09.09.2016 Views

Patriarcas E Profetas por Ellen G. White [Edição Revisada]

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

Este livro trata de assuntos na história generacional, familiar e individuo; assuntos delicados que, em si mesmos, não são novos, mas apresentados aqui de um modo que lhes dá nova significação, revelando teias de tentação, motivos de ação, e poder de superação, mostrando o importante propósito de certos movimentos em nossas vidas e realçando alguns aspectos que são apenas mencionados sucintamente na Biblia. As cenas têm assim uma vividez e importância que tendem a causar impressões profundos e duradouras. É lançada tal luz sobre o relato bíblico que revele mais cabalmente o nobre ou frágil caráter e o destino de alguns personagens; manifeste os ardis do mal e a forma pela qual será finalmente destruído o seu poder; aponte a debilidade do coração humano; e mostre como a graça divino tem habilitado os homens a serem vitoriosos na batalha contra o mal.

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

<strong>Patriarcas</strong> e <strong>Profetas</strong><br />

finalmente e a mulher pôs diante dele a bezerra cevada, e bolos asmos preparados à pressa. Que cena!<br />

Na rústica caverna da feiticeira, em que poucos momentos antes haviam ecoado palavras de condenação,<br />

na presença do mensageiro de Satanás, aquele que fora ungido <strong>por</strong> ordem de Deus como rei sobre Israel<br />

sentava-se para comer, preparando-se para a luta mortífera do dia. Antes do romper do dia voltou com<br />

seus auxiliares ao acampamento de Israel, para dis<strong>por</strong>-se ao conflito. Consultando aquele espírito das<br />

trevas, Saul destruíra a si mesmo. Opresso pelo terror do desespero, ser-lhe-ia impossível inspirar<br />

coragem ao seu exército. Separado da Fonte de força, não poderia guiar as mentes de Israel a olharem a<br />

Deus como seu auxiliador. Assim a predição de males operaria o seu próprio cumprimento.<br />

Na planície de Suném e nas encostas do Monte Gilboa, os exércitos de Israel e as hostes dos filisteus<br />

empenharam-se em combate mortal. Embora a cena terrível na caverna de En-Dor lhe tivesse repelido<br />

do coração toda a esperança, Saul combateu com arrojada bravura em favor de seu trono e de seu reino.<br />

Mas foi em vão. “Os homens de Israel fugiram de diante dos filisteus, e caíram atravessados na montanha<br />

de Gilboa.” Três bravos filhos do rei morreram ao seu lado. Os flecheiros apertaram Saul. Tinha visto<br />

seus soldados caírem em redor de si, e seus filhos príncipes cortados pela espada. Ele próprio, estando<br />

ferido, não podia nem combater nem fugir. Escapar era impossível; e, resolvido a não ser tomado vivo<br />

pelos filisteus, ordenou a seu pajem de armas: “Arranca a tua espada, e atravessa-me com ela”. 1 Samuel<br />

31:1, 4. Recusando-se o homem a erguer a mão contra o ungido do Senhor, Saul tirou sua própria vida,<br />

lançando-se sobre a espada.<br />

Assim pereceu o primeiro rei de Israel, com o crime de suicídio em sua alma. A vida fora-lhe um<br />

fracasso, e sucumbira com desonra e em desespero, <strong>por</strong>que pusera sua vontade própria e perversa contra<br />

a vontade de Deus. A notícia da derrota espalhou-se larga e extensamente, levando o terror a todo o<br />

Israel. O povo fugia das cidades, e os filisteus tomavam posse destas, sem serem incomodados nisso. O<br />

reino de Saul, independente de Deus, se tinha quase mostrado a ruína de seu povo. No dia seguinte ao da<br />

luta, os filisteus, examinando o campo da batalha para roubar aos mortos, descobriram os corpos de Saul<br />

e de seus três filhos. Para completarem seu triunfo, deceparam a cabeça de Saul e o despojaram de suas<br />

armas; então a cabeça e a armadura, exalando o cheiro de sangue, foram enviadas ao país dos filisteus<br />

como troféu de vitória, “a anunciá-lo no templo dos seus ídolos e entre o povo”. A armadura finalmente<br />

foi posta no “templo de Astarote”, enquanto a cabeça foi fixa no templo de Dagom. Assim a glória da<br />

vitória foi atribuída ao poder desses falsos deuses, e o nome de Jeová foi desonrado.<br />

Os cadáveres de Saul e seus filhos foram arrastados a BeteSeã, cidade não distante de Gilboa, e<br />

próxima do rio Jordão. Ali foram suspensos com correntes, para serem devorados pelas aves de rapina.<br />

Mas os bravos homens de Jabes-Gileade, lembrando-se do livramento de sua cidade <strong>por</strong> Saul, em seus<br />

primeiros e felizes anos, manifestaram agora sua gratidão, retirando os corpos do rei e dos príncipes, e<br />

dando-lhes honrosa sepultura. Atravessando o Jordão à noite, “tiraram o corpo de Saul e os corpos de<br />

seus filhos do muro de Bete-Se e, vindo a Jabes os queimaram e tomaram os seus ossos, e os sepultaram<br />

459

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!