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revista Musica & Mercado

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ALERTA: SAIBA COMO DIFERENCIAR UMA GIBSON VERDADEIRA DE UMA FALSA PÁG. 58<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR | NOVEMBRO | DEZEMBRO DE 2009 | Nº 45 | ANO 8<br />

✓<br />

GERENTE<br />

COMPRADOR<br />

VENDEDOR 1<br />

VENDEDOR 2<br />

VENDEDOR 3<br />

PASSE ESTA REVISTA PARA SEUS FUNCIONÁRIOS<br />

INFORMAÇÃO PARA O MERCADO DE ÁUDIO, INSTRUMENTOS MUSICAIS E ACESSÓRIOS<br />

santa<br />

ifigênia s/a<br />

O PRINCIPAL POLO DE ÁUDIO DO PAÍS • PRODUTOS DE PONTA • CONCORRÊNCIA<br />

NOVOS MERCADOS • DESAPROPRIAÇÃO E FUTURO DA REGIÃO PÁG. 66<br />

VENDA MAIS NO NATAL<br />

INVISTA DESDE JÁ EM INSTRUMENTOS<br />

MUSICAIS INFANTIS E ANTECIPE<br />

O FUTURO DE SUA LOJA COM<br />

A MÚSICA NAS ESCOLAS PÁG. 80<br />

O EMPREENDEDOR<br />

MICHAEL JACKSON<br />

VALIOSAS LIÇÕES CORPORATIVAS<br />

QUE VÃO AJUDAR SUA LOJA<br />

A CRESCER, UM LEGADO<br />

DO REI DO POP PÁG. 78<br />

TRIBUTOS TUDO QUE VOCÊ PRECISA SABER SOBRE SUBSTITUIÇÃO PELO ICMS PÁG. 86<br />

MUSIC CHINA E<br />

EXPOMUSIC<br />

EXPOMUSIC<br />

Cobertura<br />

completa completa<br />

PÁG. 104 / 114


BUILD YOUR BRAND • CONNECT WITH YOUR BUYERS<br />

GET READY TO GO GLOBAL • START A BUZZ ABOUT YOUR PRODUCTS • MOVE YOUR BUSINESS FORWARD<br />

INVEST IN YOUR COMPANY’S SUCCESS • BE A PART OF THE MUSIC PRODUCTS INDUSTRY’S MOST IMPORTANT EVENT<br />

Exhibitor Information Now Online<br />

www.namm.org/thenammshow


C<br />

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de 24 a 27. 3. 2010<br />

mission for music<br />

Acompanhe a delegação brasileira!<br />

Para mais informações entre em contato com:<br />

Câmara de Comércio e Indústria<br />

Brasil-Alemanha<br />

Tel. +55 11 51 87-52 15<br />

feiras@ahkbrasil.com<br />

www.musikmesse.messefrankfurt.com


52916 • Messe FFM • MUSIKMESSE • VORAB Anzeigen • <strong>Musica</strong> & <strong>Mercado</strong> • 205x275mm/A • PDF/Mail • CMYK • dk: 04.09.2009 DU: 07.09.2009 BRASILIEN (port.)


Lojista Prisma Pro Audio<br />

O grande problema, ao menos em<br />

nossa região, é a concorrência do mercado<br />

informal (muamba) e até lojas que<br />

têm uma estrutura mais informal e<br />

não têm os mesmos custos.<br />

Fale sobre o mix de produtos da loja.<br />

Qual é a porcentagem de importados?<br />

Grande. A prova é que dos mais de 4<br />

mil itens que temos em estoque, 67%<br />

das vendas são de produtos importados,<br />

contra 33% de produtos nacionais.<br />

Porém, temos de ter muito cuidado<br />

com o produto chinês, pois existem<br />

artigos de todos os tipos e qualidades.<br />

“O cliente é bem variado:<br />

músicos, empresas, prefeituras,<br />

escolas, universidades,<br />

igrejas, DJs etc”<br />

Normalmente, quando aparece uma<br />

marca nova no mercado, compramos<br />

uma ou duas peças para testar antes<br />

de começar a trabalhar regularmente.<br />

A empresa desenvolve projetos de<br />

sonorização?<br />

Sim, e temos parcerias (e consultorias)<br />

com profissionais de todo o Brasil,<br />

com os quais desenvolvemos projetos<br />

nas áreas de áudio e vídeo.<br />

Praticam o marketing em sua loja?<br />

Como ele é feito?<br />

Em publicidade, somos anunciantes<br />

A loja também tem um espaço<br />

voltado para a venda de<br />

instrumentos musicais<br />

Germano Kannenberg, sócioproprietário<br />

da Prisma Pro Audio<br />

regulares — acho que há mais de dez<br />

anos — das <strong>revista</strong>s Backstage e Música<br />

e Tecnologia. Fomos a primeira loja<br />

anunciante da região Sul. Patrocinamos<br />

um programa em uma rádio FM<br />

local, que toca bandas da região. Comerciais<br />

de TV e anúncios em jornal<br />

são feitos ocasionalmente.<br />

Utilizamos muito o marketing de<br />

brindes, como: camisetas, bonés, chaveiros,<br />

palhetas, canetas, adesivos e<br />

outros, muitas vezes feitos em parceria<br />

com marcas de fornecedores.<br />

Todos os produtos vendidos na<br />

loja saem adesivados com o logotipo<br />

Prisma Pro Audio.<br />

Na nossa cidade existe uma festa<br />

chamada Oktoberfest, da qual participamos<br />

em parceria com uma rádio<br />

FM local, montando o estúdio que a<br />

rádio usa para transmitir durante a<br />

festa de dentro do parque.<br />

Como está o crescimento da empresa?<br />

De 2002 até 2005 crescemos 93%, sendo<br />

que o maior índice foi em 2004,<br />

quando o crescimento foi de 32% (em<br />

função de uma reforma feita na loja,<br />

que reinauguramos em agosto de<br />

2003 com uma área comercial 100%<br />

maior). O único ano em que não crescemos<br />

foi 2006. Na verdade, tivemos<br />

um crescimento negativo de 5%, mas<br />

vínhamos de dois anos muito bons.<br />

Em 2007 e 2008 tivemos um crescimento<br />

em torno de 9% ao ano, com<br />

base mais nos produtos de pró-áudio<br />

de importação própria. Nossa meta<br />

para 2009 é crescer de 10% a 15%. •<br />

116 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


PRODUTOS<br />

C. IBAÑEZ<br />

PING RIDE 7A<br />

A baqueta Ping Ride é uma 7A clássica,<br />

cabeça de bola e ponta de madeira. Seu forte é o som<br />

produzido nos pratos e ride. Possui 400 mm x 13,6 mm.<br />

Contato: (51) 3364-5422 ou www.cibanez.com.br<br />

YAMAHA<br />

CVP-409GP<br />

Clavinova da linha de pianos digitais. Possui<br />

tamanho reduzido e acabamento em polished<br />

ebony. O CVP-409 tem tecnologia IAFC, para<br />

uma sonorização de piano acústico, e permite<br />

a gravação do desempenho do músico.<br />

Contato: (11) 3704-1377 ou<br />

www.yamahamusical.com.br<br />

MEINL CYMBALS<br />

BYZANCE<br />

Trata-se do Benny Greb Signature 20” Sundride.<br />

Possui duas superfícies – em cima e embaixo – tendo<br />

uma característica mais seca e rápida e de curta resposta.<br />

Contato: (43) 3324-4405 ou www.primemusic.com.br<br />

GROOVIN<br />

GAJ 1020E NT<br />

Violão Unique com corpo<br />

em jumbo cutway, tampo<br />

em spruce, laterais e fundo<br />

em mogno laminado, braço<br />

em mogno, escala com 20 trastes<br />

em rosewood, marcação em<br />

abalone com madrepérola,<br />

captação de<br />

piezo<br />

elétrico e preamp ET-5<br />

com afinador.<br />

Contato (11) 2199-2999<br />

ou www.equipo.com.br<br />

HQ<br />

ECOPAD<br />

Pad de borracha, ecologicamente correto, feito<br />

de pneus reciclados e base de resíduos de madeira.<br />

A série possui três modelos, um pad montável<br />

de uma superfície com 6”, um de 12” de duas<br />

superfícies e um pad de 9” com um simulador<br />

de som de caixa ajustável na parte inferior.<br />

Contato: (11) 3158-3105 ou<br />

www.musical-express.com.br<br />

124 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Model 6260 Amp Head<br />

Detonando na loja de instrumentos<br />

musicais mais perto de você.<br />

© 2009 Red Chip Company Ltd. As especificações técnicas e a aparência estão sujeitas a alteração sem aviso prévio. A Red Chip não se responsabiliza por nenhuma perda oriunda de fundamentação, seja ela parcial ou total, em qualquer descrição, fotografia, imagem ou declaração constante da presente. 985-90000-01412<br />

Model 6260-212 Combo<br />

Model 6262 Amp Head<br />

Model 6262-212 Combo<br />

Model 333 Amp Head<br />

Model 333-212 Combo<br />

Model 333XL Amp Head<br />

Model 333XL-212 Combo<br />

Model 412H-BK Half Stack<br />

Modelo 333 de três canais, 120 watts,<br />

amplificação totalmente valvulada com reverb;<br />

Modelo 412H-BK gabinete half-stack 4x12".<br />

www.bugera-amps.com


Estamos felizes com a Meinl. Os produtos são excelentes, atendem a<br />

todas as classes de clientes — desde iniciantes a profissionais com extrema<br />

versatilidade em comparação aos concorrentes e com um preço competitivo.


EXPEDIENTE<br />

Editor / Diretor<br />

Daniel A. Neves S. Lima<br />

Diretora de Comunicação<br />

Ana Carolina Coutinho - MTB: 52.423<br />

Coordenadores de Comunicação<br />

Itamar Dantas<br />

Miguel De Laet<br />

Depto. Comercial<br />

Eduarda Lopes<br />

Carina Nascimento<br />

Relações Internacionais<br />

Nancy Bento<br />

Roberta Begliomini Padovan<br />

Administrativo/Financeiro<br />

Carla Anne<br />

Direção de Arte<br />

Dawis Roos<br />

Revisão de Texto<br />

Hebe Ester Lucas<br />

Assinaturas<br />

Barbara Tavares<br />

assinaturas@musicaemercado.com.br<br />

Colaboradores<br />

Henry Ho, Fabiano Brum, Yole Scofano,<br />

Vicente Sevilha, Cláudio Torres<br />

Música & <strong>Mercado</strong> ®<br />

Caixa Postal: 2162<br />

CEP 04602-970 – São Paulo – SP.<br />

Todos os direitos reservados.<br />

Autorizada a reprodução com a citação da Música<br />

& <strong>Mercado</strong>, edição e autor. Música & <strong>Mercado</strong> não<br />

é responsável pelo conteúdo e serviços prestados nos<br />

anúncios publicados.<br />

Publicidade<br />

Anuncie na Música & <strong>Mercado</strong><br />

comercial@musicaemercado.com.br<br />

Tel./fax.: (11) 3567-3022<br />

www.musicaemercado.com.br<br />

E-mail: ajuda@musicaemercado.com.br<br />

M&M no Orkut: http://tr.im/ydf6<br />

Twitter: twitter.com/musicaemercado<br />

Parcerias/Partners<br />

Frankfurt • China<br />

Estados Unidos<br />

Impressa no Brasil / Printed in Brazil<br />

Produto é tudo igual?<br />

HÁ QUEM AFIRME: TECNOLOGIA É TUDO aquilo que foi criado depois<br />

de nós. Lembro-me de quando surgiu o Corel Draw e todo mundo<br />

tinha um sobrinho que fazia logotipo. Depois veio a fotografia digital<br />

e surgiram vários “fotógrafos”... Em nosso ramo também houve a<br />

comoditização dos instrumentos musicais e de áudio. Isso, aliado à<br />

facilidade de se produzir na Ásia, fez com que muitos empresários esquecessem<br />

o poder que marcas consagradas têm de elevar a margem<br />

de lucro e, dessa forma, estão indo para a China sem fazer as contas.<br />

ARGUMENTAM QUE CONSUMIDOR COMPRA PREÇO, mas não<br />

é bem assim - ou quando você vai ao mercado procura pela carne<br />

mais barata? Tornar produtos lucrativos em commodities é uma tarefa<br />

arriscada, joga o mercado para baixo.<br />

REVELAMOS OS SEGREDOS DA SANTA IFIGÊNIA nesta edição. Na<br />

matéria, mostramos os produtos de ponta que você pode encontrar lá<br />

e, ainda, damos uma prévia do polêmico projeto que prevê a desapropriação.<br />

Será que o setor de áudio vai perder sua local de referência?<br />

PARA A SUA LOJA ENTRAR EM 2010 com toda a parte contábil em<br />

ordem, preparamos matérias fundamentais nesta última M&M do<br />

ano. Confira nossos especiais sobre Sped e Substituição Tributária. Ah,<br />

e venda muito no Natal explorando os instrumentos musicais infantis!<br />

O ANO DE 2009 FOI SURPREENDENTE. Iniciou cheio de receios<br />

e apreensões que com o passar dos meses tornaram-se menos<br />

frequentes. Números do segundo semestre confirmaram: a crise<br />

econômica veio para o Brasil, ficou cinco minutos e foi-se embora.<br />

A fama que conquistamos como mercado promissor transformouse<br />

em certeza: o mundo aplaude nosso país — Copa, Olimpíadas e<br />

Expomusic 2009 (confira na pág. 114) que o digam. Por isso, lembrese,<br />

produto não é tudo igual, <strong>revista</strong> não é tudo igual, país muito<br />

menos. O Brasil promete! Excelente 2010!<br />

DANIEL NEVES<br />

Muitos empresários<br />

estão indo para a China<br />

sem fazer as contas<br />

DANIEL NEVES<br />

26 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


SUMÁRIO<br />

SEÇÕES<br />

26 EDITORIAL Produto é tudo igual?<br />

30 ÚLTIMAS<br />

A bola dentro da Argentina<br />

42 ENQUETE Faça seus funcionários renderem mais<br />

92 LOJISTA Eletro <strong>Musica</strong>l / MG<br />

98 VIDA DE LOJISTA <strong>Musica</strong>l Vilhena / RO<br />

106 PRODUTOS Expomusic + Music China + Design<br />

102 TESTE<br />

Sax tenor Michael<br />

124 PAINEL DE NEGÓCIOS Anúncios + representantes<br />

130 CINCO PERGUNTAS Sped<br />

MATÉRIAS<br />

46 REDES SOCIAIS Muito além do Orkut e do Twitter<br />

52 INTERNACIONAL A Gibraltar conta os segredos de sua expansão internacional<br />

56 EXPANSÃO As melhores dicas para abrir uma filial<br />

58 FUJA DESTA CILADA<br />

Os detalhes para você reconhecer uma Gibson falsificada<br />

64 ACERTE NA CONTRATAÇÃO por Yole Scofano<br />

66 SANTA IFIGÊNIA S/A Renovação urbanística e grandes desafios para 2010<br />

78 THIS IS IT! por Fabiano Brum<br />

80 CRIANÇAS EM FOCO Aproveite o Natal para investir em instrumentos musicais infantis<br />

86 SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA<br />

Saiba tudo sobre as novas formas de recolher o ICMS<br />

104 MUSIC CHINA<br />

1,35 bilhão de chances de negócios<br />

114 EXPOMUSIC 2009 Feira surpreende e traz boas perspectivas para 2010<br />

28 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Bola dentro<br />

A Argentina saiu na frente e ainda bem que não estamos<br />

falando de futebol! Já está funcionando nas terras de sos hermanos<br />

um site que concentra e divulga todas as<br />

denúncias de roubo de instrumentos musicais. O www.<br />

instrumentosrobados.com.ar serve como consulta funda-<br />

nosmental<br />

para lojistas que negociam equipamentos usados.<br />

Vamos reconhecer a excelente iniciativa de nossos vizinhos<br />

e, com certeza, adotá-la nas terras tupiniquins.<br />

Quebrando recordes<br />

Equipe comercial da Quanta: sucesso<br />

No início do mês de julho de 2009, a<br />

Quanta Music renovou sua equipe<br />

comercial. A aposta em profissionais<br />

cada vez mais especializados,<br />

associada à recuperação da economia<br />

mundial, ajudou a quebrar<br />

recordes mensais no faturamento<br />

da empresa. No primeiro trimestre<br />

de trabalho, a equipe vendeu 33% a<br />

mais do que a média anual anterior.<br />

O novo gerente comercial da empresa,<br />

Joey Gross Brown (o segundo da<br />

esq. para a dir.), tem 22 anos de experiência<br />

em gestão no setor de instrumentos<br />

musicais e de áudio e já<br />

dirigiu algumas das principais marcas<br />

do mercado. “Adotamos uma<br />

nova política comercial de transparência.<br />

Queremos deixar as regras<br />

do jogo bem claras para os nossos<br />

clientes e parceiros”, afirma Brown.<br />

Novas contratações<br />

Marcel Lavorat, ex-supervisor de vendas<br />

da Tagima, está de<br />

casa nova: é o novo gerente<br />

comercial da Wolf<br />

Music. Sua prioridade<br />

será difundir a marca<br />

internacional de violões<br />

Walden e produtos Wolf<br />

no mercado brasileiro.<br />

Schneider agora<br />

usa Sabian<br />

Cristoph Schneider, mente, juntou-se ao time de endorsees<br />

da Sabian. A mudança para a<br />

marca veio após a gravação de seu<br />

último CD, Liebe ist für alle<br />

baterista<br />

da banda de<br />

rock alemã Rammstein,<br />

muito conhecida mundial-<br />

da.<br />

Piano do seu jeito<br />

A Fritz Dobbert lança um novo duto para sua linha de pianos verticais,<br />

o FD121. O piano vem nas cores<br />

preto, imbuia e mogno, mas, assim<br />

como qualquer outro produto da Fritz<br />

Dobbert, o cliente pode personalizá-lo<br />

como quiser. Basta entrar em<br />

contato com a empresa pelo telefone<br />

(11) 3973-7900 e apresentar sua pro-<br />

ideia.<br />

Baixe já o seu!<br />

De dois em dois anos, a <strong>Musica</strong>l<br />

Express atualiza e relança o seu catálogo.<br />

A edição 2009/2010 já está disponível<br />

e traz novidades em suas 300<br />

páginas, como as esteiras e batedores<br />

de bumbo Puresound, peles Uno<br />

by Evans, baterias PDP by DW, baquetas<br />

3Drumsticks by DW, acessórios<br />

e flautas da Yamaha e estojos e bags<br />

TKL. Já as ferragens Gibraltar, a mais<br />

nova marca distribuída pela empresa,<br />

ganhou catálogo próprio. Você pode<br />

baixar esses e outros catálogos da<br />

distribuidora no site: www.musicalexpress.com.br/br/downloads.<br />

30 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Venda mais no Natal<br />

A <strong>revista</strong> Exame PME<br />

publicou uma<br />

pequena matéria na sua edição 21<br />

(outubro/novembro) com excelentes<br />

dicas para otimizar as vendas<br />

de fim de ano. Foi consulta-<br />

do o especialista Renato<br />

Antonio Romeo, da Sale-<br />

Solution, que fez uma lista<br />

com fórmulas simples que<br />

garantem alavancar suas<br />

vendas na reta final de 2009.<br />

Nós as adaptamos para você:<br />

• Passeando pela loja. Quanto<br />

mais o cliente passeia pela sua loja,<br />

maior a probabilidade de comprar al-<br />

guma coisa. Por isso os produtos em<br />

oferta devem ficar no fundo da loja.<br />

• Perguntar não ofende. Uma das<br />

ordens primordiais para os vendedores<br />

é que eles perguntem ao cliente<br />

por que ele quer determinado produto.<br />

Isso deve ocorrer antes mesmo de<br />

mostrar o produto ao cliente, pois, se<br />

não tiver aquela mercadoria na loja,<br />

o vendedor já está preparado com argumentos<br />

que levem outra solução e<br />

novas opções de compra ao cliente.<br />

• Lei de trânsito. Nas lojas brasileiras<br />

também vale a lei da mão<br />

direita. Posicione as mercadorias<br />

com maior margem de lucro do lado<br />

direito, pois elas são as primeiras a<br />

serem vistas por quem entra na loja.<br />

Assim você aumenta as chances de<br />

interesse por esses produtos.<br />

• Regra básica de incentivo. Para timular seus vendedores e ainda garan-<br />

estir<br />

atendimento nota 10, faça o seguinte:<br />

dê a todo cliente que entra na loja um<br />

cartão verde e outro vermelho. Se ele<br />

gostar do atendimento, deposita o verde<br />

na urna (que deve ficar na saída da<br />

loja); caso tenha desaprovado, coloca o<br />

vermelho. No término do dia você conta<br />

e só dará prêmios à equipe se a quantidade<br />

de cartões verdes superar a de vermelhos.<br />

Os vendedores se empenharão<br />

100% do tempo, pode ter certeza.<br />

Florence é a nova<br />

distribuidora Gemini<br />

A marca, fundada em 1974 e conhecida<br />

mundialmente por seus produtos<br />

de áudio e para DJs, já está sendo<br />

distribuída no Brasil pela Florence<br />

Music. “Estamos muito honrados<br />

por termos sido escolhidos como<br />

novos distribuidores no Brasil e,<br />

sobretudo, por atingir um novo público”,<br />

diz Renata Gomes, gerente de<br />

marketing da distribuidora.<br />

Publicação da Música<br />

& <strong>Mercado</strong> é destaque<br />

em site internacional<br />

A ent<strong>revista</strong> com o designer de produtos<br />

dos violões Walden, o chinês Jonathan<br />

Lee, publicada na edição 25 da<br />

<strong>revista</strong> Violão PRO, está integralmente<br />

disponibilizada no site da fabricante<br />

chinesa, traduzida e com destaque<br />

para a capa da edição. Publicada pela<br />

editora Música & <strong>Mercado</strong>, a VP é a<br />

única <strong>revista</strong> específica no Brasil para<br />

os amantes do violão, que a encontram<br />

em bancas de todo o País. Confira a matéria<br />

completa no site da Walden: www.<br />

waldenguitars.com/news_2009_<br />

ViolaoPro_Interview.html. É, a editora<br />

M&M está ganhando o mundo!<br />

Os melhores negócios são feitos aqui!<br />

A Feira da Música para 2010 já tem datas e locais<br />

definidos e você já pode se programar. Realizadas<br />

pela Música & <strong>Mercado</strong>, as feiras acontecem diretamente em sua região,<br />

possibilitando um contato direto de sua loja com os principais fabricantes<br />

e distribuidores do País. Para mais informações, entre em contato pelo telefone<br />

(11) 3567-3022, ou e-mail assinaturas@musicaemercado.com.br.<br />

São José do Rio Preto / Bauru<br />

Curitiba<br />

Porto Alegre<br />

Rio de Janeiro<br />

Belo Horizonte<br />

Goiânia<br />

Salvador<br />

Belém<br />

27 e 28 de fevereiro<br />

20 e 21 de março<br />

17 e 18 de abril<br />

22 e 23 de maio<br />

19 e 20 de junho<br />

24 e 25 de julho<br />

14 e 15 de agosto<br />

6 e 7 de novembro<br />

32 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Independente<br />

A capital gaúcha foi escolhida pela<br />

fabricante italiana de alto-falantes<br />

B&C Speakers para sediar o primeiro<br />

centro de distribuição e vendas da<br />

empresa no Brasil. Quem vai cuidar<br />

do seu gerenciamento será Maicon<br />

Hendler, que está no mercado há mais<br />

de 11 anos. “Entramos no mercado<br />

brasileiro para nos aproximarmos<br />

dos clientes e oferecer uma pós-venda<br />

mais qualificada e confiável. Nossa<br />

proposta é intensificar o relacionamento<br />

com nossos públicos por meio<br />

de suporte técnico e comercial, desenvolvendo<br />

aplicações e soluções de<br />

excelente relação custo-benefício para<br />

seus produtos e necessidades”, revela.<br />

O objetivo é ampliar a atuação da<br />

empresa no hemisfério Sul — em países<br />

do Norte, ela já está consolidada.<br />

No Brasil, a empresa também dará<br />

suporte aos distribuidores terceirizados<br />

de outros países da América<br />

do Sul. “Porto Alegre foi escolhida<br />

por ter uma localização estratégica<br />

com relação a mercados nos quais<br />

intensificaremos nossas operações”,<br />

explica Hendler. A B&C Speakers<br />

Brasil começa a operar oficialmente<br />

a partir de dezembro.<br />

Mettalica, Sennheiser e Wireless 3G<br />

Em virtude do lançamento<br />

de sua nova linha de sistema<br />

sem fio, a Evolution<br />

Wireless G3, a Sennheiser<br />

trouxe para o Brasil Robb<br />

Blumenreder, gerente da<br />

equipe industrial da empresa,<br />

para uma série de palestras<br />

sobre o novo produto,<br />

realizadas em outubro nas<br />

principais capitais do País.<br />

Voltado para lojistas e técnicos<br />

de áudio, o workshop<br />

demonstrou diferentes formas<br />

de uso dos produtos e<br />

ofereceu exemplos práticos<br />

com piano, flauta, trompete,<br />

trombone, bateria e<br />

vocal. “Conseguimos nos<br />

aprofundar em tópicos técnicos<br />

do treinamento, além<br />

de destacar pontos-chave<br />

de venda. Acredito que a<br />

ação foi muito positiva e<br />

espero que mais iniciativas<br />

como essa surjam em breve, pois<br />

dessa forma todos os lados ganham<br />

em conhecimento e mercado”, afirmou<br />

Ricardo Abellan, gerente de<br />

marketing da Equipo, distribuidora<br />

da Sennheiser no Brasil.<br />

Outra notícia boa para a fa-<br />

Blumenreder, da Sennheiser,<br />

esteve no Brasil ministrando palestras<br />

bricante de microfones foi a de<br />

que o Metallica decidiu incluir a<br />

tecnologia dos sistemas de monitores<br />

pessoais (IEMs) da Série<br />

2000 para a turnê mundial de divulgação<br />

de seu último trabalho,<br />

o disco Death Magnetic!<br />

Pode contar com eles<br />

A Krest Cymbals reuniu seus principais representantes em uma convenção<br />

realizada em setembro na empresa. O objetivo foi informar os parceiros<br />

sobre as estratégias da marca e apresentar os novos colaboradores que<br />

representarão a Krest em diversos Estados brasileiros. Nas fotos, da esq.<br />

para a dir.: Adriano Vianna (AL/PB/PE/RN/SE), Denise Maito (PR), Paulo<br />

Ricardo Martins (ES) e Roger Aguiar (RS). Falando em estratégia, a Krest<br />

vem investindo no mundo digital, aproveitando as vantagens de relacionamento<br />

que o universo virtual oferece. Com o novo site, inaugurado em<br />

outubro, por exemplo, a marca conseguiu alavancar o seu número de seguidores<br />

no Twitter. Talvez eles estejam aproveitando as dicas da Música e<br />

<strong>Mercado</strong>... Confira o site reformulado: www.krestcymbals.com.br.<br />

