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Jornal da Bairrada<br />

8 | junho | 2017<br />

ECONOMIA LOCAL<br />

Oferta de livros ao 1.º ciclo<br />

deixa livreiros em sobressalto<br />

Não está a ser pacífica,<br />

entre os livreiros da<br />

região, a decisão do governo<br />

de distribuir gratuitamente<br />

os manuais<br />

escolares a todos os alunos<br />

do 1.º ciclo do ensino<br />

básico, bem como aos alunos<br />

abrangidos pela Ação<br />

Social Escolar (ASE), no<br />

próximo ano letivo.<br />

No início deste ano letivo<br />

(setembro 2016), os<br />

alunos do 1.º ano tiveram<br />

acesso a manuais escolares<br />

gratuitos, ficando<br />

desde logo subjacente a<br />

intenção do governo de<br />

alargar a medida a todo<br />

o 1.º ciclo (do 1.º ao 4.º<br />

anos), no ano letivo seguinte<br />

(2017/18).<br />

A ideia deixou de imediato<br />

em sobressalto os livreiros,<br />

pela eventual forma<br />

desleal de adjudicação<br />

dos manuais, que poderia<br />

pôr em causa o princípio<br />

de opção/liberdade de<br />

escolha dos encarregados<br />

de educação. Em dezembro<br />

último, um grupo<br />

de oito livreiros do distrito<br />

de Aveiro, dos concelhos<br />

de Oliveira do Bairro,<br />

Águeda, Vagos, Albergaria-a-Velha<br />

e Aveiro, enviou<br />

uma missiva a várias<br />

entidades, com vista<br />

a alertar para a situação.<br />

As cartas foram enviadas,<br />

nomeadamente, para<br />

o Presidente da República,<br />

primeiro-ministro, ministros<br />

da Educação, Cultura<br />

e Economia, bem como<br />

para todos os grupos parlamentares<br />

com assento<br />

na Assembleia da República.<br />

Os responsáveis por<br />

estas livrarias deixavam<br />

desde logo patente a importância<br />

para o negócio<br />

do início de cada letivo,<br />

“ao qual se encontra associada<br />

a venda dos manuais<br />

escolares e demais<br />

material escolar”, já que<br />

é nessa altura, “fruto do<br />

trabalho de fidelização de<br />

clientes, que se consegue<br />

atingir receitas que permitem<br />

colmatar as poucas<br />

vendas” nos restantes meses<br />

do ano.<br />

Face às recentes alterações<br />

legislativas, alertavam,<br />

“a viabilidade de<br />

milhares de pequenas e<br />

médias empresas como as<br />

nossas estará definitivamente<br />

comprometida”. O<br />

grupo esclarece que nada<br />

tem contra a opção tomada,<br />

relativa à gratuidade<br />

dos manuais escolares,<br />

apenas se insurgem contra<br />

a impossibilidade de<br />

os encarregados de educação<br />

“optarem pela livraria<br />

onde pretendem adquirir<br />

os livros” e, por outro<br />

lado, pelo facto de haver<br />

“agrupamentos escolares<br />

que pedem orçamentos e<br />

outros não”. “Tal contraria<br />

manifestamente o espírito<br />

da lei, o qual não foi<br />

certamente “permitir, ainda<br />

que de forma encapotada,<br />

que os agrupamentos<br />

adjudiquem, sabe-se<br />

lá em que condições, tais<br />

manuais apenas a uma livraria,<br />

em detrimento de<br />

outras, contribuindo desta<br />

forma para a dizimação<br />

de centenas/milhares de<br />

papelarias”.<br />

Preocupação relevante.<br />

O grupo subscritor<br />

obteve algumas respostas,<br />

mas apenas a do<br />

coordenador dos deputados<br />

do Partido Socialista<br />

na Comissão de Educação<br />

e Ciência, Porfírio Silva,<br />

lhes deu algum alento.<br />

Porfírio Silva, entendendo<br />

“ser relevante a preocupação<br />

apresentada”, dirigiu<br />

a questão diretamente ao<br />

