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CONTOS DE TERROR<br />
CHAMADO<br />
Boêmio, <strong>de</strong>sbocado e pai <strong>de</strong> família, Celso morava na cida<strong>de</strong><br />
<strong>de</strong> Tatuí, interior <strong>de</strong> São Paulo, e todos os finais <strong>de</strong> semana<br />
ia à casa <strong>de</strong> algum amigo ou parente participar <strong>de</strong> alguma festa<br />
com direito a muita cerveja, in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> estar ou não com a<br />
sua esposa e filhos. Sua mulher, Clara, e seus dois filhos, Roberto<br />
e Jaime, que entravam na adolescência, sofriam muito com as<br />
atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Celso que quando ficava muito bêbado falava horrores<br />
criticando a igreja, os amigos e familiares e por fim <strong>de</strong>safiando<br />
<strong>de</strong>s<strong>de</strong> os fantasmas até o próprio diabo, já que nunca acreditou na<br />
existência <strong>de</strong>les e muito menos nas historias <strong>de</strong> assombrações que<br />
os mais velhos contavam.<br />
- Esse negócio <strong>de</strong> fantasma, <strong>de</strong> <strong>de</strong>mônios e qualquer outra<br />
<strong>de</strong>ssas criaturas, não existem! É tudo invenção <strong>de</strong>sse povo e<br />
além do mais, meus avós sempre falavam nisso e sinceramente eu<br />
nunca vi! Aí eu pergunto: Cadê? Por que não aparecem agora na<br />
minha frente?<br />
Apesar dos conselhos, Celso continuava com suas bebidas<br />
e a falar besteiras a ponto <strong>de</strong> humilhar diversas pessoas, inclusive<br />
a sua mulher e os filhos.<br />
Entretanto, numa manhã ensolarada <strong>de</strong> sábado, Celso partiu<br />
sozinho a cavalo para a casa do seu primo João que ficava num<br />
sítio da cida<strong>de</strong> da Quadra, localizada a 15 km <strong>de</strong> Tatuí, participar<br />
<strong>de</strong> um gran<strong>de</strong> churrasco. Durante a tar<strong>de</strong> ajudou todo o pessoal<br />
com o preparo das carnes e com as compras das cervejas e cachaças<br />
e <strong>de</strong>pois comeram e beberam a vonta<strong>de</strong> até o anoitecer. No<br />
meio da conversa um dos convidados comentava sobre as assombrações<br />
que seu avô tinha visto há muitos anos, e sem per<strong>de</strong>r a<br />
oportunida<strong>de</strong> Celso <strong>de</strong>bochou do homem.<br />
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