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Revista Lótus nº 122 outubro 2016 As Quatro Marcas do Budismo

Revista Lótus nº 122 outubro 2016 As Quatro Marcas do Budismo

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Ano 12 nº<strong>122</strong> | outubro de 2016<br />

As Quatro Marcas<br />

do Budismo


Expediente<br />

Ano 12 / Revista N° <strong>122</strong> / outubro 2016<br />

Responsável Geral: Arcebispo Takassaky Nitiguen<br />

Editor: Kyohaku Correia<br />

Coordenador Site www.revistalotus.com.br: Gyouen Campos<br />

Coordenador Site www.budismo.com.br: Gyouun Vieira<br />

Colaborador: Gyouan Assis<br />

Colaboradora: Akemi Kawamata<br />

Contatos: budismo@budismo.com.br


ÍNDICE<br />

04<br />

08<br />

10<br />

14<br />

18<br />

22<br />

29<br />

32<br />

39<br />

Nossa Capa<br />

Noções Básicas do Budismo<br />

As Quatro Marcas do Darma<br />

Budista<br />

A Transitoriedade de Todos<br />

os Fenômenos.<br />

Conto do Menino da<br />

Montanha de Neve<br />

A Isenção do Eu em Tudo<br />

Sobre a Alma<br />

Tudo é Sofrimento<br />

A Serenidade do Nirvana


Nossa Capa<br />

A<br />

foto da nossa capa é do<br />

famoso mosteiro budista,<br />

Jetavana Vihāra (Guion<br />

Shoujya), localizado ao norte da<br />

Índia, atualmente província de<br />

Uttar Pradesh. É o mais famoso<br />

local das pregações de Buda e<br />

um dos cinco primeiros templos<br />

budistas da história. Também foi<br />

onde Buda permaneceu por mais<br />

tempo, realizando as suas pregações<br />

por 24 monções no período<br />

de verão, ou seja, por 24 anos.<br />

O local também é famoso por ter<br />

sido doado pelo fervoroso fiel Sudatta,<br />

considerado o nobre dos<br />

pobres, que teve de forrar com<br />

moedas de ouro toda a extensão<br />

do terreno desejado para poder<br />

adquirir do príncipe Jeta. Porém,<br />

Jeta, emocionado pela pureza de<br />

espírito e determinação de Sudatta,<br />

por fim doou o seu terreno.<br />

O local é famoso também, por<br />

constar na abertura do clássico<br />

de literatura japonesa Heike Monogatari<br />

“O Conto dos Heike”,<br />

por volta de 1240.<br />

A abertura deste clássico é famosíssima,<br />

pois todos os japoneses<br />

aprendem nas aulas de literatura.<br />

E o curioso é que o clássico já<br />

começa com a apresentação da<br />

primeira marca do Budismo que<br />

é “Tudo é Transitório”. Também é<br />

o trecho que praticamente todos<br />

os japoneses têm em suas memórias.<br />

É o seguinte trecho:<br />

祇 園 精 舎 の 鐘 の 声 (ぎおんしょ<br />

うじゃのかねのこえ)、 諸 行 無<br />

常 の 響 きあり(しょぎょうむじ<br />

ょうのひびきあり)。<br />

沙 羅 双 樹 の 花 の 色 (しゃらそう<br />

じゅのはなのいろ)、 盛 者 必 衰<br />

の 理 をあらわす(じょうしゃひ<br />

っすいのことわりをあらわす)。<br />

驕 れる 者 久 しからず(おごれる<br />

ものひさしからず)、ただ 春 の<br />

夜 の 夢 の 如 し(ただはるのよの<br />

ゆめのごとし)。<br />

猛 き 人 もついに 滅 びぬ(たけき<br />

ものもついにほろびぬ)、ひと<br />

へに 風 の 前 の 塵 に 同 じ(ひとえ<br />

にかぜのまえのちりにおなじ)。<br />

4 | Revista Lótus


Interpretação:<br />

“O sino do mosteiro Jetavana Vihāra<br />

ecoa o som da Transitoriedade de Tudo.<br />

A cor da flor da árvore Sara,<br />

representa o inevitável declínio dos vigorosos.<br />

Os que se se vangloriam, não duram muito,<br />

tão somente como o sonho de uma noite de primavera.<br />

Até os valentes por fim, sucumbem,<br />

completamente igual a uma poeira diante do vento.”<br />

Foto: O Budismo Primordial do Brasil, conduzidos pelos bispos,<br />

Kobayashi Nitiguen e Nagamatsu Seijun, esteve em caravana<br />

visitando o famoso mosteiro budista, Jetavana Vihāra (Guion<br />

Shoujya) em maio de 2014.<br />

Revista Lótus | 5


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Noções Básic<br />

do Budismo<br />

O Budismo é uma Religião<br />

que prega a verdade.<br />

8 | Revista Lótus


as<br />

O<br />

Budismo é uma Religião<br />

que prega a verdade. Mas<br />

não aquela verdade, antônimo<br />

da falsidade ou da mentira,<br />

a verdade absoluta. Pois<br />

é a verdade imutável que permeia<br />

todos os fenômenos. Buda<br />

é aquele que despertou para<br />

essa verdade, e budista é aquele<br />

que segue, pratica e propaga<br />

a verdade pregada por Buda.<br />

Independente da imperfeição<br />

de quem prega, se o conteúdo<br />

representar essa verdade imutável,<br />

a verdade é verdadeira<br />

(não é circunstancial). Tal como<br />

no famoso conto do Menino da<br />

Montanha de neve, que ouviu<br />

as palavras da verdade vindas<br />

de um monstro, e para receber<br />

tais palavras por completo, ofereceu<br />