34 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Ventura: a Tokai no exterior<br />

A fabricante brasileira de órgãos eletrônicos<br />

Tokai vai usar outro nome<br />

para explorar o mercado internacional:<br />

Ventura. “O problema é que no Japão existe<br />

uma fabricante de guitarras chamada Tokai<br />

que possui registros em alguns lugares do<br />

mundo”, explica Juliano Hayashida, diretor<br />

da empresa. A Tokai japonesa não é conhecida<br />

por aqui. Existe desde 1942 e distribui<br />

seus produtos apenas na Ásia e Europa.<br />

No Brasil, a Tokai continuará operando com o<br />

nome que se tornou referência em seu segmento.<br />

A Ventura já está oficialmente operando. A Armadillo<br />

Enterprises, nos EUA, já está distribuindo a marca no país.<br />

Para saber mais, acesse: www.armadillonet.com/Ventura.<br />

Michael investe<br />

na web 2.0<br />

Continuando as comemorações de<br />

sua primeira década de vida, a Michael<br />

lançou em 16 de novembro<br />

um site completamente remodelado<br />

no endereço www.michael.com.<br />

br. Segundo o marketing da empresa,<br />

o novo projeto promete, além de<br />

design mais moderno e arrojado,<br />

a exploração do conceito web 2.0,<br />

com muita participação<br />

e interação dos internautas.<br />

“Os usuários<br />

serão fundamentais<br />

na geração de conteúdo<br />

e de ideias”, explica<br />

Daniel Lucas, um dos<br />

Ela quer você<br />

A Giannini procura representantes para as seguin-<br />

tes regiões: Roraima, Manaus, Mato Grosso, Acre,<br />

Rondônia, Pará e Amapá.<br />

‘Say no More’ com Audix!<br />

Charly Garcia, um dos maiores ícones roqueiros<br />

da Argentina, é o mais novo endorsee da<br />

Audix. Os microfones serão utilizados em sua<br />

nova turnê, “Say no More”.<br />

responsáveis pelo projeto. Por enquanto,<br />

você pode conferir o hot site<br />

de pianos da marca. Hot sites são<br />

micropáginas da internet lançadas<br />

com a finalidade de divulgar produtos<br />

específicos em campanhas de<br />

marketing. Em www.michael.com.<br />

br/pianos você pode acessar informações<br />

completas sobre a linha de<br />

pianos da marca, inclusive download<br />

do catálogo. Confira!<br />

Sons da Itália<br />

Um festival italiano pró-exportação<br />

de instrumentos musicais finalmente<br />

chegou ao Brasil. É o Suono Itália<br />

(Sons da Itália), que pretende levar a<br />

outras culturas um pouco da arte e<br />

música italianas, mas, sobretudo, divulgar<br />

a qualidade dos instrumentos<br />

fabricados no país. Com exposição<br />

de diversos instrumentos, o evento<br />

também trouxe masterclasses e apresentações.<br />

O Suono Itália ocorreu<br />

entre os dias 11 e 14 de novembro, na<br />

cidade de São Paulo, e foi coordenado<br />

pelo Instituto Italiano para Comércio<br />

Exterior e o Ministério de Desenvolvimento<br />

Econômico da Itália em colaboração<br />

com a Associação dos Fabricantes<br />

de Instrumentos <strong>Musica</strong>is.<br />

No Brasil, a Anafima, juntamente à<br />

parceria que mantém com a Apex<br />

(Agência Brasileira de Promoção e<br />

Exportações e Investimentos), está<br />

tomando iniciativas similares para<br />

divulgar a qualidade dos produtos<br />

brasileiros pelo mundo!<br />

Meteoro lança diversos<br />

produtos na comemoração<br />

de seus 25 anos<br />

A Meteoro comemorou 25 anos e<br />

aproveitou para lançar novos produtos,<br />

como dois novos cabeçotes que<br />

chegaram para completar a linha<br />

MW. Outro destaque foi na linha de<br />

pedais da marca, com o valvulado<br />

Revolution Tube Drive. Para conferir<br />

todos os produtos lançados em homenagem<br />

ao aniversário, acesse www.<br />

amplificadoresmeteoro.com.br.<br />

36 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Novas lojas<br />

A Hendrix World Music, considerada<br />

uma das mais tradicionais<br />

lojas da rua Teodoro<br />

Sampaio, polo varejista<br />

de instrumentos musicais<br />

na capital paulista,<br />

inaugurou mais uma<br />

filial. “Estamos abrindo<br />

essa loja em um momento<br />

muito bom para o mercado<br />

em geral. É fim de<br />

ano, período em que as<br />

vendas normalmente já<br />

crescem, e o fantasma da crise<br />

parece que desapareceu. Então,<br />

as expectativas não poderiam<br />

ser melhores!”, conta o dono<br />

da loja, Vladimir João Teixeira.<br />

Em Recife, o grupo Bartô<br />

Eletrônica acaba de inaugurar<br />

mais uma loja de<br />

instrumentos<br />

musicais,<br />

a Pop Music, que já está<br />

funcionando na rua da<br />

Concórdia, centro da capital<br />

pernambucana.<br />

Top of Mind 2009<br />

Está chegando<br />

o prêmio Top of<br />

Mind 2009 do<br />

setor de áudio<br />

e instrumentos musicais. A<br />

premiação das principais<br />

marcas do segmento ocorrerá<br />

no dia 1º de dezembro,<br />

em São Paulo, SP. A pesquisa<br />

deste ano, realizada<br />

pelo Datafolha, entrevistou<br />

cerca de 360 lojistas de todas<br />

as regiões do Brasil e<br />

vai diagnosticar as marcas<br />

mais lembradas de 2009 pe-<br />

los empresários. A pesquisa<br />

mediu a presença da marca<br />

na memória do ent<strong>revista</strong>-<br />

do, avaliou seu grau<br />

de popularidade e<br />

o prestígio junto às<br />

lojas brasileiras.<br />

O evento é promovido pela<br />

editora Música & <strong>Mercado</strong>, com<br />

patrocínio da Musikmess e apoio<br />

da Namm e Music China. Conheça<br />

as marcas mais lembradas do<br />

setor e defina suas estratégias<br />

para o ano que está chegando.<br />

Mais informações com relação<br />

aos critérios de análise para o prêmio<br />

você encontra em nosso site:<br />

www.musicaemercado.com.br<br />

ou pelo e-mail: publicidade@<br />

musicaemercado.com.br. Confira o<br />

resultado na próxima edição.<br />

38 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Como vender mais gaitas?<br />

Para incentivar o consumo de gaitas,<br />

a Bends Harmônicas criou o projeto<br />

Aprenda Gaita Grátis. Funciona<br />

assim: um instrutor da empresa vai<br />

diretamente ao ponto de venda e ministra<br />

um treinamento de gaitas para<br />

alunos interessados. O programa<br />

já tem mais de 3.800 inscritos e<br />

está partindo para a sua 5ª edição.<br />

Para Samantha, diretora de<br />

marketing da Bends, a iniciativa<br />

tem conseguido resultados positivos.<br />

“Com essa iniciativa, a ds conquistou uma comunidade<br />

Benfiel<br />

de amantes da gaita. Isso resultou<br />

em cumplicidade, pois estes alunos<br />

admiram a Bends por fomentar a<br />

cultura de gaitas no País e valorizar a<br />

educação musical.” O lojista também<br />

sai ganhando, já que as aulas estimulam<br />

as vendas de gaitas na loja. Para<br />

saber mais informações, ver agenda<br />

de workshops e solicitar o evento na<br />

sua loja, acesse www.bends.com.br.<br />

Os músicos e seus bags<br />

Como novos endorsees, Felipe Andreoli,<br />

Marcelo Barbosa e Rafael<br />

Bittencourt vão desfilar seus instrumentos<br />

acomodados em bags fabricados<br />

pela Condortech do Brasil.<br />

Grife da pesada!<br />

A EMG, conhecida pelos seus captadores<br />

utilizados por grandes nomes<br />

do rock metal como Zakk Wylde<br />

e Kirk Hammett, lançou uma loja<br />

virtual para comercializar camisas,<br />

bolsas e bonés da marca. A empresa<br />

informa que esses são apenas os<br />

primeiros itens e que, para o ano que<br />

vem, os fãs da marca poderão contar<br />

com novos produtos EMG Pickups.<br />

Yamaha lança série NX<br />

A empresa japonesa disponibiliza<br />

ao mercado um linha versátil de<br />

violões, desenvolvida tanto para<br />

animar uma roda de amigos e<br />

também com todos os componentes<br />

para gravação em estúdio. São<br />

três modelos que compõem a série<br />

NX: NCX900R, NTX700,<br />

NTX900FM, todos equipados<br />

com o A.R.T.<br />

system (sistema de<br />

captadores), especialmente<br />

desenvolvido<br />

para violões de nylon.<br />

Ainda possuem dois<br />

tipos de corpo (clássico<br />

e thin line), criados<br />

para atender a<br />

vários estilos de sicos.<br />

mú-<br />

Arte no prato<br />

O estúdio Hellno, do baterista Nô (ex-integrante<br />

do Dead Fish), lança a Pratarte, uma exposição<br />

de arte aplicada em pratos de bateria, em parceria<br />

com a Orion Cymbals. O objetivo é divulgar<br />

a arte e estimular os artistas brasileiros, e para<br />

isso, a intenção é de que a exposição se torne<br />

itinerante pelo Brasil. Para agendar uma visi-<br />

ta, adquirir alguma peça ou levar a exposição<br />

para a sua loja, entre em contato com o estúdio<br />

Hellno pelo telefone (11) 3973-7900 ou pelo e-mail<br />

contato@hellno.com.br. Você também pode<br />

ver mais detalhes no site da Orion Cymbals:<br />

www.orioncymbals.com.br<br />

40 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


A tecnologia e a Dunlop<br />

A empresa Dunlop Manufacturing,<br />

fabricante estadunidense<br />

de acessórios musicais, aposta<br />

na tecnologia para se destacar da<br />

concorrência. Matt McDevitt, diretor<br />

de vendas internacionais da<br />

companhia, falou com a Música &<br />

<strong>Mercado</strong> sobre tecnologia.<br />

Vocês acreditam que os<br />

instrumentos tradicionais<br />

tendem a recer com o avanço<br />

desapaefeitos<br />

e instrumentos<br />

manufaturados. Os músicos<br />

buscam constantemente<br />

melhorar sua<br />

sonoridade. Existem infinitas<br />

da tecnologia?<br />

Em uma indústria<br />

como a nossa sempre<br />

haverá lugar para<br />

possibilidades dentro de um simples produto e o que é<br />

bom para um músico pode não ser para outro. Também<br />

porque sempre haverá lugar para os pequenos<br />

fabricantes e os incentivadores do “faça você mesmo”.<br />

Dunlop fabrica<br />

diversos tipos de<br />

acessórios<br />

Em que a tecnologia contribui para o mercado de<br />

áudio e instrumentos musicais?<br />

A tecnologia pode ajudar o mercado a crescer. Todas as<br />

formas de acesso à educação musical contribuem para<br />

o crescimento de uma base de mercado muito mais ampla.<br />

Quanto mais o consumidor sabe sobre seu instrumento,<br />

mais informada será sua decisão de compra do<br />

novo equipamento.<br />

Vocês acreditam na evolução do e-commerce?<br />

Os consumidores que usam internet para influenciar<br />

suas decisões de compra têm a possibilidade de pensar<br />

mais sobre a compra do que aqueles que não a usam. Os<br />

consumidores podem ler newsletters, assistir demonstrações<br />

em vídeo on-line ou buscar preços diferentes, e<br />

tudo pelos seus computadores. Sempre haverá um espaço<br />

para as lojas físicas, já que nós gostamos de experimentar<br />

os produtos pessoalmente, antes de comprá-los.<br />

Mas, no futuro — que também já acontece hoje —, as<br />

lojas que se encontram a quilômetros de distância terão<br />

de competir com as lojas virtuais. •


Enquete<br />

ELETROMUSIC<br />

Faça seus<br />

funcionários<br />

renderem mais<br />

Quatro gestores do ramo dão dicas de como<br />

reconhecer as deficiências de seus funcionários,<br />

eliminá-las e fazê-los render mais<br />

Maria Regina R. de Oliveira<br />

Eletromusic<br />

Rio Bonito, RJ<br />

Preservar bons funcionários<br />

e saber lidar com os que<br />

não conseguem se adaptar<br />

à função são desafios para empresários<br />

de qualquer segmento. Na<br />

área de vendas, o setor dos instrumentos<br />

musicais e de áudio ainda<br />

traz uma particularidade: além de<br />

ser bom vendedor, o funcionário<br />

deve estar antenado às novidades<br />

e lançamentos, sempre buscando<br />

mais informações sobre os produtos<br />

que vende e aperfeiçoando-se<br />

na sua função. Os gestores a seguir<br />

dão dicas de como trabalhar<br />

as deficiências de um funcionário<br />

problemático sem perdê-lo.<br />

Perguntas<br />

1.<br />

Quais<br />

características<br />

você aponta<br />

para descrever<br />

um funcionárioproblema?<br />

2.<br />

Como você<br />

lida com<br />

‘funcionáriosproblema’?<br />

3.<br />

Como você faz<br />

para preservar<br />

pessoas de<br />

talento na<br />

empresa?<br />

4.<br />

Quais são os<br />

conselhos<br />

essenciais<br />

para a<br />

contratação?<br />

A irresponsabilidade, o desamor ao que<br />

faz e a dificuldade de relacionamento<br />

com a equipe são características que<br />

mostram que um funcionário não está<br />

atendendo às necessidades da empresa.<br />

Ele deve aceitar e, se possível, corrigir os<br />

próprios erros para se adequar.<br />

Tento ser paciente e tolerante a ponto<br />

de incentivá-lo a reconhecer o erro<br />

e procurar melhorar. Não só em prol<br />

da empresa, mas, principalmente,<br />

para seu próprio desenvolvimento.<br />

Sempre me coloco em seu lugar para<br />

olhar o problema de outro ângulo.<br />

Só assim consigo agir com justiça e<br />

solidariedade, não só como patroa, mas<br />

também como amiga.<br />

Procuro mostrar a importância da<br />

eficiência do seu trabalho para o<br />

crescimento da empresa, fazendo-o<br />

participar das resoluções e decisões das<br />

atividades. Valorizo muito o espírito de<br />

equipe, a amizade e o companheirismo.<br />

Procuro ter com meus funcionários<br />

um convívio bem informal, em que<br />

trabalhamos com seriedade, mas<br />

também compartilhamos momentos de<br />

descontração, o que tem sempre trazido<br />

resultados positivos para a empresa.<br />

O candidato deve demonstrar esforço,<br />

dedicação, amor à atividade e visão<br />

de crescimento. O bom funcionário é<br />

aquele ‘que veste a camisa’ da empresa!<br />

42 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


TaMBorim DE Ouro BuMBa rEcords<br />

<strong>Musica</strong>l Grellmann<br />

José Pacelle Bringel<br />

Tamborim de Ouro<br />

João Pessoa, PB<br />

Márcio Menezes<br />

Bumba Records<br />

Teresina, PI<br />

Douglas Grellmann<br />

<strong>Musica</strong>l Grellmann<br />

Foz do Iguaçu, PR<br />

Antes de tudo, precisamos distinguir<br />

um funcionário-problema de um<br />

funcionário com problemas. Temos<br />

adotado medidas para que isso<br />

não ocorra, tais como uma seleção<br />

criteriosa na admissão, treinamento<br />

permanente e política de incentivos.<br />

Basicamente, o vendedor de<br />

instrumentos musicais deve<br />

conhecer o produto que está<br />

comercializando. Mas só isso não<br />

é o suficiente. Ele deve demonstrar<br />

interesse no seu crescimento<br />

profissional e no da empresa.<br />

Funcionário-problema é aquele que<br />

demonstra falta de atenção ao seu<br />

trabalho, não tem interesse em<br />

procurar as novidades do mercado e<br />

só consegue vender ‘com desconto’.<br />

Sempre procuramos compreender<br />

o que ocorre com nossos<br />

funcionários. Com o treinamento e o<br />

relacionamento constantes, temos<br />

evitado esse tipo de ocorrência.<br />

Faço um trabalho baseado<br />

na motivação, mostrando as<br />

possibilidades de seu crescimento no<br />

setor em que atua.<br />

Temos um curso em nossa associação<br />

comercial sobre foco em vendas<br />

e damos dicas de como lidar com<br />

determinados tipos de cliente, para<br />

chegar às vendas com maior lucro.<br />

Procuramos oferecer sempre mais<br />

do que o mercado de trabalho<br />

oferece. Liberdade para trabalhar;<br />

reconhecimento do seu talento;<br />

política salarial com prêmios pelo<br />

desempenho; motivação pessoal e<br />

profissional; ambiente de trabalho<br />

saudável e agradável.<br />

Invisto em sua qualificação e aponto<br />

novas perspectivas para crescimento<br />

dentro da empresa.<br />

Para segurar um funcionário padrão,<br />

recompensamos financeiramente<br />

os que atendem às nossas metas e<br />

perspectivas.<br />

O perfil do candidato deve ser<br />

analisado com muito critério. Alguns<br />

aspectos são importantes no nosso<br />

ramo de atividade, tais como o grau<br />

de escolaridade; o conhecimento<br />

dos produtos; a postura afável e que<br />

transmita confiança ao cliente; e a<br />

versatilidade para o desempenho de<br />

várias funções correlatas. Estas são<br />

características fundamentais para<br />

um funcionário adequado.<br />

Fazer uma ent<strong>revista</strong> para verificar<br />

a qualificação profissional do<br />

candidato e se ele tem algum tipo de<br />

envolvimento no setor dos negócios<br />

da música, seja de entretenimento ou<br />

experiência com vendas.<br />

Atualmente fazemos um questionário<br />

desenvolvido por uma psicóloga, em<br />

que o resultado busca encontrar o<br />

colaborador mais apto para a função<br />

desejada dentro da empresa.<br />

www.musicaemercado.com.br 43


Mundo Digital Relacionamento<br />

Além do Twitter<br />

Conheça outros sites de relacionamento e confira as dicas<br />

de como utilizá-los para fazer a sua loja bombar na web<br />

Por Cláudio Torres<br />

Uma das atividades mais populares<br />

no marketing é a<br />

ação promocional ou, como<br />

muitos chamam, a ‘Promo’. E apesar<br />

de a promoção de vendas estar diretamente<br />

ligada ao desejo de toda empresa<br />

em incrementar seu faturamento,<br />

sua forma tradicional toca no lado<br />

mais sensível da empresa: o bolso.<br />

A Internet elimina o entrave, porém,<br />

geralmente encontramos na<br />

web ações promocionais tímidas, que<br />

normalmente servem de apoio para<br />

outras campanhas ou para promoções<br />

em pontos de venda ou apenas<br />

informando sobre descontos. É possível<br />

explorar muito mais do que isso:<br />

você pode criar ações promocionais<br />

exclusivas para a Internet aproveitando<br />

as redes sociais dos próprios<br />

consumidores. A propagação de sua<br />

‘promo’certamente será viral. O resultado<br />

pode ser muito rápido e a relação<br />

custo-benefício bastante atraente.<br />

Para começar, faça-se uma pergunta<br />

fundamental: o que o meu consumidor<br />

quer?<br />

Claro, todo consumidor quer<br />

descontos, mas você precisa se lembrar<br />

dos três principais desejos do<br />

comprador on-line, antes de definir<br />

sua ação promocional: informação,<br />

entretenimento e relacionamento.<br />

Somente trabalhando com esses três<br />

aspectos sua ação será eficiente no<br />

mercado on-line.<br />

Conecte-se!<br />

1. Informação<br />

A ação deve informar sobre<br />

a oportunidade única disponível<br />

somente pela Internet. A oferta<br />

pode estar associada diretamente ao<br />

produto ou a alguma outra ação atraente<br />

para o público-alvo.<br />

2. Entretenimento<br />

A ação deve fazer com que<br />

o consumidor participe e<br />

se envolva em algum tipo de evento,<br />

precisa entreter. Os sorteios parecem<br />

atraentes, mas são muito estáticos<br />

para a Internet: competição,<br />

gincana ou jogo geram resultados<br />

mais interessantes dentro da dinâmica<br />

que a rede exige.<br />

3. Relacionamento<br />

A ação deve envolver a rede<br />

de relacionamento do<br />

consumidor. Você precisa explorar, de<br />

forma consciente, a rede social à qual<br />

o consumidor pertence. Ele deve se<br />

sentir importante na medida em que<br />

a promoção valorize não só a ele, mas<br />

também a seus amigos e as pessoas<br />

com interesses em comum.<br />

Conheça, então, alguns sites (e dicas)<br />

para implantação em campanhas<br />

promocionais, adaptados a clientes<br />

segmentados – digamos assim.<br />

Explore a Internet como ela merece!<br />

46 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Mundo Digital Relacionamento<br />

Pollgate<br />

(www.pollgate.com.br)<br />

Rede social baseada em enquetes multimídia sobre diversos assuntos.<br />

Neste site, sua loja pode promover produtos ou serviços a partir<br />

de enquetes, que serão respondidas pelos internautas. Também é<br />

possível criar uma ‘gincana’ premiando os internautas que inventarem<br />

e disponibilizarem uma pergunta relacionada a sua loja, produtos<br />

e serviços. Ganha quem obtiver o maior número de respostas.<br />

Meusparabens<br />

(www.meusparabens.com.br)<br />

Uma ferramenta web que permite ao internauta<br />

agendar os aniversários dos amigos e ser lembrado<br />

deles. Com ela, sua loja pode se promover oferecendo<br />

premiação aos aniversariantes cadastrados ou motivando<br />

o consumidor em potencial a colocar os aniversários<br />

dos amigos para, posteriormente, enviar<br />

oferta promocionais a esses aniversariantes.


Mundo Digital Relacionamento<br />

Estilook<br />

(www.estilook.com)<br />

Amantes e profissionais de moda se encontram neste site,<br />

onde os usuários divulgam seu próprio estilo. Nele sua empresa<br />

pode criar uma promoção em que os consumidores publicam<br />

fotos “estilosas” com o seu produto, sendo que os melhores<br />

‘looks’ (votados pelos participantes da própria rede social)<br />

ganham algum tipo de prêmio.<br />

GoZub<br />

(www.gozub.com)<br />

Site tipo Twitter. Possibilita também o envio de informações<br />

para o celular e para o MSN e similares.<br />

Enfim, sua informação chega à pessoa onde ela estiver!<br />

Inclusive, a empresa pode se utilizar da infraestrutura<br />

do GoZub, com seu próprio logo, e promover<br />

uma campanha promocional, integrada ou não ao<br />

site, direcionada tanto para seus clientes quanto para<br />

consumidores em potencial.<br />

Não deixe o Twitter de fora<br />

Você sabia que a Dell, fabricante de computadores,<br />

vendeu mais de US$ 3 milhões de dólares com<br />

marketing pelo Twitter? Pois é, o microblog tem uma<br />

ferramenta chamada “Twitter Promo” que permite<br />

lançar ações promocionais utilizando a sua capacidade<br />

viral. Utilizando essa ferramenta, é possível transfor-<br />

mar a oferta da promoção em uma competição em<br />

que o próprio consumidor divulga a promoção com o<br />

objetivo de ganhar algum benefício. Vencem aqueles<br />

que levarem mais visitas ao site da promoção. Assim o<br />

consumidor se envolve em uma promoção, informando<br />

seus amigos sobre uma oportunidade imperdível e,<br />

ao mesmo tempo, se benefi cia dela, sendo premiado<br />

pela divulgação. Quem resiste?<br />

Siga a<br />

Música & <strong>Mercado</strong> no Twitter: twitter.com/musicaemercado<br />

CLÁUDIO TORRES<br />

é autor do livro A Bíblia do Marketing DIgital, lançado pela editora Novatec. Graduado em engenharia pelo ITA, fez pós-graduação em Marketing na Suécia e atua<br />

como consultor e palestrante em marketing digital e mídias sociais. E-mail: claudio@infobot.com.br<br />

48 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Distribuição <strong>Mercado</strong><br />

