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numa suposta omissão na cobertura diária. A editorialização se dá,sempre, na profundidade com que se faz essa ou aquela abordagem.Todos cobrem basicamente tudo. Toda a pauta é abordada. Mas asinvestigações, sobretudo em épocas eleitorais, só se aprofundará porsobre o tema partidário caro aos interesses de cada publisher. O jornalX gosta do PSDB. Aprofunda sua cobertura sobre a roubalheira no PT.E deixa que seu concorrente, o jornal Y, que odeia o PSDB e o PTporque ama o PFL, ataque o PSDB. Para depois repercutir a denúnciado concorrente. Ou seja: damos tudo, sim, mas deixemos que nossosamigos de ocasião sejam destronados pelo meu concorrente. Aindabem que essa heterogeneidade ocorre, dirão. Mas não foi sempre assim.Para este <strong>livro</strong>, editores de grandes jornais falaram, sobretudoquando instados sobre a cobertura também das eleições. Algunstruques: fale mal de todos, sobretudo usando frases que os demaiscandidatos usaram para atacar seus concorrentes. Mas aprofundeinvestigações tão somente contra aqueles que você não gosta. O leitoragradecerá uma investigação bem feita. E raramente se perguntará porque você não investigou o outro candidato. Até porque você, comoeditor, repercutirá com alguma dignidade (vulgo espaço) denúnciasque uma outra mídia fez contra o candidato que você não quer (ou nãopode) atacar.• A ilusão das estatísticasEconomistas, meteorologistas, comentaristas de futebol, errammais do que ninguém porque tentam ponderar o imponderável: ossistemas abertos. Seres humanos, tempo, partidas de futebol,mercados, são sistemas abertos. Interagem. Daí sua imponderabilidade.Em outro <strong>livro</strong>, a “Falácia Genética”, apontamos que, numapesquisa de quase dez anos, 98% das notícias sobre a biologia referemque a resposta final está nos genes. Como se fôssemos sistemasfechados, tal qual computadores, e nossos genes fossem chips. A febrecontinua, dois anos após a publicação do <strong>livro</strong>. Vejamos o que a BBCde Londres publicou em maio de 2006 em seu sítio:“FELICIDADE PODE SER MEDIDA, AFIRMAM CIENTISTASA felicidade não é apenas um conceito vago, mas algo tangível eresultante de atividade cerebral que pode ser vista e até medida, de19

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