a sua própria vida, tendo<br />

por isso a sua iluminação assegurada.<br />

De acordo com o budismo em<br />

sua fase de desenvolvimento<br />

na China, para caracterizar se<br />

é budismo ou não, foram consideradas<br />

as são chamadas de<br />

Marcas do Darma ou Houin. Basicamente<br />

são três (Sanbouin)<br />

ou quatro (Shihouin). Se qualquer<br />

tipo de visão ou pregação,<br />

não estiver de acordo com essas<br />

marcas não fariam parte da<br />

verdade pregada por Buda, ou<br />

seja, não seria budismo.<br />

Revista Lótus | 9


As Quatro<br />

do Darma<br />

1 - Shougyou-mudyou<br />

諸 行 無 常 : A Transitoriedade<br />

de todos os fenômenos.<br />

2 - Shohou-muga<br />

諸 法 無 我 : A inexistência de<br />

uma substância permanente<br />

em tudo. A isenção do Eu em<br />

Tudo<br />

10 | Revista Lótus


Marcas<br />

Budista<br />

3 - Is-sai-kaiku<br />

一 切 皆 苦 : Tudo<br />

é sofrimento.<br />

4 - Nehan-dyakudyou<br />

涅 槃 寂 静 : A serenidade<br />

do Nirvana.<br />

Revista Lótus | 11


Quando colocado sem o item<br />

“Tudo é sofrimento”, é contado<br />

como Três Marcas do Darma.<br />

As citações sobre essas três e<br />

quatro marcas, não são claras<br />

no budismo inicial, mas são evidenciadas<br />

posteriormente com<br />

citações evidentes nos Sutras<br />

Agon, Yuga, Daidyoushougon e<br />

outros.<br />

Fonte: Bukkyou Yougo Kisso Tishiki<br />

p.140 Mizuno Kogen 1986.<br />

Bukkyou Yougo no Kaissetsu. Butsuryu<br />

Shugakujyuku Kyoizai 1997.<br />

Dentre as Quatro marcas, a mais<br />

famosa é a primeira. Tanto que<br />

é citada frequentemente também<br />

pelo conto do Menino da<br />

Montanha de Neve. A montanha<br />

de neve se refere aos montes do<br />

Himalaia, e o menino é o Buda<br />

em sua prática ascética, numa<br />

Era pré-budismo, de quando<br />

ainda era um Bodhisttva à procura<br />

do Darma da Iluminação.<br />

O “monstro” é a transformação<br />

de “Taishakuten” ou Sakra (deidade<br />

do Hinduísmo, Budismo e<br />

Jainismo, citada na mais antiga<br />

escritura hindu, Rigveda) em<br />

monstro, para testar a veracidade<br />

de espírito do menino da<br />

montanha.<br />

12 | Revista Lótus


Revista Lótus | 13


1 - Shougyou-mudyou<br />

諸 行 無 常 : A Transitoriedade de todos os fenômenos.<br />

A impermanência de tudo, diz respeito a “tudo” que<br />

é apresentado pelos Cinco Agregados. 五 蘊 (Goun)<br />

ou Pañcak-khandha. Os cinco agregados representam<br />

uma parte, dentre três classificações existentes<br />

(Sanka), e considera as cinco formas abaixo (Cinco<br />

Agregados), como formas de percepção física e<br />

mental do ambiente em que vivemos.<br />

Agr<br />

2.<br />

incl<br />

saç<br />

sen<br />

ros<br />

tras<br />

C<br />

inco<br />

1. Forma material ( 色 Shiki/<br />

rupa): compreende tudo o que<br />

denominamos “matéria”. Desde<br />

modo, estão incluídos no agregado<br />

o corpo físico e o mundo<br />

exterior, bem como os órgãos<br />

de sentido.<br />

5. Consciência ( 識 Shiki/viññana):<br />

é a resposta ou reação dos<br />

órgãos de sentido diante de um<br />

objeto. Como exemplo, a consciência<br />

auditiva compreende o<br />

ouvido como base e o som como<br />

objeto.<br />

14 | Revista Lótus


egados<br />

Sensação ( 受 Dyu/vedana):<br />

uem-se neste grupo as senões<br />

oriundas dos órgãos de<br />

tido. Elas podem ser prazeas,<br />

desagradáveis ou neu-<br />

.<br />

Dentre os cinco, o primeiro diz<br />

respeito à matéria, e todos os<br />

demais são relacionados aos<br />

sentidos e sensações. Mas em<br />

suma, são citados para fundamentar<br />

que, tanto o corpo físico<br />

como a mente, ambientes<br />

internos e externos, não representam<br />

uma identidade de<br />

fato, e que estão em constante<br />

transformação, por isso “tudo”<br />

é transitório. Ou seja, a palavra<br />

transitoriedade se aplica a todos<br />

os cinco agregados.<br />

3. Percepção ( 想 Sou/sañña):<br />

relativo ao reconhecimento e<br />

identificação de um objeto com<br />

base nas sensações.<br />

4. Formação mental ( 行 Gyou/<br />

sankhara): todos os tipos de<br />

hábitos mentais, pensamentos,<br />

ideias, opiniões, preconceitos,<br />

compulsões e decisões.<br />

https://pt.wikipedia.org/wiki/Cinco_agregados<br />

Revista Lótus | 15


16 | Revista Lótus<br />

諸 行 無 常 Shogyou-mudyou<br />

( 諸 行 は 無 常 なり)<br />

是 生 滅 法 Zeshou-meppou<br />

(これ 生 滅 の 法 なり)<br />

生 滅 滅 已 Shoumetsu-metti<br />

( 生 滅 を 滅 し 已 って)<br />

寂 滅 為 楽 Dyakumetsu-iraku<br />

( 寂 滅 を 楽 と 為 す)


