strong> REEs <strong>de</strong>vido ao crescimento populacional, logicamente,uma vez que a geração foi estima<strong>da</strong> proporcionalmente a este.Atualmente, a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2009, estima-se que sejam gera<strong>da</strong>s cerca <strong>de</strong> 68.600 t<strong>de</strong> REEs em Minas Gerais, sendo 29% <strong>de</strong>ste total gerado na RegiãoMetropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte. No Brasil, a geração estima<strong>da</strong> é <strong>de</strong>679.000 t/a<strong>no</strong>. Se consi<strong>de</strong>rados apenas telefones celular e fixo, televisão ecomputadores, a geração estima<strong>da</strong> em Minas Gerais é <strong>de</strong>,aproxima<strong>da</strong>mente, 21.200 t/a<strong>no</strong>.Prevê-se que, em 2030, a geração anual <strong>de</strong> REEs atinja valoresaproximados <strong>de</strong> 92.500 t/a<strong>no</strong> em Minas Gerais, 25.000 t/a<strong>no</strong> na RegiãoMetropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte e 953.500 t/a<strong>no</strong> <strong>no</strong> Brasil, se consi<strong>de</strong>radostodos os equipamentos relacionados neste estudo.Em termos <strong>de</strong> geração média anual, para um horizonte <strong>de</strong> 30 a<strong>no</strong>s,englobando-se todos os equipamentos eletroeletrônicos consi<strong>de</strong>rados nesteestudo, esta é <strong>de</strong> , aproxima<strong>da</strong>mente, 750.000 t/a<strong>no</strong> para o Brasil, 74.000t/a<strong>no</strong> para Minas Gerais e 21.000 t/a<strong>no</strong> para a Região Metropolitana <strong>de</strong> BeloHorizonte. Em se tratando apenas telefones celular e fixo, televisão ecomputadores, as estimativas são <strong>de</strong> 219.000 t/a<strong>no</strong>, 23.000 t/a<strong>no</strong> e 6.500t/a<strong>no</strong>, respectivamente.65


Com relação à geração per capita anual, a média estima<strong>da</strong> encontra<strong>da</strong> parao período compreendido entre 2001 e 2030 é <strong>de</strong> 3,4 kg/habitante para oBrasil, 3,3 kg/habitante para Minas Gerais e 3,7 kg/habitante para a RegiãoMetropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte, se consi<strong>de</strong>rados todos os tipos <strong>de</strong>equipamentos eletroeletrônicos do presente estudo. Consi<strong>de</strong>rando apenastelefones celular e fixo, televisão e computadores, estes valores são,respectivamente, 1,0 kg/habitante, 1,0 kg/habitante e 1,1 kg/habitante.Os resultados relativos à geração per capita mostram uma constância nageração anual a partir <strong>de</strong> 2007. Este fato ocorre <strong>de</strong>vido ao fato <strong>de</strong> ter-seutilizado uma taxa média <strong>de</strong> crescimento populacional a partir <strong>de</strong>ste a<strong>no</strong>.Desta forma, consi<strong>de</strong>ra-se que a população cresce à mesma taxa todo a<strong>no</strong>,assim como a geração <strong>de</strong> resíduos. Caso a população cresça <strong>de</strong> formadiferente à taxa proposta, haverá variações nestas curvas.As gerações <strong>de</strong> REEs per capita médias estima<strong>da</strong>s po<strong>de</strong>m ser compara<strong>da</strong>scom a informação <strong>de</strong> 2,6 kg/habitante, proposta por Rodrigues (2006) parao Brasil. Nota-se que estes valores não são significativamente discrepantes,o que vali<strong>da</strong> os resultados encontrados. Vale lembrar que, para asestimativas realiza<strong>da</strong>s neste trabalho, foram consi<strong>de</strong>rados, apenas, algunstipos <strong>de</strong> EEs e que ca<strong>da</strong> domicílio possui apenas um dispositivo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> um<strong>de</strong>stes tipos. Desta forma, os números apresentados ten<strong>de</strong>m a ser ain<strong>da</strong>maiores se englobados todos os EEs possíveis.A partir <strong>da</strong> soma dos resultados anuais estimados mostrados nas figuras 6.1e 6.2, po<strong>de</strong>-se prever também o acúmulo <strong>de</strong> resíduos eletroeletrônicosgerados. A partir <strong>de</strong>stas estimativas, calcula-se que, em 2030, haveráaproxima<strong>da</strong>mente 22,4 milhões, 2,2 milhões e 625 mil tonela<strong>da</strong>s <strong>de</strong>resíduos eletroeletrônicos, respectivamente, para disposição <strong>no</strong> Brasil, emMinas Gerais e na Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte, consi<strong>de</strong>rando-setodos os equipamentos. No caso <strong>de</strong> apenas telefones celular e fixo,televisão e computadores, estes valores são <strong>de</strong>, respectivamente, 6,6milhões, 677 mil e 194 mil tonela<strong>da</strong>s.Sendo assim, é <strong>de</strong> suma importância a formulação e aplicação <strong>de</strong> umalegislação para o setor, a implantação <strong>de</strong> a implantação <strong>de</strong> um sistema <strong>de</strong>gestão eficaz, além <strong>de</strong> programas <strong>de</strong> estimulo à reciclagem e à correta<strong>de</strong>stinação para estes resíduos. Destaca-se, ain<strong>da</strong>, que não é objetivo <strong>de</strong>stetrabalho a quantificação <strong>da</strong> <strong>de</strong>stinação final <strong>de</strong>stes resíduos, e sim odiagnóstico <strong>de</strong> sua geração.66


Brasil4,00,95Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduo Eletroeletrônico per capita (kg/hab)3,60,940,920,910,890,883,20,870,850,840,820,810,800,790,772,80,760,750,740,720,710,700,692,42,01,61,20,80,40,0<strong>Geração</strong> Anual <strong>Geração</strong> Anual Per CapitaBelo Horizonte4,03,7Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduo Eletroeletrônico per capita (kg/hab)25,04724,7623,424,48124,20223,92723,65567FIGURA 6.1 - <strong>Geração</strong> anual total <strong>de</strong> REEs segundo Método do Consumo e Uso4,03,63,22,82,42,01,61,20,80,40,047,94449,84654,51657,11659,12562,67266,71167,66568,63369,61470,61071,62072,64473,68374,73675,80576,88977,98979,10480,23581,38282,54683,72784,92486,13887,37088,61989,88791,17292,47623,386Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduo Eletroeletrônico per capita (kg/hab)23,12022,8581009080706050403020100Minas GeraisQuanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduo Eletroeletrônico (t) Milhares0,540,560,590,620,660,670,6822,5981,00,90,80,70,60,50,40,30,20,10,02624222018161412103,1Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduo Eletroeletrônico (t) MilharesQuanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduo Eletroeletrônico (t) Milhões13,4420,4714,1980,4922,34122,08721,83621,58721,34221,09920,85920,6222,820,38820,15619,92716,05916,61417,52518,55919,25519,47619,7002,52,21,81,51,280,960,640,320,00<strong>Geração</strong> Anual <strong>Geração</strong> Anual Per Capita<strong>Geração</strong> Anual <strong>Geração</strong> Anual Per Capita


