Jornal Cocamar Março 2015
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Pág. 12 <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong> <strong>Março</strong> <strong>2015</strong><br />
Incerteza sobre prorrogação<br />
do Car deixa o setor em alerta<br />
BAIXA ADESÃO Apenas 6,3% das propriedades rurais tiveram sua documentação regularizada<br />
até agora no Estado e o prazo expira dia 5/5. Governo ainda não se pronunciou se vai prorrogar<br />
Da Redação<br />
Primeiro passo na adequação dos imóveis rurais ao novo Código<br />
Florestal, o Cadastro Ambiental Rural (CAR) segue com<br />
baixa adesão em todo o Brasil, segundo publicou a Gazeta do<br />
Povo em 10 de março, no caderno Agronegócio. Faltando praticamente<br />
um mês para o fim do prazo oficial de registro, apenas<br />
6,3% das propriedades paranaenses foram regularizadas, segundo<br />
dados da Organização das Cooperativas do Estado do Paraná<br />
(Ocepar) e da Federação da Agricultura do Estado do<br />
Paraná (Faep).<br />
A demora é motivo de alerta. Fatores como a escassez de florestas<br />
para compensação e de técnicos qualificados encarecem<br />
o processo, segundo indicam especialistas. Não há confirmação<br />
de prorrogação de prazo. A data limite pode não ser estendida<br />
por mais um ano como o setor produtivo esperava.<br />
Divulgada no início de março, a última parcial do Serviço Florestal<br />
Brasileiro (SFB), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente<br />
(MMA), aponta que o Brasil somava 136 milhões de<br />
hectares passíveis de registro (36,7%).<br />
No Paraná o quadro é pior e as adesões somam 1,3 milhão de<br />
hectares, do total de 15 milhões de hectares que precisam do<br />
registro, conforme o SFB. A Federação da Agricultura do Estado<br />
do Paraná (Faep) aponta razões que vão desde o “desinteresse<br />
dos produtores rurais” até “a falta de profissionais capacitados”<br />
para o baixo número de adesões.<br />
A entidade avalia que a operação é relativamente complexa e<br />
ainda existem dúvidas acerca da legislação vigente. Por essas<br />
razões pede-se a prorrogação do prazo. “É impossível cadastrar<br />
todos os imóveis rurais do Paraná no prazo atual, pela complexidade<br />
e falta de estrutura”, resume Carla Beck, especialista da<br />
área ambiental do Departamento Técnico Econômico da Faep.<br />
“Não há motivo para esperar. Quem ficar por<br />
último vai encontrar terras mais caras e a falta<br />
de técnicos qualificados para fazer o serviço”<br />
VITOR HUGO BURKO, ex-presidente do IAP