O famoso verso da<br />

transitoriedade<br />

é o seguinte:<br />

“Tudo é transitório.<br />

Essa é a lei da formação e extinção.<br />

O cessar da formação e extinção,<br />

é o manifesto do Nirvana.”<br />

Revista Lótus | 17


O famoso conto do Menino<br />

da Montanha de Neve relacionado<br />

à Transitoriedade<br />

é o seguinte:<br />

O<br />

Menino da Montanha de<br />

neve, em sua prática<br />

ascética na busca verdade,<br />

enquanto caminhava,<br />

ouviu uma voz vinda da floresta<br />

e que proferia a primeira<br />

parte do verso. Emocionado<br />

pela verdade descoberta, entrou<br />

na floresta à procura do<br />

orador.<br />

Foi quando se deparou com o<br />

monstro. Imediatamente declarou<br />

ao mostro que, suas<br />

palavras revelavam a verdade,<br />

mas que faltava a parte que<br />

pregava o modo de vida a seguir<br />

para se superar o processo<br />

cíclico de transitoriedade.<br />

O monstro disse-lhe estar com<br />

fome e sem forças para pronunciar<br />

o restante. Então, o<br />

menino lhe propôs ir procurar-lhe<br />

comida. Mas o mostro<br />

disse que só se alimentava de<br />

carne humana.<br />

Foi quando o menino ofereceu<br />

seu próprio corpo em troca do<br />

restante do verso. A proposta<br />

foi aceita, e quando o mostro<br />

proferiu o restante do verso,<br />

suas palavras ecoaram por todos<br />

os cantos.<br />

O menino imediatamente escreveu<br />

o verso completo em<br />

rochas para que todos do futuro<br />

soubessem, e depois subiu<br />

no topo de um morro e se<br />

jogou na boca do monstro.<br />

18 | Revista Lótus


Foi quando este, retomou a sua<br />

real identidade de Taishakuten,<br />

deidade Sakra, tomou-o<br />

em seus braços e o abençoou,<br />

declarando-o ser digno da iluminação<br />

futura a alcançar.<br />

Esse é o resumo do famoso<br />

conto que fundamenta a primeira<br />

das afirmações budistas<br />

e que dá sequência as demais.<br />

A transitoriedade citada, diz<br />

respeito a todos os fenômenos<br />

e criações. Mas, no caso de<br />

criações, é bom não entender<br />

como uma criação do tipo que<br />

a Bíblia cita, ou seja, a partir<br />

do nada. Todos os fenômenos<br />

e criações, de acordo com a<br />

concepção budista, são frutos<br />

da relação entre causa e feito.<br />

Portanto, a visão parte de um<br />

ponto de vista bastante diferente.<br />

Contudo, essa afirmação da<br />

transitoriedade, pela interligação,<br />

é pregada por Buda aos<br />

cinco ascetas, logo em seguida<br />

a sua primeira pregação das<br />

Quatro Nobres Verdades.<br />

Revista Lótus | 19


Há também um famoso poema em japonês, que bem interpreta<br />

a transitoriedade pregada no budismo. Também é conhecida por<br />

incorporar todos os fonemas da língua japonesa.<br />

いろはにほへと ちりぬるを わかよたれそ つねならむ<br />

うゐのおくやま けふこえて あさきゆめみし ゑひもせす<br />

“A matéria é perfumada, mas despetala.<br />

Em nosso mundo quem seria permanente.<br />

Hoje ultrapassa as formações das profundas montanhas<br />

e se vê num raso sonho como numa embriaguez.”<br />

20 | Revista Lótus


Em seguida o verso do Grande Mestre Nissen Shounin específico<br />

para este tema.<br />

おもふこと つきじ 望 みも さだまらじ<br />

わが 心 だに たのまれぬ 世 に<br />

Omou koto tsukidi nozomi mo sadamaradi<br />

waga kokoro dani tanomarenu yo ni<br />

“Nossos pensamentos são infinitos<br />

e os desejos também indefiníveis.<br />

Neste mundo até em nosso coração<br />

não dá para nos fundamentarmos.”<br />

Grande Mestre Nissen Shounin nº634<br />

Tema: 涅 槃 経 云 諸 行 無 常 是 生 滅 法 といふことを<br />

Nehangyou ni iwaku. Shogyou mudyou zeshoumeppou to iukoto o.<br />

“Tudo é transitório. Essa é a lei da formação e extinção.”<br />

Revista Lótus | 21


2 - Shohou-muga 諸 法 無 我 : A Isenção do Eu em tudo.<br />

