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Jornal Cocamar Fevereiro 2017

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15 | <strong>Jornal</strong> de Serviço <strong>Cocamar</strong><br />

BARRIGA VERDE<br />

Ataque de percevejo<br />

no milho preocupa<br />

Produtor precisa estar atento porque o ataque da praga ocorre nos primeiros dias após<br />

a germinação, período em que todos estão envolvidos com colheita e plantio. Por Marly Aires<br />

Opercevejo barriga<br />

verde (Dichelops<br />

melacanthus e Dichelops<br />

furcatus) é<br />

considerado hoje a principal<br />

praga do milho segunda<br />

safra, estando presente em<br />

todo o Paraná. Dependendo<br />

do percentual de população<br />

do inseto na lavoura, pode<br />

causar grandes prejuízos,<br />

que, em média, giram em<br />

torno de 30%. Mas, em infestações<br />

maiores, associada<br />

a uma estiagem, podem<br />

chegar a 50%, isso quando<br />

não há morte de plantas, segundo<br />

o pesquisador do o<br />

Instituto Agronômico do Paraná<br />

(Iapar) e engenheiro<br />

agrônomo com doutorado<br />

em Entomologia, Rodolfo<br />

Bianco.<br />

Nos últimos anos, houve<br />

um aumento considerável da<br />

população do inseto nas lavouras.<br />

Além disso, com o<br />

aumento do plantio de híbridos<br />

de milho transgênicos, o<br />

ataque de lagartas foi reduzido,<br />

evidenciando os danos<br />

causados pelo percevejo.<br />

O grande problema é que<br />

o ataque da praga e os danos<br />

são registrados logo no<br />

início do estabelecimento<br />

da lavoura, quando os produtores<br />

estão envolvidos<br />

com a colheita da soja e o<br />

plantio das demais áreas de<br />

milho. E como os danos só<br />

aparecem bem mais tarde,<br />

quando o produtor percebe,<br />

o prejuízo já está estabelecido.<br />

Fazer uma pulverização<br />

15 dias após o plantio é<br />

jogar dinheiro fora porque<br />

o dano já está constituído”.<br />

Rodolfo Bianco, Iapar<br />

CORRERIA - “Na correria<br />

entre a colheita e o plantio,<br />

o produtor não tem o hábito<br />

nem tempo de olhar as lavouras<br />

já plantadas, normalmente<br />

só retornando a<br />

elas de 10 a 15 dias após o<br />

plantio. Aí, fazer uma pulverização<br />

para controle do<br />

inseto é jogar dinheiro fora<br />

porque o dano já está constituído”,<br />

afirma Bianco.<br />

Também, dependendo do<br />

híbrido, se de crescimento<br />

mais rápido, depois de 15<br />

dias de nascido o milho já<br />

está com colmo com diâmetro<br />

maior do que 1,6 centímetro,<br />

na parte mais estreita,<br />

aí o percevejo barriga<br />

verde já não causa mais<br />

prejuízos.<br />

O inseto perfura o colmo<br />

da planta recém-emergida e<br />

injeta uma substância para<br />

melhorar a sucção, causando<br />

sérios danos fisiológicos<br />

que prejudicam o desenvolvimento<br />

da planta. Estes<br />

só são detectados mais<br />

tarde com o aparecimento<br />

de perfilhos e de folhas retorcidas..<br />

A planta ainda<br />

fica com menor estatura,<br />

chegando às vezes a não<br />

emitir espiga.<br />

Recentemente, durante a<br />

Safratec de Verão <strong>2017</strong>, na<br />

Unidade de Difusão de Tecnologias<br />

em Floresta, a <strong>Cocamar</strong>,<br />

em parceria com o<br />

Iapar e a empresa Monsanto,<br />

montou ensaios com<br />

infestação de percevejos,<br />

em gaiolas, simulando uma<br />

situação de alta pressão da<br />

praga e de infestação natural,<br />

onde o produtor pode<br />

perceber o potencial de dano<br />

do percevejo barriga verde<br />

em sua lavoura.<br />

Tratamento de<br />

semente é eficiente<br />

no controle, mas<br />

é fundamental<br />

monitorar o nível<br />

de infestação do<br />

inseto e demanda<br />

por outras<br />

aplicações

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