Guia prático<br />

para conquistar<br />

as Américas<br />

KMC conta os segredos para explorar novos mercados,<br />

seus objetivos para a América Latina e revela o que há<br />

por trás da mudança da distribuição da Gibraltar no Brasil<br />

Diretoria de vendas e marketing da KMC Gibraltar.<br />

Da esq. para a dir.: Ken Fredenberg, Stephen Goodrich e John Shand<br />

NÃO HÁ DÚVIDA DE QUE<br />

AS BATERIAS ELETRÔNICAS<br />

TÊM CAUSADO UM GRANDE IMPACTO<br />

NO MERCADO NOS ÚLTIMOS ANOS<br />

John Shand está há mais de 20 anos na<br />

KMC Music. Atualmente é diretor de<br />

gerenciamento internacional e vem<br />

se dedicando ao desenvolvimento de produtos<br />

para mercados estrangeiros.<br />

Em breve conversa com a Música &<br />

<strong>Mercado</strong>, Shand apresentou as estratégias<br />

da empresa para ampliar a sua participação<br />

no mercado brasileiro e América<br />

Latina. Uma das principais ações<br />

foi a troca da distribuição das ferragens<br />

Gibraltar no Brasil (conforme você leu em<br />

primeira mão na M&M 44), que passaram<br />

para o portfólio da <strong>Musica</strong>l Express.<br />

Todos os esforços da KMC estão direcionados<br />

para conquistar e fidelizar<br />

consumidores por meio dos produtos<br />

inovadores da empresa. Para se ter<br />

ideia, somente as ferragens Gibraltar já<br />

são exportadas para mais de 50 países.<br />

Para a KMC é um bom número, mas,<br />

como dizem, eles querem mais!<br />

O que levou a KMC a trocar a distribuidora<br />

exclusiva da Gibraltar no Brasil?<br />

Mudanças de distribuição são estrategicamente<br />

dirigidas na KMC e, como<br />

resultado, não podemos divulgar os<br />

detalhes dos motivos pelos quais as<br />

mudanças são feitas. No entanto, es-<br />

52 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Distribuição <strong>Mercado</strong><br />

tamos animados com a dinâmica do<br />

marketing, das vendas e dos planejamentos<br />

inovadores apresentados pela<br />

<strong>Musica</strong>l Express ao longo dos anos —<br />

responsáveis por destacá-los como um<br />

distribuidor ‘top’ para produtos de alta<br />

qualidade. Estamos especialmente interessados<br />

em seu foco em acessórios,<br />

e acreditamos que esse direcionamento<br />

vai ajudar a Gibraltar a ganhar uma boa<br />

fatia do mercado nos próximos anos.<br />

Quais são os maiores mercados da<br />

Gibraltar hoje? A que características<br />

vocês atribuem o sucesso nessas<br />

regiões?<br />

Alguns dos nossos maiores mercados são<br />

aqueles em que a distribuição se mantém<br />

estável durante um longo período<br />

de tempo. A área de atuação da Gibraltar<br />

é grande e abrange vários segmentos do<br />

mercado de percussão. Ter um distribuidor<br />

local de longo prazo é o melhor<br />

plano para o sucesso. Temos sido mais<br />

ativos em vários mercados europeus e na<br />

Kaman Music<br />

Corporation<br />

Fundada em 1945 com<br />

o nome de Kaman Aircraft,<br />

o intuito de Charles<br />

Kaman era construir helicópteros.<br />

Pouco mais<br />

de 20 anos depois, logo<br />

após ter perdido um<br />

grande contrato militar,<br />

Kaman ficou fascinado<br />

com um violão Martin.<br />

A fim de diversificar os negócios, uniu seu espírito pioneiro (é conhecido como o<br />

primeiro designer de helicópteros) à alta tecnologia e know-how de sua empresa<br />

para criar um violão com um material mais moderno. Assim, em meados dos<br />

anos 60, nasceu a Ovation. Hoje a Kaman Music é uma das principais fabricantes<br />

de instrumentos do mundo. Além do violão, produz guitarras, baterias, violinos,<br />

instrumentos de percussão, ferragens e amplificadores. Algumas de suas outras<br />

marcas são: Sabian, Genz Benz, Gibraltar, Gretsch, Takamine, Hamer, Toca, Seiko<br />

e Becker Instruments. Em 2007, a Fender <strong>Musica</strong>l Instruments Corporation,<br />

FMCI, comprou a Kaman, que passou a se chamar KMC. A FMCI é considerada<br />

uma das maiores empresas de instrumentos musicais do mundo.<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 53


Distribuição <strong>Mercado</strong><br />

Austrália, por isso nosso sucesso tem sido<br />

grande nos últimos anos nesses locais.<br />

Achamos que a promoção contínua e a<br />

disponibilidade de produtos da Gibraltar,<br />

combinadas com uma comunicação profissional<br />

e eficaz aos revendedores e consumidores,<br />

compõem a melhor estratégia<br />

para o sucesso em longo prazo.<br />

Quais são as linhas de produtos da<br />

Gibraltar mais adequadas ao mercado<br />

brasileiro?<br />

A Gibraltar tem uma linha completa<br />

de ferragens para bateria/percussão e<br />

acessórios com muitos produtos inovadores.<br />

Talvez a característica mais<br />

interessante de toda a marca é que as<br />

ferragens são projetadas para oferecer<br />

soluções para bateristas e percussionistas,<br />

melhorando o desempenho e a<br />

eficiência de seus setups, independentemente<br />

da marca da bateria que estão<br />

usando. Assim, as ferragens da Gibralzes<br />

por informar que a Gibraltar já oferece<br />

produtos que são de interesse para os bateristas<br />

que utilizam a tecnologia digital. Na<br />

verdade, lançamos vários produtos projetados<br />

especificamente para bateristas high<br />

tech, por exemplo, as nossas GEMS (estantes<br />

para suporte de equipamentos eletrônicos),<br />

e tem mais novidade chegando.<br />

Quais são os novos mercados que a<br />

KMC quer explorar com os produtos<br />

da Gibraltar?<br />

Qualquer mercado em que haja um<br />

número suficiente de bateristas e percussionistas<br />

procurando maneiras inovadoras<br />

para montar e expor seus instrumentos<br />

é um mercado em potencial<br />

para a Gibraltar. Ainda temos muito<br />

espaço para crescer nos mercados em<br />

desenvolvimento, como China e Índia!<br />

Em termos de inovação, quais são as<br />

novidades da Gibraltar?<br />

Estamos constantemente melhorando<br />

e aperfeiçoando os produtos existentes<br />

e introduzindo novos itens para bateristas.<br />

Como exemplo, vamos salientar<br />

que o novo sistema Stealth de suporte<br />

da Gibraltar — que é uma grande melhoria<br />

na versatilidade e flexibilidade<br />

sobre projetos de sistemas tradicionais<br />

de rack — foi agraciado com o prêmio<br />

US Merchandise <strong>Musica</strong>l Review de Melhor<br />

Acessório de Percussão em 2008.<br />

Isso ajuda a ilustrar o reconhecimento<br />

do espírito inovador da Gibraltar.<br />

Display Service Center – Com as<br />

principais peças de reposição — chaves<br />

de afinação, feltros para estante de prato,<br />

borboletas — Shand considera esse<br />

display indispensável para todas as lojas<br />

tar podem ser usadas por qualquer baterista,<br />

e, claro, sabemos que há milhares<br />

de bateristas no Brasil!<br />

A participação da bateria eletrônica<br />

vem crescendo no mercado musical.<br />

Qual o impacto dessa tendência nas<br />

vendas de ferragens?<br />

Não há dúvida de que as baterias eletrônicas<br />

têm causado um grande impacto no<br />

mercado nos últimos anos. Estamos feli-<br />

Quais são as principais dificuldades de<br />

distribuição que vocês vivenciam sendo<br />

representados, por exemplo, em todos<br />

os países latino-americanos?<br />

A América Latina apresenta uma série de<br />

desafios para a distribuição. É uma grande<br />

área geográfica com uma variedade de<br />

mercados com diferente potencial econômico.<br />

Muitos são pequenos demais para<br />

suportar um modelo de distribuição normal,<br />

assim são compostos apenas de lojas<br />

de varejo que fazem a importação direta,<br />

por conta própria. Isso representa um<br />

claro desafio para os fabricantes que procuram<br />

desenvolver suas marcas. Felizmente,<br />

o Brasil é um dos mercados mais<br />

sofisticados e desenvolvidos na América<br />

Latina e oferece uma grande oportunidade<br />

para uma empresa bem financiada de<br />

distribuição profissional.<br />

Qual é a porcentagem das vendas da<br />

KMC na América Latina em relação<br />

às outras regiões do mundo?<br />

A América Latina tem sido uma das regiões<br />

de maior crescimento para os produtos<br />

KMC nos últimos anos. A estabilidade<br />

política, a reforma econômica, bem<br />

como o desenvolvimento de uma ‘classe<br />

média’ de consumidores colaboraram<br />

de forma decisiva para esse aumento.<br />

Naturalmente, o fato de toda a região ter<br />

uma cultura vibrante e diversificada em<br />

termos musicais também contribuiu significativamente<br />

para o nosso sucesso! •<br />

Para saber mais:<br />

• kamanmusic.com<br />

• musical-express.com.br/gibraltar<br />

• http://tr.im/D8e9<br />

54 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Gestão Expansão<br />

Multiplique<br />

seu negócio<br />

As melhores dicas para você abrir uma filial<br />

Os empresários que desejam<br />

expandir seus negócios muitas<br />

vezes acabam brecando<br />

seus investimentos por medo de dificuldades<br />

que podem advir no processo<br />

ou receio de insucesso diante<br />

de uma insegurança econômica generalizada,<br />

como ocorreu no início<br />

deste ano. É um paradoxo, mas são<br />

justamente os momentos difíceis que<br />

proporcionam as melhores oportunidades<br />

para sair em busca de novos<br />

mercados. “É nesse cenário atribulado<br />

que se encontrarão novos modelos de<br />

negócios e novos talentos, que outros<br />

estão menosprezando”, explica a consultora<br />

de marketing Adriana Trillo.<br />

Se você deseja expandir, seja<br />

abrindo uma filial ou mudando a<br />

sede para um espaço maior, planejar<br />

é primordial para conseguir bons resultados.<br />

Muitos são os fatores que<br />

se devem considerar, como os custos<br />

de distribuição, por exemplo. É importante<br />

que você tenha claro o impacto<br />

que a nova operação vai gerar<br />

na estrutura financeira da empresa,<br />

sem ‘achismos’, baseado em projeções<br />

concretas fornecidas pelo seu departamento<br />

administrativo. Outro fator<br />

a considerar, e planificar, é a relação<br />

com o consumidor: “Uniformidade<br />

no preço, identidade institucional,<br />

design da fachada, atendimento ao<br />

cliente, tudo isso uniformizado e padronizado<br />

são fundamentais. Uma<br />

boa ideia é redigir manuais de atendimento<br />

aos vendedores”, destaca Juan<br />

Tossici, da Tossici Comunicação.<br />

Outra dica fundamental tem a ver<br />

com a escolha entre alugar ou financiar<br />

a compra da nova loja. Segundo<br />

Tossici, o melhor é um aluguel com<br />

opção de compra. Hoje sobrevivem as<br />

empresas que têm flexibilidade: “O aluguel<br />

é a melhor opção. Se for um leasing,<br />

melhor ainda”, afirma o consultor.<br />

A segurança dos números<br />

A distribuição geográfica das filiais<br />

em relação à matriz pode contribuir<br />

também para o sucesso do empreendimento.<br />

Colocar uma nova loja próxima<br />

à outra que já existe pode fazer<br />

com que aumentem os custos administrativos<br />

sem, com isso, aumentar<br />

as vendas. O consultor especializado<br />

em empresas Juan Ignacio explica:<br />

“Se a nova loja está próxima da outra,<br />

o empresário não terá os benefícios<br />

de uma expansão mercadológica e<br />

de território. Pior, estará, na verdade,<br />

multiplicando os problemas que o primeiro<br />

local já tem”.<br />

E voltando a falar de números concretos,<br />

é fundamental avaliar corretamente<br />

a demanda que a nova loja pode<br />

gerar. O erro mais comum é fazer essa<br />

análise com base em quanto a loja<br />

precisa vender para cobrir os custos<br />

56 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Gestão Expansão<br />

e, assim, ganhar por margem. Não<br />

está errado, o problema é que fazem<br />

isso sem dados fundamentados sobre<br />

a existência ou não da demanda de<br />

seus produtos, demanda tal que justifique<br />

o investimento na nova loja. Calma,<br />

você não precisa procurar uma<br />

empresa especializada em pesquisa<br />

de mercado (apesar de ser o ideal,<br />

veja quadro ao lado), é possível fazer<br />

uma boa análise por outras formas.<br />

A especialista em marketing Adriana<br />

Trillo mostra o caminho: “Você deverá<br />

considerar alguns aspectos, como,<br />

por exemplo, sazonalidade do produto,<br />

capacidade de armazenamento,<br />

tempo de reposição das mercadorias,<br />

estimativa do retorno do cliente, capacidade<br />

socioeconômica da região,<br />

prioridades de consumo etc. Essas<br />

Ao pensar em expandir, analise<br />

Orçamento<br />

É melhor contar com capital próprio e considerar a possibilidade de insucesso<br />

que não altere a operação existente.<br />

Tempo<br />

Opte por demorar mais do que havia planejado para abrir a nova loja, do<br />

que ser precipitado e perceber que a celeridade contribuiu para o fracasso.<br />

Na inauguração tudo deve estar pronto, desde o treinamento dos vendedores<br />

até a checagem de estoque.<br />

Necessidade<br />

Você deve se perguntar muitas vezes: é preciso uma nova loja? Lembre-se:<br />

investimentos levam tempo para gerar retorno.<br />

Distribuição<br />

O ideal é que o aumento de custos da nova loja seja compensado com<br />

uma distribuição eficiente por conta do fornecedor, sem ter de ficar levando<br />

mercadoria de uma loja para outra.<br />

análises trarão uma previsão concreta<br />

do retorno do capital investido.<br />

Portanto, em quanto tempo você irá<br />

recuperar este investimento”.<br />

Do ponto de vista da capacidade<br />

de investimento, Ignacio lembra um<br />

estudo do pesquisador e professor<br />

Sankaran Venkataraman, do Instituto<br />

Batten, da Universidade de Virgínia,<br />

nos EUA. “Venkataraman sugere<br />

que não se devem aplicar capitais de<br />

terceiros em um novo negócio. A justificativa<br />

é básica: a empreitada pode<br />

não ser bem-sucedida, e se isso ocorrer<br />

apenas com o seu capital, a perda<br />

é menor”, finaliza. •<br />

Anote aí!<br />

Se a previsão orçamentária para a expansão estiver com sobra de capital, vale a pena investir em<br />

uma pesquisa de mercado bem dirigida e de empresa conceituada. Por meio dela você pode estudar<br />

detalhadamente a região, o nível socioeconômico da vizinhança, suas principais necessidades, o tipo<br />

de consumo mais demandado no local, se existe e como trabalha a concorrência, a aceitação de seu<br />

produto etc. “Uma pesquisa de mercado é vital. Nunca podemos jogar a âncora se não sabemos onde<br />

estamos ou que tipo de água há ali”, brinca o consultor Juan Tossici.<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 57


Serviços Utilidade<br />

58 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Serviços Utilidade<br />

Verdadeiro<br />

ou falso?<br />

É crescente e alarmante o número de produtos<br />

falsificados vindos da Ásia. No Brasil, alguns já<br />

começam a se difundir e causar sérios prejuízos<br />

para o mercado. Além de perdas óbvias para as<br />

lojas que comercializam produtos usados, principais<br />

vítimas do golpe, a perda de credibilidade<br />

das marcas é inevitável. A Música & <strong>Mercado</strong><br />

preparou uma série de matérias especiais que<br />

ensinam você a reconhecer as características<br />

que diferenciam um instrumento original de um<br />

falso para que sua loja nunca caia nessa cilada<br />

Por Henry Ho<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 59


Serviços Utilidade<br />

É<br />

impressionante a<br />

proliferação crescente<br />

de guitarras falsifi cadas<br />

oriundas da China. Ícones de<br />

consumo como Gibson, Fender,<br />

PRS, Ibanez, Gretsch, Taylor e<br />

Epiphone sofrem com vigor dessa<br />

indústria paralela. As falsificações<br />

infringem o direito de propriedade<br />

e alimentam o comércio<br />

ilícito. É importante distinguir<br />

réplica, cópia e falsificação.<br />

A réplica é uma reprodução<br />

perfeita, concebida com a intenção<br />

de recriar com exatidão uma peça<br />

original que agrega conceitos e fatores<br />

históricos. Ou seja, é a arte de<br />

reeditar um design ou um referencial<br />

com absoluta minúcia. Esse<br />

tipo de clonagem não visa dividendos<br />

comerciais, apenas recria a peça baseada<br />

num conceito.<br />

Já a cópia é produzida em larga<br />

escala e sem autorização do fabricante<br />

original. É o típico exemplo de apropriação<br />

do patrimônio intelectual sem<br />

a intenção de se ‘passar’ pelo original.<br />

É caso de empresas tradicionais no<br />

mercado que produziram exemplares<br />

similares ou inspirados no original,<br />

contudo utilizam logomarca própria.<br />

Agora, a falsificação é uma re-<br />

produção de baixo custo que exala a<br />

contundente intenção de ludibriar o<br />

consumidor. Utiliza a logomarca original<br />

de maneira indevida e sugere, de<br />

forma técnica e visual, que a peça é<br />

genuína. As falsificações fogem de padrões<br />

definidos por leis de copyright,<br />

regras de patente e domínio de marca<br />

registrada. Não recolhem royalties e<br />

Os modelos Gibson Les Paul<br />

Standard e Custom<br />

estão entre os mais<br />

falsificados<br />

HENRY HO<br />

é músico, luthier e técnico de palco. Fundador da B&H Escola de Luthieria,<br />

é também consultor técnico de várias empresas do mercado musical. Site: bhluthieria.com<br />

ESTELIONATÁRIOS<br />

CONDENADOS<br />

Os falsificadores chineses sofreram<br />

um duro golpe em recente<br />

investida das autoridades legais<br />

da China. O chinês Yu Hui,<br />

a pseudoempresária Li Dan e<br />

alguns de seus familiares foram<br />

condenados a três anos de reclusão<br />

pelos crimes que envolvem<br />

a comercialização direta e<br />

indevida de instrumentos falsificados.<br />

Yu Hui, um dos condenados<br />

pela comecialização ilegal,<br />

tem um site na internet sobre<br />

guitarras e venda desses equipamentos:<br />

www.paylessguitar.<br />

com/index.asp. Fuja dele!<br />

são produzidas sem autorização dos<br />

fabricantes originais. É o caso das<br />

guitarras falsas com a logomarca Gibson<br />

– exemplares feitos na China que<br />

são vendidos no comércio eletrônico<br />

por custos econômicos.<br />

A falsificação rompe com a ética e<br />

a estética, apresenta um plano perspicaz<br />

que incita o desejo e o consumo.<br />

Mas é a escolha dos desavisados.<br />

E, você sabe, a melhor garantia<br />

para se prevenir contra esse tipo de<br />

golpe é adquirir o instrumento diretamente<br />

com o seu distribuidor oficial<br />

no Brasil. Lembre-se, o lojista que<br />

repassa mercadoria ilegal também é<br />

responsabilizado criminalmente.<br />

Veja as diferenças das especificações<br />

técnicas de uma Gibson Les Paul<br />

autêntica e uma falsificação produzida<br />

na Ásia:<br />

60 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Serviços Utilidade<br />

Falsa<br />

centralizado e levemente inclinado.<br />

A madrepérola utilizada<br />

na incrustração do logo tem<br />

coloração amarelada.<br />

• Capa protetora do tensor possui 2<br />

mm de espessura fixada com dois<br />

parafusos e formato de ‘sino’.<br />

• A angulação do headstock é<br />

acentuada, de 14 a 17 graus.<br />

HEADSTOCK Logo ‘fora de<br />

centro’ com deslocamento ado. O material utilizado no logotipo<br />

acentué<br />

de madrepérola artificial, com<br />

coloração clara e opaca.<br />

• Capa protetora do tensor possui<br />

0,7 mm de espessura fi xada com<br />

três parafusos e o formato é diferente<br />

do original.<br />

• A angulação do headstock é<br />

sutil, abaixo dos 7 graus.<br />

BRAÇO Contornos traseiros com definição de formato.<br />

Voluta com relevo.<br />

• Nut ou capotraste de plástico com acabamento grosseiro.<br />

• O acabamento lateral dos trastes e frisos é arredondado<br />

em demasia.<br />

HARDWARE<br />

Captadores de visual similar aos originais.<br />

Mas a semelhança é apenas visual. A base inferior do pickup<br />

é rústica e não contém o logotipo Gibson. Ponte, tarraxas<br />

e ferragens de procedência desconhecida. Os condutores<br />

externos são cobertos por capa de plástico maleável.<br />

ACABAMENTO<br />

Verniz bicomponente denso extre-<br />

mamente brilhante.<br />

MATERIAL<br />

Utilizam as seguintes madeiras: Nato, Asian<br />

Maple, Sen, Basswood, Grenadilha e Kiri.<br />

Verdadeira<br />

HEADSTOCK Logo<br />

BRAÇO Contornos traseiros sem muita definição de<br />

formato. Voluta sem relevo.<br />

• Nut ou capotraste confeccionado de Corian, material sintético<br />

que combina minerais naturais e polímero acrílico puro.<br />

• O acabamento lateral dos trastes e frisos é pouco dondado.<br />

arre-<br />

CORPO Cavidades dos captadores são limpas e tem a visualização do tampo frontal de maple.<br />

• Cavidade da parte elétrica escavada com simetria e<br />

interior limpo. Os componentes elétricos são montados<br />

sob uma capa permi-<br />

metálica.<br />

CORPO Cavidades de captadores são sujas e cobertas com<br />

tinta preta. Às vezes, não é possível visualizar a espessura<br />

do tampo frontal. As cópias mais grotescas utilizam películas<br />

plásticas que imitam os veios da madeira do tampo superior.<br />

• Cavidade da parte elétrica apresenta formato diferente<br />

da original e os componentes elétricos estão fi xados tamente na dire-<br />

madeira.<br />

HARDWARE<br />

Captadores originais. Basta verifi car a<br />

base inferior do pickup, que contém o logotipo Gibson.<br />

• Pontes, tarraxas e ferragens de procedência identifi -<br />

cável. Componentes elétricos de qualidade fornecidos<br />

por empresas conceituadas. Os condutores externos<br />

dos captadores são de malha trançada ou são cobertas<br />

por capa de plástico de material térmico e durável.<br />

ACABAMENTO<br />

Verniz nitrocelulose com camadas<br />

fi nas sobrepostas e brilho moderado.<br />

MATERIAL<br />

Tipos e madeiras mais usuais: Mahogany,<br />

Maple, Indian Rosewood, Brazilian Rosewood e Ebony.<br />

NÚMERO DE SÉRIE<br />

As reproduções falsas possuem números de séries inseridos com silkscreen. . As originais apresentam as numerações gravadas<br />

na madeira em relevo. Mas, atenção, alguns modelos originais utilizam o processo de silkscreen (a Custom Shop e a Les Paul<br />

Classic). A numeração das guitarras falsas não fornece o ano, nem o lote de fabricação. •<br />

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RECURSOS HUMANOS<br />

YOLE SCOFANO<br />

é radialista, consultora de empresas e ministra treinamentos focados em desenvolvimento empresarial<br />

nas áreas de vendas, liderança e gerenciamento de rotinas. E-mail: yolescofano@gmail.com<br />

ACERTE NA<br />

CONTRATAÇÃO<br />

CONHEÇA AS DICAS PARA FORMAR UMA BOA EQUIPE:<br />

80% DEPENDE DE VOCÊ E DE SEU PLANEJAMENTO<br />

Atualmente, formar uma boa equipe<br />

de vendas vai muito além do que<br />

simplesmente contratar alguém<br />

com experiência anterior. É comum, em<br />

muitas empresas, ver que as contratações<br />

ainda são realizadas de forma muito rápi-<br />

da e sem o devido planejamento de inserção<br />

do novo empregado. Há companhias que<br />

contratam num dia e no outro já entre-<br />

gam o catálogo e dizem: “Agora vai<br />

vender que chegou cliente”... O indivíduo<br />

chega completamente perdido,<br />

não é instruído para saber por onde<br />

começar, fica ansioso. Se a loja possui<br />

circuito interno, então, nem se<br />

fala. O ‘novato’ vai pensar o tempo<br />

todo que seu chefe está de olho em<br />

seu comportamento e, se isso não<br />

bastasse, os colegas, que até então<br />

não sabiam de nada quanto às<br />

novas contratações, já começam<br />

a especular quem será mandado<br />

embora e a dizer que não foram<br />

com a cara do fulano...<br />

Típico cenário para que o contratado<br />

dure pouquíssimo tempo<br />

na empresa. Depois o que se<br />

pensa? “Puxa vida, na ent<strong>revista</strong><br />

parecia ter tanta disposição e no<br />

final das contas ficava parado o dia<br />

inteiro sem fazer nada” ou “Era muito calado,<br />

não era capaz de vender nada”.<br />

Invista agora<br />

Você precisa começar já a investir em tempo<br />

e planejamento para assegurar a qualidade<br />

de suas contratações e obter os resultados<br />

tão desejados. Uma das primeiras ações é<br />

64 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


RH Contratação<br />

escrever uma carta de apresentação<br />

sobre a sua empresa. Pode parecer<br />

simples, mas é fundamental que ela<br />

transmita informações institucionais<br />

para o novo empregado: há quanto<br />

tempo a companhia atua no mercado,<br />

quem são os gestores (deve conter organograma<br />

geral), valores, objetivos,<br />

tamanho, número de funcionários,<br />

políticas sociais, principais produtos<br />

e serviços, assim como principais<br />

concorrentes e clientes etc.<br />

Quando definir o futuro contrata-<br />

do, adapte a apresentação para o cargo<br />

que ele ocupará: quem são os integrantes<br />

da equipe com quem ele irá traba-<br />

lhar, quais são os principais produtos<br />

com os quais ele lidará, o que se espera<br />

de sua atuação, função e comporta-<br />

mento. Tudo isso só para começar!<br />

O seu novo colaborador precisa de<br />

conhecimento amplo sobre a empre-<br />

sa que ele vai representar, e tanto ele<br />

quanto a antiga equipe vão se sentir<br />

mais seguros se você apresentá-lo no-<br />

minalmente, ou eleger alguém que<br />

possa fazê-lo, como o novo funcionário<br />

da empresa. Ah! Se puder,<br />

informe também qual será a sua<br />

função — tudo isso levará à sensação<br />

de segurança por parte<br />

de todos. Assim, o processo de<br />

integração acontece de forma<br />

mais natural e ameniza certos<br />

desconfortos causados nos colaboradores<br />

mais antigos.<br />

Saiba que é comum que novos<br />

integrantes não sejam muito<br />

bem recebidos pelos outros<br />

funcionários, pois o ‘novo’, além<br />

de ser um ‘desconhecido’, interfe-<br />

re diretamente na zona de conforto<br />

dos demais. A saída para essa questão<br />

está na própria equipe. Eleja padrinhos<br />

ou madrinhas como responsáveis<br />

pela orientação do recém-chega-<br />

do quanto às dinâmicas diárias da<br />

empresa, compartilhando a respon-<br />

sabilidade sobre sua adaptação. Isso<br />

não isenta os gestores de realizarem<br />

um acompanhamento bem próxi-<br />

mo nos primeiros dias de integração.<br />

Importante ressaltar que a integração<br />

deve ser realizada antes que<br />

o novo colaborador venha a ter contato<br />

direto com os clientes, o que só<br />

deve ocorrer quando o contratado tiver<br />

conhecimento pleno de que papel<br />

representa para a empresa, para os<br />

integrantes de sua equipe e para seus<br />

futuros clientes. Todo esse processo<br />

acontece de forma gradativa e deve<br />

ser encarado com muita seriedade.<br />

Endomarketing<br />

E depois?<br />

Após o processo de integração, é interessante<br />

que os gestores expliquem<br />

o que esperam em termos de resultados.<br />

Não basta o empresário ou o<br />

gerente de vendas saber o que quer,<br />

os objetivos devem ser transparentes<br />

para toda a equipe, com metas realistas<br />

e bem traçadas. Lembre-se: quando<br />

estabelece metas, você faz com que<br />

as pessoas trabalhem em sinergia, todos<br />

vão em busca dos mesmos objetivos.<br />

E se sabemos onde precisamos<br />

chegar, com um planejamento adequado,<br />

certamente fica muito mais<br />

fácil alcançar o objetivo.<br />

Outra coisa: defina estratégias,<br />

planeje e gerencie de maneira competente<br />

as suas vendas. Invista em<br />

treinamento constante, acompanhe<br />

e compartilhe resultados, perguntese<br />

sempre: qual o perfil que desejo<br />

para a minha equipe? O que espero de<br />

minha equipe? Como espero que minha<br />

equipe atue? Todos sabem qual<br />

o objetivo que precisamos alcançar?<br />

Como posso incentivá-los a aumentar<br />

as vendas? Quais são as ferramentas<br />

de que minha empresa dispõe para<br />

auxiliar em meu trabalho? Estamos<br />

utilizando de forma eficaz os meios<br />

de comunicação com nossos clientes<br />

(internet, mala direta, mailing)?<br />

Tudo parece um pouco mais trabalhoso<br />

no início, mas os resultados<br />

podem ser surpreendentes! Boa sorte,<br />

boas vendas e até a próxima! •<br />

Numa definição simples e rápida: endomarketing é a ação<br />

de marketing voltada para os funcionários da empresa. Estimula<br />

o compartilhamento de ideias, transparência, a busca<br />

conjunta por resultados, participação integrada, e tem por<br />

finalidade o aumento da produtividade em toda a empresa.<br />

Alguns de seus pilares são: ética, interatividade, informação<br />

e multidisciplinaridade. Para começar sua implantação, uma<br />

boa dica é trocar impressões e observações com a equipe.<br />

Elabore a cartilha da sua empresa e declare a todos qual a<br />

importância de cada um dos integrantes. Inclua fotos, crie<br />

uma identificação visual dos produtos e de sua loja, ou empresa,<br />

com uma linguagem voltada para seus funcionários.<br />

Encante e venda primeiro os produtos para sua equipe: isso<br />

se chama endomarketing e muitas empresas já descobriram,<br />

nas vendas, os benefícios dessa comunicação positiva!<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 65


