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Revista Marcha News XXX

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Artigo Técnico<br />

FATORES PREDISPONENTES<br />

Os fatores que predispõem ao aparecimento<br />

da rabdomiólise de exercício são variados. Dieta,<br />

desequilíbrio eletrolítico, hipotireoidismo, fatores ligados<br />

à herança genética, viremia, bacteremia, exercício<br />

e treinamento. Já os tipos de fibras musculares, em<br />

conjunto ou separadamente, estão implicados no<br />

desencadeamento da doença.<br />

O excesso de exercício ou treinamento inadequado<br />

leva a lesões musculares podendo associar a danos físicos<br />

devido a contrações excessivas, exaustão metabólica e<br />

injuria oxidativa.<br />

As fibras dividem-se e caracterizam-se em tipos<br />

diferentes. As fibras do tipo I, que tendem a depender<br />

amplamente do metabolismo aeróbico da glicose e<br />

de ácidos graxos para a obtenção de energia. São<br />

capazes de atividade prolongada, mas de resposta<br />

de contração mais lenta. As fibras do tipo II derivam<br />

energia principalmente da glicólise anaeróbica tendo<br />

o glicogênio como substrato principal, já essas fibras<br />

tornam-se fadigas mais rapidamente, porém são capazes<br />

de contração rápida e, portanto, são encontradas nas<br />

mais altas proporções em grupos musculares que movem<br />

rapidamente os membros.<br />

Sugere-se a existência de uma relação entre o<br />

desempenho e a proporção de fibras musculares do tipo<br />

I e do tipo II e seus subtipos. O desempenho, contudo,<br />

depende de muitos fatores, apenas um dos quais pode<br />

ser a doação genética de distribuição de tipos de<br />

fibras, associado aos efeitos benéficos de treinamento<br />

adequado.<br />

“...A elevação da atividade destas enzimas pode ser<br />

conferida em eqüinos com sinais de rabdomiólise,<br />

alguns estudos associam o aumento da atividade à<br />

pratica de exercício intenso...”<br />

Pode também ser feito o diagnóstico pós-morte,<br />

onde vamos encontrar na necropsia dos músculos da<br />

região glútea, femural e lombar apresentando escuros<br />

e edemaciados, podendo observar área de cor mais<br />

clara, amarelada ou hemorrágica. Na histopatologia<br />

desse músculo há lesões características de necrose<br />

segmentar. Os rins podem apresentar-se edemaciados<br />

e de cor escura. Na histopatologia, observa-se necrose<br />

com presença de mioglobina.<br />

A presença de hemoglobina e de mioglobina na<br />

urina de animais com rabdomiólise não é comum, mas<br />

em casos graves a urina assume coloração vermelho<br />

acastanhado, em decorrência da presença de grande<br />

quantidade de mioglobina. O acúmulo nos túbulos e<br />

a precipitação de grande quantidade de mioglobina<br />

no rim, particularmente nos casos em que a urina está<br />

ácida, pode resultar no surgimento de oligúria, anúria e<br />

insuficiência renal aguda.<br />

MÉTODOS DIAGNÓSTICOS<br />

O diagnóstico baseia-se na história clínica,<br />

acompanhada por exame físico completo. Exames<br />

laboratoriais são freqüentemente necessários para<br />

confirmar o diagnóstico provisório e controlar a<br />

recuperação, dentre estes podemos citar a quantidade<br />

sérica de mioglobina, creatina-cinase (CK), lactatodesidrogenase(LDH)<br />

e aspartato-aminotransferase (AST).<br />

Biópsia muscular, eletromiografia e urinálise podem ser<br />

úteis.<br />

Diferença de coloração entre uma urina normal(esquerda),<br />

e uma urina com SRE.<br />

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<strong>Marcha</strong> <strong>News</strong> - Setembro - 2016

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