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Em foto

O livro reúne mais de 200 fotos do fotógrafo Ratão Diniz em um formato inovador: as imagens são enriquecidas com as muitas histórias capturadas pelo autor. Além das fotos, o leitor encontrará depoimentos, lembranças e frases de Ratão e de seus fotografados. A publicação está dividida em 4 capítulo temáticos: Favella, Graffiti, Festas Populares e Interior. Em cada um deles é possível perceber o fio de resistência que atravessa a obra de Ratão. Fotografando e viajando ele conta as histórias de um Brasil que persiste, resiste e reinventa o cotidiano com alegria, beleza e paixão. O livro é resultado de um trabalho de pesquisa e edição realizado desde 2012 e conta com o patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, através do programa de Fomento à Cultura Carioca.

O livro reúne mais de 200 fotos do fotógrafo Ratão Diniz em um formato inovador: as imagens são enriquecidas com as muitas histórias capturadas pelo autor. Além das fotos, o leitor encontrará depoimentos, lembranças e frases de Ratão e de seus fotografados.

A publicação está dividida em 4 capítulo temáticos: Favella, Graffiti, Festas Populares e Interior. Em cada um deles é possível perceber o fio de resistência que atravessa a obra de Ratão. Fotografando e viajando ele conta as histórias de um Brasil que persiste, resiste e reinventa o cotidiano com alegria, beleza e paixão.

O livro é resultado de um trabalho de pesquisa e edição realizado desde 2012 e conta com o patrocínio da Prefeitura do Rio de Janeiro, através do programa de Fomento à Cultura Carioca.

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O movimento é algo precioso para mim. A <strong>foto</strong>grafia<br />

surgiu na minha vida num desses movimentos. Nos<br />

idos de 2004, tomei uma decisão que, nem imaginava,<br />

seria crucial na minha história. Eu me questionava sobre<br />

comprar uma guitarra nova ou investir num curso básico<br />

de <strong>foto</strong>grafia. A busca pelo novo fez com que eu investisse<br />

no curso básico de <strong>foto</strong>grafia no Senac o pouco<br />

dinheiro que tinha juntado. <strong>Em</strong> pouco tempo já não<br />

tinha mais banda.<br />

Bem antes do curso, quando participava de aulas de<br />

informática no Ceasm, um centro comunitário da Maré,<br />

ficava boa parte do tempo das aulas paquerando uma<br />

<strong>foto</strong> que ilustrava uma campanha contra o trabalho infantil.<br />

O retrato de um menino carvoeiro ficava pendurado na<br />

parede da sala de aula. Aquela imagem tinha uma força<br />

que me instigava. Como eu poderia imaginar que mais<br />

tarde viria a ser aluno do autor daquele registro?<br />

<strong>Em</strong> 2004, após as aulas do Senac, descobri a Escola<br />

de Fotógrafos Populares, no Observatório de Favelas, na<br />

Maré. Este foi o meu encontro crucial com a <strong>foto</strong>grafia.<br />

O professor era João Roberto Ripper, de quem eu tinha<br />

pouca informação. Resolvi pesquisar sobre ele na internet<br />

e reconheci várias imagens dele usadas no pré-vestibular<br />

do Ceasm durante as aulas de geografia do professor<br />

Leon Diniz. E o principal: era do Ripper a imagem do<br />

menino carvoeiro pendurada na parede da sala de aula<br />

do curso de informática. Ripper tornou-se uma das<br />

principais referências na minha <strong>foto</strong>grafia.<br />

Na Escola de Fotógrafos Populares éramos instigados<br />

por Ripper a documentar nosso ambiente familiar, não só<br />

os nossos parentes, mas também nossa vizinhança, amigos<br />

etc. A Maré, portanto, seria meu primeiro tema de documentação.<br />

Talvez o meu maior desafio até hoje seja <strong>foto</strong>grafar<br />

a Maré: captar a diversidade das coisas que me são<br />

mais próximas. As imagens de favelas neste livro buscam<br />

retratar da maneira mais abrangente possível o quanto é<br />

plural a vida que pulsa nas favelas. As <strong>foto</strong>s são em sua<br />

maioria registros do cotidiano de seus moradores e buscam<br />

retratar as belezas desses locais, quase sempre desconsideradas<br />

pelo senso, ou estereótipo, comum.

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