Capa Sta. Ifigênia<br />

Áudio é aqui!<br />

Polo de áudio e eletrônicos em São Paulo espera renovação urbanística<br />

e se prepara para novos desafios em 2010<br />

Por Miguel De Laet • Colaborou: Daniel Neves • Fotos: Itamar Dantas<br />

Com 200 anos de existência, o<br />

bairro de Santa Ifigênia está,<br />

desde maio de 2009, esperando<br />

prometidas mudanças estruturais<br />

a serem realizadas pela prefeitura de<br />

São Paulo. Não é para menos, a caótica<br />

e degradada área é o principal<br />

ponto de convergência da indústria<br />

de áudio e eletrônicos no País.<br />

No mercado musical, poucos<br />

nunca ouviram falar da Santa Ifigênia,<br />

um bairro movimentado na região<br />

da Luz que descobriu cedo a sua<br />

vocação comercial devido à proximidade<br />

da estação ferroviária, que no<br />

passado serviu à indústria cafeeira e<br />

transportava os imigrantes europeus<br />

Revolução de 1932<br />

A Revolução Constitucionalista<br />

de 1932 foi um movimento armado<br />

ocorrido no Estado de São<br />

Paulo, entre os meses de julho e<br />

outubro daquele ano. O objetivo<br />

era derrubar o Governo Provisório<br />

de Getúlio Vargas e promulgar<br />

uma nova constituição para o Brasil. Os combates envolveram mais de 35<br />

mil soldados do lado paulista, que enfrentaram cerca de 100 mil combatentes<br />

governistas. Os dados oficiais apontam 830 mortos, mas estima-se que o número<br />

tenha sido muito maior. Os paulistas se renderam depois de três meses,<br />

mas tiveram sua vitória política. Por pressão, já nacional, em 1934 foi convocada<br />

uma Assembleia Nacional Constituinte. Desde 1997, o dia 9 de julho, data<br />

considerada início da Revolução de 1932, é feriado em todo o Estado paulista.<br />

66 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Capa Sta. Ifigênia<br />

estabelecidos em São Paulo.<br />

Logo após a Revolução de 1932<br />

(veja box na página anterior), o governo<br />

suspendeu quaisquer melhorias<br />

no bairro. O resultado foi a sua<br />

transformação em um local de prostituição<br />

e desvalorização imobiliária.<br />

Muitos imigrantes de todo mundo<br />

também se instalaram na região,<br />

que, pouco a pouco, foi ganhando um<br />

caráter comercial durante o dia. Com<br />

o passar dos anos, antigos lojistas que<br />

trabalhavam com o comércio de outros<br />

produtos acabaram mudando o<br />

ramo do negócio para o mercado de<br />

áudio. “A matriz da empresa em que<br />

trabalho tem 30 anos e seu fundador<br />

vendia anteriormente roupas no<br />

mesmo local”, informa Tiago Soares<br />

de Oliveira, da MDA Som.<br />

Como transformar<br />

uma rua em um sucesso<br />

Do ponto de vista do marketing, polos<br />

comerciais sempre foram promotores<br />

do consumo. Na história sempre foi<br />

assim, da concentração de mercadores<br />

em Veneza, na Itália, ao centro de<br />

Frankfurt, na Alemanha. Não é à toa<br />

que shopping centers, abertos ou fechados,<br />

atraem tantas pessoas. De maneira<br />

geral, existe uma conta que faz a<br />

atração a um local comercial ser maior<br />

ou menor: número de potenciais consumidores<br />

versus concentração de negócios,<br />

atividades culturais e estrutura<br />

para receber o volume de compradores<br />

compatíveis com o local.<br />

De acordo com Rubens Sergey,<br />

especialista em marketing de varejo,<br />

o segredo para uma loja aumentar<br />

seu número de clientes é quando<br />

uma concorrente abre ao lado e, claro,<br />

onde há consumidores potenciais<br />

para ambos – mesmo que você não<br />

acredite nisso, basta pensar em nosso<br />

próprio padrão de consumo: normalmente<br />

vamos a pontos comerciais<br />

onde será mais fácil encontrar<br />

ofertas e quantidade, além da qualidade<br />

esperada.<br />

Para onde eu vou?<br />

Polo no comércio de áudio do País<br />

corre o risco de ser desapropriado<br />

A<br />

degradação do bairro de Santa Ifi gênia, que mostra todas as<br />

suas características à noite, quando a região passa a ser conhecida<br />

como Cracolândia, levou a prefeitura de São Paulo a<br />

dar andamento ao polêmico projeto Nova Luz, que promete revitalizar o<br />

bairro, mas passando à iniciativa privada a responsabilidade de negociar<br />

a desapropriação de imóveis.<br />

O conflito de interesses é claro, já que por ser uma região comercial de<br />

fama nacional, todos querem se beneficiar da reputação do local. Essa é a<br />

questão que vem tirando o sono de todo comerciante da região e de todos<br />

os outros varejistas que utilizam a Santa Ifigênia como principal fornecedora<br />

para equipamentos de áudio. “Não querem saber para onde vamos.<br />

Pensam: ‘Vocês que se virem!’. Não sabemos o que vai ser feito. Estamos<br />

esperando no ‘corredor da morte’, aguardando a punhalada”, considera Jaime<br />

Ito, proprietário da Ito Som. Realmente a requalificação urbana da Nova<br />

Luz é um assunto que aterroriza os lojistas.<br />

O projeto de reurbanização da área não é assunto novo. Nos anos 40<br />

já haviam sido feitas algumas melhorias na região e nos anos 80 o prefeito<br />

Jânio Quadros também tinha planos para a Santa Ifi gênia. Durante o<br />

governo de Marta Suplicy houve o Projeto Belezura, com a intenção de<br />

revitalizar o centro. A principal diferença para o caso atual é justamente a<br />

prática, já que o projeto prevê a transferência de direitos de desapropriação<br />

à iniciativa privada. O objetivo é tentar acelerar o processo de desocupação<br />

de áreas com dinheiro de empreendedoras, mas como isso será<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 67


Capa Sta. Ifigênia<br />

E é justamente esse fator que<br />

torna a região da Santa Ifigênia<br />

muito procurada: a facilidade de<br />

encontrar variedade, qualidade e<br />

produtos de última geração em áudio<br />

e equipamentos de ponta. “Hoje<br />

a simplicidade de se trabalhar com<br />

equipamento de som profissional<br />

é muito grande. Uma mesa digital<br />

consegue ter todo rack de periféricos<br />

dentro da memória dela”, explica<br />

José Roberto Cheda, proprietário da<br />

Cheda’s Sonorização Profissional,<br />

há 34 anos na região. Outro ponto<br />

comentado por profissionais da região<br />

é a entrada do sistema line array<br />

no mercado, que reduziu peso e<br />

volume das caixas de som sem perder<br />

a eficiência. “Antigamente você<br />

precisava de um caminhão para levar<br />

um equipamento, hoje você leva<br />

com uma van”, ilustra o empresário.<br />

Roland M400 com sistema REAC: diferencial competitivo<br />

Yamaha M7CL48: a empresa ainda domina (com folga) o mercado de mesas digitais<br />

Se por um lado sistemas complexos<br />

despontam em vendas, por<br />

outro, nem sempre o produto com<br />

maior volume de venda é o de última<br />

geração. “Como line array de ponta,<br />

existem os sistemas da Nexus, Eletro-Voice<br />

e o VerTec da JBL. Contudo,<br />

os mais comercializados são os modelos<br />

da DAS, que têm grande variedade<br />

e relação custo-benefício bem<br />

interessante”, reforça Cheda. Ele destaca<br />

o trabalho da Decomac Brasil,<br />

a importadora da DAS, que seguiu a<br />

estratégia de deixar o cliente testar<br />

o produto antes de comprá-lo, além<br />

do apoio que deram aos lojistas, inclusive<br />

na pós-venda. Dos nacionais,<br />

especialistas da região destacam a<br />

Attack, entrando na briga com os<br />

importados, e a Selenium, que vem<br />

aperfeiçoando a sua linha e desenvolvendo<br />

bons line array.<br />

Mesas digitais<br />

Quanto às mesas digitais, as mais destacadas<br />

durante esta reportagem na<br />

Santa Ifigênia, tanto em vendas como<br />

em recursos, foram as fabricadas pela<br />

Yamaha. “De pequeno a grande porte,<br />

a Yamaha domina o mercado de mesa<br />

digital. Hoje você não vende Yamaha,<br />

o cliente compra”, explica Cheda. E há<br />

outras empresas investindo para ganhar<br />

espaço nesse segmento, como<br />

68 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Capa Sta. Ifigênia<br />

Phonic, Roland, entre outras.<br />

Alex Lameira, gerente de produtos<br />

da Cakewalk/RSS/Edirol, marcas<br />

da Roland, reconhece a força da Yamaha<br />

nesse setor. “A Yamaha é a líder<br />

no mercado de mesas digitais, mas a<br />

Roland vem trabalhando pesado para<br />

conquistar uma boa fatia do mercado.<br />

A principal arma é a praticidade<br />

que a tecnologia REAC trouxe para<br />

o áudio profissional.” REAC (Roland<br />

Ethernet Audio Communication) é<br />

uma tecnologia de transferência de<br />

áudio original da Roland. Segundo a<br />

fabricante, essa tecnologia é imune<br />

à indução externa, à degradação da<br />

qualidade e a ruídos existentes tipicamente<br />

em cabos analógicos.<br />

Os lojistas também destacam outros<br />

produtos com bom giro no mercado,<br />

os CDJs, equipamentos voltados<br />

para DJs. “Eles são um público sempre<br />

ligado às novidades”, diz Fábio Dourado,<br />

da Casa do Alto-Falante. Tiago<br />

continuação da página 67<br />

efetivamente acordado com os lojistas ainda é uma incógnita. “Houve a<br />

desapropriação de alguns imóveis que a prefeitura vinha fazendo e depois<br />

a coisa começou a se descaracterizar. Não tínhamos informação do<br />

que era o projeto em si, como um todo. Entrar na prefeitura e ver o projeto,<br />

você não consegue”, lamenta-se José Roberto Issa Cheda, proprietário<br />

da Cheda’s Sonorização Profi ssional.<br />

Por que revitalizar<br />

Todas essas intervenções – dos<br />

anos 40, 80 e de agora – têm<br />

o objetivo de valorizar os espaços<br />

culturais dos arredores, implantar áreas<br />

verdes, locais de convivência e relações sociais,<br />

atrair novas atividades econômicas e, é claro, potencializar aquilo que<br />

a região tem de melhor: o comércio. Segundo o projeto Nova Luz, as áreas<br />

degradadas serão erradicadas e está p<strong>revista</strong> uma área para residências<br />

destinadas à população de baixa renda.<br />

Parece bonito, não é? Não para os comerciantes da região. Robson<br />

Ayres, presidente do Clube dos Lojistas da Santa Ifigênia, chegou a apresentar<br />

uma ideia interessante à prefeitura de São Paulo, sugerindo a preferência<br />

de compra dos futuros imóveis residenciais da região pelos atuais<br />

trabalhadores da Santa Ifigênia. Ele usou o bom senso, já que a ideia traria,


Capa Sta. Ifigênia<br />

Soares, da MDA Som, cita os amplificadores<br />

com entrada USB e os microfones<br />

USB como produtos inovadores.<br />

No entanto, os produtos mais vendidos<br />

na loja dele são microfones sem<br />

fio da Karsect e da TSI.<br />

Mapa da polêmica:<br />

lojistas ainda não sabem<br />

se serão desapropriados<br />

Garantia ‘soy jo’ X internet<br />

Muitos lojistas — principalmente<br />

os menores — concordam que o<br />

movimento na região diminuiu em<br />

relação aos anos anteriores. Eles evidenciam<br />

duas causas: a concorrência<br />

com a internet e o mercado paralelo.<br />

O primeiro pela praticidade e rapidez<br />

na pesquisa de orçamentos e encomenda<br />

do produto, além da ‘prontaentrega’<br />

e do pagamento eletrônico.<br />

Já o segundo, por estar relacionado a<br />

produtos contrabandeados, oferece<br />

preços abaixo do praticados no mercado<br />

legalizado. Os reflexos são diretos:<br />

“Diminuímos muito o número<br />

Faltam escolas<br />

especializadas na<br />

qualificação de<br />

profissionais do áudio<br />

Formação profissional<br />

Em sua maior parte, profissionais da Santa Ifigênia possuem<br />

ensino médio completo e um curso técnico, quando<br />

trabalham no cargo de gerência, mas nem sempre<br />

estudaram algo relacionado ao segmento. Via de<br />

regra, entram no setor por acaso e mudam de empresa,<br />

mas não de segmento e região. Tiago Soares,<br />

por exemplo, trabalhou em vários estabelecimentos da<br />

Santa Ifigênia antes de entrar na MDA Som. Já Roberto<br />

Barbosa, gerente da Real Som Eletrônica, começou há 15<br />

anos na empresa como office-boy. Sobre qualificação, os<br />

profissionais de áudio da região apontam a importância<br />

dos cursos de atualização e palestras promovidas pelas<br />

fabricantes para auxiliar no conhecimento<br />

sobre os produtos e<br />

otimizar a chance de venda. Reforçam<br />

ainda a carência de cursos de<br />

especialização em áudio no País.<br />

Roberto Cheda alerta que os<br />

cursos e workshops promovidos<br />

pelas fabricantes, apesar de serem<br />

fundamentais, ainda não são a alternativa mais adequada,<br />

pois o volume de informação — muito grande — e o tempo<br />

curto fazem com que a apresentação seja muito superficial.<br />

Ele sugere: “Seria interessante fazer uma apostila e entregar<br />

para o pessoal. As próprias empresas, por exemplo,<br />

poderiam ter um departamento de comunicação entre loja<br />

e empresa para realizar consultas técnicas. Quando você<br />

conhece o produto, consegue<br />

vendê-lo melhor”, esclarece. Fábio<br />

Dourado, da Casa do Alto-Falante,<br />

chegou a fazer curso de áudio e<br />

mixagem profissional na escola<br />

Curso de Áudio e Música, CAM,<br />

e diz ter auxiliado e muito em seu<br />

trabalho. Além da CAM, que fica<br />

em Campinas, SP, existe o Instituto de Artes e Técnicas em<br />

Comunicação, Iatec, no Rio de Janeiro, RJ, e a Omid, em São<br />

Paulo, SP. Conheça-as pelos sites: www.camaudioemusica.<br />

com.br; www.iatec.com.br; www.omid.com.br.<br />

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Capa Sta. Ifigênia<br />

de funcionários”, lamenta-se Jaime<br />

Ito, proprietário da Ito Som.<br />

Para os diversos lojistas ent<strong>revista</strong>dos<br />

pela Música & <strong>Mercado</strong> a<br />

opinião foi unânime: as vendas pela<br />

internet afetam a venda das lojas de<br />

rua. “O cliente está inteirado. Antigamente,<br />

ele saía de sua residência para<br />

fazer uma pesquisa, procurava três<br />

orçamentos, ficava o dia inteiro percorrendo<br />

as ruas, fazia amizade com<br />

o vendedor e comprava pelo atendimento<br />

ou por impulso”, explica o vendedor<br />

Tiago Soares, da mesma loja.<br />

A internet é uma realidade e, sim,<br />

está mudando a forma de orçar e analisar<br />

produtos. “A marca é a garantia de<br />

qualidade do produto, as lojas devem<br />

entender que os consumidores irão<br />

chegar com a opinião já formada sobre<br />

o produto”, afirma Manel Punti, presidente<br />

da Comusica, associação espanhola<br />

da indústria da música, uma<br />

das mais atentas sobre o efeito internet<br />

continuação da página 69<br />

sobretudo, qualidade de vida ao cidadão, pois excluiria o tempo gasto no<br />

transporte até o local de trabalho – duas a três horas, uma das principais<br />

dificuldades de quem reside em grandes cidades. “O seu Robson passou<br />

essa ideia para eles. Por que ela não foi adotada? Por que não foi passado<br />

isso em aberto? Como é que eu posso ser desapropriado? Estou há 30<br />

anos nesta loja! Para onde vou? Eu nem sei o que vou receber de indenização...”,<br />

questiona, revoltado, o empresário Roberto Cheda.<br />

Ninguém realmente sabe o que vai acontecer. “Eles não revelam quais<br />

imóveis serão desapropriados para preservar a empresa que vencer a licitação<br />

da especulação imobiliária”, dizem os comerciantes. Sem saber quais<br />

são exatamente os imóveis que serão ‘vendidos’, a insegurança é generalizada,<br />

refletindo no valor imobiliário da região. O preço do metro quadrado<br />

há cerca de dois anos era de R$ 2 mil; hoje, afirmam os lojistas, ninguém se<br />

interessa nem por R$ 600.<br />

O que diz a prefeitura?<br />

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano da Cidade de São Paulo informou<br />

que as lojas da região não serão desapropriadas. Disseram<br />

ainda que a lei tem o objetivo de favorecer os comerciantes, renovando<br />

a área e recuperando imóveis históricos. Segundo o governo paulistano,<br />

a desapropriação será destinada apenas aos imóveis abandonados,<br />

geralmente habitados por trafi cantes e infratores. Além disso, a área


Capa Sta. Ifigênia<br />

no mercado musical. “No futuro breve<br />

será difícil para as ‘lojas físicas’ competirem<br />

em preço. O grande diferencial<br />

será o serviço”, complementa.<br />

Para Soares, que além de vendedor<br />

também cuida do gerenciamento do<br />

site da Ito Som, “o consumidor pesquisa<br />

centenas de lojas em minutos<br />

e compra onde estiver mais barato”.<br />

Segundo ele, apesar disso, as vendas<br />

do balcão ainda superam as da internet,<br />

mas os números do e-commerce<br />

estão crescendo bastante. O argumento<br />

dos consumidores é que eles<br />

encontram produtos mais baratos na<br />

internet. “Mas com qual garantia?”,<br />

proclamam os lojistas, unânimes.<br />

Se por um lado é verdade que o<br />

consumidor de produto ilegal não<br />

está interessado em atendimento ou<br />

garantia, na própria região, é notório<br />

saber quem são os comerciantes que<br />

também trabalham com produtos<br />

contrabandeados e realizam fraude<br />

fiscal. “Muitos sonegam tributação<br />

e origem de produtos, e as empresas<br />

idôneas não conseguem vender pela<br />

diferença de impostos”, desabafa Tiago<br />

Soares, da MDA.<br />

Cheda’s Sonorização Profissional: há 34 anos na região<br />

Nota fiscal é a garantia<br />

dos grandes clientes<br />

Quem não reclama por ter de disputar<br />

o mercado com produtos ilegais<br />

são lojistas que vendem para empresas<br />

profissionais de sonorização e locação<br />

de equipamentos de áudio. “Ele<br />

(empresário) prefere, até por segurança,<br />

pagar um pouco mais<br />

caro em lojas conhecidas<br />

que forneçam produtos de<br />

procedência garantida”, diz<br />

Cheda. A razão é simples:<br />

“Ele está na rua, na estrada,<br />

e necessita de um seguro<br />

para o equipamento.<br />

Para isso, precisa da nota<br />

fiscal”, explica.<br />

Outro fator que reforça a<br />

importância de se comprar<br />

um produto legal é a fisca-<br />

Real Som: já tradicional na Rua dos Andradas<br />

Outros polos de áudio do País<br />

Belém, PA ................................Rua Manoel Barata<br />

Belo Horizonte, MG ......................Rua dos Carijós<br />

Fortaleza, CE.......................... Rua Pedro Pereirão<br />

Goiânia, GO .............................Rua Senador Jaime<br />

Manaus, AM .................................Rua Dr. Moreira<br />

Natal, RN ..............................Rua Pres. José Bento<br />

Porto Alegre, RS .........................Rua Alberto Bins<br />

Recife, PE ..................................Rua da Concórdia<br />

Rio de Janeiro, RJ .................República do Líbano<br />

lização, cada vez mais atuante. Além<br />

disso, o investimento em equipamento<br />

de áudio é muito alto. Consumidor disposto<br />

a gastar certamente irá querer<br />

contar com a garantia.<br />

Os pequenos comerciantes também<br />

sentem pressão dos preços<br />

praticados pelas grandes<br />

lojas, que possuem negociação,<br />

pois seu giro e volume<br />

são maiores, e podem trabalhar<br />

com valores, muitas vezes,<br />

imbatíveis. “Não tenho<br />

condições de praticar os preços<br />

que têm por aí. Fazemos<br />

um preço de sobrevivência e<br />

temos clientes que dão preferência<br />

ao atendimento”,<br />

declara Ito. Roberto Barbo-<br />

72 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Capa Sta. Ifigênia<br />

continuação da página 71<br />

desapropriada, de quase 270 mil m 2 , será utilizada para a construção de<br />

residências para famílias de baixa renda e prédios que serão destinados<br />

ao Poder Público, como a sede da Polícia Metropolitana de São Paulo, por<br />

exemplo. O processo ainda está em licitação para escolher o escritório de<br />

arquitetura que será o responsável para, num prazo de dez meses, apresentar<br />

um projeto que contemple todas as especifi cações da prefeitura.<br />

A Secretaria de Desenvolvimento Urbano disponibilizou mapas em seu<br />

site sobre a reurbanização (acesse este endereço para conferi-los: http://<br />

tr.im/ELjl) — neles não estão especifi cadas quais propriedades serão<br />

desapropriadas. Para as empresas que querem investir na região, serão<br />

concedidos incentivos fi scais; quem se instalar nos arredores receberá<br />

desconto de 50% no IPTU e de 60% no ISS.<br />

Tudo indica que o assunto demorará a se resolver. O processo de licitação<br />

é lento e não existem informações claras a respeito. Além disso, como<br />

as acusações envolvem políticos ligados ao atual prefeito da cidade de São<br />

Paulo, Gilberto Kassab, a maioria dos lojistas acredita que o processo irá se<br />

arrastar até as próximas eleições municipais, em 2012.<br />

Empresas fora do nosso setor<br />

interessadas em ocupar a região<br />

Segundo a mídia, conheça algumas empresas que têm interesse declarado<br />

em ocupar a Santa Ifigênia: Atento Brasil; Audatex; Bracor Empreendimentos;<br />

BRQ Soluções de Informática; BR Properties; DMF Construtora; Digisign;<br />

E-Safetransfers; IBM; Instituto Moreira Salles; Klar Indústria e Comércio de<br />

Eletroeletrônicos; Magna Web; <strong>Mercado</strong> Eletrônico; Meta Serviços em Informática;<br />

Microsoft; TMS Call Center; TNL Contax.<br />

Vereadores cassados<br />

A indignação dos comerciantes gerou um pedido de cassação de alguns<br />

vereadores de São Paulo, por conta de muitos deles terem supostamente<br />

privilegiado empresas de construção civil na reurbanização da Santa Ifi -<br />

gênia, já que elas fi nanciaram suas campanhas – um escândalo que levou<br />

à cassação de 13 vereadores da cidade.<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 73


