30.01.2017 Views

Revista Online do TRT6 Nº 03

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

“Que seguiu com o reclamante para o Esta<strong>do</strong> de São Paulo no mesmo ônibus e<br />

trabalhou com o mesmo em idêntico perío<strong>do</strong>; que trabalhava das 07h às 15h20/15h30, com<br />

01h de intervalo para refeição e mais 10 minutos no perío<strong>do</strong> da manhã e 10 à tarde; que<br />

trabalhava de segunda a sába<strong>do</strong>, no mesmo horário; que no perío<strong>do</strong> de percurso passava<br />

01h ou 01h30 só para a ida e idêntico perío<strong>do</strong> para o retorno; que chegavam ao ponto<br />

de ônibus às 06h, chegan<strong>do</strong> ao posto de trabalho às 07h/07h30; (....)que após descer <strong>do</strong><br />

ônibus no local de trabalho ainda passava meia-hora a começar efetivamente a trabalhar,<br />

porque antes disso os emprega<strong>do</strong>s tinham que fazer alongamento; que o trabalho sempre<br />

começava efetivamente às 07h/07h20; que ele depoente não consignava o horário nos<br />

registros de presenças, que apenas assinava; que quem colocava o horário era o fiscal. Nada<br />

mais disse nem lhe foi pergunta<strong>do</strong>.” Grifei<br />

Há que se registrar, por oportuno, que divergências porventura existentes são<br />

naturais, podem, inclusive, conferir maior credibilidade à prova em questão, por não revelar<br />

indícios característicos de depoimentos pré-fabrica<strong>do</strong>s. Nessa esteira, o desprezo total a<br />

determinada prova testemunhal apenas terá lugar, quan<strong>do</strong> demonstra<strong>do</strong> o níti<strong>do</strong> intuito<br />

de beneficiar a parte, em detrimento da verdade, ou quan<strong>do</strong> seja impossível conciliar as<br />

informações prestadas com as assertivas da inicial, de acor<strong>do</strong> com o livre convencimento<br />

<strong>do</strong> julga<strong>do</strong>r. A propósito:<br />

“Depoimento testemunhal. Invalidação. O Juiz não está adstrito a padrões fixos<br />

para a avaliação de provas, porque tem ele liberdade para concluir de acor<strong>do</strong> com o seu<br />

convencimento. <strong>Revista</strong> não provida.” (TST, 1a T., RR 3.497/88.6, Rel. Almir Pazzianotto) (in<br />

Valentin Carrion, Nova Jurisprudência em Direito <strong>do</strong> Trabalho, <strong>Revista</strong> <strong>do</strong>s Tribunais, 1990,<br />

p. 581).<br />

“Prova. Inocorre violação ao art. 373 <strong>do</strong> CPC quan<strong>do</strong> o Juiz se utiliza <strong>do</strong> princípio<br />

da livre convicção. O Juiz é livre ao apreciar as provas e promover a valorização necessária<br />

entre os fatos e circunstâncias, para, finalmente, declarar o seu convencimento. Deve,<br />

apenas, restringir-se aos elementos <strong>do</strong>s autos e indicar os motivos que lhe formaram o<br />

convencimento. Esta é a inteligência <strong>do</strong> art. 131 <strong>do</strong> CPC.” (TST, 2a T., RR 162/84, Rel. Min.<br />

Pajehú Mace<strong>do</strong> Silva, DJ 22.2.85) (in João de Lima Teixeira Filho,, Repertório de Jurisprudência<br />

Trabalhista, Freitas Bastos, vol. 4o, 1986, p. 776).<br />

Pág. 18<br />

Voltar ao índice

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!