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Em 15 de março, o repórter Rodrigo Rangel da IstoÉ avançouno assunto:“Governo sabe que engenheiro da Odebrecht morreu no Iraquedois dias após o seqüestro e negocia resgate para trazer de volta ao Brasilseus restos mortais Por Rodrigo Rangel lá se foram mais de 400 dias,desde o seqüestro do engenheiro brasileiro João José Vasconcellos, noIraque, e até hoje não há informação oficial sobre o seu destino. Averdade é que o governo Lula sabe o que aconteceu e está envolvidodiretamente numa dura negociação. Baseado em relatórios secretos daAgência Brasileira de Inteligência (Abin), o Planalto não tem dúvida deque o engenheiro, funcionário da Construtora Norberto Odebrecht, estámorto. A partir da constatação, a Abin e o Itamaraty ficaram com amissão de resgatar o corpo e trazê-lo para o Brasil. A missão já temnome: Operação Retorno. E nela muito dinheiro está em jogo. O governofoi avisado de que os rebeldes iraquianos que seqüestraram o engenheiroqueriam US$ 1 milhão para entregar seus restos mortais. As negociaçõescomeçaram e, neste momento, o valor está em US$ 150 mil.A operação de resgate é comandada, sob máximo sigilo, pelogeneral Jorge Armando Félix, ministro-chefe do Gabinete Institucionalda Presidência. O primeiro pedido de resgate se deu no ano passado.Azmi Mirza, embaixador da Jordânia no Brasil de 1993 a 1999,procurou o Itamaraty para avisar que tinha o caminho para liberar ocorpo de Vasconcellos. Para isso, no entanto, precisava pagar US$ 1milhão aos rebeldes. Para comprovar o que dizia, Mirza viajou aBrasília e fez chegar ao chanceler Celso Amorim a carteira demergulhador do engenheiro, até aqui o único documento que apareceudesde o seqüestro. Um detalhe, porém, levou Brasília a desconfiar do exembaixador.Primeiro, ele queria o dinheiro na mão para, só depois,indicar a localização do cadáver. Retomadas as negociações por outrasvias, o valor do resgate foi caindo. Chegou a US$ 450 mil e, agora, a US$150 mil.Em abril, o então diretor da Abin, delegado Mauro Marcelo deLima e Silva, chamou o jornalista paulista Cláudio Tognolli para umaconversa em Brasília. Tognolli ouviu a proposta da missão: ir a Bagdá,com tudo pago pela Abin, para procurar a organização nãogovernamentalIraq Institute for Peace e tentar concluir a operação.‘Disseram que quem negocia o corpo fala apenas com essa entidade e queeu, como atuo na área de direitos humanos, poderia obter resultado’,conta. Tognolli ainda teria que se cercar de cuidados para não trazer ocorpo errado. “Temos contatos na Arábia Saudita que podem te ajudar49

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