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Djanira Ferreira Nunes<br />
Perguntar ou contar à mãe poderia trazer<br />
essa estória à tona” Coisas do corpo, sujeira,<br />
safadeza, feiura.<br />
Atormentado pelo acontecido, Luzia pensava:<br />
“... E se o sangue não parar mais?”<br />
Passaram-se dois dias e o sangue lá!<br />
Em decorrência disso, mudou sua rotina,<br />
não dormia em paz, preocupada com a origem<br />
do sangue e ainda o temor que sua mãe<br />
descobrisse!<br />
O cuidado e a vigilância que devia ter:<br />
colocar um pano, lavar o pano sujo escondido<br />
e bem lavado para não ficar com nenhuma<br />
mancha, nada que desse pista para a mãe<br />
descobrir!<br />
Talvez o desejo de esclarecimento ou o<br />
acreditar merecer alguma punição traíra Luzia<br />
e assim esqueceu um desses panos sujos<br />
de sangue na janela de seu quarto.<br />
Estava perambulando pela casa e Luzia<br />
lembrava da vez que fora surpreendida na<br />
rede, tocando o seu corpo, descobrindo o prazer,<br />
pela governanta da casa, que chegando<br />
bem devagarinho olhou e disse: “... humm...<br />
humm... beleza hein!”? Que vergonha! Foi<br />
pega fazendo algo muito feio! A governanta<br />
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