FIGURA 6.2 - <strong>Geração</strong> anual total <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> telefones celular e fixo, televisão e computadores segundo Métododo Consumo e Uso1,11,00,80,60,50,30,20,0087611,2211,6515,2916,2517,2618,8420,6420,9421,2421,5421,8522,1622,4822,8023,1323,4623,7924,1324,4824,8325,1825,5425,9126,2826,6627,0427,4227,8228,2128,62Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduo Eletroeletrônico per capita (kg/hab)302826242220181614121086420Minas Gerais1,21,00,80,60,40,20,0Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduo Eletroeletrônico (t) Milhares103,36107,85146,65154,97165,00178,98196,01199,20202,45205,75209,10212,51215,97219,49223,07226,71230,40234,16237,98241,85245,80249,80253,87258,01262,22266,49270,84275,25279,74284,3030025020015010050Brasil54Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduo Eletroeletrônico (t) MilharesQuanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduo Eletroeletrônico (t) Milhares<strong>Geração</strong> Anual <strong>Geração</strong> Anual Per Capita1,281,120,960,800,640,480,320,1632102,973,144,574,815,245,686,096,166,236,306,376,456,526,606,676,756,836,906,987,067,157,237,317,397,487,577,657,747,837,92Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduo Eletroeletrônico per capita (kg/hab)Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> Resíduo Eletroeletrônico per capita (kg/hab)Belo Horizonte0,00<strong>Geração</strong> Anual <strong>Geração</strong> Anual Per Capita<strong>Geração</strong> Anual <strong>Geração</strong> Anual Per Capita68


Vale ressaltar que foi consi<strong>de</strong>rado, neste trabalho, que ca<strong>da</strong> domicílio possuiapenas 1 dispositivo <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> tipo. Deve-se lembrar que esta é uma hipóteseconservadora, já que po<strong>de</strong>-se esperar que em residências existam mais <strong>de</strong>1 equipamento do mesmo tipo (exemplo: telefones celulares). Desta forma,<strong>de</strong>ve-se prever que a geração anual e acumula<strong>da</strong> <strong>de</strong> REEs apresenta<strong>da</strong> aquié subestima<strong>da</strong>, e que os números estimados po<strong>de</strong>m ser ain<strong>da</strong> maiores.Para o caso dos telefones celulares, po<strong>de</strong>-se prever uma <strong>no</strong>va situação, coma estimativa, a partir <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos anuais já apresentados <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s edispositivos existentes, o número <strong>de</strong> equipamentos por domicílio. Tem-seque, <strong>no</strong> Brasil, em Minas Gerais e em Belo Horizonte, há, respectivamente,0,80, 2,25 e 1,18 celulares/domicílio (valores <strong>de</strong> 2007 para Brasil e MinasGerais e <strong>de</strong> 2008 para Belo Horizonte). Comparativamente aos resultadosanteriormente estimados (situação anterior), temos os valores do quadro aseguir.QUADRO 6.3 - Comparação <strong>da</strong> geração <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> celulares paraBrasil, Minas Gerais, Belo HorizonteMédia Anual (t)Acumulado em 2030 (t)RegiãoSituação anterior Nova Situação Situação anterior Nova SituaçãoBrasil 2.018 2.888 56.509 144.396Minas Gerais 205 819 5.729 40.970Belo Horizonte 64 105 1.787 5.226Este quadro mostra que os valores, calculados a partir <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>spara Brasil, Minas Gerais e Belo Horizonte, respectivamente, sãoaproxima<strong>da</strong>mente 43%, 300% e 63% mais elevados que as estimativasanuais utilizando informações do IBGE, levando a se consi<strong>de</strong>rar apossibili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> uma situação ain<strong>da</strong> mais agravante que a já