YUPMAG - MAGAZINE DE TURISMO RURAL - OUTONO 2015
Propostas de Turismo Rural no Centro de Portugal - OLEIROS, O Coração do país é verde
Propostas de Turismo Rural no Centro de Portugal - OLEIROS, O Coração do país é verde
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Surgem sempre<br />
dúvidas<br />
quando se<br />
pretende<br />
classificar o<br />
geocaching.<br />
Existem várias<br />
interpretações:<br />
um<br />
desporto, um<br />
jogo, uma<br />
atividade ou<br />
apenas uma<br />
razão para<br />
dar uns passeios<br />
e conhecer<br />
sítios<br />
diferentes.<br />
num local estratégico e depois<br />
anota as respetivas coordenadas<br />
(latitude e longitude)<br />
da cache. Estas, em conjunto<br />
com outra informação sobre<br />
o local do esconderijo, são<br />
publicadas em www.geocaching.com,<br />
após registo no<br />
site. Os outros “geocachers”,<br />
os descobridores, retiram as<br />
coordenadas que constam<br />
na página e, com recetores<br />
GPS, procuram a cache.<br />
Quando o conseguem, registam<br />
o achado no logbook da<br />
cache e na página atrás referida,<br />
na qual podem colocar<br />
fotos e uma pequena descrição<br />
da aventura. Os “geocachers”<br />
são livres de colocar ou<br />
retirar objetos da cache, normalmente<br />
por troca de coisas<br />
de pequeno valor, de modo a<br />
haver sempre qualquer recordação<br />
para trazer.<br />
A meio da manhã a família<br />
Silva chega ao primeiro destino.<br />
Trata-se de uma casa brasonada,<br />
completamente em<br />
ruínas, mas que ainda deixa<br />
adivinhar a imponência de<br />
outros tempos. Já tinham passado<br />
ali perto tantas vezes,<br />
mas a existência desta casa<br />
era completamente desconhecida<br />
para os Silvas. O GPS<br />
dá sinal de chegada. Mal o<br />
carro é estacionado os miúdos<br />
saem a correr. Ser o descobridor<br />
da cache é sempre<br />
uma glória! “Qual é a pista?”,<br />
grita um deles ao pai, que ainda<br />
nem saiu do carro, mas já<br />
pesquisa no bloco de notas.<br />
“No muro!...”, responde o Sr.<br />
Silva. O muro é enorme e rodeia<br />
a propriedade. O GPS<br />
aponta para a esquerda.<br />
Num olhar mais atento o Silva<br />
Júnior descobre uma pedra<br />
um pouco diferente, mais clara<br />
e sem musgo que parece<br />
tapar qualquer coisa. Retira<br />
a pedra e lá está a cache,<br />
envolvida num saco plástico<br />
preto, que a protege e disfarça.<br />
“Está aqui, está aqui!!!”.<br />
Esta foi fácil. É pequena, por<br />
isso tem poucos objetos. Seja<br />
como for, há sempre curiosidade<br />
e todos vêm ver. Faz-se<br />
o registo no logbook: a data,<br />
o nickname do “geocacher”<br />
(neste caso “Silvas Picantes”),<br />
o número de ordem da cache<br />
encontrada (os Silvas já descobriram<br />
mais de mil) e uma<br />
frase acerca do local ou da<br />
dificuldade, ou não, em encontrar<br />
o tesouro. Caso haja<br />
troca de objetos também se<br />
pode mencionar o que é retirado<br />
e o que se deixa ficar.<br />
Algumas caches contêm tesouros<br />
mais especiais. É o que<br />
se chama de "travel bugs" ou<br />
"geocoins" - objetos que se<br />
deverão mover de cache em<br />
cache, e cujos percursos, pelo<br />
mundo fora, são registados<br />
online.<br />
Novo destino, novas coordenadas<br />
e uma cache um<br />
pouco diferente espera os<br />
“Silvas Picantes”. Trata-se de<br />
uma multicache, que necessita<br />
de uma visita a um ou mais<br />
pontos intermédios para determinar<br />
as coordenadas da<br />
cache final. Em cada ponto<br />
é necessário responder a uma<br />
pergunta sobre o local. As respostas<br />
costumam ser números,<br />
que vão substituindo as incógnitas<br />
numa série de coordenadas<br />
incompletas. É quase<br />
como resolver uma equação!<br />
Primeira paragem: “Quantos<br />
bancos há no jardim?”…<br />
“Cinco”. Segunda paragem:<br />
“Em que ano foi construída<br />
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