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Análise-econômica-de-projetos-de-investimentos-para-expansão-da-produção-pecuária_Agroicone_INPUT

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2014, a TIR po<strong>de</strong> alcançar até 22%, com payback <strong>de</strong> cinco anos. Importante observar<br />

que somente na faixa <strong>de</strong> maior intensificação <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> (12-18@/ha/ano) é on<strong>de</strong> as<br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong> 300 hectares possuem viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>econômica</strong> em com<strong>para</strong>ção com a<br />

TMA. Adicionalmente, as fazen<strong>da</strong>s menores po<strong>de</strong>m utilizar outros sistemas produtivos<br />

mais rentáveis (como recria e engor<strong>da</strong>), não consi<strong>de</strong>rados nesta análise.<br />

O resultado financeiro do projeto <strong>de</strong> investimento em intensificação <strong>da</strong> <strong>produção</strong><br />

<strong>pecuária</strong> inclui também o ganho patrimonial proveniente <strong>da</strong> valorização do preço<br />

<strong>da</strong> terra, já que quanto maior a produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>, maior o preço <strong>da</strong> terra <strong>de</strong> acordo com<br />

os <strong>da</strong>dos <strong>da</strong> FNP (diferenciou-se preço <strong>de</strong> terra com pastagens <strong>de</strong> baixo suporte<br />

e crescente suporte), conforme Quadro 2. Ao <strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>rar o ganho patrimonial<br />

resultante do investimento em melhoria <strong>da</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>da</strong> terra, consi<strong>de</strong>rando apenas<br />

o retorno do investimento <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>pecuária</strong>, as fazen<strong>da</strong>s <strong>de</strong> 3 mil hectares <strong>de</strong> área<br />

produtiva reduziriam a TIR em dois pontos percentuais, em ca<strong>da</strong> cenário. Já as fazen<strong>da</strong>s<br />

<strong>de</strong> 300 hectares <strong>de</strong> área produtiva possuem um impacto mais relevante <strong>da</strong> valorização<br />

<strong>da</strong> terra no retorno total do projeto. Respectivamente, <strong>para</strong> ca<strong>da</strong> faixa <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

conforme a Figura 1a, as TIRs dos <strong>projetos</strong> seriam 0% no primeiro caso, 5% no segundo<br />

e 12% <strong>para</strong> o aumento <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> 12@/ha/ano <strong>para</strong> até 18@/ha/ano.<br />

Consi<strong>de</strong>rando o CENÁRIO 2 (aumento <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong> na área produtiva <strong>da</strong><br />

proprie<strong>da</strong><strong>de</strong>, em 1.500 ha, além <strong>de</strong> <strong>expansão</strong> <strong>pecuária</strong> sobre área <strong>de</strong> vegetação própria,<br />

ao consi<strong>de</strong>rar que a proprie<strong>da</strong><strong>de</strong> possui exce<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> vegetação nativa que po<strong>de</strong> ser<br />

legalmente converti<strong>da</strong> em área produtiva, em 1.500 ha), observa-se que a <strong>expansão</strong><br />

<strong>da</strong> <strong>pecuária</strong> sobre vegetação combina<strong>da</strong> com a intensificação nas áreas já produtivas<br />

possui retornos <strong>da</strong> <strong>pecuária</strong> menores do que as análises do Cenário 1, apresentando<br />

até resultados negativos em alguns casos, mas superam os resultados anteriores no<br />

que se refere à valorização <strong>da</strong> terra.<br />

O projeto que apresentou pior retorno econômico no Cenário 2 refere-se à<br />

intensificação produtiva <strong>de</strong> baixa (3-6@/ha/ano) <strong>para</strong> média (6-12@/ha/ano) tecnologia<br />

e <strong>expansão</strong> sobre a área <strong>de</strong> vegetação nativa com <strong>produção</strong> média (6-12@/ha/ano)<br />

(Figura 2). A TIR é menor que a TMA e o payback, <strong>de</strong> 19 anos. Ain<strong>da</strong> no Cenário 2, o<br />

projeto que apresentou melhor retorno econômico refere-se à intensificação produtiva,<br />

passando <strong>da</strong> média (6-12@/ha/ano) <strong>para</strong> crescente (12-18@/ha/ano) e utilizando<br />

<strong>produção</strong> extrativista na área <strong>de</strong> <strong>expansão</strong> (até 3@/ha/ano). Neste caso, a TIR foi<br />

<strong>de</strong> 13,1% e o payback <strong>de</strong> <strong>de</strong>z anos. Entretanto, a melhor rentabili<strong>da</strong><strong>de</strong> (VPL relativo)<br />

ocorreu na faixa <strong>de</strong> tecnologia crescente (12-18@/ha/ano) na área <strong>de</strong> <strong>expansão</strong>.<br />

Para o CENÁRIO 3 (intensificação <strong>da</strong> ativi<strong>da</strong><strong>de</strong> na área produtiva e <strong>expansão</strong> com área<br />

adquiri<strong>da</strong>), os dois <strong>projetos</strong> <strong>de</strong> maior retorno econômico, mas com TIR abaixo <strong>da</strong> TMA<br />

consi<strong>de</strong>ra<strong>da</strong> (8,5%), foram aqueles <strong>de</strong> intensificação <strong>da</strong> <strong>produção</strong> baixa (3-6@/ha/ano) <strong>para</strong><br />

crescente (12-18@/ha/ano) e média (6-12@/ha/ano) <strong>para</strong> crescente (12-18@/ha/ano)<br />

atrelados à <strong>expansão</strong> em área adquiri<strong>da</strong>, utilizando tecnologia produtiva crescente e baixa,<br />

respectivamente (Cenário 3 <strong>da</strong> Figura 2). Ou seja, implementar um projeto <strong>de</strong> intensificação<br />

produtiva (em 1.500 ha) acompanhado <strong>da</strong> compra <strong>de</strong> área nova <strong>para</strong> <strong>expansão</strong> <strong>da</strong> <strong>pecuária</strong><br />

(em 1.500 ha adicionais) possui viabili<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>econômica</strong> baixa ou nula no cenário simulado.<br />

Em ambos os cenários simulados, as <strong>de</strong>mais combinações <strong>de</strong> aumento <strong>de</strong> produtivi<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

acompanha<strong>da</strong>s <strong>de</strong> <strong>expansão</strong> sobre áreas <strong>de</strong> vegetação no Cerrado apresentaram<br />

resultados semelhantes aos <strong>da</strong> Figura 2, com payback <strong>de</strong> no mínimo <strong>de</strong>z anos até 19 anos<br />

no Cenário 2 e <strong>de</strong> 17 anos a 19 anos no Cenário 3, consi<strong>de</strong>rando área produtiva <strong>da</strong> fazen<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> 3 mil hectares.<br />

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