apresenta<strong>da</strong>.Ain<strong>da</strong> com relação aos telefones celulares, uma terceira situação po<strong>de</strong> serconsi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> para o Brasil. Po<strong>de</strong>-se estimar, a partir do valor <strong>da</strong>tele<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> (<strong>de</strong>monstra o número <strong>de</strong> telefones em serviço em ca<strong>da</strong> grupo<strong>de</strong> 100 habitantes) obtido pela ANATEL (2009), <strong>no</strong>vos valores para o quadroacima. Sendo a tele<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> do país, em março <strong>de</strong> 2009, igual a 80,56, econsi<strong>de</strong>rando-se este mesmo valor até 2030, prevê-se valores ain<strong>da</strong>maiores, conforme apresentado abaixo.QUADRO 6.4 - Comparação entre 3 situações <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> resíduos<strong>de</strong> telefones celulares <strong>no</strong> BrasilMédia Anual Acumulado em 2030Regiãotonela<strong>da</strong> % Situação 1 tonela<strong>da</strong> % Situação 1Situação 1: Resultados gráficos 2.018 100% 56.509 100%Situação 2: Valores <strong>de</strong> ven<strong>da</strong>s 2.888 143% 144.396 256%Situação 3: Tele<strong>de</strong>nsi<strong>da</strong><strong>de</strong> 10.392 515% 436.460 772%Em se tratando <strong>de</strong> computadores, <strong>no</strong>ta-se, pela figura 4.1 anteriormenteapresenta<strong>da</strong>, a tendência <strong>de</strong> inverter as ven<strong>da</strong>s <strong>de</strong> laptops e <strong>de</strong>sktops. Até69


2008, ain<strong>da</strong> tem-se mais computadores <strong>de</strong> mesa que <strong>no</strong>tebooks vendidos,porém, esta diferença é ca<strong>da</strong> vez me<strong>no</strong>r. Para as estimativas apresenta<strong>da</strong>s,consi<strong>de</strong>rou-se que 58% dos computadores não são portáteis, sendo queestes são aproxima<strong>da</strong>mente 8 vezes mais pesados que os portáteis. Destaforma, quando houver inversão <strong>da</strong> curva, com ven<strong>da</strong>s <strong>de</strong> laptops superioresàs ven<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>de</strong>sktops, haverá redução <strong>no</strong> peso <strong>de</strong> resíduoseletroeletrônicos gerados.Os resultados específicos <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> REEs para ca<strong>da</strong> um dosequipamentos consi<strong>de</strong>rados neste estudo po<strong>de</strong>m ser vistos <strong>no</strong> Anexo 10.No Anexo 11 são mostrados os resultados encontrados para asMesorregiões <strong>de</strong> Minas Gerais.6.3 - Estimativa <strong>da</strong> <strong>Geração</strong> <strong>de</strong> Materiais em REEsConforme mencionado anteriormente, os equipamentos eletroeletrônicossão compostos <strong>de</strong> diversos materiais como metais, plásticos e vidro. Vários<strong>de</strong>stes materiais po<strong>de</strong>m ser reaproveitados ou reciclados, e alguns <strong>de</strong>les,principalmente metais, possuem valores elevados <strong>de</strong> mercado.A partir <strong>de</strong> <strong>da</strong>dos <strong>de</strong> composição, apresentados <strong>no</strong> quadro 1.1, e <strong>de</strong> geração<strong>de</strong> REEs, apresentados <strong>no</strong>s gráficos anteriores, po<strong>de</strong>-se estimar aquanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> material que será produzi<strong>da</strong> até 2030. Estes resultadossão apresentados nas figuras a