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livro-tognolli_ok1

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Agora, está-se em plena era da globalização e da internet, comdois fenômenos concomitantes, com implicações relevantes para ofuturo das democracias. O primeiro, os amplos fluxos migratóriospara os países centrais, gerando um novo tipo de cidadão-eleitor, asminorias étnicas, cada vez mais atuantes.O segundo, a internet, trazendo em um primeiro momentoenorme balbúrdia de informações e, principalmente, de opiniões,catarses, espetáculo. Agora, quando esse tipo de recurso freqüentaintermitentemente a internet, as caixas de e-mails, os blogs, oscomentários nos blogs, quando o exercício vazio da indignação podese expressar de várias maneiras, o papel fundamental da grandemídia é o de estabelecer parâmetros.É esse o diferencial: o aval à informação. Muito mais do que emqualquer outra época, há a necessidade do rigor da apuração,justamente porque existe uma overdose de notícias, boatos e opiniõesexigindo o avalista.Pergunto: estamos preparados para isso? A cobertura dosescândalos do mensalão e pós-mensalão deixa uma enorme dúvidano ar. Havia uma betoneira de denúncias a serem apuradas. Em vezdisso, quando esgotou a fase inicial das denúncias, recorreu-se auma overdose de denúncias sem comprovação, somada a umaincapacidade ampla de ir atrás de pistas consistentes, de entender acomplexidade dos grandes golpes, de separar o escândalo deepisódios triviais. Em alguns órgãos, juntou-se uma dose deagressividade, desrespeito e preconceito sem paralelo até nacampanha do impeachment.Chega-se ao final de um ciclo, que começou com a campanhado impeachment, que derrubou um presidente, e termina com a domensalão, que não foi capaz de abalar a popularidade de outropresidente.O exercício do jornalismo precisa ser urgentemente repensado.E não se trata de um problema de forma. É de fundo, de conteúdo”.Não por acaso, no mesmo dia, Carlos Heitor Cony disparou:“A pesquisa mais recente, divulgada na última semana, temsido interpretada de diversos modos e intenções. O crescimento dapopularidade de Lula e da aceitação de seu governo não deixa deprovocar um exame de consciência nos profissionais da mídia,alguns deles acreditando que a imprensa, em geral, é o quarto poder.24

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