ministro da Educação, no<br />

dia 20 de dezembro. Dizia<br />

então Porfírio Silva ter<br />

reafirmado ao sr. Ministro<br />

o apoio do grupo parlamentar<br />

do PS à política<br />

de expansão de gratuitidade<br />

dos manuais escolares,<br />

contudo, face à preocupação<br />

manifestada pelo grupo<br />

de livreiros, questionou<br />

o ministério da Educação<br />

“se o processo não<br />

poderia ser organizado de<br />

outra maneira, para melhor<br />

conciliação desta política<br />

com a proteção das<br />

economias locais”.<br />

Ao que a tutela respondeu<br />

que já este ano o Ministério<br />

dera indicação<br />

para que a aquisição dos<br />

manuais fosse feita localmente,<br />

eventualmente<br />

através de um sistema de<br />

vouchers, permitindo aos<br />

pais comprarem os manuais<br />

na livraria que entendessem,<br />

precisamente<br />

atendendo à importância<br />

dos livreiros locais. “Se,<br />

em alguns casos, não foi<br />

esse o processo seguido,<br />

o Ministério da Educação<br />

está disponível para<br />

monitorizar e corrigir, no<br />

sentido de fazer com que<br />

aquela orientação seja respeitada<br />

por todos, porque<br />

reconhece a grande importância<br />

do comércio<br />

local e a relevância desta<br />

questão”. Ou seja, a resposta<br />

do governo assume-<br />

-se positiva “no sentido de<br />

afinar a implementação<br />

desta política”.<br />

Ainda assim, os donos<br />

das papelarias/livrarias<br />

não estão descansados e<br />

reclamam por uma resposta<br />

mais assertiva. “O<br />

que nos mantém vivos é a<br />

época escolar”, frisa José<br />

Augusto Baía, da papelaria<br />

“Saturno”, de Oliveira<br />

do Bairro, um dos subscritores<br />

da missiva. “Enviámos<br />

várias cartas e a<br />

resposta minimamente<br />

consistente foi a do grupo<br />

parlamentar do PS;<br />

aos que não responderam,<br />

será enviada novamente.<br />

Não queremos que esta<br />

questão caia no esquecimento.”<br />

José Baía afirma que<br />

“houve agrupamentos<br />

este ano letivo que interferiram<br />

na escolha da livraria,<br />

pedindo orçamentos<br />

e optando pelo mais<br />

vantajoso. Isso não é ajudar<br />

o comércio local. Por<br />

outro lado, as livrarias ganham<br />

uma margem mínima<br />

nos livros e ao apresentarem<br />

orçamentos tão<br />

baixos, estragam o seu<br />

próprio negócio e o negócio<br />

de todos”. O livreiro<br />

de Oliveira do Bairro<br />

considera que a melhor<br />

opção é “o agrupamento<br />

escolar entregar um voucher<br />

e os pais escolherem<br />

livremente onde comprar.<br />

Assim, ninguém sai prejudicado.”<br />

Oriana Pataco<br />

oriana.b.pataco@jb.pt<br />

OLIVEIRA DO BAIRRO | REGIÃO 11<br />

Câmara entrega 173.850<br />

euros a associações<br />

PALHAÇA<br />

Jovem de 19 anos detido<br />

por tráfico de droga<br />

Um rapaz de 19 anos, da<br />

Palhaça, Oliveira do Bairro,<br />

foi detido no dia 31 de<br />

maio, pela GNR - Comando<br />

Territorial de Aveiro, através<br />

do Núcleo de Investigação<br />

Criminal de Águeda,<br />

por tráfico de droga.<br />

No âmbito de uma investigação<br />

por tráfico de<br />

estupefacientes, foi efetuada<br />

uma busca domiciliária,<br />

A Câmara Municipal de<br />

Oliveira do Bairro entregou,<br />

no dia 2 de junho, às<br />

associações do concelho,<br />

173.850,00 euros relativos<br />

aos subsídios de 2017.<br />

Em reunião marcada<br />

para o efeito, o Presidente<br />

da Câmara Municipal, Mário<br />