seguir.Para <strong>de</strong>finir a categoria em que os EEs <strong>de</strong>ste trabalho pertencem, foramutilizados <strong>da</strong>dos retirados do Parlamento Europeu, conforme quadro abaixo.QUADRO 6.5 - Categorias <strong>de</strong>fini<strong>da</strong>s para EEsCategoriaGran<strong>de</strong>s eletrodomésticosEquipamentos <strong>de</strong> informática e <strong>de</strong> telecomunicaçãoEquipamentos <strong>de</strong> consumoFonte: A<strong>da</strong>ptado <strong>de</strong> Parlamento Europeu (2003b, apud Franco, 2008)ExemplosGela<strong>de</strong>ira, máquina <strong>de</strong> lavar roupa e louça, fogão,microon<strong>da</strong>sComputador, laptop, impressora, telefone celular,telefone fixoTelevisão, DVD, ví<strong>de</strong>oDesta forma, gela<strong>de</strong>ira, freezer e máquina <strong>de</strong> lavar roupa foramconsi<strong>de</strong>rados gran<strong>de</strong>s eletrodomésticos, computador e telefones celular efixo foram consi<strong>de</strong>rados equipamentos <strong>de</strong> informática e <strong>de</strong> telecomunicação,e televisão e rádio foram consi<strong>de</strong>rados equipamentos <strong>de</strong> consumo.Como po<strong>de</strong> ser observado nas figuras, Minas Gerais gera, atualmente, 40mil tonela<strong>da</strong>s <strong>de</strong> resíduos metálicos (ferro, alumínio, cobre, chumbo,cádmio, mercúrio, ouro, prata, paládio e índio) provenientes dosequipamentos consi<strong>de</strong>rados neste estudo. Deste total, 29% é produzido naRegião Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte, e 401 mil tonela<strong>da</strong>s é proveniente<strong>de</strong> todo o Brasil.70


Em se tratando <strong>de</strong> plásticos, são gerados, atualmente, a partir dos REEs,164 mil tonela<strong>da</strong>s, 16,7 mil tonela<strong>da</strong>s e 4,8 mil tonela<strong>da</strong>s, respectivamente,<strong>no</strong> Brasil, em Minas Gerais e na Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte.No caso <strong>de</strong> vidros, a produção <strong>de</strong> resíduos provenientes <strong>de</strong> EEs atual paraBrasil, Minas Gerais e Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte é <strong>de</strong>,respectivamente, 60 mil tonela<strong>da</strong>s, 6,3 mil tonela<strong>da</strong>s e 1,8 mil tonela<strong>da</strong>s.A partir <strong>de</strong>stes valores, projeta-se, para o a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2030, a geração anual <strong>de</strong>563 mil tonela<strong>da</strong>s <strong>de</strong> metais, 230 mil tonela<strong>da</strong>s <strong>de</strong> plásticos e 84 miltonela<strong>da</strong>s <strong>de</strong> vidros, apenas <strong>de</strong> REEs <strong>no</strong> Brasil. Para o caso <strong>de</strong> Minas Gerais,estes valores são, respectivamente, 54,2 mil tonela<strong>da</strong>s, 22,6 mil tonela<strong>da</strong>se 8,5 mil tonela<strong>da</strong>s. Po<strong>de</strong>-se consi<strong>de</strong>rar, também, que, dos resíduosproduzidos <strong>no</strong> estado, 27% <strong>de</strong> ca<strong>da</strong> tipo é gerado apenas na RegiãoMetropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte.Cogita-se, também, que, em 2030, <strong>no</strong> caso do não aproveitamento oureciclagem <strong>de</strong>stes resíduos, haverá, dispostos <strong>no</strong> Brasil, em Minas Gerais ena Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte, cerca <strong>de</strong> 13 milhões <strong>de</strong>tonela<strong>da</strong>s, 1,3 milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s e 365 mil tonela<strong>da</strong>s <strong>de</strong> metaisprovenientes <strong>de</strong> REEs. No caso <strong>de</strong> plásticos, estes valores são <strong>de</strong> 5,4milhões <strong>de</strong> tonela<strong>da</strong>s, 542 mil tonela<strong>da</strong>s e 152 mil tonela<strong>da</strong>s,respectivamente. As estimativas para vidros são <strong>de</strong> 1,9 milhões <strong>de</strong>tonela<strong>da</strong>s, 203 mil tonela<strong>da</strong>s e 56 mil tonela<strong>da</strong>s para o país, o estado e aRegião Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte.Os resultados divididos em tipo <strong>de</strong> metal, tipo <strong>de</strong> plástico e tipo <strong>de</strong> vidro sãoapresentados <strong>no</strong> anexo 12.A partir <strong>de</strong>stas colocações, mostra-se imprescindível o estímulo ao reuso ereciclagem dos componentes provenientes dos equipamentoseletroeletrônicos, a fim <strong>de</strong> se reduzir a quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> resíduos a seremdispostos em aterros e lixões, e contribuir para a diminuição <strong>da</strong> exploraçãodos recursos naturais.71


FIGURA 6.3 - <strong>Geração</strong> anual <strong>de</strong> resíduos <strong>de</strong> metal, plástico, vidro e outros60Minas Gerais600Brasil500Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Resíduos</strong> (x mil t)504030201002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030Metais 28,6 29,8 32,1 33,6 34,7 36,8 39,1 39,6 40,2 40,8 41,4 41,9 42,5 43,2 43,8 44,4 45,0 45,7 46,3 47,0 47,7 48,3 49,0 49,7 50,4 51,2 51,9 52,6 53,4 54,2Plásticos 11,5 11,9 13,2 13,9 14,4 15,3 16,3 16,5 16,7 17,0 17,2 17,5 17,7 18,0 18,2 18,5 18,8 19,0 19,3 19,6 19,8 20,1 20,4 20,7 21,0 21,3 21,6 21,9 22,2 22,6Vidros 4,0 4,1 4,9 5,1 5,4 5,7 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 6,6 6,7 6,8 6,9 7,0 7,1 7,2 7,3 7,4 7,5 7,6 7,7 7,8 7,9 8,0 8,1 8,3 8,4 8,5Outros 3,9 4,1 4,4 4,6 4,7 5,0 5,3 5,4 5,5 5,5 5,6 5,7 5,8 5,9 5,9 6,0 6,1 6,2 6,3 6,4 6,5 6,6 6,7 6,8 6,9 6,9 7,0 7,1 7,3 7,4Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Resíduos</strong> (x mil t)Quanti<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> <strong>Resíduos</strong> (x mil t)40030020010002001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030Metais 282 294 321 334 348 366 388 395 401 408 414 421 428 435 442 449 457 464 472 479 487 495 503 511 520 528 537 545 554 563Plásticos 110 115 129 135 141 149 159 161 164 167 169 172 175 178 181 184 187 190 193 196 199 202 206 209 213 216 220 223 227 230Vidros 36 38 46 48 51 54 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 69 70 71 73 74 75 76 77 79 80 81 83 84Outros 39 40 44 46 47 50 53 54 55 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 66 67 68 70 71 72 73 74 75 7716141210864Belo Horizonte202001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026 2027 2028 2029 2030Metais 8,1 8,6 9,5 9,8 10,3 10,9 11,3 11,4 11,6 11,7 11,8 12,0 12,1 12,2 12,4 12,5 12,7 12,8 13,0 13,1 13,3 13,4 13,6 13,7 13,9 14,0 14,2 14,4 14,5 14,7Plásticos 3,2 3,4 3,9 4,0 4,2 4,5 4,7 4,7 4,8 4,9 4,9 5,0 5,0 5,1 5,1 5,2 5,3 5,3 5,4 5,4 5,5 5,6 5,6 5,7 5,8 5,8 5,9 6,0 6,0 6,1Vidros 1,0 1,1 1,4 1,5 1,6 1,7 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,9 1,9 1,9 1,9 1,9 2,0 2,0 2,0 2,0 2,1 2,1 2,1 2,1 2,2 2,2 2,2 2,2 2,3 2,3Outros 1,1 1,2 1,3 1,3 1,4 1,5 1,5 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,6 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,9 1,9 1,9 1,9 2,0 2,0 2,072