Em muitos casos essa isenção<br />

do Eu permanente em<br />

tudo é chamada de não-eu.<br />

Não significa que não existe, que<br />

é um vazio ou nada. Se refere à<br />

ilusão de que possuímos ou que<br />

existe algo permanente atuante<br />

em todos os fenômenos. Por<br />

exemplo, a água, dadas as circunstâncias<br />

ela pode ser, vapor,<br />

chuva, gelo, nuvem, e ainda se<br />

misturar com outras substâncias<br />

e virar qualquer outro tipo<br />

de coisa.<br />

22 | Revista Lótus


A relação dessa segunda marca<br />

budista com a primeira marca<br />

“A Transitoriedade de todos os<br />

fenômenos” é profunda. Afinal,<br />

se tudo é transitório, então nada<br />

possui uma natureza permanente.<br />

Uma afirmação está ligada<br />

a outra. O fato de não haver<br />

uma substância permanente em<br />

tudo, significa que não há uma<br />

pessoalidade, uma individualidade<br />

e que tudo é transitório de<br />

acordo com relação das circunstâncias<br />

geradas.<br />

A primeira marca do budismo<br />

é facilmente compreendida por<br />

qualquer outra linha de pensamento.<br />

Mas a afirmação da<br />

isenção do “Eu” absoluto e permanente,<br />

nem sempre é facilmente<br />

compreendida. Na época<br />

de Buda, o pensamento predominante<br />

era a filosofia brâmane.<br />

Essa linha afirmava uma<br />

divindade absoluta chamada<br />

de Brahman, e outra existência<br />

pessoal absoluta chamada de<br />

atman. E que ambas eram indissociáveis<br />

e imutáveis, ou seja,<br />

por não serem criadas também<br />

não se estinguem.<br />

Por tais afirmações serem improváveis,<br />

metafisicas e fundamentar<br />

o sistema de castas da<br />

época em que todos eram fadados<br />

a nascer e morrer sem mudar<br />

de condição, ainda em seu<br />

período de peregrinação, Buda<br />

contestou e adotou como marca<br />

do budismo, a transitoriedade<br />

dos fenômenos (primeira marca)<br />

e a impessoalidade, que é a<br />

isenção de um eu absoluto em<br />

todos os fenômenos (característica<br />

da segunda marca), e ainda<br />

pregou que não seria o objetivo<br />

do budismo buscar respostas<br />

para essas questões, pois levaríamos<br />

a vida em vão.<br />

Por essas afirmações, é como<br />

se Buda estivesse dizendo “desapegue-se”,<br />

dos fenômenos inconstantes<br />

e de achar que existe<br />

algo ou alguém absoluto e imutável<br />

em meio aos fenômenos,<br />

para não dar infinitas voltas e<br />

por fim não chegar a lugar algum.<br />

O budismo definitivamente,<br />

não se aprofunda em tais temas<br />

e o próprio Buda preferiu<br />

não mencionar sobre assuntos<br />

metafísicos, já que tal compreensão<br />

corresponde somente ao<br />

mundo dos iluminados, sendo<br />

impossível um reles ser compreender<br />

a interligação disso tudo<br />

previamente.<br />

Revista Lótus | 23


A famosa parábola da flecha<br />

envenenada, responde exatamente<br />

à questão dessa segunda<br />

marca budista.<br />

Numa época em que as religiões<br />

questionavam a metafisica,<br />

existiu um jovem discípulo de<br />

Buda chamado, Malunkyaputta.<br />

Insatisfeito com a falta de<br />

respostas resolveu questionar<br />

Buda.<br />

Foi quando perguntou:<br />

O tempo do mundo é limitado<br />

ou ilimitado?<br />

O espaço do mundo é limitado<br />

ou ilimitado?<br />

A alma e o corpo são um só ou<br />

são coisas diferentes?<br />

Um Buda existe ou não após a<br />

morte?<br />

E ainda ameaçou dizendo que,<br />

se Buda não respondesse essas<br />

questões metafísicas, que<br />

ele abandonaria a prática ascética.<br />

Foi em resposta a essas perguntas<br />

que Buda pregou a parábola<br />

da Flecha Envenenada.<br />

