EDIÇÃO 41 RBCIAMB
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
Silva, J.A.F.; Jardim, M.A.G.<br />
(WITTMANN; ANHUF; JUNK, 2000; WITTMANN; JUNK;<br />
PIEDADE, 2004). Conforme a posição do gradiente de<br />
inundação, as plantas são reduzidas a um menor número<br />
de espécies e formas de vida, e nessa condição<br />
prevalecem as árvores (WITTMANN; JUNK, 2003). As<br />
árvores encontradas no sub-bosque são consideradas<br />
melhores bioindicadores para as limitações do crescimento<br />
nas inundações do que as árvores maiores que<br />
estão acima do nível de inundação, refletindo no seu<br />
desenvolvimento a tolerância às condições anóxicas<br />
(ASSIS; WITTMANN, 2011).<br />
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de<br />
Nível Superior (CAPES), pela concessão da bolsa de<br />
mestrado, e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento<br />
Científico e Tecnológico (CNPq), pelo apoio<br />
CONSIDERAÇÕES FINAIS<br />
AGRADECIMENTOS<br />
A variação no nível de maré entre os períodos chuvoso<br />
e menos chuvoso interferiu na quantidade de famílias,<br />
gêneros e espécies na região estudada. Ao contrário<br />
dos estudos realizados na Amazônia com a associação<br />
da inundação e da vegetação, as parcelas com maiores<br />
taxas de maré apresentaram uma composição florística<br />
superior. Pariana campestris, Anthurium sinuatum,<br />
Costus spicatus e Costus arabicus foram abundantes em<br />
todos os meses e com os maiores valores de regeneração<br />
natural relativa, podendo ser resultantes da adaptação<br />
aos extremos de inundação e estratégias de dispersão<br />
de sementes e reprodução, bem como de ações<br />
antrópicas e naturais. A quantidade inferior de indivíduos<br />
na CT1 deve ser decorrente do estresse hídrico<br />
ocorrido nas parcelas, diminuindo a quantidade dos<br />
indivíduos jovens. A compreensão ambiental entre o<br />
estrato inferior de uma floresta e o nível de inundação<br />
poderá favorecer a definição e o estabelecimento de<br />
cenários florísticos futuros nos ambientes amazônicos<br />
que constantemente recebem os pulsos de marés.<br />
ao projeto de Bolsa de Produtividade “Palmeiras da<br />
Amazônia Oriental como indicadoras de conservação<br />
ambiental e qualidade de vida” (CNPq-Processo<br />
305667/2013-0).<br />
REFERÊNCIAS<br />
ALMEIDA, A. F.; JARDIM, M. A. G. Florística e estrutura da comunidade arbórea de uma floresta de várzea na Ilha de<br />
Sororoca, Ananindeua, Pará, Brasil. Scientia Forestalis, v. 39, n. 90, p. 191-198, 2011.<br />
ALMEIDA, S. S.; AMARAL, D. D.; SILVA, A. S. L. Análise florística e estrutura de florestas de várzea no estuário amazônico.<br />
Acta Amazonica, v. 34, n. 4, p. 513-524, 2004.<br />
APG III – Angiosperm Phylogeny Group. An update of the Angiosperm Phylogeny Group Classification for the others<br />
and families of flowering plants: APG III. Botanical Journal of the Linnean Society, v. 161, n. 2, p. 105-121, 2009.<br />
ASSIS, R. L.; WITTMANN, F. Forest structure and tree species composition of the understory of two central Amazonian<br />
várzea forests of contrasting flood heights. Flora, v. 206, n. 3, p. 251-260, 2011.<br />
BARBOSA, K. M. N.; PIEDADE, M. T. F.; KIRCHNER, F. F. Estudo temporal da vegetação herbácea da várzea da Amazônia<br />
Central. Floresta, v. 38, n. 1, p. 89-96, 2008.<br />
BATISTA, A. P. B. et al. Similaridade e gradientes de riqueza florística em uma floresta de várzea na cidade de Macapá.<br />
Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 8, n. 4, p. 152-158, 2013.<br />
BIANCHINI, E. et al. Diversidade e estrutura de espécies arbóreas em área alagável do município de Londrina, Sul do<br />
Brasil. Acta Botanica Brasilica, v. 17, n. 3, p. 405-<strong>41</strong>9, 2003.<br />
108<br />
<strong>RBCIAMB</strong> | n.<strong>41</strong> | set 2016 | 97-110