7 - ConclusãoA partir dos <strong>da</strong>dos secundários obtidos, foi possível visualizar as curvas <strong>de</strong>geração dos resíduos eletroeletrônicos <strong>no</strong> estado <strong>de</strong> Minas Gerais, em t/a<strong>no</strong>e kg/hab, até o a<strong>no</strong> <strong>de</strong> 2030.Além disto, sempre que possível, foi estabeleci<strong>da</strong> uma análise comparativa,em termos quantitativos, do estado <strong>de</strong> Minas Gerais em relação ao Brasil eà Região Metropolitana <strong>de</strong> Belo Horizonte.Os resultados apresentados referiram-se basicamente à geração <strong>de</strong> resíduoseletroeletrônicos em domicílios, em função do baixo índice <strong>de</strong> retor<strong>no</strong> <strong>da</strong>sempresas públicas e priva<strong>da</strong>s aos questionários enviados.Os resultados apresentados dos quantitativos <strong>de</strong> geração <strong>de</strong> resíduoseletroeletrônicos ressaltam a necessi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>:- Participação efetiva <strong>da</strong>s empresas públicas e priva<strong>da</strong>s <strong>no</strong> fornecimento <strong>de</strong>informações relativas à geração e gerenciamento dos resíduoseletroeletrônicos;- Definição <strong>de</strong> políticas eficientes para a redução dos impactos ambientaisadvindos do provável gerenciamento ina<strong>de</strong>quado dos resíduoseletroeletrônicos.Para elaboração e implementação <strong>de</strong>stas políticas <strong>de</strong>ve-se consi<strong>de</strong>rar aparticipação efetiva dos seguintes agentes:- Produtores, importadores e distribuidores <strong>de</strong> equipamentoseletroeletrônicos;- consumidores e usuários (população em geral, empresas públicas epriva<strong>da</strong>s);- dos envolvidos nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> coleta (sistemas <strong>de</strong> limpeza pública,catadores <strong>de</strong> recicláveis, empresas <strong>de</strong> coleta e transporte privado);- <strong>da</strong>s empresas, enti<strong>da</strong><strong>de</strong>s e associações envolvi<strong>da</strong>s nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong><strong>de</strong>smontagem, recuperação e recondicionamento (centros <strong>de</strong>recondicionamento, catadores <strong>de</strong> recicláveis, sucateiros intermediários,assistências técnicas e indústrias) e;- também dos envolvidos nas ativi<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> disposição final (PrefeiturasMunicipais e empresas públicas e priva<strong>da</strong>s).73


8 - Referências BibliográficasABINEE - Associação Brasileira <strong>da</strong> Indústria Elétrica e Eletrôncia. Disponívelem http://www.Abinee.org.br/. Acesso em 12 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2009.ABINEE - Associação Brasileira <strong>da</strong> Indústria Elétrica e Eletrôncia. Pa<strong>no</strong>ramaEconômico e Desempenho Setorial. 2008ABREU, L.B., PALHARES, M.C.. O <strong>de</strong>sti<strong>no</strong> do Lixo. s.d. 6p.AGARWAL, R., RANJAN, R., SARKAR, P. Scrapping the hi-tech myth:computer waste in India. Toxics Link, New Delhi. 2003.AMESEIXAL - Agência Municipal <strong>de</strong> Energia do Seixal. Disponível emhttp://www.cm-eixal.pt/ameseixal/municipe/utilizacaoRacionalEnergia/Documentos/MaquinaLavarRoupa.pdf. Acesso em 07 <strong>de</strong> abril <strong>de</strong> 2009.ANATEL - Agência Nacional <strong>de</strong> Telecomunicações. Disponível emHTTP://www.anatel.gov.br. Acesso em 06 <strong>de</strong> maio <strong>de</strong> 2009.ARROW BRASIL. Disponível em http://www.arrowbrasil.com.br/blocos_<strong>no</strong>ticiosos/<strong>no</strong>ticias_260808.html. Acesso em 18 <strong>de</strong> fevereiro <strong>de</strong> 2009.ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE MINAS GERAIS. Disponível emhttp://www.almg.gov.br/in<strong>de</strong>x.asp?grupo=estado&diretorio=munmg&arquivo=municipios. Acesso em 13 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2009.BACCINI, P. & BADER, H.P.. Regionaler Stoffhausthatl, Erfassung,Bewertung und Steuerung. Hei<strong>de</strong>lberg, Berlin. Oxford, SpektrumAka<strong>de</strong>mischer Verlag GmbH.BONDFARO. Disponível em http://www.bondfaro.com.br. Acesso em 07 <strong>de</strong>abril <strong>de</strong> 2009.BRASIL.COM.BR. Disponível em http://www.brasil.com.br/site/conteudo/in<strong>de</strong>x.php? in_secao=11&in_conteudo=3. Acesso em 09 <strong>de</strong> marços <strong>de</strong>2009.BRIGDEN, K., LABUNSKA, I., DADNTILLO, D., and ALLSOPP, M. Recycling ofelectronic wastes in China & India: workplace & environmentalcontamination. Greenpeace International. 2005.CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem. Disponível emhttp://www.cempre.org.br/serv_eletroeletronicos. php. Acesso em 19<strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2009.CEMPRE - Compromisso Empresarial para Reciclagem. Evolução <strong>da</strong> ColetaSeletiva e Reciclagem <strong>no</strong> Brasil. Audiência Senado Fe<strong>de</strong>ral. 2007. 35p.CETIC - Comitê Gestor <strong>da</strong> Internet <strong>no</strong> Brasil. Disponível emhttp://www.cetic.br/. Acesso em 30 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 2009.74


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9 - ANEXOSANEXO A.1 - Mesorregiões <strong>de</strong> Minas GeraisA.1.1 - Campo <strong>da</strong>s VertentesA.1.2 - Central MineiraA.1.3 - JequitinhonhaA.1.4 - Metropolitana <strong>de</strong> Belo HorizonteA.1.5 - Noroeste <strong>de</strong> MinasA.1.6 - Norte <strong>de</strong> MinasA.1.7 - Oeste <strong>de</strong> MinasA.1.8 - Sul e Sudoeste <strong>de</strong> MinasA.1.9 - Triângulo Mineiro e Alto ParanaíbaA.1.10 - Vale do MucuriA.1.11 - Vale do Rio DoceA.1.12 - Zona <strong>da</strong> MataANEXO A.2 - Principais Municípios <strong>de</strong> Minas GeraisA.2.1 - Conselheiro LafaieteA.2.2 - DiamantinaA.2.3 - DivinópolisA.2.4 - Governador Vala<strong>da</strong>resA.2.5 - IpatingaA.2.6 - Juiz <strong>de</strong> ForaA.2.7 - ManhuaçuA.2.8 - Montes ClarosA.2.9 - MuriaéA.2.10 - ParacatuA.2.11 - PassosA.2.12 - Poços <strong>de</strong> Cal<strong>da</strong>sA.2.13 - Pouso AlegreA.2.14 - Teófilo OtoniA.2.15 - UberabaA.2.16 - UberlândiaA.2.17 - VarginhaANEXO A.3 - Associados <strong>da</strong> AbineeA.3.1 - InformáticaA.3.2 - TelecomunicaçõesA.3.3 - Utili<strong>da</strong><strong>de</strong>s DomésticasA.3.4 - Associados em Minas GeraisANEXO A.4 - QuestionárioANEXO A.5 - Transporte Privado em Minas GeraisANEXO A.6 - Catadores <strong>de</strong> Materiais RecicláveisANEXO A.7 - Assistências Técnicas em Minas GeraisANEXO A.8 - Sucateiros em Minas GeraisANEXO A.9 - Principais Produtores e Distribuidores <strong>no</strong> BrasilANEXO A.10 - <strong>Geração</strong> <strong>de</strong> REE por EquipamentoANEXO A.11 - <strong>Geração</strong> <strong>de</strong> REE nas Mesorregiões <strong>de</strong> Minas GeraisANEXO A.12 - <strong>Geração</strong> <strong>de</strong> Materiais <strong>de</strong> REE80

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