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Revista Visão - Edição #107 (Maio/2015)

Graduação x Vagas: O mercado de trabalho regional está preparado para receber tantos formados? Entrevista: Conheça a história do professor e palestrante Érico Paes de Campos Festa do Pinhão: Saiba mais sobre os shows e atrações da 27ª edição do evento Voluntariado: Erci Luduvichack já viabilizou cerca de 300 cadeiras de rodas para os necessitados

Graduação x Vagas: O mercado de trabalho regional está preparado para receber tantos formados?
Entrevista: Conheça a história do professor e palestrante Érico Paes de Campos
Festa do Pinhão: Saiba mais sobre os shows e atrações da 27ª edição do evento
Voluntariado: Erci Luduvichack já viabilizou cerca de 300 cadeiras de rodas para os necessitados

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Total geral de<br />

formandos em<br />

Lages no período<br />

de 2010 a 2014<br />

895<br />

872<br />

822<br />

686<br />

841<br />

716<br />

776<br />

737<br />

Presenciais - Uniplac<br />

e CAV*<br />

564<br />

564<br />

EAD - Unicesumar,<br />

UNC e Uniasselvi<br />

*Esse levantamento não<br />

inclui os egressos da Unifacvest,<br />

que não forneceu<br />

os números solicitados para<br />

esse infográfico<br />

2010<br />

2011<br />

2012<br />

2013<br />

2014<br />

16 17<br />

revista visão mai. 15<br />

Buscando colocação na área<br />

Cristiano Vicent de Sá, 36 anos, cursou<br />

Administração de Empresas na Uniplac,<br />

formando-se em 2001. E, alguns anos<br />

depois, em 2004, cursou Publicidade e<br />

Propaganda, na Facvest. Durante a última<br />

graduação, ele recebeu alguns convites<br />

de estágio e chegou a trabalhar na área.<br />

Mas sempre de forma indireta. “As atividades<br />

de comunicação e mercadologia<br />

ficavam em segundo plano. E com pouca<br />

valorização, tanto no reconhecimento<br />

profissional, como financeiro”, diz.<br />

Vislumbrando exercer atividades ligadas<br />

à sua área, Cristiano resolveu participar<br />

das fundações da “Minha Empresa Junior”,<br />

uma agência Junior de consultoria<br />

empresarial, onde foi Diretor de Comunicação/Marketing<br />

durante dois anos e Presidente<br />

durante um ano; e<br />

da Agência Experimental<br />

de Comunicação A6.<br />

foto | Divulgação<br />

Atualmente, Cristiano<br />

trabalha como Consultor<br />

de Vendas, em uma<br />

empresa franqueada da<br />

operadora Oi, em Lages.<br />

“Optei por não trabalhar<br />

diretamente em minha<br />

área de formação por<br />

Cristiano Vicent de Sá<br />

questão de sobrevivência,<br />

pois o mercado de trabalho é limitado,<br />

não compreende a real função dos publicitários<br />

e não os valoriza como deveria.<br />

Apesar disso, me sinto realizado, porque<br />

sempre tive muito senso de empreendedorismo”,<br />

salienta.<br />

Ao comentar sobre o ensino superior<br />

em Lages e as possibilidades de emprego,<br />

Cristiano lamenta que a cidade não<br />

tenha condições de empregar ou valorizar<br />

adequadamente boa parte dos egressos.<br />

“Lages é por um lado um polo educacional,<br />

com várias opções de cursos,<br />

tanto superiores quanto técnicos. Em<br />

contrapartida, com quase nenhuma oferta<br />

de trabalho em relação a alguns dos<br />

cursos fornecidos por nossas instituições<br />

de ensino”, conclui.<br />

Reconhecimento<br />

profissional fora sua área<br />

Alice Borges Buffon Costa, 30 anos, graduada<br />

em Ciência da Computação em<br />

2007, pela Facvest, optou pelo curso por<br />

ser um segmento com grande potencial<br />

de crescimento e por acreditar que encontraria<br />

em Lages boas oportunidades<br />

de trabalho. Durante a graduação, ela<br />

nunca atuou em sua área de formação,<br />

trabalhava como digitadora em uma<br />

escola particular. “Tentei estágio em algumas<br />

empresas de Lages, sem êxito. As<br />

empresas selecionavam apenas os candidatos<br />

com experiência. Mas como ser experiente<br />

sem oportunidade?”, questiona.<br />

Diante dessa realidade, Alice resolveu<br />

ampliar suas possibilidades profissionais<br />

e, durante a graduação, estudava para<br />

prestar concurso público para uma instituição<br />

financeira.<br />

Logo após concluir a graduação, Alice<br />

buscou oportunidades profissionais em uma<br />

empresa de desenvolvimento de softwares,<br />

em Porto Alegre. Depois de alguns testes,<br />

foi aprovada. No entanto, optou por não<br />

aceitar a proposta de contratação, devido ao<br />

alto custo de vida na capital gaúcha.<br />

Voltando a Lages,<br />

algum tempo depois,<br />

Alice foi convidada a<br />

dar aulas de informática<br />

para crianças e também<br />

cursos aos professores<br />

do colégio. Após um<br />

ano e meio no novo<br />

emprego e ainda sem<br />

nenhuma possibilidade<br />

de trabalhar na área em Alice Borges Buffon Costa<br />

que se graduou, Alice<br />

foi chamada para atuar numa instituição<br />

financeira do bairro Coral para a<br />

qual havia prestado concurso e onde<br />

trabalha desde então, há seis anos.<br />

Nesse tempo, Alice já atuou em três<br />

agências em Lages, foi promovida duas<br />

vezes e faz planos para uma especialização.<br />

“Adoro o que faço e me dedico muito,<br />

pois existem oportunidades de ascensão.<br />

Temos ferramentas de treinamento<br />

via internet, presencial, incentivo à graduação,<br />

pós-graduação, línguas, entre<br />

outros. Os desafios são cada vez maiores.<br />

É isso que torna essa carreira interessante<br />

e motivadora. Por isso, pretendo este ano<br />

iniciar uma pós-graduação em Gestão<br />

Empresarial”, salienta.<br />

Para Alice, o mercado de trabalho,<br />

em alguns casos, não acompanhou a<br />

evolução do ensino superior na cidade.<br />

“Hoje temos em Lages muitas opções de<br />

cursos. O aluno não precisa sair da cidade<br />

para buscar conhecimento na graduação<br />

e, conforme a área, consegue encontrar<br />

oportunidade aqui mesmo, porém a<br />

remuneração em alguns casos ainda é<br />

inferior à oferecida nos grandes centros,<br />

tornando o mercado de trabalho pouco<br />

atrativo”, comenta.<br />

foto | Divulgação

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