Capa Sta. Ifigênia<br />

sa, da Real Som, concorda e afirma<br />

que sua loja nem entra nessa guerra:<br />

“Hoje, nesse mercado, oferecemos um<br />

trabalho diferenciado, uma pós-venda<br />

eficiente e não o preço”, completa.<br />

Se brigar pelo preço é inviável, o<br />

diferencial das lojas menores deve<br />

ser o atendimento, mas também especialização<br />

e aumento de volume<br />

nas compras com número menor de<br />

fornecedores, para obter vantagens<br />

na negociação.<br />

O futuro da região<br />

Como em muitos outros pontos comerciais,<br />

a região da Santa Ifigênia já<br />

sente os efeitos do comércio on-line,<br />

mas não é só esse fator que preocupa<br />

os lojistas, que mencionam também<br />

outros fatores: “O movimento<br />

tem caído um pouco, sim, acho que<br />

por conta da venda eletrônica. E os<br />

outros bairros, de certa forma, estão<br />

conseguindo cativar clientes”, explica<br />

Fábio Dourado, gerente comercial<br />

da Casa do Alto-Falante. A opinião<br />

é endossada por Roberto Barbosa,<br />

da Real Som Eletrônica, que aponta<br />

o fortalecimento do mercado da internet<br />

e também das lojas de bairro<br />

como fatores determinantes para a<br />

diminuição das vendas. O proprietário<br />

da Ito Som é ainda mais enfático:<br />

“Antes era possível trocar de carro<br />

todo ano com um comércio como<br />

esse. Hoje não é mais assim”.<br />

Mas há quem discorde. “De<br />

maneira geral, o movimento vem<br />

aumentando. Antes a Rua Santa<br />

Ifigênia era o foco. Hoje você tem<br />

as transversais: Timbiras, Aurora,<br />

Vitória e Gusmões. A Rua do Seminário<br />

vem se destacando com o segmento<br />

de som”, diz Roberto Cheda.<br />

O empresário lembra que diversas<br />

lojas do Brasil estão crescendo, especialmente<br />

aquelas que utilizam a<br />

internet como aliada. Como exemplo,<br />

ele cita a Lamarca Pro-Áudio,<br />

de Limeira, no interior de São Paulo:<br />

“Ele vinha aqui comprar material e<br />

Igrejas: um bom negócio?<br />

O que move o mercado da Santa<br />

Ifigênia não é apenas a venda de<br />

produtos para a maior parte dos<br />

varejistas espalhados pelo Brasil. A<br />

região também se destaca por oferecer<br />

a sonorização de empresas,<br />

em especial de igrejas, como um<br />

bom negócio.<br />

Edimar Mariano do Santos, proprietário<br />

da Casa do Alto-Falante,<br />

atualmente terceiriza esse tipo de<br />

serviço, mas enxerga o potencial<br />

que ele oferece e pretende investir<br />

nesse diferencial em breve. Fábio<br />

Dourado, seu gerente comercial,<br />

destaca, além das igrejas, os DJs e as empresas que zem locação de som como seus principais consumidores.<br />

fa-<br />

A maioria das lojas não conta com instaladores, mas<br />

terceirizam ou até indicam um profissional que execute o<br />

serviço. Algumas lojas se beneficiam pela tradição e confiança<br />

que conquistaram no mercado. “Tem instaladores<br />

e projetistas que indicam a loja. Eles elaboram um projeto<br />

e aconselham alguns locais onde o cliente pode encontrar<br />

o produto. Aí o cara vem e cota. Tem cliente que nem circula.<br />

Informa que o projetista pediu para fazer a compra<br />

aqui mesmo e acabou. Só diz: vê o que você pode fazer<br />

de melhor pra mim”, garante Cheda.<br />

Outro nicho que também vem se demonstrando muito<br />

promissor são as escolas que trabalham com cursos<br />

Sonorização e miudezas: igrejas ainda são os principais consumidores<br />

a distância. Tiago Soares, da MDA Som, lembra que a<br />

venda para as igrejas é muito grande, mas elas buscam<br />

melhor preço, não se preocupam com qualidade e, geralmente,<br />

fazem pequenas compras, como microfones, cabos,<br />

entre outras miudezas. Por outro lado, as faculdades<br />

e escolas de ensino a distância investem mais: buscam<br />

produtos inovadores e de qualidade garantida, pensando<br />

na maior vida útil, praticidade e benefícios que esse atributo<br />

assegura. Mesmo assim, Soares lembra que cerca<br />

de 40% de seu faturamento é assegurado pelas Igrejas,<br />

ou seja, ainda são seus principais consumidores; mas o<br />

futuro antecipa uma outra realidade, a popularização dos<br />

cursos a distância. Sua loja já está se preparando para<br />

atender a esse mercado?<br />

74 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Capa Sta. Ifigênia<br />

MDA Som: a internet como aliada<br />

aproveitava para levar para o pessoal<br />

de Limeira. Demos um incentivo<br />

para o Lamarca montar uma loja<br />

na região. De uma coisa pequenina<br />

você vê o que é a Lamarca Pro-Áudio<br />

hoje. Igual a ele você observa diversos<br />

polos crescendo Brasil afora”<br />

(veja quadro na pág 72).<br />

Quando questionado se o fortalecimento<br />

de outras regiões pode<br />

enfraquecer as vendas dos lojistas<br />

da Santa Ifigênia, Cheda foi enfático:<br />

“A concorrência é boa.<br />

Ela te ajuda a aprimorar.<br />

Quem ganha com isso é<br />

o consumidor”. Segundo<br />

Cheda, o cliente que compra um produto<br />

em uma loja fora de sua região<br />

pode ter dificuldades para ser bem<br />

atendido. Qualquer problema que<br />

ele possa ter, seja sobre o próprio<br />

equipamento, sobre a necessidade<br />

de manutenção, ou qualquer outra<br />

orientação, a barreira geográfica<br />

Casa do Alto-Falante:<br />

investimento em sonorização<br />

atrapalha. “Como é que ele vai, via<br />

telefone, ficar pegando informação?<br />

Se ele tem alguém na região que dá<br />

esse suporte, para ele é bem melhor”,<br />

diz. No final, ter polos de áudio distribuídos<br />

pelo Brasil fortalece o próprio<br />

setor, que cresce como um todo.<br />

É bom para todo mundo! •<br />

Especialistas do mercado, da esq. para a dir.: Tiago Soares, da MDA Som; Jaime Ito, da Ito Som;<br />

Roberto Cheda, da Cheda’s Sonorização; Edimar Mariano dos Santos e Fábio Dourado, da Casa do Alto-Falante<br />

76 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


ORGANIZAÇÃO<br />

FABIANO BRUM<br />

é palestrante nas áreas de Marketing, Motivação, Atendimento e Vendas. De maneira inteligente e criativa, alia seu conhecimento<br />

musical aos temas de seus treinamentos. E-mail: contato@fabianobrum.com.br • Site: www.fabianobrum.com.br<br />

THIS IS IT!<br />

AFINE-SE PARA O SUCESSO<br />

COM AS LIÇÕES DE MICHAEL JACKSON<br />

Por suas contribuições e inovações<br />

no mundo da música,<br />

Michael Jackson ficará para a<br />

história. Amado por uns, odiado por<br />

outros e ignorado por poucos, fato é<br />

que Michael Joseph Jackson, nascido<br />

em 29 de agosto de 1958 e morto em<br />

25 de junho de 2009, foi um grande<br />

empreendedor no mercado de entretenimentos.<br />

Porém, ele também cometeu<br />

inúmeros equívocos do ponto<br />

de vista estratégico. Neste texto, vamos<br />

abordar esses dois lados dessa<br />

personalidade tão polêmica.<br />

MICHAEL<br />

EMPREENDEDOR<br />

Não existe idade<br />

para empreender<br />

Jackson começou a cantar e dançar<br />

aos 5 anos, iniciando-se na carreira<br />

profissional aos 11, como vocalista<br />

dos Jackson 5. Dois anos depois, em<br />

1972, já iniciava sua carreira solo.<br />

Acerto em parcerias<br />

O compositor sempre foi reconhecido<br />

por fazer parcerias estratégicas que<br />

lhe renderam excelentes resultados,<br />

como a que fez com o produtor Quincy<br />

Jones. Off the Wall, o primeiro trabalho<br />

que lançaram, vendeu mais de 20<br />

milhões de cópias. Outros nomes com<br />

quem trabalhou são: Paul McCartney,<br />

Slash (guitarrista do Guns N’ Roses),<br />

Eddie Van Halen e Lionel Ritchie.<br />

Independência e autoconfiança<br />

Graças ao sucesso na carreira solo,<br />

libertando-se de anos de maus-tratos<br />

e humilhações, em 1983 Michael<br />

demite seu empresário, o próprio pai.<br />

No especial para a TV sobre os 25<br />

anos da gravadora Motown, Jackson<br />

exige cantar uma música própria —<br />

diferentemente dos demais convidados,<br />

que relembraram antigos sucessos<br />

da gravadora — e ao som de Billie<br />

Jean, , Michael surpreende o público e<br />

o mundo com o passo moonwalk! ! Em<br />

várias ocasiões, Jackson investiu seu<br />

próprio dinheiro para bancar suas<br />

ideias — algumas eram tão ousadas<br />

que assustavam sua gravadora.<br />

Visão e inovação<br />

Em 1982, Thriller<br />

chegou às lojas ven-<br />

dendo 1 milhão de cópias por semana.<br />

Foram 140 discos de ouro e platina, e<br />

mais de 100 milhões de cópias vendi-<br />

das. O clipe também impulsionou as<br />

vendas. A três semanas do Natal de<br />

1983 ele lançou o vídeo de Thriller<br />

—<br />

seu projeto mais ambicioso. O clipe se<br />

tornou referência máxima do gênero<br />

e um dos pilares da cultura pop, além<br />

de ajudar a popularizar a MTV.<br />

Marketing criando uma marca<br />

O compositor sabia muito bem como<br />

usar algumas ferramentas de marke-<br />

ting. Era notável sua capacidade de<br />

criar marcas. Como Elvis Presley já<br />

era ‘O Rei do Rock’, Jackson batizou-se<br />

de ‘O Rei do Pop’. Além disso, ele sou-<br />

be criar outras referências junto aos<br />

fãs, como o passo moonwalk, , a luva<br />

branca em apenas uma das mãos, as<br />

roupas, e por aí vai.<br />

Responsabilidade social<br />

Michael Jackson fez contribuições para<br />

dezenas de<br />

casas de caridade,<br />

além de promover<br />

outras inúmeras ações<br />

sociais. Em 1985 foi o principal<br />

responsável pela megacampanha<br />

USA for África,<br />

com a música-tema We<br />

Are the World (Nós Somos<br />

o Mundo), composta em<br />

parceria com Lionel Ritchie.<br />

Estima-se que<br />

somente esta ação<br />

tenha gerado quase<br />

50 milhões de dólares<br />

para a causa. Em<br />

2001, Michael Jackson<br />

ganhou do Guinness<br />

Book o título de artista que mais<br />

contribuiu com obras de caridade<br />

em toda a história.<br />

EQUÍVOCOS<br />

DA ESTRATÉGIA<br />

Sucesso no passado não garante<br />

sucesso no futuro<br />

Embora o álbum Thriller tenha sido o<br />

grande sucesso da carreira de Michael<br />

Jackson, talvez também tenha sido<br />

motivo de muitos dissabores devido<br />

à importância que esse disco ocupou<br />

no mundo do entretenimento. Jackson<br />

praticamente passou o restante<br />

de sua carreira tentando ‘bater-se’<br />

a si mesmo, gastando verdadeiras<br />

fortunas produzindo discos<br />

e vídeos que pudessem ter a<br />

mesma repercussão. Se tivesse<br />

observado mais atentamente o<br />

78 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Organização Fabiano Brum<br />

mercado<br />

fonográfico,<br />

em vez de<br />

procurar sempre<br />

superar-se, ele poderia<br />

ter evitado perdas<br />

e colhido melhores resultados.<br />

Excesso de<br />

perfeição e<br />

adiamento<br />

de projetos<br />

Perfeccionista ao<br />

extremo, Michael<br />

adiava por anos o<br />

lançamento de novos<br />

projetos. Isso causava<br />

uma espécie de bola-de-neve<br />

em suas dívidas. As pressões<br />

que o cercaram após o sucesso<br />

de Thriller<br />

e as cobranças que<br />

se impunha fizeram-no compor<br />

50 canções para escolher apenas<br />

11, que entraram no disco Bad<br />

(1987). Depois que Dangerous<br />

(1991)<br />

e History<br />

(1995) não alcançaram as<br />

vendas que ele esperava, em 2000<br />

Michael voltou aos estúdios com cem<br />

composições inéditas para escolher<br />

16 que entrariam em Invincible<br />

(2001).<br />

Não calcular riscos e gastar<br />

mais do que se ganha<br />

As extravagâncias e o perfeccionismo<br />

de Michael lhe custaram, realmente,<br />

muito caro. Embora tenha<br />

tido muitos acertos, inclusive criado<br />

referências no mercado musi-<br />

cal, ele não media custos, nem calcu-<br />

lava seus riscos. Em Invincible<br />

(2001),<br />

seu último disco lançado em vida,<br />

Jackson gastou US$ 30 milhões. Considerado<br />

um dos álbuns mais caros<br />

da história, foram comercializados<br />

apenas 10 milhões de cópias. Do pon-<br />

to de vista do empreendedorismo, isso<br />

é um erro grave, pois o empreendedor<br />

foca em resultados, correndo riscos,<br />

mas riscos calculados.<br />

Reclusão e desatualização<br />

A excentricidade, o desequilíbrio<br />

emocional e as constantes polêmicas<br />

em que se envolvia tornavam Michael<br />

Jackson cada vez mais recluso e ‘de-<br />

santenado’ com o mundo. Com isso<br />

ele passou a ignorar a realidade de<br />

seu mercado e de seu público. Assim,<br />

pouco a pouco deixava de lado sua<br />

veia empreendedora. Apenas como<br />

comparação: enquanto Walter Elias<br />

Disney criou a Disney World com a<br />

missão de construir um mundo onde<br />

‘todos’ pudessem ser crianças, Michael<br />

Jackson criou Neverland, um mundo<br />

onde ‘ele’ pudesse ser criança.<br />

THIS IS IT<br />

(É Isso e Pronto)<br />

Em 2009 Michael surpreendeu o mundo<br />

ao anunciar o fim de sua aposentadoria<br />

com uma série de 50 shows em<br />

Londres. Infelizmente, não pudemos<br />

apreciar tais espetáculos pois, na manhã<br />

de 25 de junho de 2009, Michael<br />

Jackson sofreu uma parada cardíaca<br />

e morreu. Apesar de toda a polêmica<br />

por trás da vida e da morte deste grande<br />

astro, o ‘saldo da balança’ foi positivo<br />

para o músico. As demonstrações<br />

de admiração dadas por fãs, personalidades<br />

e imprensa mundial mostraram<br />

como foi grande a sua contribuição<br />

para o mercado musical e que sua<br />

imagem não estava tão desgastada<br />

como muitos imaginavam. Dessa forma<br />

saiu de cena o Rei da Música Pop e<br />

nasceu o mito envolto em mistérios. •


<strong>Mercado</strong> Vendas<br />

Criança hoje,<br />

comprador amanhã<br />

Investir em instrumentos infantis garante<br />

o futuro da sua loja. Aproveite o Natal<br />

e a chegada da lei de música nas escolas<br />

e assegure a longevidade do seu negócio<br />

Por Ana Carolina Coutinho<br />

Você achou este título um pouco<br />

perverso, capitalista demais?<br />

Realmente é, e o conceito<br />

que encerra é a mais pura verdade.<br />

O que posso afirmar é que você pode, e<br />

deve, ter a consciência limpa. Quanto<br />

mais vender instrumentos para o público<br />

infantil, mais estará ajudando a<br />

construir uma geração segura, feliz e<br />

inteligente!<br />

Segundo psicólogos, o contato com<br />

instrumentos musicais desenvolve habilidades<br />

intelectuais e sensoriais que<br />

garantem sucesso na vida: concentração,<br />

sensibilidade, calma, aptidão<br />

motora, criatividade, sociabilidade<br />

e aprendizagem. “Como têm as funções<br />

cerebrais mais estimuladas, as<br />

crianças aumentam as possibilidades<br />

de adquirir conhecimento”, explica a<br />

psicopedagoga Quézia Bombonatto,<br />

presidente da Associação Brasileira de<br />

Psicopedagogia (ABPp), numa ent<strong>revista</strong><br />

ao site da <strong>revista</strong> Crescer (http://<br />

tr.im/EmYh).<br />

O nicho infantil vai explodir nos<br />

próximos anos, pois a obrigatoriedade<br />

da música nas escolas promete alavancar<br />

o setor. Tanto que o principal destaque<br />

da Expomusic 2009 foi a quantidade<br />

de empresas que lançaram produtos<br />

O contato com instrumentos musicais desenvolve a criatividade,<br />

a inteligência e a sociabilidade das crianças<br />

PARA ESTIMULAR O VAREJO DO SETOR,<br />

A MICHAEL REALIZA PARCERIAS COM<br />

LOJISTAS, LEVANDO OS PERSONAGENS<br />

DO MICHAEL CLUB E CRIANDO UM<br />

ESPAÇO LÚDICO NOS PONTOS DE VENDA<br />

Foto cedida pela Casarotto<br />

80 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


<strong>Mercado</strong> Vendas<br />

especialmente para as crianças, reservando<br />

grandes espaços para expô-los<br />

em seus estandes. Faz sentido. Nos Estados<br />

Unidos, onde o ensino de música<br />

nas escolas é obrigatório há mais de 70<br />

anos, a venda de instrumentos infantis<br />

cresce, em média, 100 mil unidades<br />

por ano. A musicalização nas escolas<br />

também prevê a alavancagem direta<br />

no ponto de venda, pois fica ao encargo<br />

dos lojistas suprimir a demanda das escolas,<br />

já que os fabricantes e distribuidores<br />

não trabalham com venda direta.<br />

Além disso, estima-se um crescimento<br />

de 580% no número de estudantes de<br />

música em locais específicos!<br />

Construir hoje o mercado de amanhã<br />

deveria ser algo bem claro na<br />

gerência comercial de lojistas e fornecedores.<br />

Afinal, o futuro da empresa<br />

vai depender da criança que um dia<br />

se interessou por algum instrumento.<br />

Há uma grande variedade de marcas<br />

de baterias infantis no mercado<br />

Na prática, porém, poucos fornecedores<br />

trabalham exclusivamente para<br />

esse público. Para elaborar esta matéria,<br />

por exemplo, fomos em busca<br />

de possíveis ent<strong>revista</strong>dos com esse<br />

perfil. Sabe quantos encontramos?<br />

Nenhum... Quem chegou mais perto<br />

foi a Casarotto, conhecida no setor por<br />

vender miniaturas de instrumentos<br />

musicais e que desde 2006 também<br />

produz instrumentos infantis.


<strong>Mercado</strong> Vendas<br />

PALAVRA<br />

DE LOJISTA<br />

A Eletrônica <strong>Musica</strong>l surgiu<br />

em 1987 e a venda de violões<br />

e baterias infantis já é conhecida<br />

na cidade de Fortaleza<br />

(CE). Com o crescente interesse<br />

das crianças, investiram<br />

na escola Viva Música<br />

Viva e aumentaram seu rol<br />

de produtos para guitarras,<br />

percussões e pianos acústicos. versamos com o diretor comercial da<br />

Con-<br />

Eletrônica <strong>Musica</strong>l, João Carlos Mota<br />

de Souza, para ter uma opinião especializada<br />

sobre o varejo do setor.<br />

O que levou a Eletrônica <strong>Musica</strong>l<br />

a vender para esse público?<br />

Como revendedores de instrumentos<br />

musicais, precisamos incentivar e<br />

despertar no público infantil o desejo<br />

de tocar um instrumento musical.<br />

Qual é o instrumento infantil mais<br />

procurado?<br />

Os instrumentos de cordas, principalmente<br />

o violão e a guitarra, são os mais<br />

procurados, talvez por serem instrumentos<br />

com preço mais acessível. Se a<br />

criança perder o interesse pelo instrumento,<br />

não foi gasto muito dinheiro.<br />

Entre os outros segmentos com<br />

que trabalha, qual a participação<br />

total na produção de instrumentos<br />

musicais infantis?<br />

Ainda muito pouco. Estamos na fase<br />

de investimentos. Existe uma concorrência<br />

muito grande desses produtos<br />

infantis com brinquedos em<br />

geral, principalmente os eletrônicos.<br />

João Carlos Mota, gerente da Eletrônica <strong>Musica</strong>l<br />

Como vocês lidam com a concorrência<br />

dos instrumentos musicais<br />

de brinquedo e games?<br />

Temos certeza de que não só os games,<br />

mas tudo na área de entretenimento<br />

nos traz uma concorrência di-<br />

reta. Qualquer celular já traz atributos<br />

como tocador de MP3, rádio AM/FM,<br />

jogos, câmera e muito mais. Esse segmento<br />

investe pesado em propaganda<br />

em todos os meios de comunicação e<br />

os preços baixam constantemente.<br />

Em termos de vendas, qual é a<br />

melhor época?<br />

Os motivos de datas específicas<br />

como Natal e Dia das Crianças são<br />

de fato interessantes para as vendas.<br />

Mas no nosso segmento precisamos<br />

fazer com que todos os dias sejam<br />

especiais. Realizar workshops, demonstrações,<br />

promover shows, estar<br />

onde a música estiver. Despertar<br />

o interesse em tocar um instrumento<br />

musical, esse é o nosso desafio.<br />

Qual é a importância cultural em<br />

estimular a música nas crianças?<br />

Resgatar nossas raízes culturais, preservar<br />

nossa memória musical. O Brasil<br />

é um país de dimensões continentais,<br />

nosso folclore é muito rico, com muitas<br />

manifestações regionais e até locais. A<br />

festa do boi no Maranhão, o maracatu<br />

do Ceará, o vaneirão do Rio Grande do<br />

Sul, influências italianas, alemãs, portuguesas...<br />

Isso tudo ferve em um grande<br />

caldeirão musical. Precisamos incentivar<br />

nossos filhos a se interessarem<br />

por toda essa enciclopédia musical.<br />

Estimular e despertar a música no público<br />

infantil traz a garantia de termos<br />

pessoas mais fortes para enfrentar as<br />

dificuldades que a vida oferece.<br />

CEM MIL PRODUTOS<br />

PARA A UNICEF<br />

A tradicional marca de instrumentos<br />

de corda Giannini nunca desprezou<br />

esse mercado. Há mais de 60 anos fabrica<br />

uma linha especial de violões para<br />

crianças até 12 anos. “Sempre projetamos<br />

na criança o consumidor de instrumentos<br />

mais sofisticado no futuro”,<br />

afirma Flávio Giannini, diretor da empresa.<br />

Giannini aponta que o setor vem<br />

crescendo há algum tempo e ganhando<br />

mais força nos segmentos de violão e<br />

flauta, por conta da alteração da mudança<br />

de foco no ensino de música, que<br />

antes era mais específico para piano.<br />

Assim como a Giannini, a Quirino<br />

Instrumentos <strong>Musica</strong>is começou com<br />

instrumentos para adultos e logo diminuiu<br />

o tamanho dos produtos para<br />

também atender à demanda infantil.<br />

Seus instrumentos compõem a ‘bandinha’<br />

completa para crianças, equipamentos<br />

voltados mais para fanfarras e<br />

bandas escolares. É interessante notar<br />

que quando a empresa decidiu fabricar<br />

para esse público, há duas décadas, já<br />

não existia a obrigatoriedade de música<br />

nas escolas, abolida em 1979 (veja<br />

quadro na pág. XX). “Percebemos que,<br />

na ocasião, o mercado estava carente”,<br />

explica a consultora em vendas da<br />

fábrica, Célia Quirino de Oliveira. Foi<br />

uma boa estratégia. Em 1998 a empresa<br />

ganhou uma licitação e vendeu 100 mil<br />

produtos infantis para a Unicef. Analisou<br />

o mercado, viu uma oportunidade,<br />

apostou e ganhou. E, melhor, se antecipou<br />

e adquiriu experiência, que será<br />

muito útil nos próximos anos.<br />

Não há tanto tempo quanto a Quirino,<br />

mas também observando um<br />

nicho comercial pouco explorado, a<br />

distribuidora Izzo <strong>Musica</strong>l importa<br />

instrumentos para crianças há mais<br />

de cinco anos. “Agora, com a volta do<br />

ensino musical às escolas, iremos reforçar<br />

ainda mais nossa participação<br />

no segmento. Estamos nos preparando<br />

para ter a linha completa de instrumentos<br />

infantis, agregando diversos<br />

82 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


<strong>Mercado</strong> Vendas<br />

itens à nossa linha, para poder oferecer<br />

ao mercado o set completo de<br />

instrumentos e acessórios para desenvolvimento<br />

desse projeto tão importante”,<br />

afirma a gerente de marketing<br />

da empresa, Simone Storino.<br />

FAZENDO O BEM<br />

A fabricante mineira de instrumentos<br />

Michael já expôs na Expomusic deste<br />

ano uma série de novos produtos voltados<br />

para os pequeninos. Eles começaram<br />

em 2008 com pianos específicos<br />

e acabam de lançar as minibaterias.<br />

“Foram quase 12 meses para concepção<br />

da nova linha, incluindo a criação<br />

do nome Michael Club, o desenvolvimento<br />

da marca e dos personagens que<br />

figuram nos instrumentos e manuais,<br />

a criação das embalagens, testes e<br />

ajustes nas primeiras amostras, até a<br />

entrega dos produtos nas lojas”, conta o<br />

responsável pelo marketing da empresa,<br />

Daniel Cardoso Soares.<br />

O que a Ágatha quer?<br />

Com 6 anos de vida, Ágatha Mendes<br />

é fã de instrumentos musicais.<br />

Seu pai prefere lhe dar um piano,<br />

mas o que ela deseja mesmo é uma<br />

bateria. “Já sei bater. Gosto mais do<br />

prato porque faz um barulho alto e<br />

diferente. E a bateria não é cara, é<br />

mais barata que o piano”, revela a<br />

pequenina, que já tem até argumentos<br />

para convencer o pai...<br />

Para estimular o varejo do setor,<br />

a Michael realiza parcerias com lojistas,<br />

levando os personagens do<br />

Michael Club e criando um espaço<br />

lúdico nos pontos de venda, e convoca:<br />

“Cabe aos lojistas também investirem<br />

na proposta, que é tão comum<br />

nos grandes magazines, mas ainda<br />

inédita no nosso segmento”.<br />

Conhece aquela frase “A hora é<br />

agora”? É um chavão que se enquadra<br />

bem para este momento. O Natal<br />

está aí e é a melhor oportunidade<br />

para otimizar as vendas. De acordo<br />

com Simone Storino, da Izzo <strong>Musica</strong>l,<br />

a data é melhor ainda do que o


<strong>Mercado</strong> Vendas<br />

Dia das Crianças. “O Natal ainda se<br />

destaca, pois é uma época em que há<br />

mais recursos nas mãos dos consumidores.<br />

Esperamos um crescimento<br />

na ordem de 20% em relação a 2008,<br />

pois ampliamos muito nossa linha<br />

infantil e assim podemos oferecer um<br />

leque de produtos bem interessante<br />

para as lojas.” A informação é corroborada<br />

pela Michael: “Em alguns<br />

meses no final de 2008, o volume das<br />

vendas de instrumentos musicais infantis<br />

chegou a dobrar”. E ainda pela<br />

Giannini, que vê um aumento de 20%<br />

a 30% nas vendas natalinas.<br />

Diga-me, lojista, o que você está<br />

esperando? Faça um bem para sua<br />

empresa, para as crianças, para o futuro:<br />

invista em instrumentos musicais<br />

infantis! •<br />

NOS ESTADOS UNIDOS, ONDE O ENSINO<br />

DE MÚSICA NAS ESCOLAS É OBRIGATÓRIO<br />

HÁ MAIS DE 70 ANOS, A VENDA DE<br />

INSTRUMENTOS INFANTIS CRESCE, EM<br />

MÉDIA, 100 MIL UNIDADES POR ANO<br />

Anote aí<br />

Matéria especial sobre a<br />

musicalização nas escolas<br />

na próxima edição<br />

da MM. Prepare-se!<br />

Para saber mais<br />

• <strong>revista</strong>crescer.globo.com/Revista/<br />

Crescer/0,,EMI66583-15152,00.html<br />

INSTRUMENTOS FAIXA ETÁRIA FRASE CONTATO<br />

RMV Baterias 4 a 8 anos<br />

“O comprador dos instrumentos<br />

infantil de hoje é o músico de<br />

amanhã e tratar bem o consumidor<br />

sempre traz resultados excelentes.”<br />

(11) 2404-8544<br />

rmv.com.br<br />

MICHAEL<br />

Minipianos<br />

e baterias<br />

3 a 8 anos<br />

“Podemos dizer apenas que a<br />

venda de instrumentos musicais<br />

infantis tem superado com<br />

frequência as vendas de alguns<br />

de nossos produtos de linha mais<br />

tradicionais.”<br />

(31) 2102-9270<br />

michael.com.br<br />

QUIRINO<br />

Agogô, afuxê, bateria infantil,<br />

bloco sonoro, campanela de<br />

guizos, clave de rumba, cowbell,<br />

fl auta doce e todos outros que<br />

compõem a bandinha infantil<br />

2 a 9 anos<br />

“Notamos certa resistência por<br />

parte dos lojistas no comércio da<br />

linha infantil e nós, fornecedores,<br />

precisamos trabalhar em cima<br />

desta mentalidade.”<br />

(11) 2211-5533<br />

quirino.com.br<br />

CASAROTTO<br />

Guitarra, contrabaixo,<br />

violão e microfone<br />

3 a 12 anos<br />

“50% de aumento nas vendas do<br />

Natal.”<br />

(11) 2211-9080<br />

casarotto.com.br<br />

IZZO<br />

Guitarra, bateria, bandinha,<br />

violão, saxofone, percussão<br />

e fl auta doce<br />

7 a 12 anos<br />

“Nossa meta para 2010 é subir<br />

esse número [faturamento] para<br />

15%, podendo chegar a 30% em<br />

dois anos.”<br />

(11) 3797-0100<br />

izzomusical.com.br<br />

GIANNINI<br />

Violão 7 a 12 anos<br />

“Tudo o que se ensina para uma<br />

criança será a base de seu caráter,<br />

da sua sensibilidade e da cultura<br />

geral quando adulto.”<br />

(11) 4028-8400<br />

giannini.com.br<br />

84 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Impostos Substituição Tributária<br />