Conforme segue:<br />

Buda per- guntou<br />

ao jovem discípulo:<br />

S e existisse um<br />

ho- mem atingido por<br />

uma flecha envenenada,<br />

o que você faria?<br />

Perguntaria a ele quem foi<br />

que o atingiu? Qual seria o<br />

tipo de veneno? De qual direção<br />

veio a flecha? Qual<br />

seria o seu nome completo,<br />

endereço e naturalidade?<br />

O discípulo respondeu:<br />

Naturalmente que não.<br />

Imediatamente retiraria a flecha<br />

e cuidaria dele para que o<br />

veneno não tomasse conta do<br />

24 | Revista Lótus


corpo.<br />

Foi quando Buda concluiu:<br />

Isso mesmo. Portanto, enquanto<br />

você continuar apegado a<br />

essas questões continuará sofrendo<br />

pelo ciclo de sucessivos<br />

renascimentos involuntários.<br />

Aja de modo a retirar a flecha<br />

de si e dos outros, sendo assim,<br />

obterá a libertação. Obtendo<br />

a libertação incorporará<br />

por si só todas essas questões.<br />

O jovem discípulo, imediatamente<br />

admitiu a sua ignorância<br />

e se entregou definitivamente<br />

à prática ascética.<br />

Portanto, aqui fica claro que<br />

o budismo adota a bênção do<br />

Darma e a praticidade do mesmo.<br />

Isto é, por mais que hajam<br />

ensinamentos, se o mesmos<br />

não forem praticáveis e úteis<br />

no caminho da iluminação, não<br />

servem. A pregação que leva<br />

por fim a essa consciência, é<br />

a marca budista que afirma<br />

a isenção de uma substância<br />

permanente em todos os fenômenos.<br />

(Fonte;Tyuagon, Sutra Yayukyou 63)<br />

mais massificadora e focada na<br />

iluminação mútua, preferiu-se<br />

chamar a isenção desse eu absoluto,<br />

dessa impessoalidade<br />

ou não-eu em todos os fenômenos<br />

como “Vacuidade”.<br />

Todas essas expressões possuem<br />

o mesmo significado. De<br />

qualquer forma no Budismo<br />

Primordial, seguindo o exemplo<br />

da parábola da flecha envenenada,<br />

evitamos tais abordagens<br />

sobre um eu metafísico.<br />

Tanto que o Grande Mestre<br />

Nissen Shounin não apresenta<br />

nenhum verso específico sobre<br />

este tema.<br />

Por outro lado, mesmo apresentando<br />

essa segunda marca<br />

da isenção do eu e da impessoalidade,<br />

o budismo não<br />

deixa de admitir o Eu comum,<br />

o Eu alvo ou agente de uma<br />

ação, primeira pessoa do singular<br />

e não transcendental. Tal<br />

como Buda afirma nas famosas<br />

citações do Dhammapada<br />

(Hokkukyou), versos 160, 161<br />

e 162, respectivamente, sobre<br />

o Eu.<br />

Ao adentrar no Budismo<br />

Mahayana, linhagem budista<br />

Revista Lótus | 25


“Uma pessoa é na realidade, o protetor de si mesmo;<br />

quem mais o poderia ser?<br />

Totalmente controlada,<br />

a pessoa ganha uma mestria difícil de obter.<br />

“O mal que o homem ignorante faz a si próprio,<br />

mal esse nascido e produzido por si,<br />

tritura-o como um diamante tritura uma dura pedra preciosa.”<br />

“Assim como uma trepadeira estrangula a árvore onde cresce,<br />

também, um homem depravado prejudica a si mesmo,<br />

como só um inimigo poderia desejar fazer.”<br />

26 | Revista Lótus


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28 | Revista Lótus


Sobre a Alma<br />

Também vale salientar sobre o<br />

que o budismo entende como<br />

alma, para que e mesma não<br />

seja entendida como o Eu absoluto<br />

permanente e imutável, pois é<br />

exatamente essa forma que Buda<br />

coloca em questão nessa segunda<br />

marca.<br />

O budismo não enxerga a alma<br />

(espírito ou mente), como um espectro<br />

de cada ser, permanente e<br />

transcendental. Visualiza a mesma<br />

como o mais profundo subconsciente<br />

(Arayashiki) onde se<br />

armazenam todas as suas ações,<br />

