09.09.2016 Views

Patriarcas E Profetas por Ellen G. White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

“<strong>por</strong>ventura, faremos sair água desta rocha para vós outros?” Números 20:10. E, em vez de falar à rocha,<br />

como Deus lhe mandara, feriu-a duas vezes com a vara.<br />

A água jorrou em abundância, satisfazendo as hostes. Mas uma grande falta fora cometida. Moisés<br />

falara com sentimento de irritação; suas palavras eram uma expressão de paixão humana, em vez de santa<br />

indignação <strong>por</strong>que Deus houvesse sido desonrado. “Ouvi, agora, rebeldes”, disse ele. Esta acusação era<br />

verdadeira, mas mesmo a verdade não deve ser falada com paixão nem impaciência. Quando Deus<br />

mandara Moisés acusar Israel de rebelião, as palavras lhe foram dolorosas, e difícil lhes era su<strong>por</strong>taremnas;<br />

contudo Deus o amparara ao transmitir a mensagem. Mas quando tomou sobre si o acusá-los,<br />

agravou o Espírito de Deus, e apenas fez mal ao povo. Sua falta de paciência e domínio próprio eram<br />

evidentes. Assim foi dada ao povo ocasião para <strong>por</strong>em em dúvida que sua atuação passada fora sob a<br />

direção de Deus, e desculparem seus próprios pecados. Moisés, bem como eles, haviam ofendido a Deus.<br />

Sua conduta, disseram, fora desde o princípio passível de crítica e censura. Tinham achado agora o<br />

pretexto que desejavam para rejeitarem todas as reprovações que Deus lhes enviara mediante Seu servo.<br />

Moisés manifestou falta de confiança em Deus. “Faremos sair água?” perguntou, como se o Senhor<br />

não fizesse o que prometera. “Não Me crestes a Mim”, declarou o Senhor aos dois irmãos, “para Me<br />

santificar diante dos filhos de Israel”. Números 20:10-13. Na ocasião em que a água faltou, sua própria<br />

fé no cumprimento da promessa de Deus fora abalada pela murmuração e rebelião do povo. A primeira<br />

geração foi condenada a perecer no deserto, <strong>por</strong> causa de sua incredulidade; contudo o mesmo espírito<br />

apareceu em seus filhos. Deixariam estes também de receber a promessa? Cansados e desalentados,<br />

Moisés e Arão não fizeram esforço algum para o<strong>por</strong>se à corrente do sentimento popular. Houvessem eles<br />

manifestado fé inabalável em Deus, e poderiam ter posto a questão perante o povo sob um prisma que os<br />

teria habilitado a su<strong>por</strong>tar esta prova. Mediante o exercício pronto e decisivo da autoridade a eles<br />

investida como magistrados, poderiam ter abafado a murmuração. Tinham o dever de fazer todo esforço<br />

possível para melhorar o estado de coisas, antes de pedirem a Deus que fizesse <strong>por</strong> eles o trabalho. Se a<br />

murmuração em Cades tivesse sido sustada de pronto, que cortejo de males se poderia ter evitado!<br />

Por seu ato precipitado, Moisés tirou a força da lição que Deus Se propunha ensinar. A rocha, sendo<br />

um símbolo de Cristo, fora ferida uma vez, assim como Cristo uma vez seria oferecido. A segunda vez,<br />

era necessário apenas falar à rocha, assim como temos apenas de pedir bênçãos em nome de Jesus.<br />

Ferindo-se pela segunda vez a rocha, foi destruída a significação desta bela figura de Cristo. Mais do que<br />

isto: Moisés e Arão tinham assumido poder que apenas pertence a Deus. A necessidade de intervenção<br />

divina tornava a ocasião de grande solenidade, e os chefes de Israel deviam tê-la aproveitado para<br />

impressionar o povo a fim de terem reverência para com Deus, e lhes fortalecer a fé em Seu poder e<br />

bondade. Quando iradamente exclamaram: “Tiraremos água desta rocha para vós?” (Números 20:10)<br />

puseram-se no lugar de Deus, como se o poder estivesse com eles, homens possuidores de fragilidades e<br />

paixões humanas. Cansado com a contínua murmuração e rebelião do povo, Moisés perdera de vista o<br />

273

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!