Substitutos<br />

e substituídos<br />

Tudo o que você precisa saber sobre<br />

a Substituição Tributária do ICMS<br />

Por Ana Carolina Coutinho<br />

Em dezembro, a Substituição Tributária<br />

fará seu primeiro aniversário<br />

vigorando para os produtos<br />

do setor de instrumentos musicais. Na<br />

prática, a lei ainda dá seus primeiros<br />

passos em busca do pleno funcionamento,<br />

que promete mais fiscalização e<br />

menos sonegação. Para os empresários<br />

do setor, muitas dúvidas permanecem<br />

sobre o novo sistema. Uma das questões<br />

O contador Vicente Sevilha<br />

esclareceu as principais dúvidas<br />

que chegam ao seu escritório<br />

Atenção para o IVA-ST<br />

A Secretaria da Fazenda explica. O IVA-ST (Índice de Valor Adicionado Setorial)<br />

é a margem de valor agregado obtida em pesquisas de mercado que estima<br />

o acréscimo de valor que a mercadoria terá até a venda ao consumidor final.<br />

Para conhecer os IVA-ST é preciso consultar as legislações pertinentes (para<br />

o setor de instrumentos musicais, a última portaria vigente foi a de número<br />

211 e pode ser consultada no site da Secretaria da Fazenda pelo seguinte<br />

endereço: http://tr.im/E8Ry. Lá você também encontra a fórmula que serve<br />

como base de cálculo para o índice. Vale lembrar que esses índices sofrem<br />

alterações de tempos em tempos, por isso fique atento! Para apresentar um<br />

resumo, com apenas alguns produtos, os IVA-ST atualmente são:<br />

Materiais de construção .........................................................de 28,17% a 75,98%<br />

Medicamentos .............................................................................de 33% a 41,38%<br />

Refrigerantes, Cervejas e Bebidas Alcoólicas ...................44,72% ou lista/pauta<br />

Produtos de Limpeza .............................................................de 12,62% a 80,85%<br />

Perfumaria e Higiene Pessoal .............................................de 38,90% a 165,55%<br />

Pilhas, Baterias e Lâmpadas ............................................................................ 40%<br />

Papel ..............................................................................................................17,32%<br />

Produtos Alimentícios Industrializados ................................de 20,23% a 85,98%<br />

Instrumentos <strong>Musica</strong>is ..............................................................................62%<br />

86 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Impostos Substituição Tributária<br />

mais recorrentes refere-se à atribuição<br />

de quem deve recolher o imposto: é o<br />

primeiro da cadeia produtiva.<br />

Grosso modo, em nosso segmento,<br />

o fabricante/importador (o substituto)<br />

é o responsável pelo recolhimento,<br />

mas não o paga! Sim, o valor do imposto<br />

é pago pelo lojista (substituído).<br />

Como? Na hora em que o varejista<br />

compra o produto, ele já paga o imposto<br />

para o fornecedor — que deixa<br />

claro na nota emitida o valor do ICMS<br />

ST, tudo com base na nova legislação,<br />

e com a alíquota de 62% para o segmento<br />

de instrumentos musicais.<br />

Um exemplo: nos Estados Unidos<br />

algo similar ocorre em todos os segmentos<br />

do varejo, porém, de acordo<br />

com as leis daquele país, a transação<br />

se dá entre lojista e consumidor final.<br />

Quando assistir a um filme em que<br />

algum norte-americano compra um<br />

produto, repare no momento em ele vai<br />

pagar — o responsável pelo caixa sempre<br />

fala: “São 20 dólares mais imposto.<br />

Total 22 dólares”. É a mesma situação<br />

que ocorre em nosso segmento, segundo<br />

a Substituição Tributária (ST), mas<br />

entre fornecedor e lojista.<br />

Para esclarecer melhor esses e outros<br />

pontos, muito mais polêmicos, o<br />

consultor e contador Vicente Sevilha<br />

Júnior destacou uma série de questões<br />

que geralmente chegam ao seu escritório.<br />

Vamos a elas:<br />

operações de venda subsequentes a serem<br />

realizadas por seus clientes.<br />

Na prática, como funciona a ST?<br />

O fabricante, ao vender seus produtos,<br />

efetua dois cálculos distintos:<br />

o cálculo do valor do ICMS relativo<br />

à sua venda e o cálculo do valor do<br />

ICMS que seria pago pelo lojista no<br />

antigo sistema, quando ele vendia os<br />

produtos ao consumidor final.<br />

Agora, no momento da emissão da<br />

nota fiscal, além de emitir o valor do<br />

ICMS próprio, o fabricante/importador<br />

também vai cobrar do lojista o valor<br />

do ICMS que seria dele. Já o lojista não<br />

recolherá mais nenhum ICMS quando<br />

vender esses produtos, pois já o pagou<br />

pela ST quando os comprou.<br />

Como o fabricante determina o preço<br />

de venda do lojista para calcular<br />

o ICMS ST?<br />

O fabricante/importador deve utili-<br />

O que é a Substituição Tributária?<br />

É um sistema por meio do qual o governo,<br />

com base legislativa, substitui<br />

determinado contribuinte atribuindo<br />

a outro a responsabilidade do cumprimento<br />

de obrigações.<br />

Como se aplica a ST no ICMS?<br />

No caso do ICMS, a Substituição Tributária<br />

tem se concentrado em atribuir ao<br />

fabricante ou importador, no momento<br />

da venda de seus produtos, a responsabilidade<br />

de pagar o ICMS normalmente<br />

e cobrar de seu cliente — e repassar aos<br />

cofres públicos — o ICMS devido nas


Impostos Substituição Tributária<br />

zar como preço de venda (que deverá<br />

ser praticado pelo lojista) o valor final<br />

ao consumidor — autorizado ou<br />

fixado por autoridade competente ou<br />

sugerido por ele mesmo (neste caso,<br />

devendo ser aprovado e divulgado<br />

pela Secretaria da Fazenda). Na ine-<br />

xistência desses dados, o fabricante/<br />

importador aplicará o percentual de<br />

margem de valor agregado estipulado<br />

pelo Índice de Valor Adicionado Setorial<br />

– IVA-ST (veja quadro na pág. 91),<br />

divulgado e estipulado também pela<br />

Secretaria da Fazenda.<br />

O desastre da Substituição Tributária<br />

Luís Nassif é considerado um jornalista de referência da imprensa econômica<br />

do País. Em 22 de julho ele escreveu um texto comentando a nova política<br />

tributária em sua coluna do jornal Último Segundo. Como se pode ver pelo<br />

título que escolheu para nomear o artigo — o mesmo deste box —, Nassif<br />

não foi simpático à nova lei, apontando diversos equívocos na nova legislação.<br />

Separamos para você alguns argumentos que embasaram o artigo do<br />

jornalista. Você pode ler o texto completo em tinyurl.com/yfsc4wo.<br />

“A Secretaria da Fazenda precisa ter um preço de referência para aplicar<br />

a ST. Encomendou uma pesquisa à Fipe que utilizou a Nomenclatura do Mercosul,<br />

que levantou os preços médios de cada produto. Vamos a exemplos<br />

concretos: não leva em conta diferentes qualidades de produto. Torneira<br />

entra na nomenclatura como um produto único. Em apenas uma página na<br />

Internet é possível encontrar torneiras de R$ 1.199,00 a R$ 68,80. Há torneiras<br />

de luxo que custam R$ 2.959,00 (...) e torneiras de R$ 10,00. Suponha<br />

que a média tenha dado R$ 50,00 — 18,5% de R$ 50,00 é R$ 9,25. É o que<br />

se terá que pagar por cada torneira, independentemente do preço. No caso<br />

da torneira de R$ 2.959,00, esses R$ 9,25% representarão 0,31%. No caso da<br />

torneira de R$ 10,00, representará uma alíquota de 92,5%.<br />

Não leva em conta diferenças de preços entre regiões. Um fogão de seis bocas<br />

Alecrim CF476A – Consul, por exemplo, pode sair por R$ 569,00 nas Lojas<br />

Colombo e por R$ 829,00 nas Lojas Americanas de um shopping nobre da cidade.<br />

Não leva em conta as liquidações. Em dezembro um produto é vendido<br />

pelo preço cheio, pagando 18% de ICMS. Em janeiro, se a loja fi zer uma<br />

liquidação e vendê-lo com 50% de desconto, o ICMS corresponderá a 36%<br />

do preço de venda (...).<br />

Mas o que acontece se o lojista<br />

vender os produtos adquiridos por<br />

preço maior do que aquele utilizado<br />

pelo fabricante no momento da cobrança<br />

do ICMS ST?<br />

Na hipótese de o valor da mercadoria<br />

ter sido maior que o da base de cálculo<br />

utilizada para a retenção, observada a<br />

disciplina estabelecida pela Secretaria<br />

da Fazenda, a retenção do ICMS ST não<br />

exclui o pagamento de complemento.<br />

Quando não é correta a aplicação da<br />

Substituição Tributária no ICMS?<br />

São várias situações: quando a mercadoria<br />

está em processo de industrialização;<br />

quando a operação subsequente<br />

estiver amparada por isenção<br />

Fundo de quintal<br />

(...) Ao jogar todo o pagamento no fabricante, independentemente do setor,<br />

tem-se o caso do alambique do interior passar a se responsabilizar pelo<br />

pagamento de ICMS da rede Carrefour, por exemplo (...).<br />

O fim do Simples<br />

A ST praticamente acabou com o Simples, o sistema que permitia a meio<br />

milhão de pequenas empresas pagar menos tributação. Como tudo irá para<br />

a ST, não haverá como diferenciar a pequena farmácia de bairro das grandes<br />

redes de drogaria (...). Mata-se o grande avanço representado pela nova Lei<br />

Geral das Pequenas e Micro Empresas, primeira tentativa de formalizar o<br />

pequeno empresário. (...)”.<br />

Fonte: Jornal Último Segundo (ultimosegundo.ig.com.br)<br />

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Impostos Substituição Tributária<br />

ou não incidência; quando for outro<br />

estabelecimento do mesmo titular,<br />

desde que não varejista. E, ainda:<br />

quando outro estabelecimento for responsável<br />

pelo pagamento do imposto,<br />

em relação à mesma mercadoria ou a<br />

outro produto enquadrado na mesma<br />

modalidade de substituição.<br />

Se o fabricante deixar de aplicar<br />

a Substituição Tributária, o que o<br />

lojista deve fazer?<br />

Se o lojista receber uma nota fiscal de<br />

produtos sem o valor da retenção da<br />

ST, ele deve, primeiro, comunicar o<br />

erro ao fornecedor para que ele o corrija.<br />

Se isso não acontecer, o próprio<br />

lojista deve recolher o ICMS ST no ato<br />

da entrada dos produtos em seu estabelecimento.<br />

A regra também vale<br />

quando o lojista comprar produtos<br />

de fornecedores sediados em Estados<br />

que ainda não aplicam a Substituição<br />

Tributária para determinado produto,<br />

ou nos casos em que o ICMS ST<br />

foi cobrado pelo fornecedor em valor<br />

menor do que o correto.<br />

Como fica a nota fiscal de venda a<br />

ser emitida pelo lojista que já pagou<br />

o ICMS ST na compra?<br />

O lojista — no nosso setor, o chamado<br />

substituído — emitirá o documento<br />

fiscal sem destaque do valor do imposto,<br />

que conterá, além dos requisitos<br />

normais, a seguinte indicação:<br />

“Imposto Recolhido por Substituição<br />

– Artigo... do RICMS”.<br />

Quais são os produtos sujeitos à<br />

Substituição Tributária?<br />

A lista de produtos sujeitos ao recolhimento<br />

do ICMS no sistema de<br />

Substituição Tributária é grande e<br />

cresce a cada dia, a exemplo da lista<br />

de Estados que aplicam o regime.<br />

Os contribuintes devem ficar muito<br />

atentos aos detalhes das listas. Podemos<br />

destacar, como mera ilustração,<br />

os seguintes produtos:<br />

• Materiais de construção<br />

• Medicamentos<br />

• Refrigerantes, Cervejas<br />

e Bebidas Alcoólicas<br />

• Produtos de Limpeza, Perfumaria<br />

e Higiene Pessoal<br />

• Pilhas, Baterias e Lâmpadas<br />

• Papel<br />

• Produtos Alimentícios<br />

Industrializados<br />

• Instrumentos <strong>Musica</strong>is. •<br />

Ainda tem dúvida?<br />

Envie um e-mail com sua pergunta<br />

sobre Substituição Tributária para:<br />

texto@musicaemercado.com.br.<br />

A Música & <strong>Mercado</strong> faz questão<br />

de esclarecer para você.<br />

Para saber mais<br />

• Cartilha da Fiesp: http://tr.im/E8RU<br />

• Duas páginas da Secretaria da Fazenda sobre ST:<br />

http://tr.im/E8SO e http://tr.im/E8SW<br />

• Lei completa: http://tr.im/E8T5<br />

• Sevilha Contabilidade: www.sevilha.com.br<br />

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Lojista Eletro Peças Divinópolis<br />

Pé na tradição,<br />

olho nas<br />

tendências<br />

Igrejas e bandas de baile são<br />

os principais clientes da loja<br />

A Eletro <strong>Musica</strong>l cria<br />

diferenciais para<br />

que sua loja não vire<br />

um showroom frente<br />

à concorrência da<br />

internet<br />

Por Itamar Dantas<br />

A<br />

Eletro <strong>Musica</strong>l é uma empresa<br />

familiar tradicional, com mais<br />

de 40 anos de experiência no<br />

mercado de Divinópolis (MG). Fundada<br />

por Geraldo Dias de Aquino, a loja atuou<br />

por muitos anos no segmento de eletrônica.<br />

Nos anos 90, os irmãos Petrônio e<br />

Rogério, filhos de Geraldo, assumiram o<br />

negócio e fizeram sua transição para os<br />

instrumentos musicais. Hoje, após quase<br />

20 anos atuando no ramo musical, a<br />

loja abandonou os componentes eletrônicos<br />

e se dedica integralmente à venda<br />

de instrumentos e áudio.<br />

Para Rogério Aquino, sócio-proprietário<br />

da loja, o mercado de Divinópolis<br />

precisava de uma loja para atender os<br />

músicos com excelência e trazer para a<br />

cidade um verdadeiro mix de produtos,<br />

por isso ele e seu irmão estão sempre<br />

atentos às novidades do setor para<br />

aquecer o mercado. Segundo Rogério, a<br />

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Lojista Eletro Peças Divinópolis<br />

tradição de 40 anos, aliada à constante<br />

busca por novos produtos, traz para<br />

a loja o sucesso nas vendas e o crescimento<br />

constante dos negócios.<br />

Quais foram suas principais expectativas<br />

no início da transição para<br />

o trabalho com instrumentos musicais?<br />

Elas se confirmaram?<br />

Quando a Eletro <strong>Musica</strong>l passou a comercializar<br />

instrumentos musicais —<br />

início da década de 1990 —, o mercado<br />

ainda era muito complicado. Faltavam<br />

informação e fornecedores de produtos.<br />

Hoje, a oferta de produtos é muito<br />

maior. A expectativa inicial era conciliar<br />

o mercado de componentes [eletrônicos]<br />

com o segmento de instrumentos<br />

e áudio, mas, com o passar dos anos,<br />

tivemos de abrir mão da eletrônica e<br />

hoje somos um negócio 100% musical.<br />

Você tem foco em produtos de áudio<br />

e instrumentos musicais. Como é<br />

possível agregar as vendas dos dois<br />

tipos de produtos?<br />

Nossas vendas até que são bem divididas.<br />

O áudio normalmente tem valor<br />

agregado mais alto e representa em torno<br />

de 30% do faturamento. Porém, por<br />

ter uma variedade maior de produtos,<br />

os instrumentos musicais ultrapassam<br />

essa parcela do orçamento. Ficamos<br />

atentos para que haja um equilíbrio<br />

nas vendas. As igrejas e bandas de baile<br />

normalmente fazem investimentos permanentes<br />

nos dois setores e são clientes<br />

importantíssimos para nossa loja.<br />

Qual é a realidade do mercado de<br />

instrumentos na sua região?<br />

As cidades da região são muito próximas.<br />

Temos aqui, no entorno da cidade,<br />

umas seis lojas especializadas<br />

e em Divinópolis mais duas menores.<br />

A concorrência é saudável. Só que<br />

hoje encontramos outras formas de<br />

concorrência: pessoas que vendem<br />

instrumentos musicais por encomenda<br />

e também a internet. Tomamos<br />

As igrejas<br />

e bandas<br />

de baile<br />

normalmente<br />

fazem investimentos<br />

permanentes<br />

nos dois<br />

setores e<br />

são clientes<br />

importantíssimos<br />

para<br />

nossa loja


Lojista Eletro Peças Divinópolis<br />

muito cuidado para que a nossa loja,<br />

que procura ter um verdadeiro mix<br />

de produtos, não se transforme em<br />

um showroom, em que o músico vem,<br />

experimenta o instrumento e acaba<br />

comprando pela internet. Para que<br />

isso não ocorra, precisamos oferecer<br />

diferenciais para que as pessoas procurem<br />

a nossa loja na hora da compra.<br />

Ao contratar vendedores, você leva<br />

em consideração aqueles que são<br />

músicos ou prioriza mesmo a experiência<br />

anterior como vendedor?<br />

Os vendedores obrigatoriamente<br />

precisam ser músicos. Precisam tocar<br />

um instrumento, dominá-lo. Não<br />

precisam ser multi-instrumentistas,<br />

mas devem ser músicos para ter sensibilidade<br />

ao atender um músico que<br />

procura a loja. Se eu pego um vendedor<br />

de linha branca, que vende<br />

fogão, geladeira, ele vai conseguir<br />

vender um violão, mas não conhece<br />

o produto. Então, prefiro que o vendedor<br />

seja músico, para que entenda<br />

o cliente e atenda às suas necessidades<br />

com naturalidade.<br />

Em sua opinião, qual é a tendência de<br />

produtos para 2010?<br />

Um segmento que já é uma realidade,<br />

TOMAMOS MUITO CUIDADO PARA QUE<br />

A NOSSA LOJA NÃO SE TRANSFORME<br />

EM UM SHOWROOM, EM QUE O MÚSICO<br />

VEM, EXPERIMENTA O INSTRUMENTO E<br />

ACABA COMPRANDO PELA INTERNET<br />

Vendas: da esq. para a dir., Daniel,<br />

João, Carlos, Rodrigo, Roberto e Rogério<br />

mas que parece que vai estourar em<br />

2010, são os produtos voltados para<br />

tecnologia. As interfaces de áudio<br />

para gravação caseira são equipamentos<br />

simples, em que o músico consegue,<br />

com uma pequena mesa e um software,<br />

fazer suas gravações em casa.<br />

Esses produtos devem deslanchar nas<br />

vendas do próximo ano.<br />

É notório que as igrejas têm se tornado<br />

um cliente fundamental para<br />

os varejistas do nosso segmento.<br />

Essa impressão se confirma para a<br />

Eletro <strong>Musica</strong>l?<br />

Sim, tanto as evangélicas como as católicas.<br />

Os músicos amadores e profissio-<br />

Participação<br />

Guitarra / Baixo – 15%<br />

Violão – 20%<br />

Áudio profissional – 30%<br />

Acessórios – 15%<br />

Teclas – 7%<br />

Bateria / Percussão – 10%<br />

Sopro – 3%<br />

Eletro Peças Divinópolis Ltda.<br />

Nome fantasia: Eletro <strong>Musica</strong>l<br />

Proprietários: Rogério Aquino Neto<br />

e Petrônio M. Aquino<br />

Fundação: Dezembro de 1968<br />

Área total: 600 m²<br />

Número de funcionários: 12<br />

Endereço: Av. 21 de Abril, 391 – Divinópolis / MG<br />

Telefone: (37) 3221-5719<br />

Site: www.eletromusical.com.br<br />

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Lojista Eletro Peças Divinópolis<br />

nais hoje representam muito também,<br />

principalmente pelas facilidades que<br />

temos para financiar as vendas.<br />

Quais são as estratégias da Eletro<br />

<strong>Musica</strong>l para vender mais?<br />

Buscamos fazer treinamento contínuo<br />

dos funcionários, ter um ponto de venda<br />

atraente e produtos com alto índice<br />

de giro. A cada dia que passa, tentamos<br />

acertar mais na compra dos produtos.<br />

Qual é o diferencial da Eletro <strong>Musica</strong>l?<br />

O objetivo da empresa é atender bem<br />

O cliente recebe atenção especializada<br />

Ter um bom mix de produtos<br />

é uma das prioridades na<br />

Eletro <strong>Musica</strong>l<br />

sempre, oferecer bons produtos e criar<br />

um bom relacionamento com o cliente<br />

através da pós-venda.<br />

Como foi o ano de 2009 para vocês?<br />

Quais são as previsões para as vendas<br />

de final de ano e 2010?<br />

Este foi um ano difícil, como já estava<br />

sendo anunciado. Porém, com muito<br />

trabalho, estamos conseguindo números<br />

superiores a 2008 e temos boas<br />

expectativas para o fim do ano. O mesmo<br />

período do ano passado foi o pior<br />

último trimestre de todos os tempos. Já<br />

2010, vamos aguardar... •<br />

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Vida de Lojista <strong>Musica</strong>l Vilhena<br />

Neste espaço são publicadas<br />

experiências vivenciadas ao<br />

montar uma loja.<br />

Para contar sua história,<br />

envie o depoimento e fotos<br />

(em 300 dpi) para texto@<br />

musicaemercado.com.br, com<br />

o assunto “Vida de Lojista”<br />

Pequena notável:<br />

<strong>Musica</strong>l Vilhena cresce no<br />

mercado de Rondônia e região<br />

a partir da determinação da<br />

família de Júlio Correa<br />

Relacionamento é<br />

a chave do negócio<br />

Com foco no público evangélico, a pequena<br />

<strong>Musica</strong>l Vilhena aposta na pós-venda para crescer<br />

Criada em 2006, a <strong>Musica</strong>l Vilhena<br />

é uma loja que começa<br />

a despontar no mercado de<br />

Rondônia e a sua história é, em determinados<br />

aspectos, comum ao setor de<br />

instrumentos musicais. Depois de seis<br />

anos trabalhando como representante<br />

comercial no interior de São Paulo, Júlio<br />

Correa resolveu abrir o seu próprio<br />

negócio, aproveitando o bom relacionamento<br />

que já tinha com os fornecedores<br />

e o mercado. No entanto, a peculiaridade<br />

da história dessa loja se dá na razão<br />

que inspirou o empreendimento. “Decidi<br />

abri-la porque em 2005 reencontrei<br />

a Adriana, que eu havia namorado há<br />

muito tempo, mas que estava residindo<br />

em Vilhena, Rondônia. Como ela não<br />

podia vir para São Paulo, e queríamos<br />

muito ficar juntos, resolvi montar a loja<br />

na cidade dela”, revela Correa.<br />

O caráter romântico do início da loja,<br />

porém, não diminuiu os obstáculos do<br />

casal no novo desafio. Inicialmente, eles<br />

alugaram uma loja de 77 m 2 no centro<br />

da cidade, mas o alto preço do aluguel,<br />

somado à dificuldade para comprar produtos<br />

a prazo, no início da empreitada,<br />

inviabilizaram a continuidade no local.<br />

Júlio e Adriana resolveram então comprar<br />

um terreno e construíram uma<br />

nova loja, mas um pouco menor, com 55<br />

m 2 . A partir dali, o negócio deslanchou!<br />

Correa conta que, de lá para cá, a<br />

loja vem ampliando seu mercado gradativamente.<br />

“Além dos consumidores<br />

de Vilhena, estamos atingindo novos<br />

clientes em cidades mais distantes, situadas<br />

no interior de Rondônia e também<br />

em outros Estados, como Acre,<br />

Amazonas e Mato Grosso, ratificando,<br />

assim, o crescimento da loja.”<br />

Nos primeiros meses, Júlio pediu<br />

orientação para alguns amigos lojistas<br />

Uma das estratégias que dão mais<br />

retorno para Júlio é o relacionamento com<br />

o cliente, que se firma pela pós-venda<br />

e pela prestação de serviços adicionais<br />

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Agradecemos aos músicos profissionais e amadores,<br />

aos lojistas e distribuidores, aos representantes<br />

e fornecedores, e a todos aqueles que reconhecem<br />

a qualidade de nossos produtos e sabem<br />

dos nossos esforços ano após ano para<br />

sempre inovar e oferecer a melhor solução<br />

em cada um de seus usos específicos.<br />

Esta união nos torna fortes para<br />

conquistar nossas metas.<br />

Por isso a Família Le Son deseja a vocês um Natal<br />

cheio de amor, paz, alegria e boas festas.<br />

Que o ano de 2010 possa trazer saúde, desenvolvimento<br />

e realizações de novos planos e projetos.<br />

Feliz Natal e próspero Ano Novo!


