CATALOGO- Ludicidade - orientações e materiais para professores do 1 ano do ensino fundamental
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
O brinque<strong>do</strong> e o jogo<br />
A escolha <strong>do</strong>s brinque<strong>do</strong>s e jogos a serem disponibiliza<strong>do</strong>s às crianças é uma etapa<br />
importante <strong>do</strong> planejamento <strong>do</strong> professor, por serem estes importantes suportes <strong>para</strong> a ação<br />
lúdica, com potencial <strong>para</strong> o desenvolvimento cogni vo, emocional e social. Isto porque, de<br />
acor<strong>do</strong> com Moyles (2002), sen<strong>do</strong> o brincar estrutura<strong>do</strong> pelos <strong>materiais</strong> e recursos, sua<br />
propriedade dependerá parcialmente de sua qualidade, quan dade e variedade. Isso<br />
significa refle r sobre o que se pretende em qualquer momento com a a vidade lúdica<br />
proposta, adequan<strong>do</strong> os recursos e <strong>materiais</strong> <strong>para</strong> isso.<br />
Neste ínterim, reforça-se que, conforme Mrech (2001), embora os brinque<strong>do</strong>s e jogos se<br />
cons tuam como importantes recursos à aprendizagem, enquanto objetos estrutura<strong>do</strong>res <strong>do</strong><br />
conhecimento, não trazem um saber pronto e acaba<strong>do</strong>, mas um saber em potencial a va<strong>do</strong><br />
ou não pela criança.<br />
Assim, na escolha <strong>do</strong> brinque<strong>do</strong>, é preciso avaliar sua proposta e seu papel no<br />
momento da brincadeira, consideran<strong>do</strong> a cultura lúdica circundante, a criança enquanto<br />
indivíduo único e as variáveis e possibilidades diversas a ocorrerem no momento da<br />
brincadeira. De acor<strong>do</strong> com Brougère (2004), o brinque<strong>do</strong> não pode se impor sem que haja<br />
discussão de quem brinca, sem a interação entre ele e a criança.<br />
Além disso, destaca-se que, assim como prevê Kishimoto (2003), o suporte material deve<br />
também contemplar locais apropria<strong>do</strong>s <strong>para</strong> sua acomodação, deven<strong>do</strong> estar acessíveis às<br />
crianças, variedade e espaços <strong>para</strong> seus usos.<br />
Nesse sen <strong>do</strong>, ressalta-se que a escola precisa viabilizar espaços sicos, ou seja, ambiente<br />
e estrutura adequa<strong>do</strong>s, além de espaços simbólicos, ou seja, a oportunidade de a criança<br />
brincar, como apontam Sommerhalder e Alves (2011). Diante disso, destacamos que <strong>para</strong><br />
Kobayashi (2015) <strong>para</strong> que a criança tenha o direito de vivenciar o que lhe é mais original, as<br />
ações lúdicas, é preciso que lhe sejam garan das as condições <strong>para</strong> tanto, por meio de<br />
tempos, espaços e objetos.<br />
Por fim, salienta-se que, <strong>para</strong> poder aproveitar o potencial <strong>do</strong> jogo e <strong>do</strong> brinque<strong>do</strong>, como<br />
um valioso recurso pedagógico, conforme Kobayashi (2008), é preciso conhecer as formas de<br />
agrupá-los, por diferentes quesitos enquanto parâmetro <strong>para</strong> sua organização, pois somente<br />
assim se saberá <strong>para</strong> quem, como, quan<strong>do</strong> e onde u lizá-los, sen <strong>do</strong> no qual se propõe o COL<br />
(Classement des objets ludiques), que será visto a seguir.<br />
14