revista Musica & Mercado
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PRODUTOS PREMIUM VENDA EQUIPAMENTOS CAROS E AUMENTE SEU LUCRO PÁG. 74<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR | JANEIRO | FEVEREIRO DE 2010 | Nº 46 | ANO 8<br />
✓<br />
GERENTE<br />
COMPRADOR<br />
VENDEDOR 1<br />
VENDEDOR 2<br />
VENDEDOR 3<br />
PASSE ESTA REVISTA PARA SEUS FUNCIONÁRIOS<br />
INFORMAÇÃO PARA O MERCADO DE ÁUDIO, INSTRUMENTOS MUSICAIS E ACESSÓRIOS<br />
DATAFOLHA • MÚSICA & MERCADO<br />
CONHEÇA AS MARCAS MAIS LEMBRADAS PELAS LOJAS EM 2009 PÁG. 50<br />
TECNOLOGIA<br />
E MERCADO<br />
AS TENDÊNCIAS, APOSTAS<br />
E GESTÃO COMERCIAL<br />
PARA PRODUTOS DE ALTA<br />
TECNOLOGIA PÁG. 42<br />
MÚSICA<br />
NAS ESCOLAS<br />
CONTAGEM REGRESSIVA:<br />
PREPARE-SE PARA<br />
AS MUDANÇAS QUE<br />
VÊM AÍ PÁG. 76<br />
PONTO DE VENDA AS MELHORES DICAS PARA VOCÊ ABRIR SUA LOJA ON-LINE PÁG. 82<br />
PIRATAS X ORIGINAIS<br />
Agora é a vez da Shure<br />
e da da D’Addario D’Addario<br />
PÁG. 88
BUILD YOUR BRAND • CONNECT WITH YOUR BUYERS<br />
GET READY TO GO GLOBAL • START A BUZZ ABOUT YOUR PRODUCTS • MOVE YOUR BUSINESS FORWARD<br />
INVEST IN YOUR COMPANY’S SUCCESS • BE A PART OF THE MUSIC PRODUCTS INDUSTRY’S MOST IMPORTANT EVENT<br />
Exhibitor Information Now Online<br />
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de 24 a 27. 3. 2010<br />
mission for music<br />
Acompanhe a delegação brasileira!<br />
Para mais informações entre em contato com:<br />
Câmara de Comércio e Indústria<br />
Brasil-Alemanha<br />
Tel. +55 11 51 87-52 15<br />
feiras@ahkbrasil.com<br />
www.musikmesse.messefrankfurt.com
Calendário 2010<br />
O objetivo principal da feira é unir as<br />
lojas e empresas para gerar negócios<br />
que sejam vantajosos a ambos.<br />
Você poderá negociar e comprar com<br />
mais de 30 empresas que compõem<br />
o mix de sua loja. Aqui você encontra<br />
as marcas mais renomadas do mercado.<br />
LOCAIS (REGIÕES) DATAS PARA 2010<br />
Ribeirão Preto / SP<br />
22 e 23 de fevereiro<br />
Curitiba / PR<br />
20 e 21 de março<br />
Porto Alegre / RS<br />
17 e 18 de abril<br />
Rio de Janeiro / RJ<br />
22 e 23 de maio<br />
Belo Horizonte / MG<br />
19 e 20 de junho<br />
Goiânia / GO<br />
24 e 25 de julho<br />
Salvador / BA<br />
14 e 15 de agosto<br />
São Paulo / SP<br />
22 a 24 de setembro<br />
Belém / PA<br />
6 e 7 de novembro
A nova opção para produção musical<br />
A Cakewalk, líder mundial em equipamentos para criação<br />
musical e gravação, apresenta uma nova linha de produtos para<br />
estúdios, desenvolvida especialmente para músicos.<br />
Agora, usuários dos mais variados níveis de habilidade podem<br />
contar com a qualidade Roland e a marca Cakewalk em todas as<br />
etapas do processo de produção.<br />
E este é apenas o começo!<br />
PRodutos CAkEwAlk PARA CRiAção E gRAvAção<br />
soluções integradas<br />
SONAR V-STUDIO 100<br />
SONAR V-STUDIO 700<br />
Monitores<br />
MA-15D<br />
MA-7A<br />
softwares<br />
SONAR Producer<br />
SONAR Studio<br />
interfaces de áudio<br />
UA-25EX<br />
UA-1G, UA-4FX, UA-101<br />
interfaces Midi<br />
UM-3G<br />
UM-1G, UM-2G<br />
w w w . r o l a n d . c o m . b r
EXPEDIENTE<br />
Editor / Diretor<br />
Daniel A. Neves S. Lima<br />
Diretora de Comunicação<br />
Ana Carolina Coutinho - MTB: 52.423<br />
Coordenadores de Comunicação<br />
Itamar Dantas<br />
Miguel De Laet<br />
Depto. Comercial<br />
Eduarda Lopes<br />
Carina Nascimento<br />
Relações Internacionais<br />
Nancy Bento<br />
Roberta Begliomini Padovan<br />
Administrativo/Financeiro<br />
Carla Anne<br />
Direção de Arte<br />
Dawis Roos<br />
Revisão de Texto<br />
Hebe Ester Lucas<br />
Assinaturas<br />
Barbara Tavares<br />
assinaturas@musicaemercado.com.br<br />
Colaboradores<br />
Henry Ho, Luiz Sacoman, Alessandro<br />
Saade, Joey Gross Brown, Joel de Souza<br />
Música & <strong>Mercado</strong> ®<br />
Caixa Postal: 2162<br />
CEP 04602-970 – São Paulo – SP.<br />
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Autorizada a reprodução com a citação da Música<br />
& <strong>Mercado</strong>, edição e autor. Música & <strong>Mercado</strong> não<br />
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Parcerias/Partners<br />
Frankfurt • China<br />
Estados Unidos<br />
Que venha 2010!<br />
O QUE SIGNIFICA UM ANO NOVO? Para mim é algo sempre mágico...<br />
O.K., POSSO PARECER INGÊNUO FALANDO ASSIM, mas em<br />
todo 31 de dezembro, uma avalanche de recordações sobre o ano<br />
que passou paira sobre minha mente e abre-se a porta para um<br />
‘tudo de novo bom’.<br />
2010 SERÁ, SIM, UM ANO DE NOVIDADES. Estamos batalhando<br />
para construir uma base de dados cada vez mais sólida, com<br />
informações que facilitem a vida do lojista, seja na escolha do mix<br />
de produtos, seja na informação sobre fornecedores. Ou ainda em<br />
uma parceria com o Datafolha, Telelistas.net ou com as prefeituras,<br />
para a realização das Feiras da Música. Fazemos o melhor que<br />
podemos para unir o mercado.<br />
NESTA EDIÇÃO, PUBLICAMOS OS RESULTADOS do Prêmio Top<br />
of Mind, elaborado pelo Datafolha. A premiação felicita as marcas<br />
mais lembradas pelas lojas, não as mais vendidas nem as melhores,<br />
mas aquelas que, por alguma razão, chamaram a atenção dos<br />
proprietários e gerentes Brasil afora.<br />
NO MAIS, TEMOS MATÉRIAS SOBRE ADMINISTRAÇÃO, tendências,<br />
marketing, PDV, empresas nacionais e internacionais,<br />
tudo do bom e do melhor, como antevê este novo ano. Um grande<br />
2010 a todos vocês!<br />
DANIEL NEVES<br />
Estamos batalhando para<br />
construir uma base de<br />
dados cada vez mais sólida,<br />
com informações que<br />
facilitem a vida do lojista<br />
DANIEL NEVES<br />
Impressa no Brasil / Printed in Brazil<br />
20 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
SUMÁRIO<br />
SEÇÕES<br />
20 EDITORIAL Que venha 2010<br />
24 ÚLTIMAS Venda mais no Natal<br />
32 ENQUETE Um pouquinho do passado e do futuro<br />
92 LOJISTA Retrospectiva<br />
96 VIDA DE LOJISTA Os ent<strong>revista</strong>dos de 2009<br />
100 TESTE Condor CLP2 S<br />
102 PRODUTOS Novidades + Design<br />
110 PAINEL DE NEGÓCIOS Anúncios<br />
114 CINCO PERGUNTAS Como abrir sua loja virtual<br />
MATÉRIAS<br />
34 ADMINISTRAÇÃO Os oito erros mais comuns em gestão<br />
38 INTERNACIONAL O investimento da D’Addario na fábrica da Rico: US$ 10 milhões<br />
42 A HORA DOS GUITARRISTAS<br />
por Joey Gross Brown<br />
46 VENDAS As estratégias para lidar com os compradores implacáveis<br />
50 TOP OF MIND As marcas mais lembradas em 2009: os vencedores<br />
74 COMO VENDER PRODUTOS PREMIUM por Luiz Sacoman<br />
76 MERCADO Contagem regressiva para a Música nas Escolas<br />
82 PDV As melhores dicas para você vender pela Web<br />
86 VEM COISA BOA POR AÍ! Marketing e Negócios, por Alessandro Saade<br />
88 ESPECIAL<br />
Distingua os originais dos falsificados: Shure e D’Addario<br />
106 FEIRA DA MÚSICA Agora em São Paulo, confira todos os detalhes<br />
22 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Nova cara!<br />
A Selenium lançou no final do ano<br />
passado o seu novo site. Em sua página<br />
inicial, o usuário tem um menu<br />
para escolher a linha de produtos que<br />
deseja consultar e outro para informações<br />
institucionais, assistência técnica<br />
e notícias, entre outros assuntos.<br />
Confira! www.selenium.com.br<br />
Giannini e o ex-guitarrista<br />
do Led Zeppelin<br />
Jimmy Page recebe a Craviola<br />
das mãos de Christian Bernard<br />
Jimmy Page, lenda viva do rock, foi<br />
presenteado pela Giannini, representada<br />
por Christian Bernard, com um<br />
modelo de seis cordas de sua antológica<br />
Craviola. Este instrumento é<br />
um velho conhecido do guitarrista,<br />
que chegou a utilizá-lo em sessões<br />
de gravação e shows. Surpreso — e<br />
informando desconhecer que a Giannini<br />
era uma empresa brasileira —,<br />
chegou a pedir uma versão 12 das. A entrega do instru-<br />
cormento<br />
foi em um almoço<br />
beneficente, no Rio de<br />
Janeiro, em prol da ONG<br />
Casa Jimmy, que cuida<br />
de crianças carentes no<br />
bairro carioca de Santa<br />
Tereza. A Giannini também<br />
doou violões e encordoamentos<br />
para a ONG.<br />
Dica da redação<br />
Com certeza você já leu aqui na Música<br />
& <strong>Mercado</strong> como o controle de<br />
informação de lojas on-line é muito<br />
mais preciso do que em lojas físicas.<br />
Isso porque o comportamento do<br />
cliente que acessa o site é inteiramente<br />
monitorado: quais produtos<br />
ele acessa, quantas vezes ele entra,<br />
o que ele costuma comprar, se usa<br />
dinheiro vivo, boleto ou cartão de<br />
crédito, sem contar o controle de estoque<br />
e saída de mercadorias, completamente<br />
automatizados. Assim,<br />
todas as estratégias para crescimento<br />
de venda e de melhoria na gestão<br />
são baseadas em dados exatos — não<br />
em ‘achismos’ — sendo, portanto, coerentes<br />
com a realidade.<br />
O que muitos empresários não<br />
sabem é que essa precisão também<br />
pode ser obtida em lojas físicas, por<br />
meio de softwares de gestão. Com<br />
eles você pode saber qual é o produto<br />
mais procurado da sua loja — ou<br />
o menos —; conhecer a sazonalidade<br />
das vendas, especificando inclusive<br />
os produtos; cruzar dados diversos;<br />
antecipar tendências; observar o número<br />
de vezes que o mesmo cliente<br />
compra na sua loja; controlar eficazmente<br />
o estoque etc.<br />
Você pode encontrar esses softwares<br />
em lojas do segmento, mas o<br />
ideal é que contrate uma empresa<br />
especializada em business intelligence<br />
ou que ofereça soluções em TI.<br />
Assim, esses profissionais irão criar<br />
um software exclusivo para atender<br />
ao perfil de sua loja, focando as análises<br />
para seu segmento, produtos<br />
etc. Pesquise sobre as empresas em<br />
softwares de gestão e comece agora<br />
a fazer sua loja crescer!<br />
Ampliando o<br />
conhecimento de áudio<br />
No mês de dezembro do ano passado, o<br />
engenheiro de áudio e diretor da Quanta<br />
Systems, Adinaldo Neves, ministrou<br />
palestras no País sobre as novidades<br />
do mercado mundial para gravação de<br />
áudio e broadcasting com demonstrações<br />
práticas. As palestras ocorreram<br />
no Rio de Janeiro e em São Paulo.<br />
Expo Estádio!<br />
Maracanã: investimento em áudio<br />
Se você acredita que deu a louca no<br />
editorial de nossa <strong>revista</strong> e, de repente,<br />
a Música & <strong>Mercado</strong> quer explorar<br />
24 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
temas esportivos, se enganou! Aconteceu<br />
em São Paulo, no Expo Center<br />
Norte, uma feira 100% focada em<br />
infraestrutura e equipamentos para<br />
estádios e instalações esportivas.<br />
Você deve estar se perguntando: e<br />
o que temos a ver com isso? Tudo!<br />
Empresas de áudio como a Royal<br />
Music tiveram participação efetiva<br />
no evento e, com a escolha do País<br />
como sede da Copa do Mundo 2014<br />
e das Olimpíadas 2016, este nicho de<br />
mercado tende a crescer e muito nos<br />
próximos anos!<br />
Fim da carteira<br />
obrigatória da OMB<br />
Uma boa notícia para os músicos.<br />
O Tribunal Regional Federal da 3ª<br />
Região proibiu, por unanimidade, a<br />
Ordem dos Músicos do Brasil (OMB)<br />
de fiscalizar os músicos, bem como<br />
exigir a inscrição na entidade. “De<br />
agora em diante os músicos do Estado<br />
de São Paulo não podem mais<br />
ser fiscalizados pela OMB nem ter<br />
a obrigatoriedade da inscrição na<br />
mesma”, disse o deputado<br />
estadual Carlos Giannazi em<br />
seu pronunciamento na Assembleia<br />
Legislativa de São<br />
Paulo. Mas para os músicos<br />
de formação acadêmica a<br />
antiga lei continua. A expectativa<br />
é que a ação passe<br />
a valer em todo o território<br />
nacional. O texto da proibição<br />
está disponível no site<br />
do Tribunal Regional Federal<br />
(www.trf3.jus.br). Para quem<br />
quiser consultar na íntegra, o número<br />
do processo é 2005.61.15.001047-2.<br />
Restuição do IR coloca<br />
dinheiro no mercado<br />
A restituição do Imposto de Renda<br />
está colocando no mercado R$ 1,96<br />
bilhão. Além de aumentar o poder<br />
de compra dos consumidores, tem<br />
Leão: a representação do fisco<br />
impactos positivos na redução da<br />
inadimplência. “A tendência é o<br />
cliente aproveitar a restituição do<br />
IR e o 13 º salário para honrar seus<br />
compromissos financeiros e ter condições<br />
de voltar a consumir”, explica<br />
o presidente da Confederação Nacional<br />
de Dirigentes Lojistas, Roque<br />
Pelizzaro Júnior.<br />
Abbey Road<br />
e Native Instruments<br />
Beatles e Pink Floyd gravaram aqui<br />
O famoso estúdio inglês Abbey<br />
Road, que gravou trabalhos de bandas<br />
importantes no cenário da música<br />
mundial, como Beatles e Pink<br />
Floyd, fechou parceria com a Native<br />
Instruments — empresa bastante<br />
conhecida no mercado de tecnologia<br />
musical — para desenvolver<br />
novos produtos.<br />
Novas baquetas<br />
A Liverpool lançou a Linha SamBrasil<br />
de baquetas e maçanetas, desenvolvida<br />
para atender exclusivamente bateristas<br />
e percussionistas brasileiros. São<br />
sete produtos que compõem a série.<br />
Final do V-Drums<br />
Contest EM&T<br />
A decisão do V-Drums Contest<br />
EM&T foi interrompida no dia 10<br />
de novembro por conta do apagão<br />
que assolou 18 Estados brasileiros<br />
(é aquele mesmo!). O desafio foi reagendado<br />
para o dia 2 de fevereiro,<br />
a partir das 20 horas, na sede<br />
da Roland, em São Paulo. O evento<br />
não será aberto ao público. Com o<br />
consenso dos seis finalistas, os organizadores<br />
decidiram que a final<br />
será realizada integralmente, e não<br />
a partir do momento em que foi interrompida.<br />
Com isso, será<br />
garantida a igualdade de condições<br />
a todos os finalistas e<br />
a manutenção da mesma referência<br />
para os jurados.<br />
Errata<br />
Pedimos desculpas pelas legendas<br />
equivocadas da p. 105,<br />
na matéria sobre a Music China,<br />
publicada na edição 45. Na<br />
imagem 4 está o Sr. Vladimir<br />
Teixeira, da Hendrix World<br />
Music; na foto 6, estão presentes: Heric<br />
De Haas, Maximiliano, Hércules e<br />
Zé Luis, da Meteoro; já na foto 7, os<br />
fotografados são os empresários Roberto<br />
e Giorgio Giannini. Também<br />
na p. 116, a legenda da foto 3 está errada.<br />
Os diretores da Solid Sound, representados<br />
na imagem, são Andrea<br />
Ritzmann e Paulo Peceniski.<br />
26 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
25 anos de ‘Sepultura’<br />
O guitarrista da banda, Andreas Kisser<br />
Uma das bandas mais importantes no<br />
cenário do heavy metal internacional,<br />
e endorsee de quatro marcas distribuídas<br />
pela Izzo <strong>Musica</strong>l (SG Strings,<br />
Dunlop, Vic Firth e Aquarian), a mineira<br />
Sepultura comemorou seus 25<br />
anos em dezembro de 2009.<br />
A chave do negócio!<br />
A empresa Shopper Experience, em<br />
parceria com o Grupo Padrão, realizou<br />
uma pesquisa em que 61% dos<br />
ent<strong>revista</strong>dos elegem o atendimento<br />
como o requisito mais importante<br />
na hora da compra. Em segundo<br />
lugar ficou a qualidade dos produtos,<br />
com 26% das preferências. Nessa<br />
categoria foi ressaltado, por 14%<br />
dos ent<strong>revista</strong>dos, que durabilidade,<br />
garantia, selo do Inmetro e embalagem<br />
fazem toda a diferença.<br />
Já apontamos isso aqui na<br />
M&M, então não é surpresa saber<br />
que o quesito ‘preço’ foi um dos menos<br />
citados como primordial para<br />
decidir a compra. Apenas 14% dos<br />
ent<strong>revista</strong>dos selecionaram esse<br />
atributo como o mais importante<br />
na hora de consumir.<br />
Nas diferentes regiões do País,<br />
quando se fala em qualidade dos<br />
produtos, os campeões em exigência<br />
são os consumidores de Porto Alegre,<br />
com 43%, seguidos por São Paulo,<br />
Anafima incentiva<br />
a formação de<br />
profissionais para<br />
a indústria<br />
No dia 17 de novembro<br />
de 2009 houve uma reunião<br />
entre a Anafima e o<br />
Senai com o objetivo de<br />
tratar um assunto que vem sendo o<br />
calcanhar de Aquiles das indústrias<br />
do nosso setor: a falta de empregados<br />
qualificados. Atualmente, a<br />
principal escola na fabricação de<br />
instrumentos musicais, acessórios<br />
e áudio são a própria indústria e os<br />
luthiers, que formam os seus aprendizes.<br />
Por isso, as duas associações<br />
pretendem criar um curso de qualificação<br />
especializado em luthieria<br />
para instrumentos musicais.<br />
Na ocasião, o diretor do Senai,<br />
Roberto Monteiro Spada, lembrou<br />
que todo instrumento é um equipamento<br />
de precisão e, por essa<br />
razão, o curso técnico de luthieria<br />
do Senai ajudará a alavancar a indústria<br />
brasileira.<br />
A ideia é atender todas as áreas<br />
do setor, seja na fabricação de instrumentos<br />
musicais e de acessórios,<br />
seja na operação de áudio profissional.<br />
O projeto está dando seus<br />
primeiros passos, mas foi consenso<br />
na reunião que, inicialmente, o curso<br />
focará profissionais que já trabalham<br />
no setor, qualificando a mão<br />
de obra já existente; com o tempo,<br />
porém, o curso poderá ser aberto<br />
a outros interessados. O Senai utilizará<br />
a mesma estratégia que desenvolveu<br />
em seus outros cursos,<br />
trazendo especialistas do exterior<br />
para ministrar as aulas para turmas<br />
mais avançadas, por exemplo.<br />
Esta iniciativa se mostra importantíssima<br />
com a introdução da educação<br />
musical nas escolas e para a<br />
melhoria da qualidade dos serviços<br />
Senai aprova curso para o setor.<br />
Na foto, representantes da instituição e da Anafima<br />
dos operadores de áudio, como nas<br />
igrejas e eventos musicais.<br />
O desenvolvimento da percepção<br />
musical do ouvinte e do estudante<br />
de música e áudio inevitavelmente<br />
fará com que o nível de<br />
exigência de instrumentos e equipamentos<br />
se eleve. Além disso, as<br />
empresas poderão ter a oportunidade<br />
de contar com o auxílio de<br />
outros cursos da instituição para<br />
ajudá-los a projetar novos maquinários<br />
e desenvolver produtos com<br />
qualidade para o mercado externo<br />
com um preço competitivo.<br />
Anselmo Rampazzo, presidente<br />
da Anafima, já determinou aos seus<br />
associados que se coloquem à disposição<br />
dos professores do Senai<br />
para a segunda fase do projeto: o<br />
levantamento das necessidades de<br />
cada indústria com relação à formação<br />
de seus colaboradores. “Muitos<br />
empresários pensam que a Anafima<br />
só se dedica a atividades de exportação,<br />
esquecendo-se de que a<br />
associação se propõe a lutar pelos<br />
interesses da indústria de instrumentos<br />
musicais e de áudio como<br />
um todo, quer sejam nacionais ou<br />
internacionais. Nossa indústria tem<br />
uma longa história de contribuição<br />
para a economia e a sociedade brasileira,<br />
não podendo simplesmente<br />
desaparecer como aconteceu nos<br />
países vizinhos”, afirmou.<br />
Outra possibilidade que se apresenta<br />
com esta parceria é a criação<br />
de um selo Inmetro para instrumentos<br />
musicais e áudio.<br />
28 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
com 27%; Belo Horizonte, com 25%;<br />
Recife, 24% e Rio de Janeiro, 22%. No<br />
interior de São Paulo este fator só<br />
conquistou 20% dos ent<strong>revista</strong>dos.<br />
A pesquisa foi realizada junto a<br />
1.350 consumidores nas cidades de<br />
São Paulo e interior, Recife, Porto Alegre,<br />
Rio de Janeiro e Belo Horizonte.<br />
Força de uma<br />
marca e o Twitter<br />
Pesquisa realizada<br />
pelo iDig, Instituto<br />
Digital, demonstra<br />
que<br />
a presença de<br />
uma empresa<br />
no Twitter é capaz de dobrar a quantidade<br />
de mensagens postadas sobre<br />
a marca nessa rede. No trabalho,<br />
realizado pelo consultor em mídias<br />
sociais Cláudio Torres, foram analisadas<br />
91.145 mensagens trocadas<br />
no microblog sobre 50 marcas de<br />
relevância nacional, de oito setores<br />
econômicos, durante o período de 20<br />
de setembro a 24 de outubro de 2009.<br />
Das 50 empresas pesquisadas,<br />
42% têm perfil no Twitter e postam,<br />
em média, cinco mensagens por dia.<br />
São os consumidores, entretanto,<br />
que lideram as conversas. No período<br />
analisado, eles produziram cerca<br />
de 2.600 mensagens diárias sobre<br />
todas as marcas observadas. E, embora<br />
muitas das que não têm Twitter<br />
também sejam citadas, as que atuam<br />
no microblog concentram 74% do volume<br />
total de mensagens trocadas no<br />
período. Segundo Torres, esse trabalho<br />
só reforça a tese de que a presença<br />
na rede social é de extrema importância<br />
para a construção da marca e<br />
de um canal de diálogo com os consumidores.<br />
Na maioria das vezes, diz<br />
ele, os usuários compartilham experiências<br />
de consumo e opiniões sobre<br />
as empresas. Coca-Cola, Tim, Telefônica,<br />
General Motors e Natura estão<br />
entre as mais comentadas!<br />
A pesquisa do iDig está disponível<br />
gratuitamente no site: www.idig-institutodigital.com.br.<br />
Acesse, analise e<br />
divulgue sua marca na rede social.<br />
“O que faz uma empresa<br />
destacar-se na internet não<br />
é o que eu falo, mas o que os<br />
outros falam sobre mim”<br />
— Claudio Torres<br />
Será que a ProShows<br />
leu essa notícia?<br />
Quer receber as novidades em primeira<br />
mão sobre os produtos distribuídos<br />
pela ProShows? Acesse o<br />
Twitter: twitter.com/proshows.<br />
Yamaha com<br />
Bruno e Marrone<br />
A dupla sertaneja Bruno e Marrone<br />
está utilizando o processador DPS5D,<br />
da Yamaha, em sua turnê pelo Brasil.<br />
A decisão de substituir o mixer pelo<br />
processador se deu pela facilidade<br />
de transporte. O operador de áudio<br />
e som da dupla, Newton Matos, se<br />
diz satisfeito com o equipamento.<br />
“Como sempre temos agenda lotada<br />
