Natalia Correia
Natália Correia é uma figura incontornável da cultura portuguesa que, ao longo da sua vida, conviveu com algumas das mais importantes personalidades do mundo da arte e da literatura do século XX. O seu arquivo é um valioso meio para melhor conhecer a escritora. Composto por 23.234 documentos e 1728 provas fotográficas, revela uma enorme riqueza, tanto no período cronológico que abrange, como na variedade temática.
Natália Correia é uma figura incontornável da cultura portuguesa que, ao longo da sua vida, conviveu com algumas das mais importantes personalidades do mundo da arte e da literatura do século XX.
O seu arquivo é um valioso meio para melhor conhecer a escritora. Composto por 23.234 documentos e 1728 provas fotográficas, revela uma enorme riqueza, tanto no período cronológico que abrange, como na variedade temática.
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Embora estejam ausentes os manuscritos ou datiloscritos das<br />
primeiras obras que Natália publica, a partir da década de 50<br />
adensa-se o volume de originais natalianos. Mas se nem todos os<br />
manuscritos ou datiloscritos da extensa bibliografia de Natália<br />
<strong>Correia</strong> se encontram no arquivo, casos há em que se pode<br />
observar o processo de produção dos textos, nas várias versões<br />
existentes, bem como das negociações para publicação das obras,<br />
no país e no estrangeiro, e dos direitos de autor recebidos. Neste<br />
caso estão a peça de teatro A Pécora de que se possui não só a<br />
versão portuguesa mas também vários exemplares da versão<br />
vertida para francês, ou as correcções e revisões realizadas na<br />
colectânea O sol nas noites e o luar nos dias.<br />
Analogamente, existem no arquivo textos, alguns com várias<br />
versões, que permanecem inéditos, como a peça de teatro D. Carlos<br />
vai à guerra. Outros que foram apenas proferidos oralmente,<br />
sobre temas diversificados, que vão desde a análise e elogio aos<br />
pensadores que a autora considera os seus grandes mestres,<br />
António Sérgio, Almada Negreiros ou Vitorino Nemésio (de quem<br />
recupera a ideia de açorianidade e de autonomia), a reflexões<br />
sobre literatura e correntes literárias ou textos de ficção.<br />
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31 - [Texto sobre “Ideia de açorianidade”], ant. 1993, ms.<br />
BPARPD/NC - 5863.