mentalizações e sentimentos (todos<br />

denominados Karmas), e que<br />

processam o indivíduo aos sucessivos<br />

renascimentos em todas as<br />

suas existências fenomênicas, sem<br />

ter que afirmá-la como a realidade<br />

imutável ou origem de um ser. A<br />

alma é eterna, não tem começo e<br />

nem fim, mas não é permanente e<br />

inalterável.<br />

O Grande Mestre Nissen Shounin,<br />

através do seguinte verso, nos ensina<br />

tanto sobre a primeira marca<br />

do budismo, quanto sobre a eternidade<br />

da alma.<br />

Revista Lótus | 29


常 住 の たましひのうへに 生 死 あり<br />

これを 無 常 と 人 はいふらむ<br />

Dyoudyuu no tamashii no ue ni shoudi ari<br />

kore o mudyou to hito wa iuuran<br />

“Vida e morte coexistem<br />

na eternidade da alma.<br />

A isso as pessoas dão<br />

o nome de impermanência.”<br />

Grande Mestre Nissen Shounin nº1408<br />

30 | Revista Lótus


Portanto, quando pronunciamos o<br />

Darma Sagrado Namumyouhourenguekyou,<br />

estamos colocando<br />

em prática um dos principais objetivos<br />

do Budismo Primordial,<br />

que é implantar em nossa alma<br />

(Arayashiki) as virtudes da iluminação<br />

do Darma Sagrado Namumyouhourenguekyou,<br />

a fim de<br />

filtrar as impurezas da alma e nela<br />

implantar os méritos virtuosos da<br />

iluminação de Buda. Essa é a pratica<br />

denominada de inseminação<br />

da causa, essência e semente da<br />

iluminação (Gueshu), prática da<br />

fé esta que nos torna claramente<br />

criadores do próprio destino.<br />

Fonte: Bukkyou Yougo Kisso Tishiki p. 148.<br />

Mizuno Kogen.1986.<br />

Fonte: Os ensinamentos da Honmon Butsuryu-<br />

-Shu. Tradução,Massae Sato. 2002 p.47<br />

Revista Lótus | 31


3 - Is-sai-kaiku ( 一 切 皆 苦 ):<br />

Tudo é sofrimento.<br />

Essa é a terceira marca do budismo<br />

em que Buda afirma vivermos<br />

num mar de sofrimento.<br />

Dadas as circunstâncias de que<br />

tudo é transitório e que não há<br />

um Eu absoluto e permanente,<br />

todos e tudo está sujeito à interligação<br />

dos fatores e a todos os<br />

tipos de transformações. É uma<br />

visão clara e fria da realidade.<br />

Na verdade, foi dentro desse<br />

meio e mundo que Buda pregou<br />

a iluminação. Não visualizou a<br />

iluminação em um mundo distante<br />

dos sofrimentos e onde<br />

todos possam descansar<br />

em paz e<br />

eternamente.<br />

Se esse<br />

mundo<br />

ilu-<br />

32 | Revista Lótus


minado é um paraíso, então esse<br />

é o mundo que devemos construir<br />

constantemente em meios<br />

a todos os nossos sofrimentos,<br />

transformando-os e superando-<br />

-os e não fugindo deles.<br />

As duas primeiras marcas do<br />

budismo, são de fato, verdades<br />

universais. Portanto, aceitáveis.<br />

No entanto, afirmar que tudo é<br />

sofrimento, para muitos pode<br />

soar como algo subjetivo. Afinal,<br />

no mundo dos fenômenos<br />

existem acontecimentos tristes<br />

e dolorosos, como também os<br />

momentos alegres e felizes. E<br />

também existem os momentos<br />

que não são nem tristes e nem<br />

felizes. Também pode se dizer<br />

que alegria e sofrimento<br />

corresponde à forma<br />

de sensação da<br />

pessoa independente<br />

do fato.<br />

Revista Lótus | 33


34 | Revista Lótus


Existem três tipos de sofrimentos.<br />

1 - O sofrimento Físico: corresponde<br />

ao sofrimento carnal, em<br />

que sentimos dor ao nos machucarmos,<br />

nos queimarmos, sermos<br />

beliscarmos etc. Esse tipo<br />

de sofrimento existe igualmente<br />

tanto nos seres humanos como<br />

nos animais. Mas esse tipo de<br />

sofrimento, por não ser constante<br />

não é o tipo de sofrimento<br />

afirmado por Buda como “Tudo<br />

é sofrimento”.<br />