João Oliveira, afirmou<br />

que, “estando ainda no 1.º<br />

semestre do ano, estamos<br />

a fazer algo completamente<br />

inédito no concelho: já o<br />

fazíamos nos valores atribuídos<br />

e na regularidade<br />

dos mesmos, mas este ano<br />

estamos a fazê-lo de forma<br />

mais antecipada, pagando<br />

na íntegra os subsídios relativos<br />

a 2017 a todas as associações<br />

que estão em condições<br />

de receber o subsídio”.<br />

Um gesto possível<br />

“graças à gestão criteriosa<br />

e rigorosa levada a cabo pelos<br />

executivos que liderei”,<br />

como fez questão de explicar<br />

e que, como o próprio<br />

declarou: “me traz imensa<br />

satisfação porque significa<br />

que estamos a cumprir os<br />

nossos compromissos e a<br />

honrar a nossa palavra com<br />

aqueles que servem os nossos<br />

concidadãos através do<br />

tecido associativo, que reconhecemos<br />

com uma das<br />

mais-valias do nosso concelho”.<br />

Mário João Oliveira aproveitou<br />

ainda a ocasião para<br />

renovar o agradecimento,<br />

que recentemente fez na<br />

abertura do VIVA as Associações,<br />

a todos os líderes<br />

associativos presentes<br />

“pelo excelente trabalho<br />

que têm feito pelo Concelho<br />

de Oliveira do Bairro,<br />

de forma completamente<br />

altruísta em prol das nossas<br />

freguesias e da sua população,<br />

reafirmando a sua admiração<br />

pelo trabalho que<br />

desempenham com enormes<br />

responsabilidades à<br />

frente de grandes e importantes<br />

associações do concelho”.<br />

Subsídios entregues.<br />

União Filarmónica do Troviscal,<br />

20.000 euros; Vila<br />

Verdense, 2.000 euros;<br />

Rancho Folclórico de S.<br />

Simão, 1.500 euros; Apoforno,<br />

1.500 euros; Associação<br />

de Pais Ser Feliz,<br />

350 euros; Agrupamento<br />

de Escuteiros do Troviscal<br />

3.500 euros; Orfeão de<br />

Bustos 4.500 euros; Amper,<br />

4.000 euros + 10.000<br />

(Protocolo para obras e organização<br />

do festival Celta<br />

que decorreu em maio<br />

no Parque do Carreiro Velho);<br />

Associação de Melhoramentos<br />

da Mamarrosa,<br />

2.000 euros; UDCRS,<br />

15.500 euros; ANOB, 1.000<br />

euros; Centro Ambiente<br />

para Todos, 4.000 euros;<br />

Ass. Desportiva e Recreativa<br />

de Oiã, 10.000 euros;<br />

Oiã Acelera, 1.500 euros;<br />

ADREP, 22.500 euros; Associação<br />

dos Amigos da<br />

Feiteira, Limeira e Carvalha,<br />

1.000 euros; Conservatório<br />

de Artes e Comunicação<br />

FUOB, 25.000 euros.<br />

Associações que não estiveram<br />

presentes a receber<br />

pessoalmente o subsídio,<br />

mas cujo valor está<br />

disponível e passado para<br />

ser entregue: Confraria<br />

dos Rojões da Bairrada,<br />

500 euros; Frei Gil Voleibol<br />

Clube, 2.000 euros;<br />

Ass. Beneficência e Cultura<br />

da Mamarrosa, 20.000<br />

euros; OBSC, 10.000<br />

euros; Orfeão Sol do Troviscal,<br />

1.500 euros; Núcleo<br />

da Liga dos Combatentes<br />

de Oliveira do Bairro, 1.500<br />

euros; Grupo Desportivo<br />

Troviscalense, 3.500 euros;<br />

ADASMA, 5.000 euros.<br />

tendo sido apreendidos 970<br />

doses de haxixe, três facas,<br />

três telemóveis, um computador<br />

portátil, diverso material<br />

para corte e acondicionamento<br />

do produto estupefaciente.<br />

O suspeito foi constituído<br />

arguido, sujeito a termo de<br />

identidade e residência e foi<br />

presente no Tribunal Judicial<br />

da Comarca de Aveiro.

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