Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Menor ociosidade<br />
Enlonamento<br />
Uma determinação do<br />
Conselho Nacional de Trânsito<br />
(Contran), que exige a<br />
instalação de lonas nas carretas<br />
que transportam cana-de-açúcar<br />
nas rodovias<br />
estaduais e federais, é alvo<br />
de críticas por parte das usinas.<br />
O setor argumenta que<br />
os gastos são um ônus desnecessário<br />
para a produção<br />
Situação<br />
Depois de ser adiada duas vezes desde 2013, a pedido<br />
do próprio setor, a exigência do Contran para enlonamento<br />
da carga entra em vigor dia 1º de junho em todo<br />
o país. Estimativas apontam que 62% das usinas do país<br />
ainda não se adequaram. O equipamento pode ser manual,<br />
pneumático ou eletrônico. A unidade custa, dependendo<br />
da tecnologia utilizada, de R$ 1,5 mil a R$ 8 mil<br />
nas empresas que a produzem em território nacional, estimam<br />
profissionais da área.<br />
Biomassa<br />
de açúcar e etanol e que o<br />
transporte de cargas, se feito<br />
corretamente, dispensa o<br />
uso desse tipo de acessório.<br />
Segundo o Departamento<br />
Nacional de Trânsito (Denatran),<br />
a medida, aplicada ao<br />
transporte de cana e de outros<br />
produtos, visa impedir o<br />
derramamento da carga nas<br />
estradas.<br />
O governo federal abriu a<br />
possibilidade de estabelecer<br />
um valor de referência para a<br />
biomassa e a estimativa é de<br />
ter um também para o biogás.<br />
De acordo com as duas<br />
associações diretamente ligadas<br />
ao pleito, a Unica e a<br />
Cogen, a definição desses<br />
valores representa um estímulo<br />
ao investimento em geração,<br />
destravando os negócios<br />
de geração distribuída<br />
para a fonte.<br />
Indústrias de base da região<br />
de Ribeirão Preto (SP)<br />
que atendem o setor sucroenergético<br />
confirmam uma<br />
queda na ociosidade de sua<br />
produção em relação ao ano<br />
A melhora no faturamento<br />
e na geração de caixa livre<br />
das companhias sucroenergéticas<br />
desde o ano passado<br />
deve fazer com que o cenário<br />
financeiro do setor tenha uma<br />
melhora em <strong>2017</strong>/18, segundo<br />
o Itaú BBA. No entanto, a<br />
baixa competitividade de empresas<br />
produtoras de açúcar,<br />
etanol e bioenergia, sem<br />
Açúcar<br />
passado em razão da maior<br />
procura por serviços de manutenção<br />
nas usinas, graças<br />
ao aumento da demanda do<br />
açúcar no mercado internacional.<br />
O uso da capacidade<br />
Usinas brasileiras de açúcar<br />
já venderam antecipadamente<br />
por meio de contratos futuros<br />
em Nova York 52,4% do volume<br />
exportável projetado<br />
para a safra <strong>2017</strong>/18 do Centro-Sul<br />
do Brasil, disse a consultoria<br />
Archer Consulting,<br />
número pouco menor do que<br />
o volume recorde, 59%, negociado<br />
dessa forma no mesmo<br />
período do ano passado. A<br />
estimativa é de que foram<br />
vendidos antecipadamente<br />
13,87 milhões de toneladas, a<br />
um preço médio de 17,71<br />
centavos de dólar por librapeso,<br />
20% acima do valor<br />
médio na safra passada e<br />
61% acima da safra 2015/16.<br />
Investimento<br />
investimentos para o aumento<br />
de produtividade e<br />
ainda o uso de recursos para<br />
amortizar dívidas, limitará o<br />
crescimento e a entrada de<br />
dinheiro novo no setor. A relação<br />
dívida líquida sobre a<br />
cana processada pelas companhias<br />
clientes do Itaú BBA<br />
deve ficar praticamente estável<br />
na safra 2016/17 ante<br />
Geração<br />
de trabalho dessas fábricas,<br />
segundo o Centro Nacional<br />
das Indústrias do Setor Sucroenergético<br />
e Biocombustíveis<br />
(Ceise Br), subiu de<br />
40% para 60% em um ano.<br />
El Niño<br />
O segundo semestre<br />
do ano poderá ter a ocorrência<br />
do fenômeno climático<br />
El Niño em intensidade<br />
fraca ou moderada,<br />
o que poderia<br />
levar a chuvas acima da<br />
média na região Sul do<br />
Brasil, e chuvas potencialmente<br />
abaixo do normal<br />
no Norte e no leste<br />
do país. Se esse cenário<br />
se confirmar, pode acentuar<br />
problemas hídricos<br />
do Nordeste, que enfrenta<br />
chuvas abaixo da<br />
média há alguns anos,<br />
afetando os reservatórios<br />
de hidrelétricas e a<br />
agricultura.<br />
2015/16, em R$ 128/tonelada<br />
e recuará para R$<br />
105/tonelada no estimado<br />
para a safra <strong>2017</strong>/18. Já a relação<br />
de dívida líquida sobre<br />
o Ebitda (lucro antes de juros<br />
impostos, depreciação e<br />
amortização) deve ficar em 2<br />
vezes em <strong>2017</strong>/18, ante 2,7<br />
vezes em 2016/17 e 3,5<br />
vezes em 2015/16.<br />
A biomassa voltou a ser a<br />
segunda fonte de geração<br />
mais importante do Brasil na<br />
Oferta Interna de Energia Elétrica.<br />
As usinas de açúcar a álcool<br />
encerraram 2016 com a<br />
injeção de 30 kWh de energia<br />
na rede a cada tonelada de<br />
cana de açúcar moída, mais<br />
que o dobro do que foi reportado<br />
há seis anos, 14 kWh por<br />
tonelada. Mas, isso ainda representa<br />
40% do potencial<br />
total estimado pela Unica que<br />
aponta uma capacidade de<br />
chegar a 70 kWh exportado à<br />
rede com o mesmo volume de<br />
biomassa de cana-de-açúcar.<br />
No ano passado foram gerados<br />
pela biomassa 54 TWh de<br />
energia, nesses números já incluídos<br />
a autoprodução. Somente<br />
o bagaço e palha da<br />
cana contribuíram com 36<br />
TWh do total da fonte biomassa<br />
, 67% do total. Desde<br />
2013, cerca de 60% da produção<br />
de energia destina-se à injeção<br />
na rede e 40% para o<br />
consumo próprio das usinas.<br />
<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 19