Vida de Lojista <strong>Musica</strong>l Vilhena<br />

e representantes a fim de saber a<br />

quais produtos deveria dar prioridade<br />

na venda. Seguindo o conselho<br />

dos amigos, focou nos equipamentos<br />

mais procurados, como<br />

violões, microfones e amplificadores,<br />

e ‘tocou o barco’. Mas, depois<br />

de um tempo, ele precisou,<br />

por exigência mercadológica, ampliar<br />

o seu leque de opções. Hoje,<br />

Instrumentos musicais, áudio<br />

e acessórios compõem o mix<br />

de produtos da <strong>Musica</strong>l Vilhena<br />

Rondônia, aliás, é o único Estado<br />

brasileiro a ter um feriado pelo<br />

Dia do Evangélico.” Com essa alta<br />

demanda que as igrejas proporcionam<br />

ao setor, uma das estratégias<br />

que dão mais retorno para<br />

Júlio é o relacionamento com o<br />

cliente, que se firma pela pós-venda<br />

e pela prestação de serviços<br />

adicionais, como a instalação e o<br />

a <strong>Musica</strong>l Vilhena oferece, além dos<br />

tradicionais instrumentos musicais,<br />

equipamentos de iluminação e sistemas<br />

de áudio. “Tal transição deve-se<br />

à procura dos próprios clientes. Eles<br />

sugerem para a loja incluir no mix de<br />

produtos os itens que estão procurando,<br />

visando obter melhor preço, o que<br />

eles acabam encontrando na <strong>Musica</strong>l<br />

Vilhena”, conta o empresário.<br />

Os principais clientes da loja são as<br />

igrejas evangélicas. E Júlio se esforça<br />

para atender com atenção esse mercado.<br />

“Noventa por cento das vendas são<br />

efetuadas para igrejas evangélicas — e<br />

uma pequena parte para as demais religiões,<br />

escolas e músicos em geral. Os<br />

templos evangélicos possuem muitos<br />

equipamentos de áudio e instrumentos<br />

musicais de diversos tipos e modelos.<br />

suporte aos equipamentos vendidos.<br />

O ano de 2009 foi de afirmação para<br />

a <strong>Musica</strong>l Vilhena. Agora, a loja começa<br />

a investir em publicidade para alcançar<br />

cada vez mais clientes e consolidar sua<br />

marca. Expectativas para o futuro? Júlio<br />

espera manter o ritmo: “Esperamos<br />

crescer mais nos três últimos meses deste<br />

ano, visando continuar a sonhar em<br />

2010, mas sempre com os pés no chão”. •<br />

Júlio Correa mostra<br />

com orgulho sua loja<br />

e os principais produtos<br />

vendidos: os violões<br />

CURIOSIDADE<br />

O único Estado brasileiro com feriado evangélico<br />

DIA DO EVANGÉLICO No dia 21 de dezembro de 2001 foi publicada no Diário Ofi -<br />

cial do Estado de Rondônia a Lei Estadual nº 1.026, que previa, para o Estado, o único<br />

feriado religioso brasileiro não católico. O Dia do Evangélico é celebrado anualmente<br />

em 18 de junho, data em que a Assembleia de Deus, há 98 anos, chegou ao Brasil. A<br />

população de evangélicos no País já ultrapassa 26 milhões de pessoas, 53% dessas só<br />

em Rondônia, segundo dados coletados pelo IBGE em 2007. As igrejas são, realmente,<br />

um dos grandes consumidores de áudio e instrumentos musicais. Essa influência já<br />

pode ser notada em países da África e América do Sul, com maior demanda do setor<br />

justamente pela penetração de igrejas evangélicas nessas regiões.<br />

<strong>Musica</strong>l Vilhena<br />

Proprietário: Júlio Tavares Correa<br />

Área da loja: 55 m² (até setembro de<br />

2009), 80 m² (a partir de outubro)<br />

Endereço: Rua Gonçalves Dias, 321 -<br />

Centro - Vilhena / RO<br />

Tel.: (69) 3321-5408<br />

Site: www.musicalvilhena.com.br<br />

E-mail: musicalvilhena@hotmail.com<br />

Participação<br />

Cordas – 35%<br />

Áudio – 30%<br />

Acessórios – 15%<br />

Bateria / Percussão – 10%<br />

Teclas – 5%<br />

Sopro e outros – 5%<br />

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TESTE<br />

Sax tenor<br />

Michael WTSM55<br />

Custo-benefício: nota máxima<br />

Por Marcelo Monteiro*<br />

O<br />

sax tenor Michael WTSM55 vem em um lindo estojo preto, resistente e<br />

com excelente acabamento. Possui compartimentos para a boquilha e<br />

tudel separados, além de um compartimento para acessórios (correia,<br />

palhetas etc.). Vem acompanhado por uma correia de náilon e mosquetão de<br />

ferro com uma camada de plástico para não arranhar a alça do instrumento,<br />

um par de luvas brancas, boquilha de massa, uma palheta e um pad saver para<br />

o corpo do instrumento.<br />

Esteticamente, é um lindo instrumento. Sua anatomia é muito boa, o que<br />

torna confortável tocar o Michael WTSM55. A única ressalva são as chaves de<br />

agudos da mão esquerda, um pouco curtas. Para pressioná-las, é necessário<br />

maior movimento da mão esquerda. No caso da execução de notas<br />

rápidas, pode até ser um pequeno empecilho, mas esse problema é<br />

resolvido com uma espécie de borrachinha que se coloca nessas<br />

chaves, justamente para facilitar a pegada e o manuseio. Esse<br />

instrumento apresenta ainda a chave de Fá sustenido aguda.<br />

Tudo está em ordem, as chaves bem alinhadas e as<br />

molas impecáveis. Não há nenhum tipo de vazamento.<br />

Sapatilhas com refletores de metal e vedando perfeitamente<br />

as chaminés — perfeito.<br />

Esse instrumento possui certa facilidade para se tirar o<br />

som, por conta da boquilha um pouco fechada e da palheta,<br />

branda, características ideais para iniciantes. Com a combinação<br />

‘boquilha–palheta’ original, o som se torna um pouco apagado, sem<br />

muito corpo, principalmente na região médio-aguda. Essa característica, certamente<br />

causada pela abertura da boquilha e a numeração da palheta, pode ser<br />

mudada com uma boquilha Otto Link 7* e palheta Vandoren Java 2½ — sugira ao<br />

seu cliente essas opções de compra. Testamos e houve uma enorme diferença na<br />

qualidade do som, com mais volume e corpo, tanto nos graves como nos agudos.<br />

Não há problemas com a afinação e a mecânica é boa. As molas funcionam<br />

perfeitamente em toda a extensão do instrumento. Quanto à sonoridade,<br />

usando a boquilha Otto Link, o timbre ficou bem brilhante, sobretudo nos<br />

agudos. É um instrumento que responde bem tocando notas rápidas.<br />

O Michael WTSM55 é ótimo para estudantes, pois responde bem em toda<br />

a sua extensão e não é difícil de tirar som. Para ser usado em shows, pode se<br />

encaixar muito bem em naipes de metais. Em solo, falta volume e corpo, mas<br />

uma boa microfonação e equalização podem resolver. Já para gravações é um<br />

pouco mais complicado, pois essa pequena falta de som influencia o resultado<br />

final, mas para gravar em naipe de metais, a soma com os outros instrumentos<br />

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FICHA TÉCNICA<br />

MODELO Sax tenor WTSM55<br />

FABRICANTE Michael<br />

INDICAÇÃO Estudantes e para<br />

apresentações ao vivo.<br />

PRÓS Afinação e custo-benefício.<br />

CONTRA Posição das chaves<br />

agudas e da ‘mesa’.<br />

O Michael WTSM55 é ótimo<br />

para estudantes, pois responde<br />

bem em toda a sua extensão<br />

e não é difícil de tirar som<br />

pode dar um belo resultado.<br />

Assim, o sax tenor Michael WTSM55<br />

pode ser considerado um instrumento<br />

bom para estudar e para alguns trabalhos<br />

ao vivo. •<br />

*Marcelo Monteiro, saxofonista e fl autista, integrante do<br />

Projeto Cru, Luz de Caroline, Freegideira, Donazica e Comadre<br />

Fulozinha, além de trabalhar com composições próprias<br />

PREÇO SUGERIDO R$ 2.641,80<br />

GARANTIA 3 meses<br />

AFINAÇÃO<br />

Muito bom ★ ★ ★ ★<br />

SONORIDADE<br />

Bom ★ ★ ★<br />

MECÂNICA<br />

Muito bom ★ ★ ★ ★<br />

CUSTO-BENEFÍCIO<br />

Excepcional ★ ★ ★ ★ ★<br />

*MATÉRIA GENTILMENTE CEDIDA<br />

PELA EQUIPE EDITORIAL DA<br />

REVISTA SAX & METAIS<br />

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Tel.: (31) 3306-9393


Feira Music China<br />

1,35 bilhão<br />

de chances<br />

de negócios<br />

Music China 2009 atrai atenção do mundo devido à política do país<br />

para driblar a crise com o incentivo ao consumo interno<br />

Entre os dias 12 e 15 de outubro<br />

aconteceu a Music China em<br />

Xangai. Numa área de mais de<br />

65.000 m 2 , 1.164 expositores de 24 países<br />

se reuniram para mostrar seus produtos<br />

e fazer negócios. Apesar do número<br />

de visitantes ter caído um pouco<br />

(–1,7%) em relação ao ano passado, ainda<br />

foi representativo, com mais de 42<br />

mil pessoas prestigiando a feira — para<br />

se ter ideia, elas vieram de 86 países.<br />

O evento, realizado no Shanghai<br />

New International Expo Centre (SNIEC),<br />

atrai a atenção mundial, e não só pelos<br />

números mostrados acima. A China é<br />

uma economia em plena expansão e tem<br />

papel fundamental no desenvolvimento<br />

da indústria de instrumentos musicais.<br />

Seus produtos invadem prateleiras de lojas<br />

do mundo inteiro pelos baixos custos<br />

de produção, determinando que a maioria<br />

dos fabricantes de instrumentos opte<br />

por produzir seus equipamentos no país,<br />

antes de difundi-los pelo globo.<br />

Com população de 1,3 bilhão de<br />

habitantes, e também por sua extensão<br />

continental, o país vem ampliando<br />

assustadoramente a participação no<br />

mercado internacional. Em 2008, apresentou<br />

um crescimento do produto interno<br />

bruto, PIB, em aproximadamente<br />

9%; para 2009, o governo chinês está otimista<br />

em atingir a meta de 8% de crescimento,<br />

perda mínima se considerarmos<br />

as turbulências econômicas deste<br />

ano. Mas tem um motivo: com a queda<br />

nas exportações durante a crise, o governo<br />

chinês desenvolveu um pacote<br />

econômico com investimentos de cerca<br />

de US$ 585 bilhões para manter seu<br />

O SETOR DE ÁUDIO E INSTRUMENTOS<br />

MUSICAIS ESTÁ EM PLENA EXPANSÃO<br />

E É UM DOS SEGMENTOS ECONÔMICOS<br />

MAIS PROMISSORES NA CHINA<br />

PARA OS PRÓXIMOS ANOS<br />

104 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Feira Music China<br />

crescimento em níveis espetaculares.<br />

O pacote enfocou as vendas no varejo e<br />

no desenvolvimento industrial; e a dústria de instrumentos musicais também<br />

foi beneficiada com essa estratégia.<br />

Junto a essa política, outras características<br />

apontam para o desenvolvimento<br />

do nosso setor no mercado<br />

in-<br />

chinês. Com o aumento da renda per<br />

capita da população, aliado ao incentivo<br />

à educação musical no país e à<br />

criação de centenas de programas de<br />

entretenimento para as novas mídias,<br />

o setor de áudio e instrumentos musicais<br />

está em plena expansão e é um<br />

dos segmentos econômicos mais promissores<br />

na China para os próximos<br />

anos. E o mundo inteiro está de olho<br />

nesse mercado, fato comprovado pelo<br />

sucesso da Music China! •<br />

1. Charlie Chang, da Eagle; 2. Alexandre<br />

Seabra, da Sonotec; 3. Ney Nakamura,<br />

Márcio Zaganin, Éber Policate, da Tagima<br />

e Célio Ramos, da EM&T; 4. Wladimir<br />

Teixeira, da Hendriz; 5. Marco Aurélio,<br />

da Michael; 6. Eric Haas, Maximiliano,<br />

Hércules e Zé Luis, da Meteoro; 7. Roberto e<br />

Georgio Giannini; 8. Priscila Storino, da Izzo<br />

<strong>Musica</strong>l, e Rogério Raso, da Santo Ângelo<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 105


Calendário 2010<br />

O objetivo principal da feira é unir as<br />

lojas e empresas para gerar negócios<br />

que sejam vantajosos a ambos.<br />

Você poderá negociar e comprar com<br />

mais de 30 empresas que compõem<br />

o mix de sua loja. Aqui você encontra<br />

as marcas mais renomadas do mercado.<br />

LOCAIS (REGIÕES) DATAS PARA 2010<br />

São José do Rio Preto ou Bauru<br />

Curitiba<br />

Porto Alegre<br />

Rio de Janeiro<br />

Belo Horizonte<br />

Goiânia<br />

Salvador<br />

Belém<br />

27 a 28 de fevereiro<br />

20 a 21 de março<br />

17 a 18 de abril<br />

22 a 23 de maio<br />

19 a 20 de junho<br />

24 a 25 de julho<br />

14 a 15 de agosto<br />

6 a 7 de novembro<br />

106 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


PRODUTOS<br />

Estantes de instrumentos deixaram de ser apenas<br />

commodities. Imagine algo prático, leve e fácil de carregar.<br />

A Hercules, empresa Taiwanesa do grupo KHS, o mesmo que produz<br />

Walden, Jupiter e Mapex trabalhou dia e noite para obter o melhor resultado.<br />

Veja as criações que têm feito a cabeça dos músicos de todo o mundo<br />

INOVAÇÃO E PRATICIDADE<br />

SUPORTE PARA VIOLÃO OU GUITARRA<br />

Um novo conceito que alia design<br />

moderno, tamanho compacto,<br />

praticidade na montagem e<br />

estabilidade para segurança do<br />

instrumento. Para guitarra ou<br />

violão, o lançamento da<br />

Hercules foi desenvolvido<br />

para músicos exigentes<br />

que adoram um<br />

design diferenciado.<br />

São dois modelos: GS601B<br />

(violão) e GS602B (guitarra).<br />

SEGURANÇA COM ESTILO<br />

SUPORTE PARA CLARINETES<br />

Para garantir maior estabilidade na sustentação<br />

do instrumento, o novo suporte para clarinete da<br />

Hercules tem pernas mais largas, além de ser prático e<br />

compacto. Possui design exclusivo para caber dentro da<br />

campana do instrumento sem ocupar espaço no case.<br />

Destaque para o acabamento aveludado<br />

que protege o clarinete de riscos.<br />

Onde encontrar<br />

Izzo <strong>Musica</strong>l<br />

Tel.: (11) 3797-0100<br />

www.izzomusical.com.br<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 107


PRODUTOS<br />

GIBSON<br />

EPIPHONE PROPHECY<br />

FUTURA CUSTOM EX<br />

Corpo e braço em mogno, top em<br />

quilted maple, escala em ébano, 24<br />

trastes, um captador EMG-81 na<br />

ponte e um EMG-85 no braço, controle<br />

de volume com push/pull, ferragens<br />

pretas, travas de correia.<br />

Contato: (11) 5535-2003<br />

www.royalmusic.com.br<br />

STAFFDRUM<br />

A SLIM SERIES<br />

A bateria eletroacústica Slim Series possui cascos, canoas e canecas em<br />

alumínio, com profundidade de tambores bastante reduzida (1,1/2” nos toms<br />

e 4” na caixa e no bumbo). Cada tambor possui um sensor interno já em contato<br />

com a pele. A conexão é através de cabo P-10. O kit (10”, 12”, 14”, 20”, 13”) tem a<br />

opção de ser acompanhado com pratos e hi-hat eletrônicos, com módulo.<br />

Contato: (11) 3719-2660 • www.staffdrum.com.br<br />

AMERICAN AUDIO<br />

RADIUS 1000<br />

O player CDJ Radius 1000 é<br />

o lançamento da American<br />

Audio. O tocador MP3/<br />

CD para DJs vem com<br />

oversampling. Também<br />

reconhece discos e possui<br />

Advanced Track Search<br />

(busca de uma nova pista,<br />

enquanto a outra está<br />

reproduzindo), 10 segundos<br />

de memória antichoque, Seamless Loop, três botões<br />

Flash Start, Digital BPM Counter e saída digital.<br />

Contato: (11) 3333-3174 • www.decomac.com.br<br />

ASK<br />

G3<br />

O modelo mais conhecido<br />

da ASK está de cara nova.<br />

Com o novo design, o<br />

suporte ganhou uma<br />

trava para o braço do<br />

instrumento e a base de<br />

apoio foi remodelada.<br />

O G3 serve para violão,<br />

guitarra e baixo.<br />

Contato: (24) 2255-5253<br />

www.ask.ind.br<br />

MEINL<br />

MB20 HEAVY BELL RIDE 20”<br />

O prato Mb20 Heavy Bell Ride 20” foi desenvolvido<br />

junto ao baterista Jason Bittner, da banda Shadows<br />

Fall. A série Mb20 é fabricada com martelamento<br />

manual da liga b20 com acabamento brilhante,<br />

podendo ser utilizada por músicos que vão<br />

do pop a estilos mais pesados como heavy metal.<br />

Contato: (43) 3324-4405 • www.primemusic.com.br<br />

108 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


PRODUTOS<br />

ORION CYMBALS<br />

BEX<br />

Fabricada em liga de bronze B10, a linha<br />

Bex foi produzida para atender de iniciantes<br />

a profissionais. Tem os seguintes modelos<br />

disponíveis: splash de 8”; hi-hat de 14”;<br />

crashes de 16” e 18”; e também<br />

brilliant ride 20”e dark ride de 20”.<br />

Contato: (11) 3871-6256<br />

www.orioncymbals.com.br<br />

NIG<br />

BSH - BASS SHAPER<br />

O primeiro pedal para<br />

contrabaixo da NIG é um<br />

pré-amp com equalização<br />

de três bandas, botão shape,<br />

overdrive com modo ‘super’,<br />

noise gate, saída balanceada<br />

(XLR) — com controle<br />

pré e pós — e recurso ground lift. Com booster<br />

independente, também possui acionamento<br />

inteligente e efeito bypass, 100% analógico.<br />

Traz entrada para fone de ouvido.<br />

Contato: (11) 4441-8366 • www.nigstrings.com.br<br />

PLANET WAVES<br />

COLEÇÃO THE BEATLES<br />

Com exclusividade a empresa lança uma linha<br />

especial de palhetas e correias, destacando capas de<br />

discos e imagens clássicas e simbólicas do Quarteto<br />

de Liverpool. As correias são feitas com materiais<br />

ecologicamente corretos.<br />

Contato: (11) 3158-3105<br />

www.musical-express.com.br<br />

WALDEN<br />

G-740 CE<br />

O violão flat de aço Walden G-740<br />

CE possui shape Grand Auditorium,<br />

com tampo maciço em pinho; faixa,<br />

fundo e braço em mogno. A escala<br />

é em jacarandá. Equipado<br />

com tarraxas douradas,<br />

trastes em alpaca e circuito de<br />

captação ativo Fishman Classic<br />

4. O acabamento é fosco.<br />

Acompanha umidificador<br />

Planet Waves e vem<br />

acondicionado num bag<br />

luxo Walden Guitars.<br />

Contato: (11) 3081-5756 •<br />

www.waldenguitars.com<br />

SOFTCASE<br />

BAGS<br />

A empresa disponibiliza uma nova linha<br />

de bags de pratos e caixas de bateria.<br />

Possui porta-baquetas destacável e alças<br />

tipo mochila. O modelo para pratos tem<br />

cinco divisões internas e base reforçada.<br />

Contato: (11) 3628-7200<br />

www.softcase.com.br<br />

110 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


PRODUTOS<br />

BENSON<br />

BBP225<br />

Distribuída com exclusividade no Brasil pela<br />

ProShows, a linha de baterias Benson está<br />

disponível em dois modelos. A BBP225 (foto)<br />

pode ser encontrada em preto e vermelho e<br />

vem equipada com a seguinte configuração:<br />

tom 12”x10”/dez afinadores; tom 13”x10”/dez<br />

afinadores; surdo de chão 16”x16”/12 afinadores;<br />

bumbo 22”x16”/12 afinadores; caixa em madeira<br />

14”x6”/12 afinadores. Casco em basswood<br />

composto de sete lâminas; ferragens cromadas<br />

com pés duplos e inclui bancos e pratos.<br />

Contato: (11) 3032-5010 / (51) 3554-0222<br />

www.proshows.com.br<br />

CONDOR<br />

CS50CE<br />

Este modelo de aço da Condor é<br />

confeccionado com o tampo em pinho;<br />

lateral, fundo e braço em mogno e<br />

escala em jacarandá. Sua marcação é<br />

em bolinha de madrepérola. Equipado<br />

com circuito ativo Artec ETN-4<br />

com afinador. Pode ser encontrado<br />

em preto, natural, sunburst, vinho<br />

transparente e natural vintage.<br />

Contato: (61) 3629-9400<br />

www.condormusic.com.br<br />

SABIAN<br />

AAX X-PLOSION<br />

FAST CRASH<br />

Lançamento, a Linha AAX X-Plosion<br />

Fast Crash é composta de liga B20 e<br />

chegará no Brasil em Janeiro, disponível<br />

nas medidas 14”, 15”, 16”, 17”, 18” e 19”.<br />

Contato: (11) 2199-2999<br />

www.equipo.com.br<br />

SOLID SOUND<br />

SOUVENIRS<br />

A empresa traz as miniaturas como sugestão de<br />

presentes para as festas de final de ano. Os souvenirs<br />

medem entre 11 cm e 14 cm e são fabricados em madeira.<br />

Contato: (41) 3596-2521 • www.solidsound.com.br<br />

METEORO<br />

PEDAL REVOLUTION<br />

TUBE DRIVE<br />

Com dois canais de drive,<br />

controles de ganho e volume e equalizador<br />

de três bandas. Munido com uma válvula<br />

6BQ7, é bivolt, tem baixo consumo e<br />

dimensões de 180 x 170 x 50 mm.<br />

Contato: (11) 2443-0088<br />

www.amplificadoresmeteoro.com.br<br />

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Desde a qualidade das matérias primas,<br />

até os processos de fabricação.<br />

tudo na Pearl é pensado para garantir um<br />

instrumento perfeito e resistente.<br />

Qualidade vale muito.<br />

Qualidade é Pearl!<br />

*Maiores informações sobre termos e condições da garantia no site: www.pearlbrasil.com.br/garantia


Nem gripe ne<br />

Feira Expomusic 2009<br />

A nova fachada do<br />

Expo Center Norte:<br />

muito mais imponente<br />

Em ano de crise econômica e gripe suína, as incertezas que<br />

assombravam a Expomusic 2009 foram logo suplantadas pelos bons<br />

resultados nos negócios e pelos lançamentos voltados ao público infantil<br />

Por Itamar Dantas<br />

A<br />

26ª edição da Expomusic foi<br />

realizada entre os dias 23 e<br />

27 de setembro, em São Paulo<br />

(SP), e terminou com saldo positivo<br />

para lojistas, representantes, fabricantes<br />

e consumidores finais. Com<br />

um público superior a 50 mil pessoas,<br />

foram gerados aproximadamente R$<br />

180 milhões em negócios, aumento<br />

de 11% em relação ao ano passado,<br />

mesmo patamar de crescimento em<br />

relação a 2007/2008 (não há fornecimento<br />

de dados sobre o número de<br />

transações realizadas). Com esses<br />

resultados, financeiro e visitação, a<br />

Expomusic manteve sua posição no<br />

ranking internacional de feiras do setor,<br />

quarta posição, atrás da NAMM<br />

(Los Angeles, EUA), Messe Frankfurt<br />

(Alemanha) e Music China.<br />

Entretanto, o cenário que se formava<br />

às vésperas do evento não era tão otimista.<br />

Os rumores da gripe suína não<br />

paravam de ‘pipocar’ nos noticiários de<br />

todo o Brasil, sobretudo pelas mortes<br />

ocorridas em São Paulo. Dias antes da<br />

feira, em 16 de setembro, o Ministério<br />

114 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Feira Expomusic 2009<br />

m crise<br />

Mais de 50 mil pessoas visitaram o evento<br />

Planet Waves é uma marca registrada da D’Addario & Company, Inc. ou de seus afiliados nos EUA e/ou outros países. © 2009 D’Addario & Company, Inc. Todos direitos reservados. © 2009 Apple Corps Ltd. Um produto Beatles. Todos direitos reservados.<br />

Foram realizados<br />

R$ 180 milhões em negócios<br />

Correias e Palhetas Beatles<br />

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Feira Expomusic 2009<br />

1. Antônio Carlos e Cláudia, Tonelli, da <strong>Musica</strong>l Express; 2. Melk Rocha, da Bends Harmônicas; 3. Leandro Campos, da<br />

Florence; 4. Vladimir Souza, da Pro Shows; 5. Carlos, Cristiano, Roberto e Cirne, da baquetas Alba; 6. Sérgio Cruz, da Equipo;<br />

7. Maurício Odery; 8. Charlie Chang e Eliseu Susin, da Golden Guitar; 9. Leandro Vieira, da Florence<br />

Falando de (e sobre) nosso sucesso<br />

A Editora Música & <strong>Mercado</strong> tinha um estande que se destacava no setor de<br />

imprensa do evento. Foi a primeira vez que a M&M teve um espaço tão grande.<br />

