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Jornal Paraná Abril 2017

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Menor ociosidade<br />

Enlonamento<br />

Uma determinação do<br />

Conselho Nacional de Trânsito<br />

(Contran), que exige a<br />

instalação de lonas nas carretas<br />

que transportam cana-de-açúcar<br />

nas rodovias<br />

estaduais e federais, é alvo<br />

de críticas por parte das usinas.<br />

O setor argumenta que<br />

os gastos são um ônus desnecessário<br />

para a produção<br />

Situação<br />

Depois de ser adiada duas vezes desde 2013, a pedido<br />

do próprio setor, a exigência do Contran para enlonamento<br />

da carga entra em vigor dia 1º de junho em todo<br />

o país. Estimativas apontam que 62% das usinas do país<br />

ainda não se adequaram. O equipamento pode ser manual,<br />

pneumático ou eletrônico. A unidade custa, dependendo<br />

da tecnologia utilizada, de R$ 1,5 mil a R$ 8 mil<br />

nas empresas que a produzem em território nacional, estimam<br />

profissionais da área.<br />

Biomassa<br />

de açúcar e etanol e que o<br />

transporte de cargas, se feito<br />

corretamente, dispensa o<br />

uso desse tipo de acessório.<br />

Segundo o Departamento<br />

Nacional de Trânsito (Denatran),<br />

a medida, aplicada ao<br />

transporte de cana e de outros<br />

produtos, visa impedir o<br />

derramamento da carga nas<br />

estradas.<br />

O governo federal abriu a<br />

possibilidade de estabelecer<br />

um valor de referência para a<br />

biomassa e a estimativa é de<br />

ter um também para o biogás.<br />

De acordo com as duas<br />

associações diretamente ligadas<br />

ao pleito, a Unica e a<br />

Cogen, a definição desses<br />

valores representa um estímulo<br />

ao investimento em geração,<br />

destravando os negócios<br />

de geração distribuída<br />

para a fonte.<br />

Indústrias de base da região<br />

de Ribeirão Preto (SP)<br />

que atendem o setor sucroenergético<br />

confirmam uma<br />

queda na ociosidade de sua<br />

produção em relação ao ano<br />

A melhora no faturamento<br />

e na geração de caixa livre<br />

das companhias sucroenergéticas<br />

desde o ano passado<br />

deve fazer com que o cenário<br />

financeiro do setor tenha uma<br />

melhora em <strong>2017</strong>/18, segundo<br />

o Itaú BBA. No entanto, a<br />

baixa competitividade de empresas<br />

produtoras de açúcar,<br />

etanol e bioenergia, sem<br />

Açúcar<br />

passado em razão da maior<br />

procura por serviços de manutenção<br />

nas usinas, graças<br />

ao aumento da demanda do<br />

açúcar no mercado internacional.<br />

O uso da capacidade<br />

Usinas brasileiras de açúcar<br />

já venderam antecipadamente<br />

por meio de contratos futuros<br />

em Nova York 52,4% do volume<br />

exportável projetado<br />

para a safra <strong>2017</strong>/18 do Centro-Sul<br />

do Brasil, disse a consultoria<br />

Archer Consulting,<br />

número pouco menor do que<br />

o volume recorde, 59%, negociado<br />

dessa forma no mesmo<br />

período do ano passado. A<br />

estimativa é de que foram<br />

vendidos antecipadamente<br />

13,87 milhões de toneladas, a<br />

um preço médio de 17,71<br />

centavos de dólar por librapeso,<br />

20% acima do valor<br />

médio na safra passada e<br />

61% acima da safra 2015/16.<br />

Investimento<br />

investimentos para o aumento<br />

de produtividade e<br />

ainda o uso de recursos para<br />

amortizar dívidas, limitará o<br />

crescimento e a entrada de<br />

dinheiro novo no setor. A relação<br />

dívida líquida sobre a<br />

cana processada pelas companhias<br />

clientes do Itaú BBA<br />

deve ficar praticamente estável<br />

na safra 2016/17 ante<br />

Geração<br />

de trabalho dessas fábricas,<br />

segundo o Centro Nacional<br />

das Indústrias do Setor Sucroenergético<br />

e Biocombustíveis<br />

(Ceise Br), subiu de<br />

40% para 60% em um ano.<br />

El Niño<br />

O segundo semestre<br />

do ano poderá ter a ocorrência<br />

do fenômeno climático<br />

El Niño em intensidade<br />

fraca ou moderada,<br />

o que poderia<br />

levar a chuvas acima da<br />

média na região Sul do<br />

Brasil, e chuvas potencialmente<br />

abaixo do normal<br />

no Norte e no leste<br />

do país. Se esse cenário<br />

se confirmar, pode acentuar<br />

problemas hídricos<br />

do Nordeste, que enfrenta<br />

chuvas abaixo da<br />

média há alguns anos,<br />

afetando os reservatórios<br />

de hidrelétricas e a<br />

agricultura.<br />

2015/16, em R$ 128/tonelada<br />

e recuará para R$<br />

105/tonelada no estimado<br />

para a safra <strong>2017</strong>/18. Já a relação<br />

de dívida líquida sobre<br />

o Ebitda (lucro antes de juros<br />

impostos, depreciação e<br />

amortização) deve ficar em 2<br />

vezes em <strong>2017</strong>/18, ante 2,7<br />

vezes em 2016/17 e 3,5<br />

vezes em 2015/16.<br />

A biomassa voltou a ser a<br />

segunda fonte de geração<br />

mais importante do Brasil na<br />

Oferta Interna de Energia Elétrica.<br />

As usinas de açúcar a álcool<br />

encerraram 2016 com a<br />

injeção de 30 kWh de energia<br />

na rede a cada tonelada de<br />

cana de açúcar moída, mais<br />

que o dobro do que foi reportado<br />

há seis anos, 14 kWh por<br />

tonelada. Mas, isso ainda representa<br />

40% do potencial<br />

total estimado pela Unica que<br />

aponta uma capacidade de<br />

chegar a 70 kWh exportado à<br />

rede com o mesmo volume de<br />

biomassa de cana-de-açúcar.<br />

No ano passado foram gerados<br />

pela biomassa 54 TWh de<br />

energia, nesses números já incluídos<br />

a autoprodução. Somente<br />

o bagaço e palha da<br />

cana contribuíram com 36<br />

TWh do total da fonte biomassa<br />

, 67% do total. Desde<br />

2013, cerca de 60% da produção<br />

de energia destina-se à injeção<br />

na rede e 40% para o<br />

consumo próprio das usinas.<br />

<strong>Jornal</strong> <strong>Paraná</strong> 19

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