e apertada de apresentações, o processador<br />
DSP5D foi a melhor solução<br />
encontrada para facilitar o transporte.<br />
Além disso, utilizo roteador sem<br />
fio, pois assim posso me movimentar<br />
no palco apenas com o computador”,<br />
revela o operador.<br />
Boas notícias da Bends<br />
Gaspo Harmônica:<br />
fazendo pose<br />
O final de ano da Bends foi bem agita-<br />
do. O músico gaúcho Gaspo ‘Harmônica’<br />
se juntou ao quadro de endorsees<br />
da marca e visitou suas instalações<br />
em São Paulo no final de ano. Além<br />
disso, o “Aprenda Gaita”, curso virtual<br />
gratuito ministrado por Melk<br />
Rocha pelo site da Bends, chegou à<br />
marca de 5 mil alunos cadastrados,<br />
surpreendendo os próprios idealizadores<br />
do projeto. O curso é formatado<br />
de maneira que o aluno possa aprender<br />
a tocar de forma gradativa, em<br />
aulas individuais, por áudio e arquivos<br />
didáticos em PDF, independentemente<br />
de quando inicie. São lições<br />
semanais, em que o praticante tem<br />
o tempo necessário para exercitar a<br />
teoria que foi ministrada.<br />
O gigante do varejo<br />
Uma das notícias que agitou o setor<br />
varejista no final de 2009 foi a fusão<br />
30 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
entre o Grupo Pão de Açúcar e as<br />
Casas Bahia. A empresa combinada<br />
nasce com pouco mais de mil lojas,<br />
em 337 municípios de 18 Estados brasileiros,<br />
e vendas brutas de 18,5 bilhões<br />
de reais em 2008. Foi a segunda<br />
aquisição de grande escala do Grupo<br />
Pão de Açúcar, que, em junho, comprou<br />
a rede Ponto Frio. Somando-se<br />
os supermercados e hipermercados<br />
do grupo, o Pão de Açúcar passará<br />
a contar com cerca de 1.600 lojas. O<br />
faturamento anualizado do Pão de<br />
Açúcar com o Ponto Frio e as Casas<br />
Bahia foi próximo de 40 bilhões de<br />
reais no ano passado.<br />
Livros de música grátis<br />
A editora Irmãos Vitale firmou um<br />
convênio com o Google e acaba de<br />
disponibilizar parte do seu acervo<br />
no site Google Livros, onde será<br />
possível visualizar várias páginas<br />
de cada livro. Presente no mercado<br />
editorial brasileiro há mais de 80<br />
anos, a empresa publica produtos<br />
voltados para o ensino e a prática<br />
musical, de autoria de compositores,<br />
músicos, artistas e professores brasileiros.<br />
Para conferir o acervo, acesse<br />
http://books.google.com.br e digite<br />
Editora Vitale na busca.<br />
Banda virtual<br />
Chegou a vez de o Green Day ganhar<br />
a sua edição especial do jogo Rock<br />
Band. A banda se junta ao quarteto<br />
de Liverpool como o segundo grupo<br />
a ser honrado com essa distinção.<br />
O lançamento está previsto para<br />
este ano. •<br />
Green Day no Rockband: produto para lojas de instrumentos ou games?<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 31
Enquete<br />
LOJA TIMBRES<br />
Um pouquinho<br />
do passado<br />
e do futuro<br />
Individualmente é assim, em toda mudança de ano,<br />
as pessoas costumam fazer uma retrospectiva do que<br />
aconteceu e, com base nesses dados, renovam as ações<br />
e as esperanças para o ano vindouro<br />
Beto Gonçalves<br />
Loja Timbres, Campinas/SP<br />
www.timbres.com.br<br />
Você também faz essa reflexão<br />
para a administração<br />
de sua loja? Planejar<br />
é fundamental para aperfeiçoar<br />
processos, ter uma administração<br />
mais organizada, uma equipe<br />
mais motivada, otimizar a logística,<br />
criar planos de ações para vender<br />
mais. Tudo isso, enfim, precisa<br />
estar delineado e bem claro para<br />
a sua loja crescer neste ano que<br />
se inicia. Então, acompanhe a retrospectiva<br />
de quatro gestores sobre<br />
2009 e confira o que eles estão<br />
preparando para seus estabelecimentos<br />
em 2010.<br />
Perguntas<br />
1.<br />
Como você<br />
sintetiza o<br />
ano de 2009<br />
para sua loja:<br />
positivo ou<br />
negativo?<br />
Por quê?<br />
2.<br />
Que impacto<br />
você prevê no<br />
faturamento<br />
com a lei de<br />
musicalização<br />
nas escolas?<br />
3.<br />
Você acha<br />
que a isenção<br />
de impostos<br />
para a<br />
importação de<br />
instrumentos<br />
musicais vai<br />
afetar suas<br />
vendas? De<br />
que forma?<br />
4.<br />
Qual será<br />
o foco de<br />
investimento<br />
de sua loja em<br />
2010? Por quê?<br />
O ano foi positivo. Outras lojas de São<br />
Paulo e do Sul chegaram à cidade e a<br />
concorrência aqueceu o mercado de<br />
Campinas. Isso foi muito positivo para<br />
os nossos negócios.<br />
O impacto nas vendas deve ser a médio<br />
e longo prazo. Em um primeiro momento<br />
as pessoas vão entrar em contato com a<br />
música, e só depois deve haver a procura<br />
por instrumentos musicais.<br />
Quanto mais acessível o preço,<br />
melhor para o consumidor, e isso se<br />
reverte em vendas. O impacto será<br />
positivo, com certeza.<br />
Desde 2007 já apostava na<br />
especialização das vendas nas nossas<br />
lojas. De nossas três lojas, uma vende<br />
percussão, outra só instrumentos de<br />
cordas e a outra só teclados. Para o ano<br />
que vem pretendemos abrir uma nova<br />
loja só para venda de áudio profissional.<br />
32 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
BAND MUSICAL MEGADISCONILDO LOJAS WENSE<br />
Marcos Alexandre<br />
Band <strong>Musica</strong>l, Recife/PE<br />
vendas@bandmusical.com.br<br />
Nildo Dias dos Santos<br />
Megadisconildo, Duque de Caxias/RJ<br />
www.megadisconildo.com.br<br />
Ronney Wense<br />
Lojas Wense, Itabuna/BA<br />
www.lojawense.com.br<br />
Positivo. Sempre acreditamos que<br />
em momentos de crise é que uma<br />
empresa equilibrada financeiramente<br />
cresce. Os concorrentes menores<br />
sempre sofrem com a falta de crédito<br />
e de poder de compra.<br />
O ano foi positivo. Os objetivos<br />
foram alcançados com os clientes<br />
e os novos fornecedores,<br />
que proporcionaram margens<br />
mais saudáveis.<br />
Positivo. Nossas vendas até<br />
o final de novembro já eram iguais<br />
a todo o ano passado.<br />
Não trabalhamos com previsões de<br />
curto prazo. Ainda vai demorar muito<br />
para o lojista perceber um aumento<br />
nas vendas.<br />
A lei é ótima para nós, lojistas.<br />
Já estamos preparados, com<br />
consultores de vendas capazes<br />
de atender a este público exigente.<br />
Com certeza haverá um aumento<br />
significativo de vendas.<br />
Isso é um fato que deixa muitas<br />
dúvidas. Principalmente quanto ao<br />
preço final que o importador vai<br />
repassar. Existe ainda muita<br />
gordura nesse setor.<br />
Sim, podemos vender mais esses<br />
produtos com o preço dos importados<br />
mais baixos. Quando os importados<br />
sobem, o produto nacional<br />
fica mais atrativo.<br />
Vai afetar de maneira positiva,<br />
principalmente nos produtos para<br />
iniciantes, que ficarão mais baratos.<br />
Assim, poderemos atender o nosso<br />
mercado regional, já que esses<br />
produtos não têm muito apelo de<br />
vendas pela internet.<br />
Estamos sempre tentando manter a<br />
estabilidade, seja ela financeira ou<br />
do setor de vendas. No momento<br />
buscamos outros mercados, pois o<br />
ramo oferece muitas saídas. Sinto que<br />
ainda temos muito que aprender.<br />
Estamos investindo em treinamento<br />
de pessoal e em uma megaloja na Rua<br />
da Carioca, no Rio de Janeiro, capital.<br />
Já estamos em negociação.<br />
Vamos mudar um pouco o visual,<br />
com uma nova fachada externa,<br />
já que a atual é muito antiga.<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 33
Administração Gerenciamento<br />
NÃO<br />
SABER O<br />
TAMANHO DE<br />
SUA LOJA<br />
DESPREPARO NA<br />
COMPREENSÃO DE<br />
CUSTO X PREÇO<br />
C<br />
IN<br />
TRA<br />
(DES)<br />
PLANEJAMENTO<br />
TRIBUTÁRIO<br />
A<br />
CENTRALIZAÇÃO<br />
34 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR<br />
MÁ GESTÃO<br />
DE PESSOAS<br />
TRA
Administração Gerenciamento<br />
FALTA DE<br />
ONTROLE DE<br />
FORMAÇÕES<br />
E DE<br />
NSPARÊNCIA<br />
ESPÍRITO<br />
VENTUREIRO<br />
NSFORMAR<br />
A LOJA<br />
EM UMA<br />
FINANCEIRA<br />
De uma loja pequena<br />
a uma grande fábrica<br />
ocorrem problemas<br />
relacionados à má gestão<br />
de pessoas, processos e<br />
também do tempo.<br />
Por isso listamos os<br />
equívocos mais comuns<br />
em gestão empresarial: é<br />
fundamental conhecê-los<br />
e buscar as soluções para<br />
melhorar o desempenho<br />
de seu estabelecimento<br />
Por Márcio Iavelberg*<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 35
Administração Gerenciamento<br />
Geralmente, as dificuldades da empresa não são causa,<br />
mas consequência de decisões equivocadas. Não<br />
é raro encontrar empresários que atribuem seus<br />
problemas apenas à falta de crescimento do País, às altas<br />
taxas de tributação, à cotação do dólar, e por aí vai... Essas<br />
situações podem, sim, prejudicar a administração, mas<br />
é seguro dizer que eles têm problemas administrativos, sobretudo,<br />
por deficiência de gestão. Sendo assim, para que<br />
você possa identificar as causas que estão ocasionando um<br />
enorme problema em sua loja, a Música & <strong>Mercado</strong> preparou<br />
uma lista com as oito dificuldades mais comuns em lojas do<br />
setor, especialmente na pequena e média empresa. Assim,<br />
você terá maior tranquilidade para gerir seu negócio, pois<br />
tomará decisões mais precisas e rápidas e conseguirá o que<br />
todo empresário deseja: fazer crescer seu negócio.<br />
É imprescindível ter a noção exata dos<br />
custos dos seus produtos e serviços. Para<br />
saber, exatamente, quais são eles só existem estas possibilidades:<br />
contratar um profissional especializado, tratar do<br />
assunto com uma consultoria ou com um contador.<br />
Os informes de controle gerencial, como o Demonstrativo<br />
de Resultados (receitas e despesas), Evolução Patrimonial<br />
(ativos e passivos) e Fluxo de Caixa, são ferramentas essenciais<br />
à tomada de decisões, inclusive trazendo maior<br />
agilidade e precisão.<br />
DICA<br />
Tenha todos os dados atualizados, fazendo<br />
análises mensal, semestral e anual, utilizando-as<br />
para basear suas estratégias de ação.<br />
Antes de qualquer intenção de aumentar o seu negócio, é<br />
necessário analisar o seu preparo emocional e seus conhecimentos<br />
técnicos como empresário, e, ainda, os custos operacionais<br />
que advirão de um possível crescimento em volume<br />
de negócios ou expansão de espaço. Em muitos casos, o<br />
ambiente interno é reestruturado sem prever os custos, que,<br />
geralmente, são muito altos para serem cumpridos. A maioria<br />
dos empresários coloca o entusiasmo acima da razão e<br />
vislumbra para o seu negócio algo maior do que sua capacidade<br />
administrativa permite. Crescer sem planejamento ou<br />
controle requer muita, mas muita sorte.<br />
DICA<br />
O que vai definir o tamanho ideal da empresa<br />
é o resultado positivo ou negativo<br />
que ela vem demonstrando e, também, a capacidade financeira<br />
para ampliar o negócio. Isso inclui a contratação<br />
de pessoal, a compra de equipamentos e de softwares, o<br />
aumento de estoque etc.<br />
O desconhecimento e o descaso com os custos envolvidos<br />
nas operações trazem sérias conse-quências para a formação<br />
dos preços de venda. Permaneça atento, já que a maioria<br />
das vezes é exatamente aí que o empresário perde dinheiro.<br />
DICA<br />
Quem não gostaria de pagar menos impostos? Isso só é<br />
possível quando entendemos o que fazemos de maneira<br />
detalhada, podendo, assim, optar por uma forma ideal de<br />
tributação para a nossa loja. Você deve tomar a decisão<br />
com a ajuda de um orçamento. E deve, anualmente, revisar<br />
essa escolha.<br />
DICA<br />
Vale lembrar que é necessário o aconselhamento<br />
de um especialista no assunto.<br />
Uma opção viável é terceirizar o serviço, de forma temporária,<br />
ou tratar com as consultorias e contadores.<br />
Não basta que um produto agrade a nós mesmos para que<br />
queiramos oferecê-lo. Ter loja exige conhecimento profundo<br />
do mercado, da relação comercial, dos produtos e, também,<br />
de administração financeira. São esses conhecimentos que<br />
delineiam a fronteira que diferencia os empreendedores dos<br />
empresários. Por essa razão, um verdadeiro empreendedor<br />
deve conhecer, tecnicamente, como funciona o produto, a<br />
que preço deve-se colocá-lo no mercado, quem é o público<br />
consumidor, como será a distribuição etc.<br />
DICA<br />
Uma excelente forma de fazê-lo é realizar<br />
uma pesquisa de mercado sobre a aceitação<br />
do novo produto; ela fornecerá todas as informações<br />
de maneira precisa.<br />
36 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Administração Gerenciamento<br />
Por imaginarem que são os únicos na loja realmente petentes para executar o trabalho administrativo e que não<br />
comnecessitam<br />
de ajuda, muitos empresários são centralizadores.<br />
Não compartilham nem delegam tarefas. Possuem um<br />
ritmo próprio e exigem a mesma sintonia de seus empregados,<br />
gerando sério desgaste no relacionamento interpessoal.<br />
DICA<br />
Muitas empresas modernas adotaram o sistema<br />
de pagamento por produtividade. Existem<br />
atividades que podem ser realizadas a distância; então, por<br />
que ficar estressado com horários e burocracias que nem sempre<br />
colaboram para que as pessoas produzam adequadamente?<br />
Muitos problemas financeiros têm sua origem na gestão dos<br />
recursos humanos da empresa. Sintomas: intrigas frequentes<br />
entre os funcionários, baixa produtividade e desorganização.<br />
Além disso, a falta de objetivos claros vindo da direção.<br />
DICA<br />
As pesquisas e as avaliações de desempenho<br />
sobre o clima da empresa ajudam a<br />
medir a satisfação e o nível de eficiência, respectivamente.<br />
Feedback é importante em todas as situações.<br />
Muitas empresas têm o hábito de serem generosas demais<br />
com seus clientes. Para vender seus produtos, costumam<br />
facilitar a forma de pagamento, esticando muito os prazos.<br />
Em contrapartida, acabam provocando desajustes financeiros.<br />
Como solução, recorrem aos financiamentos bancários,<br />
aumentando ainda mais seus custos.<br />
DICA<br />
A posição mais equilibrada para a empresa<br />
é a adoção, sempre que possível,<br />
de uma política de compra e venda ‘casada’. Isso significa<br />
que deveria adaptar a forma de pagamento em períodos<br />
iguais aos de compra. •<br />
MÁRCIO IAVELBERG<br />
é administrador de empresas, com MBA em Finanças e Risco pela USP e especialização<br />
em Direito Tributário pela FGV. Sócio da Blue Numbers Consultoria Financeira<br />
Acrylic Cajon Supremo Cajon Concerto Spectrum Series Congas & Bongos Traditional Series African Djembes<br />
clearly one-of-a-kind economy priced alternative body style in a choice of 3 new pearlescent finishes featuring 10, 12, 13 and new 14˝ models<br />
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WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 37<br />
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11/30/09 2:20 PM
Internacional Investimento<br />
10 milhões<br />
de dólares<br />
para<br />
crescer<br />
D’Addario investe pesado<br />
na fábrica da Rico para<br />
modernizar os equipamentos<br />
e otimizar a linha de produção<br />
Cinco anos depois da aquisição<br />
da Rico, a D’Addario & Company<br />
começa a colher os frutos<br />
de uma integração cuidadosamente<br />
planejada, p<strong>revista</strong> para dar continuidade<br />
à boa fama conquistada pela marca,<br />
pela qualidade de seus produtos.<br />
O processo demandou cerca de US$<br />
10 milhões em investimentos, injetados<br />
em diversas fases desde a compra:<br />
modernização de equipamentos, treinamento<br />
e qualificação de pessoal, e<br />
otimização da linha de produção na<br />
fábrica. Este quesito, inclusive, foi importantíssimo<br />
para o sucesso de todo<br />
o empreendimento, sendo também singular,<br />
já que foi criado para vigorar em<br />
fábricas de automotivos.<br />
Utilizando o sistema de produção<br />
criado pela Toyota, conhecido como<br />
Lean Manufacturing, a D’Addario eliminou<br />
desperdícios na manufatura<br />
conjuntamente conseguindo melhoria<br />
na qualidade de produto e maior desempenho<br />
da fábrica. “Doze executivos<br />
de nossa equipe já estão treinados e<br />
praticando, exclusivamente, o processo<br />
Lean. A filosofia Lean se baseia em um<br />
processo contínuo de monitoramento e<br />
aperfeiçoamento. Toda a D’Addario &<br />
Company está envolvida nisso”, afirma<br />
o diretor de Desenvolvimento de Produtos<br />
da Rico, Carlos Mejía.<br />
Nesta ent<strong>revista</strong> para a Música &<br />
<strong>Mercado</strong>, além de falar um pouco mais<br />
sobre o processo Lean Management,<br />
Mejía conta, em detalhes, as mudan-<br />
ças ocorridas na Rico desde que a<br />
D’Addario a assumiu, e ainda revela os<br />
desafios da empresa para o futuro. No<br />
Brasil, a marca é distribuída pela <strong>Musica</strong>l<br />
Express e, com certeza, essa otimização<br />
do processo traz melhorias efetivas<br />
também para o mercado nacional,<br />
como mostra a ent<strong>revista</strong> a seguir.<br />
Quais foram as mudanças administrativas<br />
mais importantes implantadas<br />
na fábrica da Rico após a compra<br />
pela D’Addario?<br />
ESSES INVESTIMENTOS PERMITEM<br />
MELHORAR A TECNOLOGIA PARA<br />
APERFEIÇOAMENTO DO PLANTIO DE<br />
CANA E CRIAR PRODUTOS INOVADORES,<br />
COMO OS PORTA-PALHETAS COM<br />
UNIDADE CONTROLADA<br />
38 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Internacional Investimento<br />
Por dentro do<br />
sistema que está<br />
revolucionando a Rico<br />
O Sistema Toyota de Produção, também conhecido como Lean Manufacturing<br />
ou Produção Enxuta, foi criado pouco depois da Segunda Grande<br />
Guerra, após uma visita dos principais executivos da empresa japonesa às<br />
fábricas Ford, nos EUA. Identifi cando falhas no processo, Toyoda Sakichi,<br />
fundador da Toyota, seu filho, Toyoda Kiichiro, e o principal executivo da<br />
empresa na época, o engenheiro Taiichi Ohno aperfeiçoaram o sistema<br />
criado por Henry Ford dando novas, e melhores, bases para a linha de produção.<br />
Utilizaram um conceito baseado em 4Ps, como se seguem:<br />
1.<br />
PHILOSOPHY (FILOSOFIA)<br />
PENSAMENTO A LONGO PRAZO<br />
• Decisões gerenciais baseadas em uma filosofi a de longo<br />
prazo, em vez de objetivos fi nanceiros de curto prazo.<br />
2.<br />
PROCESS (PROCESSOS)<br />
ELIMINAÇÃO DE DESPERDÍCIOS<br />
• Criar processos em que os produtos realmente ‘fl uam’.<br />
• Usar sistemas de produção puxados pelos clientes, para<br />
evitar que sejam produzidos materiais desnecessários.<br />
• Parar o sistema quando houver um problema de qualidade (Jidoka).<br />
• Padronizar as atividades para que haja melhoria contínua.<br />
• Controle visual do processo para que não existam problemas que não<br />
sejam percebidos.<br />
• Usar apenas tecnologias testadas e de confi ança.<br />
3.<br />
PEOPLE AND PARTNERS (PESSOAS E PARCEIROS)<br />
RESPEITO, DESAFIOS E CRESCIMENTO<br />
• Líderes que realmente vivam a filosofi a Lean.<br />
• Respeitar, desenvolver e desafiar seus colaboradores e times.<br />
• Respeitar, desafi ar e ajudar seus fornecedores.<br />
4.<br />
PROBLEM SOLVING (SOLUÇÃO DE PROBLEMAS)<br />
MELHORIA E APRENDIZADO CONTÍNUOS<br />
• Aprendizagem contínua na organização (Kaizen).<br />
• Tomar decisões com cautela, considerando todas as alternativas;<br />
implementar as decisões tomadas rapidamente.<br />
(Fonte: Site Administradores.com.br, no artigo Lean Manufacturing:<br />
Um novo conceito em manufatura, de Adriano Fernandes Luna)<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 39
Internacional Investimento<br />
Fábrica da Rico: o novo<br />
maquinário garante um processo<br />
de fabricação otimizado<br />
Jim D’Addario, CEO da<br />
D’Addario & Company, já<br />
tem credibilidade na indústria<br />
da música. Sua dedicação<br />
pessoal para fazer da<br />
Rico Reeds uma marca superior<br />
em todos os aspectos<br />
levou maior segurança aos<br />
nossos consumidores. Desde<br />
que a D’Addario comprou a<br />
Rico, em abril de 2004, investimos<br />
10 milhões de dólares<br />
para modernizar sua fábrica.<br />
Hoje, esses investimentos<br />
permitem à Rico trabalhar<br />
com equipamentos<br />
de alta precisão, melhorar<br />
consideravelmente a tecnologia<br />
para desenvolvimento<br />
e aperfeiçoamento do plantio de cana e,<br />
ainda, criar produtos inovadores, como<br />
os porta-palhetas com umidade controlada.<br />
Em 2004, construímos mais<br />
de 2.300 m 2 de fábrica para o processamento<br />
de cana na Argentina e criamos<br />
85 novos empregos para a sua produção<br />
de cana. Juntando Argentina e França,<br />
também disponibilizamos 32 hectares<br />
de novas plantações, tudo para ter 100%<br />
de controle de nossa provisão de cana,<br />
assegurando completamente a qualidade<br />
de nossos produtos. Adquirimos<br />
ainda equipamentos alemães, que nos<br />
permitem experimentar novos modelos<br />
para desenvolvimento da cana. Na fábrica<br />
da Rico instalamos um sistema de<br />
última geração em ventilação, para nos<br />
ajudar a retirar a poeira da cana que fica<br />
nas máquinas, otimizando a produção.<br />
Em 2005, a Rico comprou as máquinas<br />
de fabricação de palhetas da Glotin<br />
Reed Company, modernizando-as totalmente.<br />
Elas são usadas para fazer todas<br />
as palhetas extras para sax e clarinetes.<br />
Recentemente compramos também<br />
outras máquinas automáticas, fundamentais<br />
para o processo de produção,<br />
e estamos desenvolvendo um processo<br />
automatizado de corte de cana para<br />
aperfeiçoar ainda mais o rendimento.<br />
Especificamente com relação ao pessoal<br />
e mão de obra, o que mudou?<br />
Nossa equipe está maior. Agora temos<br />
quatro engenheiros para ajudar a liderar<br />
o processo de aperfeiçoamento da<br />
produção. Finalmente, já começamos a<br />
transformar a Rico (e toda a D’Addario<br />
