TERRITÓRIO DA PLANÍCIE LITORÂNEA PLANO DE ... - Codevasf
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Box 8<br />
Aqü��ultur�<br />
A produção global da aqüicultura tem apresentado elevados níveis de crescimento<br />
nas últimas duas décadas. No Brasil, essa expansão está expressa no<br />
aumento do consumo per capita de pescados, de 6,0 para 8,0 kg/ano.<br />
A potencialidade do Brasil para o desenvolvimento da atividade vem sendo<br />
demonstrada pelo crescimento contínuo a partir do final da década de 1990.<br />
Essa produção concentra-se principalmente na piscicultura continental e na<br />
carcinicultura marinha, representando 63,55% e 36,32%, respectivamente.<br />
Entre os pescados mais cultivados predominam as tilápias, as carpas e o camarão<br />
branco do Pacífico, espécies exóticas introduzidas, cujo desempenho<br />
zootécnico comprovado dá suporte à produção até que o Brasil possua pacotes<br />
tecnológicos para as espécies nativas com grande potencial de cultivo,<br />
combinando conhecimentos científicos e tradicionais.<br />
Os sistemas de produção de peixes em tanques-rede nos reservatórios do<br />
Baixo São Francisco, onde as espécies mais cultivadas são a tilápia-do-nilo<br />
e a tilápia-vermelha, e o potencial natural do litoral do Piauí conduziram a<br />
Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba<br />
(CO<strong>DE</strong>VASF) a conceber ações para o fortalecimento do Pólo de Aqüicultura<br />
na região norte do estado.<br />
Um conjunto de obras dará apoio ao desenvolvimento da atividade, cujo objetivo<br />
é a geração de emprego e renda a partir do fortalecimento do arranjo produtivo<br />
local. Para isso, alguns pontos são considerados fundamentais, tais como:<br />
• realização de parcerias;<br />
• definição, em conjunto com o setor produtivo e com órgãos ambientais e<br />
de pesquisa, dos instrumentos de gestão ambiental e de códigos de conduta<br />
para as atividades aqüícolas;<br />
• desenvolvimento de pesquisa participativa na área econômica e socioambiental,<br />
tendo o agronegócio e os ecossistemas aquáticos integrados às microbacias<br />
hidrográficas como unidade de gestão ambiental;<br />
• pesquisa de mercado abrangente, direcionada para o atendimento das demandas<br />
do consumidor, considerando o escoamento da produção em escala<br />
e a possibilidade de abertura de novos canais de comercialização;<br />
• aumento do consumo de peixe pela população local, incluindo-o na merenda<br />
escolar.<br />
Em meio à diversidade de produção e de problemas estruturais<br />
(educação, energia, terra, tecnologia, crédito,<br />
mercado), a pergunta que cada pai de família se coloca é<br />
como ganhar dinheiro com seu negócio. A resposta para<br />
o agricultor familiar ainda é ambígua. Precisa, de um<br />
lado, continuar com a diversificação (para diluir custos<br />
e aproveitar as oportunidades da oferta ambiental e a<br />
disponibilidade de mão-de-obra); e de outro, especializar-se<br />
em um ou mais produtos de mercado, no qual<br />
possa agregar valor econômico e auferir mais lucro por<br />
unidade produzida. 7<br />
São projetos de forte impacto econômico e social e<br />
também competentes para criar um ambiente capaz de<br />
responder aos desafios da inclusão social e do desenvolvimento<br />
sustentável.<br />
As atividades demandam organização, capacitação tecnológica<br />
e gestão para que possa ocorrer o adensamento<br />
das atividades em um arranjo produtivo, objetivando favorecer<br />
o aumento do índice de investimentos em infra-estrutura<br />
básica pelo governo, bem como o aumento<br />
da densidade inovadora. Essas atividades geram outras<br />
oportunidades estruturais, que, sendo “oportunidades<br />
associadas”, por sua vez, criam oportunidades de negócios<br />
e de investimento de empresas de transformação de<br />
matéria-prima no Território.<br />
7 José Renato Figueira Cabral é pesquisador da Embrapa. E-mail: renato.<br />
cabral@embrapa.br.<br />
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tD1 – território da planície Litorânea