2 - O sofrimento da Perda: corresponde<br />

ao sofrimento que passamos<br />

nos altos e baixos, quando<br />

perdermos algo ou sofremos<br />

pela escassez como; pobreza,<br />

velhice, decepção, desânimo,<br />

desamparo etc. No entanto, se<br />

há algo que se perde significa<br />

que algo havia. E enquanto<br />

algo havia, o sofrimento não se<br />

caracteriza, então, esse tipo de<br />

sofrimento também não é permanente<br />

e não faz parte do sofrimento<br />

afirmado por Buda.<br />

3 - O sofrimento em Si: corresponde<br />

ao estado não iluminado<br />

de um ser. Ter ou não ter, doer<br />

ou não doer, perder ou achar,<br />

não descaracterizam o sofrimento<br />

que é viver a mercê dos<br />

fenômenos e dos sucessivos renascimentos<br />

involuntários que<br />

ocorrem enquanto não atingimos<br />

a iluminação. Portanto, a<br />

afirmação de que tudo é sofrimento<br />

é baseada no estado em<br />

se vive as tentações, a descrença<br />

e os altos e baixos de uma<br />

vida. Somente a vida num mundo<br />

iluminado, pode caracterizar<br />

um pleno estado em que ocorre<br />

o cessar dos sofrimentos independente<br />

das circunstâncias.<br />

Essa também, foi a base da afirmação<br />

de Buda, quando pregou<br />

a primeira das Quatro Nobres<br />

Verdades.<br />

Mas porque será que essa visão<br />

fundamenta o budismo?<br />

Alguns estudiosos ocidentais,<br />

chegam a questionar essa visão<br />

budista como uma ideia pessimista<br />

de vida. Mas isso ocorre<br />

porque olham apenas para esse<br />

único ponto de vista e não visualizam<br />

a universalidade, realidade<br />

e abrangência dos ensinamentos.<br />

Ou seja, não percebem<br />

que o budismo visualiza a Serenidade<br />

do Nirvana (quarta marca<br />

do budismo), a iluminação<br />

como ideal e objetivo de vida.<br />

De modo geral as religiões existem<br />

para ajudar as pessoas a<br />

resolverem os seus problemas<br />

e superarem os sofrimentos<br />

Revista Lótus | 35


conduzindo-as a um estado de<br />

plenitude. E esta visão parte do<br />

princípio de que a realidade do<br />

mundo é sofrida e imperfeita.<br />

Nesse ponto, a maioria das religiões<br />

se assemelham. Mas o<br />

budismo, se difere das demais,<br />

pelo de fato de ver o ser humano<br />

como um ser imperfeito, e<br />

não como o fruto de um pecado.<br />

Mesmo admitindo a sua própria<br />

imperfeição, pelas possibilidades<br />

que o Darma de Buda lhe<br />

atribui, pode almejar e buscar<br />

um estado sublime, e esse estado<br />

lhe é permitido mesmo na<br />

condição humana.<br />

世 の 中 の 苦<br />

御 法 にあひ<br />

Yo no naka no kura<br />

Minori ni a<br />

“Os sofrimentos<br />

como um<br />

Jamais se esq<br />

de ter encontra<br />

Grande Mes<br />

É de onde parte o pressuposto<br />

budista para uma vida plena. E<br />

essa clara visão e possibilidade<br />

só podem ser afirmadas a partir<br />

do ponto de vista em que se vê a<br />

vida como ela é, um constante<br />

processo de sofrimento enquanto<br />

não se atinge a iluminação.<br />

A consciência de imperfeição<br />

associada à possibilidade de superação<br />

e concretização da iluminação<br />

pela prática da fé do<br />

Darma Sagrado de Buda, é o<br />

principal fator que caracteriza a<br />

religiosidade budista.<br />

36 | Revista Lótus


楽 は 夢 の しばし 也<br />

し<br />

大 事 忘 るな<br />

ku wa yume no shibashi nari<br />

ishi daidi wassuru na<br />

e prazeres da vida são<br />

sonho passageiro.<br />

ueça da importância<br />

do o Darma Sagrado.”<br />

tre Nissen Shounin nº3121<br />

Revista Lótus | 37


38 | Revista Lótus


4. Nehan-dyakudyou ( 涅 槃<br />

寂 静 ): A serenidade do<br />

Nirvana.<br />

Identificar o constante sofrimento<br />