& Company) em uma empresa Lean.<br />
Lean Manufacturing é um processo desenvolvido<br />
pela Toyota para eliminar<br />
os desperdícios na linha de produção,<br />
melhorar a qualidade do produto e também<br />
a performance da fábrica. Doze<br />
executivos de nossa equipe já estão<br />
treinados e praticando, exclusivamente,<br />
o processo Lean. A filosofia Lean é um<br />
processo contínuo de monitoramento<br />
e aperfeiçoamento. Toda a D’Addario &<br />
Company está envolvida nisso.<br />
Quem foi o executivo escolhido para<br />
comandar todas essas mudanças?<br />
Como essas implementações foram<br />
recebidas pela equipe?<br />
O trabalho em equipe é fundamental em<br />
tudo o que fazemos. Todas essas mudan-<br />
ças na Rico foram dirigidas pela equipe<br />
da empresa com um forte acompanhamento<br />
de Jim D’Addario, CEO, e com o<br />
presidente da D’Addario & Company,<br />
Rick Drumm. Também tivemos a sorte<br />
de reforçar o staff com a contratação do<br />
novo vice-presidente de operações, Gary<br />
Smith. Gary supervisiona o controle da<br />
qualidade, o quadro de funcionários, o<br />
desempenho operacional e as operações<br />
da fábrica da Costa Oeste. Também é<br />
responsável pelas áreas de Investigação<br />
& Desenvolvimento, engenharia, produção,<br />
TI e aspectos financeiros, assim<br />
como armazenamento e distribuição.<br />
Jim, Rick, Gary e outras pessoas-chave<br />
trabalham em colaboração com as<br />
operações de engenharia, TI, vendas,<br />
marketing e Investigação & Desenvolvimento<br />
da companhia [D’Addario] para<br />
estarem afinados com as prioridades<br />
dos projetos, estratégias e objetivos.<br />
Realizamos reuniões diárias para falar<br />
sobre avanços em projetos e criar diretrizes<br />
para novas questões. As reuniões<br />
semanais são necessárias para desenvolvimento<br />
de estratégias, é quando os<br />
funcionários mostram suas necessidades<br />
e planejamentos.<br />
40 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Internacional Investimento<br />
A maioria dos processos<br />
é robotizada<br />
Quais são os planos da Rico para aumentar<br />
a participação no mercado?<br />
A Rico tem empregado uma grande<br />
variedade de técnicas de marketing e<br />
vendas para aumentar sua participação.<br />
Além disso, para melhorar a qualidade e<br />
criar produtos inovadores, um de nossos<br />
programas de maior sucesso foi nossa<br />
conquista nos setores artístico e de inovação.<br />
Isso envolve experiências, laboratórios,<br />
patrocínios e desenvolvimento<br />
de mais materiais educacionais focando<br />
mais no design inovador para a fabricação<br />
de nossos produtos, assim como<br />
conselhos práticos. Essencialmente, estamos<br />
oferecendo ao usuário da marca<br />
Rico, tanto profissionais quanto estudantes,<br />
toda a informação necessária<br />
para escolher a palheta certa. Sob uma<br />
perspectiva de vendas, estamos trabalhando<br />
mais intimamente com nossos<br />
distribuidores e lojistas para desenvolver<br />
programas de incentivo adaptados<br />
ao estado da economia mundial. Esses<br />
programas enfocam os benefícios que<br />
a Rico propicia, destacando, ao mesmo<br />
tempo, a qualidade e o valor da marca.<br />
Também estamos trabalhando com<br />
nossos sócios de vendas para fazer cumprir<br />
a mensagem de que nosso investimento<br />
em inovação e qualidade se traduz<br />
em melhor relação custo-benefício<br />
com o mais alto nível de exigência. •
TECNOLOGIA MUSICAL<br />
JOEY GROSS BROWN<br />
é gerente comercial da Quanta Music e diretor da Trading Post — empresa de consultoria de<br />
negócios focada no mercado de áudio e instrumentos musicais. E-mail: joey.grossbr@gmail.com<br />
A HORA DOS<br />
GUITARRISTAS<br />
AS TENDÊNCIAS E APOSTAS DA<br />
TECNOLOGIA MUSICAL E DA GESTÃO<br />
COMERCIAL PARA PRODUTOS DE<br />
ALTA TECNOLOGIA VOLTADOS AOS<br />
FRITADORES DE PLANTÃO<br />
Ao escrever esta matéria deparei-me com<br />
uma questão interessante: como implan-<br />
tar corretamente a venda de produtos de<br />
tecnologia em uma loja?<br />
Ao analisar o mercado atual, notei que alguns es-<br />
tabelecimentos apostam forte no crescimento do setor<br />
de tecnologia musical: produtos voltados à produção e<br />
pós-produção de áudio em computadores. Simples, não?<br />
A desmistificação desse mercado abre horizontes de lucratividade<br />
impensados por muitos e, ainda, expõe algumas reven-<br />
das em um segmento de vanguarda e aperfeiçoamento comercial.<br />
Alguns fabricantes estão apostando fichas gordas em novos pro-<br />
dutos desse segmento. Entre eles: Roland, Yamaha, Avid/Digidesign,<br />
Akai, IK Multimedia, Native Instruments, Novation e os diversos fabricantes<br />
de software, que vêm aumentando consideravelmente a pes-<br />
PRODUTOS DO PASSADO<br />
APOSTAVAM EM UMA LINGUAGEM<br />
VOLTADA MAIS PARA<br />
TECLADISTAS. ESSE INÍCIO<br />
AFASTOU OS GUITARRISTAS<br />
E GEROU A IDEIA DE QUE<br />
TECNOLOGIA MUSICAL<br />
É MUITO COMPLICADA;<br />
HOJE, O MERCADO<br />
JÁ ACORDOU<br />
quisa e o de-<br />
senvolvimento<br />
de novos produtos.<br />
Para dizer a verdade, este<br />
mercado já vem há algum tempo<br />
sendo explorado e gran-<br />
des companhias investem<br />
pesado nele. A Apple adquiriu<br />
a Emagic (empresa alemã de soft-<br />
wares musicais) e disponibiliza uma suíte<br />
completa de produção de áudio e midi atra-<br />
vés do software Logic. A Yamaha adquiriu<br />
42 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Joey Gross Brown Tecnologia <strong>Musica</strong>l<br />
a Steinberg, a Roland criou a<br />
Edirol e adquiriu a Sonic Foundry<br />
(fabricante da Cakewalk).<br />
A própria M-Audio foi comprada<br />
da Midiman pelo grupo<br />
Avid, que também adquiriu a<br />
Digidesign e é dono do famoso<br />
software Pro Tools.<br />
Nenhuma das empresas<br />
acima aposta no vazio, cegamente<br />
e sem estratégia: esta<br />
condição deve ser observada<br />
com muita atenção nos mercados<br />
onde produtos de tecnologia ainda<br />
são considerados como algo muito<br />
avançado e que necessitam de alto<br />
nível de conhecimento e treinamento<br />
para se fazerem lucrativos.<br />
Consumidor complicado,<br />
mas bem lucrativo<br />
Uma tendência clara em tecnologia é<br />
a busca pelo mais misterioso e complicado<br />
consumidor musical que existe:<br />
o guitarrista. Acostumados a um<br />
setup complexo quando se trata de<br />
programação e disparo de efeitos, os<br />
guitarristas têm um raciocínio rápido<br />
e intuitivo. Eles não gostam de perder<br />
tempo com detalhes e focam a música<br />
de maneira singular.<br />
Softwares e produtos do passado<br />
apostavam na compreensão dos guitarristas<br />
e baixistas em telas de alta complexidade<br />
e em uma linguagem voltada<br />
para programadores e tecladistas. Esse<br />
início mal planejado afastou-os de vez e<br />
gerou — e fixou — a ideia de que tecnologia<br />
musical é muito complicada.<br />
Softwares: interface cada vez<br />
mais parecida com o produto real<br />
Os últimos lançamentos, porém,<br />
mostram que o mercado está, de uma<br />
vez por todas, apostando na simplificação<br />
dos produtos, criando telas intuitivas<br />
e interfaces de usuário especificamente<br />
voltadas para guitarristas e baixistas.<br />
Veja o exemplo da IK Multimedia:<br />
criou interfaces intuitivas, voltadas<br />
ao raciocínio subconsciente do guitarrista:<br />
ora por meio de um simples<br />
dispositivo de conexão entre a guitarra<br />
e o amplificador, ora por um pedal<br />
em formato de wah wah (que também<br />
funciona como wah wah no software),<br />
que pode ser designado para controlar<br />
diversos parâmetros do som.<br />
A Digidesign acaba de lançar um<br />
produto completo que apresenta interface<br />
similar aos processadores de efeito da<br />
década passada, porém, com processadores<br />
baseados no famoso software Eleven,<br />
que emula diversos amplificadores.<br />
Como vender<br />
produtos de tecnologia?<br />
Erro comum: “Vou criar um setor<br />
especial e treinar um vendedor<br />
A COLOCAÇÃO ADEQUADA E A<br />
DISPONIBILIZAÇÃO DOS PRODUTOS<br />
PARA TESTE AUMENTARÃO AS VENDAS<br />
RAPIDAMENTE E AINDA CRIARÃO<br />
UM CONCEITO DE MODERNIDADE E<br />
VANGUARDA PARA SUA LOJA<br />
exclusivo para isso!”.<br />
A tecnologia musical exige<br />
rápida adaptação aos novos<br />
tempos. Os produtos de tecnologia<br />
se ramificam entre os<br />
diversos setores das lojas e não<br />
podem ser agrupados em um<br />
único centro.<br />
Lembre-se: geralmente o<br />
seu ‘supervendedor’ treinado<br />
resolve ir embora sem repassar<br />
o conhecimento ou, caso<br />
ele seja um tecladista, dificilmente<br />
vai gostar de equipamentos voltados<br />
para outros instrumentistas.<br />
Os produtos de tecnologia devem ser<br />
colocados no setor do instrumento ao<br />
qual correspondem e não ficar amontoados<br />
em um canto onde somente ‘gênios’<br />
se reúnem. Tenha em mente que o<br />
posicionamento correto do produto faz<br />
diferença brutal na hora da venda — se<br />
sou um guitarrista, dificilmente vou ver<br />
qual é o último lançamento em percussão<br />
e assim por diante.<br />
Outro ponto importante é a disponibilização<br />
dos equipamentos para<br />
teste. Como vender um produto que<br />
necessita de conexão com o PC se ele<br />
não está ligado em um? Impossível!<br />
Aí vem a máxima: “Este produto não<br />
vende, não gira! Tive de queimar!”<br />
Qualquer bom negociante sabe<br />
que para se obter mais lucro é necessário<br />
certo grau de investimento. A<br />
colocação adequada e a disponibilização<br />
dos produtos para teste aumentarão<br />
suas vendas rapidamente e ainda<br />
criarão o conceito de modernidade e<br />
vanguarda que sua loja vem buscando<br />
por caminhos errados. Invista em<br />
treinamento de toda a sua equipe.<br />
Quem tem a ganhar é você! •<br />
Principais fabricantes<br />
Apple – Emagic<br />
Yamaha – Steinberg<br />
Roland – Edirol/Cakewalk<br />
Digidesign – M-Audio<br />
IK Multimedia – Amplitube e outros<br />
44 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Estratégia Vendas<br />
Compradores<br />
implacáveis!<br />
Identifique qual é o tipo de comportamento de seu cliente, aprenda<br />
as estratégias que ele usa na hora da compra e garanta a sua venda<br />
Por Joel de Souza<br />
Os negociadores<br />
precisam entender<br />
os vários comportamentos<br />
associados<br />
aos diferentes tipos de<br />
compradores e suas estratégias.<br />
Embora todos os<br />
compradores tentem maximizar<br />
a diferença entre<br />
o preço que pagam e o valor<br />
que recebem — preço<br />
de venda —, eles abordam<br />
a compra com estratégias<br />
diferentes para conseguir<br />
isso. E, não se engane,<br />
nem todos são compradores<br />
de valor.<br />
Vamos trazer aqui três<br />
exemplos de consumidores<br />
Jovens: margens altas são facilmente comparadas na internet<br />
e apresentar qual o melhor tipo de ciação e abordagem para cada um deles.<br />
nego-<br />
Conheça técnicas fundamentais para<br />
conquistar e reter negócios lucrativos.<br />
vale lembrar que nem sempre essas<br />
especificações implicam um produto<br />
de baixa qualidade).<br />
Há várias estratégias para negociar<br />
Lucros futuros raramente se materia-<br />
lizam com um comprador de preço.<br />
As companhias bem-sucedidas que<br />
atendem compradores de preço adotam<br />
com esse tipo de comprador. A mais uma estratégia de participação seletiva,<br />
difícil é direcionar o foco de atenção avaliando cuidadosamente a rentabilidade<br />
para o valor do produto, elevando a<br />
de curto prazo dessas transações e<br />
disposição do cliente em pagar por ele, aceitando-as apenas em duas ocasiões:<br />
e, claro, provando que o valor justifica quando proporcionam uma margem de<br />
o custo. Frequentemente empresas investem<br />
contribuição incremental e quando não<br />
recursos para atender compra-<br />
prejudicam negócios mais lucrativos<br />
dores de preço esperando que, algum com outros clientes.<br />
dia, seus esforços se mostrem lucrativos.<br />
A regra é básica: caso você não<br />
Conselho: resista a essa tentação. possa participar lucrativamente<br />
do<br />
Compradores de preço<br />
Os compradores de preço iniciam<br />
a compra sabendo precisamente o<br />
que querem e selecionam os fornecedores,<br />
ou lojistas, com base, apenas,<br />
no preço. Muitas vezes começam a<br />
negociação divulgando as especificações<br />
dos instrumentos musicais que<br />
desejam, solicitando as propostas (e<br />
46 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Estratégia Vendas<br />
negócio de um comprador de preço,<br />
não tenha medo, saia dele! Felizmente,<br />
no longo prazo, são mínimas as<br />
consequências de perder um comprador<br />
de preço. Compradores de preço<br />
reagem a preços e sempre é possível<br />
oferecer-lhes um preço baixo quando<br />
for estrategicamente interessante, e<br />
lucrativo, fazê-lo!<br />
Compradores<br />
de relacionamento<br />
Eles são o oposto dos compradores de<br />
preço e têm forte preferência por marcas<br />
com boa reputação e fornecedores<br />
e lojistas com os quais já tenham tido<br />
uma experiência positiva.<br />
Valorizam qualidade e desempenho<br />
do produto e sua lealdade é movida,<br />
principalmente, pelo risco associado a<br />
outros fornecedores, ainda não testados.<br />
Para o comprador leal, a confiança<br />
nos produtos, já conferidos e aprovados,<br />
de fornecedores tradicionais sustenta a<br />
continuidade do relacionamento com<br />
seus fornecedores/lojistas.<br />
Para lidar com esse tipo de comprador<br />
é preciso fortalecer as relações<br />
já existentes, concentrando a atenção<br />
na satisfação passada. Saliente o impacto<br />
negativo de um produto de desempenho<br />
inferior sobre a empresa,<br />
ou dia a dia, do comprador, o custo de<br />
investimentos e a (in) compatibilidade<br />
com os requisitos futuros. Acima<br />
de tudo, deixe claro seu comprometimento<br />
em atender às necessidades<br />
atuais e futuras de comprador — eliminando<br />
qualquer possível intenção<br />
de ele buscar alternativas.<br />
Muito importante: invista tempo<br />
de sua equipe para compreender por<br />
completo as fontes de valor desses<br />
clientes, assim você estará mais bem<br />
posicionado para reagir às necessidades<br />
deles e consolidar sua posição<br />
como um fornecedor de confiança.<br />
Contrastando com as negociações<br />
agressivas dos compradores de preço,<br />
as negociações com os compradores<br />
de relacionamento são mais amáveis<br />
e focadas em soluções que satisfaçam<br />
os objetivos de negócio, tanto do comprador<br />
quanto do vendedor.<br />
Compradores de valor<br />
Estes representam o maior grupo.<br />
Compradores de valor não buscam o<br />
menor preço nem a mais alta qualidade.<br />
Em vez disso, tomam decisões de<br />
compra pesando cuidadosamente os<br />
atributos e analisando as soluções de<br />
compromisso. No final eles compram<br />
o produto que ofereça a maior diferença<br />
entre a satisfação com a aquisição e<br />
a insatisfação com o preço.<br />
Diferentemente dos compradores<br />
de preço, compradores de valor reconhecem<br />
e veem justificativa no custo<br />
proporcionado por opções mais caras.<br />
Eles também são mais propensos a experimentar<br />
novos produtos e serviços<br />
se a proposição de venda conseguir demonstrar,<br />
de maneira convincente, um<br />
valor econômico incremental real. Eles<br />
também são compradores sofisticados,<br />
com capacidade de reconhecer e<br />
apreciar o verdadeiro valor econômico<br />
TIPO DO COMPRADOR<br />
PERFIL<br />
O QUE<br />
COMPRAM<br />
O QUE BUSCAM<br />
COMO AGIR<br />
GRAU DE<br />
FIDELIDADE<br />
À SUA LOJA<br />
DE VALOR Sofi sticado Custo-benefício<br />
O produto que<br />
ofereça a maior<br />
diferença entre<br />
a satisfação com<br />
a aquisição e a<br />
insatisfação com<br />
o preço.<br />
Esse grupo é o mais<br />
propenso a experimentar<br />
coisas novas e está em<br />
constante análise de<br />
propostas. Seu objetivo é<br />
educá-lo para que ele se<br />
torne um cliente fi el de<br />
sua loja.<br />
5 (médio)<br />
DE<br />
RELACIONAMENTO Desconfi ado Seguranças e<br />
confiabilidade<br />
Marcas com<br />
boa reputação.<br />
Procuram lojas<br />
onde já tenham<br />
efetuado uma<br />
compra de forma<br />
positiva.<br />
Fortalecer as relações já<br />
existentes com ele. Se elas<br />
ainda não foram criadas, o<br />
que você está esperando?<br />
10 (máximo)<br />
DE PREÇO Agressivo Preço baixo Preço baixo<br />
Direcionar o foco de<br />
atenção para o valor do<br />
produto e convencer<br />
o cliente ou, mais fácil,<br />
oferecer-lhe um preço<br />
realmente baixo quando<br />
for estrategicamente<br />
interessante fazê-lo.<br />
0 (nenhum)<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 47
Estratégia Vendas<br />
Variável: preço é relativo<br />
ao nível sócio-econômico<br />
que recebem do fornecedor ou lojista.<br />
Esse segmento, portanto, representa<br />
excepcional oportunidade de lucro!<br />
O maior desafio relacionado a esses<br />
clientes é retê-los a longo prazo,<br />
porque, ao contrário dos compradores<br />
de relacionamento, eles estão<br />
constantemente avaliando as alternativas<br />
disponíveis.<br />
Ao negociar com compradores de<br />
valor, o objetivo é capturar o valor da<br />
diferenciação (entre a satisfação com<br />
a compra e a insatisfação com o preço)<br />
para cada venda. E mais: educar<br />
um comprador quanto ao valor dessa<br />
diferenciação vale muito a pena —<br />
mesmo a um custo que não seja compensado<br />
na primeira venda —, se esse<br />
cliente tem probabilidade de ser um<br />
comprador repetitivo.<br />
Após a identificação,<br />
como agir?<br />
Vendedores precisam ser treinados<br />
para entender como os compradores<br />
valorizam os produtos, para usar métodos<br />
de estimativa do valor econômico,<br />
técnicas de venda e habilidades de<br />
negociação baseados em valor para<br />
comunicar tal valor aos clientes.<br />
Por fim, também precisam dominar<br />
as técnicas que reduzem o dano<br />
causado quando de fato ocorrem as<br />
negociações de preço. Sendo assim,<br />
estude cada um dos compradores com<br />
quem está negociando e aplique a me-<br />
lhor. Por mais habilidosos e implacáveis<br />
que sejam alguns clientes, sempre<br />
será possível criar uma estratégia de<br />
atendimento que permita a realização<br />
da venda sem que haja a necessidade<br />
de se incorrer em prejuízo. •<br />
Dica<br />
Negociar sem estratégia é<br />
como ir para uma batalha sem<br />
armadura compatível... Deve-se<br />
sempre procurar as vantagens<br />
das posições naturais, ou seja,<br />
mantenha o foco nos diferenciais<br />
de sua loja e de seus produtos!<br />
JOEL DE SOUZA<br />
é matemático, professor do curso de Pós-graduação em Gestão Empresarial da Fundação Getulio Vargas. Há 11 anos ministra cursos<br />
de Finanças e Estatística Empresarial no Senac e é presidente do Instituto Real de Pesquisas Empresariais. E-mail: joel@institutoreal.com.br<br />
48 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Top of Mind 2009<br />
Estatisticamente, Datafolha / Música & <strong>Mercado</strong><br />
revelam as marcas mais lembradas pelas lojas<br />
Por Ana Carolina Coutinho<br />
Com a finalidade de gerar base de dados e<br />
estudo estratégico, anualmente, a <strong>revista</strong><br />
Música & <strong>Mercado</strong> realiza, juntamente<br />
com algum instituto de pesquisa de renome, um<br />
estudo para coletar as marcas mais lembradas<br />
do ano no setor de instrumentos musicais, de<br />
áudio e iluminação.<br />
Na prática, se um nome está na sua cabeça<br />
e é o primeiro a ser lembrado quando te questionam:<br />
“Qual é a primeira marca que lhe vem<br />
à mente quando se fala em guitarra — ou amplificador,<br />
ou mesa de som?”, significa que você<br />
vai lembrar dela quando precisar, por exemplo,<br />
comprar um produto de forma mais imediata.<br />
“Quando as pessoas não têm muito tempo para<br />
pesquisar suas compras, acaba ocorrendo a opção<br />
pela Top of Mind”, explica o professor Júlio<br />
Moreira, especialista em branding da Escola Superior<br />
de Propaganda e Marketing (ESPM).<br />
Ser Top of Mind não significa ter o produto<br />
mais vendido, apesar de muitas vezes o market<br />
share (participação no mercado) coincidir com o<br />
vencedor da pesquisa. Para se ter uma ideia, até<br />
uma marca que nem existe mais pode ser Top of<br />
Mind, como mostra este caso curioso, relatado<br />
pelo professor da ESPM: “A Kolynos manteve a<br />
posição Top of Mind durante alguns anos após<br />
sua substituição pela Sorriso. Ou seja, ela não<br />
estava nas prateleiras dos supermercados, mas<br />
continuava na mente dos consumidores. Isso<br />
mostra a força de uma marca que não foi esquecida<br />
facilmente”, demonstra.<br />
Outro exemplo foi o caso da marca Tama,<br />
contemplada este ano, e da bateria Mapex. Representada<br />
pela Habro Music no Brasil, a Mapex teve<br />
alto índice de memória, mas não o suficiente para<br />
estar acima da Tama. «Mesmo a Mapex sendo um<br />
sucesso de venda no País, a pesquisa mostra que a<br />
50 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Top of Mind 2009<br />
Tama tem enorme potencial”, explica Daniel Neves,<br />
diretor da Música & <strong>Mercado</strong>. “Isso não significa<br />
que a Tama seja a campeã em vendas, mas,<br />
sem dúvida, representa uma oportunidade para a<br />
distribuidora ampliar seu market share. Já ocorreu,<br />
por exemplo, de uma marca ser bem distribuída<br />
na região Sudeste, mas não ter penetração<br />
que de alguma forma intensifique sua lembrança<br />
na mente do lojista e vice-versa”, enfatiza. “Marca<br />
mais lembrada não é necessariamente igual a<br />
marca mais vendida, mas representa uma imensa<br />
oportunidade de ser”, conclui.<br />
E liderar o ranking como empresa mais lembrada<br />
também não é o mesmo que ter maior penetração<br />
em um grande número de lojas do País. “Top<br />
