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LIVROWEB_Juventudes-na-escola-sentidos-e-buscas

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A pesquisa 221<br />

enfatizam que a escola deveria oferecer cursos melhores para qualificação profissional,<br />

preparando o aluno para o mercado de trabalho e possibilitando a inserção, com garantia<br />

de uma vaga de emprego. Tal corpus – trabalho, qualificação, profissionalização e emprego<br />

– está misturado a outras referências:<br />

Para mim, a escola ideal é aquela escola que me dê os conteúdos que eu quero aprender. Eu quero<br />

ter profissão. Uma escola que tenha curso. Uma escola que não tenha só aula prática, mas teórica,<br />

porque às vezes a gente pode ter uma habilitação, mas não sabe dirigir. Habilitação me ensina os<br />

sinais de trânsito e dirigir o veículo, mas não ensina que você tem que dar aquela saída e alguém<br />

vir atrás e arregaçar. Então o certo é isso aí. Não só prática, têm que ser teórica. <strong>Escola</strong> técnica<br />

mesmo (Grupo Focal, PJU, Feira de Santana).<br />

Também existem alunos do ensino médio preocupados com a inserção no mercado<br />

de trabalho e sugerem que suas escolas ofereçam cursos técnicos e profissionalizantes:<br />

A maioria das escolas estaduais em outros lugares, aqui não tem, é a formação técnica, do<br />

primeiro ano até o terceiro, aqui na região não tem. Eu acho também que, por exemplo,<br />

aqui poderia ter cursos profissionalizantes, que no quarto ano tem curso profissionalizante.<br />

Ainda nesse município, outro jovem demonstra o interesse que, no colégio que estuda<br />

tivesse bolsa de estudo pré-vestibular.<br />

Os entrevistados tecem críticas às aulas e sugerem a realização de trabalhos em equipe.<br />

Alguns se queixam da quantidade de trabalhos, do sistema de avaliação e das formas<br />

de ensino, sem debates e explicações, que, ponderam, implicaria em diferenças entre o<br />

tempo do aluno e o do professor:<br />

Deveriam ter um tempo maior para a gente estudar, para aprofundar mais o nosso conhecimento,<br />

a respeito de muitas coisas. Tipo matemática, tantos tem dificuldade, mas não tem aquele tempo<br />

todo com o professor, ele só passa um trabalho e pronto. Isso não vai ajudar a gente (Grupo Focal<br />

Ensino Médio, Ananindeua).<br />

As críticas superam as sugestões por alternativas, mas há quem as faça; sugerem a<br />

realização de atividades escolares criativas, como gincanas, que estimulem os alunos<br />

por competições, no plano de aprender brincando, ou que sejam formatadas atividades<br />

envolvendo temas relacionados aos seus interesses. Há uma insistência quanto ao maior<br />

uso dos recursos audiovisuais:<br />

(1) Falta mesmo o incentivo, o lance da competitividade. Você fala uma gincana de matemática,<br />

uma gincana de geografia entendeu, as capitais, eu não sei a capital do Japão, aprendi porque, por<br />

causa da gincana entendeu? Uma coisa tipo, bem capaz de estudar para brincar, com ele também<br />

entendeu (Grupo Focal Ensino Médio, Cuiabá).<br />

(2) Que eles mudassem o esquema porque começa o ano e é aquilo o ano inteiro, só aula, só<br />

aula, que mudassem, botassem um filme para passar em sala de aula. Alguns professores fazem,

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