da vida, ao mesmo tempo,<br />

nos faz idealizar uma outra<br />

realidade. E essa realidade,<br />

depois de todas essas marcas<br />

e constatações é apresentada<br />

como a Serenidade do Nirvana.<br />

O próprio nome nirvana já significa<br />

isso, o cessar da chama<br />

das tentações que ocasionam o<br />

sofrimento e visões deturpadas<br />

da realidade.<br />

A extinção da ganância, da ira<br />

e da estupidez, correspondem<br />

ao significado do nirvana. Em<br />

alguns casos a palavra nirvana<br />

aparece associada ao partir de<br />

Buda desse mundo, mas nesse<br />

caso é chamado especificamente<br />

de Pari-Nirvana. Pois serve<br />

para apontar o regresso de<br />

Buda ao seu estado original, de<br />

forma desassociada da morte,<br />

pois um Buda apenas se manifesta<br />

e se oculta.<br />

No budismo Mahayana, principalmente,<br />

o nirvana passou a<br />

ser interpretado de duas formas:<br />

Revista Lótus | 39


O Nirvana puro por natureza e<br />

o Livre Nirvana. O Nirvana puro<br />

por natureza, é caracterizado<br />

pelo estado espiritual atingido e<br />

pelas Quatro Virtudes do Nirvana,<br />

ou seja, pela Imutabilidade,<br />

oposta à transitoriedade. Pela<br />

plenitude, oposta ao sofrimento.<br />

Pelo Eu budico como isenção<br />

do Eu, e pelo estado de Pureza<br />

oposto ao estado maculado.<br />

Em outras palavras, é um estado<br />

de superação das três primeiras<br />

marcas budistas. É o que<br />

se chama de natureza búdica<br />

em seu estado pleno. Já o Livre<br />

Nirvana, é caracterizado pela<br />

grande sabedoria, por se estabelecer<br />

além do ciclo de nascimento<br />

e morte, e pela grande<br />

compaixão, por se estabelecer<br />

além do próprio Nirvana.<br />

Esses estados caracterizam o<br />

que se chama de Serenidade<br />

do Nirvana, um estado de total<br />

desprendimento e desapego.<br />

Ainda que, com algumas nuances<br />

diferenciadas, existem muitas<br />

outras palavras sinônimas<br />

de Nirvana como; Guedatsu (libertação),<br />

Indestrutível, Outra<br />

Margem, Imaculado, Incomparável<br />

etc.<br />

Buda pregou as suas três primeiras<br />

marcas budistas, não<br />

para negar a realidade, mas<br />

para exatamente dentro dessa<br />

dura realidade, buscar definitivamente<br />

a solução. E a Serenidade<br />

do Nirvana, por sua<br />

vez, seria a forma libertadora<br />

em que todos podem viver sem<br />

aprisionamentos e em total plenitude.<br />

Mas todas essas marcas e ensinamentos,<br />

mesmo sendo características<br />

budistas, em nossa<br />

era não podem ser interpretadas<br />

além da ótica da prática da<br />

fé e do Sutra Lótus, do Darma<br />

Sagrado Namumyouhourenguekyou<br />

transmitido pelo Jyougyou<br />

Bossatsu. Caso contrário,<br />

tanto pela falta de capacidade<br />

como por inadequação ao tempo,<br />

poderemos cair em perdição.<br />

O Grande Mestre Nissen Shounin<br />

nos ensina que, somente<br />

apreciando a prática da fé com<br />

o coração iluminado pelo Darma<br />

Namumyouhourenguekyou,<br />

é que se dissipam todas as marcas<br />

que obstruem a Serenidade<br />

do nosso Nirvana. Como segue:<br />

40 | Revista Lótus


信 行 を たのしむ 心 あかければ<br />

くらき 迷 ひの 雲 はれにけり<br />

Shingyou o tanoshimu kokoro akakereba<br />

kuraki mayoi no kumo hare ni keri<br />

“Se apreciar a prática da fé<br />

com o coração iluminado,<br />

a nuvem negra da dúvida<br />

acabará se dissipando.”<br />

Grande Mestre Nissen Shounin nº1473<br />

Tema: 信 心 を 楽 しみとせば 一 切 の 迷 苦 一 時 に 滅 す<br />

Se tiver a prática da fé como fonte de prazer, extinguirá de uma<br />

só vez, a totalidade dos sofrimentos e devaneios.<br />

Revista Lótus | 41


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