of Mind mede a força e o conhecimento da marca,<br />
reflexo das estratégias de comunicação, não necessariamente<br />
de distribuição”, esclarece a gerente de<br />
contas do Instituto Datafolha, Marlene Treuk.<br />
Você, lojista, intermediário entre o produto — e<br />
a marca que ele representa — e os consumidores finais,<br />
já parou para pensar na importância que tem?<br />
Pois é exatamente por isso que o Top of Mind agita<br />
o nosso mercado e movimenta todos os setores<br />
das empresas do nosso segmento: quem é Top of<br />
Mind quer manter, quem não é, quer, urgentemente,<br />
ser. “Estudos indicam que a tendência das primeiras<br />
colocadas em Top of Mind é tornarem-se as marcas<br />
com melhor desempenho, em médio prazo, no<br />
crescimento de market share. O contrário também<br />
é válido. Marcas que em seu evolutivo perdem Top of<br />
Mind tendem a perder mercado”, alerta Treuk.<br />
E foi com a intenção de munir o setor com informações<br />
necessárias para as estratégias de 2010 que<br />
no dia 1º de dezembro, em um evento especial (veja<br />
quadro na p. 68), a Música & <strong>Mercado</strong> e o Datafolha<br />
divulgaram mais de 20 marcas Top of Mind na indústria<br />
de instrumentos musicais e de áudio.<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 51
Capa Top of Mind 2009<br />
Metodologia e estatística<br />
para avaliar a mente do lojista<br />
Toda e qualquer pesquisa de mercado, seja<br />
para checar a participação de um produto<br />
no mercado, a possível aceitação de um<br />
lançamento ou para conferir uma tendência<br />
de consumo, entre centenas de outras<br />
finalidades, é realizada com metodologia<br />
científica. O que isso significa?<br />
Para um universo de 3.068 estabelecimentos<br />
varejistas de todo o território nacional<br />
é feita uma conta para demonstrar<br />
que a opinião de 255 lojistas refletem, esta-<br />
tisticamente, a opinião de todos. “É a ideia da coleta<br />
do sangue. Você não precisa tirar todo o sangue do<br />
corpo para um exame de diagnóstico. São coletadas<br />
amostras representativas do que se pretende estudar”,<br />
explica Marlene Treuk, do Datafolha.<br />
Veja um outro exemplo, do órgão oficial de estatística<br />
de Minas Gerais, que realizou uma pesquisa para<br />
verificar o comportamento de consumidores de classe<br />
alta: o objetivo era falar com chefes de família com<br />
renda superior a 50 mil dólares. Num total de 213 mil,<br />
A TENDÊNCIA DAS PRIMEIRAS<br />
COLOCADAS EM TOP OF MIND É<br />
TORNAREM-SE AS MARCAS COM<br />
MELHOR DESEMPENHO (...) O<br />
CONTRÁRIO TAMBÉM É VÁLIDO<br />
— MARLENE TREUK, INSTITUTO DATAFOLHA<br />
apenas 9 mil pessoas foram ent<strong>revista</strong>das, para conseguir<br />
a estatística que representasse a opinião coletiva.<br />
Veja, de mais de 200 mil apenas 5% foram ouvidos.<br />
Parece um número destoante, mas é o que verdadeiramente<br />
reflete a opinião que se pretende coletar.<br />
As fórmulas usadas para obter uma estatística são<br />
padrões em todo o mundo, mas não são simples de fazer.<br />
Por isso a importância de se ter um instituto sólido e<br />
confiável para realizar a pesquisa, como é o Datafolha ou<br />
a Synovate, que realizou a pesquisa nos anos anteriores.<br />
Dinheirologia<br />
Das 255 pesquisas realizadas, entre os dias 20 e 26 de outubro<br />
de 2009, para análise da indústria de instrumentos<br />
musicais, luz e áudio, 184 delas foram com clientes High<br />
(lojas que possuem número maior de produtos com alto<br />
valor agregado) e 71 com clientes Standard (produtos<br />
usuais, essenciais). Entre os ent<strong>revista</strong>dos, oito em cada<br />
dez são homens com média de 39 anos. A maior parte<br />
dos ouvidos, formada por gerentes e proprietários, possui<br />
média de 12 anos de experiência no setor.<br />
52 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Top of Mind 2009<br />
O espaço Vila Bisutti, em São Paulo, sediou o evento.<br />
Mais de 300 pessoas compareceram. “Os Wilsons”<br />
(abaixo) fizeram a trilha sonora<br />
Já o perfil dessas lojas mostra que 25% delas<br />
têm filiais, faturando a média de 130 mil<br />
reais por mês. Já para as que não possuem,<br />
esse número cai para R$ 91 mil. Detalhe importante:<br />
na média, os instrumentos musicais<br />
representam 52% no faturamento total<br />
dos varejistas; o áudio, 31%; a iluminação,<br />
7%; e os outros produtos, 10%.<br />
Esses dados são importantes pois refletem<br />
diretamente os números do setor. “O<br />
empreendedor deve ter total conhecimento<br />
do mercado onde atua, pois só assim, talvez, ele<br />
conseguirá se destacar frente aos seus concorrentes”,<br />
enfatiza o escritor João Homem, do blog sobre<br />
finanças e estratégia Dinheirologia.<br />
Reflita sobre tudo o que leu e ainda vai conferir<br />
aqui: “Essas informações são a minha realidade?<br />
Como posso utilizar esse conhecimento em prol<br />
da minha loja, equipe e vendas? Quer dizer que ter<br />
uma filial aumenta o faturamento? Qual é, então, a<br />
melhor hora para expandir?”, pergunte-se. Também<br />
é para você que existe o Top of Mind. Já parou para<br />
pensar que os fornecedores precisarão estreitar o<br />
relacionamento com a sua loja para serem, ou continuarem<br />
sendo, Top of Mind no próximo ano? Isso<br />
é excelente, pois levará mais promoções, informação<br />
e treinamentos para o seu estabelecimento, conhecimento,<br />
enfim. Existe valor para isso?<br />
Os grandes líderes de 2009<br />
Vamos então aos vencedores, começando pelos<br />
Tops dos Tops: as marcas que obtiveram o melhor<br />
desempenho entre todas as categorias estimuladas.<br />
Santo Ângelo, por cabos, e Yamaha, por teclado<br />
e piano digital, foram as mais lembradas em<br />
todas as ent<strong>revista</strong>s realizadas. Se formos anali-
Capa Top of Mind 2009<br />
Subprefeira<br />
Soninha Francine<br />
Edgar Piccoli<br />
apresentou a<br />
premiação<br />
Prof. Ms.<br />
Alessandro Saade<br />
Dep. Rodolfo<br />
Costa e Silva<br />
sar por região, a Yamaha despontaria como a líder isolada<br />
no Norte e Centro-Oeste do Brasil. Mas, no Sul, a<br />
marca perderia o posto para a Selenium, que empatou<br />
com a Santo Angelo, no topo da lista.<br />
Por categorias, algumas surpresas: ao lado da Ciclotron<br />
e Behringer, a Yamaha, pela primeira vez, ocupou<br />
a liderança na categoria Mesa de Som. A Tagima<br />
estendeu seu domínio e, juntamente com Takamine<br />
e Giannini — que empataram ano passado —, foi a<br />
marca mais lembrada quando se trata de violão. A<br />
Fender inaugurou sua participação na pesquisa de<br />
maneira estrondosa: tirou a hegemonia anterior da<br />
Tagima, empatando com ela em duas categorias, guitarra<br />
e contrabaixo. A RMV também não ficou sozinha:<br />
ao se falar em bateria, a Tama juntou-se a ela e<br />
ambas foram as marcas mais lembradas da categoria.<br />
Foi também o caso da Weril, que junto da Yamaha liderou<br />
em instrumentos de sopro.<br />
Outra surpresa para a 6ª edição Top of Mind foi a<br />
inclusão de quatro novas categorias: Baquetas, em que<br />
Alba, Liverpool e Vic Firth foram as campeãs; Percussão,<br />
com Contemporânea e LP; Potência, destacando<br />
Ciclotron, Machine e Studio R; e Pratos, com Orion e<br />
Sabian (veja quadro completo dos vencedores na p. 66).<br />
Empresários Edgar Piccoli do (acima) setor, apresentou artistas ligados a premiação, à música que ainda<br />
e contou políticos com compareceram as palestras do para especialista analisar em marketing,<br />
os prof. Top Alessandro of Minds do Saade; mercado. a subprefeita Soninha Francine;<br />
e o dep. Rodolfo Costa e Silva<br />
54 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Top of Mind 2009<br />
Pardal Edgar Piccoli Ferrari (acima) (Yamaha), apresentou Geraldo o<br />
(Ciclotron) evento que e teve Sergio como (Equipo/ palestrantes<br />
Behringer): o prof. ms. Alessandro Mesas de Som Saade, em a dep.<br />
destaque Soninha (PP?) pelo e Datafolha o dep. ???? /?????<br />
Rogério Edgar Raso Piccoli (segundo (acima)<br />
apresentou da esq. para o evento dir.) e que sua<br />
equipe teve como de vendas: palestrantes Santo<br />
o Angelo prof. ms. é sinônimo Alessandro da<br />
Saade, categoria, a dep. de Soninha acordo<br />
(PP?) e o dep. com ???? a Pesquisa /?????<br />
Algumas marcas repetiram o sucesso<br />
do ano passado, como a Selenium, para<br />
Alto-falantes; a Shure com Microfones;<br />
Santo Angelo, em Cabos; D’Addario, Cordas;<br />
e Meteoro com os Amplificadores<br />
para guitarra e baixo.<br />
Como elas conseguem ser a preferência<br />
na mente dos consumidores,<br />
entre centenas de outras marcas disponíveis<br />
no mercado? “O diretor-geral da<br />
Interbrand Brasil [uma das principais<br />
consultorias sobre marca do mundo],<br />
Alejandro Pinedo, acredita que os resul-<br />
tados só são atingidos quando se consegue<br />
conquistar a confiança e se tornar<br />
íntimo o suficiente das pessoas para<br />
trazê-las à marca”, revela a publicação<br />
anual da Folha/Datalfolha sobre os Top<br />
of Mind do consumidor brasileiro. Em<br />
2009, Nike, Omo e Coca-Cola foram as<br />
marcas mais lembradas pelo consumidor<br />
brasileiro. O que elas fizeram? “As<br />
três empresas procuram entender o<br />
consumidor e se comunicar bem com<br />
ele”, explicou Pinedo. E, você, como se<br />
comunicou com o seu cliente hoje?<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 57
Capa Top of Mind 2009<br />
Rodrigo Rihl Kniest, Diretor<br />
Superintendente, da<br />
Selenium, vencedor na<br />
categoria alto-falantes nas<br />
lojas standard e high<br />
O que é Top of Mind?<br />
É o termo usado para descrever quando<br />
a mente de clientes de um segmento<br />
visualiza e reconhece uma marca.<br />
Não é sinônimo de produtos mais<br />
vendidos, é a lembrança imediata e<br />
espontânea de uma marca associada a<br />
algum equipamento.<br />
Isto é Top of Mind: A posição que todas<br />
as empresas de sucesso procuram:<br />
ser a primeira marca ou negócio no pensamento<br />
de seu cliente.<br />
Edgar Lucio Grossmann Piccoli (acima) e Marcelo apresentou Juliani, o evento da Pride que Music: teve<br />
como palestrantes Fender o e prof. Zildjian ms. foram Alessandro destaques Saade, nacional a dep.<br />
Soninha (PP?) e o dep. ???? /?????<br />
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Capa Top of Mind 2009<br />
José Priscila Luiz Storino (esq.),(Izzo da Meteoro, <strong>Musica</strong>l/Vic vencedor Firth, João Prim<br />
na (Liverpool) categoria e a amplificadores Equipe da Alba para Drumstick: empate<br />
guitarra técnico pelo / baixo Top lojas of Mind Standard do Datafolha e High<br />
José Luiz (esq.), José da Meteoro, Luiz, da vencedor Meteoro:<br />
na categoria prêmio realça amplificadores o investimento para<br />
guitarra / feito baixo em lojas produtos Standard e imagem e High<br />
Dica<br />
de quem<br />
domina<br />
Anualmente, o jornal Folha de S. Paulo e o Instituto<br />
Datafolha realizam a pesquisa Top of Mind para saber<br />
quais são as marcas que estão na cabeça do brasileiro.<br />
Em 2009, o primeiro lugar foi dividido entre Nike,<br />
Coca-Cola e Omo. Na última página da publicação,<br />
que trouxe dezenas de vencedores classifi cados em<br />
diversos nichos de mercado, Marco Versolato, vicepresidente<br />
de criação da agência Young & Rubicam<br />
(Y&R), publicou um artigo chamado “Terapeuta de<br />
Marcas”. Separamos para você algumas dicas que ele<br />
escreveu sobre fortalecimento de marca:<br />
• Escutar o que a marca tem a dizer.<br />
• Entender o DNA da marca e seus conflitos de personalidade<br />
é abrir a porta para o amadurecimento. Só<br />
quem é maduro pode mudar de rota tranquilamente,<br />
reconhecer um erro e corrigi-lo sem grandes traumas,<br />
comprendendo que isso faz parte da vida, do<br />
processo.<br />
• As marcas precisam tomar partido, ter personalidade.<br />
Só assim elas serão relevantes.<br />
60 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Top of Mind 2009<br />
Simone e Priscila Storino<br />
(dir.), da Izzo <strong>Musica</strong>l,<br />
vencedora com a marca<br />
Vix Firth na categoria<br />
baqueta ( lojas high)<br />
Vencedores em bateria: RMV e Tama (Equipo),<br />
Edgar marcas Piccoli reconhecidas (acima) apresentou e destacadas o evento pelas que lojas teve no como Brasil<br />
palestrantes o prof. ms. Alessandro Mirian Bex Saade, e Laura a Bahia: dep. Soninha Orion Cymbals (PP?) e<br />
consolidada o dep. como ???? /????? marca<br />
O que fazer para ser TOP: aplique em sua loja<br />
• Criar identidade para a marca e agregar valores filosóficos a ela<br />
• Investir, de verdade, no marketing<br />
• Realizar campanhas coerentes com a identidade, assim como<br />
comunicação visual e publicitária consistentes<br />
• Patrocinar e estar presente em eventos<br />
• Criar, e manter, sólido relacionamento com o cliente<br />
• Qualidade somada à inovação em produtos, design e serviços<br />
62 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Top of Mind 2009<br />
Pardal Ferrari (Yamaha) com Roberto e Nelson Weingrill (Weril): destaque em sopros<br />
Edgar Piccoli (acima) apresentou o evento que teve como palestrantes o prof. ms.<br />
Alessandro Saade, a dep. Soninha (PP?) e o dep. ???? /?????<br />
Pesquisa Quali X Quanti<br />
Existem duas metodologias de pesquisa: a quantitativa,<br />
utilizada pela Música & <strong>Mercado</strong> e o Instituto Datafolha<br />
para realizar o Top of Mind 2009 — é o mesmo<br />
método usado em pesquisas eleitorais, por exemplo<br />
—, e a qualitativa, que trabalha com informações impossíveis<br />
de ser mensuradas: valores, atitudes, crenças.<br />
O Instituto Datafolha explica a diferença dos dois<br />
métodos da seguinte maneira:<br />
QUALITATIVA Pesquisa conclusiva, que determina<br />
a ocorrência de opiniões e comportamentos em<br />
termos percentuais. De grande alcance em termos<br />
de população, de baixa profundidade em possibilidade<br />
de exploração dos temas da pesquisa. Amostra<br />
(número de ent<strong>revista</strong>dos que representa o todo)<br />
determinada para representar numericamente o universo<br />
de pesquisa. A ent<strong>revista</strong> pode acontecer de<br />
diversas maneiras — pessoalmente, por telefone, via<br />
correio ou internet. Utiliza questionários estruturados<br />
ou semiestruturados que facilitam a digitação e a<br />
formação dos bancos de dados. Seus resultados são<br />
construídos a partir de processamentos e admitem<br />
diversos tipos de análises estatísticas.<br />
QUANTITATIVA Pesquisa exploratória que responde<br />
quais são as opiniões, motivações e sentimentos<br />
presentes num público determinado, sem permitir<br />
extrapolações; de baixo alcance em termos de população,<br />
de grande profundidade em possibilidade de<br />
exploração dos temas da pesquisa. Não se usa propriamente<br />
uma amostra (número de ent<strong>revista</strong>dos<br />
que representa o todo), mas a cobertura de tipos diferentes<br />
presentes no universo de interesse, que hipoteticamente<br />
podem pensar diferente sobre o assunto.<br />
As técnicas mais usadas são as discussões em grupo<br />
e as ent<strong>revista</strong>s em profundidade, mas há também<br />
imersões, observações dos participantes e outras técnicas,<br />
geralmente com a interação presencial (hoje é<br />
crescente o uso de internet e telefone, embora ainda<br />
seja pouco representativo). As análises são interpretativas<br />
e recorrem a diversos recursos da psicologia,<br />
principalmente de testes e de projeções.<br />
64 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Top of Mind 2009<br />
Edgar Piccoli (acima) apresentou o evento que teve como palestrantes Flávio Giannini, o prof. Alexandre ms. Alessandro Seabra (Sonotec/ Saade, a<br />
Takamine), Ney dep. Nakamura Soninha e (PP?) Marcio e o Zaganin dep. ???? (Tagima): /?????<br />
Almeida e Andrea Tonelli, da<br />
Datafolha mostrou empate técnico em violões<br />
<strong>Musica</strong>l Express: D’Addario é a<br />
marca mais lembrada em cordas<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 65
Capa Top of Mind 2009<br />
Top of Mind 2009 Instrumentos<br />
<strong>Musica</strong>is, de Áudio e Iluminação<br />
Alto-falantes: Selenium<br />
Amplificadores para guitarra e baixo: Meteoro<br />
Baquetas: Alba, Liverpool e Vic Firth<br />
Baterias: RMV e Tama<br />
Cabos: Santo Angelo<br />
Contrabaixo: Fender e Tagima<br />
Cordas: D’Addario<br />
Guitarra: Fender e Tagima<br />
Mesa de Som: Behringer, Ciclotron e Yamaha<br />
Microfones: Shure<br />
Percussão: Contemporânea e LP<br />
Potência: Ciclotron, Machine e Studio R<br />
Pratos: Orion e Sabian<br />
Sopro: Weril e Yamaha<br />
Violão: Giannini, Tagima, Takamine e Taylor<br />
66 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Top of Mind 2009<br />
Ao lado, algumas das telas de apresentação<br />
da pesquisa Datafolha / Música & <strong>Mercado</strong>,<br />
realizada com 255 lojas de todo o Brasil
Capa Top of Mind 2009<br />
A premiação Top of Mind 2009<br />
O resultado da pesquisa foi consagrado com uma<br />
cerimônia realizada em 1º de dezembro último, no<br />
espaço Villa Bisutti, em São Paulo, SP, a partir das<br />
19h30. Comandado por Edgar Piccolli, apresentador<br />
do canal Multishow e ex-MTV, o primeiro a ser chamado<br />
ao palco foi Daniel Neves, diretor da Música &<br />
<strong>Mercado</strong>, que anunciou muitas novidades para 2010,<br />
como a Feira da Música que será realizada em São<br />
Paulo, em setembro do ano que vem.<br />
O empresário também destacou o evento Top of<br />
Mind: “Junto à pesquisa, este prêmio tem a fi nalidade<br />
de mostrar como as suas marcas se posicionam na<br />
cabeça do lojista. São aquelas que saíram do lugarcomum<br />
e tiveram seu posicionamento conquistado no<br />
mercado”, afirmou.<br />
Em seguida ao discurso de Daniel Neves, o especialista<br />
em marketing e professor de cursos em MBA,<br />
Alessandro Saade, palestrou sobre a importância de<br />
compreender o neoconsumidor para conquistá-lo e,<br />
é claro, vender mais. Logo depois, Soninha, ex-VJ da<br />
MTV e subprefeita da regional Lapa/Pinheiros, compartilhou<br />
sua experiência na área musical e mostrou<br />
a necessidade de envolvimento do setor empresarial<br />
com a implantação da música nas escolas. Outro palestrante<br />
foi o deputado Rodolfo Costa e Silva, que<br />
discursou acerca das atividades do Poder Legislativo<br />
para atender às necessidades dos empresários da indústria<br />
de instrumentos musicais para 2010.<br />
Sucesso<br />
Com a presença de mais de 300 convidados, entre<br />
profissionais e empresários do setor, o evento foi considerado<br />
um sucesso, ainda mais por ser o termômetrobase<br />
para orientar o trabalho futuro de todas as empresas<br />
do nosso segmento. “Ao acompanhar a evolução<br />
da pesquisa, notamos quais as marcas estão caindo ou<br />
subindo na memória do lojista. A premiação é a ponta<br />
do iceberg e significa a empresa mais lembrada, mas<br />
existem características regionais que devem ser levadas<br />
em consideração. Uma marca pode ter tido a melhor<br />
lembrança total, mas em determinadas regiões ela pode<br />
estar em queda. É importante estudar todos os dados.<br />
Marcas como Tama aparecem como oportunidade para<br />
a empresa e significa que as lojas possuem grande aceitação<br />
para ela”, explica o idealizador do prêmio no setor,<br />
que há seis anos encomenda e publica o Top of Mind da<br />
indústria de áudio e instrumentos musicais, o diretor da<br />
Editora Música & <strong>Mercado</strong>, Daniel Neves.<br />
68 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Top of Mind 2009<br />
Curiosidade: as marcas<br />
mais valiosas do mundo<br />
Anualmente, a consultoria Interbrand e a <strong>revista</strong><br />
BusinessWeek divulgam um ranking com as cem marcas<br />
mais valiosas do mundo. A grande campeã, que<br />
lidera a lista desde a sua criação, em 2001, é a Coca-<br />
Cola, com valor estipulado de 68 bilhões de dólares.<br />
Surpreendente continua sendo a trajetória do Google,<br />
que saiu da décima para a sétima posição em um<br />
ano, passando a valer US$ 31 bilhões, crescimento de<br />
25% em relação a 2008 (vale lembrar que ele entrou no<br />
ranking apenas em 2005, já na 38ª!).<br />
Nesse ranking, depois do Google, a empresa americana<br />
de vendas on-line Amazon foi a que mais se<br />
valorizou, demonstrando o crescimento do mercado<br />
da internet pelo mundo. Veja quais são as dez maiores<br />
eleitas em 2009. Para conferir a relação completa das<br />
cem marcas mais valiosas, acesse http://tr.im/HZ3B.<br />
Existem outras empresas que também fazem o cálculo de<br />
valor de marcas. No início de 2009, uma dessas empresas<br />
(Brandz) divulgou que o Google era a marca mais valiosa do<br />
mundo, com valor estimado em US$ 86 bilhões (em 2008),<br />
na frente até da famosa Coca-Cola. No relatório de 2009,<br />
esse valor ultrapassa os US$ 100 bilhões<br />
70 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Top of Mind 2009<br />
Top of Mind,<br />
palavra de especialista<br />
“Em termos de branding, Top of Mind significa a primeira<br />
marca que vem à cabeça quando os consumidores<br />
são questionados sobre determinada categoria. Em um<br />
mundo de abundância, com tantas opções, ser Top of<br />
Mind é como ganhar o ‘campeonato’ em termos do ‘conhecimento’<br />
de marca, um dos pontos determinantes<br />
para construir marcas fortes. Se uma marca não é conhecida,<br />
ela não será considerada e, assim, os consumidores<br />
não terão relacionamentos mais profundos com a<br />
marca. As pessoas buscam nas marcas valores seme-<br />
lhantes aos seus e elas precisam mostrá-los.<br />
Em termos de conhecimento, existem<br />
marcas desconhecidas; marcas que são<br />
lembradas com estímulos (de baixo conhecimento),<br />
as lembradas espontaneamente<br />
(que estão na mente dos consumidores e<br />
podem ser uma opção, pois eles já têm alguma<br />
percepção sobre elas) e, finalmente,<br />
a marca Top of Mind, a mais lembrada.<br />
Ser uma marca Top of Mind representa<br />
uma preferência, uma preponderância<br />