Essas medidas foram essenciais para o novo projeto da M&M, o MusicTube —<br />

site que será lançado até o final deste ano e que pretende revolucionar o setor.<br />

Para dar andamento às inovações desse projeto, a M&M montou um estúdio de<br />

gravação dentro de seu espaço na Expomusic. Por lá passaram empresários e<br />

lojistas, que foram ent<strong>revista</strong>dos e deram seus depoimentos sobre o setor, suas<br />

empresas e anteciparam as tendências para 2010. Mas foram os músicos que tornaram<br />

o espaço da M&M intransitável. Estava lotado! Isso porque,<br />

além de serem reconhecidos do grande público, gravaram<br />

minivideoaulas que atraíam quem passava no corredor. Sucesso<br />

total! Estiveram lá: Arthur Maia, Hugo Hori, Leandro Ferrari,<br />

Dino Verdade, João Castilho, Alexandre de Orio e muitos outros<br />

músicos que totalizaram a produção de mais de cem vídeos.<br />

Você poderá conferir no musictube.me. Aguarde e confira!<br />

da Saúde divulgava 327 mortes pela<br />

gripe suína no Estado paulista — era o<br />

maior número de mortes de todo o País!<br />

Por outro lado, a crise econômica<br />

estava ficando para trás e 2009 estava<br />

se tornando o ano da discussão sobre<br />

a obrigatoriedade da música nas<br />

escolas. Assim, as expectativas negativas<br />

foram superadas e o que se viu<br />

foi a presença em massa de lojistas e<br />

empresários, que realizaram<br />

muitos negócios,<br />

alavancando, como tradicionalmente<br />

acontece, as<br />

vendas do setor.<br />

A feira também ante-<br />

cipou alguns números e<br />

as expectativas para os<br />

116 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Feira Expomusic 2009<br />

Eventos paralelos<br />

Empresas que apostaram em eventos concomitantes à feira, ou antes dela,<br />

também tiveram seu reconhecimento por parte dos lojistas. As rodadas de<br />

negócios promovidas por Tagima, Adah, Crafter, Power Click, Attack, Prime<br />

Music, Pearl, Unic, Lyco e Anafima alavancaram ainda mais as vendas e<br />

trouxeram mais negócios para o setor de instrumentos musicais e de áudio.<br />

TAGIMA DREAM TEAM<br />

No dia 22 de setembro, tradicionalmente<br />

um dia antes da Expo-<br />

music, ocorreu a quarta edição do<br />

Tagima Dream Team, que, além da<br />

fabricante de violões, contrabaixos<br />

e guitarras, reuniu outras marcas<br />

do setor – Santo Angelo, Audio-Technica,<br />

Bose, LL Audio Technology,<br />

Octagon, EM&T, Bends, Quanta<br />

Music e NCA – para um dia inteiro<br />

de negócios. Mais de 400 lojistas<br />

compareceram ao evento, que também<br />

foi aberto ao público e contou<br />

com apresentações dos endorsers<br />

da marca, como Edu Ardanuy, Juninho<br />

Afram, Kiko Loureiro, Artur Maia, Ulisses Rocha, Mozart Mello, dentre outros.<br />

No final do dia, os lojistas e empresários puderam conferir uma palestra<br />

de Roberto Shinyashiki e o show de encerramento do evento com a banda<br />

Nenhum de Nós. A Tagima também participou da Expomusic.<br />

Planet Waves é uma marca registrada da D’Addario & Company, Inc. ou de seus afiliados nos EUA e/ou outros países. © 2009 D’Addario & Company, Inc. Todos direitos reservados. © 2009 Apple Corps Ltd. Um produto Beatles. Todos direitos reservados.<br />

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Rodadas de negócios e shows dos endorses movimentaram o TDT<br />

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Feira Expomusic 2009<br />

próximos anos são ainda mais promissoras.<br />

O mercado está ansioso com a<br />

lei que torna obrigatória a educação<br />

musical nas escolas. Até 2012, quando<br />

vence o prazo para implantação da lei,<br />

o faturamento do setor deve chegar<br />

a R$ 1,2 bilhão, segundo a Francal. É<br />

mais do que o dobro previsto para 2009<br />

— algo em torno de R$ 600 milhões,<br />

ainda de acordo com a produtora. E o<br />

número de estudantes de música deve<br />

aumentar dos atuais 5 milhões para 34<br />

milhões a partir de 2012, crescimento<br />

de 580%. É muita coisa!<br />

De olho nessas projeções, as empresas<br />

começaram já neste ano a lançar<br />

suas linhas especiais de equipamentos<br />

para crianças e adolescentes. E a<br />

Expomusic foi o palco perfeito para<br />

esses lançamentos. Guitarras, baixos,<br />

violões, pianos, softwares, dentre ou-<br />

1. Rogério Raso, Pipoquinha, Arthur Maia e André Oliveira, da Santo Angelo; 2. Marcos Brandão, da Pride;<br />

3. Equipe da Orion Cymbals; 4. Rafael Prin, da Liverpool; 5. José Luís, da Meteoro; 6. Marcelo Rossi<br />

e Ney Nakamura, da Tagima; 7. Daniela Medeiros e Carlos César, da Condor; 8. Juliano e Rodrigo Hayashida<br />

e Fábio Fonseca, da Tokai; 9. Nilton Corazza, da Roland; 10. Eduardo Chatzoglou, da Sparflex;<br />

11. Nelson Alberti Elisandra Vieira e Luis Trivellato, da Quanta Music; 12. José Roberto Rozini e André Mattos, da Rozini<br />

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UNIC AUDIO<br />

A Unic Audio realizou seu evento entre<br />

os dias 23 e 25 de setembro, paralelamente<br />

à Expomusic. Os lojistas pude-<br />

ram conferir os últimos lançamentos<br />

da empresa, como a primeira<br />

caixa amplificada com rádio FM<br />

digital do Brasil que, segundo Fernando<br />

Galles, diretor da Unic, é<br />

uma linha de amplificadores que<br />

promete alcançar imenso sucesso<br />

no mercado de áudio caseiro.<br />

Feira Expomusic 2009<br />

ANAFIMA<br />

No dia 22 de setembro, a Anafima realizou seu evento em Guarulhos, na<br />

Grande São Paulo, cidade-sede da associação, levando aos participantes,<br />

formados sobretudo por fabricantes nacionais, diversas palestras que enfo-<br />

caram os benefícios e facilidades para exportação de produtos e exploração<br />

do mercado estadunidense.<br />

ADAH, CRAFTER,<br />

ATTACK E<br />

POWER CLICK<br />

De 22 a 24 de setembro, as empresas<br />

Adah, Crafter, Attack e Power Click<br />

se reuniram para montar um evento<br />

paralelo à Expomusic. Cerca de<br />

400 lojistas visitaram o espaço no<br />

Hotel Holiday Inn, em São Paulo,<br />

número que surpreendeu os organizadores. Para<br />

Eduardo Kika, gerente de vendas da Power Click, foi<br />

um sucesso. “A intenção era aproximar os comerciantes<br />

e fabricantes e o resultado foi obtido. Em<br />

2010, pretendemos realizar o evento novamente.”<br />

FBT promove seus produtos<br />

A italiana FBT, fabricante de equipamentos de áudio,<br />

realizou o seminário Pro-Audio FBT no dia 22<br />

de setembro. O evento contou com a participação<br />

de Alan Wood, consultor da empresa para a América<br />

Latina, e Luigi Paoloni, seu gerente de exportação. Segundo Paoloni, o evento<br />

serviu para consolidar a entrada da FBT, diretamente distribuída desde 2008,<br />

no mercado do Brasil e América Latina.<br />

“Estamos orgulhosos de estar presentes<br />

diretamente com a nossa marca no Brasil<br />

e outros países da América Latina. Temos<br />

a certeza de que é só o começo”.<br />

*O seminário também será realizado em outras cidades<br />

da América Latina nos últimos meses de 2009.<br />

Planet Waves é uma marca registrada da D’Addario & Company, Inc. ou de seus afiliados nos EUA e/ou outros países. © 2009 D’Addario & Company, Inc. Todos direitos reservados. © 2009 Apple Corps Ltd. Um produto Beatles. Todos direitos reservados.<br />

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Feira Expomusic 2009<br />

tros produtos foram especialmente<br />

desenvolvidos para a garotada que já<br />

quer iniciar sua vida musical. Pelo que<br />

observamos, pais e filhos demonstraram<br />

empolgação com essas novidades,<br />

experimentando os equipamentos nos<br />

estandes que os disponibilizavam.<br />

Mas não são apenas negócios e<br />

novos produtos que sustentam a Expomusic.<br />

Houve muita música nos<br />

espaços dos expositores e no Music<br />

Hall. E as mais de 50 mil pessoas que<br />

visitaram o evento puderam conferir<br />

várias apresentações dos endorsers de<br />

diversas marcas e assistir a palestras<br />

e workshops. Em um ano com crise<br />

econômica e gripe suína, a Expomusic<br />

conseguiu unir diversão e bons negócios<br />

e, o mais importante, trouxe perspectivas<br />

positivas e resgatou o otimismo<br />

para o nosso mercado. •<br />

1. Nádia Barros, da Octagon; 2. Emerson Righi e Cícero Luiz, da Oversound; 3. Carlos Leite, da Giannini;<br />

4. Márcio Zaganin, da N. Zaganin; 5. Simone Storino, da Izzo; 6. Alan Leider, da Selenium;<br />

7. Samuel, Kiko e Márcio, da Studio R; 8. João Yamashita, da Vanral e Microdigital;<br />

9. Carlos Eduardo, da Adah; 10. Renê Luongo e Maurício Brazolim, Atelier Áudio;<br />

11. Vera Machado, da Di Giorgio; 12. Seizi Tagima e René Moura, da Royal Music<br />

120 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


Feira Expomusic 2009<br />

PRIME MUSIC<br />

No evento realizado em 24 de se-<br />

tembro, a Prime Music trouxe<br />

para os convidados que visitaram<br />

o espaço no Hotel Comfort,<br />

também em São Paulo, os lançamentos<br />

de suas baterias e<br />

apresentaram para lojistas e representantes<br />

as ações que a empresa<br />

está desenvolvendo para<br />

atender com excelência a distribuição dos pratos da Meinl no Brasil.<br />

PEARL BRASIL<br />

A Pearl realizou seu evento paralelo<br />

no dia 24 de setembro para lançar sua<br />

independência no mercado brasileiro:<br />

a Pearl Brasil. Alessandro Bisetto,<br />

gerente-geral para a América Latina,<br />

e a diretoria da Pearl Brasil discursaram<br />

sobre as perspectivas da empresa<br />

no País e apresentaram alguns lançamentos<br />

mundiais da marca que inaugurarão<br />

esta nova fase da empresa no<br />

mercado nacional, como o pedal Demon Drive e a conga portátil Travel Conga.<br />

O baterista Raymond Massey e o percussionista Glen Caruba, gerentes<br />

de produtos da Pearl, apresentaram os lançamentos e demonstraram o que<br />

esses equipamentos são capazes de fazer nas mãos certas.<br />

Planet Waves é uma marca registrada da D’Addario & Company, Inc. ou de seus afiliados nos EUA e/ou outros países. © 2009 D’Addario & Company, Inc. Todos direitos reservados. © 2009 Apple Corps Ltd. Um produto Beatles. Todos direitos reservados. Yellow Submarine: © 2009 Subafilms Ltd. Todos direitos reservados.<br />

Correias e Palhetas Beatles<br />

WWW.MUSICAL-EXPRESS.COM.BR<br />

13. Fábio Ribeiro, da Leac’s; 14. Roberto Guariglia, da Contemporânea;<br />

15. Pardal Ferrari e Emil Casseb, da Yamaha; 16. Rita de Cássia, da Le Son<br />

Distribuição Exclusiva:<br />

WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR 121


Feira Expomusic 2009<br />

1. Roberto Hayashida, da Staff Drums; 2. Tássia e Maju Ramos, da NIG Music/Rouxinol;<br />

3. Estande da Turbo Percussion; 4. Rui Nalin e Luis Roberto, da Eros Alto-falantes; 5. Everton Tosta, das Boquilhas Ever-Ton;<br />

6. João Zanholo, da Staner; 7. Alan Leider, da Selenium; 8. Rogério Rego, da Habro; 9. Daniel Klajman, da Tecniforte;<br />

10. Sérgio Cortellete, da Hayamax; 11. Hermenegildo Fran, da Michael; 12. Hélio Mestrello, da Antera;<br />

13. Gesner Sousa, Onerr; 14. Guilherme Zauza, da Sotex; 15. Estande da Pioneer<br />

122 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


PAINEL DE NEGÓCIOS


PAINEL DE NEGÓCIOS<br />

FEIRA DA MÚSICA<br />

ETAPA RECIFE<br />

ELETRO SATELITE REPRESENTAÇÕES<br />

Ruy Almeida<br />

E-mail: almeidaruy@hotmail.com<br />

Skype: ruyalmeida2<br />

Cel.: (81) 9162.9043<br />

PIRES REPRESENTAÇÕES LTDA.<br />

Marcelo Pires<br />

E-mail: mcpires@elogica.com.br<br />

Tel.: (81) 3441.7296 • Cel.: (81) 9974.7769<br />

ILHA REPRESENTAÇÕES E COM. LTDA.<br />

André Angelo Braga<br />

E-mail: ilharepresentacoes@gmail.com<br />

Tel.: (81) 32247.0150 • Cel.: (81) 9974.3835<br />

MEGA SOM COM. E REPRES. LTDA.<br />

Cláudio<br />

E-mail.: megaltda.som@terra.com.br<br />

Tel.: (81) 3224.2648 • Cel.: (81) 9176.3173<br />

FERGUS REPRESENTAÇÕES LTDA.<br />

Sr. Gustavo<br />

E-mail: repfergus@terra.com.br<br />

Tel.: (81) 3221.2298 • Cel.: (81) 9935.9727<br />

CARSIL REPRESENTAÇÕES LTDA.<br />

Alayne Carvalho<br />

E-mail: carsil@bluelink.com.br<br />

Tel.: (81) 3423.4088 • 3423.4257 • Cel.: (81)<br />

9977.6872<br />

DARIO LOPES REPRESENTANTE<br />

Dario Lopes<br />

E-mail: elidariosilva@hotmail.com<br />

Tel.: (81) 3432.0131<br />

WOLMER REPRESENTAÇÕES LTDA.<br />

Wolmer Amaral Lopes Pereira<br />

E-mail: wolmer.rep@bol.com.br<br />

Tel.: (81) 3422.2887 • (81) 9181.7095<br />

AURORA REPRESENTAÇÕES LTDA.<br />

Alisson Angelo Braga<br />

E-mail: aurorarep@hotmail.com<br />

Tel.: (81) 3223.4488 • 9977.7599<br />

WORKTEC REPRESENTAÇÕES LTDA.<br />

Emanuel Vasconcelos<br />

E-mail: emanuel@selenium.com.br<br />

Tel.: (81) 3268.4628 • Cel.: (81) 9971.3447<br />

L.P.S. REPRESENTAÇÕES<br />

Léo<br />

E-mail: ipsrecife@ig.com.br<br />

Tel.: (81) 3225.2901 • Cel.: (81) 9253.1380<br />

WORKTEC REPRESENTAÇÕES LTDA.<br />

Emanuel Vasconcelos<br />

E-mail: emanuel@selenium.com.br<br />

Tel.: (81) 3268.4628 • Cel.: (81) 9971.3447<br />

GUGA GUITARS REPRESENTAÇÃO<br />

Gustavo Pedrosa - ID: 97*1689<br />

E-mail: gugaguitars@gmail.com<br />

Tel.: (81) 3426.0340 • Cel.: (81) 8704.1418<br />

TECLINFOR COM. E REPRES. LTDA.<br />

André Lima<br />

E-mail: andrelimarep@hotmail.com<br />

Tel.: (81) 3224.0437 • Cel.: (81) 9909.2830


CONTATOS<br />

As empresas abaixo são os anunciantes desta edição. Use estes contatos para obter informações sobre compras<br />

e produtos. Para referência, mencione que você obteve a informação por meio da Música & <strong>Mercado</strong>.<br />

INSTRUMENTOS<br />

BENDS ..............................................11 4822-3003 • bends.com.br • 9<br />

BENSON .................................... 51 3554-3139 • proshows.com.br • 18<br />

EAGLE ...........................11 2931-9130 • eagleinstrumentos.com.br • 61<br />

EQUIPO ................................. 11 2199-2999 • equipo.com.br • 91, 129<br />

GIANNINI .................11 4028-8400 • giannini.com.br • 37, 55, 63, 123<br />

HAMMOND ........................... 11 5535-1872 • hammond.com.br • 105<br />

HERING ........................ 47 3338-0219 • heringharmonicas.com.br • 12<br />

MICHAEL .................................. 31 2102-9270 • michael.com.br • 109<br />

ROLAND ..................................... 11 3087-7700 • roland.com.br • 101<br />

ROZINI ........................................... 11 3931-3648 • rozini.com.br • 21<br />

TAGIMA ....................................... 11 2915-8900 • tagima.com.br • 17<br />

WALDEN ............................ 11 3081-5756 • waldenguitars.com.br • 69<br />

WOLF MUSIC .......................... 11 3081-5756 • wolfmusic.com.br • 33<br />

YAMAHA ......................... 11 3704-1377 • yamahamusical.com.br • 75<br />

AMPLIFICADORES / ÁUDIO PROFISSIONAL<br />

BEHRINGER .................................. 11 2199-2999 • behringer.com • 16<br />

CICLOTRON .............................. 14 3604-6000 • ciclotron.com.br • 13<br />

DECOMAC .................................... 11 3333-3174 •decomac.com.br • 2<br />

DOBSOM .................................. 18 3279-9600 • dobsom.com.br • 126<br />

ETELJ ............................................... 17 3624-4415 • etelj.com.br • 95<br />

FRAHM ................................... 47 3531-8800 • frahm.com.br • 44, 45<br />

HAYONIK .............................. 43 3377-9800 • hayonik.com.br • 50, 51<br />

LEACS ............................................. 11 4891-1000 • leacs.com.br • 53<br />

LESON ........................................... 11 2198-0488 • leson.com.br • 99<br />

LEXSEN .................................... 51 3554-3139 • proshows.com.br • 19<br />

LL AUDIO ................................. 0800-014-19-18 • llaudio.com.br • 6, 7<br />

LYCO .............................................. 11 3666-5574 • lyco.com.br • 131<br />

METEORO .............11 2443-0088 • amplifi cadoresmeteoro.com.br • 85<br />

MOUG SOUND .......................11 2636-1118 • mougsound.com.br • 49<br />

SENNHEISER .............................. 11 2199-2999 • equipo.com.br • 111<br />

STUDIO R ........................... 11 5031-3600 • www.studior.com.br • 124<br />

UNIC .........................................11 3985-8008 • unicaudio.com.br • 71<br />

VOX STORM .............................43 3178-4271 • voxstorm.com.br • 103<br />

ACESSÓRIOS<br />

AQUARIAN ........................... 11 3797-0100 • izzomusical.com.br • 27<br />

CABOS GOLDEN ............... 11 3335-6110 • cabosgolden.com.br • 125<br />

D’ADDARIO.........................11 3158-3105 • musical-express.com.br • 3<br />

ELIXIR .........................................11 5502-7800 • elixirstrings.com • 11<br />

EMG ............... +1 707 525 9941 • emginc.com/condormusic.com.br • 15<br />

GIBRALTAR ........................11 3158-3105 • musical-express.com.br • 5<br />

HOHNER ................................ 11 3797-0100 • izzomusical.com.br • 29<br />

LACE ............................................. 11 2199-2999 • equipo.com.br • 38<br />

PLANET WAVES ....... 11 3158-3105 • musical-express.com.br • 115, 117, 119, 121<br />

QUANTA ...................................... 19 3741-4646 • quanta.com.br • 77<br />

ROUXINOL .................................. 11 4441-8366 • rouxinol.com.br • 93<br />

SG STRINGS ........................... 11 3797-0100 • izzomusical.com.br • 31<br />

SOLID SOUND ........................ 41 3596-2521 • solidsound.com.br • 73<br />

SPARFLEX ................................. 11 2521-4141 • sparfl ex.com.br • 132<br />

SYGNIA ..........................................11 3255-8045 • sygnia.com.br • 41<br />

UNO .................................11 3158-3105 • musical-express.com.br • 35<br />

BATERIA E PERCUSSÃO<br />

ADAH .................................... 11 2231-5352 • adahdrums.com.br • 89<br />

ALBA ................................. 44 3029-9808 • baquetasalba.com.br • 47<br />

C. IBAÑEZ ....................................51 3364-5422 • cibanez.com.br • 87<br />

CONTEMPORÂNEA ... 11 3399-6022 • contemporaneamusical.com.br • 83<br />

LUEN ................................................. 11 4448-1160 • luen.com.br • 81<br />

MEINL ............43 3324-4405 (Prime) • 92 3234-1588 (C. Borges) • 22, 23<br />

ORION CYMBALS ................ 11 3871-6277 • orioncymbals.com.br • 24<br />

TYCOON ...................+1 909 393 5555 • tycoonpercussion.com.br • 79<br />

DIVERSOS<br />

CARISCH ....................................+39 02 8474 7949 • carisch.com • 20<br />

STUDIO SOUND INTL ............. +1 949 460 9096 • studiosoundintl.com • 127<br />

FEIRAS / EVENTOS<br />

MUSIC CHINA ........... 11 5403-9500 • messefrankfurtfeiras.com.br • 10<br />

NAMM ..............................................+1 760 438 8001 • namm.org • 8<br />

PALM EXPO ...........................+86 10 6409 7408 • palmexpo.com • 14<br />

Confira o calendário 2010<br />

na pág. 106<br />

128 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR


CINCO PERGUNTAS SOBRE<br />

SPED<br />

Agora não tem mais jeito. As empresas que não se adaptarem<br />

ao novo sistema fiscal estarão sujeitas às punições p<strong>revista</strong>s<br />

em lei. Não seja uma delas, tire aqui suas principais dúvidas<br />

sobre o Sistema Público de Escrituração Digital<br />

Com o objetivo de combater a<br />

sonegação e tornar o relacionamento<br />

fiscal mais eficiente,<br />

o governo brasileiro já começa a<br />

praticar o Sistema Público de Escrituração<br />

Digital, SPED. Até 2010 todas<br />

as empresas com lucro real (tributável)<br />

precisarão estar adaptadas<br />

ao novo sistema. O caminho ainda<br />

é lento. No início de outubro, apenas<br />

30 mil já tinham aderido. Uma<br />

grande queixa dos empresários é o<br />

custo dessa adaptação, que demanda<br />

investimento em tecnologia, treinamento<br />

de pessoal e outros custos.<br />

Mas, como tudo tem o lado bom,<br />

vale lembrar que a implantação do<br />

SPED é um passo inicial da Reforma<br />

Tributária. Por conta de a fiscalização<br />

ser em tempo real, em três níveis —<br />

Nota Fiscal Eletrônica; SPED Contábil<br />

e SPED Fiscal — e sem brechas para<br />

manipulações, o governo terá dados<br />

mais consistentes sobre quanto arrecada,<br />

pretendendo, a partir daí, executar<br />

planos de diminuição da carga<br />

tributária brasileira, uma das mais altas<br />

do mundo. Outros fatores positivos<br />

são: forçar a modernização das empresas;<br />

simplificar o sistema — tudo<br />

é integrado e eletrônico, dispensando<br />

livros contábeis e fiscais —; e também<br />

a unificação, com formulários padronizados,<br />

minimizando os custos para<br />

as empresas — antes cada Estado<br />

adotava a forma que melhor lhe convinha,<br />

dando enorme trabalho para<br />

companhias interestaduais.<br />

O sistema ainda causa bastante<br />

polêmica, sobretudo na esfera das<br />

PMES (pequenas e médias empresas),<br />

por isso conversamos com o consul-<br />

Luiz Paulo Ferreira, consultor em<br />

soluções para o setor financeiro<br />

tor Luiz Paulo Ferreira, da ZipeCode,<br />

empresa especializada em soluções<br />

para o setor financeiro, para esclarecer<br />

um pouco mais o assunto.<br />

Todas as empresas são obrigadas a<br />

migrar para o SPED?<br />

Atualmente, 90 segmentos empresariais<br />

estão sujeitos à obrigatoriedade<br />

de emissão da Nota Fiscal Eletrônica,<br />

NF-e [inclusive o setor de instrumentos<br />

musicais]. Entre elas, as companhias<br />

que recolhem o Imposto sobre<br />

Circulação de <strong>Mercado</strong>rias e Prestação<br />

de Serviços (ICMS) e o Imposto<br />

sobre Produtos Industrializados (IPI).<br />

O cronograma do governo prevê que<br />

até o fim de 2010 quase todas as companhias<br />

farão parte do sistema.<br />

Como você avalia a implantação<br />

do SPED?<br />

Acredito ser uma excelente iniciativa,<br />

considerando os benefícios diretos<br />

e indiretos. Em um primeiro momento,<br />

os investimentos e esforços<br />

para a adaptação ao sistema preocupam<br />

as empresas, porém, a médio e<br />

longo prazo elas poderão verificar o<br />

retorno positivo.<br />

Mas qual será o real impacto nas micro,<br />

pequenas e médias empresas?<br />

Elas serão prejudicadas ou beneficiadas<br />

com o SPED?<br />

Em termos gerais, todos serão beneficiados<br />

com a implantação do SPED.<br />

O impacto pode variar com o porte da<br />

empresa. No entanto, o sistema traz<br />

simplificação e transparência para<br />

toda a sociedade.<br />

Quais são as principais queixas levantadas<br />

pelas empresas sobre o<br />

novo sistema?<br />

Adaptar os sistemas existentes ao<br />

novo e atender a todas as exigências<br />

técnicas. É verdade, a adoção do SPED<br />

depende de uma realidade de infraestrutura<br />

tecnológica mínima por parte<br />

das empresas.<br />

Existem muitas dúvidas em relação<br />

ao SPED. Como você vê o trabalho<br />

do governo para esclarecer o novo<br />

sistema?<br />

Ele tem feito esforços na comunicação,<br />

publicando em portais como o<br />

da Receita Federal e melhorando seus<br />

próprios sites, mas concordo que o<br />

assunto é complexo. Além disso, à<br />

medida que o sistema aumenta sua<br />

abrangência, descobrem-se novas necessidades<br />

em cada realidade. •<br />

130 WWW.MUSICAEMERCADO.COM.BR

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