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Jornal Cerrado, Quarta-feira, dia 05/04/2017

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CERRADO<br />

GOIÂNIA, QUARTA-FEIRA<br />

5 DE ABRIL DE 2017<br />

3<br />

SÓ PARA FILIADOS<br />

Presidente do TST concorda com<br />

senador Wilder sobre imposto sindical<br />

JOÃO CARVALHO<br />

Em entrevista a um jornal<br />

de São Paulo, o presidente do<br />

Tribunal Superior do Trabalho<br />

(TST), Ives Gandra Filho, defendeu<br />

o fim do imposto sindical<br />

compulsório da forma como é<br />

hoje. A medida tem apoio do<br />

senador Wilder Morais, que<br />

apresentou relatório favorável<br />

à aprovação, na Comissão<br />

de Assuntos Sociais (CAS), ao<br />

Projeto de Lei do Senado (PLS),<br />

de número 385/2016, que coloca<br />

fim na obrigatoriedade de<br />

pagamento da contribuição<br />

sindical, determinando que somente<br />

os profissionais que se<br />

filiarem ao sindicato deverão<br />

pagar o que para muitos é considerado<br />

um ‘imposto’.<br />

O fim da obrigatoriedade no<br />

pagamento também está contemplado<br />

no projeto de Reforma<br />

Trabalhista, proposto pelo<br />

Governo Federal. Polêmica, a<br />

questão não tem apoio dos<br />

sindicados. Dirigentes sindicais<br />

acreditam que vão perder força<br />

na representação dos trabalhadores.<br />

Hoje, todo cidadão empregado<br />

com carteira assinada<br />

paga o tributo, independentemente<br />

de ser filiado a uma entidade<br />

de classe. O valor é equivalente<br />

a um dia de trabalho<br />

por ano.<br />

Ives Gandra defende um<br />

novo modelo de contribuição<br />

aos sindicatos, que não seja<br />

obrigatório. O trabalhador teria<br />

a opção de, dez dias antes da<br />

data estipulada para o desconto,<br />

ser contrário ao pagamento<br />

da taxa, que estaria atrelada<br />

à negociação coletiva e seria<br />

equivalente a, no máximo, um<br />

Wilder, no seu relatório, justificou o parecer com críticas à compulsoriedade do pagamento<br />