no mercado e que pode refletir nas vendas.<br />
Quando as pessoas não têm muito tempo<br />
para pesquisar suas compras, acaba ocorrendo<br />
a opção pela Top of Mind.<br />
O conhecimento pode ser produzido pelo conjunto<br />
de manifestações das marcas (produto, logomarca,<br />
embalagem, comunicação, preço, canais de<br />
venda, promoção nos pontos de venda etc...).<br />
Atualmente, a recomendação por pessoas<br />
infl uentes junto aos consumidores é uma<br />
poderosa ferramenta de geração de<br />
conhecimento. Com o advento da<br />
Internet, o boca a boca, Twitter,<br />
blogs, redes sociais, tudo pode<br />
colaborar ativamente para alavancar<br />
o conhecimento e suas<br />
respectivas percepções.<br />
Normalmente, as marcas Top<br />
of Mind são as que detêm as principais<br />
posições em termos de market<br />
share (participação de mercado).<br />
As empresas acompanham<br />
esses rankings para melhorar sua<br />
posição por meio de estratégias<br />
mais efi cientes que as dos concorrentes,<br />
ou manter as posições<br />
no caso de ser top.<br />
Um caso curioso: a marca Kolynos manteve a posição<br />
Top of Mind durante alguns anos após sua substituição<br />
pela marca Sorriso. Ou seja, ela não estava nas<br />
prateleiras dos supermercados, mas continuava na<br />
mente dos consumidores. Isso mostra a força de uma<br />
marca que não foi esquecida facilmente.<br />
Uma pesquisa nacional pode não refletir a força<br />
regional das marcas, pois às vezes a marca não tem<br />
cobertura em todo o país, mas apenas em um Estado<br />
ou cidade. Assim, deve-se ter cuidado para não tomar<br />
decisões sem uma análise detalhada.<br />
Júlio Moreira, especialista<br />
em branding e professor<br />
de pós-graduação da Escola<br />
Superior de Propaganda<br />
e Marketing (ESPM)<br />
72 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Top of Mind 2009<br />
BestHawk:<br />
software<br />
cruza dados e<br />
propõe uma<br />
nova análise<br />
da pesquisa<br />
Datafolha.<br />
Como as lojas se beneficiam do Top of Mind?<br />
Música & <strong>Mercado</strong> investe na pesquisa com institutos renomados para criar uma<br />
base de dados que permita ao setor elaborar estratégias que beneficiem lojas e<br />
músicos. Os resultados das marcas mais lembradas pelas lojas refletem produtos<br />
que têm venda garantida. Há casos em que há diferença de posicionamento de<br />
marcas entre regiões, por exemplo, em determinada região, a marca ‘X’ pode ter<br />
uma representatividade maior do que a marca ‘Z’. Entretanto, para uma marca<br />
ser bem posicionada, existe um investimento grande em imagem, como é o caso<br />
da Tagima. Que lojista atualmente não gostaria ou não trabalha com a marca que<br />
mais investe em marketing no Brasil? Top of Mind é garantia de venda. Saiba mais<br />
visitando nosso blog.musicaemercado.com.br<br />
Você também<br />
pode conhecer<br />
a Top of Mind 2009<br />
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TOP OF MIND<br />
DATAFOLHA / MÚSICA & MERCADO<br />
2009<br />
« ALBA »<br />
BAQUETA<br />
LOJAS HIGH<br />
MARCA MAIS LEMBRADA
PONTOS DE VENDA<br />
LUIZ SACOMAN<br />
nasceu músico, cresceu vendedor e, aos 40 anos, exerce o cargo de gerente comercial da Royal Music.<br />
Está lá há 15 anos e continua ‘vendedor’...<br />
10 DICAS PARA VENDER<br />
OS PRODUTOS MAIS CAROS DE SUA LOJA<br />
CONSUMIDOR SÓ QUER PREÇO? NÃO, ELE QUER<br />
PRODUTO TAMBÉM, SAIBA MAIS AQUI<br />
Para iniciar nosso bate-papo,<br />
gostaria de dar a minha definição<br />
de ‘Produto Premium’:<br />
diferencia-se à primeira vista por<br />
ser um produto de melhor qualidade<br />
(matéria-prima, construção e tecnologia),<br />
de maior valor agregado e invariavelmente<br />
com personalidade própria<br />
e uma grande história e tradição<br />
por trás de sua marca. São produtos<br />
inovadores, que fizeram história ao<br />
serem utilizados por lendas ou somente<br />
pelo tempo, que perduram na<br />
mente dos consumidores como sinônimo<br />
de qualidade.<br />
Só para ilustrar, uma vez, quando<br />
eu participava de um treinamento nos<br />
Estados Unidos, ouvi uma coisa muito<br />
interessante sobre o conceito criado<br />
em torno de marcas que se transformaram<br />
em sonhos: “O que é a Dis-<br />
neylândia?”, perguntou o palestrante.<br />
Alguém na plateia respondeu o óbvio:<br />
“Um parque de diversões”.“Não!!! A<br />
Disneylândia é o lugar mais feliz do<br />
mundo”, afirmou o palestrante.<br />
Bom, assim como a Harley-Davidson<br />
não vende motos, vende ‘Liberdade e<br />
estilo de vida’, e o McDonald’s não é uma<br />
lanchonete e sim o lugar aonde as crianças<br />
vão se divertir ‘fingindo’ que vão comer,<br />
seguem abaixo dez dicas valiosas<br />
de como vender ‘produtos premium’ (esteja<br />
preparado para se desprender de alguns<br />
preconceitos e temores e note que<br />
todas as dicas são muito interligadas).<br />
1Identifique e fidelize clien-<br />
tes VIP. Eles são poucos, mas<br />
gastam muito, portanto não<br />
perca a oportunidade quando atender<br />
um deles. Faça sua clientela fiel, use<br />
a famosa ‘agendinha de telefones’. De<br />
forma conveniente, entre em contato,<br />
mande e-mails avisando da chegada<br />
de um produto com o perfil do cliente.<br />
Dê um brinde em seu aniversário, convide-o<br />
para um workshop em sua loja.<br />
2Ofereça o melhor produto da<br />
prateleira, depois sugira pro-<br />
dutos mais baratos se o cliente<br />
sinalizar para isso. Ninguém se ofende<br />
por parecer ter mais dinheiro do que<br />
realmente possa ter.<br />
3Entenda a marca e venda o<br />
conceito, não venda somente<br />
o produto em si. Valorize a re-<br />
lação de status e de estilo de vida que<br />
acompanham a marca.<br />
4Informe-se sobre o produto,<br />
solicite treinamentos de seus<br />
fornecedores. Treinamentos sur-<br />
tem efeitos fantásticos na equipe e,<br />
consequentemente, nas suas vendas.<br />
5‘Tome gosto’ e contagie sua<br />
equipe. Garanta vendas de<br />
maior valor agregado e aumente<br />
seus ganhos. Você só tem a ganhar ven-<br />
dendo produtos de melhor qualidade e<br />
de maior valor (melhor comissão e ticket<br />
médio): maior satisfação de seu cliente.<br />
6Não decida por seu bolso,<br />
você não tem o direito de fazer<br />
a escolha no lugar de seu cliente.<br />
Não venda somente aquilo que você<br />
pode comprar. O que é ‘supérfluo’ ou<br />
inacessível para você pode ser uma<br />
prioridade para o consumidor.<br />
7Nunca subestime o poder<br />
de compra de seu cliente.<br />
Muitas vezes o cliente mais<br />
‘à vontade’ pode ter um gosto muito<br />
refinado para produtos de sua loja,<br />
mesmo não usando relógios e roupas<br />
caras. Ofereça o produto premium e<br />
surpreenda-se.<br />
8Não construa ‘falsos mu-<br />
ros’: “Se eu oferecer um pro-<br />
duto caro, posso perder a<br />
venda?”. Este é um bom exemplo de<br />
‘falsos muros’. Não crie obstáculos,<br />
perca o medo do ‘não’.<br />
9Exemplifique,<br />
acesse a Internet<br />
(clientes de produtos pre-<br />
mium em geral sabem muito<br />
sobre o que procuram), mostre fotos<br />
de guitarristas que usam aquela guitarra,<br />
do artista que utiliza aquele microfone,<br />
dos produtores e engenheiros<br />
que utilizam aquela mesa de som.<br />
Tenha catálogos, <strong>revista</strong>s especializadas<br />
e DVDs à mão. Muitos fabricantes<br />
produziram tours às fábricas em for-<br />
mato de DVD ultimamente.<br />
10<br />
pelo pro-<br />
10Apaixone-se<br />
Apaixone-se pelo pro-<br />
duto junto com seu clien-<br />
te. Curta o momento da<br />
venda como se você mesmo estivesse<br />
adquirindo ‘aquela maravilha’. Transforme<br />
este momento em algo mágico<br />
para seu cliente. •<br />
74 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Model 6260 Amp Head<br />
Detonando na loja de instrumentos<br />
musicais mais perto de você.<br />
© 2009 Red Chip Company Ltd. As especificações técnicas e a aparência estão sujeitas a alteração sem aviso prévio. A Red Chip não se responsabiliza por nenhuma perda oriunda de fundamentação, seja ela parcial ou total, em qualquer descrição, fotografia, imagem ou declaração constante da presente. 985-90000-01412<br />
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<strong>Mercado</strong> Educação <strong>Musica</strong>l<br />
Música nas escolas:<br />
Contagem<br />
regressiva<br />
76 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
<strong>Mercado</strong> Educação <strong>Musica</strong>l<br />
Com a aproximação da implantação da lei de música nas escolas,<br />
o mercado já começa a se movimentar para se adaptar à nova<br />
realidade. A criação de demanda por instrumentos musicais<br />
começa a se tornar um ponto importante das estratégias de<br />
marketing das empresas, e o lançamento de instrumentos infantis<br />
por diversas marcas também demonstra as alterações no mercado<br />
musical. Prepare-se para as mudanças que vêm aí. Quem demorar<br />
mais para se movimentar pode ficar para trás!<br />
Por Itamar Dantas<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 77
<strong>Mercado</strong> Educação <strong>Musica</strong>l<br />
A<br />
Lei de Música nas Escolas é a<br />
grande promessa para os empresários<br />
do setor musical brasileiro.<br />
Pesquisas já realizadas indicam<br />
números muito favoráveis para a indústria<br />
e o varejo do setor de instrumentos<br />
musicais. Segundo dados da Francal,<br />
produtora da Expomusic, até 2012,<br />
quando vence o prazo para a implantação<br />
da lei, o faturamento do segmento<br />
deve dobrar, chegando a R$ 1,2 bilhão,<br />
e o número de estudantes de música<br />
também deve aumentar, dos atuais 5<br />
milhões para 34 milhões no País.<br />
É de olho na expansão do mercado<br />
que os fabricantes já começam a lançar<br />
produtos infantis, mas não só, pois ainda<br />
promovem ações de incentivo ao ensino de<br />
música. O ano de 2010 será decisivo para<br />
definir suas estratégias e, para isso, vale a<br />
pena conferir o que já está sendo feito.<br />
A Izzo <strong>Musica</strong>l, por exemplo, já trabalha<br />
com instrumentos infantis há<br />
mais de cinco anos. Nessa linha, possui<br />
diversos produtos: bateria, guitarra,<br />
bandinha para musicalização, violão,<br />
saxofone, instrumentos de percussão<br />
e flauta doce, além de acessórios como<br />
baquetas. A empresa vem reforçando<br />
esse segmento. Segundo a diretora de<br />
marketing Simone Storino, a empre-<br />
A EXPECTATIVA É QUE OS INSTRUMENTOS<br />
MAIS USADOS SEJAM A FLAUTA DOCE<br />
E INSTRUMENTOS DE CORDAS<br />
Ditadura e música nas escolas<br />
A obrigatoriedade do ensino de música nas escolas não é uma novidade no<br />
Brasil. A lei vigorou pela primeira vez no País na década de 1930. O compositor<br />
Heitor Villa-Lobos apresentou um projeto para o governo de São Paulo<br />
que logo foi implementado no Rio de Janeiro, então capital do País. Em consequência,<br />
o projeto virou lei em todo o Brasil, em 1932, por ordem do então<br />
presidente Getúlio Vargas.<br />
A lei permaneceu por 40 anos, até que foi extinta por Jarbas Passarinho,<br />
ministro da Educação e Cultura do governo militar. Não é difícil imaginar a<br />
razão que levou a ditadura militar a extinguir o ensino de música nas escolas.<br />
Com a agitação causada pelos festivais de música popular brasileira, com músicas<br />
de protesto ganhando força entre os jovens de todo o País, o governo<br />
não podia incentivar mais pessoas a aprender ou a entender a música.<br />
Hoje, após 36 anos de anulação da lei e 25 do fim da ditadura, o que se<br />
espera com a volta do ensino de música nas escolas é que os estudantes do<br />
Brasil aprendam a ouvir e fazer música, afastando assim a principal consequência<br />
da extinção da antiga lei: a ignorância.<br />
Escola de música do Olodum:<br />
sa também está trabalhando com um<br />
projeto de workshops e treinamentos<br />
para professores e lojistas: “O objetivo é<br />
mostrar os benefícios do ensino musical<br />
infantil e quanto isso pode auxiliar<br />
no desenvolvimento intelectual e na<br />
personalidade das crianças”, explica.<br />
Com mais tempo nessa estrada, a<br />
Quirino Instrumentos <strong>Musica</strong>is já fabrica<br />
produtos para esse nicho há 20 anos.<br />
Com foco em instrumentos percussivos<br />
e de sopro, a empresa tem itens específicos<br />
para crianças de 2 a 9 anos, e pretende<br />
expandir seu volume de produtos,<br />
mas de acordo com a demanda. “Trabalhamos<br />
com estoque mínimo de material<br />
e fabricamos conforme a demanda.<br />
Essa segmentação é oscilante. Somos realistas<br />
e ‘dançamos conforme a música’.<br />
Estamos preparados para o que o mercado<br />
pedir”, explica a consultora de vendas<br />
da empresa, Célia Siqueira.<br />
Concorrência<br />
com os games<br />
A centenária Giannini trabalha com produtos<br />
voltados para o público infantil há<br />
mais de 60 anos. A empresa possui dois<br />
produtos específicos: o violão ½ para<br />
crianças de até 7 anos, e o violão ¾ para<br />
crianças de 7 a 12 anos. E aguarda informações<br />
mais precisas sobre como será<br />
implantada a lei para definir suas ações.<br />
De acordo com Flávio Giannini, diretor<br />
da empresa, a expectativa é que os instrumentos<br />
mais usados sejam a flauta doce e<br />
instrumentos de cordas, respectivamente.<br />
A empresa aguarda ansiosa a entra-<br />
78 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
<strong>Mercado</strong> Educação <strong>Musica</strong>l<br />
da da lei e antecipa uma nova realidade<br />
para o mercado: “Precisamos continuar<br />
investindo na qualidade dos produtos,<br />
pois com a musicalização nas escolas, os<br />
clientes ficarão mais exigentes”.<br />
Já a Michael começou no segmento<br />
em outubro de 2008, com o lançamento<br />
da marca Michael Club. Dentre suas estratégias<br />
para os novos produtos, a empresa<br />
está desenvolvendo parcerias com<br />
lojistas para divulgação no ponto de<br />
venda com o uso dos personagens que<br />
compõem a imagem do Michael Club,<br />
criando um espaço lúdico que atrai<br />
tanto os pais quanto as crianças. Para<br />
Daniel Soares, gerente de marketing da<br />
Michael, a lei de música nas escolas propicia<br />
uma abertura de mercado enorme<br />
para o setor e deve ser explorada tanto<br />
pelos fabricantes quanto pelos lojistas<br />
para incrementar as vendas.<br />
No lado do varejo, o lançamento<br />
das linhas infantis traz expectativas,<br />
mas ainda não representa uma realidade<br />
de vendas. A Eletrônica <strong>Musica</strong>l, por<br />
exemplo, localizada em Fortaleza, CE,<br />
começou a vender esses produtos há<br />
oito meses. Nesse nicho, os instrumentos<br />
mais vendidos são a bateria e o violão,<br />
mas a representatividade no faturamento<br />
total ainda é muito pequena.<br />
De acordo com João Carlos, diretor<br />
comercial da loja, a concorrência com<br />
brinquedos e aparelhos eletrônicos ainda<br />
pesa na hora da escolha do cliente.<br />
“Os instrumentos infantis são muitas<br />
vezes até mais caros que os instrumentos<br />
tradicionais. Isso se explica pelo fato<br />
de que tais produtos não são de brinquedo<br />
e, na mente da maioria, se uma<br />
guitarra normal custar R$ 300,00, a infantil<br />
será R$ 150,00, por exemplo, e isso<br />
não acontece”, explica João.<br />
O que diz a lei?<br />
A lei que traz de volta a educação musical<br />
para as escolas do Brasil foi aprovada<br />
no dia 11 de agosto de 2009 e definiu<br />
o período de três anos para que seja<br />
efetivamente implementada em todo o<br />
território nacional. Quanto ao conteúdo,<br />
as recomendações do MEC são de<br />
que os alunos aprendam noções básicas<br />
de música, além de cantos cívicos,<br />
ritmos, danças e sons de instrumentos<br />
regionais e folclóricos para abranger a<br />
diversidade cultural do Brasil. As aulas<br />
de música serão ministradas na disciplina<br />
de artes, que também continuará<br />
com as outras atividades artísticas:<br />
dança, teatro e artes plásticas.<br />
Outra característica é não ser necessário<br />
o ensino de música em todos<br />
os anos dos ensinos fundamental e<br />
médio, indefinição que o MEC promete<br />
especificar até 2011. Segundo Helena<br />
de Freitas, coordenadora-geral de Programas<br />
de Apoio à Formação e Capacitação<br />
Docente de Educação Básica<br />
no Ministério da Educação, “o objetivo<br />
não é formar músicos, mas oferecer<br />
uma formação integral para as crianças<br />
e a juventude. O ideal é articular<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 79
<strong>Mercado</strong> Educação <strong>Musica</strong>l<br />
Tire suas dúvidas<br />
com quem domina<br />
o assunto<br />
A Música & <strong>Mercado</strong> conversou com<br />
Felipe Radicetti, autor do projeto que<br />
se transformou na Lei 11.769 de obrigatoriedade<br />
do ensino de música nas escolas,<br />
para esclarecer as principais dúvidas<br />
que vêm dominando o mercado.<br />
Veja como funcionará a lei e aproveite<br />
2010 para trabalhar e expandir definitivamente<br />
seus negócios com a implantação<br />
da nova legislação.<br />
Qual é a diferença da nova proposta<br />
para a Lei de Diretrizes e Bases (LDB)<br />
de 1996?<br />
A LDB é exatamente onde a nova lei<br />
atua. A lei 11.769 atua sobre o artigo 26<br />
da LDB, para que não haja interpretação<br />
da lei. Da forma como estava escrito, era<br />
possível entender que poderia haver o<br />
ensino de alguma outra coisa que não<br />
fosse música. Agora, a música precisa<br />
estar presente na educação.<br />
O ensino de instrumentos musicais<br />
nas escolas se torna obrigatório?<br />
O conteúdo das aulas não está especificado,<br />
porque isso já está detalhado<br />
nas diretrizes curriculares vigentes do<br />
MEC. Essas diretrizes têm uma visão<br />
moderna do ensino e uma abordagem<br />
flexível, permitindo que se respeitem as<br />
diferenças das regionalidades do Brasil.<br />
O professor precisa ter licenciatura<br />
em música? Como você avalia essa<br />
questão na nova lei?<br />
Como não existe nenhum dispositivo<br />
legal que esteja determinando mudança,<br />
vigora o que já estava na LDB. O professor<br />
precisa de um curso de Licenciatura<br />
em Artes. E, com isso, ele precisa estar<br />
preparado para dar aulas de teatro, cinema,<br />
dança, música e tudo. O próprio Ministério<br />
da Educação está considerando<br />
necessários não apenas os professores já<br />
qualificados, mas também músicos que<br />
possam se capacitar para dar aulas. Para<br />
isso, o Ministério da Educação está promovendo,<br />
em parceria com o Ministério<br />
da Cultura, vários fóruns regionais junto<br />
às secretarias de Educação municipais e<br />
estaduais para ampliar a discussão em<br />
relação à contratação de professores.<br />
Essa ação está promovendo uma mobilização<br />
em nível nacional e dando visibilidade<br />
à lei, o que me permite dizer que<br />
é irreversível a implantação da educação<br />
musical no Brasil hoje. Isso vai acontecer!<br />
Na prática, já se sabe como será<br />
essa capacitação de professores e<br />
músicos? O que você acha da educação<br />
a distância?<br />
Ainda não existe um documento fechado,<br />
que deve ser elaborado pelo MEC<br />
em breve. Mas, pessoalmente, acho que<br />
o ensino a distância é um instrumento<br />
excelente para universalizar a educação<br />
musical nas escolas. Principalmente<br />
nos lugares onde não existe uma universidade<br />
próxima. Nas grandes cidades<br />
não há problema, porque as universidades<br />
poderiam promover esses cursos de<br />
curta duração. Mas no interior do País<br />
as secretarias de Educação podem ser<br />
os instrumentos para viabilizar essa<br />
formação continuada a distância.<br />
Como está o andamento da implantação<br />
da lei?<br />
Há várias iniciativas ocorrendo antes<br />
mesmo de os ministérios estarem com<br />
toda a estrutura montada. Por exemplo,<br />
a Secretaria Municipal de Educação<br />
de Curitiba já está trabalhando para<br />
universalizar o ensino de música nas<br />
escolas. E, segundo a administração,<br />
essa universalização será implantada<br />
antes do prazo final dado pelo governo.<br />
É lógico que nas grandes cidades essa<br />
transição, para a universalização da<br />
educação nas escolas, se dará de forma<br />
mais rápida. No interior, a implantação<br />
precisa ser mais trabalhada e isso torna<br />
a ação interministerial muito importante<br />
para a implementação da lei.<br />
Como a iniciativa privada pode ajudar<br />
na implantação da lei?<br />
De forma geral, o País inteiro percebeu<br />
a situação complicada pela qual passa<br />
a educação. Já existem inúmeras iniciativas<br />
do setor privado para melhorar o<br />
ensino público. Os fabricantes do setor<br />
de instrumentos musicais podem ajudar<br />
imensamente na implementação<br />
dando suporte político, ajudando na divulgação<br />
e doando recursos financeiros<br />
para alguma escola ou instituição que<br />
necessite de suporte. Músicos, empresários<br />
do setor e educadores devem se unir<br />
e trabalhar para promover o ensino da<br />
música. O empenho e o engajamento do<br />
Executivo e do Legislativo já são sinais<br />
de que estamos no caminho certo. Uma<br />
orientadora educacional me enviou um<br />
e-mail dizendo que havia um grupo de<br />
pessoas apostando que essa lei não ‘pega’.<br />
E eu respondi que quem está apostando<br />
isso já perdeu, porque é inteiramente irreversível<br />
o processo de implementação<br />
dessa lei. O engajamento do Executivo e<br />
do Legislativo é tão grande que é impossível<br />
a revogação dessa lei. É mais fácil<br />
haver a revogação da República do que<br />
não acontecer a volta da lei de música<br />
nas escolas! E, para 2010, a campanha<br />
pela lei tem de continuar. A lei tem de<br />
ganhar as ruas. Precisa haver um verdadeiro<br />
engajamento da população em<br />
relação à lei de música nas escolas.<br />
80 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
<strong>Mercado</strong> Educação <strong>Musica</strong>l<br />
