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Contos de Terror

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A VINGANÇA DA LUA<br />

isso é outra história...<br />

No ato <strong>de</strong> registro da criança por pouco não foram obrigados<br />

a mudar o nome do filho, pois o juiz achou a princípio um<br />

<strong>de</strong>srespeito com a coroa um servo ter o mesmo nome do filho Del<br />

Rei! Mas <strong>de</strong>pois <strong>de</strong> uma longa explicação por parte <strong>de</strong> seus pais e<br />

sua <strong>de</strong>monstração <strong>de</strong> total fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> a coroa e seu legado, enfim<br />

foi autorizado o registro, mas impunha uma condição, para que<br />

não se confundissem os nomes dos dois “Pedros”.<br />

Aquela criança <strong>de</strong> pais humil<strong>de</strong>s sem nenhuma con<strong>de</strong>coração,<br />

ou título <strong>de</strong> nobreza <strong>de</strong>veria chamar–se: Pedro Servo!<br />

Depois da aceitação sem questionamento por parte dos pais da<br />

criança o magistrado sorriu com escárnio da ignorância do casal<br />

humil<strong>de</strong> e os liberou.<br />

A criança cresceu e no trabalho no porto logo o chamavam<br />

<strong>de</strong> “Pedro Servo - o príncipe”. O jovem não se ofendia com<br />

as brinca<strong>de</strong>iras <strong>de</strong> seus companheiros e até ria junto com eles.<br />

De aspecto franzino, era muito querido por todos. Sua força<br />

<strong>de</strong> vonta<strong>de</strong> e sua resistência física a todos impressionavam,<br />

diziam que era <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> <strong>de</strong>sbravadores da mata vindos da<br />

Europa. Sua pele, apesar do sol forte, era bem mais clara que a<br />

dos <strong>de</strong>mais, o que era mais um motivo para piadas <strong>de</strong> seus colegas.<br />

Pedro e Ana formavam um casal humil<strong>de</strong>, semianalfabeto,<br />

trabalhavam e planejavam o futuro na jovem capital, que prosperava<br />

a passos penosos. Alugaram com muito custo um casebre<br />

afastado do rebuliço do porto, próximo à praia. E lá moravam.<br />

Para Pedro estar com Ana finalmente, era uma vitória incomparável,<br />

todas as provações que os dois tiveram <strong>de</strong> suportar para<br />

finalmente se casarem foram enfim recompensadas. Vieram então<br />

lembranças da noite <strong>de</strong> núpcias, em sua primeira noite no casebre...<br />

De sua pequena janela podia–se ver o mar e sua grandiosida<strong>de</strong>.<br />

O quadro <strong>de</strong> amor não po<strong>de</strong>ria ser mais bem <strong>de</strong>scrito.<br />

Ele trazia consigo um segredo revelado por seu Pai e que veio <strong>de</strong><br />

seu avô que foi salvo pelo rei <strong>de</strong> Portugal, pois a origem daquela<br />

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