dia de trabalho. Ele também<br />

propõe acabar com a chamada<br />

unicidade sindical, ou seja, a<br />

existência de um único sindicato<br />

numa determinada base geográfica<br />

para cada categoria de<br />

trabalhadores.<br />

Wilder Morais, no seu relatório,<br />

justificou o parecer com<br />

críticas à compulsoriedade do<br />

pagamento da contribuição.<br />

Segundo o relatório, com a revolução<br />

que vem ocorrendo no<br />

mundo do trabalho, “a maior<br />

AGÊNCIA SENADO<br />

parte dos entes representativos<br />

de trabalhadores e empregadores<br />

corre o risco de se tornar<br />

carcaças inúteis e parasitas<br />

do trabalho e dos resultados<br />

dos outros”. O imposto sindical,<br />

por seu caráter compulsório,<br />

estimula esse comportamento<br />

leniente e desvinculado de resultados,<br />

aponta o documento.<br />

Ainda de acordo com o relatório<br />

do senador Wilder Morais,<br />

inexplicavelmente mantida pela<br />

Constituição de 1988, a contribuição<br />

sindical devida aos sindicatos<br />

por aqueles que participam<br />

das categorias econômicas<br />

ou profissionais ou das profissões<br />

liberais, não é tão decisiva<br />

para a sustentação financeira<br />

dos sindicatos mais representativos,<br />

mas pode estar mantendo,<br />

de modo artificial, entidades<br />

sem representatividade junto às<br />

suas categorias.<br />

“Como essa contribuição<br />

vem nutrindo sindicatos carentes<br />

de representatividade<br />

e, como tal, pouco fazem para<br />

a sociedade e seus representados,<br />

com certeza, nenhuma<br />

falta fariam se eles não sobreviverem<br />

sem os recursos advindos<br />

da contribuição sindical<br />

dos não filiados a sindicatos”,<br />

aponta Wilder no relatório.<br />

Não há dúvida que a manutenção<br />

da contribuição sindical<br />

nos moldes da legislação<br />

vigente contribui para a sustentação<br />

de um modelo hermético<br />

e centralizado, no qual<br />

as finanças dos sindicatos são<br />

garantidas pela renda certa<br />

vinda dessa contribuição. Por<br />

isso, cresce, inclusive no meio<br />

sindical, a convicção de que a<br />

extinção desse “imposto” pode<br />

ajudar a fortalecer o poder de<br />

representação dos sindicatos<br />

pela ampliação da coalizão,<br />

quer do ponto de vista da base<br />

territorial, quer do ponto de<br />

vista das atividades trabalhistas<br />

envolvidas.<br />

R$ 2,8 BILHÕES<br />

Na Tecnoshow, Marconi anuncia linha de crédito para o Goiás Solar<br />

ASSESSORIA/GOV. GO<br />

Marconi disse que o Banco do Brasil disponibilizou para este<br />

ano R$ 2,8 bilhões para financiamentos no agronegócio goiano<br />

Em visita à Tecnoshow 2017, o<br />

governador Marconi Perillo anunciou<br />

uma linha de crédito do Banco<br />

do Brasil para financiar o Programa<br />

Goiás Solar, e destacou que<br />

o Governo do Estado, por meio da<br />

Celg GT, disponibilizou R$ 50 milhões<br />

para financiar projetos de<br />

energia solar no Estado. Para a<br />

população de Rio Verde foi anunciada<br />

a conclusão de um anel viário<br />

e a pavimentação da terceira<br />

faixa de acesso a Montividiu. Ao<br />

final da participação, ele visitou<br />

essas obras.<br />

“Eu recebi, durante esses dois<br />

anos de crise econômica no Brasil,<br />

pedidos de obras para Rio Verde<br />

e região, do prefeito e deputados.<br />

A construção da terceira faixa<br />

para Montividiu e a conclusão<br />

do anel viário, iniciada há alguns<br />

anos. Mas eu expliquei a eles que<br />

em tempo de crise é importante<br />

manter o pagamento do servidor<br />

público. Era preciso para manter<br />

as obrigações os serviços básicos<br />

de saúde, educação e segurança.<br />

Eu tive que parar alguns investimentos<br />

para atravessar a crise.<br />

Felizmente, nós fizemos o dever<br />

de casa e agora eu estou aqui<br />

para anunciar que o dinheiro está<br />

em caixa para executar as obras”,<br />

salientou Marconi.<br />

O Banco do Brasil, por meio<br />

do FCO, disponibilizou para este<br />

ano R$ 2,8 bilhões para financiamentos<br />

no agronegócio goiano.<br />

“Eu acho que Goiás vai ultrapassar<br />

esse montante porque, como<br />

exemplo, só no primeiro dia da<br />

Technoshow liberamos R$ 200<br />

milhões em financiamentos”, informou<br />

o gerente de Agronegócio<br />

do Banco do Brasil em Goiás,<br />

Marco Túlio. O Banco do Brasil vai<br />

percorrer 12 municípios goianos<br />

para divulgar o programa Agro<br />

Energia e suas linhas de crédito<br />

voltadas ao produtor rural, por<br />

meio da Caravana Banco do Brasil.<br />

Lançado em fevereiro deste<br />

ano, o programa Goiás Solar é<br />

parte do esforço do Governo para<br />

a elaboração de políticas públicas<br />

e adoção de medidas que incentivem<br />

o consumo e a geração de<br />

energias limpas e renováveis, especialmente<br />

a solar, valorizando<br />

os recursos naturais estratégicos<br />

para o crescimento sustentável<br />

da economia goiana, o desenvolvimento<br />

de novos negócios, a geração<br />

de empregos, a preservação<br />

ambiental e o incentivo da cadeia<br />

produtiva.<br />

Participaram o prefeito de Rio<br />

Verde, Paulo do Vale; o presidente<br />

da Faeg, José Mário Schreiner;<br />

o superintendente regional do<br />

Banco do Brasil, Raimundo Perez<br />

Júnior; o deputado estadual Heuler<br />

Cruvinel, representando os demais<br />

deputados.

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