a música com as outras dimensões da<br />
formação artística e estética”.<br />
As atividades já começaram em<br />
Brasília para que o projeto saia logo<br />
do papel. “Uma ação conjunta entre os<br />
ministérios da Cultura e da Educação<br />
está promovendo fóruns regionais por<br />
todo o Brasil para garantir o comprometimento<br />
das secretarias municipais<br />
e estaduais de Educação com a lei de<br />
música nas escolas”, conta Felipe Radicetti,<br />
autor do projeto que se transformou<br />
em lei. “Essa mobilização pretende<br />
trazer para todas as cidades do<br />
País o comprometimento político com<br />
o projeto e sua implantação”,<br />
enfatiza.<br />
Outro aspecto que já<br />
começa a ser analisado<br />
é o aumento da demanda<br />
de profissionais qualificados<br />
para o ensino<br />
de música. O número<br />
irá aumentar exponencialmente<br />
e as ações do<br />
governo para qualificação<br />
dos professores devem atuar em duas<br />
frentes: capacitando os profissionais que<br />
já dão aula na disciplina de artes para o<br />
ensino da música; e ensino pedagógico<br />
NÃO É NECESSÁRIO O ENSINO DE<br />
MÚSICA EM TODOS OS ANOS DOS<br />
ENSINOS FUNDAMENTAL E MÉDIO,<br />
INDEFINIÇÃO QUE O MEC PROMETE<br />
ESPECIFICAR ATÉ 2011<br />
Se ligue!<br />
A Lei de Música nas escolas:<br />
• NÃO traz para os ensinos fundamental e médio<br />
aulas de instrumentos musicais.<br />
• Ainda não se definiu em que séries dos ensinos<br />
fundamental e médio a disciplina será lecionada.<br />
• A música será ensinada na disciplina de Artes,<br />
mas é o único conteúdo obrigatório.<br />
para músicos qualificados que possam<br />
dar aulas nas escolas. Ou seja,<br />
o governo deverá atuar em diversas<br />
frentes para suprir as necessidades de<br />
melhorias que o ensino musical trará<br />
para a educação no Brasil. •<br />
Para saber mais<br />
www.queroeducacaomusicalnaescola.com<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 81
PDV Venda na Web<br />
As melhores dicas<br />
para você iniciar<br />
a sua loja virtual<br />
Cada vez mais,<br />
as compras on-line<br />
conquistam os consumidores.<br />
É preciso investir também nesse forte canal.<br />
Veja aqui como vender pela rede<br />
Por Christian Bernard<br />
82 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
PDV Vendas na Web<br />
Ainda há muitos mitos em relação<br />
à venda pela internet: segurança,<br />
privacidade e mercado,<br />
por exemplo. Entretanto, a compra pela<br />
rede representa enorme vantagem para<br />
o consumidor, pois possibilita a grande<br />
oportunidade de encontrar os mais<br />
variados tipos de produtos e serviços,<br />
muitas vezes por preços e condições de<br />
pagamento bem mais vantajosos do que<br />
nos canais tradicionais. A comodidade<br />
é ainda um plus para o cliente, que nem<br />
precisa sair do conforto de sua casa para<br />
efetuar a compra. Se você está com medo<br />
da concorrência on-line, está esperando<br />
o que para abrir sua loja virtual?<br />
Registre seu domínio:<br />
o seu nome na internet<br />
Se você ainda não tem um site na internet,<br />
a primeira coisa a fazer é registrar<br />
seu domínio — www.seudominio.com.<br />
br —, que é como sua loja será conhecida,<br />
por exemplo, Americanas.com. O<br />
registro é feito por meio dos provedores<br />
de hospedagem ou diretamente no Registro.br:<br />
http://registro.br, ao custo de<br />
cerca de R$ 30,00 anuais.<br />
Hospedagem:<br />
o seu ‘PDV’ virtual<br />
A hospedagem é o custo de armazenamento<br />
dos seus dados na web, mais ou<br />
menos como o custo do aluguel de um<br />
ponto de venda tradicional. Existem vários<br />
provedores de hospedagem espalhados<br />
pelo Brasil, mas você deve procurar<br />
empresas bem estruturadas, para que<br />
sua loja virtual não venha a ter problemas<br />
e para garantir um suporte técnico<br />
ágil e bem informado, quando necessário.<br />
Além disso, suas informações e as de<br />
seus clientes estarão seguras. Contratar<br />
esse tipo de serviço possibilita outro diferencial<br />
bastante competitivo: a velocidade<br />
das conexões à sua loja. Ninguém<br />
suporta sites lentos, ainda mais lojas<br />
virtuais. A Locaweb (www.locaweb.<br />
com.br) é uma opção bem conhecida e já<br />
tradicional, eleita algumas vezes como a<br />
melhor empresa de hospedagem por <strong>revista</strong>s<br />
especializadas.<br />
‘Abrindo as portas’<br />
da sua loja na web<br />
Já com o domínio e a hospedagem definidos,<br />
chegou a hora de construir<br />
sua loja. Existem várias ferramentas<br />
para isso no mercado. Se você possui<br />
algum desenvolvedor de sistema da<br />
sua loja física, o primeiro passo é consultá-lo<br />
sobre a intenção de vender pela<br />
web. A integração entre os estoques e<br />
as informações pode facilitar muito<br />
o gerenciamento da sua loja virtual.<br />
Caso você não tenha nenhuma parceria<br />
nesse sentido, seguem duas opções<br />
para vender seus produtos na web: Correios<br />
NetShopping (http://tr.im/HBJJ)<br />
e o sistema de comércio eletrônico da<br />
Locaweb (http://tr.im/HBJR). Em ambos<br />
você poderá criar sua loja em algumas<br />
horas e já começar a vender.<br />
Americanas.com: um dos maiores sites de venda do Brasil<br />
também começou com lojas físicas<br />
Segurança: não deixe os<br />
‘espertinhos’ entrarem<br />
A segurança ainda é o maior empecilho<br />
das vendas pela internet, mas<br />
se você fizer a coisa certa, as chances<br />
de ter qualquer problema com os dados<br />
que vão transitar nas suas vendas<br />
on-line serão mínimas. Muito disso<br />
passa pela criptografia dos dados.<br />
Ela garante que as informações trafeguem<br />
protegidas entre o computador<br />
do cliente e o servidor da loja. A maioria<br />
das soluções ‘prontas’ para venda<br />
on-line já contempla alguma forma<br />
de criptografia visando a segurança<br />
das informações, mas se você quiser<br />
utilizar um certificado de segurança<br />
exclusivo, existem empresas especializadas<br />
(veja quadro abaixo com links<br />
úteis sobre segurança de dados).<br />
Sites úteis sobre<br />
segurança na<br />
venda pela web<br />
http://www.verisign.com.br<br />
http://www.certisign.com.br<br />
http://www.thawte.com/<br />
http://www.rapidssl.com<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 83
PDV Venda na Web<br />
Privacidade:<br />
seu compromisso<br />
com o cliente<br />
Crie uma política de privacidade que<br />
possa ser acessada a partir de um link<br />
bem exposto na sua loja. A política de<br />
privacidade garante que toda informação<br />
transmitida pelo cliente esteja<br />
protegida e que não será encaminhada<br />
a terceiros sem prévia autorização. A<br />
política de privacidade deve estabelecer<br />
quais dados do usuário serão utilizados,<br />
os métodos usados para a coleta<br />
dessas informações e o comprometimento<br />
da loja com sua utilização. Deve<br />
ainda respeitar a opção do usuário que<br />
não autorizar a manipulação de seus<br />
dados pela empresa.<br />
Casas Bahia: após a fusão com o Pão de Açúcar, o grupo voltou a ser o maior varejista<br />
do Brasil, com quase R$ 40 bilhões de faturamento (segundo dados de 2008)<br />
Bom atendimento<br />
ao cliente: a chave<br />
para as vendas<br />
Em sua loja física existem os vendedores,<br />
as estratégias para vender e os<br />
produtos em si. Na web é diferente!<br />
Por isso, todas as informações devem<br />
estar bem claras ao usuário, desde a<br />
facilidade de navegação no site, por<br />
meio de suas categorias e destaques,<br />
até dados sobre o produto, passando<br />
pelas fotos, que são imprescindíveis.<br />
Quanto mais informações — fotos,<br />
vídeos, áudios, fichas técnicas — você<br />
disponibilizar na sua loja virtual,<br />
maiores serão as chances de venda.<br />
Disponibilize, também, todas as<br />
formas de contato que possam ser<br />
utilizadas para tirar dúvidas sobre os<br />
produtos: telefone, e-mail, chat... Preocupe-se<br />
em divulgar informações sobre<br />
a pós-venda, como trocas, garantia,<br />
logística, entre outras, aumentando a<br />
confiança do consumidor na loja.<br />
Não espante o cliente: fuja do spam<br />
Falando em opt in, ou o aceite do usuário em receber suas comunicações, é<br />
preciso abordar uma questão muito relevante quando o assunto é internet:<br />
o spam, nome dado à prática, infelizmente muito comum, de se fazer e-mail<br />
marketing junto a destinatários que não autorizaram o recebimento dessas<br />
comunicações. O spam é o mau uso do e-mail marketing. Sem falar nas<br />
considerações éticas que por si só já justifi cariam a não utilização do spam,<br />
existem razões comerciais bem objetivas para que você fi que longe disso.<br />
O retorno é baixíssimo, pois, para cada pessoa que ler seu e-mail, você terá<br />
200 pessoas zangadas com a sua empresa, além do risco de ser barrado nos<br />
principais provedores e de ter seu site tirado do ar. Enfi m, não se iluda com<br />
o baixo preço dos e-mails anunciados indiscriminadamente pela internet.<br />
O custo do e-mail marketing através de spam acabará sendo muitas vezes<br />
maior do que o eventual benefício. Para ter sucesso na internet é necessário<br />
construir uma marca respeitada e não se consegue isso tentando enfi ar uma<br />
mensagem goela abaixo das pessoas.<br />
Pagamentos:<br />
comodidade para todos<br />
os gostos e bolsos<br />
Atualmente, existem diversas formas<br />
de pagamento on-line: cartões de crédito,<br />
boletos bancários, transferência.<br />
Para cada uma, existe um custo fixo, e,<br />
em algumas, um percentual sobre o valor<br />
movimentado. Por isso, estude quais<br />
são as formas de pagamento mais utilizadas<br />
na sua loja física e comece por<br />
elas, lembrando que cartão de crédito<br />
e boleto bancário representam 80% das<br />
compras pelas web. Algumas opções<br />
de ferramentas para comércio eletrônico<br />
fornecem todo o suporte para a implantação<br />
das formas de pagamento,<br />
mas os custos são negociados diretamente<br />
com as operadoras e os bancos.<br />
A dica é começar com uma bandeira de<br />
cartão de crédito (conforme suas vendas<br />
na loja física) e o boleto bancário.<br />
Estude, junto às operadoras de cartões,<br />
as formas de parcelamento que podem<br />
facilitar a vida dos compradores, aumentando<br />
o volume de vendas.<br />
Logística: não basta<br />
vender, precisa entregar<br />
A forma de entrega das vendas pela<br />
internet é muito importante, já que<br />
84 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
PDV Vendas na Web<br />
os usuários ficam ansiosos por pagar<br />
antes de receber a mercadoria.<br />
No começo da sua loja virtual, caso<br />
você não tenha um volume muito<br />
grande de vendas, o melhor caminho<br />
é utilizar a logística dos Correios e da<br />
sua ferramenta específica para vendas<br />
virtuais, o e-Sedex (http://tr.im/<br />
HBZk). Quando sua loja alcançar volumes<br />
maiores, o melhor é negociar<br />
tarifas mais vantajosas com uma<br />
transportadora. De qualquer forma,<br />
existem pontos fundamentais para a<br />
logística de vendas pela internet:<br />
Cálculo automático do frete: mostra<br />
aos clientes o preço do serviço de entrega,<br />
baseando-se no CEP de origem da<br />
loja ao CEP do comprador.<br />
Rastreabilidade dos objetos: permite<br />
que os consumidores acompanhem<br />
quando foram postados e onde se encontram<br />
os produtos comprados.<br />
Logística reversa: permite ao lojista<br />
solicitar coleta dos objetos no endereço<br />
do consumidor ou emitir uma autorização<br />
de postagem reversa para o consumidor<br />
trocar ou devolver os produtos.<br />
Promoção:<br />
seus produtos onde<br />
os clientes estão<br />
Agora sua loja já tem quase tudo o que<br />
precisa para vender muito e se tornar<br />
uma nova fonte de receita. Mas você<br />
ainda precisa promover os seus produtos<br />
e colocá-los onde o cliente possa<br />
achá-los facilmente. Destacamos<br />
algumas formas interessantes de promover<br />
sua loja virtual:<br />
Mecanismos de busca: na internet<br />
existem tantas informações que a<br />
única alternativa dos usuários é o uso<br />
de ferramentas como o Google. Por<br />
isso, cerca de 70% das compras envolvem<br />
algum processo de busca on-line,<br />
transformando os ‘buscadores’ numa<br />
ótima alternativa. Existem dois tipos<br />
de sites desse tipo: os de busca aberta<br />
(Google, Yahoo e Cadê), e os de comparação<br />
de preços (BuscaPé, BondFaro e<br />
Jacotei). Em todos eles, o modelo de<br />
promoção mais adequado é o baseado<br />
em Custo Por Clique — o famoso CPC.<br />
Ou seja, o lojista somente irá pagar se<br />
houver um clique do usuário no link<br />
promocional, redirecionando o cliente<br />
para a sua loja. Nos ‘buscadores’, esse<br />
serviço é chamado de link patrocinado:<br />
você ‘compra’ palavras-chave, que<br />
os clientes usarão para fazer a pesquisa,<br />
relacionando-as aos seus produtos<br />
e serviços. Por exemplo, procurando<br />
por ‘violão acústico’, aparecerão sites<br />
de maior relevância associados a essas<br />
palavras e também os links patrocinados.<br />
Já nos sites de comparações<br />
de preços são mostradas informações<br />
do produto buscado e a lista de lojas<br />
com os preços mais baixos. Nos dois<br />
casos você só pagará pelos cliques realizados.<br />
Os valores partem de R$ 0,10,<br />
chegando ao máximo definido pelo<br />
próprio mercado. Isso porque quem<br />
paga mais tem a maior prioridade no<br />
resultado da busca.<br />
Marketing direto ou e-mail<br />
marketing: é uma ferramenta importantíssima<br />
para o lojista na geração de<br />
tráfego e, principalmente, no relacionamento<br />
com os clientes. Crie e envie<br />
uma newsletter (informativo com notícias<br />
relacionadas à sua loja e produtos,<br />
vale explorar lançamentos e promoções).<br />
Essa ferramenta pode alavancar<br />
o sucesso de um negócio na internet. •<br />
Para saber mais<br />
Vá à seção 5 Perguntas, na p. 114,<br />
e veja outras dicas essenciais<br />
oferecidas pelo analista de<br />
inovação Eduardo Cereto para criar<br />
e fazer perdurar a sua loja virtual!
MARKETING E NEGÓCIOS<br />
ALESSANDRO SAADE<br />
é baterista, pós-graduado em Marketing pela ESPM e mestre em Comunicação e <strong>Mercado</strong>s. Além de lecionar Planejamento<br />
Estratégico na Universidade Anhembi Morumbi, é autor do livro Dominando Estratégias e Negócios. Site: www.saade.com.br<br />
VEM COISA<br />
BOA POR AÍ!<br />
ANTECIPAR TENDÊNCIAS É POSSÍVEL PELA OBSERVAÇÃO E PELO PLENO CONHECIMENTO<br />
DO MERCADO. CONFIRA NOSSAS DICAS E ESTEJA PREPARADO PARA 2010<br />
No final da década de 1980, o pesquisador<br />
John Naisbitt concluía um<br />
estudo, publicado em 1990, das dez<br />
principais tendências que dominariam<br />
o mundo na virada para o século<br />
XXI. Intitulado Megatrends 2000,<br />
seu livro foi uma verdadeira transformação<br />
no mundo dos negócios,<br />
pois ele acertou praticamente<br />
tudo, apesar de às vezes não entender<br />
claramente os sinais... Por<br />
exemplo: previu a proliferação do<br />
fax mundialmente, mas foi atropelado<br />
pelo e-mail. Na verdade, não<br />
importa. O relevante é entender para<br />
onde o futuro está apontando. E é um<br />
pouco disso que pretendo trazer em<br />
nossa primeira conversa.<br />
Superdicas: Rádio Heineken<br />
O GRANDE DESAFIO<br />
ESTÁ EM ENTENDER<br />
E SE COMUNICAR<br />
COM O MERCADO<br />
Já percebeu que ultimamente o<br />
poder passou para as mãos do consumidor?<br />
Mais exigente, bem informado,<br />
crítico e sempre disposto a comprar<br />
— dependendo apenas de nosso<br />
preparo ou disposição para vender —,<br />
é ele quem domina o mercado.<br />
Isso é reflexo de algumas das megatendências<br />
citadas por Naisbitt. Há<br />
Uma grande iniciativa são as rádios corporativas, programas de relacionamento<br />
com tribos, classes e segmentos de consumidores. Talvez um dos<br />
exemplos mais bem-sucedidos de relacionamento com os jovens seja a<br />
Rádio Heineken. Quinzenalmente, eles divulgam um programa temático, no<br />
formato podcast, que atinge em cheio os jovens consumidores de cerveja.<br />
Vale ouvir e se inspirar! Acesse: www.heineken.com.br.<br />
quase 20 anos, ele identificou três grandes<br />
vetores do mercado atual: a globalização,<br />
a valorização do indivíduo e a<br />
sustentação da cultura de cada região.<br />
Significa dizer que o indivíduo busca<br />
mais o equilíbrio pessoal e a satisfação<br />
dos seus desejos. Também<br />
aceita a influência externa, sem<br />
abrir mão dos seus valores e da sua<br />
cultura. Assim, podemos comer tacos<br />
mexicanos num dia e uma bela<br />
feijoada no dia seguinte. Ou podemos<br />
ouvir música folk americana<br />
no carro e uma ópera italiana em casa.<br />
E a tecnologia encurta as distâncias,<br />
aproxima culturas e reduz o custo de<br />
acesso aos produtos e serviços.<br />
E no lado da música...<br />
Podemos trabalhar com duas linhas<br />
distintas, ambas altamente rentáveis:<br />
negócio e hobby. Cresce no mundo o<br />
número de pessoas, principalmente<br />
jovens, com interesse e disponibilidade<br />
financeira e de tempo para<br />
aprender um instrumento. Da mesma<br />
maneira, com a acessibilidade<br />
aos instrumentos e equipamentos,<br />
fica cada vez mais fácil montar uma<br />
banda ou estúdio ou mesmo uma produtora<br />
para ganhar dinheiro com a<br />
música e o entretenimento.<br />
O grande desafio está em entender<br />
e se comunicar com esse mercado. Na<br />
ponta da indústria, a demanda está<br />
sendo criada pelos produtos voltados<br />
a grupos específicos, como equipamentos<br />
para tocar em estádios, igrejas<br />
ou capelas. E, assim como a indús-<br />
86 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Alessandro Saade Marketing e Negócios<br />
tria, o varejo precisa fazer a sua parte.<br />
A loja também pode trabalhar por<br />
segmentos: seja por público, produtos,<br />
de acordo com o local etc. Pode ainda<br />
ser especializada em determinada tribo,<br />
conversando intimamente com ela,<br />
entendendo as tendências e se antecipando<br />
aos lançamentos de produtos e<br />
equipamentos. Uma loja também pode<br />
contemplar os universos doméstico e<br />
profissional, desde que tenha profissionais<br />
treinados para os dois idiomas: o<br />
tecnicez e o curiosez. Atente: o consumidor<br />
doméstico não quer aula técnica<br />
e sim alguém que entenda sua demanda<br />
e lhe indique o equipamento mais<br />
adequado ao seu objetivo.<br />
A ajuda da internet<br />
O curioso é que chegamos a uma época<br />
em que os opostos realmente se<br />
atraem. Se por um lado a internet traz<br />
toda a concorrência para o seu bairro,<br />
por outro o contato pessoal com o seu<br />
vendedor e com o instrumento forne-<br />
Música, ídolos e poder<br />
— Do vinil ao download<br />
De testemunha do Dia D, passando por desertor<br />
de guerra e confeiteiro em Paris, o<br />
executivo André Midani, que fez carreira nas<br />
multinacionais Odeon, Phonogram e WEA, foi<br />
o pioneiro na análise mercadológica levando<br />
em conta o perfil psicológico do consumidor<br />
e do grupo a que pertence. No livro ele conta<br />
de forma agradável seus mais de 30 anos de<br />
atividade, passando pelo nascimento da bossa<br />
nova, da Tropicália e do rock nacional, e as<br />
fantásticas estratégias das gravadoras para colocar seus ídolos em evidência.<br />
Título: Música, ídolos e poder – Do vinil ao download<br />
Autor: André Midani • Editora: Nova Fronteira<br />
cem a experiência de consumo que a<br />
internet jamais poderá proporcionar.<br />
Assim, é bem provável que o consumidor<br />
recompre um jogo de cordas e<br />
palhetas pela internet, mas raramente<br />
vai adquirir um violão sem tocá-lo,<br />
pelo menos, uma ou duas vezes na<br />
sua loja; e é nessa hora que sua equipe<br />
deve estar preparada para vender!<br />
A internet pode até parecer um<br />
vilão, mas o melhor é que ela pode<br />
ficar do seu lado, basta agir da maneira<br />
certa. Se você conhecer bem o seu<br />
cliente e entender muito dos produtos<br />
e serviços que sua empresa oferece, a<br />
venda está garantida. Feliz 2010! •
Especial Falsificação<br />
Para identificar<br />
cordas falsas já pelas<br />
caixas, a qualidade de<br />
impressão pode<br />
ser uma pista.<br />
Já as cordas em si são<br />
muito diferentes<br />
das originais.<br />
As falhas no acabamento<br />
são bem visíveis<br />
Microfones Shure<br />
também são alvos<br />
de falsificações<br />
88 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Falsificação<br />
Um pirata<br />
nunca pode<br />
ser oficial!<br />
Produtos falsificados provenientes<br />
da China invadiram o mercado e<br />
preocupam os grandes fabricantes<br />
Por Miguel De Laet, colaboração de Henry Ho<br />
Continuamos com o especial<br />
iniciado na edição passada<br />
[Verdadeiro ou Falso – MM 45],<br />
sobre como identificar produtos falsificados.<br />
Afinal, quem nunca se deparou<br />
com um produto pirata na vida?<br />
Seja um software, um DVD, CD, uma<br />
bolsa ou camisa de grife, enfim, mesmo<br />
com um combate cada vez mais<br />
intenso, o mercado está repleto deles<br />
e este número vem crescendo a cada<br />
ano, inclusive na indústria de instrumentos<br />
musicais. A principal razão<br />
desse número exorbitante é a procura<br />
por parte dos consumidores.<br />
Se para muitos lojistas este parece<br />
ser um bom negócio, vai um alerta:<br />
marcas são elementos essenciais para<br />
agregar valor às coisas e podem agir a<br />
favor ou contra uma empresa. Portanto,<br />
podem depreciá-la para sempre. Assim,<br />
o comércio de produtos falsificados<br />
compromete a credibilidade da sua loja<br />
e também a da marca. Para evitar complicações<br />
legais, adquira produtos com<br />
procedência e confira as dicas da Música<br />
& <strong>Mercado</strong> para não cair nesta cilada.<br />
Afinal, que pirata pode virar oficial?<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 89
Capa Falsificação<br />
Shure modelo SM58<br />
falsificado:<br />
regrinha básica,<br />
se tem cabo,<br />
não tem switch<br />
e vice-versa<br />
Microfones Shure SM58<br />
Um dos microfones mais vendidos do<br />
mundo também está sendo pirateado<br />
e este é, sem dúvida, um dos produtos<br />
mais difíceis de diferenciar do original<br />
quando batemos os olhos. Como todos<br />
os outros equipamentos falsificados, o<br />
principal meio de comercialização ile-<br />
gal é a internet, em sites de venda e<br />
leilões on-line.<br />
Apesar de, aparentemente,<br />
as cópias serem muito similares<br />
aos originais, existem pequenos<br />
detalhes que podem<br />
ajudar na hora da compra:<br />
Dica 1: A Shure, como muitas<br />
fabricantes, tem uma<br />
política de preço mínimo. Se<br />
o valor estiver muito abaixo<br />
do praticado, desconfie do produto.<br />
Dica 2: Confira o conector XLR.<br />
Nos microfones Shure autênticos<br />
você verá, nos pinos XLR, indicados<br />
os números 1, 2 e 3. Muitos<br />
dos falsificados não possuem<br />
essas indicações, às vezes carregam<br />
a logomarca da marca e,<br />
mais frequentemente, nenhuma<br />
indicação.<br />
Dica 3: Desaperte a grade esférica<br />
do microfone SM58. Examine<br />
a parte inferior da grade, no anel<br />
de metal que gira em torno dela:<br />
você verá uma aba. Uma aba plana<br />
significa que se trata de um microfone<br />
falso; o SM58 terá uma borda<br />
arredondada.<br />
Dica 4: Veja a cápsula no topo do<br />
microfone. Você encontrará um<br />
‘Caution’ gravado na cabeça da sula do falsificado.<br />
cáp-<br />
Dica 5: O peso dos falsificados é nor que o do modelo<br />
meoriginal.<br />
Shure modelo SM58 verdadeiro<br />
Dica 6: Os principais modelos SM58<br />
que a Shure fabrica com fio são:<br />
SM58LC, SM58S e SM58CN. O LC do<br />
primeiro significa Less Cable, ou seja, o<br />
modelo não vem com cabo. E o S<br />
do segundo vem do inglês Switch,<br />
que quer dizer ‘chave’, pois<br />
o modelo possui chave liga/<br />
desliga. Caso você encontre<br />
qualquer um desses modelos<br />
com cabo, provavelmente<br />
será um produto falsificado.<br />
O único que possui<br />
chave liga/desliga é o<br />
SM58S, e o único que vem<br />
acompanhado de cabo é<br />
o SM58CN. Importante<br />
destacar: circula no mercado<br />
paralelo um modelo<br />
SM58Sk, que não é fabricado<br />
pela Shure e nunca foi,<br />
ou seja, é falsificado. Portanto,<br />
fuja!<br />
Dica 7: Os produtos da<br />
Shure são fabricados no<br />
México. Mas, geralmente,<br />
os falsificados possuem a<br />
informação Assembled by<br />
Shure in Mexico — mesmo<br />
que fabricados na China<br />
— e, muitas vezes, estes dizeres<br />
estão gravados em sua<br />
base. Fique atento!<br />
90 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Capa Falsificação<br />
Cordas D’Addario<br />
Via de regra, independente da marca,<br />
podemos diferenciar cordas de alto<br />
padrão e baixo custo da seguinte forma:<br />
se você percorrer com o indicador<br />
e o polegar toda a extensão da corda,<br />
perceberá que a de alto padrão possui<br />
um toque suave, flexível e consistente.<br />
Cordas de qualidade inferior têm, em<br />
compensação, o toque áspero e pegajoso.<br />
Também poderão apresentar maior<br />
rigidez em termos de flexibilidade e ainda<br />
falta de uniformidade e equilíbrio.<br />
Para prevenir-se contra falsificações,<br />
a D’Addario desenvolveu uma<br />
forma de auxiliar os seus consumidores:<br />
em seu site (www.daddario.com/<br />
playreal), a empresa disponibilizou<br />
uma ferramenta de confirmação de<br />
códigos de produtos autênticos. No<br />
entanto, só são identificados os códigos<br />
das novas embalagens. Também é<br />
possível identificar um encordoamento<br />
autêntico com as seguintes dicas:<br />
Dica 1: O controle da D’Addario na<br />
confecção é muito rigoroso quanto aos<br />
produtos utilizados. Caso o revestimento<br />
da corda esteja com uma coloração<br />
escura, suja ou inconsistente, a<br />
possibilidade é grande de se tratar de<br />
um produto falsificado.<br />
Dica 2: As cordas D’Addario possuem<br />
1 metro de comprimento. Muitas das<br />
falsificações são mais curtas para economizar<br />
material e custo no processo<br />
de fabricação.<br />
Dica 3: As bolinhas das cordas são devidamente<br />
torneadas e não devem ter<br />
rebarbas ou bordas pontiagudas. Elas<br />
terão formato cilíndrico e com cantos<br />
bem angulados, tanto no lado interno<br />
(o buraco) quanto no externo.<br />
Dica 4: As cordas fabricadas pela<br />
D’Addario possuem, no final do laço<br />
da bolinha, um término paralelo com<br />
aparência uniforme, regular e lisa.<br />
Este laço (a parte torcida) das cordas<br />
D’Addario é menor se comparado ao de<br />
encordoamentos falsificados.<br />
Dica 5: As cordas de violão de aço utilizam<br />
em seus sets um filamento de shape<br />
hexagonal composto de ligas de aço<br />
de alto carbono, revestido com bronze<br />
Fale certo!<br />
Réplica é uma reprodução perfeita, concebida com a intenção de<br />
recriar com exatidão uma cópia que agrega conceitos e fatores históricos.<br />
Esse tipo de cópia não visa dividendos comerciais, apenas<br />
recria a peça baseada num conceito.<br />
Cópia, produzida em larga escala e sem autorização do fabricante<br />
original, confi gura-se quando empresas tradicionais produzem<br />
exemplares similares ou ‘inspirados’ no original. Não tem intenção<br />
de se ‘fazer passar’ pelo original e utiliza uma grife própria em termos<br />
de logomarca.<br />
Falsificação é uma reprodução de baixo custo que exala a contundente<br />
intenção de ludibriar o consumidor. Utiliza a logomarca original<br />
de maneira indevida e sugere de maneira técnica e visual que a peça é<br />
genuína. É produzida sem autorização dos fabricantes originais.<br />
80-20. A coloração do filamento que se<br />
projeta no final de uma corda de bronze<br />
D’Addario terá uma cor amarelada.<br />
Caso o filamento tenha outra coloração,<br />
não é um encordoamento autêntico.<br />
Dica 6: Toda embalagem interna<br />
D’Addario, aquela que evita a corrosão das<br />
cordas, possui um código impresso em sua<br />
face. Encordoamentos antigos o possuem<br />
no canto direito superior; os novos, na posição<br />
central. Os falsificados geralmente<br />
não têm esse código ou a qualidade de impressão<br />
é bem ruim, sendo ilegível.<br />
Dica 7: Inspecione cuidadosamente as<br />
embalagens dos encordoamentos. Geralmente<br />
o papel e a impressão falsificados<br />
são de baixa qualidade. Além disso, a<br />
logomarca D’Addario está sem a espiral<br />
oval que a original possui. Outro detalhe<br />
interessante é que o encordoamento original<br />
de guitarra sempre traz no canto direito<br />
superior a informação de tonalidade<br />
e também sobre o tipo de revestimento. •<br />
Fique por dentro<br />
Segundo a estimativa da IACC (The International<br />
Anticounterfeiting Coalition), o<br />
contrabando causa 600 bilhões de dólares<br />
de prejuízo. Esse problema cresceu mais de<br />
10 mil por cento nas últimas duas décadas.<br />
Anote aí<br />
E na edição que vem a gente continua, vai<br />
ser a vez da Fender, que possui o infeliz título<br />
de guitarra mais falsificada do mundo!<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 91
Lojista Retrospectiva 2009<br />
Depois da<br />
tempestade...<br />
Após um 2009 marcado por incertezas no mercado, 2010 promete ser um ano<br />
muito bom para a América Latina, em especial para o mercado brasileiro!<br />
Alexandre Facchini e Jorge Luiz Macioni, da Casa Manon, ed. 40<br />
Da esq. para a dir.: Ewerton Santiago, Junior Sá, Emanuelly Freire,<br />
Junior Eugênio e Thássio Thaddeus, da Nova Music, ed. 41<br />
O<br />
que podemos esperar deste<br />
2010? Com o tema ‘música nas<br />
escolas’ na cabeça de muita<br />
gente e com as escolas antecipando<br />
a estruturação do ensino musical, o<br />
ano promete ser bem melhor que 2009,<br />
mesmo porque ele começou repleto de<br />
apreensões... Com o passar dos meses,<br />
porém, muitos lojistas conseguiram<br />
superar as previsões pessimistas sobre<br />
a economia. Assim, de certa forma, o<br />
mercado conseguiu se manter saudável<br />
e dinâmico em meio à crise mundial.<br />
Nas seis edições da Música & <strong>Mercado</strong><br />
ao longo de 2009, conversamos com<br />
diversos empresários e profissionais de<br />
grandes lojas do País (veja quadro ao<br />
lado) para a nossa seção Lojista e vamos<br />
mostrar para você um compêndio<br />
dessas ent<strong>revista</strong>s, enfocando as melhores<br />
partes das reportagens e ainda<br />
as estratégias que eles utilizaram para<br />
vencer as adversidades de 2009!<br />
Onde abrir uma loja?<br />
Muitos ent<strong>revista</strong>dos, a exemplo das<br />
lojas Prisma Pro Audio, Palácio da Música<br />
e Nova Music, decidiram abrir seu<br />
negócio em sua cidade natal. “A escolha<br />
foi um processo natural, pois já conhecia<br />
bem o comportamento de seus<br />
habitantes e os hábitos dos consumidores”,<br />
enfatiza o proprietário da Nova<br />
Music, de Caruaru/PE, Júnior Sá.<br />
Apesar de não sair da cidade, a tradicional<br />
Casa Manon, de São Paulo/SP,<br />
92 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Lojista Retrospectiva 2009<br />
precisou trocar de endereço, uma decisão<br />
difícil para quem estava há décadas<br />
no local inicial. “Fizemos essa transferência<br />
porque ficou inviável manter a<br />
loja no centro de São Paulo. Os roubos e<br />
a insegurança se tornaram tão grandes<br />
que muitos fornecedores se recusaram<br />
a entregar as mercadorias naquele endereço”,<br />
explica Alexandre Facchini,<br />
neto do fundador e atual proprietário.<br />
Os clientes<br />
O perfil de consumidor é comum a todos<br />
os lojistas ouvidos pela M&M: um<br />
público bem variado. Músicos amadores<br />
e profissionais, escolas, igrejas e empresas<br />
de sonorização são os seus compradores.<br />
A Nova Music (Caruaru, PE), por<br />
exemplo, identificou que a demanda de<br />
equipamentos para o público amador é<br />
maior. “Isso se deve ao fato de termos<br />
a preocupação de incentivar o aprendizado<br />
musical”, informa o proprietário<br />
Júnior Sá. “Criamos grande parte da<br />
clientela quando firmamos parceria<br />
com a escola de música Cia Groove, que<br />
funciona anexa à nossa loja”, completa.<br />
Na outra ponta do País, no Rio<br />
Grande do Sul, a Palácio da Música<br />
segue a mesma estratégia: “Nossa loja<br />
aposta na educação musical. Fazemos<br />
workshops e acolhemos com muita<br />
seriedade os professores comprometidos<br />
com o ensino da música”, comenta<br />
Ariane Brusius, coproprietária. Já a<br />
Prisma Pro Audio destacou o fato de<br />
sua clientela de internet ser composta<br />
de profissionais de pro-audio, que buscam<br />
produtos menos fáceis de se encontrar<br />
no mercado.<br />
Da esq. para a dir.: Ariane, Alice D. M., Albano Ildefonso<br />
e Ariete Brusius, da Loja Palácio <strong>Musica</strong>l, ed. 42<br />
Estratégias<br />
A maior parte das lojas aposta no atendimento<br />
como principal diferencial. O<br />
respeito e a credibilidade no mercado<br />
também foram lembrados. Facchini,<br />
da Casa Manon, destaca a importância<br />
de um nome como garantia de credibilidade.<br />
“As pessoas sabem que, ao<br />
comprar um piano conosco, por exemplo,<br />
elas podem ficar seguras de que<br />
estarão recebendo exatamente aquilo<br />
que compraram. Caso haja problemas,<br />
estaremos no mesmo lugar de sempre e<br />
elas sabem que não serão lesadas.”<br />
O diretor da Prisma Pro Audio, Germano<br />
Kannenberg, segue a mesma linha.<br />
“A internet globalizou o comércio, o<br />
cliente procura o melhor preço lá e quer o<br />
suporte e as condições da nossa loja. Fala<br />
em preço de <strong>Mercado</strong>Livre.com e Paraguai,<br />
mas não se lembra de pós-venda,<br />
garantia, suporte e assistência técnica.”<br />
Lojas ent<strong>revista</strong>das em 2009<br />
Edição 40 Casa Manon – www.casamanon.com.br – São Paulo, SP<br />
Edição 41 Nova Music – www.novamusic.com.br – Caruaru, PE<br />
Edição 42 Palácio da Música – www.palaciodamusica.com.br – Novo Hamburgo, RS<br />
Edição 43 Dream Instrumentos <strong>Musica</strong>is – www.dreammusical.com.br<br />
Pará de Minas e Sete Lagoas, MG<br />
Edição 44 Prisma Pro Audio – www.prismaproaudio.com.br – Santa Cruz do Sul, RS<br />
Edição 45 Eletro <strong>Musica</strong>l – www.eletromusical.com.br – Divinópolis, MG<br />
Já a Dream Instrumentos <strong>Musica</strong>is<br />
utiliza como diferencial a oferta de<br />
produtos de primeira linha longe das<br />
capitais e grandes centros comerciais.<br />
“O fato de nosso cliente ser um artista<br />
faz dele uma pessoa mais sensível, que<br />
exige atendimento personalizado, mix<br />
de produtos variados, qualidade e segurança”,<br />
informa o proprietário, Antônio<br />
Carlos de Miranda. Além disso, a loja<br />
possui uma equipe de consultoria em<br />
vendas que visita periodicamente as cidades<br />
da região com o intuito de estreitar<br />
o relacionamento com seus clientes.<br />
Como fazer para crescer<br />
As empresas enaltecem a constante<br />
atualização de seu pessoal, os investimentos<br />
em treinamento e a ampliação<br />
da grade de produtos. Rogério Aquino,<br />
da Eletro <strong>Musica</strong>l (Divinópolis, MG),<br />
enfatiza: “Buscamos fazer treinamento<br />
contínuo dos funcionários, ter um ponto<br />
de venda atraente e produtos com<br />
alto índice de giro”. Ariane, da Palácio<br />
da Música, lembra a importância de<br />
aprofundar a capacidade técnica e humana<br />
da empresa. “Esses dois elementos<br />
produzem um binômio fundamental<br />
para que sejamos considerados uma<br />
loja especializada em instrumentos<br />
musicais”, confirma. Por outro lado, a<br />
Nova Music desenvolve atividades que<br />
WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 93
Lojista Retrospectiva 2009<br />
visam estreitar o relacionamento com o<br />
seu público-alvo e com os fornecedores.<br />
Questões sobre a crise<br />
Todos os ent<strong>revista</strong>dos sentiram, de<br />
certa forma, os efeitos econômicos do<br />
ano passado, em especial aqueles que<br />
trabalham com produtos importados.<br />
Sejam instrumentos musicais top de<br />
linha ou equipamentos de áudio, os<br />
preços sofreram reajustes. Ariane, da<br />
Palácio da Música, contou que eles precisaram<br />
alterar os preços com bastante<br />
frequência, por conta da flutuação do<br />
câmbio. No mais, o movimento da loja<br />
permaneceu estável. Junior Sá, da Nova<br />
Music, reforça: “O que de fato tivemos<br />
de enfrentar foi a instabilidade do dólar<br />
e o consequente cenário de crise que se<br />
instalou no mercado. Embora não estejamos<br />
sentindo tão intensamente seus<br />
efeitos, o certo é que sem ela o desenvolvimento<br />
seria otimizado”, revelou<br />
em março de 2009, época da ent<strong>revista</strong>.<br />
Com esse cenário, Facchini, da<br />
Casa Manon, chegou a lembrar que<br />
poderia ser a vez de as empresas nacionais<br />
despontarem no mercado, mas<br />
reforçou que elas também acabam<br />
importando todo o material e, praticamente,<br />
não fabricam mais aqui.<br />
“Para voltar a fazer isso, é necessário<br />
treinamento e mão de obra especializada,<br />
o que demanda tempo. Acaba<br />
acontecendo que as marcas nacionais<br />
estão com preço nivelado aos produtos<br />
importados”, esclareceu Facchini.<br />
Germano Kannenberg,<br />
da Prisma Pro Audio, ed. 44<br />
<strong>Mercado</strong> em 2010<br />
Todos os lojistas se mostraram otimistas<br />
sobre o futuro. Segundo notícia da agência<br />
espanhola EFE, analistas informam<br />
que a América Latina terá forte crescimento<br />
econômico em 2010, por volta de<br />
4%, bem superior ao dos países desenvolvidos,<br />
com perspectiva de 2,5%. Isso porque<br />
os países desenvolvidos enfrentarão<br />
um ajuste econômico mais forte e um<br />
abrandamento no crescimento, como<br />
explica Kathryn G. Rooney, do grupo<br />
Bulltick Capital Markets. Para o Brasil,<br />
a estimativa de crescimento supera a da<br />
América Latina, sendo ainda mais otimista,<br />
com 5%. Que venha 2010! •<br />
Da esq. para a dir.: Estevão S. Miranda, Marcio<br />
R. Ribeiro, Geiziane de Paiva, Jonatas Ribeiro,<br />
Rodrigo Donate e Rogério Gonçalves Dias,<br />
da Deam Instrumentos <strong>Musica</strong>is, ed. 43<br />
Da esq. para a dir., Daniel,<br />
João, Carlos, Rodrigo, Roberto e Rogério,<br />
da Eletro Peças Divinópolis, ed. 45<br />
Média de participação<br />
de todas as lojas<br />
ouvidas em 2009*<br />
Cordas – 30%<br />
Áudio profissional – 21%<br />
Acessórios – 15%<br />
Teclas – 15%<br />
Bateria / Percussão – 10%<br />
Sopro – 6%<br />
Tecnologia – 3%<br />
*A Casa Manon não foi perguntada a respeito<br />
Participe da Música & <strong>Mercado</strong><br />
Você quer divulgar a sua experiência<br />
na <strong>revista</strong> mais lida do Brasil em nosso<br />
segmento? Basta enviar um e-mail para<br />
texto@musicaemercado.com.br com um<br />
pequeno relato sobre a sua loja, incluindo:<br />
breve história, cidade em que está<br />
situada, telefone e um nome de contato.<br />
Compartilhe o seu sucesso!<br />
94 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Vida de Lojista Os ent<strong>revista</strong>dos de 2009<br />
Pequenas<br />
empresas,<br />
grandes<br />
desafios<br />
Nossa seção Vida de Lojista traz<br />
as histórias de empreendedores e<br />
suas atitudes em meio ao desafio<br />
de montar um novo negócio.<br />
Nesta edição você vai conferir<br />
alguns exemplos contados aqui<br />
durante 2009, para se preparar<br />
para o ano que começa com<br />
expectativas bem melhores<br />
Por Itamar Dantas<br />
O início de um novo empreendimento é sempre<br />
difícil para quem se aventura. Os mais diversos<br />
problemas acontecem: a falta de relacionamento<br />
com distribuidores e fornecedores, a concorrência com<br />
lojas mais antigas ou mesmo a falta de dinheiro para<br />
investimentos são adversidades comuns aos lojistas iniciantes.<br />
O sucesso depende da superação.<br />
A loja Garage Music, de Brotas, SP, por exemplo, foi fundada<br />
pelos sócios Kleber Villa e José Augusto, que já trabalhavam<br />
no ramo musical — o primeiro era operador de som<br />
do cantor Daniel, além de ter tocado em algumas bandas de<br />
sua cidade; e o segundo já trabalhava no comércio, estudou<br />
violão clássico e também tocava em bandas. Ambos enxergaram<br />
uma excelente oportunidade de negócio no trabalho<br />
com lojas de instrumentos, uma vez que não havia nenhuma<br />
em sua cidade. “A maioria dos músicos se deslocava para<br />
Luiz Guilherme, da Jog Music, ed. 41<br />
José Carlos Spina Finotti,<br />
da Intermezzo, ed. 40<br />
Miguel Ângelo Guimarães Almeida<br />
e Maria Lúcia Nunes Almeida, da ML <strong>Musica</strong>l, ed. 42<br />
96 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Vida de Lojista Os ent<strong>revista</strong>dos de 2009<br />
outros locais da região para comprar instrumentos<br />
e acessórios. Outro fator que<br />
nos levou a abrir a loja foi a carência, no<br />
mercado local, de manutenção e regulagem<br />
de instrumentos e pequenos consertos”,<br />
contam os proprietários.<br />
Mas, mesmo com o empreendimento<br />
inédito na cidade, a loja teve dificuldades<br />
para decolar. “A maior foi ganhar<br />
a confiança do público, acostumado a<br />
lojas tradicionais em outras cidades,<br />
com maior variedade de instrumentos”,<br />
explicam. Como tinham pouco capital<br />
para investir, Kleber e José incrementaram<br />
a variedade de seus produtos pouco<br />
a pouco, até atingirem as principais<br />
necessidades dos clientes.<br />
Quem começa sabe: manter um mix<br />
de produtos que agrade aos consumidores<br />
não é fácil, como conta Júlio Correa,<br />
dono da <strong>Musica</strong>l Vilhena, de Rondônia.<br />
Ele revelou à M&M que recorreu a alguns<br />
amigos representantes de vendas<br />
no setor, como ele também havia sido,<br />
para que o ajudassem a escolher os produtos<br />
para dar prioridade na inauguração<br />
do negócio. Júlio precisava pagar os<br />
fornecedores à vista e isso dificultava<br />
a compra de grande variedade de produtos.<br />
Com o tempo, porém, a relação<br />
com eles foi melhorando até conseguir<br />
prazos e financiamentos que possibilitaram<br />
a compra de maior variedade.<br />
Passadas as primeiras dificuldades, é<br />
necessário escolher funcionários que saibam<br />
realmente atender bem os clientes,<br />
criando relacionamento e esclarecendo<br />
dúvidas sobre os produtos. “Um negócio<br />
que não tem um bom relacionamento<br />
com o cliente não vai muito adiante,<br />
mesmo com dinheiro em caixa e muita<br />
organização. É, talvez, a parte mais importante<br />
do negócio”, analisa o gerente<br />
de vendas Giovanni Pinto, da loja <strong>Musica</strong>l<br />
Presentes, localizada em Governador Valadares,<br />
interior de Minas Gerais.<br />
Concorrência<br />
Assim como a competição gera alguns<br />
desconfortos para certos lojistas, a falta<br />
dela também é um problema para<br />
outros. A loja paulistana Intermezzo,<br />
por exemplo, está localizada fora dos<br />
principais eixos da indústria de instrumentos<br />
musicais e de áudio da cidade<br />
de São Paulo, a Rua Teodoro Sampaio e<br />
a região da Santa Ifigênia. O que poderia<br />
ser uma tranquilidade gera muito<br />
trabalho ao empresário, que precisa<br />
fazer o consumidor se acostumar ao<br />
ponto de sua loja. “Tivemos de formar<br />
o ponto, trazer a clientela e fixar as<br />
Algumas palavras-chave estão distribuídas<br />
por essa matéria e são recorrentes em<br />
ent<strong>revista</strong>s com vários dos lojistas ouvidos<br />
para esta seção: qualidade, atendimento,<br />
serviços adicionais, mix de produtos;<br />
inovação. Com essas palavras em mente,<br />
somadas aos exemplos citados na matéria,<br />
planeje 2010 com ações ousadas e criativas<br />
para preparar o terreno para a Lei de Música<br />
nas Escolas que vem chegando aí<br />
(veja matéria na p. 76).
Vida de Lojista Os ent<strong>revista</strong>dos de 2009<br />
marcas. É um trabalho árduo e um investimento de<br />
longo prazo. Justamente por não estarmos em um<br />
eixo musical, procuramos driblar a concorrência com<br />
ótimo atendimento, além de preço, é claro”, afirma<br />
José Carlos Finotti, proprietário da loja.<br />
Para a loja Jog Music, localizada em Rio Claro, SP,<br />
competição também é assunto para responder com<br />
qualidade. “Acreditamos que a atenção ao cliente,<br />
um excelente e variado mix de produtos e uma boa<br />
condição de financiamento possibilitam uma relação<br />
duradoura com um bom número de clientes e o respectivo<br />
retorno, que sustenta o negócio”, afirma Luiz<br />
Guilherme, dono do empreendimento.<br />
Diferenciais<br />
Para se destacar, a unanimidade entre as lojas consultadas<br />
ao longo de 2009 está na qualidade do atendimento.<br />
Mas, se todas pensam assim, como se sobressair<br />
em relação às demais? A Garage Music apresenta<br />
sua solução: serviços adicionais. “Apostamos na prestação<br />
de serviços. Qualquer um pode abrir uma loja,<br />
basta ter alguma reserva financeira, mas comércio<br />
não é só isso. Nesse ramo, você precisa entender e gostar<br />
muito do que faz. Não é apenas venda de mercadorias,<br />
tem a preocupação com os anseios dos clientes”,<br />
revelam os sócios Kleber Villa e José Augusto.<br />
A ML Instrumentos <strong>Musica</strong>is, de Arapiraca, AL,<br />
trabalha também com ações voltadas ao ensino de<br />
música. Em sua região, os instrumentos mais vendidos<br />
são os de sopro, uma vez que os principais clientes<br />
da região são orquestras e fanfarras. E, para incentivar<br />
as bandas, o proprietário criou, inclusive, uma associação.<br />
“A música pode ser muito importante para a formação<br />
de um cidadão que saiba viver com dignidade<br />
e honestidade, longe dos vícios e dos riscos a que muitas<br />
das nossas crianças são expostas constantemente.<br />
Dessa forma, decidi, juntamente com alguns amigos<br />
conterrâneos, montar uma associação musical em nossa<br />
cidade, com o intuito de formar músicos e cidadãos”,<br />
explica o proprietário da loja, Miguel Guimarães. •<br />
Garage Music, da cidade de Brotas (SP), ed. 43<br />
<strong>Musica</strong>l Presentes, da cidade de<br />
Governador Valadares (MG), ed. 44<br />
Contatos das lojas<br />
Garage Music www.garagemusic.com.br (14) 3653-2022<br />
ML Instrumentos <strong>Musica</strong>is mlmusical@hotmail.com (82) 3326-1532<br />
<strong>Musica</strong>l Presentes www.musicalpresentes.com.br (33) 3271-2912<br />
Jog Music www.jogmusic.com.br (19) 3522-3888<br />
Intermezzo www.intermezzo.com.br (11) 3078-3200<br />
<strong>Musica</strong>l Vilhena www.musicalvilhena.com.br (69) 3321-5408<br />
Júlio Correa, da <strong>Musica</strong>l<br />
Vilhena, ed. 45<br />
98 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
TESTES<br />
Condor CLP2 S<br />
Levando Alta qualidade uma ”LES e ótimo PAUL” preço fizeram pagando a pouco diferença<br />
Por Miguel De Laet<br />
Não é de se surpreender a qualidade<br />
dos produtos disponíveis<br />
no mercado da marca<br />
Condor. Uma das principais importadoras<br />
do País, a empresa vive diversificando<br />
a sua linha de produtos. Entre<br />
a série de modelos 2009, encontramos<br />
a CLP2 S, um modelo Les Paul que é<br />
uma excelente opção para os músicos<br />
mais exigentes. A guitarra é fabricada<br />
na China, seguindo as especificações<br />
determinadas pela Condor no Brasil.<br />
O modelo testado é confeccionado<br />
com o tampo arqueado em maple, lateral,<br />
fundo e braço em natowood (também<br />
conhecido como mogno oriental),<br />
escala em jacarandá, ponte Tune-O-<br />
Matic, dois humbuckers do tipo PAF de<br />
alnico, tarraxas blindadas Grover<br />
e largura da pestana de 43 mm.<br />
Sua construção é comparada<br />
ao que encontramos nos modelos<br />
Les Paul bacanas comercializados<br />
no mercado: corpo<br />
com duas peças e braço colado.<br />
O modelo possui acabamento<br />
excepcional, com pintura homogênea,<br />
peças bem coladas,<br />
frisos laterais e marcações<br />
na escala e ornamentos na<br />
cabeça em madrepérola,<br />
inspirados no estilo<br />
Custom, da Gibson,<br />
dando um ar de sofisticação<br />
ao instrumento.<br />
Alguns podem achar<br />
que é falta de persona-<br />
lidade, mas os fãs dos<br />
modelos Les Paul devem<br />
comemorar: esta é uma ver-<br />
dadeira Les Paul de custo acessível!<br />
Se em termos visuais a CLP2 S já<br />
garante a ‘vibe’ de uma verdadeira Les<br />
Paul, falta comparar quanto à sonoridade<br />
e à tocabilidade. Para isso, colocamos<br />
o modelo frente a frente com<br />
uma Gibson Standard Les Paul equipada<br />
com cordas 0.011, a fonte inspiradora<br />
do modelo, gentilmente cedida<br />
pelo músico André Dias para o teste.<br />
Para testar, utilizamos dois amplificadores<br />
que podem representar o<br />
que a maioria dos músicos brasileiros<br />
usaria: um Tube One Staner e um pequeno<br />
WarmMusic HD22. De forma<br />
surpreendente, a guitarra apresentou o<br />
mínimo nível de ruído nas três posições<br />
de chave, tanto com som limpo como<br />
saturado, mesmo em nível de volume<br />
alto, sempre com um timbre firme e<br />
excelente sustentação. Os dois captadores,<br />
tanto da ponte como do braço, possuem<br />
boa definição e respondem muito<br />
bem quando utilizados em separado.<br />
O do braço conquista amantes do jazz<br />
facilmente pela definição e um tempero<br />
aveludado. O da ponte apresenta um<br />
timbre mais rasgado, cheio de agudos e<br />
ataque mais estalado. O menor rendimento<br />
acontece quando utilizados simultaneamente,<br />
na posição intermediária<br />
da chave, ganhando muitos médios<br />
e embolando um pouco o som. Quando<br />
temperados com um pouco de overdrive,<br />
a CLP2 S se apresenta como uma<br />
bela opção para quem deseja explorar<br />
sonoridades do Delta do Mississipi.<br />
Outro aspecto importante a destacar<br />
é a boa resposta em termos de dinâmica<br />
do modelo, apresentando sempre exce-<br />
100 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
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Muito bom<br />
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ACABAMENTO<br />
Excepcional ★ ★ ★ ★ ★<br />
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Excepcional ★ ★ ★ ★ ★<br />
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20<br />
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Sua tocabilidade é excepcional,<br />
com um braço mais fino que o modelo<br />
da Gibson. Garante uma pegada<br />
bastante confortável e muito<br />
macia. Destaque para a excelente<br />
regulagem do instrumento testado<br />
vindo de fábrica, não necessitando<br />
qualquer alteração. Suas tarraxas<br />
cumprem muito bem o papel e sua<br />
entonação se mostrou precisa.<br />
Comparado ao modelo da Gibson,<br />
o apresentado pela Condor possui<br />
uma sonoridade menos encorpada.<br />
Além disso, na posição intermediária,<br />
o modelo da Gibson apresenta<br />
melhor equilíbrio e definição. Mas,<br />
se pensarmos na diferença de valores<br />
— seis vezes mais cara, pelo menos<br />
—, o modelo Condor apresenta uma<br />
relação custo-benefício excelente, das<br />
melhores do mercado.<br />
Acompanha cabo e chave para regulagem<br />
do tensor. Vale a pena investir<br />
em um estojo para transportar o instrumento<br />
com segurança. Há também<br />
a versão do modelo para canhotos. •<br />
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104 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Eventos Regionais<br />
Demorou,<br />
mas chegou<br />
Feira da Música agora também na capital paulista<br />
Da Redação<br />
O salão tem<br />
mais de 1.000m m 2<br />
Com capacidade<br />
acima de 2 mil pessoas<br />
O centenário Clube Esperia Espéria foi escolhido<br />
para sediar o evento em São Paulo, SP<br />
Em 2007, a Música & <strong>Mercado</strong><br />
teve uma grande ideia: promover<br />
o encontro entre fornecedores<br />
e lojistas em mercados regionais.<br />
Assim nasceu a Feira da Música. Com<br />
o nome inicial de Encontro de Líderes,<br />
a primeira experiência foi em julho daquele<br />
ano, em Porto Alegre, RS. Desde<br />
então já são 13 edições da Feira da Música,<br />
com mais de 3.500 compradores,<br />
milhões de negócios efetuados e centenas<br />
de marcas participantes.<br />
Só para ilustrar, o evento em Belo<br />
Horizonte, MG, ocorrido nos dias 20 e<br />
21 de junho de 2009, teve um faturamento<br />
de cerca de R$ 1,25 milhão, valor<br />
médio das outras feiras realizadas<br />
ao longo do ano passado. Além de BH,<br />
a Feira da Música também esteve presente<br />
em Ribeirão Preto, SP; Curitiba,<br />
PR; Brasília, DF; Rio de Janeiro, RJ; Porto<br />
Alegre, RS e Recife, PE.<br />
Exigência do mercado<br />
Vale lembrar que as cidades anfitriãs<br />
são apenas uma alavanca para movimentar<br />
o setor de toda a região, pois<br />
a M&M faz questão de levar lojistas e<br />
acompanhantes que não residam nas<br />
cidades-sede da Feira para participar<br />
e realizar bons negócios, conhecer<br />
seus fornecedores e conferir os lançamentos<br />
das principais marcas da<br />
indústria de instrumentos musicais<br />
e de áudio, com hospedagem e alimentação<br />
totalmente pagas. “Se não<br />
fosse assim, como realizaríamos o<br />
nosso objetivo de levar conhecimento<br />
e oportunidade para lojistas que<br />
se encontram em mercados mais<br />
distantes?”, pergunta Daniel Neves,<br />
diretor da Música & <strong>Mercado</strong>.<br />
106 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
Eventos Regionais<br />
“As feiras regionais nos proporcionam desenvolver e criar<br />
ferramentas o ano inteiro. A Música & <strong>Mercado</strong> gera<br />
profissionalismo no setor e nos obriga a estar sempre<br />
atentos às tendências de mercado”<br />
Marco Vignoli, Gerente comercial da Tagima<br />
Mais de 1 mil visitantes<br />
compareceram aos eventos<br />
JÁ HÁ ALGUM TEMPO, LOJISTAS E FORNECEDORES VINHAM<br />
SOLICITANDO À M&M A REALIZAÇÃO DO EVENTO NA<br />
CAPITAL PAULISTA, EXIGINDO A MESMA QUALIDADE,<br />
PROFISSIONALISMO E A TRADICIONAL PRESENÇA<br />
DAS PRINCIPAIS MARCAS DO SETOR
Eventos Regionais<br />
Equipe da Florence Music<br />
satisfeita com os bons negócios<br />
Equipe Santo Angelo mostra<br />
sua motivação para a feira<br />
Eduardo Chatzoglou<br />
e Sérgio Bianchini, da Sparflex<br />
Equipe da Música <strong>Musica</strong>l Express,<br />
também marcou presença<br />
E como 2010 começa cheio de boas<br />
notícias para o setor (como antevê a<br />
música nas escolas) e sem gripe nem<br />
crise para alarmar e inibir o mercado,<br />
fizemos questão de contribuir com a<br />
nossa: finalmente a Feira da Música<br />
será realizada na cidade de São Paulo.<br />
Já há algum tempo, lojistas e<br />
fornecedores vinham solicitando à<br />
M&M a realização do evento na capital<br />
paulista, exigindo a mesma qualidade,<br />
profissionalismo e a tradicional<br />
presença das principais marcas do<br />
setor, como ocorre Brasil afora. “Varejistas<br />
e fabricantes pediram este<br />
evento. Foi somente com a certeza<br />
de trazer um número maior de lojas<br />
para São Paulo é que optamos por<br />
efetivar a feira”, explica Neves.<br />
Local e data confirmados<br />
A Feira da Música São Paulo irá ocorrer<br />
de 22 a 24 de setembro de 2010, no centro<br />
de convenções do tradicional Clube<br />
Esperia, no bairro de Santana, em São<br />
Paulo. O espaço, com mais de 1.000 m 2 e<br />
capacidade para 2 mil pessoas, foi escolhido<br />
por sua localização estratégica e<br />
pelo ambiente convidativo. “O mercado<br />
precisa de uma opção econômica, que<br />
venha somar, trazendo um número<br />
maior de varejistas a São Paulo nessa<br />
época do ano, além de reunir em<br />
um único local as marcas que realizam<br />
eventos paralelos no mesmo<br />
período, simplificando para o lojista<br />
a possibilidade de realizar bons negócios”,<br />
enfatiza o empresário.<br />
Afinal, os objetivos continuam<br />
os mesmos: estimular negócios, divulgar<br />
o setor, fomentá-lo com informações<br />
úteis e precisas, reunir pessoas e<br />
difundir conhecimento. Fornecedores,<br />
distribuidores, lojistas e consumidores<br />
finais, todos fazemos parte de uma<br />
comunidade maior que se esforça para<br />
fazer a diferença: a da música. •<br />
Para saber mais<br />
Se você tiver interesse em participar<br />
das Feiras da Música promovidas pela<br />
Música & <strong>Mercado</strong>, acesse o nosso<br />
site: www.musicaemercado.com.br;<br />
ligue para (11) 3567-3022 ou mande<br />
um e-mail: feiras@musicaemercado.<br />
com.br. Estamos esperando por você!<br />
108 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
PAINEL DE NEGÓCIOS
CONTATOS<br />
As empresas abaixo são os anunciantes desta edição. Use estes contatos para obter informações sobre compras<br />
e produtos. Para referência, mencione que você obteve a informação por meio da Música & <strong>Mercado</strong>.<br />
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HAMMOND ............................. 11 5535-1872 • hammond.com.br • 31<br />
ROLAND ....................................... 11 3087-7700 • roland.com.br • 19<br />
ROZINI ........................................... 11 3931-3648 • rozini.com.br • 95<br />
TAGIMA ..................................... 11 2915-8900 • tagima.com.br • 105<br />
WALDEN ............................ 11 3081-5756 • waldenguitars.com.br • 53<br />
WOLF MUSIC ........................... 11 3081-5756 • wolfmusic.com.br • 14<br />
YAMAHA ....................... 11 3704-1377 • yamahamusical.com.br • 115<br />
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BEHRINGER ................................. 11 2199-2999 • behringer.com • 75<br />
CICLOTRON ................................ 14 3604-6000 • ciclotron.com.br • 9<br />
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ETELJ ............................................... 17 3624-4415 • etelj.com.br • 45<br />
FRAHM ......................................... 47 3531-8800 • frahm.com.br • 63<br />
LEÁC’S .......................................... 11 4891-1000 • leacs.com.br • 107<br />
LEXSEN .................................... 51 3554-3139 • proshows.com.br • 49<br />
LYCO ................................................ 11 3666-5574 • lyco.com.br • 12<br />
METEORO .............11 2443-0088 • amplifi cadoresmeteoro.com.br • 27<br />
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SENNHEISER ............................... 11 2199-2999 • equipo.com.br • 15<br />
STUDIO R ........................... 11 5031-3600 • www.studior.com.br • 110<br />
UNIC .........................................11 3985-8008 • unicaudio.com.br • 61<br />
VOX STORM ...............................43 3178-4271 • voxstorm.com.br • 41<br />
EMG ............... +1 707 525 9941 • emginc.com/condormusic.com.br • 11<br />
GIBRALTAR ........................11 3158-3105 • musical-express.com.br • 5<br />
LACE ............................................. 11 2199-2999 • equipo.com.br • 39<br />
PLANET WAVES ........................... 11 3158-3105 • musical-express.com.br • 97<br />
QUANTA ...................................... 19 3741-4646 • quanta.com.br • 29<br />
RICO ......................................... 11 4441-8366 • rouxinol.com.br • 101<br />
SPARFLEX ..................................11 2521-4141 • sparfl ex.com.br • 116<br />
SYGNIA ......................................... 11 3255-8045 • sygnia.com.br • 85<br />
VIC FIRTH .............................. 11 3797-0100 • izzomusical.com.br • 23<br />
BATERIA E PERCUSSÃO<br />
C. IBAÑEZ ....................................51 3364-5422 • cibanez.com.br • 67<br />
CONTEMPORÂNEA ... 11 3399-6022 • contemporaneamusical.com.br • 81<br />
LUEN .................................................11 4448-1160 • luen.com.br • 65<br />
MEINL ................43 3324-4405 (Prime) • 92 3234-1588 (C. Borges) • 103<br />
ORION CYMBALS ................ 11 3871-6277 • orioncymbals.com.br • 69<br />
TYCOON ...................+1 909 393 5555 • tycoonpercussion.com.br • 37<br />
DIVERSOS<br />
STUDIO SOUND INTL .............. +1 949 460 9096 • studiosoundintl.com • 16<br />
FEIRAS / EVENTOS<br />
MUSIKMESSE .............. 11 5403-9500 • messefrankfurtfeiras.com.br • 8<br />
NAMM ..............................................+1 760 438 8001 • namm.org • 6<br />
PALM EXPO ...........................+86 10 6409 7408 • palmexpo.com • 10<br />
ACESSÓRIOS<br />
ALBA ................................. 44 3029-9808 • baquetasalba.com.br • 73<br />
CABOS GOLDEN ............... 11 3335-6110 • cabosgolden.com.br • 111<br />
D’ADDARIO.........................11 3158-3105 • musical-express.com.br • 3<br />
DUNLOP ................................ 11 3797-0100 • izzomusical.com.br • 21<br />
ELIXIR .......................................... 11 5502-7800 • elixirstrings.com • 7<br />
Confira o calendário 2010<br />
na pág. 18<br />
112 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR
CINCO PERGUNTAS<br />
Como abrir sua loja virtual<br />
As lojas virtuais são grandes concorrentes de<br />
qualquer comércio físico. Encare o desafio e entre<br />
logo nesse mercado, que não para de crescer<br />
Por Itamar Dantas<br />
Eduardo Cereto:<br />
desenvolvimento e tecnologia<br />
As vendas pela internet vêm<br />
crescendo muito rápido nos<br />
últimos tempos. Segundo a<br />
empresa de consultoria de comércio<br />
eletrônico ‘e-bit’, até o final de 2009<br />
esse mercado cresceu por volta de<br />
28% em relação a 2008 e cerca de 17<br />
milhões de brasileiros realizaram pelo<br />
menos uma compra virtual na vida.<br />
Sua empresa certamente já perdeu<br />
vendas para a internet e você pode,<br />
e deve, aumentar seus lucros abrindo<br />
a sua loja virtual. Eduardo Cereto,<br />
analista de inovação da Direct Performance,<br />
empresa especializada em<br />
Business Inteligence para web,<br />
dá algumas dicas para que você<br />
entre forte nesse mercado.<br />
O que se deve analisar antes<br />
de abrir uma loja virtual?<br />
A loja virtual deve ser utilizada para<br />
atingir novos mercados e expandir<br />
seus lucros. As vendas por internet são<br />
geralmente menos custosas ao bolso<br />
do varejista, uma vez que os custos de<br />
uma loja virtual são tipicamente menores<br />
que os de uma loja normal. Vale<br />
a pena fazer uma pesquisa prévia nas<br />
opções existentes no mercado on-line<br />
para o seu segmento. Se você não tem<br />
concorrentes, ou se seus concorrentes<br />
são muito fracos, apresse-se para ser<br />
pioneiro. Se já existem bons competidores,<br />
tenha certeza de que seu negócio<br />
tem um diferencial.<br />
Quais departamentos da empresa devem<br />
estar envolvidos no novo projeto?<br />
Departamento de vendas, marketing<br />
e TI são geralmente os que mais se envolvem<br />
na criação e manutenção da<br />
presença digital da empresa ou marca.<br />
O departamento de vendas costuma<br />
gerenciar o conteúdo do site, a TI<br />
cuida da infraestrutura e tecnologia,<br />
e o marketing fica com a divulgação e<br />
o relacionamento com o cliente.<br />
EXISTEM VÁRIOS SISTEMAS<br />
GRATUITOS QUE AJUDAM NA<br />
CRIAÇÃO DA LOJA ON-LINE<br />
Deve-se começar com uma loja grande<br />
ou vale a pena expandi-la aos poucos?<br />
Uma loja on-line não precisa ser grande<br />
para ser rentável. Antes de se preocupar<br />
com a quantidade de produtos colocados<br />
à venda, foque em detalhar bem<br />
poucos produtos, criando páginas ricas<br />
em informações, e vá aumentando aos<br />
poucos sua loja virtual. Esteja em constante<br />
mudança e otimização, mas faça<br />
mudanças pequenas para não impactar<br />
seu visitante costumeiro. Você pode<br />
usar ferramentas de Web Analytics<br />
para verificar o comportamento e tendências<br />
de vendas de seu site. Invista em<br />
propaganda, mesmo se o seu negócio<br />
for pequeno. O Google AdWords [www.<br />
google.com/adwords] é uma boa maneira,<br />
a custos flexíveis, de investir e trazer<br />
tráfego de qualidade para seu site.<br />
Quais são os problemas mais comuns<br />
em lojas on-line?<br />
Mais importante do que se proteger<br />
contra as falhas é se preparar para<br />
elas. Tenha um plano de contingência<br />
para atender os clientes via e-mail<br />
ou telefone no caso de falhas no meio<br />
de comunicação principal. Caso um<br />
produto seja colocado à venda por um<br />
preço errado, ou esteja em falta, entre<br />
em contato com o cliente e tente explicar<br />
a situação. Seja transparente e<br />
tenha sempre um canal aberto de comunicação<br />
usando redes sociais.<br />
Cite alguns softwares e sistemas<br />
que podem ajudar o lojista na criação<br />
de sua loja virtual.<br />
Existem vários sistemas gratuitos<br />
que ajudam na criação da<br />
loja on-line, como o Magento<br />
[www.magentocommerce.com]<br />
e o CubeCart [www.cubecart<br />
.com]. Esteja disposto a contratar<br />
uma boa equipe de programadores<br />
ou terceirizar para uma agência no<br />
desenvolvimento desse tipo de aplicação.<br />
É importante ter um canal de<br />
comunicação em redes sociais, porém,<br />
a quantidade de mensagens recebidas<br />
por esses meios pode ser grande e difícil<br />
de gerenciar. Uma boa opção para<br />
isso é o Scup [www.scup.com.br]. Uma<br />
das coisas mais importantes para a<br />
sua loja on-line é ter controle. O Google<br />
Analytics [www.google.com/analytics]<br />
permite que você saiba como cada<br />
usuário interage com seu site, identificando<br />
o que mais traz tráfego e qual o<br />
ponto fraco que faz com que seus clientes<br />
desistam da compra. •<br />
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